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PEÇA PROCESSUAL - CONTESTAÇÃO TRABALHISTA - PRÁTICA JURÍDICA III

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AO JUÍZO DA 80ª VARA DO TRABALHO DE CUIABÁ-MT.
Processo nº: 1000/2019
TECELAGEM FIO DE OURO S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob o nº_, representado por seu sócio gerente, endereço eletrônico..., com sede na rua..., nº..., CEP..., vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, por seu advoga do infra-assinado, endereço eletrônico..., com endereço profissional à..., tempestivamente, apresentar sua 
CONTESTAÇÃO com base nos artigos 847 da CLT c/c o artigo 300 do CPC, às alegações formuladas por JOANA DA SILVA, já qualificada nos autos da Reclamação Trabalhista, pelas relevantes razões de fato e de direito que passa a expor:
I - DA SÍNTESE DA PETIÇÃO INICIAL
A sociedade empresária Tecelagem Fio de Ouro S.A. procura você, como advogado(a), afirmando que Joana da Silva, que foi empregada da Tecelagem de 10/05/2008 a 29/09/2019, ajuizou reclamação trabalhista em face da sociedade empresária, em 15/10/2019, com pedido certo, determinado e com indicação de seu valor. O processo tramita na 80ª Vara do Trabalho de Cuiabá, sob o número 1000/2019.
Joana requereu da ex-empregadora o pagamento de indenização por dano moral, alegando ser vítima de doença profissional, já que o mobiliário da empresa, segundo diz, não respeitava as normas de ergonomia. Disse, ainda, que a empresa fornecia plano odontológico gratuitamente, requerendo, então, a sua integração, para todos os fins, como salário utilidade. Afirma que, nos últimos dois anos, a sociedade empresária fornecia, a todos os empregados, uma cesta básica mensal, suprimida a partir de 1º de agosto de 2019, violando direito adquirido, pelo que requer o seu pagamento nos meses de agosto e setembro de 2019. Relata que, no ano de 2019, permanecia, duas vezes na semana, por mais uma hora na sede da sociedade empresária para participar de um culto ecumênico, caracterizando tempo à disposição do empregador, que deve ser remunerado como hora extra, o que requereu. Joana afirma que foi coagida moralmente a pedir demissão, pois, se não o fizesse, a sociedade empresária alegaria dispensa por justa causa, apesar de ela nada ter feito de errado. Assim, requer a anulação do pedido de demissão e o pagamento dos direitos como sendo uma dispensa sem justa causa. Ela reclama que foi contratada como cozinheira, mas que era obrigada, desde o início do contrato, após preparar os alimentos, a colocá-los em uma bandeja e levar a refeição para os 05 empregados do setor. Esse procedimento caracterizaria acúmulo funcional com a atividade de garçom, pelo que ela requer o pagamento de um plus salarial de 30% sobre o valor do seu salário. Por fim, formulou um pedido de adicional de periculosidade, mas não o fundamentou na causa de pedir.
Joana juntou, com a petição inicial, os laudos de ressonância magnética da coluna vertebral, com o diagnóstico de doença degenerativa, e a cópia do cartão do plano odontológico, que lhe foi entregue pela empresa na admissão. Juntou, ainda, a cópia da convenção coletiva, que vigorou de julho de 2016 a julho de 2019, na qual consta a obrigação de os empregadores fornecerem uma cesta básica aos seus colaboradores a cada mês, e, como não foi entabulada nova convenção desde então, advoga que a anterior prorrogou-se automaticamente. Por fim, juntou a circular da empresa que informava a todos os empregados que eles poderiam participar de um culto na empresa, que ocorreria todos os dias ao fim do expediente. 
A ex empregadora entregou a você o pedido de demissão escrito de próprio punho pela autora e o documento com a quitação dos direitos da ruptura considerando um pedido de demissão.
II- DA PRELIMINAR DE INEPCIA AO PEDIDO DE ADICIONAL DE PERICULOSIDADE.
Reque o reconhecimento da inépcia ao pedido de adicional de periculosidade, com a extinção do processo sem resolução do mérito a esse pleito, na forma do art 330, §1º, inciso I, e do art. 485, inciso I, ambos do CPC.
III- DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL
O reclamante trabalhou para a reclamada no período de 10/05/2018 a 29/09/2019, tendo distribuído a presente ação aos 15/10/2019.
A reclamada, arguiu nessa a oportunidade a prescrição quinquenal prevista no art. 7º, inciso XXIX, da CF/88 em relação a qualquer direito anterior a 15/10/2013.
Assim se algum valor for devido ao reclamante, o que aqui admite-se em observância ao princípio da eventualidade, somente poderá ser deferido ao período prescrito.
IV- DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
Podemos verificar que a doença degenerativa não é considerada doença profissional, nem ao menos doença do trabalho, conforme art. 20, § 1º, alínea a), da lei nº8.213/91, não sendo devido o pagamento da indenização por Dano moral.
V- DO PLANO ODONTOLOGICO.
Com relação ao plano odontológico, não se caracteriza salário utilidade por expressa vedação legal, na forma do art. 458, §2, inciso IV e §5, da CLT, dai porque não poderá ser integrado ao salário.
VI- DA CESTA BÁSICA.
De simples analise, concluímos que a norma coletiva juntada não possui ultratividade, na forma do art. 614, §3, da CLT.
VII- DA PRÁTICA RELIGIOSA DENTRO DA EMPRESA.
A empresa convidou todos os empregados para participarem voluntariamente das práticas religiosas que ocorreriam dentro da empresa e, não caracteriza, na forma do art4º, § 2º, inciso I, da CLT.
VIII – DA CARTA DE DEMISSÃO.
Não houve nenhum tipo de coação no pedido de demissão e o ônus de provar o alegado vicio de consentimento pertence à autora, na forma do art. 818, inciso I, da CLT e do art. 373, inciso I, do CPC.
Alternativamente, será aceita a tese de negar a prática de qualquer ato ilícito capaz de provocar danos, conforme art. 186 e 927 CCB.
IX- DO ACUMULO DE FUNÇÃO.
Com relação ao pedido de acumulo de função, deve ser negado, pois a atividade desempenhada era compatível com sua condição pessoal e profissional, na forma do ART. 456, parágrafo único, da CLT.
X- DA COMPENSAÇÃO E DEDUÇÃO FISCAL E PREVIDENCIÁRIA.
Caso ocorra a condenação, que sejam já pagos e devidamente compensados a títulos fiscais e previdenciários.
XI- DOS REQUISITOS FINAIS.
Isto, posto aguarde-se o acolhimento das preliminares arguidas, ou no mérito deve a reclamação trabalhista ser julgada improcedente, condenando o reclamante ao pagamento de custas processuais.
XII- DAS PROVAS:
Requer provar o alegado por todos os meios e provas em direito admitidos, especialmente pelo depoimento pessoal do representante legal do reclamado, sob pena de confissão; oitiva de testemunhas e as demais que se fizerem necessárias no curso da lide.
Termos em que, 
Pede deferimento
Local/data
Advogado
OAB

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