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Iury Magalhães Linfomas ● Não metastáticos ● Proliferações clonais que resultantes da transformação neoplásica(1) de uma célula linfóide em um ponto específico(2) de seu processo de ativação (1) Ocorrem lesões em genes relacionados à síntese de proteínas envolvidas na regulação do ciclo celular, por: a. Desregulação do ciclo celular b. Vantagem proliferativa (2) Diversos tipos de linfomas com características moleculares, citogenéticas, imunológicas, morfológicas e clínicas distintas ● Fatores de risco: o Imunossupressão ou Imunodepressão o Agentes infecciosos - Epstein Barr Vírus (EBV), HCV, HIV, HHV-8, HTLV I e II, Helicobacter Pylori o História familiar de linfoma ▪ Cluster familiar: parentes de primeiro grau possuem maiores probabilidades de desenvolver LH, mesmo não se conhecendo nenhum gene responsável o Doenças de tecido conjuntivo o Radiação ionizante ● Órgãos linfóides primários: Timo e Medula óssea ● Órgãos linfóides secundários: Gânglios (linfonodos); Mucosa e Baço o Ontogenia dos linfócitos: Maturação + Ativação ● Linfonodomegalia e/ou Esplenomegalia o Primeira manifestação clínica Linfoma de Hodgkin ● Thomas Hodgkin (1798-1866) ● Carl Stenberg (1898) o Levou a acreditar que a Doença de Hodgkin era um processo inflamatório que era possivelmente causado pelo M. tuberculosis ● Dorothy Reed – primeira mulher a entrar na Johns Hopkins Medical School o Célula de Reed-Stenberg (RS) ▪ Nucléolo bem evidente ▪ Linfócitos de caráter inflamatório ▪ “Olho de Coruja” ● Acometimento de áreas modais contíguas. ● “Neoplasia de origem caracterizada por proliferação de células neoplásicas de morfologia variável, denominadas RS, imersas em substrato celular característico, de aspecto inflamatório.” o Origem da célula: centro germinativo ● Predomínio linfocitário nodular (Popcorn cell) o Completa substituição do linfonodo pela neoplasia ● Forma clássica o Rica em linfócitos o Celularidade mista (célula RS clássica) ▪ Infiltrado inflamatório caracteristicamente polimorfo, com linfócitos, eosinófilos, histiócitos, plasmócitos e fibroblastos o Esclerose nodular (célula lacunar) ▪ Presença de nodularidade, bandas de colágeno e RS do tipo lacunar ▪ Faixas de fibrose – TIPO I ▪ Predomínio de macro células neoplásicas – TIPO II (pior prognóstico) o Depleção em linfócitos ▪ Não possui infiltrado característico, poucos linfócitos ▪ Fibrose difusa – RS envolve células, presença de fibrose fina ▪ Forma reticular – RS pleomórficas ● Epidemiologia o Curva de incidência bimodal (países desenvolvidos) ▪ Primeiro pico em torno dos 20 anos ▪ Segundo pico a partir de 50-55 anos o Brasil - INCA, 3.530 novos casos/ano ▪ Predomina em homens → Exceção do subtipo EN Iury Magalhães o Incidência ▪ LH – antes dos 3 anos ▪ CM – distribuição bimodal; mais casos devido infecções ▪ EN – pico entre os 15-35 anos; mais comum em mulheres; mais comum ▪ PL (papulose linfomatóide) – 4 a 5 década, mais comum em homens ● Etiopatogenia o Anomalia clonal de um linfócito B o Associado ou não com um antígeno – leva a mutação o Se o EBV participa, a célula sobrevive e dá origem a doença o EBV ▪ Co-fator ▪ Monoclonal ▪ História de mononucleose infecciosa (risco aumenta em 3x) ▪ HIV- risco aumentado (risco aumenta de 6-20x) ▪ CM e DL ▪ Proteína latente de membrana (LPM-1) – propriedade ontogênica (ativa as vias NF-kappa B e JAK/STAT, supra-regula genes antiapoptóticos - atividade transformadora sobre as células B, e sua expressão parece conferir vantagem proliferativa às células infectadas) ● Imuno histoquímica o CD30 – 100% dos casos o CD15 – 75-85% dos casos o PAX5 – 95% dos casos - linfócitos B e células Reed-Sternberg o CD20 – 30-40% dos casos- minoria das células e fraca; quando marca é um pior prognóstico o Outros: ▪ MUM1 geralmente positivo ▪ CD79a raramente positivo ▪ CD138 negativo ▪ EBV (LMP1) +/- ▪ Fatores de transcrição BOB1 e OCT2 negativos ▪ EMA raros casos e fraco Iury Magalhães ● Quadro clínico o Adenomegalia (75% cervicais; 25% axilares ou inguinais) ▪ Em geral: massa indolor, expansiva, de descoberta ocasional, móvel, de consistência elástica, não associada à inflamação ▪ Pode haver múltiplas áreas afetadas ▪ Cadeias ganglionares profundas → Supra Diafragmáticas: Mediastino → Infra Diafragmáticas: Para-aórticos ▪ Envolvimento visceral: Pulmão (15%); Fígado (10%); Medula óssea (10%) ▪ Esplenomegalia – mal preditor clínico! – presente em 30% dos casos ▪ Sintomas locais, como dor ou prurido por ingestão alcoólica são muito incomuns o Acometimento de gânglios periféricos e massa de mediastino – EN o Envolvimento abdominal e baço – CM o PL geralmente não apresentam sintomas B o Sintomas B (sistêmico; 1/3 dos casos) ▪ Perda de peso (>10% do peso corpóreo em 6 meses) ▪ Sudorese noturna ▪ Febre (em 30% dos casos): vespertina, não muito alta e na qual o paciente se acostuma o Prurido (1/8 dos casos; raro) o Fadiga, anorexia o Sintomas respiratórios ▪ Tosse, dispnéia, dor torácica, rouquidão, estridor (envolvimento mediastinal, que pode ser assintomático) o Síndrome de Veia Cava Superior ▪ Compressão vascular por massa mediastinal, com vasodilatação cervical, pletora facial e cianose, edema de membros superiores, cefaleia... o Síndrome anêmica (Anemia de Doença Crônica) o Dor óssea (rara), Compressão medular por comprometimento em coluna, predominantemente torácica (requer pronta intervenção) o Anormalidades imunológicas o Complicações infecciosas ▪ O Linfoma de Hodgkin cursa com imunossupressão relacionada à doença ▪ Herpes zoster: infecção viral mais comum ▪ Criptococose ▪ Pneumocystis carinii (entre ciclos de Qt) ▪ Toxoplasmose ▪ Infecções pneumocócicas ● Causas o Relacionadas primariamente a resposta imune: ▪ Infecções piogênicas com sítio de drenagem no linfonodo acometido ▪ Infecções indolentes: → Salmonelose septicêmica e Endocardite bacteriana ▪ Infecções virais: → Mononucleose, sarampo, hepatites infecciosas, SIDA, Dengue, CMV, Rubéola, Herpes ▪ Miscelâneas: → Sífilis primária e secundária, Criptococose, Toxoplasmose o Relacionadas primariamente a infecção do linfonodo: ▪ Infecções granulomatosas: → Tuberculose, Histoplasmose ▪ Infecções piogênicas → Peste bubônica, infecção do linfonodo por estafilococos o Neoplásicas: ▪ Linfoma não Hodgkin ▪ Leucemias linfóides e Leucemias mielóides (rara) ▪ Carcinoma metastático: → As neoplasias frequentemente causam linfonodomegalias Iury Magalhães → Drenagem linfática do processo tumoral - Pode ser a única pista do processo tumoral o Outras causas (raras) ▪ Doenças auto-imunes: → Lúpus Eritematoso Sistêmico, Artrite Reumatóide, Sjögren, Tireoidite de Hashimoto ▪ Doença de Kawasaki, Doença de Castleman ● Exames laboratoriais o Hemograma: ▪ Anemia de Doença Crônica, leve (pode ser grave em doenças avançadas) ▪ Leucocitose com neutrofilia, eosinofilia, linfopenia ▪ Trombocitose o VHS; LDH; Sorologias (EBV, CMV, TOXO, HEPATITES B e C, HIV, SÍFILIS...) ● Exames radiológicos o Raios-X de tórax o USG da região com adenomegalia ▪ Analisar, pois pode sugerir natureza benigna ● Diagnóstico definitivo o Biópsia com estudo anatomopatológico e imunohistoquímico ● Estadiamento o Objetivos: ▪ Auxilia na seleção da abordagem terapêutica mais adequada ▪ Possui valor prognóstico ▪ Assegura a identificação de todas as áreas acometidas ▪ Permite a comparação dos resultados entre diferentes instituições ou tratamentos o Considerações especiais ▪ TC é o procedimento radiológico padrão → Massa ganglionar mediastinal em paciente com LH: ▪ TC com emissão de pósitrons (flúor-18) – PET/CT – fornece informação funcional (áreas acometidas, mas ainda sem aumento tecidual podem estar presentes) e anatômica ▪ PET-CT ao final