Buscar

Resenha Betapharm

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
MBA EM GESTÃO DE PROJETOS 
 
 
Resenha Crítica do Artigo 
DUANNA VIEIRA ROCHA DA SILVA 
 
 
 
 Trabalho da disciplina: Gerenciamento de aquisições 
 Tutor: Prof. Carlos Fernando da Rocha Santos 
 
 
 
 
 Rio de Janeiro 
 2021 
 
 
2 
 
Betapharm Corp. (A) 
 
REFERÊNCIA: Susan L. Kulp, Taylor Randall; Harvard Business School 108-P02, 
Agosto 2005. 
 
A Betapharm Corp. (A) trata-se de uma empresa do ramo farmacêutico. Essa indústria 
teve um crescimento superior a 10% entre os anos de 1996 e 2003. E a Betaparm se superava 
dentro do setor com crescimento acima do esperado. Com as projeções de crescimento do 
setor, devido a crescente de idosos e uma expectativa maior de vida e aumento de doenças 
crônicas, o setor se beneficiava ainda mais com esse aumento de demanda. 
Apesar desse histórico o setor sofria impacto diante dos remédios genéricos, oriundos 
de expirações de patentes. A assistência médica que detém grande influência na indicação de 
medicamentos, indicava aos seus pacientes o consumo dos genéricos quando disponível. 
Com impactos grandes, a indústria recorreu ao gerenciamento de gastos, como 
gerenciamento de matérias-primas, fornecedores e até mesmo ferramentas de compra online. 
O sistema de e-procurement visava reduzir os custos na geração de pedidos de compra em 
valores substanciais de economia, para uma empresa com volumes grandes de pedidos de 
compra a cada novo negócio. 
A Betapharm se destacava dentre as grandes empresas, como Pfizer, Merck e J&J 
Pharmaceuticals Group. Ela detinha do mercado farmacêutico mundial de 5 a 10 % das 
vendas de medicamentos para diversas áreas. 
A empresa estava comprometida em reduzir suas despesas de compras. A gerência 
gostaria de reduzir o custo de 7,5 bilhões de euro em despesas anuais, para algo em torno de 
12,5% no ano de 2004. A Beta optou por testar leilões reversos, antes de decidir implementar 
o sistema Emptoris ePass. 
 Foi decidido que a cada novo produto adquirido pela Beta, um grupo de sourcing 
seria formado. Esse grupo era composto por um time de especialistas, que incluía 
representantes da área de compras, qualidade, técnica, finanças e logística. Eles eram 
responsáveis por elaborar uma estratégia de sourcing para aquele produto, optavam pela 
 
 
3 
 
melhor forma de compra para o produto específico e escolhiam o fornecedor ideal. Os 
requisitos de um produto leiloável eram, ter ao menos três fornecedores interessados em 
participar e ter especificações e requisitos que pudessem ser comprovados. 
A Betapharm tinha o suporte de boas ferramentas para auxiliar no processo de 
compras, como no apoio à decisão, ferramentas analíticas e ferramentas de leilão/sourcing 
eletrônico. Seu sistema de compras dava suporte a diversos requisitos, desde avaliação dos 
gastos, gestão de projetos de capital e outros. 
Qualquer que fosse o método de sourcing, era utilizado o processo de pré-qualificação, 
os fornecedores passavam por auditorias de qualidade e técnicas, antes que a Beta adquirisse 
qualquer produto ou serviço. Essas auditorias eram realizadas dentro dos padrões de 
qualidade ICHQ71, os preceitos da U.S. Food and Drug Administration e procedimentos 
internos da empresa. Tendo sucesso na auditoria o fornecedor de produtos intermediários 
passava por reauditoria a cada dois anos, e os fornecedores de matérias-primas tinham o 
processo repetido a cada três anos. 
Diante de viagens constantes de seus funcionários a Betapharm tinha custos 
significativos com hotéis e deslocamento. Havia uma previsão anual para reserva de 500.000 
quartos/noites em hotéis, que gerou em 2003 um custo em torno de 70 milhões de euros. 
Geralmente essas viagens ocorriam no Reino Unido e Estados Unidos, onde localizavam-se 
os principais mercados explorados pela gerência. Devido as altas despesas foi decidido revisar 
a estratégia do sourcing para hotéis, e avaliar se as redes de hotéis poderiam ser boas 
candidatas a participar do processo eletrônico de compras da Beta. 
A Betapharm avaliava sobre realizar leilões reversos para as redes de hotel, 
considerando a estimativa de gastos para 2004 em torno de 65 milhões de euros para 450.000 
quartos/noites. Tendo como base os números estimados, se optassem pelos leilões ocorreriam 
100 leilões reversos, 120 solicitações eletrônicas de cotações que cobririam 1500 hotéis em 40 
países e 230 mercados locais. 
A Betapharm havia desenvolvido um novo medicamento, Exelon. Seu composto 
principal era o ácido málico, que era adquirido diretamente de um fornecedor. A Tao 
Pharmaceutical Processing Labs Inc. era o fornecedor que recebia o malin e fabricava o ácido 
málico. A Tao como uma das principais fornecedoras da indústria farmacêutica, fornecia 
 
 
4 
 
diversos produtos e serviços considerando qualquer que fosse o ciclo do remédio. Essa 
parceria iniciou-se diante do desenvolvimento estratégico do Exelon, quando a Tao ajudou 
nos processos básicos de conversão do malin em ácido málico, para viabilizar o Exelon. 
Contratualmente a parceria estava próxima de se encerrar, restavam 2 anos de 
obrigações contratuais entre eles. A gerência da Beta apesar de satisfeita com a parceria, via 
uma oportunidade de encontrar um outro fornecedor que oferecesse um custo menor sobre o 
ácido málico, pois o valor aproximado de 145 euros por quilograma para converter o malin e 
ácido málico era acima do esperado. 
Diante do cenário de busca por um novo fornecedor, o departamento de compras iria 
utilizar a ferramenta de compras eletrônicas e ansiava pela demonstração ao sourcing de 
produtos intermediários. Os fornecedores receberam a informação da oportunidade de 
negócio potencial e iniciaram suas ofertas para a produção de ácido málico, o setor comercial 
da Betapharm estimava aumentar ainda mais a produção em alguns anos. 
O vice-presidente de compras, George Brannigan, deveria decidir por qual método de 
sourcing optar no caso de dois itens tão diferentes, a análise de fornecedores de ácido málico 
e as redes de hotéis globais. Além disso ainda teria que acompanhar qual seria a reação e 
aceitação dos fornecedores e funcionários diante do processo de compras eletrônico.

Continue navegando