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Aula 2 - Vias de administração e Formas Farmacêuticas

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Vias de Administração e Formas 
Farmacêuticas
PROF. MSc. GABRIELLE SANT’ ANNA VIEIRA CAMBRAIA
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE 
MEDICAMENTOS
Introdução
As vias de administração são estruturas orgânicas com 
as quais a droga toma contato para iniciar uma série 
de processos que visam seu efeito farmacológico.
Fonte: https://secad.artmed.com.br/
Importante na hora da escolha!!
• Considerar alguns fatores:
– Necessidade de efeito sistêmico ou local
– Latência para o efeito
– Características físico-químicas do medicamento
– Biodisponibilidade, etc
Vias de Administração
➢ Enterais
– Entrada do fármaco pelo TGI
• Sublingual, lingual, oral, retal
➢ Parenterais
– Vias que são sejam a GI
✓ Parenterais diretas (o acesso se faz por injeção) Parenterais indiretas (o 
acesso a elas dispensa o uso de injeção).
Principais Vias de Administração
ENTERAIS PARENTERAIS
DIRETAS INDIRETAS
ORAL INTRAVENOSA CUTÂNEA
BUCAL INTRAMUSCULAR RESPIRATÓRIA
SUBLINGUAL SUBCUTÂNEA CONJUNTIVAL
RETAL INTRA-ARTERIAL OROFARÍNGE
INTRADÉRMICA RINOFARÍNGEA
INTRACARDÍACA GENITURINÁRIA
INTRAPERITONEAL
PERIDURAL
INTRA-ARTICULAR
Vias digestivas
• Medicamento precisa ser diluído – liberação da forma 
farmacêutica 
• Duodeno – principal local de absorção
• ph influencia na absorção
• **ruminantes
Vias digestivas
1. Absorção oral
Suco gástrico → esvaziamento gástrico → duodeno →
circulação porta → fígado → circulação sistêmica.
A absorção de fármacos lipossolúveis aumenta com a
ingestão de alimentos ricos em gorduras.
*efeito de primeira passagem!
Metabolismo de primeira passagem
Também conhecida como eliminação de primeira
passagem, consiste na biotransformação sofrida pelos
fármacos no fígado antes de chegarem a circulação
sistêmica, o que em geral, diminui as concentrações do
fármaco e se não ajustada dose e concentrações iniciais
dos fármacos podem interferir nos efeitos farmacológicos
finais.
Vias Digestivas
• Efeito de primeira passagem
Fonte: Clarisse Gorenstein
Vias digestivas
2. Absorção retal
• Pode ser errática ou incompleta, especialmente em
pacientes com motilidade intestinal aumentada
• Uso restrito em vet
• Utilizada em pacientes com vômitos
• Ex: Diazepam em gatos que apresentam crise epiléptica.
VIA PARENTERAL
Formas de absorção
1. Via intravenosa
• uma das mais utilizadas. Através dela, é possível assegurar uma
concentração plasmática ideal de fármaco ao paciente, proporcionando
uma terapêutica eficiente.
• Indicada para pacientes com êmese;
• Adm de grandes volumes;
Uma vez injetado um fármaco, não há maneira de retirá-lo.
Formas de absorção
1. Via intravenosa
• Vantagens:
✓ rápido efeito farmacológico
✓ Adm de grandes volumes e substâncias irritantes (diluídas)
✓ melhor controle da dose administrada
• Desvantagens:
✓ Risco de embolia
✓ infecções por contaminação
✓ impróprias para substâncias oleosas
Formas de absorção
1. Via intravenosa
Fonte: Life horse
Formas de absorção
1. Via intravenosa
Fonte: Ricardo de Lima Navarro
Formas de absorção
1. Via intravenosa
Fonte: Ricardo de Lima Navarro
Formas de absorção
1. Via intravenosa
Fonte: Ricardo de Lima Navarro
Desvantagens
Fonte: STAINKI, D.R., 2001 (CFMV, No 23).
