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ESTUDOS PAR A SEGUNDA PROVA DE CIVIL 2 (2)

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ESTUDOS PAR A SEGUNDA PROVA DE CIVIL 2
TEORIA GERAL DOS CONTRATOS
Contrato: principal fonte de informação de relação obrigacional entre as pessoas
Contexto social:
· Vontade humana de realizar negócio jurídico – regulada pelo Direito
· Acordo de vontade das relações privada patrimoniais
· Principal fonte de formação de relação obrigacional
· Principal mecanismo de circulação de riqueza – importância econômica, social e juridica
· Evolução: antes total liberdade e visão privatista (preservar propriedade privada) e, atualmente, visão coletivista (função social – norma de ordem publica). Havendo conflito entre o interesse particular e o coletivo o que prevalece é o interesse coletivo
Contrato de compra e venda: Obrigação de entregar o produto e obrigação de pagar
Contrato visa assegurar a propriedade privada, o patrimônio e possue reflexos sociais efetivos.
REQUISITOS DOS CONTRATOS: tem a ver com a validade do contrato (aptidão para produção de efeitos)
· Capacidade 
· Genérica: o contratante não pode ser absolutamente nem relativamente incapaz
· Especifica: é aquela que importa para aquela espécie de negocio, em que os agentes alem da capacidade genérica tem que ter um elemento/ uma capacidade a mais para que torne aquele contrato apto para a produção de efeitos no mundo jurídico.
· Licitude e possibilidade do objeto
· Licito (dentro do ordenamento jurídico), possível determinado e determinável
· Celebração na forma prevista em Lei
· Formalismo – se a lei impor uma determinada forma;
· Consensualismo – se não houver determinação legal será conforme acordo entre as partes. Poderá fazer de qualquer forma exceto a que a lei veda
· Manifestação livre da vontade: no momento da celebração do contrato as partes tem que estar livre de qualquer vicio em relação a sua vontade..
PRINCIPIOS APLICAVEIS A TEORIA GERAL DOS CONTRATOS
· Autonomida da vontade:em regra as partes são livres para contratar, sobre aquillo que elas querem.
As partes são livres:
· Sobre contratar ou não;
· Sobre quem contratar;
· Sobre o que contratar.
· Exceções: liberdades não absolutas. Existem certas limitações. Por exemplo: um vendedor/comerciante anuncia um produto em determinado preço, todo consumidor que entrar no estabelecimento tem direito de comprar o produto no preço determinado em prateleira. O comerciante não pode impedir o consumidor de comprar em razão de alguma discriminação. Outra exceção é o contrato de adesão.
· Supremacia da ordem publica: esse princípio visa restabelecer o equilíbrio entre as partes. Supremacia do interesse coletivo. A ordem publica é uma norma jurídica inafastavel pela vontade das partes.
· Liberdade de contratar: liberdade política e não econômica: necessidade de equilíbrio entre as partes
Art 421 – A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato
· Principio do consensualismo: o principal fundamento de existência do contrato é que haja um consenso da vontade entre os contrates. Noa hvaneod conflito com as normas e o interesse publico, o que prevalece eh o consenso da vontade entre quem contrata
· Principio da relatividade dos efeitos contratuais: via de regra contrato só faz efeito entre quem contrata, não faz efeito parente terceiros
· Principio da obrigatoriedade(pacta sunt servanda)– as partes são livres para contratar mas uma vez que formalizou ou celebrou o contrato, então esse contrato vai fazer lei entre as partes.Ou seja, uma vez que vc assinou um contrato jurídico vc vai ser obrigado a cumpri-lo, via de regra. (muito importante)
· Principio da boa-fé e de probidade: visa a honestidade entre as partes. 
Art 422:Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
· Boa Fe objetiva: é a referencia independe da boa Fe subjetiva. A boa Fe objetiva Independe de dolo e culpa
· boa Fe subjetiva: é aquela que o legislador espera que você tenha. Visa o ponto interno/psicológico que o agente possui no momento que celebra o contrato. Se o agente sabe que o contrato é ilícito.
A lei diz que existe Padrão homem médio, que é a referencia pra saber se a pessoa agiu com boa fé ou não. Ex: se a pessoa formula um contrato de empréstimo, e sobre esse empréstimo a pessoa quer receber juros mas estes são abusivos. A pessoa agiu, supostamente, de boa Fe subjetiva, não sabia que ele era mto abusivo. A boa Fe objetiva diz que independente disso, houve uma violação de boa fé, anda que internamente o agente não tenha se dado conta disso, pois os juros foram abusivos.
