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CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL 
 
 
 
 
 
 
O particular poderá ser sujeito ativo??? 
✓ Art.30, CP 
✓ Ciência da condição de funcionário público 
 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA – Súmula 599, STJ 
 
CAUSA DE AUMENTO DE PENA APLICÁVEL A TODOS OS CRIMES PRATICADOS POR 
FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL – Art. 327, §2°, CP 
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou 
sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. 
§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo 
forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da 
administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo 
poder público. 
 
PECULATO – Art. 312, CP 
DISCIPLINA: DIREITO PENAL 
PROFESSOR: LÍVIA FERNANDES @prof.livia_fernandes 
ASSUNTO: CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
CRIMES 
FUNCIONAIS 
PRÓPRIO 
IMPRÓPRIO
S 
Não existindo o funcionário público – 
FATO ATÍPICO 
Não existindo o funcionário público – 
OUTRO CRIME 
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público 
ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: 
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
 
PECULATO APROPRIAÇÃO – Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer 
outro bem móvel. 
 PECULATO DESVIO - Desviá-lo, em proveito próprio ou alheio. 
 
 
PECULATO FURTO – Art. 312, §1°, CP 
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou 
bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de 
facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. 
Não é necessário que o agente tenha a posse em razão do cargo, mas a qualidade de 
funcionário público é exigida para facilitar a prática da subtração. 
Também pode ser chamado de PECULATO IMPRÓPRIO (o Funcionário Público não tem a posse 
do objeto ou valor em razão do cargo. 
 
PECULATO CULPOSO – Art. 312, §2°, CP 
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
O agente não subtrai, mas contribui para a subtração de terceira pessoa, é praticado na 
modalidade de negligência. Há dois crimes, peculato culposo por parte do funcionário público e 
furto ou apropriação indébita por parte do terceiro. Não há concurso de pessoas pela ausência 
do vínculo subjetivo. 
 
REPARAÇÃO DE DANO NO PECULATO CULPOSO – Art. 312, §3°, CP 
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a 
punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. 
 
✓ PECULATO DOLOSO (§§1° e 2°) 
o ANTES DO RECEBIMENTO DA DENÚNCIA – arrependimento posterior: -1 a 2/3 (art.16, 
CP) 
o APÓS O RECEBIMENTO DA DENÚNCIA – atenuante (art. 6, III, b, CP) 
 
✓ PECULATO CULPOSO (§3°) 
o ANTES DA SENTENÇA IRRECORRÍVEL – extinção da punibilidade 
o APÓS A SENTENÇA IRRECORRÍVEL – redução de pena: metade 
 
 
CONCUSSÃO – Art. 316, CP 
 
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de 
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: 
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
 
Por ser crime formal, consuma-se com a simples exigência, sendo o recebimento da vantagem 
mero exaurimento do crime. 
Embora de difícil constatação, admite-se a tentativa. 
 
EXCESSO DE EXAÇÃO – Art. 316, §1°, CP 
Art. 316, § 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber 
indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não 
Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa 
Apesar de integrar o art. 316, CP, é um crime autônomo em relação a Concussão. Aqui, o 
agente também, faz uma exigência, mas não pra ele, mas para o próprio estado. 
 
QUALIFICADORA – Art. 316, §2°, CP 
§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para 
recolher aos cofres públicos: 
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
 
PECULATO MEDIANTE ERRO DE OUTREM– Art. 313, CP 
Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro 
de outrem: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 
Não se configura pelo mero recebimento, mas pelo assenhoramento. 
“Qualquer utilidade” deve ser entendida como uma utilidade patrimonial que tenha valor 
econômico. 
O erro de terceiro deve ser espontâneo, se o funcionário público induziu a pessoa em erro, será 
o crime de estelionato. 
Admite-se tentativa e não há a modalidade culposa. 
 
