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Motivação e Técnicas para Estimular a Criatividade

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CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
1 
 
 
 
 
 
Processos Criativos 
 
Prof. Jheison Holthausen 
Aula 4 
 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Depois de termos trabalhado com conceitos mais abrangentes, chegou 
a hora de aprendermos técnicas mais práticas. 
Nesta quarta aula você irá aprender um modelo de processo criativo 
que você pode adotar para si ou usar como base para o seu próprio processo. 
Também vamos dar várias dicas para sair de um bloqueio criativo. Mas, antes 
de tudo isso, vamos falar sobre motivação e sobre como equilibrar a sua 
necessidade de ganhar dinheiro com a sua vontade de fazer coisas bacanas, 
o que é fundamental para todo o resto. Por último, vamos ensinar mais 
técnicas para estimular a criatividade: como elaborar mapas conceituais e 
moodboards. 
Está preparado? 
O professor Jheison Holthausen irá explicar mais detalhadamente a 
organização desta aula. Vamos lá? Acesse o material on-line. 
 
 
 
CONTEXTUALIZANDO 
Então você está estudando, lendo livros, vendo filmes e procurando 
informação. Nesta aula você vai aprender algumas técnicas mais concretas 
para deixar a criatividade fluir. Além disso, com esta aula você saberá o que 
fazer quando ela parar de fluir. 
Bom, comece assistindo à videoaula disponível no material on-line! 
 
 
 
 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
3 
PESQUISE 
 
 
Motivação 
O comportamento criativo não é padrão no ser humano (PREDEBON, 
2010, p. 130). Sendo assim, vamos fazer uma pequena reflexão sobre o que 
nos motiva – ou nos desmotiva – a fazer coisas criativas. 
Talvez estejamos desmotivados porque precisamos de mais segurança 
para poder tomar decisões, ou porque temos medo de que nossas propostas 
sejam interpretadas de maneiras erradas, sejam rejeitadas, e talvez nos levem 
ao desemprego. 
A motivação é importante para vencermos a inércia e praticarmos a 
criatividade. Trabalhar motivados faz com que o trabalho flua e talvez nem 
pareça trabalho. Podemos até ter a sensação de que não estamos 
trabalhando, e sim nos divertindo. Gostar do que fazemos é um lugar comum 
na literatura sobre motivação. “Escolha um trabalho que você ama e nunca 
terá que trabalhar um dia sequer na vida”, diz uma frase famosa. 
Porém, nem todo mundo pode se dar ao luxo de só fazer o que gosta. 
Até no trabalho dos nossos sonhos vamos nos deparar com tarefas e 
situações chatas que contradizem essa “filosofia”. Então, vamos com calma. 
Vamos procurar motivação, mas não dessa maneira! 
Então como podemos fazer para nos sentirmos mais motivados? 
PREDEBON (2010, p. 132) aponta que a motivação pode ter duas origens: a 
material e a idealista. E que essas duas formas de motivação precisam ser 
equilibradas. 
A motivação material se refere à compensação pelo nosso trabalho, 
geralmente em troca de dinheiro, mas que também pode ser em troca de 
experiências ou ensinamentos, como é o caso de um estágio. O dinheiro que 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
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cai na nossa conta ou ter esse emprego no currículo são, certamente, 
motivações. 
A motivação idealista é a da realização pessoal. Se trata de 
transformar “nossas tarefas em meios de afirmação e nossos obstáculos em 
desafios” (PREDEBON, 2010, p. 132). A realização pessoal pode acontecer 
de várias maneiras, como pela satisfação que temos quando fazemos um 
trabalho que é aprovado ou elogiado, quando aprendemos técnicas que 
exigiram esforço e as colocamos em prática ou até quando ajudamos alguém 
a alcançar seus objetivos. 
O importante aqui é equilibrar os dois tipos de motivação. Se 
trabalharmos somente pelo material, pelas consequências do nosso trabalho, 
corremos o risco de nos desmotivarmos diante de ocasiões como uma 
demissão ou o fracasso de um empreendimento. Chega uma hora que o 
salário não parece valer a pena diante de um trabalho que não nos dá 
nenhuma satisfação. 
Se nos colocarmos em uma posição completamente idealista, 
buscando somente a satisfação pessoal, vai chegar uma hora que vai faltar 
dinheiro, e nosso trabalho vai parecer ter sido em vão. Também podemos ser 
vítimas de pessoas que se aproveitem de nosso trabalho através dos 
discursos do tipo “ame o que você faz, faça o que você ama”. Essas situações 
também podem levar à desmotivação e a desistir do que fazemos. 
Por isso temos que saber equilibrar as origens da motivação. Se você 
tem a sorte de gostar do que você faz e ainda ganhar dinheiro com isso, 
lembre-se que não é porque você gosta do que faz que merece ganhar menos 
dinheiro. Realização pessoal é importante, mas não paga nossas despesas. 
Talvez você precise trabalhar em troca de realização pessoal, mas faça isso 
já pensando que depois virá o trabalho em troca de dinheiro, ou vice-versa. 
Com base nisso, pense quais atitudes você vai tomar com respeito à 
sua motivação. Considere que a relação entre o material e o ideal não vai ser 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
5 
equilibrada o tempo todo, e que talvez você precise focar em uma ou em outra 
até conseguir chegar nesse equilíbrio. Pense também que esse equilíbrio não 
precisa ser atingido necessariamente durante o trabalho, mas fora dele 
também. Saber equilibrar, ou se esforçar para alcançar esse equilíbrio é o que 
vai evitar aquela sensação ruim de querer jogar tudo para o alto. 
Vamos recapitular o conteúdo deste tema? Assista à videoaula do 
professor Jheison, que está disponível no material on-line! 
 