· Nulidade clausulas: conseqüência jurídica da violação do principio da boa Fe.
· Responsabilidade subjetiva: presença de dolo ou culpa, elementos subjetivos onde incide responsabilidade.
CONTRATOS ATÍPICOS:
ART 425:É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código.
HERANÇA DE PESSOA VIVA – expectativa de morte sobre alguém.
Art 426: Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva.
FORMAÇÃO DO CONTRATO JURIDICO
· 1º ETAPA: Ocorre no momento que há formação interna do agente e posterior exteriorização (é o que importa)
· 2ª ETAPA: Convergência de vontade (alguém propõe e outro aceita ou não)
· 3ª ETAPA: Ocorre o aperfeiçoamento desse contrato jurídico. Ele já esta em tal ponto que há a possiblidade de vincular as partes.
NEGOCIAÇÕES PRELIMINARES:
· Antes da proposta em si
· Momento de negociar, explorar, trocar idéias acerca do negocio jurídico a ser firmado
· Não tem os requisitos essenciais para a celebração do contrato.
PROPOSTA – instituto do negocio jurídico que tem efeitos. Vincula as partes. 
· Contem os elementos essenciais (preço, forma, etc)
· Obriga as partes ao cumprimento do que foi proposto.
· Quem faz a proposta:Proponente (policitante) e quem recebe a proposta: oblato.
· Oferta publica – art 429
Art 429. A oferta ao público equivale a proposta quando encerra os requisitos essenciais ao contrato, salvo se o contrário resultar das circunstâncias ou dos usos.
Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
3 hipoteses que não se aplica o 427 –ou seja, hipóteses que não obrigam o oponente
1) “se o contrário não resultar dos termos dela (se a proposta não vincula o oponente)”,ou seja, se constar expressamente na proposta que esta não sera vinculante
 2) da natureza do negócio jurídico. Ex: se não tem estoque de um produto, não tem como ser obrigatória a proposta.
3) Ou das circunstâncias do caso – colocado neste disposto para dar ao juiz a chance de analisar o caso concreto se cabe ou não cabe vinculação.
FORMULAÇÃO DA PROPOSTA
· RELEVANCIA: Torna vinculante em relação a quem propôs (regular a forma como isto ocorre). A proposta tem como conseqüência mais importante a vinculação do proponente, assim que o oblato a aceita.
· Herdeiros: também ficam vinculados aquilo que o proponente propôs enquanto vivo.
· Hipóteses em que ela perde força vinculante (art 428)
Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante;
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente;
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;
IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente.
SEM PRAZO determinado para a resposta do oblato.
· Entre presentes (também telefone ou afins): a resposta do oblato deve ser dada imediatamente. Se ela não for dada imediatamente a conseqüência jurídica é que a resposta deixar de vincular o oponente. Se a comunicação foi ao vivo por meios virtuais, também é considerado presente.
· Entre ausentes – sem prazo : O prazo será o tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente.
Só a situação concreta poderá dizer qual o tempo suficiente pois dependa da forma.
COM PRAZO determinado para a resposta do oblato.
· Deve se respeitar o prazo dado para a resposta do oblato. Se houver resposta nesse período, então essa resposta ira tornar vinculante a resposta. Se não houver resposta no decurso do prazo, a proposta perde seu efeito vinculante. TAMBEM não tem efeito vinculante se a resposta for negativa, dentro do prazo.
RETRATAÇÃO: Quando o proponente se arrepende da proposta.
· Se antes da proposta chegar (ou junto com ela) houve retaração: não gerara expectativas ao oblato. A retratação chega junto ou antes da proposta. 
ACEITAÇÃOD A PROPOSTA – o que cabe ao oblato
· O aceite do Oblato é integral, aceita tudo que ta na proposta. Se o oblato quer alterar algo, ele deve realizar uma contraproposta e os papeis de invertem.
· Aceite é o momento em que a outra pessoa esta de acordo com os exatos termos da proposta
· O Aceite é Integral (senão é contraposta – deixa de vincular o proponente inicial e há inversão nos papaies)
Art. 431. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta.
