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NOCOES DE ADM E LOGISTICA AULA 03

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Livro Eletrônico
Aula 03
Noções de Adm de Materiais e Logística p/ TJ-MA (Técnico Judiciário -
Administrativo) - Pós-Edital
Carlos Xavier
83093555051 - vanderson cunha
 
 
 
 
 
 
 
 
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Funções da administração de materiais: 
estoques 
 
 
Sumário 
1. Palavras Iniciais. .......................................................................................................... 2 
2. Mapa da mina ............................................................................................................. 3 
3. A gestão de estoques. ................................................................................................. 4 
3.1. Just in time – JIT, Kanban e Just in case .................................................................................. 7 
3.2. Políticas de estoque. ................................................................................................................ 9 
3.3. Classificação dos estoques .................................................................................................... 10 
4. Consumo, dimensionamento e Previsão de estoque ................................................. 13 
4.1. Consumo e dimensionamento dos estoques ......................................................................... 13 
4.2. Métodos matemáticos para previsão do consumo .............................................................. 16 
5. Reposição de estoque ............................................................................................... 24 
5.1. O estoque de segurança. ....................................................................................................... 27 
5.2. O gráfico “dente de serra” .................................................................................................... 29 
6. Avaliação e controle dos estoques ............................................................................ 35 
6.1. Principais indicadores de estoques: giro de estoque e taxa de cobertura ............................ 35 
6.2. Métodos para avaliação Financeira dos estoques: Custo médio, PEPS, UEPS, Custo de 
reposição, custo específico. ............................................................................................................. 39 
7. Questões comentadas ............................................................................................... 44 
8. Lista de questões ...................................................................................................... 81 
9. Gabarito .................................................................................................................. 103 
10. Bibliografia Principal ............................................................................................. 103 
 
 
Carlos Xavier
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1. PALAVRAS INICIAIS. 
Oi, tudo bem?! 
Estou de volta para mais uma aula de administração de materiais. 
Hoje estudaremos a gestão de estoques: tema muito importante e bastante cobrado em provas. 
Abraço e bons estudos! 
Prof. Carlos Xavier 
www.facebook.com/professorcarlosxavier 
www.youtube.com/profcarlosxavier 
Instagram: @Professorcarlosxavier 
 
Observação importante: 
Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que 
altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. 
Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores 
que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos 
honestamente através do site Estratégia Concursos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Carlos Xavier
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2. MAPA DA MINA 
O assunto de hoje permite maior desagregação, já que as questões separam o assunto em 
detalhes na hora da cobrança. 
Lembre-se: para a FCC, reforce os estudos dos itens 3.1. e 6.1. da aula, são a tendência mais 
recente de cobrança. 
No mais, os assuntos mais “cobráveis”, segundo levantamento realizado: 
 
 
Fonte: elaborado pelo autor 
 
Apesar de uma visão ampla e integrada do conteúdo ser cobrada em 38% dos casos (e, por isso, é 
preciso estudar a aula inteira), alguns temas mais específicos merecem atenção especial: 
Os elementos ligados ao gráfico dente de serra (E max, E mín, PP e E médio) são super cobrados, 
apesar de serem uma parte mínima do conteúdo! 
Além disso, sistemas Just In Time e Just in Case (JIC e JIT), mesmo sendo apresentados em pouco 
mais de uma página, representam cerca de 9% das questões, e nas questões da FCC, são maioria!! 
Abraço e bons estudos! 
 
Prof. Carlos Xavier 
www.facebook.com/professorcarlosxavier 
www.youtube.com/profcarlosxavier 
Instagram: @Professorcarlosxavier 
38%
35%
10%
9%
8%
O que mais cai em provas sobre 
Gestão de Estoques?
Estoques - visão ampla
Estoques - E máx, E mín, PP,
E médio
Estoques - avaliação (PEPS,
UEPS, etc.)
Estoques - JIT/JIC
Estoques - indicadores
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3. A GESTÃO DE ESTOQUES. 
Do ponto de vista da administração de materiais, estoques são o conjunto de materiais mantidos 
pela organização, seja para utilizar em seu processo produtivo, seja para os processos de apoio, 
seja para venda ao cliente. 
Os estoques são especialmente importantes para empresas do setor industrial e do comércio, já 
que sua movimentação de materiais é intensa e os custos a ela associados são muito grandes. 
É fundamental entender que o custo total dos materiais que a organização compra, armazena, 
utiliza e vende vai muito além do simples preço de compra. 
Os principais elementos relacionados ao custo dos estoques envolvem o custo dos pedidos e o 
custo de aquisição: 
• Custo de pedidos - despesas relacionadas à realização de um novo pedido de compras, 
como o tempo de trabalho do funcionário de compras, os equipamentos utilizados, etc. 
devem ser acrescidas ao custo de aquisição. Quanto mais frequentes forem os pedidos, 
maior será o custo total que se incorporará aos estoques. 
• Custo de aquisição/custo por item: é o preço pago pelo item comprado, assim como os 
custos diretos para trazê-lo até a empresa. 
 