do tratamento – massas residuais com fibrose e sem doença em atividade ▪ Biópsia de medula óssea – se PET-CT disponível, desnecessária → Realizar se houver sintomas B e não houver PET-CT Iury Magalhães o Sistema de estadiamento de Cotswolds ▪ I - Envolvimento de umaúnica região ou estrutura linfóide (baço, timo, anel de Waldeyer), ou envolvimento de uma única área não linfóide (IE). EX: Gânglios cervicais à direita ▪ II - Envolvimento de duas ou mais regiões do mesmo lado do diafragma (cada hilo pulmonar é considerado uma área), com ou sem envolvimento localizado de uma área ou órgão não linfóide (IIE). EX: Gânglios no pescoço e no tórax ▪ III - Envolvimento de duas ou mais regiões em ambos os lados do diafragma, com ou sem envolvimento localizado de uma área ou órgão não linfóide (IIIE), do baço (IIIS) ou de ambos (IIISE). EX: Gânglios no pescoço e no retroperitôneo → III1 - Com ou sem envolvimento de gânglios esplênicos, hilares, celíacos e portais → III2 - Com envolvimento de gânglios para-aórticos, ilíacos e mesentéricos ▪ IV - Envolvimento difuso ou disseminado de um ou mais órgãos ou tecidos não linfóides (inclui medula óssea), com ou sem envolvimento ganglionar associado. EX: Gânglios no mediastino e infiltração da medula óssea o Designações aplicáveis a qualquer estágio ▪ A - Ausência de sintomas ▪ B - Presença de febre (> 38oC), sudorese noturna profusa ou perda de mais de 10% do peso corporal nos seis meses precedentes ▪ X – (massa > 10 cm ou >1/3 do tórax) Grande massa (definida como alargamento do mediastino superior a um terço da largura maior do tórax, ou qualquer massa com dimensão máxima maior do que 10 cm) - BULKY ▪ E – (Extranodal) Envolvimento de uma única área extra linfóide contígua ou próxima a uma área ganglionar envolvida ▪ S – (acometimento esplênico) ● Prognóstico o Estadiamento tem valor prognóstico o Doença localizada (estádios I e II) ▪ Sintomas B; VHS elevado; Número de áreas linfonodais acometidas; Idade (> 50 anos); Grande massa mediastinal ▪ Favorável ou Desfavorável o Doença avançada (estádios III e IV) ▪ Sexo Masculino; Idade (> 45 anos); Estádio IV; Albumina sérica baixa (< 4g/dl); Hb baixo (< 10,5 g/dl); Leucócitos altos (> 15.000/mm3); Linfócitos baixos (< 600/mm3) ● Tratamento o LH é muito sensível à radiação ionizante e a diversas drogas citostáticas o Quimioterapia combinada ou não a radioterapia de acordo com o estádio e fatores de risco ▪ Elevado potencial curativo (cerca de 80% dos pacientes) ▪ Tratamento é tóxico e possui complicações tardias Iury Magalhães → Deve-se acompanhar, pois devido ao tratamento, poderá ocasionar outros problemas como remissão de tumores, doenças cardiovasculares e/ou pulmonares o Desafio: identificar os fatores preditores de resposta e garantir melhores respostas com menor toxicidade - incluir pacientes em categorias de risco para orientar tratamento o Radioterapia (Rt) ▪ Radioterapia deve englobar todas as áreas clinicamente envolvidas e todas as regiões ganglionares e extraganglionares em risco ▪ Para evitar toxicidade excessiva, esses campos são tratados sequencialmente, e a dose total é fracionada ▪ Tem efeito adicional à quimioterapia, sendo utilizado em associação, como terapia de consolidação ou como terapia isolada em casos específicos ▪ Campos de tratamento: o Quimioterapia (Qt) ▪ Princípios essenciais: → Utilização simultânea de diversas drogas com diferentes mecanismos de ação → Seleção de drogas sem superposição de efeitos tóxicos → Tratamento em ciclos – períodos de repouso com períodos de tratamento (prevendo a recuperação dos tecidos normais) → Padronização de uma escala de doses em função da toxicidade ▪ MOPP (Mecloretamina; Vincristina; Procarbazina; Prednisona) ▪ ABVD (Adriamicina; Bleomicina; Vinblastina; Dacarbazina) → Esquema inicial padrão ▪ MOPP/ABVD ▪ BEACOPP (Bleomicina; Etoposide; Adriamicina; Ciclofosfamida; Vincristina; Procarbazina; Prednisona) → Esquema mais agressivo – com possível benefício em estádios avançados ▪ Doença Localizada Favorável → 2 ciclos de ABVD + Rt 20Gy OU 4 ciclos de ABVD SEM Rt ▪ Doença Localizada Desfavorável → 4 ciclos de ABVD + Rt 30Gy OU 2 ciclos de BEACOPP + 2 ciclos de ABVD SEM Rt ▪ Doença Avançada → 6 ciclos de ABVD + Rt em áreas “BULKY” (> 10cm) → 4 ciclos de BEACOPP intensificado seguidos de 4 ciclos padrão ▪ Doenças recidivas são tratadas com protocolos de segunda linha e submetidas a transplante autólogo de medula óssea, se aptos ● Complicações o Precoces ▪ Toxicidade à medula óssea, Infecções, neuropatia, e toxicidade miocárdica à Adriamicina o Tardias – elevada morbidade ▪ Hipotireoidismo – área irradiada ▪ Infertilidade Iury Magalhães ▪ Aumento do risco de doença coronariana (Rt) ▪ Aumento do risco de neoplasias em áreas irradiadas: tireóide, mama, pele, tumores de cabeça e pescoço ▪ Aumento do risco de leucemias agudas e síndromes mielodisplásicas Linfoma não Hodgkin ● Linfomas = tumores clonais de células B e T/NK maturas ou imaturas em vários estágios de diferenciação ● Como classificar os linfomas? o WHO Classification of Tumours of Haematopoietic and Lymphoid Tissues o Alguns tipos: ▪ Linfoma T Periférico; Linfoma de Burkitt; Linfoma de grandes células; Linfoma folicular; LCC... ● Diferenciação da célula B o Se a célula B, assim que sair da medula, encontrar um antígeno Ag no linfonodo, ele já irá sofrer diferenciação e se tornará em um plasmócito de vida curta o Se houver uma mutação durante a maturação (presença de blasto) da célula B irá ocasionar um(a) Linfoma/Leucemia Linfoblástica o Se a célula B naive adentrar ao tecido linfóide para maturação, ela se tornará em um centroblasto (célula grande) e depois em um centrócito (célula pequena) e, a partir daí, se diferencia para se tornar em imunoblasto para virar um plasmócito ou se tornar uma célula B de memória ▪ Se houver mutação durante o processo irá ocasionar em um Linfoma de células do manto ▪ Se houver mutação no processo de diferenciação de centroblasto para centrócito ocasionará em um Linfoma folicular ▪ Se houver mutação nos centroblastos ou nos imunoblastos irá ocasionar em um Linfoma de grandes células ▪ Se houver mutação nas células B de memória irá ocasionar em um Linfoma Linfocítico ou Leucemia Linfóide Crônica ▪ Se houver mutação nas células marginais irá ocasionar em um Linfoma MALT ▪ Se houver mutação nos plasmócitos irá ocasionar em um Mieloma múltiplo o Cada célula apresentará uma imuno histoquímica diferente, para diferenciá-las: ▪ TDT – molécula de transcrição de amadurecimento dos linfócitos – só está presente nos blastos (células imaturas) → Linfoma linfoblástico / Leucemia agudo ● Diferenciação da célula T o Linfoma linfoblástico (imaturas) o Linfoma de células T periféricas (maduras) Iury Magalhães o Linfoma T angioimunoblástico (dentro do folículo) o Cada célula apresentará uma imunohistoquímica diferente, para diferenciá-las: ● Linfoma de Burkitt o Possui causa desconhecida, mas já se revelaram algumas mutações e a participação do EBV (apresenta período de latência do tipo I e se encontra no núcleo celular dos genes EBER-1, EBER-2, EBNA-1) ▪ Translocação do oncogene MYC → 75%: t(8;14)(q24;q32) Variantes: t(8;22), t(2;8) → Fator de transcrição → Promove proliferação celular (ativador) e apoptose o Epidemiologia ▪ Endêmica: África ▪ Cinturão da malária ▪ Crianças de 4 a 7 anos ▪ 30 a 50% dos linfomas pediátricos ▪ Acomete crianças e adultos jovens ▪ Mais prevalente em homens (2-3:1) ▪ Brasil: 235 casos em todo o país o Há alterações mandibulares e podem acometer outros sítios como ovário, mama, rim, ceco o Participação de vários agentes infecciosos associados ▪ Plasmodium faciparum + EBV + arbovírus o Forma esporádica: ▪ Associada