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NOCOES DE ADM E LOGISTICA AULA 01


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Aula 01
Noções de Adm de Materiais e Logística p/ TJ-MA (Técnico Judiciário -
Administrativo) - Pós-Edital
Carlos Xavier
83093555051 - vanderson cunha
 
 
 
 
 
 
 
 
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Classificação de materiais. 
 
Sumário 
1. Palavras Iniciais. .......................................................................................................... 2 
2. Mapa da mina ............................................................................................................. 3 
3. Classificação de materiais – visão geral ....................................................................... 4 
3.1. Aprofundando: especificação de materiais .......................................................................... 10 
3.2. Aprofundando: Codificação de materiais ............................................................................. 11 
3.3. Aprofundando: normalização de materiais .......................................................................... 14 
3.4. Aprofundando: padronização de materiais .......................................................................... 15 
4. Critérios para a classificação de materiais ................................................................. 17 
4.1. Quanto à escolha (ou possibilidade) de fazer ou comprar ................................................... 17 
4.2. Quanto à dificuldade de aquisição ........................................................................................ 20 
4.3. Quanto ao mercado fornecedor ............................................................................................ 21 
4.4. contábil .................................................................................................................................. 21 
4.5. Quanto ao tipo de demanda ................................................................................................. 23 
4.6. Quanto à aplicação ............................................................................................................... 24 
4.7. Quanto à criticidade (importância operacional – XYZ) ......................................................... 26 
4.8. Quanto à perecibilidade ........................................................................................................ 30 
4.9. Quanto à periculosidade ....................................................................................................... 31 
4.10. Quanto ao valor: Curva de pareto e Classificação ABC ..................................................... 32 
5. Questões comentadas ............................................................................................... 37 
6. Lista de questões ...................................................................................................... 64 
7. Gabarito .................................................................................................................... 82 
8. Bibliografia Principal ................................................................................................. 83 
 
 
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1. PALAVRAS INICIAIS. 
Oi! 
Hoje vamos estudar a classificação de materiais e aprofundar alguns aspectos a ela associados e 
que costumam ser cobrados em prova. 
Abraço e bons estudos! 
Prof. Carlos Xavier 
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Observação importante: 
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2. MAPA DA MINA 
De acordo com levantamento feito por mim, veja os principais assuntos da aula de hoje que são 
cobrados em provas: 
 
 
 
Fonte: elaborado pelo autor 
 
 
Assim sendo, recomendo ênfase nas classificações XYZ e ABC. Não dá para errar questões sobre 
essas duas! 
Apesar disso, note que os vários outros tipos de classificação de materiais também caem de 
maneira difusa, por isso também precisam ser estudados. 
 
Abraço e bons estudos! 
 
Prof. Carlos Xavier 
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Instagram: @Professorcarlosxavier 
 
 
41%
41%
18%
Qual o tipo de Classificação de 
Materiais que mais cai em provas?
Classificação de
materiais - visão ampla
Classificação de
materiais - ABC
Classificação de
materiais - XYZ
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3. CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS – VISÃO GERAL 
Imagine que você é gerente de materiais de uma fábrica de aparelhos de celular/smartphones. São 
diferentes aparelhos sendo fabricados ao mesmo tempo, e isso já gera uma dificuldade 
considerável para organizar os produtos e encontrar o produto certo, do modelo, cor e 
configuração exatamente iguais aos que precisam ser enviados para o cliente. 
Além disso, você também precisa saber onde estão e à quantas andam o estoque de vidros planos, 
telas de LED, microprocessadores (dos mais diversos), etc. Precisa também administrar os papéis 
A4 e canetas necessárias para o funcionamento das atividades diárias do estoque. 
Pior: também é preciso gerenciar os pedidos de todos esses materiais, mas também os pedidos de 
comida que são feitos para que o restaurante da fábrica possa preparar a refeição dos 
trabalhadores... Como garantir que as peças de celular não vão parar na comida, e como fazer para 
que a comida não vá para a linha de produção? 
 
Só de imaginar essa 
situação eu já imagino 
uma caminhada difícil 
entre dois-arranha céus: 
Qualquer passo em falso 
e a situação pode 
desandar, causando 
grandes prejuízos para a 
organização! 
 
 
 
 
A pergunta que não quer calar: será que há uma solução para isso? 
Sim: a organização dos materiais! 
 
Na administração, a função organização é responsável por obter os recursos e colocá-los no local 
certo e na hora correta para que a organização possa dispor deles, ou seja, efetivamente utilizá-los 
da maneira mais apropriada. 
Para a adequada organização dos recursos materiais, é fundamental que eles sejam corretamente 
classificados – só assim os funcionários poderão encontrar o que precisam no local correto, 
armazenado da maneira correta, comprado e transportado corretamente, e utilizá-los da maneira 
correta. 
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É para isto que foi criada a classificação de materiais: para agrupá-los segundo sua forma, 
dimensão, peso, tipo, uso e outros critérios, de modo a melhorar a gestão de materiais e 
informações na organização. 
 
 
(DPU/Agente administrativo) Classificar materiais é um ato de agrupá-los segundo a forma, a 
dimensão, o peso e o tipo, respeitando sua natureza e eliminando-se qualquer confusão. 
Comentário: 
De fato, classificar materiais é o ato de agrupá-los segundo diferentes critérios, tais como 
forma, dimensão, peso, tipo e uso. 
GABARITO: Certo. 
 
Segundo Dias(2015, p.210-211): 
O objetivo da classificação de materiais é catalogar, simplificar, especificar, normalizar, padronizar e codificar 
todos os materiais componentes do estoque da empresa. A necessidade de um sistema de classificação é 
primordial para qualquer Departamento de Materiais, pois sua ausência impede o controle eficiente dos 
estoques, a criação de procedimentos de armazenagem adequados e a correta operacionalização do 
almoxarifado. 
 
Tais objetivos também aparecem na literatura como etapas ou princípios da classificação de 
materiais. Detalhadamente: 
• Especificar: também conhecido como “identificar”, consiste em uma descrição detalhada, 
em linguagem familiar a todos os envolvidos, de cada item de material e suas 
características, permitindo o melhor entendimento do que se está tratando quando se 
menciona um item de material específico. Por esta razão, permite facilidade em todos os 
processos de comunicação envolvendo um determinado item de material, tais como a 
negociação com fornecedores, transporte, identificação, inspeção, armazenagem, 
distribuição, etc. 
• Simplificar: trata-se, principalmente, da redução da diversidade de itens que servem para o 
mesmo objetivo. Por exemplo, em vez de ter cinco modelos diferentes de pratos no 
restaurante da fábrica, é possível simplificar e ter apenas um modelo. 
• Codificar: trata-se da criação de um sistema com atribuição de letras e números (ou, até 
mesmo símbolos) para um item de material, criando-se um código específico que, uma vez 
percebido, representa as características completas de um item de material, como num 
“código de barras numérico. Uma vez lido pelo caixa de um supermercado, sabe-se 
exatamente qual o item de material que está sendo adquirido. 
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• Normalizar (normatizar): trata-se da criação de normas sobre o material em si e seu uso. É 
fundamental para a padronização do material. O manuseio de alimentos no restaurante da 
fábrica, por exemplo, precisa de normas diferentes do manuseio de produtos metálicos na 
fábrica. Se forem utilizados com os mesmos cuidados e seguindo as mesmas normas, existe 
o risco de o material metálico se deteriorar ou de o alimento ser contaminado. 
• Padronizar: trata-se da criação de padrões uniformes para o uso dos materiais. Com a 
padronização, torna-se mais fácil a comunicação relativa ao material utilizado, assim como 
a troca de um material por outro. Papel A4 para o escritório, por exemplo, tem um tamanho 
padrão e uma unidade padrão de comercialização e estoque: resmas de 500 folhas. 
• Catalogar: é a criação de uma lista com os itens de material, um verdadeiro catálogo de 
itens. 
 
Uma mistura de coisas, não é? 
Para memorizar, pense numa mistura de comidas que aparentemente não foram adequadamente 
classificadas: 
 ESCNPC - Encontre Sal Com Nutella Para Comer =) 
 
Deve ser uma mistura esquisita, mas você certamente vai lembrar que essa mistura precisava ser 
evitada com uma melhor classificação do que é doce e do que é salgado! 
 
 
 
(EBSERH/Analista Administrativo) Para se iniciar o processo de classificação de materiais em 
estoque, é necessário realizar a catalogação, que consiste na descrição detalhada de toda a 
especificação do produto. 
Comentário: 
A catalogação já é um dos objetivos da classificação de materiais, consistindo na criação de 
uma lista com os itens de material. A descrição detalhada se refere à etapa da 
“especificação”. 
Relembremos os objetivos da classificação: Catalogar; Simplificar; Especificar; Normalizar 
(normatizar); Padronizar; Codificar. 
GABARITO: Errado. 
 
