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Roteiro do Laboratório Morfofuncional 1 UCVI – Aula 01 – Anatomia e fisiologia do Pâncreas Objetivo da aula: Estudar as estruturas anatômicas que compõem o sistema pancreático, bem como entender seus mecanismos fisiológicos no corpo humano. ANATOMIA E FISIOLOGIA Descreva a anatomia do pâncreas (coloque imagens e faça uma descrição): Localização: O pâncreas é um órgão alongado (com aproximadamente 15 cm) que se localiza obliquamente na parede abdominal posterior, ao nível dos corpos vertebrais de L1 e L2. Pensando num contexto clínico, a sua posição oblíqua faz com que seja impossível de o visualizar, na totalidade, usando apenas uma secção transversal. O pâncreas está em contacto com várias estruturas, uma vez que atravessa as regiões abdominais epigástrica, do hipocôndrio esquerdo e uma pequena porção da região umbilical. RetroperitonealAbrange as regiões abdominais epigástrica, do hipocôndrio esquerdo e uma porção da umbilical. Roteiro do Laboratório Morfofuncional 2 Estrutura: A cabeça é a parte medial dilatada do pâncreas. Ela encontra-se em contato direto com as partes descendente e horizontal do duodeno, as quais formam um C em torno da cabeça do pâncreas. A apófise unciforme projeta-se inferiormente a partir da cabeça e estende-se posteriormente em direção à artéria mesentérica superior. Continuando lateralmente a partir da cabeça encontramos o colo, uma estrutura pequena, com cerca de 2cm, que liga a cabeça ao corpo do pâncreas. Posteriormente ao colo estão a artéria e a veia mesentéricas superiores e a origem da veia porta hepática - formada pela união das veias mesentérica superior e esplênica. A parte do pâncreas que se encontra lateralmente ao colo é o corpo, que consiste em duas superfícies (anterior e posterior) e dois bordos (superior e inferior). O aorta, a artéria mesentérica superior, os vasos renais esquerdos, o rim esquerdo e a glândula suprarrenal esquerda estão localizados posteriormente ao corpo do pâncreas. Finalmente, a cauda (intraperitoneal) é a última parte do pâncreas. Ela está intimamente relacionada com o hilo do baço e encontra-se no ligamento esplenorrenal, juntamente com os vasos esplênicos. https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/duodeno https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/aorta-pt https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/rins https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/baco Roteiro do Laboratório Morfofuncional 3 PÂNCREAS ENDÓCRINO Descreva como a ilhota de Langerhans se organiza e o que as células alfa, beta e delta secretam. A porção endócrina do pâncreas é composta pelas ilhotas de Langerhans, que são agregados esféricos de células endócrinas, distribuídas aleatoriamente pela porção exócrina da glândula. Dessa forma, cada ilhota é circundada por ácinos serosos. Roteiro do Laboratório Morfofuncional 4 .........As ilhotas são ricamente vascularizados, envolvidas por fibras reticulares, desprovidas de canais secretores e, por isso, lançam seus hormônios (glucagon, insulina, somatostatina) para o meio extracelular, onde se difundem rapidamente para os vasos sanguíneos adjacentes. .........As células secretoras das ilhotas de Langerhans são organizadas em cordões celulares, que são palidamente corados pela técnica de hematoxilina e eosina. Cada aglomerado celular deste acha-se envolto por uma membrana basal, refletindo a origem epitelial do mesmo. A Células A (alfa) - estas células secretam glucagon e constituem 15-20% das células das ilhotas. Elas são maiores que as células B e se localizam, em sua maioria, na