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TUTELA PROVISÓRIA (Daniel Amorim Assumpção Neves) - DIREITO PROCESSUAL CIVIL - RESUMO - 2019 1

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TUTELA PROVISÓRIA
(Daniel Amorim Assumpção Neves e Cassio Scarpinella Bueno)
1. INTRODUÇÃO
· Existem 2 tipos de tutela provisória: 
Tutela provisória de URGÊNCIA (CAUTELAR E ANTECIPADA);
Tutela provisória da EVIDÊNCIA.
· A tutela provisória EM REGRA é proferida pelo juiz mediante COGNIÇÃO SUMÁRIA.
(EXCEPCIONALMENTE poderá ser proferida mediante cognição EXAURIENTE – quando é concedida em SENTENÇA)
O juiz, ao concedê-la, AINDA NÃO TEM ACESSO A TODOS OS ELEMENTOS DE CONVICÇÃO da controvérsia controvertida;
Tal concessão é fundada na PROBABILIDADE DE EXISTÊNCIA DO DIREITO DA PARTE (mera aparência)
2. TUTELA PROVISÓRIA E SUAS ESPÉCIES
· Tutela provisória é um conjunto de técnicas que permitem ao magistrado, na presença de pressupostos, que gravitam em torno da presença da “urgência” ou “evidência”, PRESTAR TUTELA JURISDICIONAL, ANTECEDENTE ou INCIDENTALMENTE, com base em decisão INSTÁVEL apta a ASSEGURAR e SATISFAZER a pretensão do autor, ATÉ mesmo de forma LIMINAR (SEM PRÉVIA OITIVA DO RÉU).
· Quando ao FUNDAMENTO: URGÊNCIA ou em EVIDÊNCIA (ART. 294, CPC)
Tutela Provisória de URGÊNCIA: arts. 300 a 310, NCPC.
· ANTECEDENTE: fundada em urgência e requerida para DAR INÍCIO AO PROCESSO
Arts. 303 a 304: Tutela ANTECIPADA requerida em caráter ANTECEDENTE (quando incide DIRETAMENTE no direito da tutela final) 
“São medidas SATISFATIVAS as que visam ANTECIPAR ao autor, no todo ou em parte, OS EFEITOS DA TUTELA PRETENDIDA. ”
Arts. 305 a 310: Tutela CAUTELAR requerida em caráter ANTECEDENTE (quando incide INDIRETAMENTE no direito da tutela definitiva – TUTELA MEIO)
“São as que visam AFASTAR OS RISCOS e ASSEGURAR o resultado ÚTIL do processo. ”
OBS.: INAUDITA ALTERA PARTE
A tutela antecipada pode ser concedida ANTES DA CITAÇÃO DO RÉU. Todavia, revela-se de EXCEPCIONAL, somente sendo concedida se de qualquer modo a convocação do réu PREJUDICAR A EFICÁCIA DA MEDIDA (SITUAÇÕES DE EXTREMA URGÊNCIA)
· INCIDENTAL: A tutela é requerida AO LONGO DO PROCESSO
Tutela Provisória de EVIDÊNCIA: art. 311, NCPC.
3. DISPOSIÇÕES GERAIS
	
3.1. COMPETÊNCIA
· Art. 299, NCPC: 
Quando a tutela for INCIDENTAL: MESMO juízo da CAUSA
Quando a tutela for ANTECEDENTE: Aquele que tem competência para CONHECER O PEDIDO PRINCIPAL (aquele que tem competência para o processo)
· Art. 299, parágrafo único, NCPC:
Na ação de competência ORIGINÁRIA DE TRIBUNAL e nos RECURSOS a tutela será requerida perante ao ÓRGÃO JURISDICIONAL COMPETENTE PARA APRECIAR O MÉRITO, ressalvando as disposições em contrário.