 
 
Processo criativo 
Que mania a gente tem de dividir tudo em etapas, classificar, organizar, 
hierarquizar! Nos deixem criar de uma vez, quero ser criativo! 
Pois é, mas não é assim que funciona quando a gente tem prazos a 
cumprir. A criatividade não parece ser do tipo de objeto que possa ser 
dissecado, classificado, estudado. Mas são esses processos que nos ajudam 
a entender como funciona, e nos ajudam no processo de poder usar nossa 
criatividade para trabalhar – todo mundo faz isso, mas a gente o faz de outra 
maneira. 
Há várias maneiras de separar o processo de criação em etapas, mas 
vamos ficar aqui com a feita por Catherine Patrick e citada por Menna Barreto 
(2004, 147–155). Ela dividiu o processo em quatro fases: preparação, 
incubação, iluminação e verificação. 
Vamos ver do que se tratam essas etapas? 
 
 
 
 
 
 
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6 
Preparação 
A preparação é tudo o que a gente aprendeu nas aulas anteriores. Se 
preparar aproveitando o repertório de cada um, alimentando esse repertório, 
correndo atrás de informações necessárias a um trabalho específico – como 
o exemplo que demos dos parafusos. Temos que definir o problema, de modo 
que nossos objetivos fiquem claros. 
O objetivo principal é ter todos os recursos necessários para a criação. 
Com isso, já podemos ir pensando em algumas associações de ideias e textos 
ou já começar a criação propriamente dita. DOMINGOS (2003, p. 135) chama 
esta fase de “empolgação”, já que você deveria estar empolgado para 
começar a criar, e não preocupado porque não tem informação suficiente 
sobre o que você precisa criar. 
 