 
CORRUPÇÃO PASSIVA – Art. 317, CP 
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da 
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal 
vantagem: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 
 
Tipo misto alternativo, a realização de qualquer das condutas, ou mais de uma configurará crime 
único. 
 
BIZU: SRA (Abreviação de SENHORA) 
➢ SOLICITAR - Crime formal 
➢ RECEBER – Crime material 
➢ ACEITAR PROMESSA – Crime formal 
 
❖ CORRUPÇÃO PASSIVA PRÓPRIA: o ato a ser praticado pelo funcionário é ilícito 
❖ CORRUPÇÃO PASSIVA IMPRÓPRIA: o ato a ser praticado pelo funcionário é lícito 
 
AUMENTO DE PENA – Art. 317, §1°, CP 
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário 
retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. 
 
Denominada corrupção exaurida, por ser o crime formal em quase todas as modalidades, 
estará consumado com a solicitação, recebimento ou aceitação da vantagem, o fato de o 
funcionário público deixar de praticar o ato, retardá-lo ou praticar infringindo dever funcional, 
torna a conduta ainda mais reprovável, gerando agravamento de sua pena. 
 
Func. Púb. Solicitou, não recebeu e não praticou o ato Art. 317, consumado 
Func. Púb. Recebeu mas não praticou o ato Art. 317, consumado 
Func. Púb. Recebeu e praticou o ato Art. 317, §1°, consumado 
 
 
CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA – Art. 317, §2°, CP 
§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever 
funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
 
Aqui, não existe vantagem indevida, por isso a corrupção é privilegiada, ocorre quando o 
agente cede a pedido ou influência de terceira pessoa, existindo assim, a interferência direta de 
terceira pessoa na tomada de decisão do agente. 
É considerada infração de menor potencial ofensivo. 
Crime material, o funcionário deverá deixar de praticar, retardar ou praticar ato de ofício, 
infringindo dever funcional. 
 
PREVARICAÇÃO – Art. 317, CP 
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra 
disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
O servidor extravasa os limites de sua atribuição, o ato de oficio deve estar contido na sua 
esfera de atribuição. Aqui não existe pedido de ninguém, não há influência externa interferindo na 
vontade do agente, partirá sempre da sua esfera subjetiva. 
É uma infração de menor potencial ofensivo. 
 
PREVARICAÇÃO IMPRÓPRIA – Art. 317-A, CP 
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao 
preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros 
presos ou com o ambiente externo: 
Pena: detenção, de3 (três) meses a 1 (um) ano. 
 
Trata-se de crime próprio, só podendo ser cometido pelo Direitos de Penitenciária ou o 
agente público que tenha a responsabilidade de vedar aparelhos de comunicação ao preso. 
Por ser crime formal, sua consumação ocorre quando o sujeito ativo permite o acesso 
indevido do preso. Não admite a forma tentada. 
É considerado infração de menor potencial ofensivo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
01 - Quanto ao crime de concussão, a 
obtenção de lucro fácil 
A. permite a majoração da pena-base. 
B. funciona como circunstância agravante. 
C. serve como causa de aumento de pena. 
D. atua como qualificadora. 
E. constitui elementar do tipo. 
 
02 - Sem ter acesso direto ao valor em 
espécie, determinado prefeito desvia grande 
soma de recursos público de empresas 
públicas municipais, utilizando o valor para 
custear sua campanha de reeleição. 
Considerando que as empresas públicas 
gozam de autonomia administrativa e 
financeira, é correto afirmar que o prefeito 
A. praticou corrupção ativa. 
B. praticou corrupção passiva. 
C. praticou peculato-desvio. 
D. praticou apropriação indébita. 
E. não praticou crime. 
 
03 - Nos termos do Código Penal, assinale a 
alternativa que corretamente contenha um 
crime contra a administração pública que 
admite modalidade culposa. 
A. Concussão. 
B. Corrupção passiva. 
C. Advocacia Administrativa. 
D. Peculato. 
E. Prevaricação. 
 
