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1 03/11/2010 - Áudio da aula de FEB2 – Castelo Branco Governo Castelo Branco (1964-1967) O governo Castelo Branco é um governo de grandes reformas (no sistema tributário, no sistema financeiro e a indexação da economia). Foi possível fazer essas reformas estruturais por causa do Ato Institucional (AI-1). O AI-1 instituiu o poder do presidente de enviar projeto de lei ao congresso, e convocar o senado e os deputados para que em um regime de 30 dias eles possam votar. Se depois de 30 dias os projetos não fossem votados pelo congresso, o presidente poderia sancionar o projeto na sua forma original. Não estava escrito no AI-1 a palavra “de curso de prazo”, mas nós chamamos. Agora os projetos, leis poderiam ser sancionados caso não fosse votado no congresso, devido ao de curso de prazo. Em 15 de abril de 64, Castelo Branco toma posse, ele foi um dos chefes da revolução, tendo com vice um civil José Maria Alckmin (PSB – MG) que foi Ministro da Fazenda de JK. Como MF ficou Otávio Gouveia de Bulhões e como ministro de planejamento, Roberto Campos. A equipe econômica é formada pelos monetaristas da FGV e vão ser assessorados por Gudin. A inflação está fugindo do controle, beirando aos 80% a.a. O crescimento do PIB está baixo, praticamente estável a 3% no ano anterior. O déficit público está na faixa de 4% do PIB, a dívida externa aproxima-se de US$ 3 bi. A balança comercial é deficitária, e não há condição de se pagar a dívida. O problema nº 1 é a inflação. Ela tem a ver com o déficit publico e compromete o crescimento econômico. Para combater a inflação é preciso elaborar um plano econômico, e enquanto isso vai fazer algumas reformas, introduzir alguns instrumentos, mas antes de tudo vai resolver o problema da dívida externa. O perfil da dívida é de 70% junto às agencias governamentais (EUA, ING, FRA), só que a maior parte é nos EUA (EXIBANK). O grande negociador dessa dívida será Roberto Campos, que vai nesses países negociar, e consegue o apoio deles e 70% dessa dívida é renegociada até 1967. Isso vai aliviar bastante o BP. Precisamos conviver com a inflação, e aí temos que fazer a indexação da economia. A inflação destrói a poupança, e sem a poupança não tem como financiar o investimento. A inflação provoca déficit publico (o déficit público acontece quando o gasto publico é maior que a receita que vem da tributação). A inflação corrige o gasto publico e corrói o poder aquisitivo da receita tributária, e aí se tem um déficit publico crescente. E aí se resolve isso através da indexação. O que é a indexação? É corrigir o valor monetário de um ativo (financeiro – caderneta de poupança; e não financeiro – mensalidade escolar) com um determinado índice geral de preço. Em julho de 64 vem a Lei 4357/64 que faz a indexação da economia brasileira. É um paradoxo, um monetarista ortodoxo como Bulhões, propor um instrumento heterodoxo como a indexação. Porém, a justificativa de Bulhões é que a inflação está muito alta e está destruindo a economia, a poupança e provocando um déficit publico. 2 Por causa disso é preciso elaborar um plano de desenvolvimento da economia, só que a inflação não será eliminada imediatamente, vai demorar um tempo. Então, enquanto isso é preciso conviver com a inflação, e por isso que é necessário indexar a economia. Assim que combatermos a inflação (todo monetarista ortodoxo gosta de jogar a inflação próxima de zero), a indexação também será eliminada. A indexação, assim como, ela faz conviver com a inflação, ela também alimenta o processo inflacionário porque ela pega a inflação do passado e joga para o futuro, criando um conflito distributivo. Nesse conflito, todos os agentes acabam indexando seus ativos, e a inflação torna-se inerte àquela. E é justamente a indexação generalizada na economia brasileira que gerou a corrente da inflação inercial. A inflação inercial é provocada pela indexação porque a inflação fica inerte àquela do passado. (ela só sobe) Porque a indexação vai aumentando cada vez mais? Pois quando Costa e Silva assume os monetaristas saem do poder assumindo assim os estruturalistas que são adeptos a indexação. Inicialmente, a indexação tinha 03 propósitos: Resolver os problemas do sistema financeiro, que são: poupança destruída pela inflação (depois da indexação passa a ter rendimentos positivos e incentiva a poupança no Brasil). Na parte do setor imobiliário, os problemas são: o setor imobiliário do sistema financeiro vive descapitalizado por causa da inflação, então, anualmente o saldo do mutuário será corrigido pela correção monetária, corrigindo também a prestação da casa própria. (agora se capitaliza o sistema habitacional). Daí resolve o déficit habitacional através dos alugueis, pois os alugueis também serão indexados. Corrigir o déficit fiscal porque ele é corroído pela inflação. Existe um espaço de tempo entre o fato gerador do imposto e sua efetiva cobrança. (resolver o problema do governo) Corrigir o ativo das empresas. As empresas se queixavam que a inflação gerava um lucro ilusório, e elas pagavam imposto sobre esse lucro. (que na verdade não existia) Quem sofre e perde com isso são os trabalhadores que não tem seus salários indexados. Logo depois vem a Lei 4390/64, porque os empresários reclamavam dos pontos rigorosos da Lei 4131/62. A Lei 4390/64 não revoga a Lei 4131/62, ela trata apenas da remessa de lucro ao exterior, e ela vai flexibilizar a Lei 4131/62. Lei 4131/62 – Lei 4390/64 – Quando chega novembro, vem a lei que reestrutura o sistema financeiro brasileiro chamada Lei 4595/64, que extingue a SUMOC e cria a CMN (Conselho Monetário Nacional) que legisla todo o sistema financeiro através de resoluções. O BC é quem vai executar as normas e conta com 02 autoridades especiais (BB e BNDE). 3 Em Nov 64, o governo anuncia o PAEG (programa de ação econômica do governo). O PAEG vai fazer o diagnostico da inflação no BRA e propor soluções, instituindo objetivos. O diagnostico que se faz da inflação é que ela é uma Inflação de Demanda. Inflação de Demanda refere-se ao excesso de demanda agregada em relação à produção disponível de bens e serviços na economia. É causada pelo crescimento dos meios de pagamento, que não é acompanhado pelo crescimento da produção. Ocorre apenas quando a economia está próxima do pleno-emprego, ou seja, não pode aumentar substancialmente a oferta de bens e serviços em curto prazo. Acontece a inflação de demanda por vários motivos: Por causa do gasto publico. (o déficit público trás a inflação) Os salários estão subindo muito acima da taxa de utilidade gerando inflação de demanda, porque cria uma bolha de consumo. Por excesso de crédito das empresas, gerando um aumento da demanda. Propostas Política fiscal contracionista de controle dos gastos públicos e aumento dos impostos. Para evitar que os salários subam acima da taxa de utilidade, uma política salarial = arrocho salarial. E uma política monetária contracionista para evitar o excesso de crédito das empresas. O PAEG estabelecia, oficialmente, objetivos macroeconômicos. Em julho de 64, uma emenda constitucional levou o mandato de Castelo Branco até 67. Então, pelo AI-1, o mandato dele era até 66, cumprindo apenas o mandato de Goulart. Em Nov de 64, o PAEG estabeleceu objetivos para os anos de 64, 65 e 66. 05/11/2010 - Áudio da aula de FEB2 – Notícia À volta do CPMF, Dilma fala que esta sofrendo pressão por parte dos aliados para o volta do CPMF. Quando a CPMF acabou em dezembro 2007 o governo foi logo aumentando o juros sobre operações financeiras (IOF) e arrecadou mais em termos reais, do que com a CPMF, no inicio de 2008. A CPMF no Brasil é um imposto excelente para o governo de custo reduzido e eficiente, não permitindo sonegação ou evasão e pega a economia informal. Tem como ser implantada no Brasil, pois nosso sistema financeiro e altamentecomputadorizado e controlado pelo Banco Central. Custo zero abrange a economia informal e o sistema financeiro e altamente controlado pelo Banco Central. (Artigo 1. “FED impõe derrota ao Brasil na “guerra cambial”) Em nível mundial a reserva federal anunciou que vai usar 600 bilhões de dólares nos próximos 8 meses 75 milhões 4 de dólares por mês para comprar títulos da divida do tesouro norte-americano de longo prazo, espera que com isso os juros de longo prazo... essa inundação de dinheiro no mercado norte-americano aumente o crédito ao consumo e das empresas que para invista mais. Alguns ex-presidentes da reserva federal e o presidente do conselho de recuperação econômica nos EUA, falou que provavelmente não vai surtir grandes efeitos porque a economia dos EUA possivelmente esta na armadilha de liquidez. Armadilha de liquidez: Na economia monetária, uma armadilha de liquidez (liquidity trap) ocorre quando a taxa de juro nominal se aproxima de zero ou o atinge e a autoridade monetária se vê impedida de estimular a economia usando os instrumentos tradicionais da política monetária. Nestas circunstâncias, as pessoas não esperam grandes retornos dos investimentos físicos ou financeiros e mantêm os seus ativos em depósitos bancários de curto prazo em vez de fazer investimentos de longo prazo. Isto torna uma recessão ainda mais severa podendo contribuir para um clima de deflação. Fonte: http://www.thinkfn.com/wikibolsa/Armadilha_de_liquidez Saade Armadilha da Liquidez os juros estão tão baixos que os agentes econômicos não tem mais expectativa que ele possa cair, e eles de fato não caem, isso depende de economia para economia, nos EUA a taxa básica já esta de 0 a 0,25%. Os bancos estão cheios de dinheiro e não expectativa de recuperação da economia, por isso eles não estão investindo. Assim a expectativa daqueles que acreditam na armadilha da liquidez a compra de títulos da divida