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COLHEDORA DE CANA Professor: Samuel de Assis Silva Caio Pereira Freitas Lucas Sartori Pedro Emery Almanca Richardson Sales Rocha Tayna Poppe Bourguignon UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA RURAL Alegre, 2021 INTRODUÇÃO “O cultivo de cana-de-açúcar foi uma das primeiras atividades de grande importância nacional, ocupando posição de destaque na economia brasileira. Tal atividade tem grande relevância na geração de renda, empregos e divisas, principalmente quando se relaciona à exploração da cultura com a produção de açúcar, etanol e energia.” (Voltarelli, 2015) INTRODUÇÃO “A etapa da colheita é considerada uma das mais importantes, pois dela depende a qualidade do produto entregue às usinas. Atualmente, 30% da área colhida de cana-de-açúcar utiliza o processo mecanizado de colheita, com ou sem queima prévia para limpeza do canavial. As áreas que utilizam a colheita mecanizada estão localizadas principalmente em locais com topografia adequada e/ou apresentam problemas relacionados à escassez de mão-de-obra.” INTRODUÇÃO “As colhedoras de cana possuem alto rendimento operacional, são capazes de colher até em condição extremamente acamada, porém com menos eficiência. Quando as áreas não são devidamente sistematizadas para a mecanização esse sistema acarreta em perda de produtividade, devido a mais danos à soqueira e pisoteio. A sistematização e escolha de variedade adequadas favorece os benefícios da mecanização.” SISTEMA DE COLHEITA • MANUAL • CORTE; • CARREGAMENTO • SEMI-MECANIZADO • CORTE MANUAL; • CARREGAMENTO MECÂNICO • MECANIZADO • CORTADORAS + CARREGADORAS; • COLHEDORAS (COMBINADAS) • Corte e o carregamento são feitos manualmente, podendo haver transporte intermediário; • Corte: • Exige queima de pré-colheita; • Desempenho de homens e máquinas; • Método mais comum de colheita; • Capacidade de um trabalhador varia de 5 T/dia, em casos em que é previamente queimada, a 2,5 T/dia na cana-crua, o porte da cana também influência; SISTEMA DE COLHEITA: MANUAL Referência: Google imagens. Operação de “tombo” de colmos cortados manualmente. Referência: Google imagens. • Pouco utilizado, somente em situações em que se tem um relevo bastante acentuado.; • Geralmente, o carreador fica em local de desnível em relação ao talhão; • Neste caso, coloca-se uma prancha de madeira que possibilita o acesso do carregador até a caçamba do veículo de transporte; • Em outras situações, o carregamento manual é realizado quando o transporte ocorre por meio de carro de boi; Carregamento: Jumento com cambitos de madeira. Referência: Google imagens. Catraca manual com junta de bois. Referência: Google imagens. Catraca acionada pela TDP de trator (Perdas elevadas). Referência: Google imagens. COLHEITA SEMIMECANIZADA • Envolve o corte manual e o carregamento nas unidades de transporte, por carregadoras mecânicas; • Pós o enleiramento da cana colhida manualmente de 5 a 7 fileiras, recolhida e colocada em caminhões; • Grande variedade de carregadoras, maioria em tratores modificados; • Existem, carregadoras especificas, como os triciclo autopropelidos, utilizadas em regiões de grande declividade; Referência: Google imagens. Carregamento cana queimada. Carregamento cana crua. Referência: Google imagens. Referência: Google imagens. Colheita Mecanizada • Caracterização de colhedoras combinadas; • Quanto ao rodado: pneus, semi-esteiras, esteiras; • Quanto ao número de fileiras cortadas por vez : uma, duas, três; • Quanto ao tipo de matéria prima fornecida: de colmos inteiros (“cana inteira”), de colmos fracionados (“cana picada”); • Porém, a mais comum no Brasil é a de cana picada crua, que pode ser destinada tanto para a produção de mudas quanto para a colheita comercial.” (Ripoli, 1996); COLHEDORA DE CANA PICADA COLHEDORA DE CANA INTEIRA Cortadora de cana inteira • Vantagens; • Colmos colhidos não se deterioram rapidamente quanto os picados, podendo ser estocados por períodos mais longos e não precisam de depósitos especiais; • Podem ser introduzidas na presença de sistemas de transporte distintos; • Corte e carregamento