 
Estoques grandes, de forma geral, implicam em maiores custos de armazenagem, capital e riscos, 
conforme a seguir: 
• Custo de armazenagem (edificações, pessoal, manutenção, equipamentos): é o custo da 
área física de armazenagem utilizada pelo produto, considerando o tempo de 
armazenamento médio até o seu consumo. Inclui, ainda, o custo dos funcionários, pessoal, 
equipamentos, etc., necessários para operação do almoxarifado. 
• Custo de capital: custos de oportunidade relativos aos investimentos feitos em 
armazenagem e estoque, que poderiam estar investidos em outras atividades. 
• Custo de riscos: relacionados com a eventual perda de produtos, danos, obsolescência 
(materiais se tornam obsoletos), depreciação (desvalorização), furtos, perecibilidade 
(materiais perdem a validade), etc. 
Quanto mais à montante estiver o estoque, maior o risco de perda por obsolescência, já 
que o cliente final não compra, o varejista não compra, o atacadista não compra, o 
distribuidor não compra e o estoque fica na mão do fabricante, por exemplo... 
 
Estoques pequenos, por sua vez, podem: 
• Gerar quebra/ruptura de estoque (falta de produtos) e fazer com que a organização não 
atenda às necessidades dos clientes em um pico de demanda, gerando perda delucros. 
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• Causar quebra de produção (paralisação da produção) caso seus fornecedores atrasem a 
entrega de matérias primas, fazendo a organização incorrer em perda de vendas, custos de 
funcionários ociosos e custos para reiniciar as máquinas. 
• Perda de imagem caso a organização tenha o seu nome e marca manchados pela 
dificuldade de atender seus clientes, por conta da falta de estoques. 
• Etc. 
 
Assim, os estoques servem como um colchão para gerar conforto no funcionamento dos processos 
da organização, servindo inclusive para: 
• Absorver diferenças entre oferta e demanda; 
• Atender demanda dos clientes por produtos acabados entre os ciclos de produção; 
• Atender a demanda variável por insumos na organização, permitindo seu abastecimento; 
• Manter a produção funcionando mesmo com o atraso de entrega de fornecedores; 
• Proporcionar ganhos financeiros para a organização e evitar perdas; 
• Etc. 
 
Você já deve ter notado que gerenciamento dos estoques é fundamental para o sucesso da 
organização. 
Esta função específica da administração de materiais é responsável pelo planejamento, 
organização, direção e controle de todos os processos relacionados com o estoque, desde a 
estocagem de matérias primas até a do produto acabado que será entregue ao cliente final. 
Podemos dizer ainda que uma boa gestão de estoques permite à organização atender as 
demandas dos clientes externos por produtos acabados e dos clientes internos por insumos, além 
de melhorar a eficiência do processo produtivo por meio da redução dos custos de estoque. 
 
 
 
Apesar de imprecisa, a definição de muitos autores para “gestão de estoques” é a mesma que 
“controle de estoques”. Assim, se você se deparar com questões que digam que o “controle de 
estoques” toma decisões sobre o que comprar, como comprar, quanto comprar, como fazer o 
ressuprimento, etc., aceite como correta! 
 