Incubação 
Então você reuniu toda a informação, estabeleceu um problema, leu o 
briefing e começou a criar. Começou a gerar alternativas, escreveu textos, 
largou alguns pela metade, reescreveu, fez esboços, procurou imagens de 
referências para uma ideia de leiaute, gerou mais alternativas, anotou tudo. 
Aparentemente o problema será resolvido. 
Ou não. Nenhuma das ideias parece ser adequada, só aparecem 
lugares comuns, nada da ideia genial. DOMINGOS (2003, p. 137) chama esta 
fase de “é mais difícil do que eu pensei”, que é quando a empolgação dá lugar 
ao desespero. 
Então, calma. Mesmo que o prazo seja curto, deixe tudo de lado por 
um tempo e vá fazeroutra coisa. Nesse período de descanso é que os “dados 
do consciente mergulham no inconsciente, no meio de bilhões de dados 
adquiridos desde quando você estava no útero de sua mãe até um segundo 
atrás, em busca de informações que correspondam à sua busca” (VIEIRA 
apud. DOMINGOS, 2003, p. 137). 
 
 
 
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Nos desligarmos um pouco do problema vai fazer com que retornemos 
a ele com a mente descansada e talvez encontremos novas qualidades em 
ideias que achávamos ruins, modifiquemos um caminho que tínhamos 
começado a seguir ou apareça uma ideia no momento menos esperado, como 
uma revelação – são esses momentos que fazem parecer que a criatividade 
é algo inato, mas você já viu o trabalho que dá preparar as condições para 
que apareça a lâmpada na nossa cabeça, não é? 
Então vá folhear um livro, dar uma volta, tomar um café. Ou vá dormir 
e volte no dia seguinte, se você puder se dar a esse luxo. Talvez um mini-
brainstorm ajude. Mais adiante vamos falar mais sobre esses momentos de 
bloqueio, mas, por enquanto, saiba que aumentar a pressão só atrapalha o 
processo! 
 
Iluminação 
Se estivéssemos dentro de um desenho animado, este seria o 
momento no qual aparece uma lâmpada acesa na nossa cabeça. Estalamos 
os dedos e apontamos o indicador para cima. Olhamos para o vazio, ou para 
nosso colega mais próximo, e talvez o seguremos pelos ombros enquanto 
gritamos que deu certo. 
É quando o nosso problema está resolvido – ou achamos que está. Nos 
livros de publicidade há várias histórias de soluções que apareceram durante 
um engarrafamento, do publicitário que saiu de uma reunião e voltou 20 
minutos depois com a campanha resolvida, da ideia que veio durante as férias, 
lendo jornal na beira da piscina. O famoso “eureca” do Arquimedes, ou a maçã 
que caiu na cabeça de Isaac Newton. 
Então, aproveite a euforia, monte sua ideia e a apresente. Talvez dê 
certo, talvez não, vamos ver no próximo passo! 
 
 
 
 
 
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Verificação 
Agora é a hora de ver se a euforia se transforma em resultados. É 
quando a ideia vai ser posta à prova dos colegas, dos chefes e de nossos 
próprios critérios: 
É adequada? Funciona? Soluciona o problema? Vai ser aprovada pelo 
cliente? 
É possível que sua ideia não seja tão boa quanto você pensava, assim 
como é possível que a ideia que você apresentou sem muito entusiasmo, para 
cumprir o prazo, funcione. De qualquer maneira, se prepare para que não 
funcione. Considere um treinamento e guarde a ideia para futuras situações. 
Uma boa dica é não se apegar a uma única ideia. Não deu certo? Volte duas 
casas e tente novamente. Trabalhe a partir de outro caminho. Comece tudo 
de novo. 
 
Crie seu próprio processo 
Vamos tomar cuidado ao pensar que estas etapas têm uma divisão 
rígida! Na verdade, podemos alternar entre elas a qualquer hora, voltar a uma 
etapa anterior, refazer tudo, nos adiantarmos etc. Não pense algo do tipo 
“nossa, que informação interessante, pena que já passei da fase da 
preparação”. 
Pode acontecer também de você criar etapas dentro dessas etapas, ou 
que você trabalhe melhor em outra ordem, com seu próprio método. Fique à 
vontade para considerar estas etapas como um ponto de partida para que 
você crie seus próprios métodos! 
Ficou alguma dúvida quando às etapas do processo produtivo? Em 
todo caso, assista à videoaula, que está disponível no material on-line! 
 