(Câmara de Salvador – BA/Analista Legislativo Municipal – Compras) Um sistema de 
classificação eficaz deve abordar as seguintes etapas: 
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 a) identificação – simplificação – codificação – normalização – padronização – catalogação; 
 b) catalogação – simplificação – especificação – normatização – aglutinação – codificação; 
 c) catalogação – complementação – identificação – normatização – padronização – 
codificação; 
 d) sintetização – simplificação – normatização – padronização – codificação – identificação; 
 e) catalogação – simplificação – flexibilização – normalização – padronização – codificação. 
Comentário: 
Os objetivos de um sistema de classificação que funciona passam por especificação, 
simplificação, codificação, normalização, padronização e catalogação. 
A banca não ofereceu nenhuma resposta que faze exatamente isso, por isso temos que 
procurar a mais próxima, que seria a letra A, já que é possível considerar a identificação 
como parte da especificação. 
GABARITO: A. 
 
 
 
 
 
Além de conhecer os objetivos da classificação, é fundamental que possamos compreender os 
atributos de um bom sistema de classificação de materiais, já que isso cai bastante em provas. 
Viana (2013) menciona a existência de três atributos de um bom sistema de classificação de 
materiais, especificamente: 
 
Abrangência 
A classificação deve ser abrangente, ou seja, diversas características dos materiais devem ser 
incluídas na classificação, de modo que esta seja abrangente o suficiente para representar o 
material em suas várias dimensões, incluindo elementos como aspectos físicos (forma, peso, etc.), 
financeiros (custo de aquisição, custo de manutenção, etc.), contábeis (depreciação esperada, 
etc.). 
 
Flexibilidade 
Diz respeito às interfaces entre os diferentes tipos de classificação possíveis, ou seja, é preciso 
saber que a classificação é flexível a depender dos critérios utilizados e todas elas precisam 
conviver em harmonia, permitindo o uso do sistema de classificação de maneira a, realmente, 
agregar valor para a organização. Além disso, a flexibilidade permite a contínua adaptação e 
melhoria do sistema de classificação para que a organização o utilize da melhor forma possível. 
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Praticidade 
O sistema de classificação utilizado deve ser prático, simples e direto, não exigindo procedimentos 
complexos ou gastos de tempo excessivo pelo gestor e pela organização. 
 
 
 
(CRMV-DF/Agente Administrativo) Abrangência, flexibilidade e praticidade são atributos para 
classificação de materiais. Os principais tipos de classificação são: por tipo de demanda; por 
materiais críticos; por perecibilidade; por periculosidade; por possibilidade de fazer ou 
comprar; por tipos de estocagem; por dificuldade de aquisição; e por mercado fornecedor. 
Comentário: 
Questão perfeita, que traz os três atributos centrais para um bom sistema de classificação 
(abrangência, flexibilidade e praticidade) e também os principais tipos de classificação, 
segundo Viana (2013). 
GABARITO: Certo. 
 
(Câmara de Salvador-BA/Analista Legislativo) A classificação de materiais é um procedimento 
necessário a fim de racionalizar o controle de materiais em estoque. Trata-se de um 
procedimento de aglutinação de materiais por características semelhantes. Classificar itens 
de materiais tem o objetivo de prover informação gerencial ao tomador de decisão, tornando 
possível elencar prioridades e estabelecer rotinas operacionais eficientes. 
Um dos atributos de um sistema de classificação de materiais é a Abrangência, que: 
a) deve demandar procedimentos complexos; 
b)refere-se à comunicação entre os tipos de classificação, bem como à possibilidadede 
adaptar e melhorar o sistema de classificação sempre que desejável; 
c)deve considerar aspectos físicos, financeiros e contábeis, apresentando diversas facetas de 
um item de material; 
d) deve ser simples e direta; 
e)permite interface entre diversos tipos de classificação, de modo a apresentar uma visão 
ampla da gestão de estoque. 
Comentário: 
Relembremos as três características centrais de um programa de classificação de materiais: 
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Abrangência: A classificação deve ser abrangente, ou seja, diversas características dos 
materiais devem ser incluídas na classificação, de modo que esta seja abrangente o suficiente 
para representar o material em suas várias dimensões, incluindo elementos como aspectos 
físicos (forma, peso, etc.), financeiros (custo de aquisição, custo de manutenção, etc.), 
contábeis (depreciação esperada, etc.). 
Flexibilidade: Diz respeito às interfaces entre os diferentes tipos de classificação possíveis, ou 
seja, é preciso saber que a classificação é flexível a depender dos critérios utilizados e todas 
elas precisam conviver em harmonia, permitindo o uso do sistema de classificação de 
maneira a realmente agregar valor para a organização. Além disso, a flexibilidade permite a 
contínua adaptação e melhoria do sistema de classificação para que a organização o utilize da 
melhor forma possível. 
Praticidade: O sistema de classificação utilizado deve ser prático, simples e direto, não 
exigindo procedimentos complexos ou gastos de tempo excessivo pelo gestor e pela 
organização. 
Não resta dúvida, dessa forma, que a resposta está na letra C. 
GABARITO: C. 
 
 
 
 
 
Pelo que vimos até agora, a situação de ter 
vários itens de material na organização não é 
tão grave assim. 
Possuindo um bom sistema de classificação de 
materiais, é possível um gerenciamento de 
itens de material bem feito, que permita ao 
gestor ficar tranquilo e garantir que um prego 
não vá parar no prato de almoço de ninguém, 
nem que um grão de feijão vá parar nos 
componentes eletrônicos de um celular, na sua 
fabricação! 
 
 
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Aprofundemos agora alguns dos diferentes objetivos/etapas/princípios da classificação de 
materiais, especialmente aqueles cuja cobrança em prova requer um maior aprofundamento. 
 
 
3.1. APROFUNDANDO: ESPECIFICAÇÃO DE MATERIAIS 
Como já vimos, o processo de especificar os materiais busca identificar o material por meio de 
uma descrição detalhada, em linguagem familiar a todos os envolvidos. 
O bom ressuprimento do material é dependente da correta especificação, que evita que os 
compradores da organização tenham que distribuir amostras dos produtos para fazer cotação com 
os fornecedores em potencial. Um subproduto da especificação é a catalogação dos materiais que 
a organização utiliza e a possibilidade de se padronizar os materiais. 
Para que tenha sucesso, o processo de especificação depende da existência de catálogo de nomes 
padronizados, do estabelecimento de padrões de descrição e da existência de um programa de 
normalização de materiais na organização. 
Viana (2013, p.74), buscando estabelecer definições para a especificação de materiais, afirma que: 
Talvez a mais sintética definição de especificação seja “descrição das características de um material, com a 
finalidade de identificá-lo e distingui-lo de seus similares”. No entanto, pode-se adotar definições mais 
complexas: 
a. “é a representação sucinta de um conjunto de requisitos a serem satisfeitos por um produto, um material 
ou um processo, indicando-se, sempre que for apropriado, o procedimento por meio do qual se possa 
determinar se os requisitos estabelecidos são atendidos”; 
Ou 
b. “é a definição dos requisitos globais, tanto gerais como mínimos, que devem obedecer aos materiais, 
tendo em vista a qualidade e a segurança deles”; 
Ou, ainda em conformidade com a Resolução n. 03/76, do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e 
Qualidade Industrial – Conmetro -, usando das atribuições que lhe confere a Lei n. 5.966, de 11-12-1973: 
c. “é o tipo de norma que se destina a fixar condições exigíveis para aceitação e/ou recebimento de matérias-
primas, produtos semiacabados, produtos acabados etc.”. 
 
Toda essa reflexão está de acordo com a definição que apresentamos acima: também conhecido 
como “identificar”, a especificação consiste em uma descrição detalhada, em linguagem familiar a 
todos os envolvidos, de cada item de material e suas características, permitindo o melhor 
entendimento do que se está tratando quando se menciona um item de material específico. Por 
esta razão, permite facilidade em todos os processos de comunicação envolvendo um 
determinado item de material, tais como a negociação com fornecedores, transporte, 
identificação, inspeção, armazenagem, distribuição, etc. 
A especificação será composta por um nome básico (ex.: caneta); um nome modificador (ex.: 
esferográfica); e características físicas (ex.: corpo em resina, formato do corpo, etc.). Poderá 
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conter ainda, como elementos auxiliares, unidade metrológica, medidas, características de 
fabricação, de operação, cuidados ao manuseio e armazenagem e embalagem. 
Assim, uma caneta “tipo BIC preta”, por exemplo, pode ser claramente especificada da seguinte 
forma: 
CANETA ESFEROGRAFICA, CORPO EM RESINA TERMOPLASTICA, FORMATO DO CORPO SEXTAVADO, MODELO 
DESCARTAVEL, CORPO TRANSLUCIDO COM RESPIRO, PONTA EM LATAO, COM ESFERA DE TUNGSTENIO, 
ESPESSURA DE 1,0MM, MEDIA, RENDIMENTO MINIMO DE ESCRITA DE: 1700 METROS, NA COR PRETA, COM 
TAMPA PROTETORA REMOVIVEL VENTILADA NA COR DA TINTA, TOPETEIRA (TAMPA DO TOPO) FIXA 
 
 
3.2. APROFUNDANDO: CODIFICAÇÃO DE MATERIAIS 
Um dos importantes elementos para a classificação é a codificação de materiais, que é o 
estabelecimento de códigos de identificação de um item de material específico dentro da 
organização. 
 
