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Identificação de cocos gram positivos Identificação de cocos Gram+ Staphylococcus Streptococcus S. aureus S. pyogenes S. epidermidis S. agalactiae S. saprophiticus S. pneumoniae S. haemolyticus S. bovis S. lugdunensis S. viridans Enterococcus Staphylococcus aureus • Uma das espécies patogênicas mais comuns, sendo a mais virulenta espécie do seu gênero. • Cresce bem em ambientes salinos. • Seres humanos são portadores de S.aureus, na pele ou nasofaringe. A infecção é frequentemente causada por pequenos cortes na pele. • As toxinas são proteínas produzidas e secretadas ou expostas à superficie pela bactéria cuja atividade é destrutiva para as células humanas. Enzimas estafilocócicas: • Coagulase: Ligada a parede celular do S.aureus, converte o fibrinogênio em fibrina insolúvel. • Catalase; transforma o peróxido de hidrogênio em oxigênio e água. • Hialuronidade: hidrolisa o ac. hialurônico, os mucopolissacarídeos presentes no tecido conjuntivo, facilitando a disseminação do staphilo. • Lipases: hidrolisam lipídeos para garantir a sobrevivência nas áreas sebáceas do corpo. Invadem o tecido cutâneo e subcutâneo. Staphylococcus aureus • Leucocidinas: substância que potencialmente destrói os leucócitos. • Estafiloquinases: substância que inibe a coagulação do sangue ativando o sistema fibrinolítico. • Penicilase: (beta-lactamase): a disseminação dessa enzima foi garantida pela sua presença em plasmídeos transmissíveis. Doenças causadas pelo S.aureus • Síndrome de choque tóxico • Gastroenterite estafilocócica • Síndrome de pele escaldada estafilocócica • Impetigo • Foliculite e celulite • Em feridas pode causar infecções se houver material estranho onde esteja em reserva alimentando-se do sangue da hemorragia. • Endocardite • Osteomielite: infecção da medula óssea após bacteremia. • Pneumonia: pode ocorrer por aspiração de comida semi-digerida (vômito, por exemplo). Celulite Infecção bacteriana que envolvem as camadas interiores da pele que afeta especificamente a derme e tecido adiposo http://www.medicinageriatrica.com.br/wp-content/uploads/2007/10/mordida.jpg Síndrome da pele escaldada Doença epidermolítica, mediada por exotoxinas que se caracteriza por eritema, desprendimento generalizado das camadas superficiais da epiderme, envolvendo, principalmente, crianças até os 5 anos de idade Impetigo • Dermatose superficial, muito comum em crianças pequenas • Pode afetar qualquer segmento da pele, sendo a face e as mãos os locais mais comuns. • Um ferimento mal higienizado favorece o desenvolvimento de infeções bacterianas em geral, incluindo o impetigo. Síndrome do Choque tóxico • Intoxicação multissistêmica caracterizada por febre, hipotensão e erupção eritematosa e difusa • Apresenta alta mortalidade quando não tratada. Cultura de S.aureus em ágar sangue Staphylococcus epidermidis • Pertence a flora normal da pele e mucosas. • Não produz toxinas. • É considerado espécie de estafilococus coagulase negativo e catalase positiva de maior prevalência e persistência na pele humana. • É identificado como agente de bacteremia de origem hospitalar e infecções associadas a implantações de próteses (válvulas) cardíacas, articulares e de cateteres intravenosos e peritoneais. Staphylococcus epidermidis • Possui uma capacidade de formar biofilmes, dificultando a chegada de drogas antibacterianas e células fagocíticas no foco de infecção. • Mais comum a ocorrência de infecção no local da sutura. • Identificação da espécie pode ser feito após prova de Catalase e Coagulase com um antibiograma evidenciando a sua sensibilidade