 
 
 
 
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Bloqueios criativos 
Você já reuniu toda a informação necessária e agora começa a pensar 
em soluções. Chamamos esta etapa de “incubação”. Ligamos o cérebro no 
turbo e começamos a gerar alternativas, a rabiscar, a criar. Ou a tentar criar. 
Mas, parece que tropeçamos a cada frase escrita. Toda ideia que aparece é 
imediatamente considerada ruim e descartada. Bate o desespero. 
Chamamos isso de bloqueio criativo. Não é lá muito legal, mas já que 
você vai ter que conviver com ele, é melhor que se conheçam desde já. Ele 
pode aparecer por vários motivos, como o fato de estarmos preocupados com 
outros problemas, por não julgarmos nossas ideias boas o suficiente, por 
descartá-las com facilidade, por não termos informação suficiente sobre o que 
estamos criando e mesmo por ansiedade por um prazo curto, dentre outros 
motivos. 
Há muitas dicas de escritores e outros tipos de criativos (não só na 
publicidade) que se aplicam a qualquer bloqueio. Vamos lá: 
Mude o ponto de vista: se coloque em outra posição. Finja que você 
é seu cliente, ou seu chefe, ou quem vai consumir o que você vai anunciar. 
Esta dica pode ser levada ao pé da letra: se você tiver um produto, um objeto, 
ou uma foto dele, ponha ele de ponta cabeça, olhe de perto, de longe, por 
baixo, por cima, de muito longe, de muito perto etc. Pode ser que você repare 
em algo que estava ali o tempo todo. 
Imponha restrições, ou foque nelas: como ficaria se o anúncio fosse 
um all-type, sem imagem nenhuma? Ou se pudéssemos usar apenas um 
desenho, sem foto nenhuma? Ou se fosse em preto e branco, mesmo que se 
trate de um anúncio para ser veiculado na Internet? Talvez o que esteja 
atrapalhando nossa criatividade seja o excesso de opções: invente algumas 
restrições e veja o que acontece! 
 
 
 
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Troque os elementos: se você está criando um anúncio para 
adolescentes, imagine como seria um anúncio para pessoas idosas. Ou 
troque o produto por outro similar ou mesmo por um bem diferente. Veja as 
ideias que surgirem e leve-as a sério. Uma delas pode servir para resolver o 
seu problema original. 
Combine duas ideias: pegue dois dos começos de ideias que você 
teve e veja o que acontece se juntar os dois. Vá testando combinações. Talvez 
a combinação das duas resolva o problema ou talvez fique uma mistura que 
vai te dar origem a uma nova ideia, melhor que as duas juntas. 
Visualize: o anúncio ainda não existe, mas visualize você 
apresentando-o em uma reunião, ou imagine-o na Internet ou em um outdoor. 
Talvez nesse exercício de visualização você acabe imaginando como o 
anúncio deveria ser. 
Escreva sobre o seu problema: não se trata do problema que você 
tem que resolver, mas do problema que você tem em não conseguir resolver 
o problema, o que não é a mesma coisa. Coloque em palavras sua angústia, 
descreva o processo, as informações que você tem, o lugar onde você está 
trabalhando. Finja que está escrevendo uma carta a alguém. A ideia não é 
desabafar, mas sim ver os elementos disponíveis por outro ângulo. 
Faça qualquer outra coisa: às vezes pode ser necessário deixar a 
tarefa de lado “por algum tempo”. É provável que você não tenha esse prazo 
todo, mas, mesmo assim, siga o conselho. Descanse por alguns minutos, 
tome um café, dê uma volta. Se tiver outras tarefas para fazer, como 
responder E-mails ou alguma outra coisa que não exija muito da nossa 
criatividade, aproveite essas tarefas para descansar o pensamento 
divergente. 
Mude o local de trabalho: vá sentar em outro lugar. Por exemplo, 
pegue um caderno e um lápis e sente numa praça, ou na cozinha, ou em outra 
sala, ou em alguma biblioteca etc. 
 