Formas de absorção
2. Absorção intramuscular
• Absorção rápida, havendo pronto início dos efeitos
terapêuticos;
• Adm de medicamentos oleosos
Desvantagens:
• Dor
• miosite – substâncias irritantes
Formas de absorção
2. Absorção intramuscular
• Contra-indicada:
– pacientes com mecanismo de coagulação prejudicado
– doença vascular periférica
– edema
– Choque
Formas de absorção
2. Absorção intramuscular
Formas de absorção
3. Absorção subcutânea
• Absorção de forma mais lenta e contínua
• Capilares
• Cães e gatos
Fonte: Google.
Formas de absorção
3. Intradérmica
• Fins diagnósticos
• Ex: teste de alergia e tuberculina
• Quantidades pequenas
Fonte: edisciplinas.usp
Formas de absorção
4. Absorção intraperitoneal
Rápida, por envolver superfície ampla e ricamente
vascularizada
Formas de absorção
4. Absorção intraperitoneal
Rápida, por envolver superfície ampla e ricamente
vascularizada
Fonte: http://medvetbh.blogspot.com/p/sistemas-organicos.html
Formas de absorção
5. Intracardíaca
Formas de absorção
7. Epidural
Cirurgias em grandes animais.
VIA TÓPICA OU TRANSMUCOSA
Via tópica
• Efeito terapêutico local
• Via segura
Via inalatória
6. Absorção por via respiratória
A grande área absortiva (que se estende da mucosa nasal
ao epitélio alveolar), a vascularização praticamente
justaposta às membranas e o rico fluxo sanguíneo justificam
o alcance de picos séricos tão precoces como os obtidos
com a via intravenosa.
FORMAS FARMACÊUTICAS
FORMAS FARMACÊUTICAS
• Forma farmacêutica é a forma final de como um medicamento se
apresenta: comprimidos, cápsulas, injetáveis, etc;
• Normalmente as drogas não são administradas aos pacientes, no seu
estado puro ou natural mas sim como parte; de uma formulação;
Esses adjuvantes farmacêuticos têm por finalidade, solubilizar, suspender,
espessar, diluir, emulsionar, estabilizar, preservar, colorir e melhorar o
sabor da mistura final. Com a finalidade de deixar o fármaco agradável ao
paladar e eficiente.
FORMAS FARMACÊUTICAS
• Forma farmacêutica determina a terapêutica farmacológica;
• Pontos importantes para a escolha da forma farmacêutica de
um medicamento:
➢ Farmacocinética
➢ Efeitos colaterais
➢ Condições do paciente
➢ Determinação dos locais de biotransformação
➢ Vias de excreção
FORMAS FARMACÊUTICAS
• Didaticamente podemos relacionar os processos pelo qual o
fármaco passa até promover efeito farmacológico em 3 fases:
1. Fase Farmacêutica
• Liberação do fármaco
2. Fase Farmacocinética
• Movimento do fármaco no organismo
3. Fase Farmacodinâmica
• Interação do fármaco com seu receptor a nível celular
FORMAS FARMACÊUTICAS
1. Fase Farmacêutica
Liberação Dissolução
Depende da F.F empregada; Dispersão molecular na fase
Via de administração; aquosa;
Influência do meio onde foi Dissolução do fármaco;
empregada; Determinante na velocidade
de absorção.
Finalidade: Obter uma dispersão
No estado sólido do fármaco.
FORMAS FARMACÊUTICAS
2. Fase Farmacodinâmica
– Absorção;
– Distribuição; 
– Biotransformação e; 
– Excreção.
FORMAS FARMACÊUTICAS
3. Fase Farmacodinâmica
• Interação do fármaco com seu receptor a nível celular
Fonte: 
http://fisioterapiafisioex.blogspot.com/2013/03/
FORMAS 
FARMACÊUTICAS 
- Classificação
• Sólidas: pós, granulados, comprimidos, drágeas,
cápsulas, pílulas, pastilhas, supositórios;
• Semissólidas: loções, unguentos, ceratos, pastas,
cremes e pomadas;
• Líquidas: soluções, xaropes, enemas, elixires,
suspensões, emulsões, injetáveis, tinturas e
extratos.