a Novobiocina. Cultura de S.epidermidis em ágar sangue Staphylococcus saprophyticus • Causam infecções nas vias urinárias em mulheres jovens sexualmente ativas. • As mulheres infectadas apresentam disúria (dor ao urinar), piúria (pus na urina) e numerosos microrganismos na urina. • Respondem rapidamente a antibióticos e é rara a ocorrência de reinfecção. Staphylococcus saprophyticus • Disposta em cachos, tétrades ou duplas. Apresenta- se como catalase positiva e coagulase negativa. • É resistente à novobiocina (ß-lactâmicos) sendo fator de pesquisa para identificação da espécie. Cultura de S.saprophyticus em ágar sangue Isolamento dos Estafilococos Staphylococcus aureus Staphylococcus epidermidis Staphylococcus saprophyticus Identificação de Estafilococos 1) Prova da Catalase 2) Prova da Coagulase 3) Resistência à Novobiocina 4) Crescimento em ágar Manitol 5) Prova da DNAse Provas de identificação: Prova da catalase • Utilização para diferenciação de Staphylococcus e Streptococcus. • Diferenciadora de famílias e não de gêneros: • Algumas bactérias possuem a enzima catalase, capaz de converter o peróxido de hidrogênio em oxigênio e água. catalase H2O2 2H2O + O2 Prova da catalase • Em uma lâmina, colocar duas amostras da bactéria isolada. • Pingar sobre a amostra uma gota de peróxido de hidrogênio 3% • Observar a produção da liberação de O2 com a formação de bolhas. • O teste é positivo para Staphylococcus sp. Staphylococcus spp Streptococcus spp Prova da coagulase • As coagulases são enzimas com ação semelhante a protrombina. • Agem sobre o plasma sanguíneo transformando fibrinogênio em fibrina com a produção de coágulo. • Podem ser encontradas em duas formas: conjugada e livre. • Coagulase positiva para Staphylococcus aureus Verificação da coagulase livre • A coagulase livre é uma substância similar a trombina e está presente em filtrados e cultivos. • É secretada extracelularmente e reage com uma substância presente no plasma – CRF (fator de reação com a coagulase) para formar um complexo que reage com o fibrinogênio, formando fibrina. Coagulase livre • Com auxílio da agulha bacteriológica, suspender colônias em estudo em caldo BHI e colocar em estufa à 37ºC até que turve; • Em um tubo de ensaio estéril, colocar 0,5 ml de plasma reconstituído e 0,5 ml do caldo BHI com crescimento bacteriano recém turvado; • Incubar em estufa à 35ºC 4 horas; • Verificar se há presença de coágulo de fibrina; • Se não houver presença de coágulo, incubar o tubo em temperatura ambiente e repetir as leituras com 18 e 24 horas de incubação. Coagulase livre Coagulase conjugada • A maioria dos S. aureus possui uma coagulase ligada na superfície da parede celular que reage com o fibrinogênio plasmático causando a coagulação. Coagulase conjugada • Traçar dois círculos com lápis de cera em uma lâmina de vidro; • Colocar duas gotas de água destilada ou solução fisiológica estéril dentro de cada círculo; • Com auxílio de um fio bacteriológico agregar a colônia em estudo, homogeneizando delicadamente em cada círculo; • Colocar uma gota de plasma para a prova de coagulase em um dos círculos; Coagulase conjugada • No outro círculo, adicionar outra gota de água destilada ou solução fisiológica estéril, como controle; • Homogeneizar com palito de madeira; • Inclinar a lâmina delicadamente, para frente e para trás; • Observar presença de aglutinação. Prova da Coagulase Coagulase conjugada Staphy test O teste se baseia na capacidade do Staphylococcus aureus aglutinar hemácias de carneiro previamente sensibilizadas com hemolisina e fibrinogênio; Fermentação em ágar manitol (7,5 de