 
 
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Troque de ferramenta: às vezes a página em branco é mais 
assustadora no computador. Toda aquela imensidão que ainda fica vazia 
quando escrevemos três frases em corpo 12. Talvez você se sinta mais à 
vontade para começar a ter suas ideias no papel, em um caderninho pequeno, 
por exemplo. 
Aumente as distrações: procure imagens, navegue por vários sites, 
comente o seu problema com as pessoas que estiverem on-line e também 
com as que estiverem presentes – tudo isso enquanto ouve música. Pode 
funcionar. 
Diminua as distrações: feche as conversas na Internet e no celular.Minimize todas as janelas. Ou simplesmente feche o computador. Relaxe um 
pouco e volte a criar! 
Force a barra: esta dica é oposta às anteriores. Em vez de tentar 
relaxar, fique nervoso. Pegue o que você já tem e faça algo. Se pressione, se 
force. Mas, procure não abusar desta dica: tente, e se não der certo logo, 
desista. 
As dicas que você acabou de conhecer também podem ser 
aproveitadas mesmo que você não esteja desesperado! 
Finalizemos os estudos deste tema assistindo à videoaula do professor 
Jheison, que está disponível no material on-line! 
 
 
 
Visualizar a criatividade: mapas conceituais e post-its 
É importante pensar visualmente desde o começo do processo de 
criação. Neste tema, vamos mostrar alguns métodos para visualizar 
rapidamente nosso problema, o que vai nos ajudar a resolvê-lo. A ideia de 
trabalhar com mapas conceituais, moodboards e afins é “ligar dois ou mais 
 
 
 
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pontos, que representam dimensões ou dados, a fim de proporcionar uma 
percepção imediata dos relacionamentos” (MASSARETO; MASSARETO, 
2004, p. 36). 
Essas técnicas podem ser usadas de maneira individual ou em equipe. 
Neste último caso, desapegue das suas ideias de organização porque é 
justamente a manipulação dos diferentes elementos que pode ajudar no 
processo criativo. Um mapa conceitual ou uma moodboard não é um produto 
final que precisa ficar apresentável, pelo contrário. Então, a ideia é mexer, 
recortar, mudar, trocar de lugar, rabiscar, reescrever, riscar, esboçar, rasurar, 
colar, bagunçar, organizar, bagunçar de novo etc. 
 Considere o que estamos mostrando aqui como pontos de partida. Você 
vai acabar desenvolvendo variações destas técnicas, então fique à 
vontade para modificá-las a seu gosto. 
 Outra coisa importante: não use estas técnicas como mera decoração. 
Não adianta nada ter uma parede cheia de post-its ou um quadro branco 
todo rabiscado só para parecer criativo! 
 
Mapas conceituais 
Os mapas conceituais são usados para organizar as ideias de um 
brainstorming ou para reunir conceitos e descrever um problema de maneira 
visual. 
Os mapas conceituais podem ser feitos digitalmente ou, 
preferencialmente, à mão. Use folhas de papel grandes, canetas de várias 
cores, réguas, adesivos, fitas adesivas coloridas etc. 
Eles também podem ser feitos em quadros brancos (nesse caso, use 
somente canetas apropriadas, para não os estragar). 
As notas autoadesivas, mais conhecidas como post-its, podem ajudar 
muito nesses processos. Aproveite que o adesivo pode ser colado e 
 
 
 
