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PEÇA TRABALHISTA - CONTESTAÇÃO

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ALUNO: MARIA LUÍSA DE OLIVEIRA
	DISCIPLINA: Prática Juridica Trabalhista
CASO PRÁTICO – CONTESTAÇÃO 
	A sociedade empresária Monte Santo Embalagens S.A. procura você, como advogado(a), afirmando que Mauricio Oliveira, foi seu empregado de 10/05/2008 a 29/09/2018, este, na qual ajuizou reclamação trabalhista em face da sociedade empresária, em 15/10/2018, com pedido certo, determinado e com indicação de seu valor. O processo tramita na 77ª Vara do Trabalho de Caxias do Sul, sob o número 5027/2018. 
	Mauricio requereu da ex-empregadora o pagamento de indenização por dano moral, alegando ser vítima de doença profissional, já que o mobiliário da empresa, segundo diz, não respeitava as normas de ergonomia. Disse, ainda, que a empresa fornecia plano odontológico gratuitamente, requerendo, então, a sua integração, para todos os fins, como salário utilidade. Afirma que, nos últimos dois anos, a sociedade empresária fornecia, a todos os empregados, uma cesta básica mensal, suprimida a partir de 1º de agosto de 2018, violando direito adquirido, pelo que requer o seu pagamento nos meses de agosto e setembro de 2018. Relata que, no ano de 2018, permanecia, duas vezes na semana, por mais uma hora na sede da sociedade empresária para participar de um culto ecumênico, caracterizando tempo à disposição do empregador, que deve ser remunerado como hora extra, o que requereu. Mauricio afirma que foi coagido moralmente a pedir demissão, pois, se não o fizesse, a sociedade empresária alegaria dispensa por justa causa, apesar de ele nada ter feito de errado. Assim, requer a anulação do pedido de demissão e o pagamento dos direitos como sendo uma dispensa sem justa causa. Ele reclama que foi contratado como cozinheiro, mas que era obrigado, desde o início do contrato, após preparar os alimentos, a colocá-los em uma bandeja e levar a refeição para os 5 empregados do setor. Esse procedimento caracterizaria acúmulo funcional com a atividade de garçom, pelo que ele requer o pagamento de um plus salarial de 30% sobre o valor do seu salário. Por fim, formulou um pedido de adicional de periculosidade, mas não o fundamentou na causa de pedir.
	Mauricio juntou, com a petição inicial, os laudos de ressonância magnética da coluna vertebral, com o diagnóstico de doença degenerativa, e a cópia do cartão do plano odontológico, que lhe foi entregue pela empresa na admissão. Juntou, ainda, a cópia da convenção coletiva, que vigorou de julho de 2016 a julho de 2018, na qual consta a obrigação de os empregadores fornecerem uma cesta básica aos seus colaboradores a cada mês, e, como não foi entabulada nova convenção desde então, advoga que a anterior prorrogou-se automaticamente. Por fim, juntou a circular da empresa que informava a todos os empregados que eles poderiam participar de um culto na empresa, que ocorreria todos os dias ao fim do expediente. 
	A ex-empregadora entregou a você o pedido de demissão escrito de próprio punho pela autora e o documento com a quitação dos direitos da ruptura considerando um pedido de demissão.
	Diante da situação, elabore a peça processual adequada à defesa dos interesses de seu cliente. (Valor: 5,00)
	1
	Excelentíssimo Dr. Juiz do Trabalho da 77ª Vara do Trabalho de Caxias do Sul/RS
	2
	Processo sob o número: 5027/2018
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	4
	MONTE SANTO EMBALAGENS S.A, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob o n° ----, representado por seu sócio gerente -----, endereço eletrônico -----, com sede na Rua ------, n° --, CEP---, no Município de Caxias do Sul/RS, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por sua advogada infra-assinado, endereço eletrônico ----, com endereço profissional sito à -------, tempestivamente apresentar sua CONTESTAÇÃO, com base nos artigos 847 da CLT c/c artigo 300 do CPC, às alegações formuladas por MAURICIO OLIVEIRA já qualificado nos autos da Reclamação Trabalhista, pelas relevantes razões de fato e de direito que passa a expor:
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	I- PRELIMINARMENTE
1. DA FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO NA CAUSA DE PEDIR DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE.