NaCl) • O ágar manitol é um meio de cultura seletivo. • Possui grande concentração de NaCl (6,5 a 7,5%) e indicador de pH vermelho de fenol - vermelho em pH alcalino e neutro; amarelo em pH ácido. • A fermentação do manitol pelas bactérias, leva a produção de ácidos, o que determina a mudança de cor do vermelho para o amarelo. • Positivo para Staphyloccus aureus. Algumas amostras podem positivar para S.saprophyticcus. Ágar manitol salgado Prova da DNAse Ágar DNAse S. aureus + - • Semear uma colônia em ágar DNAse e incubar a 35 graus por 24 horas. • No momento daleitura adicionar HCl 1N sobre a placa, aguardar 30 segundos e observar a formação de um halo claro ao redor da colônia. S. epidermidis S. saprophyticus Prova da DNAse Teste de sensibilização a Novobiocina • Ágar Miller-Hinton com disco de novobiocina (5mg) • Formação de halo de inibição para Staphylococcus aureus e S.epidermidis. • Resistência conferida ao Staphylococcus saprophyticus. Tabela para identificação de cocos Gram + Catalase + (Staphylococcus spp.) Coagulase Manitol DNAse Novobiocina S. aureus + + + Sensível S. epidermidis - - - Sensível S. saprophyticus - - - Resistente Todos são Catalase + Década de 60 – resistência à penicilina – produção de beta-lactamases ; Década de 70 – surgiram cepas resistente à meticilina (MRSA) ou à oxacilina (ORSA) S. aureus resistente à todos os beta-lactâmicos; Ocorre uma alteração do sítio de ação dos beta- lactâmicos Alteração das proteínas ligadoras de penicilinas denominadas PBPs- (importantes na síntese da parede bacteriana) A presença de enzima alterada, denominada PBP2a ou PBP2’, leva a baixa afinidade da oxacilina pelo local de ligação na parede celular da bactéria com consequente inatividade. Gene mecA Identificação de MRSA • Meio de cultura cromogênico específico • Teste de sensibilidade à oxacilina; • Teste de sensibilidade à cefoxitina; • PCR para o gene mecA; • Detecção de PBP2a por aglutinação. Meio cromogênico destinado ao isolamento e diferenciação de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA). Teste de sensibilidade à oxacilina e cefoxitina PCR para mecA Aglutinação – Slidex (Biomerieux) ▪ Detecção de PBP2a Com o surgimento e a disseminação da resistência à meticilina, a opção para o tratamento desse patógeno foram os glicopeptídeos. O primeiro caso de VRSA- Staphylococcus aureus resistente à vancomicina (cepas que apresentam CIM de > ou = 32mcg/ml) foi reportado nos EUA, Michigan, em um paciente de 40 anos, com diabetes e insuficiência renal crônica, e portador de VRE - Enterococo resistente à vancomicina. A presença do gene vanA, nesse VRSA - Staphylococcus aureus resistente à vancomicina, sugere que a resistência pode ter sido adquirida com a troca do material genético do VRE - Enterococo resistente à vancomicina, isolado da mesma amostra. Curiosidade ▪ Vancomicina – dados publicados pela ANVISA , em 2004 São Paulo apresentou o primeiro caso de VRSA ▪ gene vanA proveniente do Enterococcus faecalis, resistente aos glicopeptídeos. ▪ Além do VRSA, há outro fenótipo, o VISA, que está relacionado com o espessamento da parede bacteriana, impossibilitando a ação do glicopeptídeo ▪ VRSA e VISA são eventos raros. ▪ Teixobactina, uma nova molécula descoberta que poderá originar nova classe de antibióticos e tratar as infecções por S. aureus multirresistentes. Resistência à glicopeptídeos Streptococcus spp. Importância clínica dos principais Streptococcus spp. • Cocos Gram +; • Colônias lineares; • Catalase –; • Aeróbicos e anaeróbicos facultativos. • Imóveis. • Não formam esporos. • Fazem parte da microbiota normal da boca, pele, intestinos