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Fertilização

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Fertilização 
Referencias bibliográficas: Langman-
Embriologia médica 13ºed Cap 3:Primeira 
semana do desenvolvimento/Da oocitação à 
Implantação. 
Embriologia Clínica.Keith 
L.Moore,T.V.N.Persaud ,Mark G. Torchia 10º 
Ed cap 2:Primeira semana do 
desenvolvimento humano. 
 
Ciclo Ovariano 
Na puberdade, a mulher começa a ter ciclos 
mensais regulares. Esses ciclos sexuais são 
controlados pelo hipotálamo. O hormônio 
liberador de gonadotrofinas (GnRH, do 
inglês gonadotropin- releasing hormone), 
produzido pelo hipotálamo, age nas células 
do lobo anterior da adeno-hipófise, que, por 
sua vez, secreta gonadotrofinas. Esses 
hormônios, o hormônio foliculoestimulante 
(FSH, do inglês follicule-stimulating 
hormone) e o hormônio luteinizante (LH, 
do inglês luteinizing hormone), estimulam 
as alterações cíclicas dos ovários. 
No início de cada ciclo ovariano, de 15 a 20 
folículos no estágio primário (pré-antral) 
são estimulados a crescer sob a influência 
do FSH (esse hormônio não é necessário 
para promover o desenvolvimento dos 
folículos primordiais até o estágio de 
folículo primário, mas sem ele os folículos 
primários morrem e se tornam atrésicos). 
Assim, o FSH resgata de 15 a 20 dessas 
células a partir de um reservatório de 
folículos primários continuamente em 
formação. Sob condições normais, apenas 
um desses folículos alcança a maturidade 
plena e apenas um oócito é liberado; os 
outros degeneram e entram em atresia. No 
próximo ciclo, outro grupo de folículos 
primários é recrutado e, novamente, apenas 
um alcança a maturidade. 
Consequentemente, a maior parte dos 
folículos degenera sem jamais alcançar a 
maturidade completa. Quando um folículo 
se torna atrésico, o oócito e as células 
foliculares circunjacentes degeneram e são 
substituídos por tecido conjuntivo, 
formando um corpo atrésico. 
Desenvolvimento folicular 
O desenvolvimento de um folículo ovariano 
é caracterizado por: 
-Crescimento e diferenciação de um oócito 
primário. 
-Proliferação das células foliculares 
-Formação da zona pelúcida 
-Desenvolvimento das tecas foliculares no 
endométrio. 
Conforme o folículo primário aumenta de 
tamanho, o tecido conjuntivo ao redor se 
organiza como uma cápsula, a teca 
folicular. Essa teca logo se diferencia em 
duas camadas, uma camada vascular e 
glandular interna, a teca interna, e uma 
camada capsular, a teca externa. Acredita-
se que as células tecais produzam fatores 
angiogênicos que estimulam o crescimento 
de vasos sanguíneos na teca interna, 
fornecendo, assim, nutrientes para o 
desenvolvimento folicular. As células 
foliculares se dividem ativamente, 
formando uma camada estratificada ao 
redor do oócito. O folículo ovariano logo se 
torna oval e o oócito assume uma posição 
excêntrica. 
Subsequentemente, surgem em torno das 
células foliculares espaços preenchidos por 
líquido, os quais coalescem para formar 
uma única e grande cavidade, o antro, que 
armazena o líquido folicular. Após a 
formação do antro, o folículo ovariano é 
denominado de vesicular ou folículo 
secundário. O oócito primário é deslocado 
para um lado do folículo, onde é envolvido 
por acúmulo de células foliculares, o 
cumulus oophorus, que se projeta para o 
antro .O folículo continua a crescer até estar 
maduro e produz uma dilatação (estigma 
folicular) na superfície ovariana. 
Oocitação\Ovulação 
Por volta da metade do ciclo ovariano, o 
folículo ovariano primário já desenvolvido, 
sob influência do FSH e do LH, sofre um 
repentino surto de crescimento, produzindo 
uma dilatação cística ou uma saliência na 
superfície ovariana. Um pequeno ponto 
avascular, o estigma, logo aparece nessa 
saliência). Antes da ovulação, o oócito 
secundário e algumas células do cumulus 
oophorus se desprendem do interior do 
folículo distendido A ovulação é disparada 
por uma onda de produção de LH 
Normalmente, a ovulação acontece de 12 a 
24 horas após o pico de LH. A elevação nos 
níveis de LH, induzida pela alta 
concentração de estrogênio no sangue, 
parece causar a tumefação do estigma, 
formando uma vesícula .O estigma logo se 
rompeexpelindo o oócito secundário junto 
com o líquido folicular A expulsão do oócito 
é o resultado da pressão intrafolicular e 
possivelmente da contração da musculatura 
lisa da teca externa (capsular), estimulada 
pelas prostaglandinas. 
A elevação abrupta do LH faz com que o 
oócito primário complete a meiose 1 e o 
folículo secundário entre no estagio maduro 
pré ovulatorio.Aproximadamente 3 horas 
antes da oocitação a meiose 2 se inicia mas 
oocito fica parado na metáfase,nesse 
momento que aparece o estigma. 
O oócito primário quando expelido passa a 
se chamar oócito secundário que esta 
circundado pela zona pelúcida e uma ou 
mais camadas de células foliculares 
organizadas radialmente formando a 
corona ou coroa radiata. 
 