 
Saiba que cada item de material também pode ser conhecido como 
“item de estoque” ou “stock-keeping unit” – SKU. Num 
supermercado, um SKU seria, por exemplo, o “Pão Pullmann zero 
açúcares, colesterol e gordura, 12 grãos”, representado pelo código 
de barras 7 896002 366304 (peguei na minha cozinha para servir 
como exemplo prático). 
Note, desta forma, que todas as unidades deste mesmo produto 
serão identificadas pelo mesmo código. Assim, esse produto representa um “item de 
estoque”/SKU, representado por um único código numérico, podendo possuir uma grande 
quantidade em estoque na organização. 
Importante destacar que: produtos idênticos possuem códigos idênticos! 
 
 
 
Uma boa codificação de materiais permite, entre outras coisas: 
• A correta identificação dos materiais, de maneira simples, racional e clara; 
• O acompanhamento do nível de estoques de cada material, facilitando as atividades de 
compra e manutenção; 
• Simplificação da comunicação referente a um determinado item de estoque; 
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• Melhor relacionamento entre as diferentes atividades que lidam com materiais; 
• Etc. 
 
Para que o sistema de codificação funcione adequadamente, é preciso que ele siga alguns 
requisitos, sendo especificamente importantes:• Expansividade: o sistema de codificação deve aceitar ou comportar um aumento no rol de 
sua classificação; 
• Unicidade: o sistema deve possibilitar a identificação ou identificar características 
específicas do código de material, sendo sua “chave” de identificação, já que não deve ser 
possível encontrar um item de material diferente com o mesmo código; 
• Operacionalidade: trata-se da facilidade de aplicar a codificação empregada em processos 
manuais, mecânicos ou eletrônicos; 
• Simplicidade: facilidade de compreensão e uso, não-complexidade; 
• Concisão: objetividade do sistema; 
• Confiabilidade: o sistema deve ser confiável, permitindo que a qualidade do próprio sistema 
seja garantida; 
• Versatilidade: o sistema deve ter o uso possível em diversas aplicações; 
• Padronização: é preciso que haja regras estruturadas para a codificação do item de maneira 
padronizada. 
 
Agora que você conhece os requisitos, vamos entender os diferentes tipos de sistema de 
codificação. 
Segundo Dias (2015, p.211-212) atribuem-se códigos com base nos sistemas de codificação 
alfabético, alfanumérico e numérico (também chamado de decimal): 
• Alfabético: a codificação do material é realizada por letras, havendo um número suficiente 
de letras para que o material seja completamente identificado. Por ser difícil memorizar os 
códigos e pela limitação em termos de quantidade de itens, esse sistema está caindo em 
desuso. Exemplo de um código alfabético: A-B-X. 
• Alfanumérico: nesse tipo de codificação, combinam-se letras e números de modo a 
representar mais claramente os itens de estoque, muitas vezes agregando-se os materiais 
em grupos e classes, conforme exemplo abaixo: 
AJ – 9987, onde: 
A = grupo 
J = classe 
9987 = código identificador 
• Numérico: neste caso, apenas números são utilizados para realizar a classificação. Trata-se 
do sistema mais utilizado pelas organizações, já que é mais simples e possibilidade de 
acúmulo de grande quantidade de informações sobre os itens em estoque. 
Os sistemas numéricos permitem agregações de informações em diferentes níveis de 
numeração. Exemplo: 03-02-05, onde cada número, em cada nível, pode representar 
informações diferentes, conforme abaixo. 
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03 – Materiais de escritório (classificação aglutinadora - geral) 
 02 – Canetas esferográficas (classificação individualizadora) 
 05 – Cor preta (classificação definidora - descritiva) 
 
 
Sistemas numéricos podem ter diferentes variações a depender do interesse da organização 
e do sistema por ela adotado. Há três sistemas relevantes de classificação numérica, para 
efeito de provas de concurso: 
o Sistema decimal: é o sistema numérico no qual as chaves aglutinadoras são 
apresentadas em números de 00 a 99 (conforme exemplo numérico apresentado 
acima). Tipicamente funcionam com três chaves, conforme apresentada no exemplo 
acima: aglutinadora (geral); individualizadora; definidora (descritiva). 
o Sistema Federal Supply Classification (FSC): é o sistema americano para classificar os 
materiais movimentados pelo governo dos Estados Unidos, desenvolvido pelo 
Departamento de Defesa. É composto de 11 algarismos para estruturar grupo, 
classe, código de identificação e dígito de controle, da seguinte forma: 
XX – YY – ZZZZZZ – A, onde: 
XX = grupo 
YY = classe 
ZZZZZZ = código de identificação 
A = dígito de controle 
o Sistema CSSF (Chambre Syndicale de la Sidérurgie Française): utiliza oito algarismos 
para classificar os materiais entre duas categorias: normalizados (materiais normais, 
de ampla aplicação, não sendo específico de determinada máquina ou equipamento, 
como, por exemplo, parafusos, pregos, conectores, lâmpadas, plugs, etc.); 
específicos (materiais cuja aplicabilidade é específica e restrita a determinado 
equipamento, como, por exemplo, o motor elétrico para empilhadeiras modelo XYZ). 
o Classificação UNPSC (United Nations Standard Products and Services Code): trata-se 
de uma convenção classificatória definida pelas Nações Unidas para classificar 
produtos e serviços em um sistema decimal com 10 dígitos em 5 grupos. 
É uma convenção hierárquica com cinco níveis com descrições completas dos 
materiais e serviços, nos quais os quatro primeiros são obrigatórios e o último não, 
incluindo, conforme o exemplo: 
 
Nível Código Descrição 
Segmento (Segment) 44000000 
Office Equipment, 
Accessories and Supplies 
Família (Family) 44120000 Office supplies 
Classe (Class) 44121900 Ink and lead refills 
Mercadoria (Commodity) 44121903 Pen refills 
 
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Um último nível de dois dígitos pode ser adicionado como identificador do negócio 
(business function), referente a “varejo” e “atacado”, por exemplo. 
 
Cuidado: na prova pode aparecer que o sistema UNSPSC é de 8 dígitos + um sufixo de 
2 dígitos (já que esses dois últimos não são obrigatórios). 
 
 
 
(DPU/Agente Administrativo) O sistema alfanumérico de classificação de materiais é uma 
combinação de letras e de números que permite uma classificação inferior ao sistema 
alfabético 
Comentário: 
O sistema alfanumérico é uma combinação de letras e números (isso está certo), mas a 
quantidade de classificações é maior do que no alfabético pois, este último, precisa respeitar 
a quantidade de letras existentes no alfabeto. 
GABARITO: Errado. 
 
 
3.3. APROFUNDANDO: NORMALIZAÇÃO DE MATERIAIS 
A normalização (ou normatização) é a criação de normas sobre o material e seu uso, sendo 
fundamental para a padronização do material. 
Em sua essência, a normalização é um ato de simplificação com base na atividade social e 
econômica. Ela deve ser fruto da cooperação dos envolvidos e só traz benefícios se for aplicada, 
geralmente acarretando sacrifícios de poucos e benefícios para muitos. 
Viana (2013, p.79) aponta as seguintes vantagens da normalização: 
a. Menor tempo utilizado no planejamento; 
b. Maior segurança e menor possibilidade de diferenciações pelo uso de produtos normalizados; 
c. Menor possibilidade de falhas técnicas na seleção; 
d. Economia de tempo para o processo técnico de produção; 
e. Simplificação das decisões pelos responsáveis; 
f. Simplificação nos entendimentos entre projetistas, montadores e engenheiros de produção; 
g. Menor tempo de preparação do pessoal técnico; 
h. Simplificação dos métodos de montagem em conformidade com as normas; 
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i. Limitação de correções no decorrer da produção; 
j. Asseguramento da intercambialidade e reutilização de peças, desenhos, embalagens e gabaritos de 
verificação, processos e produtos melhorados; 
k. Eliminação de preconceitos que possam surgir pela programação mal elaborada; 
l. Possibilidade de cálculos mais econômicos; 
m. Etc. 
 
