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UFF – Universidade Federal Fluminense. TET - Departamento de Engenharia de Telecomunicações. Laboratório de Eletrônica V. Amplificadores Operacionais. Dado o circuito de amplificador operacional acima, na configuração inversora, considere R1 = 1 kΩ, R2 = 10 kΩ, Vcc+ = 12 V, Vcc- = -12 V e vin uma tensão senoidal de amplitude 1 V pico a pico e frequencia de 1 kHz. Use o “universal opamp2” do LTSpice. Pede-se: a) Simule o circuito e verifique qual o ganho de tensão do circuito, usando a opção “transiente”. b) Use a opção “análise AC” e verifique a resposta em frequencia do circuito. Qual sua frequencia de corte? Qual a frequencia de ganho unitário? Qual o ganho dc? Qual o produto ganho-bandapassante, utilizando os valores de ganho dc e bandapassante medidos acima e qual o valor medido? Por qual motivo o ganho do sistema não é constante? c) Aumente a frequencia do sinal de entrada para uma maior que a frequencia de corte. O que acontece com o sinal de saída e como você justifica? Calcule o ganho esperado na teoria para esta frequencia e compare com o encontrado na pratica. d) Aumente a frequencia do sinal de entrada para 10 kHz, 100 kHz, 300 kHz e 500 kHz. O que você pode observar? Explique os resultados obtidos. e) Com base nos resultados obtidos no item anterior, calcule o slew rate, aproximadamente. Calcule a máxima frequencia possível do sinal de entrada para que não haja distorção (largura de banda de potencia). Coloque na entrada um sinal com esta frequência, verifique o resultado e compare com os resultados do item (d). Universidade Federal Fluminense – UFF Escola de Engenharia – TCE Curso de Engenharia de Telecomunicações – TGT Eletrônica Analógica II (TET-00.291) Simulação I Data limite: 06/10/2020 Aluno: Lucas Baptista de Moraes Professor: Jacqueline Silva Pereira Niterói – RJ Outubro / 2020 1. Dado o circuito de amplificador operacional, na configuração inversora, considera R1 = 1 kΩ, R2 = 10 kΩ, Vcc+ = 12 V , Vcc− = −12 V e Vin uma tensão senoidal de amplitude 2 V pico a pico e frequência 1 kHz. Use o “universal opamp2”do LTSpice. Pede-se: Figura 1: Circuito de Amplificador Operacional desenvolvido no MultisimLive. Neste relatório foi utilizado o ambiente de simulação MultisimLive, as confi- gurações do Amplificador Operacional são as seguintes mostradas na Figura 2. Figura 2: Configurações do Amplificador Operacional. 1 (a) Simule o circuito e verifique qual o ganho de tensão do circuito, usando a opção “transiente”. Desenvolvimento: Temos que Vin = 2 V pico a pico, portanto, podemos observar (Figura 3) com o aux́ılio do cursor 1 e 2, o valor de Vop máximo e mı́nimo aproximadamente, o ganho de tensão será: Vop Vinp ≈ 10 1 ≈ 10. Figura 3: Ganho de Tensão - Análise Transiente. 2 (b) Use a opção “análise AC” e verifique a resposta em frequência do circuito. Qual sua frequência de corte? Qual a frequência de ganho unitário? Qual o ganho DC? Qual o produto ganho-bandapassante, utilizando os valores de ganho DC e bandapassante medidos acima e qual o valor medido? Por qual motivo o ganho do sistema não é constante? Desenvolvimento: Na Figura 4 podemos observar a resposta em frequência do circuito. Olhando este gráfico, podemos afirmar que o Ganho DC (A0) é igual à 20 dB, realizando a conversão teremos que A0 dB = 20×log(A0), então A0 = 10. Figura 4: Análise AC. Sabemos que a frequência de corte ocorre no ponto onde A0 − 3 dB = 20 dB − 3 dB = 17 dB. E que a frequência de ganho unitário ocorre quando a curva corta o eixo da frequência. Portanto, foram inseridos dois cursores C1 e C2, em aproximadamente 17 dB e 0 dB, para termos um valor dessas frequências. Como podemos ver na parte inferior da Figura 5, fc ≈ 905, 66 kHz e fT ≈ 8, 99 MHz. Figura 5: Frequência de Corte e Frequência de Ganho Unitário. O produto ganho-bandapassante é dado por: fT = A0× fc = 9, 05 MHz. Que