de longo prazo não vai abaixar mais os juros e não vai recuperar o investimento do credito ao consumidor para investimento. Provavelmente a maior parte dos 600 bilhões de dólares vão ficar no motivo de especulação, os agentes econômicos incluindo os bancos vão reter liquidez, especulando com liquidez esperando um aumento de juros no futuro. Para o Brasil essa medida é péssima, porque vai encher o mercado cambia brasileiro de dólares. Porque o Brasil tem a segunda maior taxa básica de juros do mundo, o dólar vai ser atraído para os mercados financeiros estáveis que estão nos países emergentes com juros muito elevados (o Brasil). Assim cai a taxa de cambio desvaloriza o dólar, valorizando o real, o efeito é que as exportações brasileiras caem. Criar barreiras e protecionismo (quarentena elevar o IOF) para diminuir o fluxo de capital para economia brasileira. Política de empobrecimento do vizinho. Eles vão resolver o problema deles com a enxurrada de dólares, o dólar é desvalorizado e os vizinhos pagam a conta com a perda de exportações. Matéria continuação da aula passa: PAEG estabeleceu objetivos para os anos de 1964,1965 e 1966 http://www.thinkfn.com/wikibolsa/Armadilha_de_liquidez 5 Tabela: Inflação ↑ M liquidez Déficit Público ↑ PIB real Ano PAEG Ocorrido PAEG Ocorrido PAEG Ocorrido PAEG Ocorrido 1964 - 90% 70% 85% 1% 3,60% 6% 2,40% 1965 25% 57% 30% 84% 1% 1,60% 6% 3,40% 1966 10% 38% 15% 35% 1% 1,10% 6% 6,70% As políticas macroeconômicas a primeira a ser implantada é a política salarial (promover um arrocho salarial) os salários serão contidos. A segunda é a política fiscal não na parte de corte de gastos, mas sim na parte de aumento de impostos no novo sistema tributário que acaba de ser implantado oficialmente 1966 pela lei 5172/66 acaba com os antigos impostos de consignação de consumo e instituí os novos impostos IPI, o ICM (hoje ICMS) e os fundos de participação dos estados e municípios, os impostos vão ser arrecadados e depois distribuídos através dos fundos de participação, para os estados e municípios, criando uma serie de exigências para que seja repartido. Mas inicialmente em 1964 com a indexação a economia que tinha como propósito corrigir o déficit fiscal, a arrecadação já começa a subir, apesar do novo sistema tributário só aparecer completo pela lei 5172/66. Os gastos não serão contidos, mas a arrecadação tributária (impostos) se eleva devido a indexação e o déficit fiscal, outra coisa que vai ajudar no combate ao déficit é a criação da ORTN (Obrigação Reajustável do Tesouro Nacional) pela lei de indexação, atraindo os dealers a comprar títulos públicos. Nós temos um novo sistema financeiro, títulos indexados então a capitação de poupança do setor privado através da compra de títulos, vai ajudar a diminuir o déficit publico. Quanto ao déficit publico em 1964 de 3,2% do PIB, em 1965 1,6% e em 1966 cai para 1,1% (preencheu na tabela). A meta foi atingida? Foi! Não pelo corte dos gastos, mas sim pelo aumento da arrecadação tributaria, e tbm pela ORTN financiar os gastos, então o déficit é contido. Política Monetária essa falhou por uma serie de coisas, a própria indexação trouxe aumento da base monetária (liquidez), o fluxo de capital vindo para o Brasil, dificultou o enxugamento da liquidez. Preencher tabela: aumento da liquidez vai ser de 85% em 1964, 84% em 1965 e 35% em 1966, a política monetária só vai ser contracionista mesmo em 1966. Preencher tabela: a inflação ocorrida vai ser em 1964 de 90%, em 1965 57%(aqui nós notamos o problema do arrocho salarial, pois joga 12,5%) e em 1966 de 38%. A inflação cai, mas não como eles queriam e como a política salarial só previa a reposição de 50% dela para os próximos 18, 9 ou 11(eu não entendi direito) meses ...(parte sinistra eu não entendi nada e um menino faz uma pergunta)... 6 O menino pergunta alguma coisa da inflação, o Saade com responde que a inflação esta na dela, é o custo do arrocho salarial que contem a demanda agregada...(assusta, acusam, não entendi!) carga tributaria. A situação do PIB ele mostrou resultado que é possível criar uma certa euforia em 1964 2,4%, em 1965 3,4%, em 1966 6,7%, mas foi um crescimento errado em 1967 ele cai para 4%. Na parte do comercio exterior partimos para uma política de incentivos para impulsionar as exportações, e frear as importações. Nós começamos a exportar não porque tínhamos eficiência econômica (produtividade) foi por causa dos incentivos. Nosso modelo de substituição de exportação foi um modelo fechado, nós nos industrializamos, mas não fomos capazes de gerar excedente para exportação (segundo Maria da Conceição Tavares), que só acaba no segundo PNB do Geisel. Incentivos para exportação: 1º isenção de IPI para o produto exportado (Delfim depois vai aperfeiçoar criando o credito premio do IPI) se vc exportar seu produto aqui dentro paga menos IPI, fazendo com que o produto ficasse mais barato para exportar. 2º Dedução do lucro na hora do pagamento do imposto de renda, na verdade se criou uma alíquota no Imposto de Renda sobre o lucro exportado...(passou um avião) não tinha mais tanto rendimento sobre o lucro exportado...(ele continua passando) porque foi criado uma alíquota de 3% sobre o lucro proveniente das exportações, a outro que tinha era de 25%. 3º Draw Back (o único que existe até hoje) traduzido como “devolução” . Se uma empresa importa insumos, ela paga imposto sobre importação, se ela usar esses insumos importados nos produtos que ela exporta, ela recebe de volta o que ela pagou na tarifa de importação, teoricamente o sistema funciona dessa maneira, na pratica não funciona desse jeito exemplo uma empresa importa insumos ela pode declarar que vai usar em produto que ela vai exportar, ela tem 3 ou 4 meses para provar que ela exportou, então na verdade ela não chega a pagar o imposto. Foram retirados vários entraves burocráticos nas exportações e foram colocados vários naimportação. Começa a subir as exportações e nós começamos a apresentar saldos positivos na nossa balança comercial, que ficou bastante prejudicada por causa do plano de metas e na crise dos governos de Jânio Quadros e João Goulart, Isso é o que acontece na área econômica. Na área política as eleições de outubro de 1965 foram mantidas para o congresso e os governos de estados, não para presidente porque um ementa constitucional já tinha prorrogado o governo de Castelo Branco desde 1964 para março de 1967. E em dois estado MG venceu Israel Pinheiro (presidente da nova CAP durante todo o plano de metas) e Guanabara (RJ) venceu Lima (tesoureiro chefe de JK) dois estados politicamente importante. Começo a gerar dentro da linha dura um descontentamento e a UDN começou a ficar inquieta (em 64 ela levou Vargas ao suicídio, caça JK e o expulsa, mas em 65 Lima e Pinheiro ganham para Governador) eles ficam insatisfeitos com a volta deles. 7 Castelo Branco para aplacar a linha dura edita o Ato Institucional 2 (AI-2) As eleições para presidente da Republica em 66 não serão mais diretas, serão indiretas e esta instinto o multipartidarismo no congresso e instituído o bipartidarismo. Nós não podemos mais ter vários partidos só dois que vão ARENA(aliança renovadora nacional) e os opositores MDB (movimento democrático brasileiro). A UBN o PSD (que apoiava ditadura) vão para ARENA e o PTB e o PSD (não apoiava ditadura) vão para o MDB. Em fevereiro de 1966 Ato Institucional 3 (AI-3) Extinguindo eleições diretas para os estados e capitais e os municípios considerados de segurança nacional não elegeram mais seus governadores e prefeitos. OS governadores serão eleitos pela Assembléia Legislativa do Estados e os prefeitos das capitais serão nomeados pelos governadores dos estados e os prefeitos dos municípios considerados de segurança nacional serão nomeados pelo presidente da república. Em novembro de 1966 AI-4 convocando extraordinariamente o congresso para votar uma nova constituição, que foi votado em fevereiro de 1967. (feita pelos militares). As eleições deveriam ocorrer em janeiro de 1967 já diretas para uma posse em março de 1967, mas ainda em junho/julho de 66 sem que Castelo Branco tivesse autorizado a linha dura se impôs e lançou a candidatura de Costa e Silva, próximo candidato para eleição indireta no congresso. Artigo: 1. Reserva Federal impõem derrota ao Brasil na guerra cambial. Analisamos este no inicio da aula. 2. A repercussão no mundo inteiro: Emergentes prometem se defender de medida do FEB. 04-11-2010 “Os formuladores de política das maiores economias da América Latina e da Ásia prometeram nesta quinta- feira desenvolver novas medidas para conter os fluxos de capital depois de, na véspera, o Federal Reserve anunciar que colocará bilhões de dólares no sistema para estimular a economia”. Já sabemos analisamos isso no inicio da aula, 600 bilhões de dólares juros próximos a zero, enquanto nos emergentes os juros estão bem mais altos. “As economias emergentes expressaram desagrado com a medida, tornado improvável um acordo sobre desequilíbrios globais e moedas na reunião do G20 na semana que vem”. Agora na reunião do G20 vão se reunir em Coreia do Sul, a reunião dos Ministros já ocorreu agora vai ser a reunião dos chefes de estado, havia uma expectativa que saísse algum acordo para evitar a guerra cambial, agora com isso acaba a expectativa de acordo. ““ Enquanto o mundo não exercer restrição á emissão de moedas de reserva como o dólar – e isso não é fácil --, a ocorrência de outra crise é inevitável”, escreveu Xia Bin, assessor do banco central da China, em jornal administrado pela autoridade monetária.” 