e trato respiratório superior. Classificação quanto ao grau de hemólise • Total ou beta hemolíticas : positiva para Streptococcus pyogenes. Forma um halo branco ao redor da bactéria; • Parcial ou alfa hemolíticas: positiva para Streptococcus pneumoniae. Forma um halo esverdeado ao redor da bactéria • Não hemolíticas ou gama hemolíticas: positiva para Streptococcus viridans ou Enterococcus faecalis. Sem halo. Classificação de Lancefield • A classificação de Lancefield leva em conta o tipo de polissacarídeo presente na parede celular bacteriana, chamado de carboidrato C, detectado por técnicas de tipagem (aglutinação simples e reações colorimétricas), ou reações de precipitações com antisoros específicos Classificação de Lancefield • Grupo A: ramnose n-acetilglicosamina • Grupo B: ramnose glicosamina • Grupo D : Acido teicóico glicerol com D-alanina e glicose • Grupo A: Streptococcus pyogenes • Grupo B : Streptococcus agalactiae • Grupo D : Streptococcus bovis e Enterococcus Classificação de Lancefield • Os S. Viridans e S pneumoniae não possuem ag de PC reconhecidos pelo sistema de Lancefield, não reagindo com os ac usados para a classificação. Streptococcus pyogenes • Pertencem ao grupo A • Beta hemolíticos • Encontrados no trato respiratório superior e lesões cutâneas. Não pertencem a flora normal. • Fatores de virulência: – Fímbrias; adesão – Cápsula; antifagocítica – Proteína M : adesão, penetração e antifagocítica – Estreptolisina O : lise dos eritrócitos, plaquetas e leucócitos e formação de AC anti estreptolisina O – Estreptolisina S: lise dos eritrócitos, plaquetas e leucócitos Fatores de virulência • Estreptoquinase: clivam plasminogênio em plasmina, ativação da fibrinólise, dissolvendo os coágulos e facilitando a dispersão das bactérias. • Hialuronidade: destruição do tecido conjuntivo; • Desoxirribonuclease: degradação do DNA; • Ácido lipoteicóico: adesão às células epiteliais. Proteína M do Streptococcus grupo A ▪ Essa proteína está localizada na parte externa da parede celular, em uma camada repleta de fibrilas (compostas de ácido lipoteicóico e ptna M). A proteína M evita a ativação do complemento e permite a bactéria evitar a fagocitose (macrófagos) e a morte por ação dos neutrófilos. Doenças causadas por S. pyogenes • Faringite estreptocócica • Erisipela e impetigo • Piodermite • Fasciíte necrosante • Febre reumática • Glomérulonefrite Erisipela Diagnóstico clínico: presença de placa inflamatória associada a febre, linfangite, adenopatia e leucocitose; Os exames bacteriológicos têm baixa sensibilidade ou positividade tardia; A penicilina continua a ser o antibiótico de referência. Impetigo ▪ É a mais comum das infecções da pele; ▪ Dissemina-se por auto inoculação, transmissão direta e indireta, por toalhas ou roupas; Faringite ▪ A infecção pode iniciar por pequenas rupturas na pele - os sintomas precoces com frequência são ignorados, o que atrasa o diagnóstico e o tratamento, gerando sérias consequências; ▪ A exotoxina A - age como um superantígeno, estimulando o sistema imune a contribuir para a extensão do dano. Fasciíte necrosante Streptococcus agalactiae • Pertencem ao grupo B; • Presentes nas mucosas do trato genito-urinário e intestinal; • Maioria das amostras são beta hemolíticos; • Anaeróbicos facultativos; • Fatores de virulência: – Fator CAMP que se ligam a IgM e IgG (porção Fc); – cápsula e ácido siálico; – Hialuronidase. Doenças causadas por S.agalactiae • Endometrite • Sepse • Febre Puerperal • Meningite neonatal Streptococcus pneumoniae • Alfa hemolíticos em aerobiose e beta hemolíticos em anaerobiose; • Estão