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descolado várias vezes para usá-lo em seus mapas conceituais e/ou 
moodboards. Geralmente eles estão disponíveis em várias cores, o que 
permite usar uma cor para criar diferentes categorias ou representar coisas 
diferentes. 
Organize as ideias de alguma maneira. Talvez seja interessante fazer 
uma grande tabela e dividir a folha em duas colunas para escrever prós e 
contras, fazer um organograma para ideias que impliquem em alguma 
hierarquia, fazer um esquema que comece no centro da folha e vá se 
espalhando pelo resto da página ou simplesmente escrever palavras que 
representem conceitos ou ideias para depois uni-las com setas e bolhas. 
Não se preocupe com a aparência: o importante é organizar as ideias 
para ver como elas se relacionam. Não tenha medo de riscar ou de fazer 
desenhos. 
Além disso, essas técnicas também podem ser úteis para fazer 
anotações em aulas, palestras ou reuniões! 
Vamos recapitular o conteúdo deste tema? Assista à videoaula do 
professor Jheison, que está disponível no material on-line! 
 
 
 
Visualizar a criatividade: moodboards 
Moodboards são colagens de imagens, textos e fotografias. Elas 
servem tanto para apresentar ideias como servem de fonte de inspiração. A 
ideia é juntar num lugar só as referências para o trabalho. 
Elas são usadas, por exemplo, por designers gráficos e fotógrafos para 
se orientarem na elaboração de seus trabalhos. Nesse caso, uma moodboard 
pode reunir exemplos de vários trabalhos dentro do estilo desejado, diferentes 
tipos de ilustração e fotografias, paletas de cores, projetos similares já 
 
 
 
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realizados, entre outras coisas. Também podemos usá-las para compilar as 
referências e ideias durante a criação. Podemos colocar palavras, recortes de 
revistas, fotografias, desenhos à mão ou qualquer outra coisa que pareça ter 
a ver com o assunto no qual estamos trabalhando. Nesse caso, é importante 
fazê-las o quanto antes, afinal, de nada adianta termos uma moodboard se já 
resolvemos o problema. 
Primeiro, colete as imagens e textos. Inclua fotos que você tirou (aliás, 
faça disso um hábito, é uma maneira ótima de coletar informação que pode 
ser útil depois). Inclua também recortes de revistas – compre umas revistas 
velhas no sebo e tenha elas à mão. Inclua elementos que você tenha 
guardado (já demos a dica para você fazer isso, lembra?). Esboços também 
podem ser interessantes, assim como palavras-chave etc. 
Depois, vá colando ou espetando as imagens. De preferência siga 
alguma lógica. Junte as imagens parecidas, ou agrupe por conceitos. Isso é 
recomendado, mas não é obrigatório. Alguma boa ideia pode surgir da 
combinação de duas imagens que não deveriam estar juntas. Outro método é 
usar uma imagem principal no meio e ir organizando as outras imagens ao 
redor dela. 
É melhor usar um suporte no qual as imagens possam ser 
reorganizadas facilmente, como um isopor, cortiça, ou superfície magnética, 
para espetar as imagens com alfinetes, tachinhas ou ímãs. 
Uma moodboard também pode ser digital, mas em algumas ocasiões 
é mais interessante sair do computador e fazer algo que possa ser visto o dia 
todo, que esteja ali como fonte de inspiração. Uma moodboard no computador 
exige que olhemos para ela como quem procura uma solução escondida, e 
isso pode não funcionar. Além disso, o ato de recortar e brincar com as 
imagens é um momento que nossa criatividade pode fluir de uma outra 
maneira, descansando um pouco do computador. 
 
 
 
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Dependendo da cultura da agência, uma moodboard também pode ser 
apresentada para o cliente, abrindo um pouco o processo de criação. De 
qualquer maneira, antes de desmontá-la, tire uma foto. Pode ser interessante 
como registro do processo de criação, para uso interno ou até para incluir no 
portfólio. 
Vamos recapitular o conteúdo deste tema? Assista à videoaula do 
professor Jheison, que está disponível no material on-line! 
 