 
 
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(EBSERH/Assistente Administrativo) O setor de controle de estoques de materiais é 
responsável por definir que produtos devem ser mantidos em estoque, bem como a 
quantidade necessária e a periodicidade de reabastecimento de cada um deles. 
Comentário: 
Achei a questão ruim. Não há dúvida de que a gestão de estoques é responsável por definir 
que produtos devem ser mantidos, qual a quantidade e periodicidade de cada reposição. 
Apesar disso, trata-se da gestão ou administração de estoques. 
Controle é a função administrativa de verificação e ação corretiva e, por isso, aplicada à 
gestão de estoques, seria a função de verificação dos estoques e tomada de ações corretivas, 
e não de gerenciamento como um todo, nem de tomada de decisões antecipadas 
(planejamento). 
Assim, ao meu ver, o examinador errou ao copiar trecho de livro de algum autor que falou 
sobre o assunto de maneira imprecisa o que, infelizmente, é comum. 
Em sua prova, se isso cair dessa mesma forma, eu marcaria “certo”, conforme o gabarito 
apontado pela banca (já que isso é comum). 
GABARITO: Certo. 
 
(EBSERH/Assistente Administrativo) A manutenção de grandes quantidades de materiais em 
depósito é vantajosa devido ao fato de reduzir os custos de armazenagem. 
Comentário: 
Ao contrário, a manutenção de grandes quantidades de materiais em estoque aumenta os 
custos de armazenagem! 
GABARITO: Errado. 
 
(EBSERH/Analista Administrativo) A manutenção do estoque de medicamentos importados é 
considerada uma vantagem quando, por questões negociais, ocorre a interrupção de um 
contrato de fornecimento internacional. 
Comentário: 
Você teria que interpretar a questão. 
Se eu preciso de um material (e, por isso, tenho em estoque), quando um problema negocial 
dificulta a aquisição, a existência de estoque desse material é algo bom ou ruim? 
Bom, é claro! Isso porque o estoque vai possibilitar que a organização continue utilizando o 
material enquanto a questão negocial não se resolve. 
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GABARITO: Certo. 
 
(EBSERH/Analista Administrativo) As perdas com a desvalorização de materiais permanentes 
mantidos em estoque são consideradas custos de depreciação na gestão de um estoque. 
Comentário: 
Perfeito. Perdas com a desvalorização são custos de depreciação (perda de valor) em um 
estoque. 
GABARITO: Certo. 
 
Estudemos agora tópicos específicos que costumam ser cobrados em prova sobre a gestão e 
controle de estoques. 
 
3.1. JUST IN TIME – JIT, KANBAN E JUST IN CASE 
Trata-se de um sistema de reposição de estoques baseado numa filosofia de redução de custos 
com base nos estoques. 
O propósito central da filosofia Just in Time (JIT) para o gerenciamento de estoques é identificar a 
demanda por produto acabado com antecedência, produzindo apenas o necessário e comprando 
os insumos apenas para aquela demanda. Assim, ao menos em tese, os estoques cairiam para 
zero, o que baixaria imensamente o custo da organização. 
A organização só produziria o que é demandado pelo cliente, exatamente na hora que ele precisa, 
e só teria insumos ingressando exatamente na hora em que seu processo produtivo precisasse. Os 
materiais passam a ser “puxados” pelo cliente ao longo da cadeia produtiva, ao invés de serem 
“empurrados” para formar estoques. É como se a organização e seus fornecedores, ao longo da 
cadeia produtiva, fossem tratados como uma extensão um do outro, em uma relação de parceria e 
integração elevadas. 
A grande questão é que há vários problemas práticos para fazer o JIT funcionar: - os clientes 
possuem demandas variáveis; os fornecedores demoram tempos variáveis para entregar os 
insumos; alguns insumos chegam com defeito; alguns materiais se perdem ou se deterioram; etc. 
Tudo isso contribui para que a organização precise manter um certo nível de estoques. Esses 
problemas se tornam ainda maiores na Administração Pública, por conta de necessidade de seguir 
procedimentos licitatórios que podem ser demorados. 
O JIT anda em conjunto com o Kanban, que é uma ferramenta de controle de estoques que busca 
abastecer a fábrica com os itens necessários, nas quantidades necessárias, no momento 
necessário, com a qualidade necessária para suprir a linha de produção sem perdas e geração de 
estoques. 
Na prática, o sistema Kanban funciona com base em um sistema de cartões coloridos que vão 
sendo colocados ao longo da linha de produção para apontar a necessidade de reposição de um 
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material (cada cor aponta uma prioridade), sendo uma sinalização para o processo anterior 
entregar o material que precisa ser usado. 
O sistema foi construído com base em um sistema visual de supermercado: quando a prateleira 
está vazia, o processo de abastecimento sabe que é preciso movimentar material para aquele 
lugar, para que possa ser vendido o mais rapidamente possível. 
 