à imunodeficiência, principalmente do HIV + definidora de doença (olhar agentes associados) ▪ LTCD4 – 30 a 40% dos linfomas ▪ EBV – 25 a 40% ▪ Mais atípicos que a forma endêmica ▪ Incidência caiu com a utilização de medicamentos antirretrovirais o Rápido turn-over ▪ Restos celulares mais macrófagos ao redor fagocitando os restos das células tumorais mortas ▪ Aspecto de “Céu estrelado” o Imuno histoquímica ▪ CD20, CD19, CD22 e CD79a + ▪ IgM membrana com restrição de cadeia leve ▪ CD 10, Bcl-6, CD38 + ▪ Negativo CD5,CD23, ciclina D1 TdT ▪ Bcl-2 geralmente negativo ou fracamente positivo ▪ CD 21 + LB endemic ▪ HIS EBER 30% o Prognóstico ▪ Muito agressiva com alta proliferação ▪ Tem que se realizar profilaxias do SNC, pois acomete, também, as meninges ▪ Alto índice de cura ● Linfoma linfoblástico (LL) o Leucemia linfoblástica aguda (LLA) o Neoplasia precursora de células T e B o Quando há ≥ 25% de blastos no sangue ou na medula óssea Iury Magalhães o Epidemiologia ▪ 1/3 dos linfomas não Hodgkin pediátricos ▪ Geralmente há massa em mediastino ▪ Mais prevalente em homens ▪ Fatores etiológicos desconhecidos o Clínica ▪ Geralmente apresentam com grande acúmulo de células tumorais (sangue periférico, organomegalia, adenomegalias) ▪ Anemia, trombocitopenia, dor óssea ▪ Grandes massas mediastinais o Células atípicas de tamanho intermediário o Podem aparecer macrófagos o Imuno histoquímica ▪ TDT, CD34, HLA-DR, CD3, CD7, CD1a, CD99 CD4 e CD8 ▪ Achados genéticos e moleculares: aproximadamente 60% superexpressam TAL1 o Prognóstico ▪ Recaída precoce e recaída no SNC ▪ Doença residual mínima, após terapia ▪ T-LLA pior em crianças do que B-LLA ▪ T-LLA melhor em adultos do que B-LLA ▪ Idosos, estágios avançados, altos níveis de LDH ● Linfoma B difuso de grandes células o Mais comum (Linfoma de grandes células) ▪ Existem 15 tipos o Epidemiologia ▪ 25 a 30% dos LNH ▪ Geralmente da sétima década de vida ▪ Mais prevalente em homens (1,2:1) ▪ Não há diferença de grupos étnicos e raciais o Etiologia ▪ Maioria sem fator de risco ▪ Geralmente origina de novo (nunca teve relação prévia) ▪ Podem advir de vários linfomas: → Progressão LLC, linfoma folicular, linfoma da zona marginal, linfoma de Hodgkin predomínio linfocitário nodular, linfoma linfoplasmocítico ▪ Minoria relacionada à imunodeficiência congênita ou adquirida (associação com o EBV) o Clínica ▪ Linfonodo ou massa extranodal de rápido crescimento → Localizada ou generalizada – às vezes doloroso ▪ Extranodal 30-40% - gastrointestinal mais comum ▪ Outros sítios: anel de Waldeyer, osso, testículos, baço, glândulas salivares, tireóide, rim, fígado e supra-renal ▪ Estágios precoces: 1/3 com sintomas B o Variantes morfológicas ▪ Centroblastos Iury Magalhães → Agressivo → Alta taxa mitótica → Cromatina frouxa → Infiltração em músculos esqueléticos ▪ Imunoblastos → Agressivo → Aspecto difuso → Nucléolo proeminente → Presença de mitoses e apoptoses ▪ Anaplásico (quando ela é gigante e não se encaixa em nenhuma das duas) o Difícil diagnóstico devido morfologia extremamente variante (envolve mais que as 3 ditas anteriormente) o Imuno histoquímica ▪ CD20, CD79a, CD22, Pax 5 ▪ Outros marcadores: → CD 30; BCL-2; Ki-67; CD43; CD5; CD10; BCL-6 ▪ Mesmo com a imuno histoquímica deve-se realizar biologia molecular para se dar um diagnóstico correto o Prognóstico ▪ Definir fatores prognósticos é de grande importância, pois se pode tentar predizer a evolução do paciente, traçar o tipo de tratamento a ser utilizado e diminuir o risco de efeitos colaterais ▪ Fatores prognósticos clínicos, morfológicos, imuno histoquímicos e genéticos ▪ Infiltração da medula óssea → Infiltração concordante ↳ Prognóstico ruim – aumenta a gravidade em 10% em cinco anos → Infiltração discordante ↳ Não influencia tanto o prognóstico
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