8 O assessor do banco central(banco do povo da China) da China, ela prevê uma nova crise vindo por ai. “O Ministro das Finanças da Coréia do Sul disse ter enviado “uma mensagem aos mercados” na quinta-feira e que irá “agressivamente” considerar controles de capital, enquanto o secretario de Comércio Exterior do Brasil, Welber Barral, disse que o movimento do FED pode gerar “medidas de retaliação””. A Coréia do Sul disse que vai agressivamente considerar controlo de capital, o secretario de finanças do Brasil disse que serão geradas medidas de retaliação. O mundo inteiro acredita que não vai sair acordo do G20. “A Tailândia levantou a possibilidade de uma ação conjunta para combater a enxurrada de dólares que deve entrar nos emergentes” A Tailândia já fala que deve haver um acordo conjunto para combater a enxurrada. ““O presidente do banco central tailandês confirmou discussões com bancos centrais de países vizinhos, que estão prontos para impor medidas juntos se for necessário para conter o possível fluxo de capital especulativo na região”, afirmou o ministro das Finanças, Korn Chatikavanij.” Agora a mobilidade de capital vai ser bloqueada amplamente Tailândia, Coréia do Sul, Índia esta todo mundo reclamando. “Uma autoridade sênior de Finanças da Índia, que preferiu não ser identificada, disse que, embora os Estados Unidos tenham o direito de estimular sua economia, outras nações tbm devem proteger seus interesses”. O protecionismo vai aparecer amplo agora, exacerbado. “O chinês Xia acrescentou no jornal “Financial News” que Pequim irá perseguir seus próprios interesses, dizendo que “precisamos pensar” o que é bom para nós”. Agora ninguém pode questionar Pequim, porque eles sempre só corriam atrás de seus próprios interesses. Grande queixa que se tem da China o iuan sempre subvalorizado dólar extremamente superavaliado. “O estrategista cambial do Credit Suisse, Oliver Desbarres, disse:” Esse não me parece o tipo de ambiente no qual qualquer país se comprometerá com metas”. Agora vão romper com todas as obrigações. “Na quarta-feira (3), o FED anunciou a compra de US$ 600 bilhões de dólares em bônus. Nesta quinta-feira, o banco central foi visto vendendo sua moeda para conter os ganhos após ela atingir pico em seis meses com o anúncio do FED”. Isso tudo vem com a compra de 600 bilhões. No outro artigo ele esta bem fácil vcs leiam em casa. 10/11/2010 - Áudio da aula de FEB2 – Costa e Silva Em março de 67 Costa e Silva assume a presidência com Pedro Aleixo como vice. 9 Na estrutura econômica entram os estruturalistas heterodoxos. Para ministro da fazenda nomeou Delfin Neto e para ministro do planejamento Hélio Beltrão. No panorâmico econômico a inflação já havia chegado à 38%, o déficit público já estava controlado à 1% do PIB (na verdade o aumento do gasto que esta sendo feito pelo aumento da tributação e pela emissão de títulos públicos) e o Balanço de Pagamentos começa a se recuperar devido às políticas de incentivos fiscais, renegociação da dívida externa, ao aumento das exportações provenientes dos incentivos e da desvalorização cambial. A Balança de Pagamentos não é mais um problema, pois começa a se recuperar. E existe uma ociosidade de 30% na economia brasileira. Este era o panorâmico econômico encontrado por Delfim que como todo estruturalista heterodoxo ele diz que não há necessidade de colocar a inflação a zero, podemos conviver com uma taxa de inflação em torno de 20% (e ela está convergindo justamente para isso) desde que haja crescimento econômico, desde que o PIB real (que é a produção) esteja crescendo. Pois os estruturalistas acreditam que a inflação vai embora com o aumento da produção. A inflação de demanda está controlada, através da PAEG, uma inflação de custos provenientes da alta da taxa de juros. Como no último ano de governo do Castelo Branco a política monetária foi contracionista a taxa de juros subiu e esta trazendo inflação de custos através dos encargos financeiros. Então, para Delfim a preocupação vai ser a inflação de custos, pois não existem motivos para se preocupar com a inflação de demanda. A política salarial não vai ser alterada,pois ela é excelente para controlar a inflação de demanda. Para tratar a inflação de custos, como todo heterodoxo, Delfim a chamada política de renda. É uma política de controle de preços através de congelamento ou tabelamento de preços. Quando se realiza o congelamento os preços ficam congelados a níveis praticados em determinados momentos, a maior coloca em pratica no Brasil foi durante o plano cruzado em 1986 que congelou os preços praticados no dia 27 de fevereiro (ex: se um supermercado cobrava no dia 27 R$2,00 no kg de manteiga a partir de então passaria a poder cobrar no máximo os R$2,00 pelo produto no futuro a partir desse dia). O tabelamento é elaborado uma tabela onde colo-se produto, unidade e preço, estabelecendo o preço máximo para cada produto se algum estabelecimento estivesse com um preço acima teria de baixar e se tivesse abaixo poderia elevar ate o valor tabelado. Ou seja, no congelamento de preços se respeita os preços até então praticados e tabelamento se elabora uma tabela com limite de preços a serem cobrados. Quando a política de renda é muito ampla, como foi no plano cruzado, ela usa o congelamento porque fica difícil elaborar uma tabela pra tudo e quando ela é mais restrita usa o tabelamento. 10 Esta política é usada pelos heterodoxos, para eles ela é extremamente necessária porque se vamos combater a inflação com o crescimento econômico e expansão do PIB real antes que haja essa expansão temos que reverter a tendência inflacionária através do congelamento e no momento que a produção começar a crescer a própria demanda agregada mata a inflação. E é abominada pelos ortodoxos, pois estes acreditam que os preços são gerados no mercado. Tendo uma inflação devida a alta taxa de juros, o juro é o preço do dinheiro, então vamos controlar os juros. Inicialmente através de um tabelamento de crédito elaborado pelo Banco Central, crédito à agricultura, ao comércio, a indústria, crédito ao consumidor... Fazendo um tabelamento para os juros. E dentro de cada segmento você pode também especificar a taxa de juros para financiamentos de acordo com o setor. Essa tabela irá controlar inicialmente a inflação de custos. Porém existem instrumentos para burlar esse tabelamento dos juros, e foi o que os bancos fizeram no Brasil. Quando um fazendeiro ia pedir financiamento para compra de sementes, o outro para comprar maquinário (cada um tinha uma taxa na tabela de acordo com o fim do financiamento) o Banco tinha como manipular a cobrança dessa taxa de juros estipulada. Ao pedido de financiamento o Banco dizia o seguinte: na tabela do Banco Central está estipulado uma taxa de 10% a.a para esse fim de financiamento e eu poderia cobrar mais só que eu vou cobrar só os 10% e você em troca faz todos seus seguros de maquinários, carros, casa e pessoal. Mais na verdade às apólices de seguros desse Banco são as mais caras do sistema financeiro e ao fazer esses seguros o fazendeiro acabava pagando todos os juros que o Banco queria, já que ele não podia cobrar além nas taxas do financiamento. Outro instrumento utilizado pelos Bancos era que quando se pedia um empréstimo de 1 milhão na verdade o Banco fornecia 2 milhões para o interessado. 1 milhão ele fazia o que quisesse e o outro 1 milhão ele deveria aplicar em TDB no Banco, a taxa cobrada no financiamento é maior do que a paga pelo Banco em TDB e é aqui que o Banco tira a diferença. Quando Delfim, agora no governo Médici, viu que a política de tabelamento não funcionava para conter a inflação de custos ele partiu em 1970 para uma política de concentração bancária. Baseado no princípio de que grandes Bancos, assim como as grandes empresas passariam por uma economia de escala ampliando sua planta e reduzindo o custo médio, ampliam suas plantas e racionalizam a produção de serviços de intermediação financeira e assim poderão cobrar taxas de juros menores. Então o Conselho monetário nacional vai começar a aprovar resoluções possibilitando fusões bancárias, facilitando a vida dos grandes Bancos para que eles comprem pequenos Bancos e dentro da racionalização da produção eles poderão, reduzindo os custos médios, tornar os juros mais baixos. Porém, isso tem um lado negativo que é a concentração bancária que pode gerar uma oligopolização e este oligopolista pode se tornar ditador de preços e ao invés de reduzir os juros ele irá aumentá-los e foi o que mais tarde ocorreu no Brasil, a concentração bancária que temos hoje que foi fruto das ações das décadas de 70 e 80 implantada por Delfim Neto. 11 As formas de análise de fusão estão nas mãos do Banco Central obedecendo determinações do Conselho Monetário Nacional e este nas mãos do poder executivo. Com isso dificulta os pequenos Bancos na hora de abertura de agências e vão sendo vendidos e iniciando a concentração bancária. O CIP, Conselho Interministerial de Preços, vai controlar a inflação de preços a través de decretos. Quem quiser aumentar seus preços deverá enviar uma planilha de custos ao CIP para aprovação, se não aprovada e aumentar assim mesmo a intenção fiscal será cortada e não conseguirá apoio do BNDE. No final de 1967 Delfim diz que é hora de crescer com novo sistema financeiro formado por ele. No segundo semestre de 67 ele anuncia o PED, Plano Estratégico de Desenvolvimento, que inicia o período chamado de Milagre Econômico de 1967-1973, e o marco do final desse período é o 1º choque do petróleo. Esse período compreende dois governos, Costa e Silva (67-69) e Médici (69-74), dois planos econômicos e o ministro da fazenda é mantido. O período foi chamado de Milagre Econômico porque nesse período o PIB real cresceu a taxas nunca vistas antes. Na média ele cresceu 11% a.a sendo que o PIB real de 1974 ele cresceu a 14%. O PIB real industrial cresceu na média de 13% a.a sendo que em 1973 ele cresceu 17%. Para Delfim não se tratou de um