04 - Semprônio, conhecido autor de delitos 
patrimoniais, convence Marcondes, 
estagiário do Ministério Público do Estado da 
Bahia, a valer-se da facilidade proporcionada 
pela função pública exercida e permitir o seu 
acesso à sede da instituição. Semprônio e 
Marcondes ingressam em sala-cofre 
contendo telefones celulares e valores em 
espécie apreendidos por força de operação 
do Ministério Público deflagrada no dia 
anterior, utilizando-se do crachá do 
estagiário, subtraindo em seguida o material 
sob custódia da instituição. 
Com base no exposto, é correto afirmar que: 
A. Marcondes não pode ser considerado 
como funcionário público para fins 
penais; 
B. o delito de peculato é próprio, razão pela 
qual apenas Marcondes responderá pela 
infração, enquanto Semprônio deverá 
responder somente por furto; 
C. Semprônio e Marcondes responderão 
por peculato, uma vez que é irrelevante 
a condição de funcionário público para 
caracterização do delito; 
D. Marcondes e Semprônio responderão 
pelo delito de peculato, uma vez que a 
condição de funcionário público do 
agente corresponde a circunstância 
inerente ao tipo penal, que se comunica 
ao extraneus; 
E. Semprônio e Marcondes responderão 
por furto, uma vez que a tipificação pelo 
delito de peculato tem como objeto 
material apenas os bens de titularidade 
pública. 
 
05 - Determinado ocupante de cargo público 
indicou duas servidoras para o exercício de 
cargos em comissão. Valendo-se da posição 
hierárquica, desde a data da investidura de 
cada uma delas, o agente passou a exigir, 
para si, vantagem mensal indevida, à ordem 
de R$ 2.000,00. Referido comportamento foi 
reiterado 49 vezes, alcançando o valor total 
de R$ 146.000,00. Os pagamentos ocorriam 
mediante envelopes depositados sobre a 
mesa de trabalho do acusado ou mediante 
transferências bancárias, com manutenção 
de rigoroso controle por parte do agente, 
que mantinha contracheque das servidoras e 
caderno de registro de créditos. 
 
Para o enquadramento jurídico-penal, é 
correto afirmar que tal comportamento 
constitui o delito de 
A. apropriação indébita. 
B. concussão. 
C. extorsão. 
D. constrangimento ilegal. 
E. peculato. 
 
06 - No exercício da atividade de autoridade 
policial, o candidato recebe uma notícia 
dizendo que Roberto, vereador, aceitou e 
exerceu a indicação de pessoas para o 
preenchimento de três cargos em comissão 
na estrutura da Câmara Legislativa do seu 
Município em troca do compromisso de não 
compor chapa diversa e de votar 
favoravelmente àquela encabeçada pelo 
então presidente do legislativo municipal, 
Fábio. 
A investigação realizada de maneira 
exauriente não revelou o pagamento ou 
recebimento de qualquer vantagem que 
possa ser considerada ilícita, de maneira 
direta ou indireta. 
 
Diante desse cenário, quando da elaboração 
do relatório final, o comportamento 
noticiado deve ser enquadrado como 
A. corrupção passiva. 
B. prevaricação. 
C. tráfico de influência. 
D. advocacia administrativa. 
E. atípico. 
 
07 - Suponha que o funcionário público 
Evaresnildo tenha exigido para outra pessoa, 
indiretamente, no exercício da sua função e 
em razão dela, vantagem indevida 
consistente no valor R$ 10.000 (dez mil reais) 
para pôr irregularmente em liberdade um 
adolescente infrator que cumpria medida 
socioeducativa de internação. Nesse caso, 
considerando que a quantia não foi paga, 
Evaresnildo: 
A. cometeu o crime de Corrupção. 
B. cometeu o crime de Concussão. 
C. cometeu o crime de Roubo. 
D. cometeu o crime de Tergiversação. 
E. não cometeu nenhum crime. 
 