 
(EBSERH/Analista Administrativo – Gestão Hospitalar) Na administração dos estoques just-in-
time, se mantém um estoque de segurança para que, na necessidade do produto, o material 
já esteja disponível. 
Comentário: 
A gestão por meio do JIT é tendente a eliminar estoques, e não a manter estoques de 
segurança! 
GABARITO: Errado. 
 
(SABESP/Tecnólogo 01) Em obrasde construção civil, há um almoxarifado para controle dos 
materiais a serem utilizados. Entretanto, para prevenção de perdas e para redução dos níveis 
de estoques operacionais, uma estratégia muito utilizada é a reposição de acordo com o 
consumo, ou seja, a entrega do material na obra só é realizada quando o seu uso é iminente. 
Esta técnica de gestão de materiais é conhecida por 
 a) Supply Chain. 
 b) Just In Case − JIC. 
 c) logística reversa. 
 d) Just In Time − JIT. 
 e) ciclo PDCA. 
Comentário: 
A ferramenta que consiste em ter estoques tendentes a zero, só recebendo um material que 
vai ser utilizado na iminência de fazê-lo é o JIT. 
O restante das coisas mencionadas na questão simplesmente não se conecta com o que é 
pedido... 
GABARITO: D. 
 
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(Prefeitura de Macapá-AP/Administrador) No bojo das metodologias de administração de 
materiais, emergiu como paradigma para controle de estoques a ferramenta denominada 
Kaban atrelada 
 a) ao método UEPS (o último a entrar é o primeiro a sair) ou LIFO (last in, first out), que 
preconiza a reposição mais rápida dos últimos itens da cadeia produtiva. 
 b) à priorização da reposição de estoque de acordo com a demanda, que “empurra” o 
estoque de acordo com os itens mais requeridos. 
 c) à denominada Curva ABC que propõe a escolha de três principais itens para estocagem, 
de acordo com o seu peso relativo. 
 d) ao conceito just-in-time, que preconiza a reposição nas quantidades necessárias e no 
momento necessário, idealizando o estoque zero. 
 e) ao método PEPS (o primeiro a entrar é o primeiro a sair) ou FIFO (first in, first out), que 
preconiza a reposição mais rápida dos primeiros itens da cadeia produtiva. 
Comentário: 
O Kanban (e não “Kaban”) é uma técnica de sinalização da demanda por materiais por meio 
de cartões coloridos que ficam fixados nas localizações dos diferentes pontos de produção, 
sinalizando para o processo anterior qual o material e qual a urgência necessária. Este é um 
método associado ao just-in-time, com o objetivo de, idealmente, eliminar os estoques para 
dar máxima flexibilidade e menor custo à organização. 
GABARITO: D. 
 
 
O just-in-case, por sua vez, é uma filosofia de estoque oposta ao just in time. No Just in Case a 
organização opta por produzir com máximo de sua capacidade, gerando o máximo de produto 
acabado possível e criando estoques para evitar riscos de falta de atendimento ao cliente interno 
ou externo. 
Trata-se de um sistema de “empurrar” estoques para as próximas etapas, forçando o 
estabelecimento de estoques mais altos do que o necessário, em prol de mais segurança 
operacional. 
 
3.2. POLÍTICAS DE ESTOQUE. 
Um importante conceito para você conhecer é o de “políticas de estoque”. 
As políticas de estoque são decisões prévias tomadas pelos gestores com o objetivo de estabelecer 
quando pedir, quanto pedir e como controlar os estoques. São decisões consideradas estratégicas 
ou funcionais para os estoques. Decisões operacionais, do dia-a-dia, não fazem parte das políticas. 
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Viana apresenta o conceito em outras palavras. Para ele (2013, p.118) “entende-se por política de 
estoques o conjunto de atos diretivos que estabelecem, de forma global e específica, princípios, 
diretrizes e normas relacionados ao gerenciamento” de estoques. 
Dias (2015, p.17-18), por sua vez, detalha que as políticas de estoque são diretrizes que, de 
maneira geral, incluem: 
a) Metas quanto a tempo de entrega dos produtos ao cliente; 
b) Definição do número de depósitos e armazéns e da lista de materiais a serem estocados neles; 
c) Até que níveis deverão flutuar os estoques para atender a uma alta ou baixa das vendas ou a uma 
alteração de consumo; 
d) Até que ponto será permitido a especulação com estoques, fazendo compra antecipada com preços mais 
baixos ou comprando uma quantidade maior para obter desconto; 
e) Definição da rotatividade dos estoques. 
 