milagre e sim das medidas tomadas, o crescimento do Brasil se deu pela elaboração e implantação dos dois planos econômicos e as condições internas e externas que possibilitaram tal implantação. Internas as já vistas e externas foi que no final da década de 60 o sistema financeiro internacional experimenta um período de grande liquidez, os juros internacionais caem, o acesso ao crédito externo é muito grande e se tem uma aceleração dos países capitalista desenvolvidos que requer commodities que eleva seu preço (minério de ferro, por exemplo) e o Brasil se beneficia da exportação dessas commodities e atingindo superávit na Balança Comercial. Essa inundação de liquidez no mercado internacional se deu pelo eurodólar que foi a reciclagem do sistema financeiro internacional e do superávit dos países europeus. A partir da década de 60 os países europeus acumulam superávit em relação aos EUA e este é reciclado pelo sistema financeiro internacional surgindo a figura do eurodólar. Com muita liquidez a taxa de juros internacional, nos EUA é operada pela Prime Rate sendo a taxa preferencial que baliza todo o sistema financeiro norte americano e na Europa a taxa que baliza é a Libor que é a taxa interbancária, essas duas taxas caem e o crédito internacional dispara que facilita a vida de todos. Período em que a produção se acelera na Europa criando demanda para nossas commodities o que eleva nossas exportações. Voltando ao PED, ele á um plano desenvolvimentista e bastante amplo beneficiando a agricultura, indústria de base (tanto na parte dos bens intermediários quanto na parte dos bens de capital), indústria de bens de consumo, construção civil (o sistema financeiro de habitação através do BNH vai sofrer um custo muito grande), saneamento, saúde e educação. 12 Para desenvolver e financiar o plano a política monetária deve ser altamente expansionista incluindo o crédito ao consumidor. No setor externo houve aperfeiçoamento da política de incentivos aexportações transformando a isenção do IPI em crédito prêmio do IPI com 15% sobre o produto exportado (ex: se uma empresa produz duas unidades de um determinado bem, cada unidade deverá recolher R$10,00 de IPI. Só que dessas duas unidades a empresa vende uma unidade no mercado interno e uma unidade no mercado externo, e já esta implantado a isenção de IPI sobre produtos exportados então ela não recolhe sobre essa unidade a taxa. Agora as empresas terão um crédito de 15% sobre o IPI que deveriam pagar caso exporte o produto, então ela terá um crédito de R$1,50 para abater sobre o valor do IPI, logo ela pagará somente R$8,50 de IPI) isso facilitará as transações das empresas e incentivará as exportações. Em 1968 vem a adução do chamado sistema Crawling-PEG que na verdade é uma modalidade de reajuste da taxa de câmbio no sistema fixo, não é um sistema cambial próprio. No sistema fixo a taxa de câmbio é determinada pela autoridade cambial, a autoridade cambial normativa nesse momento é o Conselho Monetário nacional e a autoridade executora o Banco Central, o Banco Central fixava diariamente a taxa de câmbio obedecendo as normas do Conselho, fixando acima ou abaixo do valor real que é o valor de mercado. Gráfico: O mercado Cambial se forma com os agentes econômicos demandando e ofertando dólar. Fixando a taxa acima do valor de mercado o dólar estará super-avaliado e o real sub-valorizado, e fixando abaixo o dólar estará sub-avaliado e o real sobre- valorizado. Como o Brasil tinha uma inflação a combater e muita coisa não produzíamos, o Banco central sempre fixava a taxa de câmbio abaixo do valor real para não encarecer demais as importações, nesse caso a demanda por dólar supera a oferta e o Banco Central amplia o déficit jogando dólar no mercado. Como nossa inflação era muito mais alta que a inflação norte americana a qual nossa moeda está atrelada no mercado externo nossas exportações são prejudicadas porque nossos produtos ficam mais caros no exterior e estimula nossas importações e com isso, internamente, a oferta tende a se deslocar para a esquerda e como as importações estão sendo beneficiadas a tendência é a demanda se deslocar para a direita e permanecendo o câmbio fixo nesse valor o déficit é ampliado. Até chegar o sistema Crawling-PEG, a autoridade cambial mantinha a taxa de câmbio fixa o déficit se ampliava muito o Banco Central reavaliava a taxa de câmbio em período de messes ou até anos e nesse período de reavaliação ia se formando expectativas dos agentes econômicos e a demanda se expande mais ainda e a oferta se contrai mais ainda. Então no lugar desses ajustes longos entra o sistema Crawling-PEG que realiza reajuste pequenos e de mais efeitos e eliminando as expectativas dos agentes de que o ajuste pode ser feito a qualquer hora, i,pedindo que importadores adiantem contratos de importação ou exportadores posterguem suas cartas de crédito. O sistema crawling-PEG elimina o déficit e ajuda a posição de superávit. Em dezembro de 1968 vem o programa político, na verdade ainda em setembro um deputado do MDB, Marcos Moreira Alves, fez um discurso dizendo que a população brasileira deveria boicotar a parada militar não comparecendo as ruas e que as famílias 13 de bem deveriam evitar que suas filhas namorassem com militares favoráveis a ditadura. O discurso foi classificado como altamente ofensivo pelas forças militares que pediram a Costa e Silva que cassasse o deputado (o ato que dava poder ao presidente da república de cassar direitos políticos foi o ato institucional nº1, AI-1, que já havia sido revogado em 1967), porém ele tinha imunidade parlamentar segundo a Constituição, e então o presidente teria que pedir permissão ao Congresso para a cassação. Ao fazer o pedido ao Congresso ele foi negado e criou-se o Ato Institucional, AI-5, onde o presidente volta a ter o direito de cassar os cargos, o Congresso é fechado, a Constituição é suspensa, retira-se o direito de habeas corpus e suspende o direito de reunião. Mais a situação começa a ficar cada vez mais insustentável e Costa e Silva em 1969 pensa em reabrir o Congresso no final de 69 para votar uma nova constituição elaborada por Pedro Aleixo. O que não deixa a junta militar satisfeita. Começa então a ter pressão da linha moderada para que o regime fosse flexibilizado e da linha dura para que não houvesse a flexibilização do regime. Costa e Silva sofre uma trombose cerebral, Pedro Aleixo ameaçado pelos militares não assume o governo e uma junta militar assume o governo. Sem condições de recuperação Costa e Silva para retornar a presidência vêm mais um Ato Institucional que vai declarar a vacância da presidência da república e da vice-presidência e reabre o Congresso para eleger um novo presidente da república para o mandato de 1969-1974. São candidatos dois militares da linha dura, Médici já como presidente mantém Delfim Neto como ministro da fazenda e João Paulo Veloso como ministro do planejamento. 17/11/2010 - Áudio da aula de FEB2 – Governo Médici Notícias O dólar teve alta ontem porque houve aumento da demanda ou contração da oferta. Na verdade, houve uma aceleração da demanda devido a expectativa de alta do dólar, então, alguns agentes entram no mercado demandando dólar. Há expectativa porque no documento no documento oficial do G20, é válido os países brecarem o fluxo de K. Os países irão colocar barreiras à entrada ao K de carteira/especulativo. Então, o próprio G20 está aceitando medidas fiscais e cambiais para impedir a queda do dólar. Portanto, o dólar não deve cair. Todos os países já estão com medidas fiscais e a China está tomando medidas monetárias para conter a inflação e isso pode prejudicar a economia chinesa, a desacelerando. Isso significa que ela irá importar menos comodities, e a expectativa é de que a oferta irá se desacelerar um pouco e assim a expectativa é de alta do dólar. Então esses dois motivos juntos levou a alta do dólar: documento do G20 com medidas fiscais para impedir a vida do K especulativo e a China que preocupada com sua população acredita que sua economia está muito acelerada, com alta inflação, vai adotar políticas monetárias contracionistas. 14 A Coreia do Sul preocupada com o aquecimento de sua economia aumentou a taxa básica de 2,25 para 2,55. A nossa taxa básica é 10,75. Continuando a matéria: Período do Milagre -> Governo Costa e Silva De 1969 a 1974 começa o Governo Médici e Rade Maker vai ser vice-presidente. A linha dura continua no poder, Delfim Neto continua como MF e continua tocando o PED para frente. Quando chega em 1972 é anunciado para 72-74 o IPND (Primeiro Plano Nacional de Desenvolvimento). Que na verdade é a continuidade do PED, e eles fazem um novo plano porque o PED era um plano para até 71 que deveria ser o último ano de Costa e Silva, mas faleceu antes. 1970 – No mercado de K é instituída a LTN (Letra do Tesouro Nacional) que inicialmente vai ser no prazo de 91 a 365 dias. Título de curto prazo vendido com deságio e é um título pré-fixado de renda fixa. Existe até hoje, mas a partir de 2003 o prazo modificou, ele passou a ser especificado pelo ministro da fazenda no dia da sua colocação no mercado. A LTN pode ser a qualquer prazo agora. Mas ela não possui longos prazos, pois quanto maior o prazo menos atraente ela é devido à expectativa de inflação e a incerteza. O Ministro do Planejamento vai ser Reis Veloso. O Brasil continua crescendo até o ano de 73 quando começa a se desconcertar. 