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PLANO DE MARKETING Fevereiro / 2021 Elaborado por: João Paulo de Souza Amorim Rocha Disciplina: Marketing Turma:T6 2 Introdução A presente atividade tem como objetivo apresentar um plano de marketing adequado as necessidades de uma empresa do setor de produção, beneficiamento e comercialização de sal no cenário atual. O plano de marketing é fundamental para a gestão de negócios e ajuda a empresa estabelecer metas, objetivos e estratégias de produto, preço, promoção e ponto de venda. O resultado do material não tem a pretensão de esgotar todas as alternativas de melhoria considerando que a informação obtida para realização do trabalho se limita aos dados que estão à disposição do público. Nesta atividade, o plano de marketing da empresa escolhida contemplará os seguintes tópicos: Análise do objeto de estudo, sua história, sua posição de mercado e dados relevantes para a pesquisa; Análise Ambiental; Pesquisa de Mercado; Análise Competitiva; Proposta de Comunicação de Marketing 3 Desenvolvimento Análise do objeto de estudo, sua história e dados relevantes para a pesquisa: Para efeitos desta atividade e considerando o sigilo da informação a empresa escolhida se designará como Empresa A, que exerce a atividade de beneficiamento e comercialização de sal marinho atendendo as indústrias têxtil, alimentícia, frigorífica, siderúrgica, etc, e o consumo humano. De acordo com as informações do site: http://www.empresaa.com.br, a EMPRESA Afoi fundada em 1991. Atualmente produz e comercializa cerca de 180 mil toneladas de sal marinho por ano em suas mais variadas formas. Suas instalações fabris, projetadas e construídas com tecnologia moderna, estão entre as melhores existentes no setor, localizadas estrategicamente na Salina São Camilo, em Mossoró-RN. Seus principais clientes são: a) Redes de supermecados; b) Cozinhas industriais; c) Indústrias. d) Empresas de ração animal e setor pecuário em geral. Todas as marcas de sal da empresa são devidamente registradas no Ministério da Saúde. A empresa, objeto deste plano de marketing, conta com um laboratório equipado onde são realizadas analises necessárias a verificação da qualidade do sal produzido e industrializado. Detêm várias marcas que se destacam no setor: Sal A Sal B e Sal C, onde uma delas é a única marca centenária deste setor. Atende a um público variado com produtos premium, de primeira e segunda linha para cada uma das marcas. 4 Análise ambiental da empresa: Com o grande desenvolvimento da indústria química, várias outras indústrias ligadas ao setor tiveram que se desenvolver. O parque salineiro também passou por inúmeras mudanças tecnológicas sendo o sal a matéria-prima para a maior parte dos 150 produtos produzidos pela indústria química nacional. A atividade depende das condições climáticas (ventos constantes, alta radiação solar, planícies ao nível do mar) e a produção de sal marinho varia conforme as mutações climáticas de um determinado período, isto é, quanto mais quente for a temperatura e menor a intensidade das precipitações pluviométricas, maior a produção de sal. Já quanto maior a intensidade das precipitações pluviométricas, menor é a produção de sal daquele período. As condições geológicas e climáticas do RN oferecem um sal natural de excepcional qualidade, pureza e brancura a um custo muito baixo. Tais condições naturais despertaram os interesses de empresários nacionais e internacionais que viram no sal um mineral de fonte renovável e considerada inesgotável, uma grande oportunidade de lucro. Evolução da produção de Sal nos principais Estados Produtores no Brasil 1971 a 2013 Fonte: Diniz, Vasconcelos e Martins (2015) 5 Portfolio da SERV SAL: Os produtos comercialiazados pela EMPRESA A atendem diversos segmentos, conforme a necessidade do publico alvo específico e em diversidade de apresentações e embalagens. Definição do público-alvo Fatores geográficos: A EMPRESA Aatende todo o Brasil, abrangendo as regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Fatores demográficos: O público da empresa engloba várias idades, sexo, renda e educação. Atendendo a residências, tem-se um público-alvo de consumo nos alimentos preparados diariamente e também utilizado para churrasco atendendo assi pontos comerciais como supermercados; há o atendimenmto direto (venda direta) também para indústrias e