periferia da ilha. Seus grânulos são mais uniformes em tamanho, com um grande centro escuro cercado por um fino halo, quando comparado às células B. Os grânulos estão repletos de glucagon. B Células B (beta) - estas células secretam insulina e constituem cerca de 70% das células das ilhotas. Elas estão comumente localizadas na parte central da ilhota. As células B contêm vários grânulos secretórios que possuem um centro escuro com insulina cristalizada, circundado por um halo pálido largo. D Células D (delta) - estas células secretam somatostatina e constituem 5-10% das células das ilhotas. Elas estão localizadas difusamente em toda a ilha, mas são mais comuns na periferia. Células D contêm grânulos secretórios maiores quando comparadas às células A e B. A insulina é uma proteína pequena, tem um peso molecular de 5.8008, formada por duas cadeias de aminoácidos e exerce diferentes efeitos metabólicos no corpo. Sobre a insulina, descreva: Síntese da insulina: CÉLULAS BETA. A insulina é sintetizada no pâncreas como um precursor inativo de uma única cadeia pré-pró-insulina. Tal síntese é realizada com uma sequência de sinal aminoterminal, que dirige a Roteiro do Laboratório Morfofuncional 5 passagem da insulina para as vesículas secretoras. A remoção proteolítica da sequência de sinal, assim como a formação das três pontes dissulfeto, produzem a pró-insulina que, por sua vez, é estocada nos grânulos de secreção encontrados nas células pancreáticas do tipo B. A partir do momento em que a elevação da glicose sanguínea desencadeia a secreção da insulina, a pró-insulina é convertida em insulina ativa por proteases específicas, que clivam duas ligações peptídicas para formar a molécula de insulina madura. Roteiro do Laboratório Morfofuncional 6 Transporte da insulina na circulação: ❖Transportado de glicose: GLUT2 ❖Canal de K+ sensível ao ATP Roteiro do Laboratório Morfofuncional 7 ❖Canal de Cálcio dependente de voltagem ❖Liberação de insulina por exocitose Meia-vida do hormônio: Meia-vida 5 a 6 min. A partir da imagem abaixo, faça um esquema da ativação do receptor da insulina, ou seja, é um receptor de membrana? Quando a insulina se liga a ele o que acontece? A insulina regula tanto o metabolismo energético como a expressão gênica nas células alvo. Seu sinal se dá pela sua ligação ao receptor da insulina localizado na membrana plasmática , onde desencadeará uma resposta. O receptor da u g çã h ô u α ê qu j x u u u β u x j o-se para dentro do citosol. As cadeias a contêm o domínio da ligação da insulina, e os domínios intracelulares das cadeias ß contêm a atividade da proteína quinase, que transfere um grupo fosforila do ATP para o grupo hidroxila de resíduos do aminoácido tirosina (Tyr) em proteínas-alvo específicas. Roteiro do Laboratório Morfofuncional 8 A via da insulina é apenas uma instância de um tema mais geral no qual sinais hormonais, por meio de vias similares, resultam na fosforilação e, frequentemente, em uma outra proteína quinase, a qual então fosforila uma terceira proteína quinase, e assim por diante. O resultado é uma cascata de reações que amplifica o sinal inicial por muitas ordens de grandeza. O glucagon é um hormônio secretado pelas células alfa das ilhotas de Langherans quando a concentração da glicose cai, e tem diferentes funções que são opostas às da insulina. Sobre o glucagon, descreva: Síntese do glucagon: CÉLULAS ALFA. O glucagon é um hormônio produzido pelas células alfa das ilhotas de Langerhans que provoca um aumento da glicemia. O alvo primário desse hormônio é o fígado onde ele estimula a gliconeogênese (síntese de glicose) e o catabolismo