· Lugar art 435:
Art 435: Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto.
MOMENTO: O aceite terá o condão de aperfeiçoar o contrato, vinculando também o oblato. Nesse momento o contrato estará apto a produção de efeitos. (3 ª etapa)
· Momento – Vincula as partes.
· Exceções – retratação do aceite: se antes ou conjuntamente com a aceitação chega uma retratação do aceite do oblato (igual retratação do proponente). “eu aceitei e arrependi”. Não gera expectativas ao proponente.
· A aceitação tem efeitos jurídicos também para o oblato.
ACEITE COM PRAZO: DEVE se observar o prazo substanciado na proposta (ate que aceite). Ex: “aceite ate 15 dias”. 
ACEITE Sem prazo:
· Entre presentes: aceite deve ser dado na hora 
· Entre ausentes: (momento em que tem que ser dada a resposta para vincular o OBLATO). Possui 4 teorias
1. Teoria da cognição: momento da vinculação é o momento que houve conhecimento do oblato. 
2. Teoria da declaração: momento da vinculação é o momento que houve declaração desse aceite.
3. Teoria de expedição: momento da vinculação do oblato é o momento em que é expedido o seu aceite.
4. Teoria da recepção: momento da vinculação é o Momento em que o proponente recebeu a resposta do oblato.
As teorias 3 e 4 são as que prevalecem no nosso ordenamento jurídico. 
CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS
1) Quanto a obrigação
a) Bilateral: gera obrigações para amabas as partes. Ex: contrato de comprova e venda. Também chamada de contrato sinalagmatico.
· Sinalagmatico – sinalagma (reciprocidade de obrigações)
· Somente quando um cumpre sua parte pode exigir que o outro cumpra a dele. Foi intuito do ordenamento jurídico que não se lese uma pessoa que contratou quando a outra parte não cumpre com o que ela se obrigou.
b) Unilateral: gera obrigações somente a uma das partes. Ex: doação pura
c) Plurilaterais: várias partes com interesses distintos. Ex: formação de sociedade.
· É o numero de partes e não de pessoas. Ex: duas pessoas vendendo um apartamento a outra, é um contrato BILATERAL, pois se tem duas partes: compradores e vendedores.
2) Quanto A VANTAGEM
A) Oneroso – ambas as partes percebem vantagens. Ex: compra e venda.
B) Gratuito – somente uma dar partes percebe vantagem. Ex: doação.
Obs: a vantagem é jurídica. Não conta satisfação pessoal, etc.
3) Quanto ao equilibrio nas prestações:
Versa sobre as pretaçoes em si (o que cada aparte vai fazer/ receber)
a) Comutativo – Há um equilíbrio nas prestações que vão ser feitas e há uma certeza que elas serão adimplidas. Ex: contrato de compra e venda. Dá-se um bem que equivale a tal valor e se recebe esse valor;
b) Aleatório – Existe uma incerteza das partes a respeito do adimplemento de alguma obrigação. Ex: contrato de seguro. 
4) Quanto a forma:
a) Solene: é aquele que preicsa observa uma determinada forma legal.
b) Não solene: é aquele contrato que pode ser feito da maneira como as partes desejarem.
5) Quanto ao aperfeiçoamento 
O aperfeiçoamento do contrato é momento em que aquele instrumento passou a ter valor jurídico – obrigar as partes, passível de ser demandado, de exigir que as obrigações ou prestações sejam cumpridas. Essa classificação diz respeito ao momento de aperfeiçoamento do contrato.
A) Consensuais: dependem só da vontade. Ex: venda de celular (contrato de compra e venda). Aqui, no momento em que as partes estipulam a forma, preço, qualidade, sobre o produto, o contrato se aperfeiçoou e é passível de ser demandado. O aperfeiçoamento gera conseqüências aplicáveis em relação a um eventual extravio da coisa. Se já há um contrato aperfeiçoado pode ser exigido um cumprimento da obrigação ou responsabilizar a pessoa por perdas e danos. Se não há aperfeiçoamento do contrato, ele ainda não existe no plano juridico, no ponto de vista da validade.
B) Reais: Entrega material do objeto de contrato. Ex: empréstimo – só com a entrega de dinheiro ou do que se deseja emprestar. Aqui o contrato se aperfeiçoa apenas com a entrega do objeto contratado. 