• Gasosas: aerossóis e gases medicinais.
Formas Sólidas
Formas Sólidas
• Tabletes ou comprimidos:
➢ São formas farmacêuticas sólidas de forma variável, cilíndrica ou
discóide, obtidas por compressão de medicamentos mais o excipiente.
➢ são dissolvidos no estômago pelos sucos digestivos.
Formas Sólidas
• Pós:
➢ mistura de fármacos e ou substâncias químicas finamente divididas e na
forma seca.
➢ Os pós podem ser administrados sob a forma simples ou serem ponto de
partida para outras formas farmacêuticas como papéis e cápsulas
Formas Sólidas
• Cápsulas:
➢ São formas farmacêuticas sólidas as quais uma ou mais substâncias
medicinais
➢ são acondicionadas em um invólucro à base de gelatina. As cápsulas
gelatinosas podem ser duras ou moles.
➢ São administradas por via oral e possuem as propriedades de desintegrarem e
se dissolverem no tubo digestivo
Formas Sólidas
• Drágeas:
– São formas farmacêuticas obtidas pelo revestimento de comprimidos.
– Para este fim se utiliza diversas substâncias, como: queratina, ácido 
esteárico, gelatina endurecida com formaldeído.
Formas Sólidas
• Pílulas:
➢ São formas farmacêuticas pequenas que apresentam forma esférica,
com consistênciadura ou firme e que é passiva de ser deglutida
inteiramente.
Formas Sólidas
• Supositórios:
➢ São preparações farmacêuticas sólidas à base de substância fundível
pelo calor (37ºC) natural do corpo;
➢ destinado a ser introduzido no reto, gerando amolecimento ou
dissolução do fármaco.
➢ O excipiente mais usado é a manteiga de cacau (lipossolúvel) junto
com a glicerina gelatinada (hidrossolúvel).
Formas Semissólidas
Formas Semissólidas
Pomada:
– Forma semi-sólida, a ser aplicada por fricção cutânea. Nela
podem estar dispersos fármacos sólidos ou líquidos.
Unguento:
– Preparação semi-sólida usada para aplicação externa em pele e
em mucosas.
Pasta:
– Forma semi-sólida de consistência macia, contendo 20% em pó.
Ex: óxido de zinco.
Gel:
– Forma coloidal, de pouca penetração na pele.
FORMAS LÍQUIDAS
FORMAS LÍQUIDAS
• Solução: Mistura homogênea de líquidos ou de líquidos e sólidos.
FORMAS LÍQUIDAS
• Xarope: Solução que contém 2/3 de açúcar..
FORMAS LÍQUIDAS
• Suspensão: Mistura não homogênea de uma substância sólida e um
líquido, ficando a parte sólida suspensa no líquido.
FORMAS LÍQUIDAS
• Emulsão: Preparação feita com dois líquidos imiscíveis, óleo e água. Uso 
oral ou parenteral.
FORMAS LÍQUIDAS
• Enema: Preparação líquida para uso retal.
FORMAS LÍQUIDAS
• Injetáveis: forma farmacêutica líquida administrada invasivamente
(Subcutânea, intramuscular, intravenosa e etc) podendo ser constituída por
soluções, emulsões ou suspensões.
FORMAS GASOSAS
FORMAS GASOSAS
• Aerossóis: Formas farmacêuticas pressurizadas, contendo uma ou mais
substâncias ativas, aspergidas de seu recipiente como uma névoa
constituídas por líquidos ou sólidos.
FORMAS GASOSAS
• Gases Medicinais: São substâncias gasosas que, geralmente
pressurizadas, utilizadas com fins terapêuticos.
Finalizando...
A presença de adjuvantes nas diferentes formas
farmacêuticas que veiculam as substâncias ativas,
podem interferir na dissolução da mesma
consequentemente em sua absorção.
DÚVIDAS?

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