agroindústria. Fatores Psicográficos: O estilo de vida do público-alvo que a EMPRESA Aatende é bem diversificado devido ao fato de o atendimento se darem a diferentes públicos. O consumo doméstico é usado, geralmente, para a preparação de alimentos diários de uma casa. Já o comercial, industrial e agroindustrial utilizam o sal com fins lucrativos, normalmente utilizando uma quantidade bem mais elevada que a de uma residência, por estarem consumindo para produzir seus produtos para venda. Fatores Comportamentais: O consumo doméstico é de acordo com a necessidade da residência. O comercial, industrial e agroindustrial consomem com uma maior freqüência devido a sua utilização na fabricação de seus produtos. Fatores Políticos, Legais e Tecnológicos: Em 1974, foi construído e inaugurado o Porto-Ilha, um terminal portuário salineiro em Areia Branca, trozendo grandes mudanças para a produção de sal no Nordeste, notadamente, no Estado do Rio Grande do Norte e mudando radicalmente a relação custo de produção versus frete do sal, favorecendo a produção e baixando o frete. Outra melhoria significativa foi no sistema rodoviário brasileiro. Os produtores norte-rio-grandenses iniciaram um processo de crescimento econômico que culminou com a criação de um oligopólio que passou a dominar mais de 90% da produção de sal marinho no Brasil. Nos dias de hoje, o processo de inovação persiste, as maiores empresas têm, por exemplo, moedores, refinadores e torradores de sal, e podem, portanto, oferecer um produto com menor umidade e mais refinado, considerado mais valioso pelo mercado. 6 Dados sobre faturamento Empresa A: Nicho de Vendas 7 Análise S.W.O.T. Oportunidades Ameaças Dono da marca SAL A, única marca centenária desse setor; Marca reconhecida no mercado que poderá potencializar as demais marcas da empresa. O preço do sal in natura muitas vezes despenca sendo os salineiros obrigados a vender o sal abaixo do custo de produção onde o beneficiador se beneficia comprando maior quantidades de sal para beneficiamento. Incentivar o consumo conciente do sal marinho Medidas legais do poder público que questionam o funcionamento de salinas em áreas de preservação permanente (APPs), com possível medida de remoção da produção de sal das APPs para outras áreas e a recuperação dos espaços degradados. Impactos ambientais gerados diretamente pela ocupação ou supressão de mangues. Pratica de Dumping pelos controladores extrangeiros atraídos por benefícios fiscais outorgados pelo Governo desde 2000. Forças Fraquezas Instalacoes de beneficamento ficam dentro das instalações dos extratores de sal através de parceria com os mesmos, gerando uma economia com custo logístico. Ampliacao para produtos premium com novos blends e novos moedores Não faz a extração do sal, dependendo dos fornecedores que fazem a extração. Não controlam todo o processo. Concorrentes podem facilmente abrir linhas de novos produtos premium. 8 Pesquisa de mercado e possíveis resultados O sal está presente na composiçãode 104 das 150 substâncias químicas mais importantes e, juntamente com o petróleo, carvão, enxofre e calcário, é uma das cinco matérias-primas básicas, que condicionam direta ou indiretamente quase toda a moderna indústria química. O Rio Grande do Norte responde por quase 95% de todo o sal bruto e refinado do Brasil. No RN, os municípios de Mossoró, Macau, Areia Branca, Galinhos e Grossos são os principais produtores de sal. Dentre eles, Macau e Mossoró contribuem juntos com mais de 60% da produção salineira nacional No Brasil, os principais estados produtores são o Rio Grande do Norte, no chamado Polo Costa Branca, e o Rio de Janeiro, na chamada Região dos Lagos. Nestes estados o sal marinho é obtido através do bombeamento da água do mar para salinas formadas por tanques de evaporação a céu aberto. 