08 - Em uma investigação policial realizada 
para apurar o golpe conhecido como falso 
sequestro, em que uma pessoa telefona para 
outra, afirmando, falsamente, ter 
sequestrado alguém de sua família e 
exigindo determinada quantia pecuniária 
para liberá-la, apurou-se que as chamadas 
eram efetuadas de telefones celulares que se 
encontravam dentro de determinado 
presídio público. Então, realizou-se uma 
operação policial no estabelecimento 
prisional, tendo sido apreendidos 27 
aparelhos celulares. No curso investigatório, 
também se apurou que o visitante Maycon 
era responsável por promover a entrada dos 
aparelhos telefônicos no presídio e que o 
visitante Wellington era responsável por 
trazer novos chips com planos pré-pagos 
para os aparelhos, enquanto Gilberto, 
policial penal, fazia vista grossa, deixando de 
vetar aos presos o acesso aos aparelhos. 
Gilberto agia assim por ordem de José 
Augusto, diretor da unidade, que recebia a 
quantia mensal de R$ 20 mil para a 
manutenção do esquema. 
A partir dessa situação hipotética e da 
jurisprudência do STJ, assinale a opção 
correta. 
A. O golpe conhecido como falso sequestro 
configura o crime de estelionato. 
B. José Augusto cometeu o crime de 
corrupção ativa, previsto no art. 333 do 
Código Penal. 
C. A posse de telefone celular por pessoa 
presa, mesmo que esta não tenha 
participado de sua introdução no 
presídio, configura o crime de 
favorecimento específico, previsto no 
artigo 349-A do Código Penal. 
D. Maycon e Wellington cometeram o 
crime de favorecimento específico, 
previsto no artigo 349-A do Código 
Penal. 
E. Gilberto cometeu a modalidade 
específica do crime de prevaricação, 
previsto no art. 319-A do Código Penal. 
 
09 - No que concerne aos crimes contra a 
Administração Pública, assinale a alternativa 
correta. 
 
A. Incorre em corrupção ativa o agente que 
cobra para outrem vantagem, a pretexto 
de influir em ato praticado por 
funcionário público no exercício da 
função. 
B. Iludir, no todo ou em parte, o 
pagamento de direito ou imposto devido 
pela entrada, pela saída ou pelo 
consumo de mercadoria, configura o 
delito de contrabando. 
C. Aquele que se opõe à execução de ato 
legal, mediante violência ou ameaça a 
funcionário competente para executá-lo 
ou a quem lhe esteja prestando auxílio, 
pratica o crime de desobediência. 
D. Se o funcionário exige tributo ou 
contribuição social que sabe ou deveria 
saber indevido, ou, quando devido, 
emprega na cobrança meio vexatório ou 
gravoso, que a lei não autoriza, pratica o 
crime de excesso de exação. 
E. O funcionário público que, por 
indulgência, deixar de responsabilizar 
subordinado que cometeu infração no 
exercício do cargo ou, quando lhe falte 
competência, não levar o fato ao 
conhecimento da autoridade 
competente, pratica o crime de 
prevaricação. 
 
10 - Analise as afirmativas a seguir: 
I. À luz do artigo316 do Código Penal, aplica-
se a pena de reclusão, de dois a doze anos, e 
multa, para quem exigir para si diretamente, 
ainda que fora da função ou antes de 
assumi-la, mas em razão dela, uma 
vantagem indevida. 
II. O artigo 319 do Código Penal determina a 
prisão, de nove meses a dois anos, para o 
indivíduo que deixar de praticar um ato de 
ofício para satisfazer um interesse pessoal. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
A. As duas afirmativas são verdadeiras. 
B. A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. 
C. A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. 
D. As duas afirmativas são falsas. 
 