presentes na nasofaringe; • Fatores de virulência: – Cápsula – Pneumolisina: tipo de hemolisina. Destrói as células ciliadas. Ativação da via clássica; – Autolisinas – Hialuronidase – Adesinas de superfície. Fatores de virulência: • Cápsula; • Pneumolisina: tipo de hemolisina. Destrói as células ciliadas. Ativação da via clássica; • Neuroaminidases; • Autolisinas; • Hialuronidase; • Adesinas de superfície. Doenças causadas por S.pneumoniae • pneumonia • meningite • septicemia • otite média • sinusites • infecções trato respiratório Streptococcus bovis • Não hemolíticos, podendo apresentar atividades alfa ou beta hemolíticos; • Grupo D; • Encontrados no trato gastrointestinal; • Doenças ocasionadas: – Endocardite – Abcessos – Infecções urinárias – Doença maligna do cólon Abcesso Streptococcus viridans • Alfa hemolíticos e não hemolíticos; • Divididos em grupos: S.mutans, S.sanguis, S.mitis, S. Ooralis, S. salivarius. • Flora normal da boca, faringe e trato geniturinário; • Doenças ocasionadas: – Endocardites – Abcessos – Infecções no trato genito-urinário– Infecções de feridas – Cáries Enterococcus sp • Família Enterococcaceae ; • Gênero : Enterococcus; • Esta espécie inclui o E. faecalis, E. faccium; • Grupo D; • Habitualmente não hemolítico; • Habitam o intestino e a vagina; • Resistência plasmidial à antibióticos; • Fatores de virulência: – Citolisina : inibe o crescimento de outras gram +; – Gelatinase: hidrolisa o colágeno e hemoglobina; – Proteínas de adesão. Doenças causadas por Enterococcus sp • Infecções do trato urinário; • Endocardite; • Infecções do trato biliar; • Peritonite; • Meningite e bacteremia do RN. Endocardite bacteriana ulcerosa Provas de identificação para diferenciação de Streptococcus spp. • Prova da bacitracina – Utilizada para a identificação de Streptococcus pyogenes. – Realizar a semeadura em meio de ágar sangue contendo disco de bacitracina – Incubar á 35ºC por 24 horas, sem tensão de CO2. – Positivo para S.pyogenes com formação do halo de inibição ao redor do disco indicando sensibilidade. Teste de Bacitracina S pyogenes S. equi, S. Equisimilis, S.zooepidemicus.... Provas de identificação para diferenciação de Streptococcus spp. • Camp Test – Na metade da placa de ágar sangue, semeia-se uma amostra do material a ser identificado. – Perpendicularmente a amostra , semear estrias de uma amostra de Staphylococcus aureus, produtor de beta- hemolisina, tomando o cuidado para não encostar na amostra a ser analisada. Provas de identificação para diferenciação de Streptococcus spp. • Teste de Camp – Camp test – Incubar em 37ºC durante 24 horas. – A observação de uma hemólise em ponta de seta, indica a interação entre o fator CAMP produzido pelos Streptococcus com a beta hemolisina dos Staphylococcus aureus. – Teste positivo para Streptococcus agalactiae Teste de Camp (Camp Test) Staphylococcus aureus (fita) Streptococcus a ser identificado Incubar a 37 ºC por 24 horas e observar hemólise na região entre o Staphylococcus e o Streptococcus a ser identificado Meio Todd Hewitt Teste de Camp Provas de identificação para diferenciação de Streptococcus spp. • Teste de hidrólise de hipurato – Positivo para Streptococcus agalactiae – Hidrolisam, através da enzima hipurirase, o hipurato em glicina e ácido benzóico. – A reação da glicina com ninhidrina presente no meio, oxida os grupos alfa amínicos presentes na glicina, produzindo CO2 e NH3 – A liberação de amônia reage com a ninhidrina produzindo a cor púrpura. Teste da hidrólise do hipurato ➢ Apenas S. agalactiae produz a enzima que hidrolisa o hipurato, produzindo coloração púrpura no meio de cultura após adição de cloreto férrico. Teste positivo significa Streptococcus agalactiae S pyogenesS agalactiae Provas de identificação para diferenciação de Streptococcus spp. • Teste de optoquina – Utilizada para identificação de Streptococcus pneumoniae. – A partir do caldo de BHI ou TSB recém turvado, semear em meio ágar sangue com o disco de optoquina de 5 mg. – Incubar a 35ºC, 24hrs – Positivo com formação de halo de inibição de 14mm ou mais....