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	O reclamante formulou pedido de adicional de periculosidade, mas não fundamentou na causa de pedir. Deste modo, considerando o artigo 330 do CPC, a petição inicial será inepta segundo o seu inciso I quando a causa de pedir. 
Ante o exposto, resta claro a evidencia que o pedido deduzido na inicial quanto ao adicional de periculosidade não é devido. Logo, o processo deve ser extinto sem resolução do mérito em relação a esse pleito, na forma do Art. 330, § 1º, inciso I, e do Art. 485, inciso I, ambos do CPC/15.
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	2. DO PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL 
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	O reclamado requereu indenização, tendo em vista os danos morais pela sua doença degenerativa. Ocorre que conforme o art. 20, § 1°, alínea “a” da Lei n° 8.213/91, a doença degenerativa não é considerada doença profissional e nem doença do trabalho. Deste modo, o pedido de indenização formulado não deve prosperar. 
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	3. DO PLANO ODONTOLÓGICO
	15
	Ainda, alegou o reclamante que a ora Reclamada fornecia plano odontológico gratuitamente aos seus funcionários. Assim, requereu o Reclamante a sua integração, para todos os fins, como salário utilidade.
Tal pedido não deve prosperar, haja vista que o referido benefício não se caracteriza como salário utilidade por expressa vedação legal, na forma do artigo 458, § 2º, inciso IV e § 5º, da CLT, não podendo ser integrado ao salário.
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	4. DO PEDIDO DE CESTA BÁSICA
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	Verifica-se que o pedido do Reclamante de pedido de cesta básica deve ser negado, considerando que a norma coletiva juntada findou em julho de 2018, sendo assim, não possui ultratividade, na forma do artigo 614, § 3º, da CLT.
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	5. DO PEDIDO DE TEMPO À DISPOSIÇÃO 
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	O reclamante relatou que no ano de 2018 permaneceu duas vezes na semana, por mais uma hora na sede da sociedade empresária para participar de um culto ecumênico, caracterizando tempo à disposição do empregador. Requereu que deve ser remunerado como hora extra. 
Ocorre que a participação voluntária do empregado em práticas religiosas dentro da empresa não caracteriza como hora extra, por vedação legal, na forma do artigo 4º, § 2º, inciso I, da CLT. Deste modo, deve ser negado o referido pedido. 
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	6. DA SUPOSTA COAÇÃO SOFRIDA
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	O Reclamante relatou que foi coagido moralmente a pedir demissão, pois, se não o fizesse, a sociedade empresária alegaria dispensa por justa causa, apesar de ele nada ter feito de errado. Requereu a anulação do pedido de demissão e o pagamento dos direitos como sendo uma dispensa sem justa causa.
Considerando o disposto no artigo 818, inciso I, da CLT e do Art. 373, inciso I, do CPC/15, o ônus de provar o alegado vício de consentimento pertence à parte autora. Outrossim, alternativamente, será aceita a tese de negar a prática de qualquer ato ilícito capaz de provocar dano, conforme artigos 186 e 927 CCB.
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	7. DO ACÚMULO FUNCIONAL 
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	O Reclamante relatou que foi contratado como cozinheiro, mas que era obrigado, desde o início do contrato, após preparar os alimentos, a colocá-los em uma bandeja e levar a refeição para os cinco empregados do setor. Afirmou o acúmulo funcional com a função de garçom e, requereu o pagamento de um plus salarial de 30% sobre o valor do seu salário.
O pedido da parte autora deve ser negado, tendo em vista que a atividade desempenhada pelo mesmo era compatível com a sua condição pessoal e profissional, na forma do artigo 456, parágrafo único, da CLT, não fazendo jus ao pagamento de plus salarial. 
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	Nestes termos, pede-se a improcedência de todos os pedidos formulados pela parte autora. 
	30
	--------, -- de ---- de 2021.
	31
	Advogado - OAB/--.
	32

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