3.2. DEVER DE MOTIVAÇÃO
· Art. 298. NCPC:
O juiz MOTIVARÁ seu convencimento de modo CLARO e PRECISO (Nas decisões que NEGAR, CONCEDER, MODIFICAR ou REVOGAR a tutela provisória)
3.3. DURAÇÃO DA TUTELA PROVISÓRIA
· Art. 296, NCPC:
A tutela CONSERVA SUA EFICÁCIA NA PENDÊNCIA DO PROCESSO, mas pode, a QUALQUER TEMPO, ser REVOGADA ou MODIFICADA
(MESMO quando o processo estiver SUSPENSO, salvo decisão judicial em contrário) 
OBS.: ART. 314, NCPC: admite-se a realização de ATOS URGENTES durante a SUSPENSÃO DO PROCESSO para EVITAR a ocorrência de DANO IRREPARÁVEL.
OBS.: ART. 304, NCPC: ESTABILIZAÇÃO DA TUTELA PROVISÓRIA.
3.4. DEVER-PODER GERAL DE ASSEGURAMENTO (CAUTELA) E DE SATISFAÇÃO (ANTECIPAÇÃO)
· Art. 297, NCPC:
A tutela provisória deve ser compreendida com a REUNIÃO DE TÉCNICAS aptas ao ASSEGURAMENTO DO DIREITO e ou, tudo a depender do caso concreto, a SATISFAÇÃO IMEDIATA DE UM DIREITO;
O magistrado deve criar CONDIÇÕES EFETIVAS para ASSEGURAR DIREITOS ou SATISFAZÊ-LOS de imediato.
· Art, 297, parágrafo único, NCPC:
Tal efetivação utilizará as normas referentes ao CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DA SENTENÇA, NO QUE COUBER (arts. 520 a 522, NCPC)
3.5. TUTELA PROVISÓRIA REQUERIDA EM CARÉTAR INCIDENTAL
· Arr. 295, NCPC:
A tutela provisória requerida em caráter incidental (seja ela antecipada ou cautelar) INDEPENDE do PAGAMENTO das CUSTAS
3.6. RECORRIBILIDADE DAS INTERLOCUTÓRIAS RELATIVAS A TUTELA PROVISÓRIA
· Art. 1.015, I, NCPC: 
As decisões interlocutórias que versem sobre tutelas provisórias (concede, nega etc.) são recorríveis por AGRAVO DE INSTRUMENTO (quando proferidas por ÓRGÃOS de 1° INSTÂNCIA)
OBS.: No âmbito dos TRIBUNAIS: 
DECISÕES MONOCRÁTICAS: AGRAVO INTERNO (para o colegiado competente)
4. TUTELA DE URGÊNCIA
4.1. PRESSUPOSTOS (ART. 300, CAPUT, NCPC)
· PROBABILIDADE do direito (fumus boni iuris);
· PERIGO de DANO ou RISCO ao RESULTADO ÚTIL do processo (periculum in mora).
OBS.: Estes pressupostos servem tanto para a de caráter ANTECIPADA quando para de caráter CAUTELAR (novidade do NCPC).
4.2. CAUÇÃO (ART. 300, 1º, NCPC)
O magistrado pode EXIGIR CAUÇÃO (REAIS OU FIDEJUSSÓRIA) dos danos a serem suportados pela parte contrária (AQUELA EM FACE DE QUEM A TUTELA PROVISÓRIA É REQUERIDA), ressalvada a situação de hipossuficiência da parte.
4.3. CONCESSÃO LIMINAR OU MEDIANTE AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO (ART. 300, 2º, NCPC)
· Pode ser concedida de forma LIMINAR (INÍCIO DO PROCESSO E SEM A OITIVA DA PARTE RÉ);
OBS.: Não haverá violação do princípio do contraditório, mas uma mera POSTERGAÇÃO (ADIAMENTO) do contraditório. 
(Preponderância do princípio da efetividade do direito material pelo processo sobre os do contraditório e ampla defesa)
· Também pode ser concedida APÓS A JUSTIFICAÇÃO PRÉVIA.
OBS.: No caso, será uma DESIGNAÇÃO DE AUDIÊNCIA para que o requerente da tutela provisória PRODUZA PROVA relativa aos REQUISITOS do art. 300, caput, NCPC.