As organizações podem criar suas próprias normas sobre seus materiais, mas é comum que 
resolvam aderir a normas criadas externamente, o que facilita o intercâmbio de informações e 
materiais entre empresas, seus fornecedores e clientes. 
No Brasil, a principal organização responsável por normalização é a Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT). Trata-se de uma sociedade civil sem fins lucrativos e de utilidade pública, 
que exerce função delegada do Conmetro (Conselho Nacional de Metrologia, normalização e 
qualidade industrial), órgão normativo do Sinmetro (Sistema Nacional de Metrologia, 
Normalizaçãoe Qualidade Industrial). 
A congênere no exterior da ABNT é a ISO (Organização internacional para a normalização), que 
estabelece normas internacionais que costumam ser traduzidas pela ABNT para a realidade 
brasileira. 
Outras organizações internacionais de metrologia que possuem certa importância são: 
• IEC: Comissão Internacional Eletrotécnica; 
• CEN: Comitê Europeu de Normalização; 
• ASAC: Comitê asiático assessor de normas; 
• ASMO: Organização árabe para normalização e metrologia; 
• COPANT: Comissão Pan-americana de normas técnicas. 
 
3.4. APROFUNDANDO: PADRONIZAÇÃO DE MATERIAIS 
A padronização trata da criação de padrões para uso dos materiais, buscando uniformizar 
formatos, dimensões, pesos ou outros elementos. 
 
 
Diferentemente do que é comum na literatura, Viana (2013, p.83) afirma que a padronização é 
sinônimo da simplificação – então isso também pode ser cobrado em prova dessa forma! 
 
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Podemos afirmar que a padronização busca diminuir o número de itens do estoque, simplificar a 
relação da organização com os materiais, permitir maior escala de compra, diminuir o trabalho dos 
compradores, diminuir os custos de estocagem, reduzir a quantidade de itens estocados, adquirir 
materiais com maior rapidez, evitar a diversificação de materiais de aplicação idêntica e obter 
maior qualidade e uniformidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. CRITÉRIOS PARA A CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS 
São vários os critérios que podem ser utilizados para classificar os materiais em diferentes tipos. 
Há tantas classificações quanto autores sobre o assunto. Isso acontece porque cada autor cria seus 
próprios critérios e formas de classificar, o que torna a lista infindável. 
Apesar disso, considerando o que mais é cobrado em provas, podemos classificar os materiais 
quanto: 
• à escolha de fazer ou comprar; 
• à dificuldade de aquisição; 
• ao mercado fornecedor; 
• classificação contábil; 
• ao tipo de demanda; 
• ao tipo de estocagem; 
• à aplicação; 
• à importância operacional; 
• à perecibilidade; 
• à periculosidade; 
• ao valor (ABC); 
• outras. 
 
Vamos estudar as classificações mais importantes para a sua prova em pontos específicos! 
 
4.1. QUANTO À ESCOLHA (OU POSSIBILIDADE) DE FAZER OU COMPRAR 
Por vezes a organização deve escolher sobre se vai produzir um determinado material ou se vai 
comprar o material já produzido, desde que ela tenha a possibilidade de produzi-lo. 
Produzir internamente pode parecer uma melhor solução numa primeira análise, mas é preciso 
sempre considerar que uma organização especializada economiza ao produzir em grande escala 
um determinado produto, tornando difícil que sua cliente tenha condições de produzir por um 
custo inferior. 
 
 
 
 
 
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Imagine, por exemplo, que você tem o hobby 
de trabalhar com marcenaria. 
Essa não é a atividade que lhe dá ganhos 
financeiros para “ganhar a vida”, mas lhe 
possibilita, por exemplo, escolher entre 
comprar ou fazer um novo portão de acesso 
para o seu jardim. 
Produzir pode parecer uma solução mais 
econômica a princípio, mas nem sempre isso é 
verdade: em algum lugar existe uma fábrica 
produzindo centenas de portões de acesso 
desse tipo, o que permite que ela compre insumos baratos em grande quantidade e especialize o 
trabalho, ganhando escala. Se você for produzir, terá que comprar a madeira (provavelmente mais 
caro do que o fabricante compraria), e terá que usar muitas horas de trabalho sua (caras também!) 
para produzir. Apesar da primeira impressão, na ponta do lápis, é comum que produzir 
internamente essa porta só vale a pena por razões emocionais. 
 
 
Assim, para que a organização decida sobre fazer ou comprar, deve considerar duas estratégias 
possíveis: a verticalização da produção ou a horizontalização: 
• Verticalização: é a estratégia de se produzir dentro da própria organização tudo o que for 
possível, virando fornecedor de si próprio. O problema central está sobre as perdas de 
ganhos de escala, o aumento do risco organizacional, que passa a se relacionar com vários 
setores diferentes de atuação, a perda de flexibilidade e maiores custos e investimentos. 
Possui, como vantagens, um maior controle da cadeia produtiva, a independência em 
relação a fornecedores, aumento dos lucros e manutenção da propriedade tecnológica. 
Trata-se de estratégia que já foi muito usada, mas que está em desuso nas organizações 
modernas. É o mesmo que imaginar que você, para estudar para concursos, resolvesse 
estudar e preparar todos os PDFs, listas de questões e videoaulas para você mesmo assistir. 
Uma trabalheira enorme e com um custo alto para você, não acha? 
• Horizontalização: é a estratégia mais utilizada pelas organizações dos dias de hoje, 
consistindo em se concentrar nas suas competências centrais (core competences), de modo 
a se tornar um elo de agregação de valor que transforma insumos produzidos por outras 
organizações em um produto útil para o seu cliente final (que pode ser outra organização 
ou uma pessoa física). É uma estratégia ligada a uma ideia de que cada organização deve se 
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especializar naquilo que sabe fazer melhor, deixando para as outras os processos 
considerados “secundários” em relação à sua agregação de valor principal. As principais 
vantagens incluem os menores investimentos e custos, assim como a maior flexibilidade. 
Como desvantagens principais, temos a perda do controle da tecnologia, a dependência e 
terceiros e o menor potencial de lucros. Como exemplo, você se preocuparia apenas em 
estudar para o seu concurso, delegando para terceiros a organização de sua agenda de 
estudo, gravação de videoaulas, preparação de PDFs, elaboração de listas de exercícios, etc. 
Sua concentração seria toda voltada para o que realmente agrega valor para o seu cliente 
(você mesmo...): os seus estudos. 
 
 Vantagens Desvantagens 
Verticalização 
Maior controle sobre a cadeia 
produtiva; 
Independência em relação aos 
fornecedores; 
Aumento dos lucros; 
Manutenção da propriedade da 
tecnologia. 
Perda de ganhos de escala; 
Aumento do risco; 
Perda de flexibilidade; 
Maior custo; 
Mais necessidade de investimentos. 
Horizontalização 
Menor necessidade de investimentos; 
Custos reduzidos; 
Maior flexibilidade. 
Perda do controle da tecnologia; 
Dependência de fornecedores; 
Menor potencial de lucros. 
Fonte: elaborado pelo autor 
 
Considerando a estratégia preferida pela organização, ela poderá adotar uma das seguintes 
práticas, relativas a cada um dos itens de material que utiliza: 
• Produzir o material internamente; 
• Comprar os materiais; 
• Recondicionar/recuperar/retificar materiais para reaproveitamento; 
• Escolher caso a caso sobre produção, compra ou recondicionamento. 
 
 
 
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4.2. QUANTO À DIFICULDADE DE AQUISIÇÃO 
Os materiais podemser classificados como: 
• F – Fácil aquisição 
• D – Difícil aquisição 
 
Deve ser destacado que, para efeito dessa classificação, devem-se considerar as dificuldades 
intrínsecas de aquisição (relacionadas às dificuldades mercadológicas de compra, que fogem ao 
controle da organização) e não as dificuldades extrínsecas (aquelas da própria organização, como 
excesso de burocracia, pobreza de especificações, recursos humanos desqualificados ou falta de 
poder de decisão do órgão de compras) (VIANA, 2013, p. 60-61). 
O mesmo autor aponta ainda que as dificuldades intrínsecas na obtenção de materiais podem 
decorrer de: 
a. Fabricação especial: envolve encomendas especiais com cronogramas de fabricação longos, 
acompanhamento e inspeções nas diversas fases da fabricação, fabricações pioneiras, materiais em 
pesquisa, etc.; 
b. Escassez no mercado: os materiais, em razão da pouca oferta, podem colocar em risco o processo 
industrial; 
c. Sazonalidade: a oferta sofre alterações em diversas épocas do ano; 
d. Monopólio ou tecnologia exclusiva: existe a dependência de um único fornecedor; 
e. Logística sofisticada: os materiais necessitam de transporte especial ou os locais de retirada ou 
entrega são de difícil acesso; 
f. Importações: algumas vezes, independentemente dos entraves burocráticos, os materiais a serem 
importados dependem de liberação de verbas ou financiamentos externos. 
 