( para disco de 6 mm) Teste de optoquina Streptococcus pneumoniae. Provas de identificação para diferenciação de Streptococcus spp. • Teste de bile esculina – O Ágar bile esculina é um meio seletivo para Streptococcus bovis e Enterococcus sp. – É baseada na capacidade de algumas bactérias hidrolisarem esculina em presença de bílis. A hidrólise da esculina no meio resulta na formação de glicose e esculetina. – A esculetina reage com íons férricos (fornecidos pelo composto inorgânico do meio - o citrato férrico), formando um complexo negro. Teste de bile esculina Semear uma colônia da bactéria a ser identificada em meio bile- esculina e incubar por 24 horas, a 37 ºC. Coloração marrom-escuro ou negra: teste é + para Streptococcus bovis e Enterococcus Provas de identificação para diferenciação de Streptococcus spp. • Tolerância ao NaCl – A tolerância ao NaCl a 6,5% é uma prova utilizada para verificar a capacidade de alguns microrganismos crescerem em presença do sal. – Meio base utilizado é o BHI caldo. – Este meio normalmente contém 0,5 % de NaCl e aumenta-se a concentração para 6,5 %, tornando um meio semi-seletivo para o desenvolvimento de alguns microrganismos. Tolerância ao NaCl • Dissolver as colônias no caldo BHI; • Incubar a 37ºC • Cor original do meio: amarelo. • Positivo para Enterococcus sp. Crescimento bacteriano com turvação do meio. Teste do PYR • Determina a atividade do PYRase, enzima pyrolidonyl arilamidase. O teste baseia-se na utilização de disco contendo como substrato o ácido L-piroglutâmico. • A amostra é colocada em contato com o substrato e depois de alguns minutos, utiliza-se o reagente dimetilamina-cinaldeído para detectar a alfa-naftilamina, que é liberada pela hidrólise do PYR, originando a cor púrpura. Positivo para S pyogenes e Enterococcus. Teste do PYR S. pyogenes S. agalactiae S. pneumoniae S. bovis Enterococos Resistência à Bacitracina S R R R R Teste Camp - + - - - Hidrólise do hipurato - + - - - Resistência à Optoquina R R S R R Bile-esculina - - - + + NaCl 6,5% - - - - + Tabela para identificação de cocos G + catalase – Cocos gram negativos Neisseria spp. Neisseria gonorrhoea Neisseria meningitidis Introdução • Maioria das espécies humanas habitam o trato respiratório superior humano e não são patogênicas • Neisseria gonorrhoeae é considerada como patógeno independente do local onde é encontrado • Neisseria meningitidis, pode colonizar a nasofaringe sem causar doença, mas pode ser extremamente patogênica em determinadas condições. • São consideradas aeróbias, mas crescem em condições anaeróbias Introdução • Características gerais: – Habitam a superfície de mucosas de animais de sangue quente – Requer umidade – Amostras devem ser inoculadas imediatamente em meio apropriado. – Crescimento ideal em temperaturas de 35 a 37oC, – As amostras requerem uma certa quantidade de CO2. – Colônias típicas surgem em 24 a 48 horas Neisseria gonorrhoea • Diplococos Gram-negativos com requerimento de crescimento fastidioso • Intracelulares • Não flagelado, não formador de esporos, encapsulado, anaeróbio facultativo • Cresce melhor de 35º a 37ºC em atmosfera úmida suplementada com