é muito semelhante ao valor medido de fT = 8, 99 MHz. 3 O ganho do sistema não é constante porque as capacitâncias internas do amplificador operacional degradam o funcionamento em altas frequências. Fun- cionando como um filtro passa-baixa de primeira ordem. (c) Aumente a frequência do sinal de entrada para uma maior que a frequência de corte. O que acontece com o sinal de sáıda e como você justifica? Calcule o ganho esperado na teoria para esta frequência e compare com o encontrado na prática. Desenvolvimento: Quando um sinal de entrada possui uma taxa de variação mais rápida que a do Amplificador Operacional, a sáıda do circuito será distor- cida. Utilizando uma frequência de entrada de 1 MHz (maior que a frequência de corte obtida no item anterior), podemos observar (Figura 6) uma grande distorção nos resultados comparados com a frequência de 1 kHz. Com aux́ılio da Figura 7 podemos ver o mesmo gráfico que a Figura 6, porém ampliado para obtermos a tensão máxima e mı́nima de sáıda, com o aux́ılio do cursor 1 e 2, nessa frequência. Figura 6: Análise Transiente - fin > fc. Figura 7: Análise Transiente Ampliado - fin > fc. Teoricamente, teŕıamos de ganho esperado para essa frequência: Avo(s) = A0 1 + s fc → Avo(1 MHz) = 10 1 + 1 MHz 905,66 kHz ≈ 4, 76. 4 Na prática, temos que Vop = 2,29−(−2,32) 2 = 2, 3 V , portanto: Avo = 2, 3 1 = 2, 3. (d) Aumente a frequência do sinal de entrada para 10 kHz, 100 kHz, 300 kHz e 500 kHz. O que você pode observar? Explique os resultados obtidos. Desenvolvimento: Como citado anteriormente, quando um sinal de entrada possui uma taxa de variação maior que a do Amplificador Operacional, o sinal de sáıda começa a sofrer essas alterações, causando distorções. Na Figuras 8 e 9, vemos que ainda não ocorre uma distorção propriamente dita com uma frequência dez vezes maior que a da primeira análise, pois a diferença entre essa Análise de Transiente e a da Figura 3 é quase que impercept́ıvel. Quando avançamos para os próximos gráficos vemos que a distorção é muito grande, ou seja, a taxa de variação do sinal de entrada é muito maior que a do Amplificador Operacional, causando uma grande distorção no sinal de sáıda. No gráfico da Figura 10 obtemos uma sáıda de Vop ≈ 7, 5 V e no gráfico da Figura 11 obtemos uma sáıda de Vop ≈ 4, 55 V . Figura 8: Análise Transiente - fin = 10 kHz. Figura 9: Análise Transiente - fin = 100 kHz. 5 Figura 10: Análise Transiente - fin = 300 kHz. Figura 11: Análise Transiente - fin = 500 kHz. (e) Com base nos resultados obtidos no item anterior, calcule o slew rate, apro- ximadamente. Calcule a máxima frequência posśıvel do sinal de entrada para que não haja distorção (largura de banda de potência). Coloque na entrada um sinal com esta frequência, verifique o resultado e compare com os resultados do item (d). Desenvolvimento: Para calcular o Slew Rate (SR), iremos utilizar os valo- res de tensão e frequência obtidos através da Análise Transiente, onde fin = 500 kHz, e podemos visualizar na Figura 12 os valores da reta para realização deste cálculo. Figura 12: Análise Transiente Ampliada - fin = 500 kHz. 6 Temos que: SR = 3, 98− (−1, 71) 9, 75µ− 9, 18µ ≈ 9, 98 MV/s Tendo obtido o valor de SR, podemos calcular a frequência máxima do sinal de entrada para que não haja distorção: Vo = − R2 R1 × Vin (Configuração Inversora) dVo dt = R2 R1 × ω × Vinp × cosωt O SR é a máxima taxa de variação da sáıda, então: SR = R2 R1 × ω × V inp = R2 R1 2πfmáxVinp fmáx = SR 2πVinp × R1 R2 = 9, 98 M 2π × 1 k 10k ≈ 0, 159 M = 159 kHz. Figura 13: Análise Transiente - fmáx = 159 kHz. Podemos observar na Figura 13 que a tensão de pico de sáıda continua muito próxima de 10 V , como nas Figuras 8 e 9, não sofrendo efeitos de distorção linear. Caso essa frequência for aumentada, começaremos a ter uma resposta mais parecida com as Figuras 10 e 11, onde o efeito doSlew Rate já está bastante presente. 7