 
 
Cuidado: parece contraditório, mas os fatores extrínsecos, nesse caso, são os que estão sob 
controle da organização, e os intrínsecos são os que não estão. Isso acontece porque eles são 
intrínsecos ou extrínsecos às dificuldades de obtenção de materiais! 
 
 
Vamos em frente... 
 
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4.3. QUANTO AO MERCADO FORNECEDOR 
Esta classificação complementa aquela relativa à dificuldade de aquisição. Neste caso, são três as 
categorias: 
• Material do mercado nacional (material nacional): trata-se de materiais fabricados no país; 
• Material do mercado estrangeiro (material estrangeiro): trata-se de materiais fabricados 
fora do país, seja o fornecedor direto sediado no país ou não (ou seja, o produto pode ser 
importado diretamente pela empresa – fornecedor internacional – ou por um fornecedor 
no Brasil que revende à empresa); 
• Material em processo de nacionalização: trata-se dos materiais para os quais se estão 
desenvolvendo fornecedores nacionais para substituição dos estrangeiros. 
 
4.4. CONTÁBIL 
O material pode ser classificado contabilmente como material permanente ou de consumo. 
• Material de consumo: é aquele que, em razão do seu uso corrente, costuma perder sua 
identidade física e/ou tem sua utilização limitada a dois anos. 
• Material permanente: é aquele que, em razão de seu uso corrente, não perde sua 
identidade física, mesmo quando incorporado a outro bem, e/ou apresenta uma 
durabilidade superior a dois anos. 
 
Nesta mesma linha, a Portaria 448/2002 da STN detalha os critérios para identificação de um 
material como permanente: 
Art. 3º - Na classificação da despesa serão adotados os seguintes parâmetros excludentes, 
tomados em conjunto, para a identificação do material permanente: 
I - Durabilidade, quando o material em uso normal perde ou tem reduzidas as suas condições de 
funcionamento, no prazo máximo de dois anos; 
II - Fragilidade, cuja estrutura esteja sujeita a modificação, por ser quebradiço ou deformável, 
caracterizando-se pela irrecuperabilidade e/ou perda de sua identidade; 
III - Perecibilidade, quando sujeito a modificações (químicas ou físicas) ou que se deteriora ou 
perde sua característica normal de uso; 
IV - Incorporabilidade, quando destinado à incorporação a outro bem, não podendo ser retirado 
sem prejuízo das características do principal; e 
V - Transformabilidade, quando adquirido para fim de transformação. 
 
 
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(EBSERH/Analista Administrativo) A classificação de um de material hospitalar como 
permanente é considerado um atributo de flexibilidade em razão das características desse 
material. 
Comentário: 
Sem pé nem cabeça. A questão misturou um atributo do sistema de classificação 
(flexibilidade) com uma classificação de um material como “permanente”. Bem, podemos 
dizer que a classificação de material como permanente ou de consumo é uma classificação 
contábil, que nada tem a ver com a flexibilidade do sistema de classificação. 
GABARITO: Errado. 
 
(Câmara de Salvador-BA/Analista Legislativo Municipal – Compras) O departamento de 
compras de uma fábrica adquiriu chapas de aço que serão empregadas na construção de 
carenagens de grupos geradores silenciados. 
O departamento de compras classificou essas chapas como material de consumo, por terem 
sido enquadradas no critério excludente: 
 a) durabilidade; 
 b) fragilidade; 
 c) perecibilidade; 
 d) incorporabilidade; 
 e) transformabilidade. 
Comentário: 
A questão trata diretamente dos critérios estabelecidos pela Portaria 448/2002 da STN para a 
identificação de um material como permanente: 
Art. 3º - Na classificação da despesa serão adotados os seguintes parâmetros excludentes, 
tomados em conjunto, para a identificação do material permanente: 
I - Durabilidade, quando o material em uso normal perde ou tem reduzidas as suas condições 
de funcionamento, no prazo máximo de dois anos; 
II - Fragilidade, cuja estrutura esteja sujeita a modificação, por ser quebradiço ou deformável, 
caracterizando-se pela irrecuperabilidade e/ou perda de sua identidade; 
III - Perecibilidade, quando sujeito a modificações (químicas ou físicas) ou que se deteriora ou 
perde sua característica normal de uso; 
IV - Incorporabilidade, quando destinado à incorporação a outro bem, não podendo ser 
retirado sem prejuízo das características do principal; e 
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V - Transformabilidade, quando adquirido para fim de transformação. 
 
Assim, nota-se que a classificação como material de consumo é decorrência da exclusão por 
conta da transformabilidade (V), uma vez que o item “chapas de aço” será transformado em 
carenagens. 
GABARITO: E. 
 
 
4.5. QUANTO AO TIPO DE DEMANDA 
A classificação quanto ao tipo de demanda busca estabelecer quais aqueles materiais que 
precisam estar em estoque ou não, dependendo da necessidade da organização (demanda da 
própria organização pelos referidos materiais). Assim: 
• Materiais de estoque: são os materiais que são comumente demandados pela organização 
e, por isso, a organização deve manter uma certa quantidade deles em estoque. Essa 
categoria inclui todos os materiais normalmente utilizados para produção e comercialização 
pela organização. Eles devem ser submetidos a padrões de ressuprimento automático, já 
que se sabe que eles serão necessários ao longo do tempo. 
• Materiais de não estoque: são os materiais que não costumam ser utilizados, possuindo 
demanda extremamente irregular. A organização não costuma utilizá-los e, quando precisa, 
compra. Assim, não é preciso mantê-los em estoque. Imagine, por exemplo, qual o uso que 
uma agência de marketing pode esperar para um rolo de plástico de 5 metros x 50 metros. 
Ninguém usa isso no dia a dia, mas se um dia for necessário por algum motivo qualquer, ela 
providenciará a compra. 
 
 
4.5.1. Quanto ao tipo de estocagem 
Sob este critério os materiais podem ser divididos entre materiais de estocagempermanente e os 
de estocagem temporária: 
Materiais de estocagem permanente Materiais de estocagem temporária 
Materiais de estoque 
 
Existe ressuprimento automático (compras) 
 
Materiais de não-estoque. 
 
Ficam no almoxarifado por prazo determinado. 
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O nível de ressuprimento automático considera 
a existência de um estoque de segurança 
(permanente) no almoxarifado 
Fonte: elaborado pelo autor com base em Viana (2013) 
 
 
(ANVISA/Técnico Administrativo) Na subdivisão materiais de estoque, da classificação de 
materiais por tipo demanda, os materiais existentes no estoque devem ser submetidos a 
critérios e parâmetros de ressuprimento automático com base na demanda prevista e na sua 
importância para a empresa. 
Comentário: 
Em outras palavras: materiais de estoque devem passar por ressuprimento automático 
(enquanto materiais de não estoque não passam por isso). 
GABARITO: Certo. 
 
A partir deste ponto, estudaremos outras classificações que são aplicáveis apenas aos materiais de 
estoque, uma vez que eles serão armazenados nos almoxarifados da organização 
 
4.6. QUANTO À APLICAÇÃO 
Trata-se de uma das principais classificações de materiais existente, sendo a mais comum, 
segundo Chiavenato (2005). 
Para ele (CHIAVENATO, 2005, p. 33), “o fluxo de materiais faz com que estes se modifiquem 
gradativamente ao longo do processo produtivo. E à medida que os materiais fluem pelo processo 
produtivo, passam a receber diferentes classificações. Em outras palavras, eles passam a se 
enquadrar em diferentes classes de materiais”, que seriam as seguintes: 
• Matérias primas: constituem os materiais mais básicos no processo produtivo da 
organização, uma vez que são as entradas/insumos dos processos de transformação que 
serão feitos pela organização. É comum que se afirme que são os “materiais básicos que 
ingressam no processo produtivo”, definição que infelizmente não deixa claro que o 
material ainda não entrou no processo produtivo (mas que cai em provas). O processo 
produtivo da organização é totalmente dependente da entrada de matérias primas e, caso 
o seu fluxo seja interrompido, a produção deixa de funcionar por falta de insumos. 
• Materiais em processamento (ou em vias, ou em fabricação): a matéria prima, uma vez que 
começa a passar por transformações no processo produtivo, passa a ser chamada de 
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material em processamento ou “material em vias”. Trata-se, portanto, dos materiais que 
estão sendo objeto de transformação no processo produtivo da empresa. Atenção: eles não 
estão nem no almoxarifado de matérias primas (afinal de contas, não são mais matérias 
primas), nem no depósito de produto acabado. Onde eles estão? Na própria linha de 
produção! 
Imagine, por exemplo, que um circuito elétrico era uma matéria prima no estoque. Ele foi 
transportado para as máquinas que vão juntá-lo com outros materiais e transformá-lo em 
uma televisão. Durante o processo de transformação, ele é um material em processamento. 
• Materiais semiacabados: uma vez que o processamento evolui, os componentes começam 
a tomar forma ao chegar num determinado estado intermediário de acabamento. O 
componente já está “quase pronto”, mas ainda faltam alguns acabamentos. Acontece, por 
exemplo, quando os circuitos elétricos da televisão em funcionamento já estão montados 
entre si, faltando apenas a finalização da soldagem para que eles se tornem no conjunto 
“componente elétrico” da televisão em vias de ser fabricada. 
• Materiais acabados ou componentes: uma vez que o componente elétrico está pronto (no 
exemplo acima), trata-se de um “material acabado” ou “componente”, que passará por 
novo processamento em conjunto com outros da mesma classificação para, em conjunto, 
se transformar no “produto acabado”. Outros exemplos de componentes seriam: pacotes 
de software da televisão; componentes eletrônicos; componentes estéticos; etc. 
• Produtos acabados: são os produtos completamente prontos, cujo processamento já foi 
encerrado. Constituem o ponto final do processo produtivo e já estão prontos para serem 
colocados no depósito, para venda ou distribuição. No nosso exemplo, trata-se da televisão 
já pronta. 
 