CO2 • Oxidase e catalase-positiva (oxidam glicose como fonte de energia) • Sensíveis à penicilina • Não cresce na ausência de cisteína Esfregaço de secreção uretral de homem com uretrite gonocócica Disponíveis em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037- 86822000000500007 Gonorreia Manifestação da gonorreia do redor da boca Secreção purulenta na região ocular Disponível em https://compendiomicrobiologia.wordpress.com/tag/gonococo/ Gonorreia Diagnóstico • Homens – Esfregaço de secreção uretral e coloração de Gram. Análise de diplococos gram negativos associados a leucócitos polimorfonucleares • Mulheres: – Esfregaço de amostra endocervicais e coloração por Gram Diagnóstico • Utilização de meios de transporte quando necessários. – Não seletivos – Stuart ou Amies – Seletivos – meios Gono-Pak • Inoculação em meio de cultura – Não seletivos • Ágar chocolate – Seletivos • Thayer Martim modificado • Martin Lewis • Meio GC-Lect, etc • Os meios contem agentes antimicrobianos para inibição de outros microrganismos Diagnóstico • Incubação em estufa de CO2 com nível de CO2 de 3 a 7% • Manter o ambiente úmido • Analisar as placas em 24, 48 e 72 horas • Submeter as colônias ao Teste de Gram, prova da catalase e prova de oxidase. • Teste confirmatórios podem ser utilizados como teste de utilização de carboidratos, testes imunológicos, testes de aglutinação em látex e amplificação de ácidos nucleicos Neisseria gonorrhoeae em ágar Martin Lewis Disponível em https://catalog.hardydiagnostics.com/cp_prod/product/e39-martin-lewis-with-lincomycin-for-ineisseria-gonorrhoeaei-15x100mm-plate-order-by-the-package-of-10-by-hardy-diagnostics-media-prepared O GonoGen II usa uma solução para degradação da parede celular da bactéria, expondo as proteínas da membrana externa que contém antígenos específicos da espécie. Um conjunto de anticorpos monoclonais ligados a um carreador é usado para detectar os antígenos específicos para Neisseria gonorrhoeae . O teste utiliza a colonia bacteriana Neisseria meningitidis • Meningite: Infecção purulenta das meninges associadas a cefaléia, sinais meníngeos e febre; • Meningococcemia: Infecção disseminada caracterizada por trombose dos pequenos vasos sanguíneos e envolvimento de múltiplos órgãos; • Pneumonia: Forma mais branda de doença meningocócica caracterizada por broncopneumonia em pacientes com doença pulmonar subjacente Neisseria meningitidis • Microrganismo de nível 2 • Coleta de amostra de líquido cefalorraquidiano, sangue e ocasionalmente escarro e swab naso e orofaríngeo • As amostras deverão ser inoculadas em meios não seletivos e seletivos • Meios não seletivos (LCR e sangue) – Ágar chocolate – Ágar sangue de carneiro • Meios seletivos – Thayer Martim modificado – Martin Lewis – NYC Diagnóstico • Incubação em estufa de CO2 com nível de CO2 de 3 a 7% • Manter o ambiente úmido • Analisar as placas em 24, 48 e 72 horas • Submeter as colônias ao Teste de Gram, prova da catalase e prova de oxidase. • Teste confirmatórios podem ser utilizados como teste de utilização de carboidratos (oxidação de glicose e maltose), testes imunológicos, testes de aglutinação em látex e amplificação de ácidos nucleicos Diagnóstico http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_pratic as/modulo4/intr_sta2.htm http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/microbiologia/mod_4_2004. pdf http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/modulo4/intr_sta2.htm http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/microbiologia/mod_4_2004.pdf CHEGAAAAAA !!!!!!!
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