Como você já sabe: outros autores podem inventar outras coisas, e isso pode ser cobrado no seu 
concurso. O importante é que você entenda a regra geral: políticas de estoques são decisões 
prévias sobre como os estoques serão gerenciados. 
 
3.3. CLASSIFICAÇÃO DOS ESTOQUES 
Como você já sabe, no estudo de administração existem tantas classificações quanto autores 
tratando do assunto, mas é fundamental que você conheça algumas dessas classificações para a 
sua prova. 
Quanto à fase da produção, os estoques podem ser: 
• Estoque de matéria prima: estoque de insumos a serem utilizados no processo produtivo; 
• Estoque de material em processo: estoque de materiais em processo de transformação; 
• Estoque de material semiacabado: materiais que precisam de um acabamento final para se 
tornar componente de produto; 
• Estoque de material acabado: estoque de componentes/peças a serem utilizados na 
confecção de produtos. São partes prontas para serem anexadas ao produto para serem 
transformadas em produto acabado; 
• Estoque de produto acabado: estoque de produtos prontos para venda aos clientes finais. 
 
Quanto à natureza do estoque, por sua vez, eles podem ser: 
• Estoque de antecipação: serve como um colchão para absorver uma demanda futura 
relativamente previsível. Um exemplo é quando o supermercado faz um grande estoque de 
ovos de páscoa antes da páscoa, já que antecipa que aquele produto (de demanda 
inexistente ao longo do ano) terá uma demanda altíssima durante o período festivo. 
Carlos Xavier
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• Estoque de segurança (de flutuação/estoque mínimo): é o estoque que dá segurança para 
a organização funcionar sem quebra de estoque (falta de material quando ele for 
necessário). Em palavras mais técnicas, é um volume de estoque que serve para absorver 
flutuações dos níveis de insumos, demanda por produtos pelos clientes, ou lead time (na 
administração de compras, trata-se do tempo entre a realização do pedido e sua efetiva 
recepção, no estoque da empresa compradora).; 
• Estoque de tamanho do lote (ou estoque de ciclo): é o estoque referente ao tamanho do 
lote de compra, criado para se beneficiar da vantagem de custo por comprar em maior 
quantidade; 
• Estoque de transporte (de tabulação, em trânsito, de canal, ou de movimento): é o 
estoque de produtos em transporte. Geralmente é apresentado em uma média anual de 
estoque de transporte, sendo medido pela quantidade de material transportado (q) x 
tempo de transporte t) / 365 (dias). Ou seja: 
 
𝑬𝑻𝒎𝒆𝒅 = 
𝒒 𝒙 𝒕
𝟑𝟔𝟓
 
 
 
• Estoque hedge: é o estoque que é adquirido com o objetivo de se proteger de flutuações 
esperadas para o preço futuro de um produto, sendo comumente adquirido em mercados 
financeiros (e não físicos), especialmente para produtos do tipo commodities (produtos não 
diferenciáveis como grãos de um tipo específico, minerais específicos, etc.). 
 
Como você já deve ter notado, os estoques podem ser classificados com base na classificação de 
materiais adotada pela organização, inclusive a classificação ABC. 
 
Para relembrar esse assunto, caso precise, sugiro que volte na aula 
específica sobre classificação de materiais. 
 
Farei aqui uma breve recapitulação sobre a metodologia ABC de classificação, pois costuma ser 
cobrada em conjunto com a gestão de estoques. 
 