Além dos já apontados por Chiavenato, Viana (2013, p.52-53) aponta ainda a existência dos 
seguintes materiais, quanto à aplicação: 
• Materiais produtivos: são todos aqueles materiais utilizados direta ou indiretamente no 
processo produtivo, podendo incluir matérias primas, produtos em fabricação, produtos 
acabados, materiais auxiliares, etc. 
• Materiais de consumo geral: são os materiais de consumo que, possuindo utilização 
repetitiva pela organização, são aplicados em quaisquer locais da organização, desde que 
não destinados à manutenção. 
• Materiais de manutenção (consumo para manutenção): são materiais de consumo 
comumente utilizados pela organização para manutenção, possuindo utilização repetitiva. 
• Material auxiliar/material improdutivo: compreende todo e qualquer material que não se 
incorpora ao produto final, inclusive os materiais de consumo já mencionados. 
 
Note que essa classificação pressupõe tratar-se de uma indústria, já que insumos serão 
transformados em produtos para venda ao cliente final. 
 
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Atenção para não confundir o material acabado com o produto acabado: 
O material acabado é um componente do produto final, um conjunto agregado de materiais que 
precisará se juntar a outros conjuntos para se tornar no produto final (ou produto acabado). 
 
 
 
4.7. QUANTO À CRITICIDADE (IMPORTÂNCIA OPERACIONAL – XYZ) 
Os materiais podem ser classificados como críticos ou não. 
Materiais críticos são aqueles que servem de reposição para um equipamento ou grupo de 
equipamentos, caso venham a ser necessário. Seu uso não é corrente, mas na sua falta, a 
organização poderia parar a produção no dia que precisar. 
Segundo Viana (2013, p. 56) “por serem sobressalentes vitais de equipamentos produtivos, devem 
permanecer estocados até sua utilização, não estando, portanto, sujeitos ao controle de 
obsolescência. O próprio conceito induz que deve haver pouquíssimos materiais cadastrados”. 
Em outras palavras: a organização deve avaliar a importância de ter esses materiais em estoque 
por serem críticos (apesar da possibilidade de que custem uma fortuna!), considerando elementos 
como: 
• Problemas de obtenção (importado, único fornecedor, escassez, estratégico, etc.) 
• Razões econômicas (elevado valor, elevado custo de armazenagem, elevado custo de 
transporte, etc.) 
• Problemas de armazenagem e transporte (perecível, alta periculosidade, elevado peso, 
grandes dimensões) 
• Problemas de previsão (utilização de difícil previsão) 
• Razões de segurança (reposição de alto custo, material para equipamento vital da 
produção) 
 
É com base nesses elementos que se estabelece a classificação XYZ (também conhecida como 
classificação “ABC de popularidade”), sendo caracterizada pela imprescindibilidade ou criticidade 
de um determinado item em relação aos demais. 
Em outras palavras, é preciso verificar e distinguir os materiais pouco importantes (para os quais 
pode haver uso de similar na organização) daqueles de média importância e dos de importância 
vital. 
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Mendes e Castilho (2009, p. 326) esclarecem a essência de cada um desses itens, que eu resolvi 
organizar em uma tabelinha prática para você. 
 
 
Classe Definição 
Classe Z 
A característica desses itens é a máxima criticidade, são imprescindíveis, não 
podem ser substituídos por outros equivalentes, em tempo hábil para evitar 
transtornos. A falta desses materiais provoca a paralisação das atividades 
essenciais da instituição colocando em risco tanto os profissionais e clientes, 
quanto o ambiente e o patrimônio organizacional. 
Classe Y 
Os itens Classe Y apresentam grau de criticidade médio ou intermediário 
entre os imprescindíveis e os de baixa criticidade. Podem ser substituídos 
por outros com relativa facilidade, embora sejam vitais para a realização das 
atividades. 
Classe X 
Os itens dessa classe são os materiais de baixa criticidade, que sua falta não 
acarreta em paralisações, nem riscos à segurança pessoal, ambiental e 
patrimonial. Possuem elevada possibilidade de serem substituídos por 
outros equivalentes e elevada facilidade de obtenção no mercado. 
Fonte: organizado pelo autor, com base em Mendes e Castilho (2009, p.326) 
 
 
 
 
 
(EMAP/Assistente Portuário) Materiais críticos são aqueles de reposição específica e a 
decisão de estocá-los deve ser tomada com base na análise de riscos a que a empresa estiver 
exposta. 
Comentário: 
Questão muito interpretativa. 
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Materiais críticos, de fato, são aqueles cuja reposição é específica, ou seja, a compra de 
novos materiais é específica para uma determinada demanda da organização. Além disso, 
decidir por (comprá-lo antecipadamente e) estocá-lo depende de uma análise dos riscos que 
a organização sofre por não os possuir em estoque. 
GABARITO: Certo. 
 
(EBSERH/Analista Administrativo) Considerando o critério de importância operacional, os 
medicamentos analgésicos, que são considerados de alta criticidade em uma unidade de 
pronto atendimento, devem ser classificados — na classificação XYZ — como material de 
classe X. 
Comentário: 
No critério de importância operacional, os materiais mais críticos são os Z (e não os X, como 
informado pela questão). Os materiais Y são os de importância intermediária e os X são os de 
menor importância. 
GABARITO: Errado. 
 
(DPE-AM/Assistente Técnico de Defensoria – ATA) Existem diferentes critérios a partir dos 
quais podem ser classificados os materiais, objetivando a sua administração no âmbito de 
uma organização. Entre eles, pode-se citar a classificação XYZ, que toma por base 
 a) a localização do item de material nos estoques da organização e dos fornecedores. 
 b) a importância financeira do material, de acordo com o maior valor de demanda. 
 c) a diferenciação entre material de consumo e material de natureza permanente. 
 d) a perecibilidade do item de material, com ênfase no gerenciamento dos prazos de 
armazenagem. 
 e) o grau de criticidade ou imprescindibilidade do item de material nas atividades 
desempenhadas pela organização. 
Comentário: 
A classificação XYZ é aquela que consiste na identificação dos materiais por sua importância 
operacional/criticidade, estabelecendo os materiais X como de baixa importância, os Y como 
de média importância e os Z como de elevada importância. 
GABARITO: E. 
 
(SABESP/Analista de Gestão – Administração) Existem diversas metodologias que podem ser 
aplicadas pelas organizações para administração de materiais e gerenciamento de estoques, 
enfatizando diferentes aspectos ou prioridades. Entre elas, pode-se citar a Classificação XYZ, 
 a) que separa os itens em: material de consumo, material permanente rotativo e 
imobilizado. 
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 b) baseada no valor de demanda dos materiais, geralmente atrelado a critérios financeiros, 
evitando a reposição dos itens mais caros. 
 c) pautada na perecibilidade dos itens em estoque, adequando o giro de reposição à 
correspondente vida útil. 
 d) focada na importância operacional do item de material, ou seja, sua imprescindibilidade 
ou criticidade para a rotina da organização. 
 e) a qual preconiza o conceito de estoque mínimo, composto apenas por 3 itens em cada 
cadeia produtiva. 
Comentário: 
A classificação XYZ é aquela que consiste na identificação dos materiais por sua importância 
operacional/criticidade, estabelecendo os materiais X como de baixa importância, os Y como 
de média importância e os Z como de elevada importância. 
GABARITO: D. 
 