do glicogênio (quebra do glicogênio, que é um polímero de moléculas de insulina). Transporte do glucagon na circulação:❖Aumento de cálcio intracelular – aumento de AMP-c, exocitose de glucagon. ❖Aumento de ATP, inibição de entrada de cálcio, não forma AMP-c, não é secretado glucagon. Meia-vida do hormônio: Meia-vida 4 a 6 min – dissolvido no plasma. Roteiro do Laboratório Morfofuncional 9 Faça um esquema da ativação do receptor do glucagon, ou seja, é um receptor de membrana? Quando o glucagon se liga a ele o que acontece? Roteiro do Laboratório Morfofuncional 10 PÂNCREAS EXÓCRINO O pâncreas é um órgão que contém ambos os tipos de epitélio secretor: endócrino (visto anteriormente) e exócrino. As secreções exócrinas incluem enzimas digestórias e uma solução aquosa de bicarbonato de sódio. Sobre o pâncreas exócrino, descreva: Roteiro do Laboratório Morfofuncional 11 Ácinos pancreáticos. As células dos ácinos pancreáticos produzem muitos tipos de proteínas diferentes que serão secretadas e, após serem conduzidas pelo sistema de dutos excretores, serão transportadas para o lúmen do intestino delgado. Muitas dessas proteínas são enzimas digestivas. Para realizar a função de síntese de proteínas, as células acinosas (ou acinares) do pâncreas são dotadas de abundante ergastoplasma (retículo endoplasmático granular). Esta organela se situa na região basal de cada célula acinar, correspondente ao local da célula próximo à lâmina basal. O ergastoplasma de algumas células aparece realçado em azul escuro quando se movimenta o mouse ou clica sobre a imagem. O ergastoplasma envolve parcialmente os núcleos das células acinosas . Estes núcleos são esféricos, situam- se também na região basal das células e alguns deles aparecem destacados em azul claro. Preste atenção: muitos desses núcleos contêm um nucléolo. A secreção das células é acumulada em grãos de secreção situados na região apical das células acinosas. Os grãos não são vistos individualmente, mas formam uma região que aparece destacada em cor bege claro em várias células. Ao contrário do ergastoplasma que é basófilo (azulado, após coloração por HE), a região que contém os grãos de secreção é acidófila (cora-se em rosa pela eosina). Roteiro do Laboratório Morfofuncional 12 Secreção enzimáticas (quais as enzimas e como ocorre a secreção). O pâncreas produz uma secreção complexa, contendo enzimas digestivas, como amilase, tripsina, quimotripsina e lipase. Estas enzimas passam pelo duto pancreático e são ativas no intestino delgado, em pH levemente alcalino. O ajuste do pH nesta região é feito através de secreção de bicarbonato pelo próprio pâncreas e pelo fígado. Dessa forma, o conteúdo ácido proveniente do estômago passa a apresentar um pH mais alto. A vesícula biliar armazena e secreta sais biliares produzidos pelo fígado, que são fatores emulsificantes fundamentais para a ação das enzimas lipolíticas sobre os lipídeos e a subsequente absorção dos produtos. Secreção de bicarbonato. As substâncias presentes na secreção pancreática são as maiores contribuintes para a digestão enzimática. As células acinais produzem os constituintes orgânicos da secreção, sendo considerada secreção primária que possui composição iônica comparável ao plasma. Os ductos diluem e alcalinizam o suco pancreático ao mesmo tempo em que reabsorvem íons cloreto. As enzimas produzidas pelo pâncreas são armazenadas na forma de precursores inativos. Há um mecanismo sensível ao pH luminal do intestino delgado que controla a secreção de íons bicarbonato pelos ductos biliares. Esse mecanismo se dá através de células S sensíveis ao pH que liberam secretina, que, ao