 
 
TROCANDO IDEIAS 
Na palestra “Como frustrações podem inspirar a criatividade” (pesquise 
a respeito), o economista inglês Tim Harford conta a história do álbum “The 
Köln Concert”, do pianista de jazz Keith Jarrett. Devido a um mal-entendido, 
disponibilizaram um piano velho e gasto para o concerto. Jarrett, exausto de 
uma viagem longa e por problemas na coluna, queria cancelar o concerto, 
mas a organizadora, Vera Brandes, então com apenas 17 anos, o convenceu 
do contrário. 
Jarrett contornou as limitações do instrumento, e a gravação se tornou 
o disco de piano e o disco de jazz mais vendido da história. Harford também 
fala das técnicas para estimular a criatividade que o produtor Brian Eno usa 
com músicos como os das bandas U2 e Coldplay e que também usava com 
David Bowie. 
Depois de assistir à palestra ou ler a transcrição, discuta com seus 
colegas no fórum disponível no AVA: 
 Com qual ou quais das dicas para bloqueios criativos apresentadas você 
relacionaria a atitude do pianista diante do piano inadequado? 
 
 
 
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 Qual a relação entre o que Harford chama de “lista de coisas que você 
poderia tentar seficasse emperrado”, e as dicas para evitar bloqueios 
criativos? Por que você acha que ele diz que isso não funciona? 
 
 
 
NA PRÁTICA 
Escolha um produto qualquer que tiver na sua casa. Um produto de 
limpeza, um alimento, qualquer coisa. Faça uma mini-moodboard com 
imagens relacionadas. Inclua imagens do objeto, fotografias, anúncios etc.; 
organize as imagens de várias maneiras. Faça um mapa conceitual do 
produto com as características e o que mais você pensar a partir dele (use 
seu pensamento divergente). 
Se for fazer no computador, sugiro uma ferramenta on-line como a Go 
Moodboard, por exemplo. 
Pesquise mais sobre essa ferramenta! 
Com base nas informações que você levantou, comece a criar um 
anúncio para o produto. Pode ser um anúncio impresso, uma ideia para um 
filme ou um spot de rádio. Retorne às dicas do que fazer em caso de bloqueio 
criativo (mesmo que você não esteja em um bloqueio) e use-as para pensar 
diferentes abordagens para o anúncio! 
Feita a mini-moodboard, retorne às etapas do processo criativo e veja 
se você passou por todas elas ou se considerou que alguma delas não foi 
necessária neste exercício. 
Lembre-se de que seu anúncio também precisa passar pela etapa da 
verificação! 
http://www.gomoodboard.com/
 
 
 
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Se você fez os outros anúncios, este deve ser o terceiro anúncio (sem 
contar os das outras disciplinas). Parabéns, você está começando a montar a 
sua própria pasta com anúncios, ou seja, seu portfólio. Guarde ele, pode ser 
útil! 
E assista a mais uma videoaula, na qual o professor irá falar sobre um 
case! Acesse o material on-line! 
 
 
 
SÍNTESE 
Nossa quarta aula está chegando ao fim. Com ela, aprendemos que o 
trabalho criativo pode não ser aquela maravilha que imaginávamos. A 
desmotivação pode aparecer, podemos ter alguns bloqueios, nos sentirmos 
incapazes, com vontade de largar tudo. 
A ideia principal desta aula é pensar na criatividade enquanto trabalho, 
em como dominar ela e de que maneiras conseguir que ela funcione quando 
precisamos. Estudar o processo criativo e saber técnicas para vencer 
bloqueios e para as ideias se multiplicarem faz parte dessa concepção da 
criatividade como ofício. 
Vamos recapitular os conteúdos que discutimos nesta aula? Assista à 
videoaula, disponível no material on-line, para relembrar! 
 
 
 
Referências 
BARRETO, E. Abóboras ao vento: tudo o que a gente sabia sobre 
propaganda, mas está esquecendo. Joinville: Clube de autores, 2015. 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
18 
BARRETO, R. M. Criatividade em propaganda. 13. Edição São Paulo: 
Summus, 2004. 
DOMINGOS, C. Criação sem pistolão: segredos para você se tornar um 
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PREDEBON, J. Criatividade: abrindo o lado inovador da mente… 7. Edição. 
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