3.3.1. Análise ABC 
A análise ABC (“ABC de valor”), que foi utilizada pela primeiravez na General Electric, por F Dixie, 
busca estabelecer quais os SKUs mais relevantes para a organização com base no princípio de que 
a maior parte do investimento em materiais estará concentrada em uma pequena quantidade de 
itens, que devem ser gerenciados mais de perto. 
É baseada no Diagrama de Pareto, com a observação de que 80% da renda se encontrava nas 
mãos de 20% da população. 
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De modo geral, esta técnica parte do princípio de que poucas causas geram a maior parte dos 
problemas, sendo chamadas de vital few (estranhamente traduzido para português como "pouco 
vitais"). Trata-se do chamado “princípio 80 / 20” (80% dos problemas são explicados por 20% das 
causas) que é base para análises de prioridades como a curva ABC de compras. Na prática, esses 
percentuais não são exatos (80% / 20%). Às vezes a banca pode falar em 70/30 ou 90/10. 
Em oposição aos elementos "pouco vitais" (20% dos elementos que explicam 80% das 
consequências/problemas), haveria ainda a identificação dos elementos "muito triviais" (trivial 
many). Note que o foco é a identificação dos "pouco vitais" - os "muito triviais" são apenas 
consequência! 
Enquanto ferramenta de controle de estoques, a Análise de Pareto permite a identificação dos 
SKUs “classe A”, “classe B” e “classe C” com base no maior valor, para identificação da prioridade 
de tratamento, conforme a seguir: 
• Classe A: constituída por poucos SKUs (entre 15% e 20%) que representam a maior parte do 
valor total do estoque (cerca de 80%). Possuem elevado impacto sobre o custo da 
organização com estoques, e devem ser o foco da atenção na gestão dos estoques. 
• Classe B: constituída por uma quantidade média de SKUs (cerca de 35% a 40% do total) que 
representam aproximadamente 15% do valor total dos estoques. Possuem impacto 
moderado. 
• Classe C: constituída por uma grande quantidade de itens (entre 40% e 50%), que 
representam um valor muito baixo (cerca de 5% a 10%) dos estoques. 
 
 
Apesar de os percentuais poderem variar de autor para autor, têm-se que: 
• Itens A – pouca quantidade, muito valor, controle próximo. 
• Itens B – média quantidade, médio valor, controle normal. 
• Itens C – grande quantidade, baixo valor, controle simplificado. 
 
 
Caso não se lembre bem, para mais detalhes sobre a construção do diagrama, veja sua aula sobre 
classificação de materiais. 
 
 
 
 
 
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4. CONSUMO, DIMENSIONAMENTO E PREVISÃO DE ESTOQUE 
Estabelecer a dimensão dos estoques necessários para a organização é fundamental. Para fazê-lo é 
preciso saber quais os materiais que devem permanecer em estoque e qual a quantidade de 
estoque que deve ser mantida para cada material, sendo importante o conhecimento sobre 
métodos utilizados e indicadores. 
Estudemos esses temas com cuidado nos próximos tópicos. 
 
4.1. CONSUMO E DIMENSIONAMENTO DOS ESTOQUES 
O estabelecimento do consumo esperado para os materiais em estoque é fundamental para o seu 
dimensionamento. 
 
4.1.1. Técnicas de previsão de consumo 
Para prever o consumo futuro de um material a organização pode se utilizar de informações de 
diferentes naturezas: 
• Qualitativas: incluem dados e informações não quantificáveis, tais como opiniões de 
especialistas, de gerentes, consumidores, pesquisas de mercado, etc. 
• Quantitativas: incluem dados e informações quantificáveis, numéricas, tais como 
quantidade de produção estimada, número de pedidos de clientes, influência da 
propaganda sobre as vendas, crescimento da economia, etc. 
 
Segundo Dias (2015, p.25) as técnicas de previsão de demanda são classificadas em três grupos: 
a) Projeção: são aquelas que admitem que o futuro será repetição do passado ou as vendas evoluirão no 
tempo futuro da mesma forma que no passado; segundo a mesma lei observada no passado, este grupo 
de técnicas é de natureza essencialmente quantitativa. 
b) Explicação: procuram-se explicar as vendas do passado mediante leis que relacionem as mesmas com 
outras variáveis cuja evolução é conhecida ou previsível. São basicamente aplicações de técnicas de 
regressão e correlação. 
c) Predileção: funcionários experientes e conhecedores de fatores influentes nas vendas e no mercado 
estabelecem a evolução das vendas futuras. 
 
 
 
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Note que, das técnicas apresentas por Dias (2015), as duas primeiras (projeção e explicação) são 
quantitativas, enquanto apenas a predileção é qualitativa. Memorize isso, pois cai em prova! 
 
Para memorizar: 
• PROEX Predileto (Projeção e Explicação – quantitativos; Predileção - qualitativo) 
 
Se você consegue memorizar melhor com outras frases, crie uma que sirva para você! 
 