(SEAD-AP/Analista Administrativo) Entre as diferentes metodologias consagradas de 
classificação de matérias, destaca-se a Classificação XYZ, pautada por 
 a) custo de manutenção e reposição, sendo os denominados “y” aqueles que mais oneram a 
organização com sua estocagem, em função de condições técnicas específicas de 
armazenagem. 
 b) perecibilidade dos itens, sendo aqueles classificados como “x” os identificados como 
perecíveis, ensejando ciclo curto de estocagem, com necessidade de reposição constante. 
 c) valor relativo do material no conjunto de itens estocados, sendo aqueles denominados 
“y” os de maior valor agregado e que demandam, portando, maior atenção na estocagem. 
 d) vida útil dos materiais, sendo os denominados “x” aqueles de natureza permanente, que 
pertencem ao imobilizado e passíveis de reposição apenas quando amortizados 
integralmente. 
 e) grau de importância operacional dos materiais, sendo aqueles classificados como “z” 
considerados de máxima criticidade, cuja falta enseja sérios riscos à produção, ao patrimônio 
ou aos integrantes da organização. 
Comentário: 
A classificação XYZ é relativa à importância operacional e criticidade, sendo os materiais X os 
de menor criticidade, os Y de criticidade média e os Z de criticidade máxima, conforme 
alternativa E. 
GABARITO: E. 
 
 
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4.8. QUANTO À PERECIBILIDADE 
A perecibilidade diz respeito ao desaparecimento das características esperadas do produto, como 
um iogurte que estraga se não for consumido em alguns dias, o leite pasteurizado que estraga se 
não for consumido em meses ou um produto químico que perde suas propriedades físico-químicas 
com o passar do tempo. 
Note que o tempo é elemento importante aqui: se o produto não for utilizado dentro de um 
determinado tempo, não tem mais sentido estoca-lo. Apesar disso, não é apenas o tempo que 
causa perecibilidade. Outros elementos podem contribuir para que o produto pereça, 
independentemente do tempo transcorrido. O mesmo iogurte que dura 15 dias na geladeira em 
embalagem fechada, por exemplo, passa a durar poucos minutos em embalagem aberta e posto 
em contato com sol, calor e ar. 
Note, nesse exemplo, que o tempo interfere na perecibilidade, mas a temperatura, luz, ar 
atmosférico, etc. 
Viana (2013, p.58-59) apresenta uma ampla classificação de materiais perecíveis, a qual eu 
reproduzo aqui, pois é exatamente assim que a banca pode cobrar na hora da prova: 
Para aprimorar o gerenciamento, pode-se classificar os materiais perecíveis como segue: 
a. Pela ação higroscópica: materiais que possuem grande afinidade com o vapor de água e podem ser 
retirados da atmosfera. Exemplos: sal marinho, cal virgem, etc.; 
b. Pela limitação do tempo: materiais com prazo de validadeclaramente definido. Exemplos: remédios, 
alimentos, etc.; 
c. Instáveis: produtos químicos que se decompõem ou se polimerizam espontaneamente ou têm outro 
tipo de reação na presença de algum material catalítico ou puro. Exemplos: peróxido de éter, óxido de 
etileno, etc.; 
d. Voláteis: produtos que se reduzem a gás ou vapor, evaporando naturalmente e perdendo-se na 
atmosfera. Exemplo: amoníaco; 
e. Por contaminação pela água: materiais que se degradam pela adição direta de água. Exemplo: óleo 
para transformadores; 
f. Por contaminação por partículas sólidas: materiais que, em contato com partículas sólidas, como 
areias e poeiras, poderão perder parte de suas características físicas e químicas. Exemplo: graxas; 
g. Pela ação da gravidade: materiais que, estocados de forma incorreta, podem sofrer deformações. 
Exemplo: eixos de grande comprimento; 
h. Por queda, colisão ou vibração: engloba os materiais de grande fragilidade ou sensibilidade. Exemplos: 
cristais, vidros, instrumentos de medição, etc.; 
i. Pela mudança de temperatura: materiais que perdem suas características para aplicação, se mantidos 
em temperatura diferente da requerida. Exemplos: selantes para vedação, anéis de vedação em 
borracha, etc.; 
j. Pela ação da luz: materiais que se degradam por incidência direta da luz. Exemplo: filmes fotográficos; 
k. Por ação de atmosfera agressiva: materiais que sofrem corrosão quando em contato com atmosfera 
com grande concentração de gases ou vapores. A corrosão atmosférica pode ocorrer principalmente 
por vapores de água e ácidos, como sulfúrico, fosfórico, nítrico, sais, cloro, flúor, etc.; 
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l. Pela ação de animais: materiais sujeitos ao ataque de insetos e outros animais, durante a estocagem. 
Exemplos: grãos, madeiras, peles de animais, etc. 
 
 
 
 
(EBSERH/Analista Administrativo) Estoques de vacinas de um ambulatório devem ser 
classificados por perecibilidade devido às alterações físico-químicas que esses produtos 
podem sofrer. 
Comentário: 
Em outras palavras, a classificação por perecibilidade diz respeito à possibilidade de alteração 
nas características físico-químicas de um material. Está certo. 
GABARITO: Certo. 
 
 
 
 
 
4.9. QUANTO À PERICULOSIDADE 
Trata-se da classificação de materiais entre os perigosos e os não perigosos. Para avaliar se um 
material é perigoso ou não, a organização deve avaliar seu grau de compatibilidade com outros 
materiais, tendo em conta suas características físico-químicas. 
Deste modo, poderá perceber, por exemplo, que tonéis com gás metano pressurizado não devem 
ficar armazenados próximos a fontes de calor, uma vez que o calor causa uma reação físico 
química que pode levar o gás a pegar fogo ou até explodir! 
De forma similar, alguns componentes químicos são corrosivos e precisam ser armazenados em 
uma atmosfera controlada, outros não podem ter contato com a pele humana (para não machucar 
o funcionário, etc.). 
Por outro lado, há materiais que não representam risco algum para a organização, que não 
precisam de cuidados especiais no manuseio, uso ou armazenagem. 
 
 
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4.10. QUANTO AO VALOR: CURVA DE PARETO E CLASSIFICAÇÃO ABC 
A análise ABC (“ABC de valor”), que foi utilizada pela primeira vez na General Electric, por F. Dixie, 
busca estabelecer quais os SKUs mais relevantes para a organização com base no princípio de que 
a maior parte do investimento em materiais estará concentrada em uma pequena quantidade de 
itens, que devem ser gerenciados mais de perto. 
Há referências que afirmam que o nome se origina do inglês “Activity Based Costing” (custo 
baseado em atividades), tendo como base para a classificação o estabelecimento de uma análise 
de valor com base no Diagrama de Pareto - técnica que busca estabelecer prioridades com base 
em um critério escolhido. Tal diagrama foi criado pelo economista Vilfredo Pareto, com a 
observação de que 80% da renda se encontravam nas mãos de 20% da população. 
De modo geral, esta técnica parte do princípio de que poucas causas geram a maior parte dos 
problemas, sendo chamadas de vital few (estranhamente traduzido para português como "pouco 
vitais"). Trata-se do chamado “princípio 80 / 20” (80% dos problemas são explicados por 20% das 
causas) que é base para análises de prioridades como a curva ABC de compras. Na prática, esses 
percentuais não são exatos (80% / 20%). Às vezes a banca pode falar em 70/30 ou 90/10. 
Em oposição aos elementos "pouco vitais" (20% dos elementos que explicam 80% das 
consequências/problemas), haveria ainda a identificação dos elementos "muito triviais" (trivial 
many). Note que o foco é a identificação dos "pouco vitais" - os "muito triviais" são apenas 
consequência! 
Enquanto ferramenta de controle de estoques, a Análise de Pareto permite a identificação dos 
SKUs “classe A”, “classe B” e “classe C” com base no maior valor, para identificação da prioridade 
de tratamento, conforme a seguir: 
• Classe A: constituída por poucos SKUs (entre 15% e 20%) que representam a maior parte do 
valor total do estoque (cerca de 80%). Possuem elevado impacto sobre o custo da 
organização com estoques, e devem ser o foco da atenção na gestão dos estoques. Elevado 
controle e baixo nível de estoque de segurança são a regra. 
• Classe B: constituída por uma quantidade média de SKUs (cerca de 35% a 40% do total) que 
representam aproximadamente 15% do valor total dos estoques. Possuem impacto 
moderado. Moderada necessidade de controle. 
• Classe C: constituída por uma grande quantidade de itens (entre 40% e 50%), que 
representam um valor muito baixo (cerca de 5% a 10%) dos estoques. Baixa necessidade de 
controle. Como o valor dos itens é baixo, é possível manter estoques de segurança um 
pouco maiores. 
 