são independentes; • Desvantagens • Utilização de carregadoras, para pegar o material depositado no terreno, incorporando materiais indesejados; • Menor eficiência no transporte devido à variação na densidade das cargas; • Maior quantidade de impurezas levadas do campo; • Dificuldade para colher cana deitada; Cortadoras amontoadora Descarregamento fora do talhão. Referência: Google imagens. Colhedora de cana picada • Vantagens • Elimina o uso de carregadoras, depositando a cana picada diretamente no sistema de transporte; • Cortam todo o tipo de cana, desde eretas até deitadas; • Maior massa específica das cargas no transporte (500 kg m-³); • Material colhido chega sempre fresco na usina; • Desvantagens • Operação de corte e transporte está estreitamente ligadas; • Implica em uso de estrutura específica para transporte, com carrocerias fechadas; • Se o órgão picador não é eficiente, ou está inadequado, o cisalhamento inadequado dos colmos resulta em perdas invisíveis; Referência: Google imagens. SISTEMA DE CORTE E ALIMENTAÇÃO Referência: Google imagens. SISTEMA DE CORTE E ALIMENTAÇÃO a b Vista frontal (a) e interna (b) dos componentes da colhedora de cana-de-açúcar. Fonte: SANTAL (2015) SISTEMA DE CORTE E ALIMENTAÇÃO SISTEMA DE LIMPEZA E DESCARGA Referência: Google imagens. Referência: Google imagens. Referência: Google imagens. COLHEDORAS ATUAIS Referência: Google imagens. COLHEDORA 2 LINHAS • Custo por hora de trabalho de uma colhedora de uma linha de R$ 360/H e o custo por hora de trabalho de uma máquina de duas linhas de R$ 385/H e, considerando a média de 500 t/dia da colhedora de uma linha e 650 t/dia da máquina de duas linhas ; • “Se as colhedoras trabalharem 13 horas por dia, o custo por tonelada da colhedora de uma linha será de R$ 9,36 por t. Já o custo da colhedora de duas linhas será de R$ 7,70 por t, logo, a colhedora de duas linhas apresentará um custo de C, do CTT, 17,7% menor do que o da colhedora de uma linha nesta situação.” LIMITAÇÕES • Ainda são adaptações das de 1 linha; • Mesma Potência – necessário reduzir velocidade; • Necessidade de sistematização; • Necessidade de controle da qualidade das operações; Referência: Google imagens. PERDAS PROVOCADAS PELA COLHEITA MECANIZADA • Visíveis: • Colmos inteiros: superior a 2/3 do original; • Frações de rebolos: fragmentos de cana e rebolos dilacerados; • Rebolos: perdas relacionadas ao elevador; • Ponteiros: pedaços de colmos aderidos aos palmitos. • Tocos: frações de colmos cortados acima da superfície do solo, presas às raízes não arrancadas, comprimento > 2 cm • Invisíveis: perdas que ocorrem durante a colheita sob formas de serragem e caldos; • sendo impossíveis de serem quantificadas; • podem chegar a 10%; Referência: Google imagens. Referência: Google imagens. Referência: Google imagens. Referência: Google imagens. Referência: Google imagens. CONCLUSÃO • A colheita de cana mecanizada traz inúmeros benefícios, mas ainda tem problemas a serem resolvidos; • Cabe a nós profissionais da área, nos dedicarmos através de estudos e pesquisas, fazer as melhorias necessárias; REFERÊNCIAS Ripoli, T. C. C., Ripoli, M. L. C., & Júnior, W. F. M. (2004). Biomassa de cana-de-açúcar: colheita, energia e ambiente; Silva, D. R.; & Silva, A. M. M. Perda no processo de colheita mecanizada de cana-de-açúcar; Voltarelli. (2015). Colheita mecanizada de cana-de-açúcar; https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4472951/mod_resource/content/1/SLIDES_COLHEITA_CA NA_GIMENEZ.pdf; https://blog.aegro.com.br/colheita-de-cana/; https://www.cpt.com.br/calendario-agricola/cana-de-acucar-colheita; https://www.revistacanavieiros.com.br/conheca-os-detalhes-da-colhedora-de-duas-linhas-simples-lancada-pela-jacto; https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4472951/mod_resource/content/1/SLIDES_COLHEITA_CANA_GIMENEZ.pdf https://blog.aegro.com.br/colheita-de-cana/ https://www.cpt.com.br/calendario-agricola/cana-de-acucar-colheita https://www.revistacanavieiros.com.br/conheca-os-detalhes-da-colhedora-de-duas-linhas-simples-lancada-pela-jacto
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