1973 – Politicamente, os moderados vão se impor e assim elegem o General Geisel para presidente da república. Antes mesmo da eleição ele já estava instalando seu escritório e escolhendo sua equipe de governo. Como era de se esperar, as duas frentes não de davam muito bem, e após estar no poder, a equipe econômica irá ignorar Delfim Neto que é da frente oposta. Geisel entãoconvida para Ministro da Fazenda, Simonsen da FGV/RJ. Foi Simonsen quem elaborou a política salarial do PAEG. Muitos membros da FGV serão convidados a ocupar cargos na equipe econômica, e assim os monetaristas ortodoxos voltarão ao poder. Jun/Jul de 73 a equipe já estará toda formada e em out/73 vai ocorrer, o que depois vai ser chamado de, 1° choque do petróleo ou simplesmente Choque do Petróleo. Em 1979 ocorrerá o 2º choque do petróleo. 1º Choque do petróleo foi uma resposta dos árabes ao apoio do ocidente na chamada Guerra do Yom Kippur. Desde 1948 quando é criado o ditado de Israel, temos um problema no Oriente Médio entre árabes e judeus. O último conflito foi em 67, a chamada Guerra dos Seis Dias. Em seis dias Israel invadiu a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e as Colinas de Golan. Após esses territórios árabes serem invadidos por Israel foram incorporados a ele. Os árabes então se reúnem para tentar recuperar esses territórios. Em out/73 no feriado de Yom Kippur 15 (Dia do Perdão), após seis anos sem conflitos, os árabes aproveitaram a distração da população e das forças armadas e invadiram Israel começando a Guerra de Yom Kippur. EUA, França e Inglaterra deram apoio logístico a Israel, mandando armamento mais moderno para Israel reverter a situação. Israel conseguiu reverter a situação e recuperou os territórios. Os países árabes estavam preocupados com a desvalorização do dólar devido a inflação dos EUA. A inflação corroe o poder aquisitivo da moeda. A inflação está alta na primeira década de 70 por causa dos gastos públicos da Guerra do Vietnã. A inflação chega a um patamar muito alto chegando a corroer o poder aquisitivo das reservas dos EUA e desvaloriza o dólar. Os árabes pretendiam corrigir o preço do petróleo e em 71 já é possível um aumento de +/- 40%, passando de 1,8 para 2,5. Em 73 como os EUA estava ajudando Israel na Guerra de Yom Kippur, eles resolveram triplicar o preço do barril de petróleo, passando de US$3,00 para US$12,00 o barril, um aumento de 300%. Em 73 o Brasil importava 80% do petróleo consumido, 70% do transporte brasileiro era rodoviário. Isso é resultado do Plano de Metas de JK em que deveria haver pavimentação das estradas. E o petróleo que era barato ficou caro e impacta a economia brasileira que irá desacelerar. As medidas a serem tomadas diante desse impacto: out/73 a equipe econômica já está escolhida e vai sair dia 15/março quando Geisel assume. Delfim Neto nada faz já que logo virá outro governo. Delfim não tolera Simonsen e Geisel não tolera Delfim. GOVERNO GEISEL Em março de 74 Geisel toma posse e Simonsen como MF para controlar a economia. Simonsen é monetarista ortodoxo, a inflação em 1973 tinha ficado em 15% a.a., um índice manipulado. Acredita-se que ela chegava a 25% a.a.. Era medido através do índice de preços do Rio de Janeiro e era manipulado porque na semana em que era feito a pesquisa, o presidente mandava os comerciantes abaixarem os preços. Dívida externa bruta tinha subido para 12 bilhões de dólares (alta de 340%). Dívida externa líquida de 6 bilhões de dólares. Se a dívida externa bruta cresceu bastante e a dívida externa líquida manteve-se estável, esse endividamento foi para as reservas cambiais. Então as reservas cambiais estão altas. E ela se elevou bastante, assim como a divida externa por causa da chamada figura do eurodólar. Eurodólar é o superávit da Europa em relação ao EUA que é reciclado na comunidade financeira internacional. Isso coloca uma grande liquidez internacional e a taxa de juros dos EUA (prime rate) e da EUROPA (libor) estão estáveis em torno de 6% a.a.. Muita liquidez precisando “pousar” e países emergentes como o Brasil servindo de “pouso” para elas. A taxa de juros está baixa e estável e o Brasil vai pegando empréstimo para aumentar as reservas nacionais. 16 O eurodólar veio para o Brasil, mas acabou alimentando somente as reservas cambiais, os investimentos do PED e do IPND são financiados, basicamente, pela poupança interna que cresceu bastante por causa da alta do PIB e devido a indexação que estimulava a poupança porque criava a ilusão de que os rendimentos eram altos, só que os rendimentos eram altos por causa da inflação. E por causa do sistema financeiro implantado pela Lei 4595/64. Esperava-se de Simonsen um Plano de Estabilização, um Plano de Ajuste para ajustar a economia brasileira a sua nova situação. Geisel é da linha moderada e quando assumiu prometeu que não ia medir esforços para o Brasil voltar ao normal. Geisel tinha um plano político longo. Nesse plano político não havia espaço para um plano de ajuste, um plano recessivo. Em seu plano um dos pré- requisitos é crescimento econômico. Além do mais, Geisel acreditava que se fizesse uma política de ajuste, a linha moderada ficaria conhecida como aquela que “aperta o cinto”, que provoca recessão, enquanto a linha dura ficaria conhecida como aquela que promove desenvolvimento. Cronologia: Castelo Branco – Linha moderada que arrumou o Brasil através do PAEG. Costa e Silva e Médici – Linha dura que promoveram o Milagre Econômico, o Brasil cresceu a taxas nunca mais vistas. Criaram dos planos desenvolvimentistas: PED e IPND. Geisel – Moderado. Não aceita o plano de ajuste para não ficar com fama de que faz recessão. Ele pregava o crescimento na adversidade, apesar dos choques adversos do petróleo o Brasil continuaria crescendo. Geisel determina a Simonsen que elabore um Plano de Desenvolvimento Econômico. Simonsen então no segundo semestre de 74, elabora o IIPND (Segundo Plano Nacional de Desenvolvimento). O IIPND vai ser bem diferente do IPND e do PED. 19/11/2010 - Áudio da aula de FEB2 – Governo Geisel Anotações de Aula IIPND – Bens de K; Eletrônica e Insumos Básicos (Celulose, aço, fertilizantes, metais não ferrosos, petroquímica). Desconcentração regional. Onde o K privado não entra, entra o K estatal. Inflação – inflação de custos devido ao choque do petróleo. Dívida externa de US$ 12 bilhões para US$ 43 bilhões. Objetivo Principal: complementação do processo de substituição das importações. 17 Problema da dívida Externa: não vai haver poupança interna para financiar os projetos (desaceleração do PIB) porque foi toda consumida para pagar o petróleo. O que vai financiar vai ser a poupança externa (surge o petrodólar superávit dos países árabes reciclados no mercado mundial) liquidez internacional. A poupança externa irá financiar os projetos do IIPND Complementar o processo de substituição de importações (diminuir as importações) e elevar as exportações (aumentar as exportações). Gera-se um superávit comercial amortização da dívida. A comunidade financeira internacional está preocupada com a inflação dos EUA, próxima de 10%. (inflação de demanda devido ao aumento dos gastos com a guerra do Vietnã e inflação de custo devido ao choque do petróleo) Política Monetária Aumento da taxa básica (elevação do Prime rate e consequentemente elevação da Libor e todos os juros internacionais vão subir As clausulas dos i dos contratos de empréstimos não serão mais fixas, os juros serão variáveis de acordo com Prime rate e Libor). Aumento do PIBreal para 7% a.a.. Aumento da dívida externa de US$12 bilhões para US$43bilhões. Inflação de 70% a.a. Aumento da estatização. Áudio da Aula Notícias: O dólar deu uma recuada foi a R$1,71, a Europa está em meio a turbulências, a Irlanda não tem como salvar os bancos. O FMI e a União Europeia estão tentando salvar os bancos franceses. Portugal também está prevendo problemas. Porque que quando acontece um problema com esses países menores, o problema contagia os outros países? A Grécia não gostou de saber que o déficit público já está em 15%, quando a meta da União Europeia era de 3% do PIB. E assim começam todos a ficar contagiados porque significa que os paísesmenos desenvolvidos irão captar a juros bem mais altos. Captação através da emissão de títulos. Emite títulos pagando juros cada vez mais altos e chega um momento em que a dívida pública aumenta demais e o pagamento de juros vem no futuro. A Irlanda e Grécia estão captando a quase 7% ao ano e para os padrões europeus isso é muito. A Alemanha capta a 2,3% a.a. A captações se tornam cada vez mais onerosa, e assim a dívida se torna uma bola de neve. 18 Na Brasil, Guido Mantega permanecerá como ministro da fazenda. Não se sabe ainda o que irá acontecer com Henrique Meireles, a ideia é deixa-lo até fevereiro. A favor do Henrique Meireles tem o fato de Palocci ser um nome forte no governo de Dilma e Palocci e Henrique Meireles sempre se deram bem. Na área econômica, segundo dizem, saem os nomes em dezembro. Matéria Geisel anuncia no segundo semestre de 74 o IIPND feito pelo MF Simonsen. O IIPND tem projetos na área de bens de K, nada na área de consumo, eletrônica e insumos básicos, bens intermediários (Celulose, Aço, fertilizantes, metais não ferrosos e a petroquímica). O PED e o IPND priorizaram bastante o bem de consumo, no IIPND vai priorizar bens de K. Uma crítica que o IIPND faz aos dois planos econômicos é que teria havido uma concentração regional muito grande. O IIPND vai tentar fazer uma desconcentração regional. O PED e IPND concentravam os projetos nas regiões de SP, RJ e MG. Então, O IIPND vai tentar uma desconcentração regional. Agora, evidentemente que viabilidade econômica do projeto vai ser confiável. Exemplo: Aço. Vem-se até o ES, não por estar fora da região de concentração, mas sim por estar numa área de fácil comercialização do minério de ferro e do aço. Assim como fertilizante no nordeste e a petroquímica na Bahia. Portanto, sobre hipótese alguma a desconcentração regional inviabilizou o projeto. Outra grande preocupação do IIPND era a de que onde o K privado não entra, entra a estatal. E uma das críticas ao IIPND foi a estatização crescente da economia brasileira, aumentou demais a participação do estado na economia brasileira. Mais de 200 estatais foram criadas durante o Governo Geisel. Mais tarde, na década de 90, o Programa Federal de Desestatização de Sarney foi pouco implantado, com Collor o Programa Nacional de Desestatização, atingiu primeiramente o aço. Quanto a inflação não se vê medidas econômicas destinadas a combatê-la. A partir de 1974 (considerando que o choque do petróleo foi em 1973), passamos a ter uma pressão violenta sobre a inflação de custo proveniente do petróleo. Em suma, as maiores críticas ao IIPND são: Estatizou demais a economia brasileira; Não combateu a inflação; Trouxe endividamento externo violento e perigoso para o Brasil. A dívida que Simonsen pega de Delfim em 1974 que estava em torno de 12 bilhões de dólares, passa a ser de 43 bilhões de dólares. 