Se não há apaerfeiçoamento do contrato as partes pode desistir, ninguém se vincula, a conseqüência do extravio, perda, etc, não recai sobre quem comprou mas sobre o dono;
6) Quanto a execução(execução é o cumprimento daquilo que se obrigou, efetivação das prestações):
A) Instantânea: Obrigações se esgotam em um único ato. Ex: entregar o bem e pagamento a vista – execução se dá de forma instantânea. 
B) Diferida:As obrigações não esgotam em um único ato. Ex: parcelamento do valor. Mesmo que haja a entrega daquele bem, a obrigação de pagar, por parte do comprador, vai se dar em 10 prestações mensais e sucessivas.
C) Trato sucessivo: São aquelas obrigações que pela sua própria natureza se arrastam pelo tempo. Ex: mensalidade (prestação de pagar) e contraprestação de ensino, se prolonga no tempo.
7) Quanto a liberdade negocial entre as partes: 
A) Paritárias: as partes podem discutir e alterar as clausulas e termos contratuais. Nessa modalidade há uma presunção de que as partes se encontram em equilíbrio e igualdade de condições para negociar, alterar, mudar o objeto, em relação ao contrato. 
B) Adesão: uma parte adere a um contrato padrão já formulado e que é aplicado a todos que realizam aquele negocio juridico. Ex: plano de celular. É uma situação em que NÃO HÁ uma liberdade negocial propriamente dita para afastar determinadas clausulas, encargos, conseqüências, etc. 
Proteção maio maior aos que aderiram ao contrato de adesão, e não tiveram liberdade de negociar.
8) Quanto as características dos contratantes:
a) Personalíssimo: em função das características das pessoas contratadas. Ex: cantor.
b) Impessoais: a qualidade da pessoa não importa. Ex: comprar um apartamento.
9) Quanto a existência do contrato:
a) Principal: são aqueles que resolvem por si mesmo, não depende de outro, não tem vinculação a outro contrato.
b) Acessórios: são aqueles contratos que depende do principal para existir. Ex: fiança
ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE TERCEIROS: efeitos contratuais que vao ser sentidos por um terceiro. Os efeitos, ou as consequências, são sempre benéficos. Não serão estipuladas obrigações para esse terceiro.
Efeitos contratuais: Os contratos, em regra, só podem produzir efeitos entre as partes, porque o terceiro não manifestou sua vontade.
Exceção: estipulação em favor de terceiros – efeitos são sentidos em quem não é parte.
Estipulante – pessoa que quer beneficiar um terceiro.
Promitente – é aquele que se obriga a beneficiar um terceiro.
Estipulante celebra contrato com o promitente.
· Deve ser analisada a Capacidade dos contratantes: o estipulante e o promitente (não do terceiro). A capacidade do terceiro não importa.
· O contrato se aperfeiçoe com os dois (estipulante e promitente), mas o terceiro pode recusar o beneficio, de dessa forma desobriga o promitente. 
· A recusa, portanto não invalida o negócio jurídico posto que
ocorre na execução e não no momento de sua formação e aperfeiçoamento.
· O terceiro pode cobrar do promitente, se: 1) isso estiver de acordo com o que consta no contrato. 2) se o estipulante não inovar (substituir o terceiro). Isso só pode acontecer em determinadas situações. Não pode acontecer quando o contrato for estipulado em razão de negócio anterior. 3) 
Seção III
Da Estipulação em Favor de Terceiro
Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação.
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438.
Art. 437. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a execução, não poderá o estipulante exonerar o devedor.
Art. 438. O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, independentemente da sua anuência e da do outro contratante.
Parágrafo único. A substituição pode ser feita por ato entre vivos ou por disposição de última vontade(testamento).
· Não pode ter NENHUM ONUS ao terceiro.
· Exemplo: Empresa que, em contrapartida a um negócio, aceita pagar pensão vitalícia a filho do negociante.
NATUREZA JURIDICA: 
· Divergência doutrinaria]
· Tem natureza contratual 
EXIGIBILIDADE:
· Terceiro e estipulante podem exigir do promitente 
· O terceiro tem que concordar com o contrato
· O estipulante não pode inova-lo – substituir
· Não pode substituir se o contrato foi firmado em razão de algum ônus do qual o estipulante se beneficiou 
PROMESSA POR FATO DE TERCEIRO
Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar.
Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge do promitente, dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens.
Exemplo: casa de show, quando a banda não comparece. Exceção (art 440): se a banda disse que ia (se obrigou)
Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter obrigado, faltar à prestação.
VICIO REDIBITORIO: é um instituo que permite que no momento em que se celebra um contrato, caso a coisa/objeto do contrato tenha um defeito ou o vicio oculto é permitido que o contrato seja redibido por conta desse instituto.
Permitir redibir (resolver, encerrar) um contrato quando ele vier com algum vicio ou defeito oculto que o torne impróprio ou lhe diminua o valor. Além da possibilidade de resolver, é facultado ao contratante que ele tenha um abatimento do preço que se pagou (art 442).
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas
· Contrato comutativo (oposto de contrato aleatório)
· Vício: característica intrínseca ou inerente ao produto. Algo que já acompanha ou produto.
· Defeito: pode ser extrínseco ao produto ou serviço que causa um dano maior que simplesmente o mau funcionamento (definição da doutrina). O DEFEITO tem esse vinculo com vicio, porem temos um dano maior pois ele ultrapassa o produto e atinge diretamente o consumidor.
· Pode optar pelo abatimento do preço.
Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço.
· Se quem vendeu sabia do vício/defeito oculto: restituição + perdas e danos
· Se quem vendeu não sabia: valor + despesas do contrato (proteção ao consumidor sem prejudicar o alienante de boa-fé.) NÃO CABE PERDAS E DANOS.
Pressupostos:
1) Ônus – contratos onerosos ou gratuitos com encargos. O VICIO REDIBITORIO so pode ser alegado se a parte que recebeu O PRODUTO defeituoso ou viciado, a recebeu onerosamente ou através de contrato gratuito com algum encargo.
2) Defeito ou víciooculto (porque o pressuposto é o não conhecido do comprador. Se soubesse, a presunção de que este anuiu com o defeito);
3) Defeito tem que existir no momento da celebração do contrato.
Ato da tradição = ato da entrega = ato que aperfeiçoa o negocio jurídico.
Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição.
Alienante é quem vende.
· Ações edilícias (direito romano): aptas a lidar com as questões advindas do vicio redibitorio
i) Ação redibitória (redibir): nessa ação o objeto versa sobre a extinção do contrato)
ii) Ação estimatória (quantificação do valor do bem): por sua vez, essa ação estima o valor do bem e do prejuízo para ser restituído por parte do alienante
· Prazo decadência 
i) Bens moveis: 30 dias
ii) Bens imóveis: 1 anos
· Contagem do prazo: do momento que o prazo decadencial vai se iniciar.
i) A pessoa Não estava na posse do bem no momento que se celebrou o contrato (ex: compra online): o prazo se inicia entrega efetiva do bem.
ii) A pessoa já estava na posse do bem no momento que se celebra o contrato: O prazo começa a contar no momento em que há a alienação (no momento em que realiza o contrato) efetiva desse bem (nesse caso os prazos deverão ser reduzidos à metade). 
iii) Se o efeito só puder ser conhecido mais tarde: o prazo decadencial começa contar a partir do momento que o comprador toma ciência do defeito. Prazo máximo: 180 dias para bens moveis e 1 ano para bens imóveis. 
iv) Animais: lei especial (ou usos locais + regras gerais). Na ausência dessa disposição legislativa especial sera aplicado os usos locais e as regras gerais do vicio redibitório.
v) Regra especial – na compra conjunta de vários elementos, no defeito de apenas um deles, não autoriza a rejeição de todos.
Art. 503. Nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma não autoriza a rejeição de todas.
EVICÇÃO
Se aplica a perda da coisa adquirida onerosamente por decisão judicial ou administrativa que confere posse ou propriedade no todo ou em parte, a um terceiro.
Exemplo: Joao adquire de Pedro um bem imóvel. Joao paga tudo certo pra Pedro. Passa um tempo e Joao descobre que havia um possuidor de boa fe que preenche todos os requisitos, e descobre que o Carlos tem direito subjetivo a requerer uso capeao. E assim Carlos faz e por força de decisão judicial há o reconhecimento que o legitimo proprieario é o Carlos.
· Alienante: vende o bem. A legislação pretende responsabilizá-lo. Responder pela eviccaçõ nos contratos que são onerosos, ainda que venhad e hasta publica.