11 - Analise as afirmativas a seguir: 
I. O artigo 313 do Código Penal determina a 
aplicação de pena de prisão, de um a doze 
meses, ou multa, para quem apropriar-se de 
dinheiro que, no exercício do cargo, recebeu 
por erro de outrem. 
II. O artigo 312 do Código Penal prevê a 
reclusão, de seis meses a um ano, ou multa, 
ao funcionário público que, em proveito 
próprio, apropriar-se de dinheiro público de 
que tem a posse em razão do cargo. 
Marque a alternativa CORRETA: 
A. As duas afirmativas são verdadeiras. 
B. A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. 
C. A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. 
D. As duas afirmativas são falsas. 
 
12 - Com referência aos crimes contra a 
administração pública, assinale a opção 
correta. 
A. Praticará o crime de prevaricação o 
servidor público que deixar, por 
indulgência, de responsabilizar 
subordinado que cometer infração no 
exercício do cargo ou, quando lhe falte 
competência, não levar o fato ao 
conhecimento da autoridade 
competente. 
B. No peculato culposo, a reparação 
integral do prejuízo causado à 
administração pública autoriza a redução 
da pena, ainda que tal reparação seja 
posterior ao trânsito em julgado da 
sentença condenatória 
C. Pratica o crime de desobediência o 
indivíduo que descumpre as condições 
da prisão domiciliar. 
D. Não se considera funcionário público 
para fins penais o advogado dativo 
nomeado para a defesa de 
hipossuficientes em local onde a 
defensoria pública não atua. 
 
13 - A respeito das diversas modalidades de 
peculato, assinale a opção correta. 
A. Na situação em que o agente se apropria 
ilicitamente de recursos públicos e deixa 
de declarar e recolher o tributo incidente 
sobre os valores indevidamente 
apropriados, é possível a instauração de 
ações penais individualizadas para os 
crimes de peculato e sonegação fiscal. 
B. O peculato-malversação é caracterizado 
pelo emprego indevido de verbas ou 
rendas públicas mediante aplicação 
diversa daquela estabelecida em lei, 
ainda que em favor da própria 
administração pública. 
C. O peculato-estelionato é caracterizado 
pela apropriação de dinheiro ou 
utilidade recebida, no exercício do cargo, 
em razão de erro da vítima dolosamente 
provocado pelo agente. 
D. No peculato culposo, a reparação do 
dano funciona como causa de extinção 
de punibilidade se precede a sentença 
recorrível; se lhe é posterior, reduz de 
metade a pena imposta. 
 
14 - Suponha que o funcionário público 
Evaresnildo tenha solicitado diretamente 
para si, no exercício de sua função e em 
razão dela, vantagem indevida consistente 
em R$10.000,00 (dez mil reais) para elaborar 
um laudo de saúde que favorecia um 
adolescente infrator em cumprimento de 
medida socioeducativa de internação, sendo 
que o laudo possibilitaria a colocação 
imediata do adolescente em liberdade. 
Nesse caso, Evaresnildo cometeu o crime de: 
A. Corrupção passiva. 
B. Violência arbitrária. 
C. Roubo. 
D. Violação de sigilo funcional. 
E. Condescendência criminosa. 
 
15 - Auditor fiscal que exige tributo que sabe 
ser indevido pratica o crime de 
A. peculato 
B. excesso de exação. 
C. corrupção passiva. 
D. prevaricação 
E. emprego irregular de verbas públicas. 
 
16 - Auditor fiscal que exige tributo que sabe 
ser indevido pratica o crime de 
A. peculato 
B. excesso de exação. 
C. corrupção passiva. 
D. prevaricação 
E. emprego irregular de verbas públicas. 
 