 
 
 
Corpo Lúteo 
Logo após a ovulação,as paredes do folículo 
ovariano e da teca folicular colapsam e se 
tornam pregueadas.Sob a influencia do LH 
elas formam uma estrutura glandular,o 
corpo lúteo,que secreta progesterona e 
alguma quantidade de estrogênio para 
garantir a manutenção do endométrio para 
que seja possivel a fixação de um embrião,a 
duração do corpo lúteo vai ate o momento 
que se desenvolve a placenta que passa a 
ser a responsável por suprir o endométrio 
hormonalmente,a degeneração do corpo 
lúteo é impedido pela gonadotrofina 
coriônica. 
 
Corpo albicans 
Se a fertilização não ocorrer, o corpo lúteo 
alcança o máximo de desenvolvimento 
aproximadamente 9 dias após a oocitação. 
Ele pode ser facilmente reconhecido como 
uma projeção amarelada na superfície do 
ovário. Subsequentemente, o corpo lúteo 
encolhe por causa da degeneração das 
células lúteas (luteólise) e forma uma 
massa de tecido cicatricial fibrótico, o corpo 
albicans. Simultaneamente, a produção de 
progesterona diminui, causando o 
sangramento menstrual. 
Transporte do oócito 
Pouco após a oocitação, as fímbrias da tuba 
uterina varrem a superfície do ovário e a 
própria tuba começa a contrair-se 
ritmicamente. Acredita-se que o oócito, 
cercado por algumas células granulosas 
,seja carregado para a tuba por esses 
movimentos de varredura das fímbrias e 
pelo movimento dos cílios na superfície 
epitelial. Uma vez na tuba, as células do 
cúmulo retiram 
seus processos citoplasmáticos da zona 
pelúcida e perdem o contato com o oócito. 
Uma vez que o oócito esteja na tuba uterina, 
é propelido por contrações musculares 
peristálticas da tuba e por cílios na mucosa 
tubária; a taxa de transporte é regulada 
pelo perfil endócrino durante e após a 
oocitação. Em seres humanos, o oócito 
fertilizado – o óvulo – alcança o lúmen 
uterino em aproximadamente 3 a 4 dias. 
Correlação clinica 
Durante a oocitação(ovulação), algumas 
mulheres sentem uma leve dor, chamada de 
mittelschmerz (do alemão, “dor no meio”) 
porque ocorre normalmente na metade do 
ciclo menstrual. A oocitação também é 
acompanhada geralmente por elevação da 
temperatura basal, que pode ser 
monitorada para ajudar os casais a 
engravidarem ou a evitarem gravidez. 
Algumas mulheres não ovulam por causa da 
baixa concentração de gonadotrofinas. 
Nesses casos, pode ser administrado um 
agente para estimular a liberação de 
gonadotrofinas e, assim, a oocitação. 