19 E o pior de tudo é que as reservas foram utilizadas para pagar a conta do petróleo na balança comercial e praticamente exaurimos nossas reservas. Não se fez nada para combater a inflação de custo, a economia está indexada. O conflito distributivo vai provocando inflação inercial. E em 1979, diante de uma indexação cada vez mais alta, permite-se a indexação dos salários. E assim fugiu do controle. O objetivo principal do IIPND era complementar o processo de substituição de importação. Já estamos substituindo tranquilamente os bens de consumo, então vamos nos concentrar nas outras três áreas. O grande problema da dívida externa: quem vai financiar os projetos? No IPND foi a poupança interna quem financiou porque havia subido rapidamente graças ao PIB que disparou e a indexação. Agora, com a crise do petróleo não haverá poupança interna para financiar os projetos. A poupança externa que financiará. O eurodólar acabou com a crise do petróleo, e em seu lugar surge o petrodólar. Eurodólar: superávit dos países europeus (Alemanha e frança) em relação aos EUA que eram reciclados no sistema financeiro internacional. Petrodólar: superávit dos árabes reciclados no sistema financeiro internacional. Com o 1º choque o preço do petróleo quase quadruplicou. Os árabes que já tinham grandes superávits vão ter imensos superávits. As economias árabes não absorviam todo esse superávit porque a única coisa que tinham era petróleo, então, gastavam com castelos, viagens e etc. E mesmo assim não conseguiam gastar tudo. A liquidez internacional vai ser inflada com o petrodólar. E as taxas de juros nos EUA (prime rate) e na Europa (Libor) continuam estáveis, em aproximadamente 6% a.a. Como as commodities que o Brasil exportava estavam tendo alta de preço em torno de 9% ao ano, matematicamente estava bom. O que exportávamos teve alta de preço, 9%, e se pegarmos empréstimos seria a 6%, a taxa de despesa está mais baixa do que a taxa de receita. A liquidez que está inflada tem que “pousar” em algum lugar e vai pousar nos países emergentes. Então, vale a pena utilizar a poupança externa para financiar os projetos do IIPND que tinha como objetivo complementar o PSI. Nesse caso, as importações vão cair. E outros projetos serão destinados a elevar as exportações, como por exemplo, a Aracruz Celulose e o aço da CST. Alguns projetos vão substituir as importações, como os fertilizantes, petroquímica e outros irão aumentar a exportação. No momento em que esses projetos começarem a produzir, as IMP diminuíram e as EXP aumentaram, teremos um superávit comercial e amortizaremos a dívida externa e pagar os juros da dívida. Essa dívida gerada tem período de carência, geralmente de 5,8 e até 10 anos. Até La, quando tivermos que começar a pagar (amortizar) essa dívida, já estaremos com superávit comercial. 20 O IIPND vai complementar o processo de substituição de importação, vai priorizar projetos que vão aumentar as exportações. Não tendo mais poupança interna pra financiar os projetos, utiliza-se a poupança externa através de empréstimos a juros estáveis. A liquidez internacional está tão farta que estão querendo gastar em algum lugar. Grandes bancos e pequenos bancos vão criar escritórios de representação em todo o mundo para facilitar as transações. A carência permite que os projetos tenham tempo suficiente para surtir efeito e aumentar a produção e a renda das exportações, e assim, facilita o pagamento da dívida. Apesar disso, tivemos um problema porque quando se pediu esse dinheiro emprestado, a comunidade financeira internacional, que estava cheia de dinheiro, estava preocupada com a inflação dos EUA que já se aproximava de dois dígitos (+/- 10%). Essa inflação está assim porque estamos em 74/75 e em 76 a Guerra do Vietnã oficialmente acaba, mas deixou seus resquícios: temos um problema de demanda nos EUA provocado pelo déficit público, provocado pela Guerra do Vietnã. E também nos EUA há o problema da inflação de custo por causa do choque do petróleo. A inflação norte-americana está sendo alimentada tanto pelo lado da demanda como pelo lado do custo e os banqueiros estão preocupados com isso. Quando o país desenvolvido está com problema na inflação, ele a combate com política macroeconômica monetária, pois tem problema com gastos, mas o déficit público não pode ser eliminado da noite para o dia. Cinco Instrumentos da Política Monetária: taxa básica, redesconto, depósito compulsório, operações de mercado aberto e contingenciamento de crédito. Para combater a inflação, os EUA utiliza a taxa básica. Para retirar da recessão, eles também começam com a taxa básica, só que agora a taxa básica hoje (2010) está tão alta que eles passaram a resgatar os títulos para reduzir a taxa básica, e estão partindo para o mercado aberto, uma política monetária expansionista, mas isso se faz na recessão. Na inflação eleva-se a taxa básica, então no momento em que os EUA resolverem combater a inflação eles vão elevara taxa básica e assim todos os juros americanos sobem. A taxa preferencial dos EUA é a prime rate, então, todos os bancos vão ter que aumentar a prime rate. Se nos EUA os juros subirem para combater a inflação, na Europa os juros não poderão cair, nem se manter estáveis porque senão vai haver um fluxo de K entre a Europa e os EUA. Então, a Libor vai ter que subir na Europa. Inflação e déficit público estão altos. A Guerra do Vietnã só vai acabar em 75, e ainda estamos em 74. E ai, a inflação de demanda está sendo alimentada pelo déficit. Há também uma nova pressão inflacionária, que é a inflação de custo ocasionada pelo choque do petróleo. Em algum momento a reserva federal, o FED, terá que aumentar a taxa básica e quando ela subir todas as taxas sobem nos EUA. Na Europa os juros também vão subir. Então, nós (EUA) podemos cobrar 6% ao ano, porque quando os juros subirem não vamos levar prejuízos. Então, a comunidade internacional financeira, vai fazer o seguinte: quando vierem pedir dinheiro emprestado, na clausula dos juros, que até hoje nós colocamos prime rate de 21 6% ao ano, na Europa coloca-se Libor de 6% ao ano, quer dizer, juros fixos. A taxa de juros prime rate vai manter os EUA, e a Libor a Europa. Ou seja, a taxa de juros utilizada, vai ser a taxa de juros do momento, se contrato o empréstimo e pago só em 1980, vou pagar a Libor de 1980. Agora, na clausula dos juros, os juros não serão mais fixos, serão juros variáveis. É a indexação deles. Então, em 1974, quem quiser dinheiro emprestado, terá o empréstimo, a carência permanece a mesma, mas ao invés de pagar juros fixos, vai pagar juros variáveis. Se o juros em 1980 estiver 2%, pagará 2%, mas se tiver em 14% pagará 14%. Simonsen vai pegar esse dinheiro emprestado e vai implantar o IIPND, a nossa dívida vai aumentar quase 250%. Como a carência chegava a 8 anos e o Governo Geisel terminava em 79, o pagamento ficaria para o próximo presidente. A população brasileira não percebeu isso, a maioria era desinformada, mas a comunidade acadêmica, por exemplo, percebeu e chamou o fato de “faca de dois gumes”. As informações específicas não eram divulgadas e aqueles professores que tentavam comentar em sala de aula criticando o governo perdiam privilégios, como ser diretor de centro. Havia restrições sobre a imprensa, nem todos os artigos e fotos podiam ser publicados, somente os considerados oficiais pelo Palácio da Alvorada. Então, não havia grandes debates sobre o assunto do aumento da dívida. O aumento da dívida de 12 para 43 bilhões foi contratada a juros variáveis. O IIPND prossegue, o Brasil cresceu na adversidade, houve a complementação do processo de substituição de importações, houve alguns projetos que começaram a gerar receita de exportação. Nós crescemos em média 7% ao ano. Nosso PIBreal cresceu em média 7% ao ano. Nossa dívida externa passa de 12 para 43 bilhões de dólares. E a nossa inflação sobe para 70% ao ano. O IIPND foi o segundo melhor plano econômico do Brasil, promoveu a desconcentração regional, crescemos na adversidade, mas deixou sequelas: uma estatização intensa da economia. Terminado o governo em 1979, Geisel fez seu sucessor (é o único presidente que fez seu sucessor) e João Figueiredo vai ser eleito para o período de 1979-1985. Comunicou as forças armadas que Figueiredo seria o seu sucessor, Silvio Frota que era do exército foi contra porque ele queria ser presidente. Geisel não aceitou e exonerou Silvio Frota do exército. Silvio Frota não se conformou e chamou os militares para ir a Brasília para uma reunião com ele para um possível golpe, mas Geisel mandou um comandante de sua confiança buscar os militares no aeroporto e leva-los ao Palácio para uma reunião com o presidente, e assim Silvio Frota percebeu que não tinha espaço para o golpe. Geisel então, faz seu sucessor que foi chefe do FMI durante todo o Governo Geisel. E Figueiredo vai tomar posse em 1979. 