(Como no primeiro caso, haverá apenas uma POSTERGAÇÃO da CITAÇÃO DO RÉU)
4.4. QUANDO HOUVER IRREVERSIBILIDADE (ART. 300, 3º, NCPC)
· Quando for a de natureza ANTECIPADA não se concedida quando houver PERIGO de IRREVERSIBILIDADE dos EFEITOS da DECISÃO (periculum in mora inverso).
Obs.: A vedação da concessão de tutela antecipada fundamentada em urgência nos casos de irreversibilidade não deve prevalecer nos casos em que o dano ou o risco que se quer evitar ou minimizar é QUALITATIVAMENTE MAIS IMPORTANTE para o requerente do que para o requerido (Com base no princípio da proporcionalidade).
Portanto, a doutrina ADMITE ser concedida tutela de urgência de natureza antecipada quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
4.5. EFETIVAÇÃO DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA DE NATUREZA CAUTELAR (ART. 301, NCPC)
· Tal artigo deve ser lido e interpretado em conjunto com o art. 297, NCPC.
· A tutela provisória de urgência de natureza CAUTELAR pode ser EFETIVADA mediante (...) e QUALQUER OUTRA MEDIDA idônea para ASSEGURAR DO DIREITO.
ARRESTO: medida que salvaguarda o resultado útil do cumprimento da sentença ou do processo de execução em se tratando de OBRIGAÇÕES DE PAGAR DINHEIRO;
SEQUESTRO: mesma regra do arresto só que dizendo respeito a OBRIGAÇÕES DE ENTREGA DE COISA;
ARROLAMENTO DE BENS: medida destinada a IDENTIFICAÇÃO e a CONSERVAÇÃO DE BENS;
PROTESTO CONTRA ALIENAÇÃO DE BENS: comunicação formal de determinada manifestação de vontade, aqui, alienação patrimonial.
4.6. RESPONSABILIDADE PELA PRESTAÇÃO DA TUTELA DE URGÊNCIA (ART. 302, NCPC) 
A parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, SE:
· A sentença lhe for DESFAVORÁVEL;
· Se, obtida LIMINARMENTE a tutela de caráter ANTECEDENTE, NÃO fornecer os meios necessários para a CITAÇÃO DO REQUERIDO em 5 DIAS (fundamental para o pronto estabelecimento do contraditório legitimamente postergado diante da urgência);
· Quando ocorrer a CESSAÇÃO DA EFICÁCIA DA MEDIDA em qualquer hipótese legal (inclusive nos casos do art. 309, NCPC);
· O juiz acolher a ALEGAÇÃO DE PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA da pretensão do autor.
Parágrafo único: A indenização será LIQUIDADA NOS AUTOS em que a medida tiver sido CONCEDIDA, SEMPRE QUE POSSÍVEL.
5. TUTELA ANTECIPADA REQUERIDA EM CARÁTER ANTECEDENTE (ARTS. 303 A 304, NCPC)
5.1. PETIÇÃO INICIAL
· Quando a urgência for CONTEMPORÂNEA À PROPOSITURA DA AÇÃO (ÉPOCA DO PROTOCOLO DA PETIÇÃO INICIAL), a petição inicial pode limitar-se:
REQUERIMENTO da TUTELA ANTECIPADA e a INDICAÇÃO do pedido de TUTELA FINAL;
Com a EXPOSIÇÃOda LIDE, do DIREITO que se buscar realizar;
Perigo de DANO ou do RISCO AO RESULTADO ÚTIL DO PROCESSO.
Obs.: não se trata propriamente de uma petição inicial, mas de um REQUERIMENTO INICIAL voltado exclusivamente a tutela de urgência pretendida.
Obs.: o autor deverá indicar o VALOR DA CAUSA, que deve levar em consideração o PEDIDO DA TUTELA FINAL (art. 303, 4º, CPC/15)
IMPORTANTE!
· No caso de INDEFERIMENTO DO PEDIDO (art. 303, 6º, NCPC) cabe ao autor EMENDAR A PETIÇÃO INICIAL em 5 DIAS, sob pena de INDEFERIDA e o processo ser extinto SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. 