Em resumo, apesar dos percentuais poderemariar de autor para autor, têm-se que: 
 
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Classe Caraterísticas 
Itens A 
. Pouca quantidade 
. Muito valor 
. Controle próximo 
Itens B 
. Média quantidade 
. Médio valor 
. Controle normal 
Itens C 
. Grande quantidade 
. Baixo valor 
. Controle simplificado 
Fonte: elaborado pelo autor 
 
 
 
 
Para construção do Diagrama de Pareto, é preciso que se faça um levantamento do valor do 
estoque dos diferentes itens armazenados na organização. Após isso os dados devem ser 
colocados em ordem decrescente em relação ao valor total do estoque de cada item. Exemplo: 
 
Classificação 
Código 
do 
Item 
Valor 
do 
estoque 
(R$ mil) 
% valor 
do 
estoque 
% 
acumulado 
1 125 60 43% 43% 
2 175 50 79% 36% 
3 215 10 86% 7% 
4 231 5 90% 4% 
5 553 4 93% 3% 
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6 123 3 95% 2% 
7 432 3 97% 2% 
8 234 2 99% 1% 
9 544 1 99% 1% 
10 758 1 100% 1% 
 
Após a elaboração da tabela, deve-se plotar os dados do valor de estoque em barras verticais e o 
valor percentual acumulado em um gráfico de linhas, conforme feito a seguir. 
 
 
Fonte: elaborado pelo autor 
 
No exemplo fictício que elaborei com base na tabela e gráfico apresentados é possível perceber 
que: 
• Os itens 125 e 175 representam 20% do total dos itens, mas 79% do valor total do estoque. 
São os itens classe A. 
•Os itens 215, 231, 553, 123, juntos, são 40% dos SKUs do estoque, mas representam cerca 
de 16% do valor do estoque. São os itens Classe B. 
• Os itens 432, 234, 544, e 758, juntos, são 40% dos SKUs do estoque, mas representam 
apenas 5% do valor do estoque. São os itens Classe C. 
 
 
 
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(DPE-AM/Assistente Técnico de Defensoria – ATA) A utilização da denominada “Curva ABC” 
para fins de classificação de materiais no âmbito de uma organização prioriza 
a)o tipo de material e a sua alocação a diferentes setores da organização, com ênfase nos 
operacionais. 
b)a perecibilidade do item de estoque, separando-os conforme a vida útil correspondente. 
c)a importância financeira do material, de acordo com o maior valor de demanda. 
d)o grau de imprescindibilidade do item de material de acordo com a atividade meio da 
organização. 
e)a redução de custos de estocagem, com a escolha de apenas três itens ou categorias de 
itens para reposição. 
Comentário: 
A classificação ABC é baseada no valor total de consumo ou demanda da organização em 
relação aos seus itens, permitindo a identificação dos itens mais importantes e que a 
organização deve dar mais atenção. 
GABARITO: C. 
 
(DPE-AM/Analista em Gestão Especializado de Defensoria) Entre as diversas metodologias de 
administração de materiais destaca-se a curva ABC, segundo a qual os itens de material são 
classificados 
 a) pela importância relativa no processo produtivo, divididos em insumos antecedentes, 
básicos e complementares. 
 b) de acordo com sua aplicação na organização, como artefatos, benfeitorias e de consumo. 
 c) por tempo de duração médio no estoque, com cálculo de acordo com o índice de 
rotatividade. 
 d) pelo índice de reposição estimado em função da vida útil ou prazo de validade do item de 
material. 
 e) por valor de demanda, de acordo com sua importância, geralmente financeira. 
Comentário: 
A classificação ABC classifica os itens de estoque com base no valor total da demanda, 
conforme alternativa E. 
GABARITO: E. 
 
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==142f4c==
 
 
 
 
 
 
 
 
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(DPE-RS/Analista – Arquitetura) Para o orçamentista e para quem vai gerir a obra, é de suma 
importância saber quais são os principais insumos, o total de cada insumo na obra e qual a 
sua representatividade. Isso serve para priorizar as cotações de preços, definir as 
negociações mais criteriosas, canalizar a energia dos responsáveis por compras, etc. No 
processo orçamentário a relação de insumos, em ordem decrescente de custos, denomina-se 
 a) Linha priorizável. 
 b) CUB. 
 c) Balanceamento em ordem. 
 d) Listagem em Kapa − ḵ. 
 e) Curva ABC. 
Comentário: 
A relação de insumos em ordem decrescente de custos total é a curva ABC. O restante 
simplesmente não se conecta com o conteúdo cobrado. 
GABARITO: E. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. QUESTÕES COMENTADAS 
 
 
QUESTÕES SOBRE CLASSIFICAÇÃO E CODIFICAÇÃO DE MATERIAIS 
 
1. (FCC/DPE-AM/Assistente Técnico de Defensoria – ATA/2018) Existem diferentes critérios a partir 
dos quais podem ser classificados os materiais, objetivando a sua administração no âmbito de uma 
organização. Entre eles, pode-se citar a classificação XYZ, que toma por base 
 a) a localização do item de material nos estoques da organização e dos fornecedores. 
 b) a importância financeira do material, de acordo com o maior valor de demanda. 
 c) a diferenciação entre material de consumo e material de natureza permanente. 
 d) a perecibilidade do item de material, com ênfase no gerenciamento dos prazos de armazenagem. 
 e) o grau de criticidade ou imprescindibilidade do item de material nas atividades desempenhadas pela 
organização. 
Comentário: 
A classificação XYZ é aquela que consiste na identificação dos materiais por sua importância 
operacional/criticidade, estabelecendo os materiais X como de baixa importância, os Y como de média 
importância e os Z como de elevada importância. 
GABARITO: E. 
 
2. (FCC/SABESP/Analista de Gestão – Administração/2018) Existem diversas metodologias que 
podem ser aplicadas pelas organizações para administração de materiais e gerenciamento de estoques, 
enfatizando diferentes aspectos ou prioridades. Entre elas, pode-se citar a Classificação XYZ, 
 a) que separa os itens em: material de consumo, material permanente rotativo e imobilizado. 
 b) baseada no valor de demanda dos materiais, geralmente atrelado a critérios financeiros, evitando a 
reposição dos itens mais caros. 
 c) pautada na perecibilidade dos itens em estoque, adequando o giro de reposição à correspondente vida 
útil. 
 d) focada na importância operacional do item de material, ou seja, sua imprescindibilidade ou criticidade 
para a rotina da organização. 
 e) a qual preconiza o conceito de estoque mínimo, composto apenas por 3 itens em cada cadeia 
produtiva. 
Comentário: 
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A classificação XYZ é aquela que consiste na identificação dos materiais por sua importância 
operacional/criticidade, estabelecendo os materiais X como de baixa importância, os Y como de média 
importância e os Z como de elevada importância. 
GABARITO: D. 
 
3. (FCC/SEAD-AP/Analista Administrativo/2018) Entre as diferentes metodologias consagradas de 
classificação de matérias, destaca-se a Classificação XYZ, pautada por 
 a) custo de manutenção e reposição, sendo os denominados “y” aqueles que mais oneram a organização 
com sua estocagem, em função de condições técnicas específicas de armazenagem. 
 b) perecibilidade dos itens, sendo aqueles classificados como “x” os identificados como perecíveis, 
ensejando ciclo curto de estocagem, com necessidade de reposição constante. 
 c) valor relativo do material no conjunto de itens estocados, sendo aqueles denominados “y” os de maior 
valor agregado e que demandam, portando, maior atenção na estocagem. 
 d) vida útil dos materiais, sendo os denominados “x” aqueles de natureza permanente, que pertencem ao 
imobilizado e passíveis de reposição apenas quando amortizados integralmente. 
 e) grau de importância operacional dos materiais, sendo aqueles classificados como “z” considerados de 
máxima criticidade, cuja falta enseja sérios riscos à produção, ao patrimônio ou aos integrantes da 
organização. 
Comentário: 
A classificação XYZ é relativa à importância operacional e criticidade, sendo os materiais X os de menor 
criticidade, os Y de criticidade média e os Z de criticidade máxima, conforme alternativa E. 
GABARITO: E. 
 
4. (FCC/Prefeitura de Macapá-AP/Especialista/2018) Os métodos e ferramentas comumente 
utilizados para classificação de materiais, baseiam-se em diferentes critérios, com o necessário suporte 
em estudos técnicos. Entre tais ferramentas, a Classificação XYZ baseia-se 
 a) no encadeamento cronológico da utilização dos materiais, priorizando o controle daqueles que se 
situam no início da cadeia produtiva. 
 b) na importância financeira do material no custo de produção do bem ou serviço final prestado pela 
organização. 
 c) no grau de imprescindibilidade do material ou criticidade para organização em face da falta

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