 
4.1.2. Formas de evolução do consumo 
Além de entender as técnicas de evolução do consumo, é preciso entender de que forma o 
consumo pode variar ao longo do tempo. 
Imagine, por exemplo, que todo ano você tira férias no mês de janeiro, vai para a praia com os 
amigos e toma muita cerveja e come churrasco. Nessa situação, seu consumo de cerveja e carne 
cresce bastante em janeiro e cai em fevereiro. Isso acontece todos os anos na mesma época. Isso é 
o que se chama de evolução sazonal do consumo ou demanda. 
Se, por outro lado, seu consumo de alimentos e bebidas é estável ao longo do ano, mesmo nos 
períodos de férias, dizemos que seu consumo é estável (horizontal). 
É possível ainda que você esteja em um processo de emagrecimento (ou de engorda...), o que faria 
com que no mês que vem o seu consumo de alimentos e bebidas tenda a ser um pouco menor (ou 
maior) do que o atual. Neste caso, dizemos que há uma tendência de variação no consumo. 
Por fim, o consumo de alimentos em sua casa pode variar de maneira totalmente desregulada, já 
que você pode comer mais ou menos dependendo do humor do dia, sem nenhuma regularidade 
causal, gerando um consumo irregular. 
O mesmo acontece nas organizações, onde diferentes modelos de variação de demanda se 
apresentam: 
• Consumo regular: o quantitativo de materiais utilizados varia pouco entre os diferentes 
intervalos de tempo considerados, não apresentando grandes variações por períodos do 
calendário (como as férias, por exemplo) ou tendência de subir ou cair. 
Exemplo de consumo regular: 
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Fonte: Viana (2013, p.110) 
 
• Consumo com tendência: é uma forma de consumo regular, na qual o material cuja 
quantidade de consumo está crescendo ou caindo com o tempo, sem que haja expectativa 
de que volte a um “normal”. O “normal” é a tendência de crescimento ou diminuição. 
Exemplo de consumo com tendência de alta 
 
Fonte: Viana (2013, p.111) 
 
• Variação sazonal: o consumo de materiais oscila de maneira regular em relação a causas 
específicas (como suas férias, por exemplo). Segundo Dias (2015, p.27) o consumo é sazonal 
quando o desvio é de, no mínimo, 25% do consumo médio e quando aparece condicionado 
a determinadas causas. 
• Variação irregular: o consumo dos materiais é aleatório e há grande variação entre 
diferentes espaços de tempo. 
Exemplo de consumo irregular 
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Fonte: Viana (2013, p.111) 
 
Apesar desse modelo teórico, a prática de organizações e provas podem considerar que esses 
modelos podem se combinar, fazendo com que em alguns momentos o consumo seja regular e em 
outros seja sazonal ou com tendência. 
 
 
4.2. MÉTODOS MATEMÁTICOS PARA PREVISÃO DO CONSUMO 
Agora você precisa conhecer quais são os principais métodos matemáticos para prever qual o 
consumo de um determinado material na organização. O estabelecimento do consumo é 
fundamental para que se saiba o tamanho do estoque necessário. 
Atenção: o consumo não deve se confundir com outras saídas de estoque, como materiais 
emprestados, por exemplo, para que a informação sobre consumo não seja “contaminada” e gere 
previsões erradas para a empresa. 
 
Os principais métodos de previsão de consumo incluem: 
• Método do consumo do último período: estima-se o consumo do período futuro com base 
no período anterior. 
Imagine que uma questão solicite que você aponte qual o consumo de sorvetes previsto na 
sua sorveteria para o mês de fevereiro/2019 com base no método do consumo do último 
período: 
 
 
 
 
 
 
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Mês Consumo (un.) 
Jan/2018 500 
Fev/2018 600 
Mar/2018 700 
Abr/2018 600 
Mai/2018 500 
Jun/2018 400 
Jul/2018 500 
Ago/2018 600 
Set/2018 700 
Out/2018 600 
Nov/2018 500 
Dez/2018 400 
Jan/2019 500 
 
Qual o consumo para o mês seguinte (Fev/2019), com base no método do consumo do 
último período? R.: simples! É só repetir o último período apresentado. 
Assim, com base nesse método, o consumo para o mês de fevereiro/2019 seguinte seria de 
500 (igual ao período de Janeiro/2019, imediatamente anterior) 
 
• Método da média móvel: estima-se o consumo do próximo período com base na média 
móvel de períodos anteriores. Tem como vantagem a simplicidade, mas apresenta a 
desvantagem de as médias serem influenciadas por valores extremos. Além dessa, os 
períodos mais distantes possuem o mesmo peso dos mais recentes, o que pode distorcer o 
consumo previsto em relação ao real, especialmente se houver alguma tendência. 
 