Obs.: tal pronunciamento cabe AGRAVO DE INSTRUMENTO (art. 1.015, I, NCPC)
· Caso a tutela antecipada seja CONCEDIDA (art. 303, 1º, I, NCPC) o autor deverá em 15 DIAS ou OUTRO PRAZO MAIOR QUE O JUIZ FIXAR, sob pena do processo ser EXTINTO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO (ART. 303, 2º, NCPC):
ADITAR A PETIÇÃO INICIAL, com a COMPLEMENTAÇÃO de sua argumentação;
JUNTADA de NOVOS DOCUMENTOS e a CONFIRMAÇÃO do pedido da tutela FINAL.
Obs.: tal aditamento dar-se-á nos mesmos autos, SEM INCIDÊNCIA da NOVAS CUSTAS PROCESSUAIS (art. 303, 3°, CPC/15)
5.2. ESTABILIZAÇÃO DA TUTELA ANTECIPADA (ART.304, CPC/15)
· A tutela se estabilizará quando NÃO FOR INTERPOSTO RECURSO PELO RÉU (AGRAVO DE INSTRUMENTO – art. 1.015, I, NCPC) contra a decisão concessiva de tutela antecipada;
OBS.: Havendo interposição do agravo de instrumento do réu, estará afastada a estabilização da tutela antecipada de caráter antecedente INDEPENDENTEMENTE DO RESULTADO DO RECURSO.
· SOMENTE a tutela ANTECIPADA de caráter ANTECEDENTE pode se estabilizar;
· O processo será EXTINTO (mediante SENTENÇA) – art. 304, 1º, NCPC;
OBS.: A sentença nesse caso é TERMINATIVA, limitando-se a extinguir o processo, pois não acolhe ou rejeita qualquer pedido.
· A decisão que concede a tutela antecipada NÃO FARÁ COISA JULGADA MATERIAL, mesmo que seus efeitos sejam estabilizados em razão da postura omissiva do réu – art. 304, 6º, NCPC;
· QUALQUER UMA DAS PARTES poderá ingressar com um NOVO PROCESSO com o objetivo de REVER, REFORMULAR ou INVALIDAR a tutela antecipada estabilizada – art. 304, 2º, NCPC;
OBS.: Tal direito de rever, reformular ou invalidar a tutela antecipada EXTINGUE-SE APÓS 2 ANOS (AÇÃO RESCISÓRIA), contados da ciência da decisão que extinguiu o processo – art. 304, 5º, NCPC.
OBS.: A tutela antecipada CONSERVARÁ SEUS EFEITOS ENQUANTO NÃO REVISTA, REFORMADA ou INVALIDADA por decisão de mérito proferida do 2º do art. 304.
6. TUTELA ANTECIPADA REQUERIDA EM CARÁTER INCIDENTAL
· Pode ser concedida a QUALQUER MOMENTO NO PROCESSO
(Até mesmo ANTES DA CITAÇÃO DO RÉU – inaudita altera parte - EXCEÇÃO)
7. TUTELA CAUTELAR REQUERIDA EM CARÁTER ANTECEDENTE (ARTS. 305 A 310, NCPC)
· O pedido principal poderá ser formulado CONJUNTAMENTE com o pedido da tutela cautelar – art. 308, 1º, CPC
OBS.: A tutela cautelar é concedida mediante COGNIÇÃO SUMÁRIA, diante da MERA PROBABILIDADE DE O DIREITO MATERIAL EXISTIR. Trata-se de exigência do fumus boni iuris, o juiz deve conceder a tutela cautelar fundada no juízo de VEROSSIMILHANÇA ou de PROBABILIDADE, não de exigindo um juízo de certeza, típico da tutela definitiva.
(FUMUS BONI IURIS e PERICULUM IN MORA)
· Sendo ACOLHIDO O PEDIDO E EFETIVADA A MEDIDA CAUTELAR, o autor terá o prazo de 30 DIAS para ADITAR A PETIÇÃO INICIAL (ELABORANDO SEU PEDIDO PRINCIPAL), sendo adotado o procedimento comum – art. 308, caput, NCPC.