Embora tais fármacos sejam efetivos, 
frequentemente produzem oocitações 
múltiplas, de modo que a probabilidade de 
gravidezes múltiplas é 10 vezes maior 
nessas mulheres que na população geral. 
Transporte de espermatozóides 
A ejaculação reflexa do sêmen pode ser 
dividida em duas fases: 
• Emissão: o sêmen é enviado para a porção 
prostática da uretra pelos ductos 
ejaculatórios após a peristalse 
(movimentos peristálticos) dos ductos 
deferentes; a emissão é uma resposta 
autônoma simpática. 
• Ejaculação: o sêmen é expelido dauretra 
através do óstio uretral externo; isso é 
resultado do fechamento do esfíncter 
vesical no colo da bexiga, da contração do 
músculo uretral e da contração dos 
músculos bulboesponjosos. 
Maturação dos espermatozóides 
Os espermatozoides recém-ejaculados são 
incapazes de fecundar um oócito. Os 
espermatozoides devem passar por um 
período de condicionamento, ou 
capacitação, que dura aproximadamente 7 
horas. Durante esse período, uma cobertura 
glicoproteica e de proteínas seminais é 
removida da superfície do acrossoma do 
espermatozóide. Os componentes da 
membrana dos espermatozoides são 
consideravelmente alterados. Os 
espermatozoides capacitados não mostram 
alterações morfológicas, mas eles são mais 
ativos. A capacitação dos espermatozoides 
ocorre enquanto eles estão no útero ou na 
tuba uterina pela ação de substâncias 
secretadas por essas regiões. 
O acrossoma do espermatozoide capacitado 
se liga a uma glicoproteína (ZP3) da zona 
pelúcida. Alguns estudos mostraram que a 
membrana plasmática do espermatozoide, 
íons de cálcio, prostaglandinas e 
progesterona possuem um importante 
papel na reação acrossômica. Essa reação 
do espermatozoide deve terminar antes da 
fusão do espermatozoide com o oócito. 
Quando os espermatozoides capacitados 
entram em contato com a corona radiata 
que envolve o oócito secundário, eles 
passam por alterações moleculares 
complexas que resultam no 
desenvolvimento de perfurações no 
acrossoma. Ocorrem, então, vários pontos 
de fusão da membrana plasmática do 
espermatozoide com a membrana 
acrossômica externa. O rompimento das 
membranas nesses pontos produz 
aberturas. As mudanças induzidas pela 
reação acrossômica estão associadas à 
liberação de enzimas da vesícula 
acrossômica que facilitam a fecundação, 
incluindo a hialuronidase e a acrosina. A 
capacitação e a reação acrossômica 
parecem ser reguladas por uma tirosina 
quinase, a src quinase. 
 