· Adquirente (evicto): comprou o bem mas perdeu pra terceiro. A legislação pretende poupa-lo. 
· Terceiro (evitor ou eviscente) – pessoa que terá reconhecida o direito ao bem e beneficiado pela decisão judicial ou administrativa.
Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção.
· A legislação admite uma Liberdade negocial por se tratar de patrimônio. Exemplo: cláusula de exclusão – o evicto sabia do risco, e por isso recebeu um desconto pelo bem, não caberá eviccação.
· Restrição artigo 449 – mesmo com a clausula de exclusão pode o evicto receber o preço que pagou se:
· Não soube do risco de evicção (assinou contrato padrão da imobiliaria mas não sabia que havia um risco real no plano dos fatos).
· Sabia do risco mas não o assumiu. O adquirente sabia desse risco mas não assumiu em integralidade. So em caso concreto para saber.
Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu.
EXETENSAO DA RESPONSAIBLIDADE PELA EVICCAÇÃO:
· Ressarcimento do valor do bem adquirido, inclusive benfeitorias:
· Benfeitorias necessários ou uteis que o evcito teve que arcar
· Se quem fez foi
o alienante – abatera na restituição a ser paga ao evicto.
· Frutos que teve que restituir. Os frutos entram no pacote de despesas que o adiquirente teve e que o alienante terá que ressarcir.
· Indenização pelas despesas do contrato e prejuízos que resultaram diretamente da evicção
· Juros e correções;
· Honorários e custas;
· Perdas e danos caso haja culpa ou dolo por parte do alienante (ato ilícito)
DETERIORIZAÇÃO: 
· Persiste a responsabilidade para o alienante (restituir), salvo quando isso ocorrer por culpa do evicto.
· Se o evicto tiver auferido vantagens das deteriorações (se desfez de parte dos bens que estavam no imóvel) – diminuirá no valor a ser restituído (o quanto teve de vantagem). 
· EVICÇÃO PARCIAL 
· Se considerável: caberá rescisão do contrato + restituição dos valores.
· Se não for considerável: caberá indenização (perdas e danos) sobre o que evicto deixou de ter em decorrência da quebra de expectativa. Não caberá rescisão do contrato.
Denunciaçlão da Lide: art 456 revogado.
Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa.
CONTRATO ALEATORIO 
É o oposto de contrato comutativo (aquele que se tem certeza sobre a prestação).
O contrato aleatório não se tem certeza sobre a prestação ou o recebimento do benefício – depende de um evento futuro e incerto; condição.
· Contrato de seguro (espécie mais famosa)
· Para o segurado: comutativo (tem que pagar as prestações)
· Para a seguradora: aleatório
· Dúvida se o contrato inteiro é aleatório.
· 1 teoria diz que o contrato não pode ser dividido em uma parte aleatório e uma parte comutativo. Ou ele é totalmente aleatório ou é comutativo. Se ele tem como característica essa incerteza, ele será como um todo, aleatorio.
· 2 teoria diz que pro segurado ele também é aleatório porque ele tem que pagar a franquia. 
· Risco/ Aleatoriedade tem que ser na essência do negócio pois todo contrato implica em algum grau de risco de ocorrer inadimplemento.
· Contrato é valido e eficaz mas sua implementação deve de um evento futuro e incerto.
· Vantagem: preço menor. 
Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir.
Ex: você compras os filhotes que um animal terá, sem saber se ou quantos virão, e por isso, paga mais barato.Deve pagar, pois assumiu o risco. Exceção: dolo ou culpa do vendedor. Ex: se o dono castra o animal.
Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada.
Parágrafo único. Mas, se dá coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o alienante restituirá o preço recebido.
· Aqui, a aleatoriedade versa sobre a quantidade (ex: espera três filhotes e nascem dois). Assume-se o risco da quantidade, desde que tenha existência da coisa. Exemplo da colheita.
Art. 460. Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a risco, assumido pelo adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço, posto que a coisa já não existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato.
· A coisa existe mas está exposta a risco. O adquirente assume o risco de não receber a coisa, mas mesmo assim tem que pagar por ela. Mesmo que essa coisa já não existisse no dia da celebração do contrato o adquirente vai ter que pagar, mas desde que ninguém saiba disso. É evidente que se o alienante sabe que aquilo que ele está alienando já não existe no momento da celebração do contrato ai o direito não pode tutelar torpezas e não se aplicará o artigo 460. Mas por exemplo, você contrata mercadoria embarcada sabendo o risco do navio em que está a mercadoria passar por tempestade e perder a mercadoria, você pagará por ela.