· No caso de REJEIÇÃO DO PEDIDO, entretanto, a conversão do procedimento cautelar em processo principal é uma MERA FACULDADE DO AUTOR.
OBS.: Sempre que o juiz ACOLHER ou REJEITAR o pedido cautelar formulado pelo autor, profere SENTENÇA DE MÉRITO, nos termos do art. 487, I, NCPC.
(Gerando COISA JULGADA MATERIAL – ART. 309, PARÁGRAFO ÚNICO, NCPC)
“Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento”
ART. 305, caput, CPC:
A petição da ação que visa à prestação da tutela cautelar em caráter antecedente INDICARÁ:
· A lide e seu fundamento (indicação do objeto da ação principal);
· Exposição sumária do direito que se visa assegurar - fumus boni iuris e periculum in mora;
· Perigo na demora da prestação da tutela jurisdicional.
ART. 306, NCPC:
· O réu será CITADO para, no prazo de 5 DIAS, contestar o pedido, indicando as provas que pretende produzir.
(Sendo apresentada a contestação, o pedido cautelar SEGUIRÁ O PROCEDIMENTO COMUM – ART. 307, PARÁGRAFO ÚNICO, NCPC)
ART. 307, CAPUT, NCPC: 
· NÃO SENDO CONTESTADO O PEDIDO, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que o JUIZ decidirá em 5 DIAS. 
(Lembrando que os prazos do juiz são IMPRÓPRIOS)
OBS.: Havendo revelia e sendo gerado o efeito da presunção de veracidade dos fatos, impõe-se a aplicação do art. 355, II, NCPC, verificando-se o JULGAMENTO ANTECIPADO DO MÉRITO (Sentença COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO)
PEDIDO CAUTELAR E PEDIDO PRINCIPAL
Havendo a EFETIVAÇÃO da tutela cautelar requerida em caráter antecedente (art. 308, cpc):
· 30 DIAS para o AUTOR formular o PEDIDO PRINCIPAL nos MESMOS AUTOS EM QUE FOI DEDUZIDO O PEDIDO DE TUTELA CAUTELAR (MESMO PROCESSO)
Caso o autor NÃO DEDUZA O PEDIDO PRINCIPAL no prazo legal CESSA A EFICÁCIA DA MEDIDA CAUTELAR, salvo se o decurso do prazo legal decorrer por motivo alheio à vontade do autor (art. 309, cpc)
OBS.: ART. 308, 2º, NCPC:
· Tal dispositivo busca evitar que o autor, ao elaborar o pedido antecedente de tutela cautelar, seja forçado a expor todas as causas de pedir que fundamentarão seu futuro eventual pedido principal.
OBS.: ART. 309, NCPC:
CESSA A EFICÁCIA da tutela concedida em caráter antecedente, se:
· NÃO dedução do PEDIDO PRINCIPAL no PRAZO LEGAL (30 DIAS);
· AUSÊNCIA DE EFETIVAÇÃO da tutela cautelar no prazo de 30 dias;
· IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO PRINCIPAL ou EXTINÇÃO TERMINATIVA DO PROCESSO (Extinção do processo sem resolução do mérito).
8. TUTELA DE EVIDÊNCIA (ART. 311, NCPC)
· SOMENTE pode ser concedida de forma INCIDENTAL (NUNCA DE FORMA ANTECEDENTE)
· Será concedida INDEPENDENTEMENTE DE DEMONSTRAÇÃO DE PERIGO ou de RISCO AO RESULTADO ÚTIL DO PROCESSO.
NAS HIPÓTESES:
· Abuso de direito de defesa ou manifesto protelatório do réu;
· Fato PROVÁVEL e tese jurídica PACIFICADA nos tribunais superiores (súmulas vinculantes);
· Prova documental em AÇÃO REIPERSECUTÓRIA;
· Prova documental SEM PROVA DO RÉU CAPAZ DE GERAR DÚVIDA RAZOÁVEL AO JUIZ.
OBS.: As hipóteses II e III o juiz poderá decidir LIMINARMENTE

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