 
Fertilização ou fecundação 
Normalmente o local da fecundação é a 
ampola da tuba uterina. Se o oócito não for 
fecundado 
na ampola, ele passa lentamente pela tuba e 
chega ao corpo do útero, onde se degenera 
e é reabsorvido. Embora a fecundação 
possa ocorrer em outras partes da tuba, ela 
não ocorre no corpo do útero. Sinais 
químicos (atrativos) secretados pelos 
oócitos e pelas células foliculares 
circundantes guiam os espermatozoides 
capacitados (quimiotaxia dos 
espermatozoides) para o oócito. 
Fases da Fecundação 
-Passagem de um espermatozoide 
através da corona radiata.: A dispersão 
das células foliculares da corona radiata 
que circunda o oócito e a zona pelúcida 
parece resultar principalmente da ação da 
enzima hialuronidase liberada da vesícula 
acrossômica do espermatozoide. 
-Penetração da zona pelucida: A 
passagem do espermatozoide pela zona 
pelúcida é uma fase importante do início da 
fecundação. A formação de uma passagem 
também é resultado da ação de enzimas 
acrossômicas. As enzimas esterase, acrosina 
e neuraminidase parecem causar a lise 
(dissolução) da zona pelúcida, formando 
assim uma passagem para o 
espermatozoide penetrar o oócito. A mais 
importante dessas enzimas é a acrosina, 
uma enzima proteolítica. Uma vez que o 
espermatozoide penetra a zona pelúcida, 
ocorre a reação zonal, uma alteração nas 
propriedades da zona pelúcida, tornando-a 
impermeável a outros espermatozoides. 
-Fusão das membranas plasmaticas do 
oócito e do espermatozóide: As 
membranas plasmáticas ou celulares do 
oócito e do espermatozoide se fundem e se 
rompem na região da fusão. A cabeça e a 
cauda doespermatozoide entram no 
citoplasma do oócito,mas a membrana 
celular espermática (membrana 
plasmática) e as mitocôndrias não entram. 
-Termino da segunda divisão meiótica 
do oócito e formação do prónucleo 
feminino: Quando o espermatozoide 
penetra o oócito, este é ativado e termina a 
segunda divisão meiótica formando um 
oócito maduro e um segundo corpo 
polar.Em seguida, os cromossomos 
maternos se descondensam e o núcleo do 
oócito maduro se torna o pronúcleo 
feminino. 
-Formação do prónucleo masculino: . 
Dentro do citoplasma do oócito, o núcleo do 
espermatozoide aumenta para formar o 
pronúcleo masculino e a cauda do 
espermatozoidedegenera. 
Morfologicamente, os pronúcleos masculino 
e feminino são indistinguíveis. Durante o 
crescimento dos pronúcleos, eles replicam 
seu DNA-1 n (haploide), 2 c (duas 
cromátides). O oócito contendo os dois 
pronúcleos haploides é denominado Oótide. 
-Formação do zigoto 
 
 
Correlação clinica 
Métodos contraceptivos hormonal: são 
outra maneira de contracepção comum e se 
baseiam na administração dos hormônios 
femininos estrogênio e/ou progesterona. 
Esses hormônios produzem seus efeitos por 
meio da inibição da oocitação (por evitarem 
a liberação de FSH e de LH pela hipófise), 
alterando a mucosa uterina e espessando o 
muco cervical, o que faz com que seja mais 
difícil para o espermatozoide entrar no 
útero. A contracepção hormonal pode ser 
oferecida por meio de anticoncepcionais 
orais, adesivos na pele, anel vaginal ou 
injeção ou implante. São dois os tipos de 
anticoncepcionais orais: o primeiro é uma 
combinação de estrogênio e progestina, um 
análogo da progesterona; e o segundo é 
composto apenas por progestina. Ambos os 
tipos são efetivos, mas um pode ser mais 
adequado para algumas mulheres por 
várias questões relacionadas com a saúde. 
Dispositivo intrauterino DIU: é uma 
pequena unidade em formato de “T” e pode 
ser de dois tipos: hormonal ou de cobre. O 
dispositivo hormonal libera progestina, que 
causa o espessamento do muco cervical 
para evitar que os espermatozoides 
penetrem o útero. Além disso, torna os 
espermatozoides menos ativos e tanto eles 
quanto o oócito menos viáveis. O de cobre 
libera cobre no útero, evitando a 
fertilização ou inibindo a ligação do 
embrião à parede uterina. Também ajuda a 
impedir que os espermatozóides entrem 
nas tubas uterinas.

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