nível celular, abre os canais CFTR Cl-, produzindo efluxo de Cl- na luz do ducto, aumentando a potência do cotransportador Cl-/HCO3-, o que aumenta a concentração de bicarbonato na secreção pancreática. A colecistocinina (CCK) é agonista das secreções acinares. A CCK é produto das células I, localizadas no epitélio do intestino delgado e são estimulados pela presença de lipídios e certos aminoácidos no conteúdo luminal. Podem ser estimulados por fatores liberadores secretados por outras células no lúmen intestinal. Além Roteiro do Laboratório Morfofuncional 13 de estimular a secreção acinar no pâncreas, a CCK também atua na regulação do esvaziamento gástrico (inibindo), na contração da vesícula biliar e no relaxamento do esfíncter da ampola hepatopancreática. REFERÊNCIAS GUYTON, Arthur C. M. D.; HALL, John E. Tratado de Fisiologia Médica. 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A, 2002. http://mol.icb.usp.br/index.php/3-15-tecido-epitelial-glandular/ https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/pancreas https://edisciplinas.usp.br/mod/book/view.php?id=2434156&chapterid=19970 http://petdocs.ufc.br/index_artigo_id_309_desc_Cl%C3%ADnica_pagina__subtopico_15_busca _ http://projetos.unioeste.br/projetos/microscopio/index.php?option=com_phocagallery&view=cat egory&id=64%3Asecrecao-endocrina-ilhotas-de- langerhans&Itemid=139&limitstart=20#:~:text=As%20c%C3%A9lulas%20secretoras%20das% 20ilhotas,a%20origem%20epitelial%20do%20mesmo https://numeb.furg.br/menu-3/2-uncategorised/41-diabetes- insulina#:~:text=A%20insulina%20%C3%A9%20sintetizada%20no,insulina%20para%20as%20 ves%C3%ADculas%20secretoras. http://mol.icb.usp.br/index.php/3-15-tecido-epitelial-glandular/ https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/pancreas https://edisciplinas.usp.br/mod/book/view.php?id=2434156&chapterid=19970 http://petdocs.ufc.br/index_artigo_id_309_desc_Cl%C3%ADnica_pagina__subtopico_15_busca_ http://petdocs.ufc.br/index_artigo_id_309_desc_Cl%C3%ADnica_pagina__subtopico_15_busca_ http://projetos.unioeste.br/projetos/microscopio/index.php?option=com_phocagallery&view=category&id=64%3Asecrecao-endocrina-ilhotas-de-langerhans&Itemid=139&limitstart=20#:~:text=As%20c%C3%A9lulas%20secretoras%20das%20ilhotas,a%20origem%20epitelial%20do%20mesmo http://projetos.unioeste.br/projetos/microscopio/index.php?option=com_phocagallery&view=category&id=64%3Asecrecao-endocrina-ilhotas-de-langerhans&Itemid=139&limitstart=20#:~:text=As%20c%C3%A9lulas%20secretoras%20das%20ilhotas,a%20origem%20epitelial%20do%20mesmo http://projetos.unioeste.br/projetos/microscopio/index.php?option=com_phocagallery&view=category&id=64%3Asecrecao-endocrina-ilhotas-de-langerhans&Itemid=139&limitstart=20#:~:text=As%20c%C3%A9lulas%20secretoras%20das%20ilhotas,a%20origem%20epitelial%20do%20mesmo http://projetos.unioeste.br/projetos/microscopio/index.php?option=com_phocagallery&view=category&id=64%3Asecrecao-endocrina-ilhotas-de-langerhans&Itemid=139&limitstart=20#:~:text=As%20c%C3%A9lulas%20secretoras%20das%20ilhotas,a%20origem%20epitelial%20do%20mesmo https://numeb.furg.br/menu-3/2-uncategorised/41-diabetes-insulina#:~:text=A%20insulina%20%C3%A9%20sintetizada%20no,insulina%20para%20as%20ves%C3%ADculas%20secretoras https://numeb.furg.br/menu-3/2-uncategorised/41-diabetes-insulina#:~:text=A%20insulina%20%C3%A9%20sintetizada%20no,insulina%20para%20as%20ves%C3%ADculas%20secretoras https://numeb.furg.br/menu-3/2-uncategorised/41-diabetes-insulina#:~:text=A%20insulina%20%C3%A9%20sintetizada%20no,insulina%20para%20as%20ves%C3%ADculas%20secretoras
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