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Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito

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Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito – art.16 
Sabe-se que há distinção entre posse e porte ilegal de arma de fogo, onde a posse é o contato com a arma de fogo de forma indireta, quando mantem a arma dentro do local onde reside ou trabalha, ou seja, não há contato direto com ela, e o porte se dá de forma direta, onde mantem a arma junto a si fora do local onde reside ou trabalha.
Com isso esclarecido podemos adentrar no assunto contido no art. 16 – “ Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: ” – Para isso é necessário se ter noção do que seria uso proibido ou restrito, estabelecido no caput. Este uso está elencado no decreto n° 3.665/2000, inciso XVIII e LXXX, onde entende-se que somente os casos citados ali podem ter a posse ou o porte de tais armas.
O caput do art. 16 trata das modalidades onde o uso da arma de fogo é ilegal pelo fato do agente não ter a prévia autorização dessas armas, pois estas armas são direcionadas ao uso restrito e não uso comum, sendo assim proibida aos cidadãos comuns. Este crime trata-se de um crime doloso pois não de admite a culpa, ou seja, o agente sempre terá a vontade da posse ou porte.
O parágrafo único trata dos outros casos que tem as mesmas penas, onde são assemelhados aos casos descritos no caput, tendo em seus incisos as modalidades que descrevem que aqueles que de alguma forma usarem os artifícios demostrados nos incisos responderão pelas mesmas penas. Pois as práticas dessas modalidades se constituem crime, e ao realizá-las o agente está cometendo um ato criminoso, ou seja, ele tem a vontade de praticar este ato, tendo assim o dolo de cometê-lo. 
Os crimes previstos nesse artigo são inafiançáveis pois a pena estabelecida é de reclusão e multa. Neles não se admite o ato culposo, pois o agente deve ter a intenção de cometê-los, sendo assim admissível o ato doloso. A tentativa é admissível, já que alguns incisos possibilitam a sua admissão.
Comércio ilegal de arma de fogo – art.17
O art. 17, da lei 10.826, trata do comércio ilegal de armas de fogo, elencando modalidades que sem a autorização necessária serão consideradas, para efeito do artigo, crime. A comercialização de armas, sem autorização, é crime próprio, onde qualquer pessoa, que esteja no exercício da atividade comercial, pode ser caracterizado como sujeito ativo. O crime é inafiançável, imputando a aquele que comete tal crime a pena de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. Sendo o crime de natureza dolosa.
O parágrafo único equipara outras formas que se assemelham ao exercício da atividade comercial ilegal de armas, como o armeiro que conserta e vende sem autorização ou até mesmo aqueles que utilizam suas residências para essa prática. Quanto a ação, ela será publica incondicionada e poderá ocorrer aumento de pena, caso a arma venha a ser de uso restrito, conforme o art. 19 da mesma lei.

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