17 - Ao exercer as atribuições de promotor de 
justiça durante a fase de investigação 
preliminar, determinado membro recebe um 
procedimento em que há apuração da 
conduta de ex-parlamentar estadual, não 
mais ocupante de cargo com foro por 
prerrogativa de função, em que se aponta o 
recebimento de propina para que, no 
exercício do seu mandato, influenciasse na 
votação de projetos e na fiscalização de 
atividades a cargo da Assembleia local. Ficou 
demonstrado que o investigado, em razão do 
valor recebido, efetivamente praticou os atos 
infringindo dever funcional, o que atrairia a 
incidência da causa de aumento de pena do 
Art. 317, §1º, do Código Penal. De igual 
forma, havia no relatório final da investigação 
a referência pela incidência da causa de 
aumento de pena do Art. 327, §2º, do Código 
Penal, em razão da condição de parlamentar. 
De acordo com a orientação atual do 
Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar 
que: 
A. é incabível a causa de aumento do Art. 
327, §2º, do Código Penal, pelo mero 
exercício do mandato parlamentar; 
B. são incabíveis as causas de aumento dos 
Art. 317, §1º, e 327, §2º, do Código 
Penal, pelo mero exercício do mandato 
parlamentar; 
C. as causas de aumento dos Art. 317, §1º, 
e 327, §2º, do Código Penal, são 
incompatíveis entre si, 
independentemente do exercício do 
mandato parlamentar; 
D. a causa de aumento do Art. 327, §2º, do 
Código Penal, dispensa uma imposição 
hierárquica ou de direção; 
E. o exercício do mandato parlamentar 
revela, por si só, a existência de 
imposição hierárquica ou de direção. 
 
18 - “Juliano Moreira, na qualidade de gestor 
público, determinou a retenção dos valores 
descontados da folha de pagamento dos 
servidores públicos que recebiam seus 
vencimentos já com os descontos dos 
valores de retenção a título de empréstimo 
consignado, mas, conforme a ordem de 
Juliano, os repasses às instituições 
financeiras credoras não eram realizados. 
Investigados os fatos quanto ao destino do 
dinheiro e se houve benefício percebido por 
Juliano, nada ficou provado.” Quanto à 
conduta adotada por Juliano, pode-se 
afirmar que: 
A. É atípica, uma vez que não se vislumbra 
proveito algum em benefício de Juliano. 
B. Constitui crime de prevaricação, por ter 
Juliano deixado de praticar ato de ofício. 
C. Representa peculato; Juliano se 
apropriou de valores recebidos, em 
decorrência de seu cargo. 
D. É lícita, já que não há prova do destino 
do dinheiro, nem qual seria o benefício 
obtido por Juliano. 
 
19 - Considerando os crimes praticados por 
funcionário público contra a Administração 
Pública, aquele que exigir, para si ou para 
outrem, direta ou indiretamente, ainda que 
fora da função ou antes de assumi-la, mas 
em razão dela, vantagem indevida, incorre 
na prática do crime de: 
A. peculato-apropriação. 
B. excesso de exação. 
C. concussão. 
D. corrupção passiva. 
E. corrupção ativa. 
 
20 - Tendo em vista os crimes contra a 
administração pública, assinale a alternativa 
correta. 
A. O funcionário público que, ao longo de 
um ano, todos os dias, subtrai pó de café 
adquirido com verba pública, para 
consumo dos funcionários, na 
repartição, em tese, pratica o crime de 
peculato. 
B. O funcionário público que, em razão de 
sua função, exige de particular, 
proprietário do restaurante em que 
almoça algumas vezes na semana, nada 
pagar pela alimentação, em tese, pratica 
o crime de corrupção passiva. 
C. O funcionário que deixa de levar ao 
conhecimento das autoridades 
competentes conduta ilícita de 
subordinado a que teve ciência, em troca 
de recebimento de dinheiro, em tese, 
pratica o crime de condescendência 
criminosa. 
D. O empresário que deixa de anotar o 
vínculo empregatício na carteira 
profissional do empregado, em tese, 
pratica o crime de sonegação de 
contribuição previdenciária. 
E. A pessoa que, perante a Autoridade 
Policial, comunicaa ocorrência de crime 
que sabe não ter se verificado, em tese, 
pratica o crime de denunciação 
caluniosa. 
 
 
 
 
 
 
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