22 26/11/2010 - Áudio da aula de FEB2 – Figueiredo 1979 – 2º choque de petróleo (de US$12,00 para US$22,00) queda da monarquia do Irã (79). Guerra Irã-Iraque em 1980. Até fev/79 o Irã era governado por uma monarquia (XÁ), extremamente aliada aos EUA, e seus ideais iam de encontro aos fundamentos dos mulçumanos e islã, e isso depôs o XÁ. Foi implantado a República Fundamentalista Islã e os laços com os EUA foram quebrados e diminuíram a oferta de petróleo. 1980 – Guerra Irã-Iraque (maiores reservas de petróleo do mundo). Os americanos foram expulsos do Irã. Com raiva acabam apoiando o ditador do Iraque. 2º choque do petróleo: Os EUA se aliam ao Iraque e incentivam o ataque ao Irã e assim começa a Guerra Irã-Iraque. A consequência econômica é a diminuição da oferta de petróleo porque muitos postos de gasolina pegam fogo e para apagar o fogo de um posto e depois fazê-lo voltar a funcionar demora muito. E no Brasil, acelera a inflação de custo. E começa uma hiperinflação nos EUA. 1980 – década perdida devido a dívida externa e inflação. Delfim Neto anuncia o IIIPND, mas sem nenhuma chance de acontecer. 1982 – Setembro Negro (morte dos atletas israelenses nas olimpíadas de Munique em 1972). Ago/82 – México decreta moratória unilateral (durante 90 dias não vai pagar nada da dívida). Set/82 – Reunião anual do FMI Anuncia que a dívida dos países de 3º mundo aumentou demais e o FMI não tem dinheiro para ajudar. Consequentemente o FMI não emprestou dinheiro para ninguém. A comunidade financeira fica preocupada. Os empréstimos serão pedidos ao FMI através da Carta de Intenção, então o FMI vai liberar o empréstimo em parcelas trimestrais. Isso vai servir de aval para o sistema financeiro internacional. Nov/82 – eleições para o Congresso. 1983 – Vamos ao FMI, nenhum programa desenvolvimentista. 1ª carta de intenção aceita, prometemos políticas de austeridade, não cumprimos. Fatos que marcaram a década perdida: Dívida externa Choque do Petróleo Choque dos Juros Setembro Negro 23 01/12/2010 - Áudio da aula de FEB2 – Revisão Estatização excessiva – em um único governo ocorreram mais de 200 estatizações. Choque dos juros – dívida contraída durante o IIPND foi a juros variáveis. Década Perdida – Inflação alta acima de 100% e dívida externa. O IIIPND é anunciado e enterrado, começa a década perdida. Não há mais nenhuma oportunidade para implantar um plano desenvolvimentista e o golpe de misericórdia será em ago/82 com o Setembro Negro. Setembro Negro – durante as Olimpíadas de 72 em Munique, terroristas árabes invadiram os alojamentos da delegação israelense e no momento em que a polícia alemã invadiu o alojamento, os terroristas explodiram a bomba e mataram praticamente todos atletas. Em 1982, 10 anos depois, ocorre o setembro negro na comunidade financeira. Ele começa em agosto com a moratória unilateral (não pagaria ninguém durante 90 dias e renegociaria a dívida) do México que estava com dívida externa muito alta. O México era exportador de petróleo e tinha uma reserva razoável e podia efetuar a moratória. 90 dias por causa dos bancos americanos em que se o cliente não paga a dívida em 90 dias ele é considerado inadimplente. O dinheiro que é retirado da reserva para pagar a dívida deverá ser reposto, e este dinheiro será retirado do lucro bruto. FMI - Em setembro/82 ocorre a reunião anual do FMI em Toronto/Canadá. FMI avisa que não possui mais recursos para bancar as dívidas do 3º mundo. Imediatamente fecharam-se os fluxos de empréstimos para o 3º mundo. O FMI não terá mais dinheiro, mas será o grande avalista do sistema financeiro. Os empréstimos serão pedidos ao FMI através da Carta de Intenção, então o FMI vai liberar o empréstimo em parcelas trimestrais. O FMI monitora a economia dos países trimestralmente. Isso funciona como aval do sistema financeiro internacional. Eleições – Em novembro/82 ocorrem eleiçõespara o Congresso. Logo após as eleições em jan/83 entregamos a primeira carta de intenções ao FMI que foi aprovada e o FMI liberou a primeira parcela. Prometemos política de austeridade, não cumprimos. O Brasil constantemente mandava cartas ao FMI pedindo “perdão” e prometendo que iria cumprir. Até que na 7ª carta, quando o Brasil já se preparava para enviar a 8ª carta, FMI aceita as desculpas. E a 8ª carta fica para o próximo governo. ARTIGO - Fluxo de remessas de filiais ajuda a manter o real valorizado – Folha de S.Paulo – 22/11/2010 Volume recorde é impulsionado pela diferença entre os juros lá fora e as taxas domésticas. Subsidiárias no exterior vêm aproveitando, desde 2009, para quitar dívidas contraídas com as matrizes brasileiras. Isso aumenta a oferta de dólares no mercado de câmbio e desvaloriza o dólar e valoriza o real. Não é só o fluxo de K externo que vem K de carteira que vem, mas também as 24 empresas-filiais brasileiras que estão aproveitando para enviar remessas para as matrizes no exterior. O caixa das empresas brasileiras tem sido reforçado por um fluxo recorde de remessas de dinheiro de suas filiais no exterior para o país, o que vem contribuindo para manter o real valorizado. Essa tendência é nova e tem sido impulsionada por dois movimentos distintos. Desde 2009, as subsidiárias de empresas brasileiras no exterior vêm aproveitando para quitar dívidas contraídas no passado com suas matrizes. As subsidiarias brasileiras quando contraem divida com a matriz, geralmente a matriz não empresta dinheiro, é que chamamos de empréstimos entre empresas. Mas as filiais têm ido além de pagar o que devem. Há cerca de três anos, iniciaram um movimento até então incomum no mundo dos negócios globais e vêm fornecendo empréstimos às suas próprias matrizes no país. Não só pagam o que pediram emprestado no passado, como ainda estão emprestando dinheiro as matrizes. Ambos os movimentos estão acelerando a oferta de dólar no mercado de câmbio. Somados todos os fluxos financeiros de matrizes para filiais e vice-versa entre janeiro e setembro deste ano, restou um saldo positivo de US$ 11,4 bilhões para o Brasil. Os dados são do Banco Central, que não divulga os nomes das empresas envolvidas nessas operações. Nesse fluxo de vai e vem o saldo positivo, ou seja, tem entrado além do que sai, de 11 bilhões para o Brasil. As filiais estão emprestando dinheiro para as matrizes. Pegam empréstimos no Brasil a juros baixos no BNDS, a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo). Hoje ela está a 6% a.a.. Esse movimento de remessas líquidas em operações de crédito de subsidiárias para as matrizes no Brasil é recente. Desde o início da série histórica do BC em 1999, isso ocorreu apenas em 2007 e em 2009, e volta a se repetir, com maior força, em 2010. Do recorde de US$ 15,3 bilhões que as filiais enviaram para o Brasil entre janeiro e setembro de 2010, US$ 11 bilhões vieram para cobrir amortizações de dívidas assumidas com as matrizes, principalmente de 2007 a 2008, quando a crise financeira global levou a um colapso do mercado de crédito em países desenvolvidos. Outros US$ 4,3 bilhões remetidos pelas subsidiárias para o país nos primeiros nove meses deste ano se referem a empréstimos concedidos às matrizes. Esse movimento é recente e está com mais força em 2010. Elas estão cobrindo amortizações que elas estão contraindo em 2007/2008 (crise internacional). As filiais ficaram sem dinheiro e as matrizes emprestaram para as filiais, agora as filiais não só estão pagando tudo de volta como também estão concedendo empréstimos as matrizes aqui no Brasil. 11 bilhões de pagamento e 4 bilhões de empréstimo. JUROS ATRATIVOS Segundo analistas ouvidos pela Folha, a conjuntura econômica doméstica e a internacional ajudam a explicar as novas táticas empregadas pelas multinacionais brasileiras para administrar seus caixas. Com a explosão da crise financeira global, os juros em países desenvolvidos -cujas economias se recuperam em ritmo lento- têm sido mantidos em patamares historicamente muito baixos. 25 No Brasil, por outro lado, a taxa básica de juros está em 10,75%, nível que continua muito elevado para padrões internacionais. Isso pode estar funcionando como um incentivo para as subsidiárias de multinacionais brasileiras mandarem eventuais sobras de caixa ou recursos levantados a custos mais baixos lá fora para suas matrizes. "Com o excesso de liquidez nos países desenvolvidos, as empresas conseguem se financiar de forma mais barata lá fora. Isso pode explicar esse fluxo de recursos financeiros de filiais para matrizes", afirma Mauricio Molan, economista sênior do Santander. Para analistas, é provável que pelo menos parte dos recursos enviados por filiais para matrizes brasileiras tenha como destino investimentos no mercado financeiro doméstico. Parte desse dinheiro a matriz pode estar pegando para aplicar aqui dentro, paga 1% lá fora e ganha 10,75% (SELIC) aqui dentro. "É muito provável que esses recursos tenham como destino investimentos financeiros aqui, para lucrar com os juros altos", diz Rita Mundim, professora da Fundação Dom Cabral. Segundo Antonio Corrêa de Lacerda, economista e professor da PUC-SP, os números do Banco Central mostram que está em curso uma mudança na forma em como as multinacionais operam seus caixas. "As empresas estão reposicionando seus fluxos de caixa em função da crise global", afirma. Então ta mudando o relacionamento das multinacionais com suas matrizes. ARTIGO - Investimento produtivo no exterior cresce – Folha de S.Paulo – 22/11/2010 A combinação de real valorizado e crise nos países desenvolvidos tem levado a uma aceleração do processo de internacionalização de empresas brasileiras. De janeiro a setembro, os investimentos produtivos de empresas brasileiras no exterior atingiram um valor recorde de US$ 17 bilhões, segundo dados do BC. Agora a respeito da internacionalização das empresas