9 Análise competitiva É importante desenvolver uma análise competitiva uma vez que a mesma pode ser delineada e mapeada de acordo com as eventuais necessidades da Empresa sendo uma ferramenta estratégica que permite visualizar os campos mais frágeis ou críticos permitindo assim uma visão mais ampla da atuação da Empresa no mercado. Conforme Porter (1986), as empresas geralmente possuem uma estratégia, no entanto, muitas vezes o plano apresenta falhas, pois o desempenho de uma organização no mercado é dado por diversos fatores sociais, políticos, econômicos, setoriais, entre outros. A EMPRESA Adeve monitorar constantemente as cinco forças competitivas visando ter um plano de resposta as ameaças do micro e do macroambiente. De acordo com Rodrigues (2010), o modelo das cinco forças de Porter é dividido em: a) Ameaças de novos concorrentes (novos entrantes): concorrentes que visam ganhar uma parcela do mercado. Dessa forma, os preços dos produtos do segmento industrial como um todo tendem a cair, o que obriga as empresas existentes a implementarem políticas de novos investimentos para fazer frente aos novos entrantes. b) Rivalidade entre concorrentes: a rivalidade num determinado segmento industrial é fruto da busca de oportunidades, onde as empresas procuram melhorar sua posição. Decorre de políticas de preços ou campanhas de marketing, pode resultar em menores margens de lucros, por outro lado, incentiva a melhoria no segmento industrial como um todo, ao passo que incentivam à melhoria na qualidade dos produtos e redução de custos. c) Ameaça substituição: as empresas de um determinado segmento industrial fabricam novos produtos. As empresas detentoras de produtos substitutos reduzem as margens dos lucros das empresas dos produtos substituídos, pois quanto mais atrativa for a alternativa de preço-desempenho oferecida pelos produtos substitutos, maior será a pressão sobre a rentabilidade dos produtos substituídos; d) Poder de negociação dos compradores: os grandes clientes têm, tradicionalmente, grande poder de barganha, haja vista negociarem grandes volumes. Dessa forma, quanto maior for a dependência da empresa em relação a um determinado cliente, maior será a influência destes nos resultados da empresa; e) Poder de negociação dos fornecedores: empresas que possuem limitações para determinados tipos de fornecedores, podem, eventualmente, sofrer pressões como 10 aumento de preços ou perda de qualidade, fato que reduz sua rentabilidade ou pode gerar reclamações e devoluções por parte dos clientes; A seguir segue o modelo das cinco forças de Porter aplicados na empresa SERV SAL: A EMPRESA Apoderá se utilizar da análise estratégica de custos que pode ser obtida mediante a gestão da cadeia de valor da indústria salineira localizada no estado do Rio Grande do Norte, reforçando a parceria com os extratores de sal marinho e visando parcerias onde possa realizar o beneficamento do sal dentro das instalações de seus fornecedores, diminuindo assim custos com logística; 11 Proposta de comunicação de marketing. Com o objetivo principal de aumentar seu Market share, a empresa investirá no plano a seguir: 12 Considerações finais O mercado de sal no Brasil é extremamente competitivo, com grandes empresas disputando ano a ano a liderança no número de clientes e cobertura no território nacional. Existem algumas marcas já consolidades na mente do consumidor sendo importante que a EMPRESA A consiga posicionar suas marcas adequadamente no mercado para que possa manter seus clientes atuais e ampliar seu Market share. O plano de marketing serve como um instrumento de análise e direcionamento dos esforços / ações qua empresa deve adotar para alcançar os objetivos determinados. A ampliação do Market share em outras regiões do Brasil, além do Sudeste, deve considerar a visibilidade que as marcas precisam para atingir estes mercados, sendo necessário desenvolver campanhas de marketing para atingir este público-alvo. Considerando o comportamento do mercado podemos constatar que o mesmo jamais permanecerá estático. Os avanços tecnológicos, a mudança nos costumes e hábitos diários fazem com que as pesquisas de mercado sejam essenciais para refletir a realidade mercadológica vigente, com isto o Plano de marketing deverá estar em constante revisão e aprimoramento. 13 Referências bibliográficas PORTER, Michael E. Estratégia Competitiva – Técnicas para análise de indústrias e da concorrência. São Paulo: Campus, 1986. BICHO, Leandro; BAPTISTA, Susana. Modelo de Porter e Análise SWOT: Estratégias de Negócio. Instituto Politécnico de Coimbra, 2006. KOTLER, Philip. Marketing para o século XXI: como criar, conquistar e dominar mercados. 10. ed. São Paulo: Futura, 1999. 305 p. MAGALHAES, MARCOS FELIPE. Planejamento de marketing: conhecer, decidir e agir/ Marcos Felipe Guimarães, Rafael Sampaio. Sao Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007
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