· Trata-se de contrato aleatório tendo por objeto coisas existentes mas expostas a risco. O adquirente assume o risco de não receber a coisa adquirida ou recebe-la parcialmente, ou ainda danificada, deteriorada, ou desvalorizada, pagando, entretanto, ao alienante todo o valor. Exemplo de mercadoria embarcada, tomando sobre si o adquirente a sorte de vir ou não receber devido o acidente do naufrágio
· Mesmo que não exista no dia da celebração do contrato desde que o contratante não saiba disso.
Art. 461. A alienação aleatória a que se refere o artigo antecedente poderá ser anulada como dolosa pelo prejudicado, se provar que o outro contratante não ignorava a consumação do risco, a que no contrato se considerava exposta a coisa.
· Livre manifestação da vontade daquele que se submete a risco.
CONTRATO PRELIMINAR:
Trata-se de um contrato feito com o objetivo de ser formular um contrato definitivo no futuro.
Exemplo: promessa de compra e venda
· Faculdade legal
· Contrato preliminar é tão obrigatório quanto o primeiro.
· Salvo se houver destrato (as partes desistem em comum acordo);
· Salvo se a obrigação preliminar não for cumprida.
· Deve conter todos os elementos essenciais ao contrato a ser celebrado, menos a forma – art 462
Exemplo: compra e vende de bem imóvel, igual ao definitivo, porém não precisa ser levado a escritura pública (forma)
· Concluído o contrato preliminar, a outra parte pode exigir da outra a celebração do contrato definitivo (AQUILO que restou como objeto/obrigação daquele contrato).
· Prazo do contrato preliminar: se esse prazo for vencido, pode se dar ensejo (exigir que a outra parte cumpra com aquilo que ela se obrigou). Ex: promessa de compra e venda.
· Clausula de arrependimento: pode estar presente no contrato preliminar, e se estiver, este contrato não pode ser levado a sua execução forçada.
· Se não levar: adjudicação compulsória. Acontece quando não há clausula de arrependimento. A parte vai ao Estado (juiz) e exige que o contrato seja cumprido pela outra parte. 
Art. 463. Concluído o contrato preliminar, com observância do disposto no artigo antecedente, e desde que dele não conste cláusula de arrependimento, qualquer das partes terá o direito de exigir a celebração do definitivo, assinando prazo à outra para que o efetive.
Parágrafo único. O contrato preliminar deverá ser levado ao registro competente.
· É obrigatório o Registro do Contrato Preliminar. Se o contrato não for levado a registro não poderá ser exigido depois a adjudicação.
· Função do registro: Publicidade ao terceiro de boa fé.
· Requisito de validade para adjudicação da obrigação que restou ali substancia pelo contrato
· Juiz pode suprir a vontade da parte inadimplente e tornar definitivo o contrato preliminar
· Exceção: se isso for contra a natureza da obrigação
· Opção: desfazer o contrato e pedir perdas e danos (art 465)
· Promessa de contrato unilateral: credor precisa se manifestar no prazo revisto ou em outro razoável;ou se não houver prazo previsto deve manifestar em prazo razoável estipulado pelo devedor.
CONTRATO COM A PESSOA A DECLARAR
· Possibilidade de uma das partes indicar uma pessoa, no momento da celebração do contrato, que irá adquirir os direitos e assumir as obrigações decorrentes do contrato.
· Precisa dar anuência da pessoa nomeada no prazo de 5 dias ou outro prazo estipulado.
· A anuência deve se dar da mesma forma utilizada para a celebração do contrato.
· Efeitos: retroagem ao momento em que o contrato foi assinado. E não no momento em que houve a transferência da parte pela a declarar.
· Efeitos entre os contratantes originais (exclusão desde instituto).
Art. 470. O contrato será eficaz somente entre os contratantes originários:
I - se não houver indicação de pessoa, ou se o nomeado se recusar a aceitá-la;
II - se a pessoa nomeada era insolvente, e a outra pessoa o desconhecia no momento da indicação.
· Se a pessoa a nomear for incapaz, ou insolvente no momento da nomeação. 
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