brasileiras, os investimentos produtivos de empresas no exterior atingiram valor recorde de 17 bilhões. É investimento direto de empresas brasileiras no exterior, fica com volume negativo o balanço de pagamentos. Esse foi o montante que deixou o país com a finalidade de adquirir ou aumentar a participação no capital de companhias no exterior. Com real forte e ativos à venda a preços baratos no exterior, empresas brasileiras têm aproveitado para se expandir além das fronteiras, segundo especialistas. Real forte compra-se maior quantidade de dólares. Ativos a venda a preços baratos no exterior por causa da crise. Tudo isso faz com que empresas brasileiras queiram fazer investimentos diretos no exterior. "Hoje é possível comprar ou aumentar a participação em empresas lá fora por valor muito mais barato em reais do que no passado", afirma André Sacconato, da consultoria Tendências. Vultosos empréstimos do BNDES para criar grandes "campeãs" nacionais também têm contribuído, diz. 26 Para Antonio Côrrea de Lacerda, da PUC-SP, o retorno dos investimentos produtivos direcionados a países ricos só ocorrerá no longo prazo, por conta da persistência de um processo lento de recuperação no mundo desenvolvido. O retono disso só ocorrerá no longo prazo porque tem que esperar a recuperação que é um processo lento. O retorno dos investimentos se dará através das entradas de lucros. Por isso, embora estejam expandindo operações no exterior, multinacionais brasileiras têm evitado aplicar sobras de caixa lá fora, o que vem alimentando a tendência de empréstimos de recursos para matrizes. Para Rita Mundim, da Fundação Dom Cabral, o real forte tem provocado um "êxodo das bases operacionais" da indústria brasileira. Mas o baixo custo do capital lá fora e os altos juros domésticos têm feito filiais enviarem recursos. (EF) Dúvidas sobre a Matéria Inflação de Demanda: quando ocorre a aceleração de um ou maiscomponentes da demanda agregada (C+I+G+X-M). Se um ou mais desses componentes aceleram de mais a demanda ocorre uma inflação de demanda. Geralmente, como no Brasil, teremos inflação de demanda no gasto público. Pode vir através do investimento, mas é raro. E pode vir através da exportação líquida, se houver uma demanda muito grande lá fora por um produto nosso, ele começa a ficar escasso dentro do Brasil e se ele for forte o suficiente, ocorrerá inflação de demanda. Como a soja, por exemplo. Lei 4390 – flexibilizou os artigos rigorosos da 4331 sem revogar a 4331. Flexibilizou a remessa de lucro, o lucro poderia ser enviado na sua totalidade. Lei 4357 – Indexação. Tinha três objetivos: sistema financeiro, indexar o saldo da poupança, indexar o saldo do sistema habitacional e indexar o valor dos aluguéis para resolver o problema do sistema financeiro. Indexar o débito fiscal para resolver o problema do governo e indexar o ativo imobilizado para remover o lucro ilusório que as empresas pagavam impostos. Petrodólar: superávit dos árabes reciclado do sistema financeiro internacional. Eurodólar: superávit da Europa em relação ao EUA reciclado na comunidade financeira internacional. Notadamente na Alemanha e França. Sistema Crowling-PEG: foi uma modalidade de reajuste da taxa de câmbio do sistema fixo. Reajustes mais frequentes e maiores. No sistema fixo temos o dólar fixado abaixo do valor real sobrevalorizando o cruzeiro. Durante meses o dólar ficava fixado. Como a moeda estava sobrevalorizada, ela beneficia as importações, então a demanda tende a se acelerar e prejudica as exportações. Esse sistema de 1968 até 1990 quando abandonamos o câmbio fixo e adotamos o câmbio flexível. 27 08/12/2010 - Áudio da aula de FEB2 – Correção da Prova 1ª Questão: Sobre o PAEG é correto afirmar que a eficácia do programa anti- inflacionário articulado pelas políticas fiscal, monetária e salarial foi parcialmente prejudicada pela inflação corretiva gerada pela introdução do sistema de minidesvalorizações cambiais em 1965. Falso. A minidesvalorização cambial foi introduzida em 1968, no Milagre Econômico por Delfim Neto, não em 65. Ela foi introduzida pelo sistema Crawling-PEG. Houve uma inflação corretiva em 1964 pela desvalorização cambial de 205%, mas na verdade essa inflação corretiva foi abafada pelo controle da inflação feita através da política salarial e da política fiscal. Deixamos bem claro que a política monetária só foi contracionista no último ano do PAEG em 1966. A política monetária não foi contracionista em 64/65 por causa do fluxo de K que entrou no Brasil proveniente da flexibilização da 4390, proveniente das agências internacionais, notadamente americanas que mandaram dinheiro para o Brasil, e que prejudicaram a política monetária, pois cada dólar que entra tem que ser convertido em cruzeiro, então, não houve política monetária contracionista em 64/65 por causa do fluxo de K que impediu o enxugamento de liquidez. Houve um programa anti-inflacionário praticado pelas políticas fiscal e salarial. A monetária só foi contracionista em 66. O programa combateu a inflação que cai de 90 para 38%. A política anti-inflacionária só vai estar articulada com a política fiscal e salarial a partir de 66. O sistema de minidesvalorizações cambiais foi implantado pelo sistema Crawling-PEG adotado por Delfim Neto em 1968. O sistema Crawling-PEG vai de 1968 até 1990 quando o Collor acaba com o sistema fixo. 2ª Questão: No que concernem as circunstâncias e as características do chamado “Milagre Econômico”, 1968-1973, é correto afirmar que o salário mínimo contribuiu para diminuir a concentração de renda e por decorrência para aumentar a demanda por bens de consumo duráveis, é correto afirmar que há elevação do salário mínimo. O salário mínimo subiu porque se tinha reajustes anuais pela fórmula: salário médio dos últimos 24 meses mais a produtividade que era medida pela FGV, cuja elaboração coube a Simonsen, mais metade da inflação projetada para os 12 meses seguintes. Então, ele é corrigido e houve aumento, mas não houve aumento real do salário mínimo porque a política salarial foi uma política de arrocho. Houve aumento nominal e não real, então, nesse caso não houve desconcentração de renda. Se o salário mínimo cai não há desconcentração de renda, pelo contrário, a concentração de renda aumenta. O salário mínimo real diminuiu. A demanda por bens de consumo duráveis aumentou, mas não por causa do salário mínimo. Ela aumentou por causa da política expansionista do PED depois do IPND. 28 Aumentou o crédito das empresas e do consumidor porque as empresas cobriam os projetos do PED e o consumidor porque o PED e o IPND contemplavam bens de consumo. Então, a demanda por bens de consumo aumentou devido ao aumento de crédito dado ao consumidor e não ao aumento no salário. A produção aumenta e é preciso que alguém compre os produtos, então se cede crédito ao consumidor. 3ª Questão: No que concernem as circunstâncias e as características do chamado “Milagre Econômico”, é correto afirmar que houve aumento do endividamento das famílias, facilitada pelas reformas financeiras. VERDADEIRO. Se há aumento do crédito do consumidor, logicamente aumentará o endividamento das famílias que será facilitado através das reformas financeiras: Lei 4595, facilitada pela indexação da economia. A população poderá pegar dinheiro emprestado para comprar geladeira, carro e etc. O sistema financeiro vai ser capitalizado por causa da indexação. A lei 4357 que indexou a economia, a lei 4380 que implantou o PNH, essas foram as reformas financeiras que estimularam o desenvolvimento da intermediação financeira na compra de imóveis e bens de consumo. Portanto, houve endividamento das famílias facilitado por um sistema financeiro mais aberto. OBS: Dilma Rousseff garantiu autonomia ao futuro presidente do Banco Central. Então, apesar de formalmente o Banco Central não ter autonomia, pois formalmente o presidente da república quem decide, o futuro presidente do BC garantiu que a futura presidente Dilma o garantiu total autonomia. 4ª Questão: Explicite e analise as distintas visões a cerca do 2º PND elaborado e executado pelo Governo Geisel, em particular no que concernem as razões que levaram a sua adoção e as suas consequências para a economia brasileira nos anos 80. O 2º PND é implantado no período de 74 a 79. Há duas razões apontadas que levaram a adoção do 2º PND: uns acham que a razão mais importante foi a política, Geisel tinha um projeto político de extensão gradual, as duas facções dentro da ditadura militar e ele era catelista moderado, os da linha dura tinham promovido o “milagre econômico”, então esse seria o motivo político; A outra razão importante foi econômica, em que o 2º PND tinha de complementar o processo de substituição de importação, passado pelo processo de implantação de bens de K, bens intermediários e a eletrônica. Esse processo de substituição de importação era mais amplo do que os outros porque não só ia substituir as importações como também iria gerar mais exportações para que mais tarde o Brasil pudesse pagar a divida externa necessária para a implantação do 2º PND. A CST foi criada para gerar exportação, produzíamos aço para exportar. O 2º PND tinha dois objetivos: substituir o que nós iríamos importar, mas também iria gerar mais exportações. 29 Uns dizem que o motivo político sobrepunha o motivo econômico, outros diziam que se pensavam mais no objetivo econômico porque o Brasil precisava substituir a indústria de derivados de petróleo, precisava substituir a importação de fertilizantes, de aço e etc.. Há divergência entre os motivos que de fato levaram a implantação do 2º PND: uns dizem que foi político e outros que foi econômico. Com o 2º PND o Brasil completa o processo de substituição de importação
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