A fórmula de cálculo do consumo médio será: 
 
𝐶𝑀 = 
𝐶1 + 𝐶2 + 𝐶3 + 𝐶4 + ⋯ + 𝐶𝑛
𝑛
 
 
Onde: 
 
CM = consumo médio 
C = consumo nos períodos anteriores (1, 2, 3, ..., n) 
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N = número de períodos 
 
Para calcular a média móvel, é preciso estabelecer o número de períodos a serem 
considerados. Dias (2015, p.29) fala em 12 meses (o que faz sentido para amenizar 
variações sazonais anuais), mas cada organização pode utilizar a média móvel que lhe 
convier, considerando sua realidade. 
 
A média móvel de 12 meses, por exemplo, seria igual a: 
 
𝐶𝑀 = 
𝐶1 + 𝐶2 + 𝐶3 + 𝐶4 + ⋯ + 𝐶12
12
 
 
Imagine, agora, que a banca deseja que você calcule: 
1) o consumo de sorvetes projetado para o mês de fevereiro de 2019, com base no 
consumo médio total do período apresentado. 
2) o consumo de sorvetes projetado para o mês de fevereiro de 2019, com base no 
consumo da média móvel de 12 meses. 
 
Vejamos: 
 
Mês Consumo (un.) 
Jan/2018 500 
Fev/2018 600 
Mar/2018 700 
Abr/2018 600 
Mai/2018 500 
Jun/2018 400 
Jul/2018 500 
Ago/2018 600 
Set/2018 700 
Out/2018 600 
Nov/2018 500 
Dez/2018 400 
Jan/2019 500 
 
 
 
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𝐶𝑀 = 
𝐶1 + 𝐶2+ 𝐶3+ 𝐶4+⋯+𝐶13
13
 => 
500+600+700+600+500+400+500+600+700+600+500+400+500
13
 => 
 546,15 
 
Pelo método do consumo médio, considerando todos os períodos (como solicitado no 
exercício), o valor do consumo previsto para fevereiro seria de 546,15 unidades. Como não 
existe unidade fracionada, é comum que a fração seja arredondada para o inteiro superior 
(já que será preciso uma unidade inteira do material para que o 0,15 de sorvete seja 
vendido). Assim, a resposta inteira seria 547. 
 
O Consumo médio por média móvel para o mês de fevereiro/2019, por sua vez, utilizaria os 
valores dos últimos 12 meses como referência. Assim: 
 
𝐶𝑀 = 
𝐶1 + 𝐶2+ 𝐶3+ 𝐶4+⋯+𝐶12
12
 => 
600+700+600+500+400+500+600+700+600+500+400+500
12
 => 
 550 
 
Assim, o consumo médio de sorvete para fevereiro/20019, calculado por média móvel de 
12 meses, seria 550 unidades. 
 
Apenas a título de exercício, calculemos a média móvel de 3 períodos ao final de cada um 
dos meses da tabela abaixo: 
 
Mês Consumo (un.) 
Média móvel 
trimestral* 
Jan/2018 500 N.d. 
Fev/2018 600 N.d. 
Mar/2018 700 600 
Abr/2018 600 634 
Mai/2018 500 600 
Jun/2018 400 500 
Jul/2018 500 467 
Ago/2018 600 500 
Set/2018 700 600 
Out/2018 600 634 
Nov/2018 500 600 
Dez/2018 400 500 
Jan/2019 500 467 
* arredondada para inteiro superior 
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N.d. = não disponível 
 
 
 
 
(EBSERH/Técnico em Farmácia) No cálculo do consumo médio mensal (CMM) de um produto, 
devem ser consideradas as eventuais saídas por empréstimo para outra instituição. 
Comentário: 
Questão totalmente interpretativa. O material que saiu do estoque como empréstimo é 
consumo ou não? Não é! É material que saiu do estoque e que vai voltar. 
Se a organização considerar que ele faz parte do consumo, haverá erros frequentes na 
previsão do consumo futuro, pois ele vai considerar esses empréstimos quando não devia. 
Atenção: dizer isso não é a mesma coisa que dizer que esses empréstimos não devem ser 
registrados – é fundamental que sejam! Só não se pode misturar os registros com os de 
consumo da organização! 
GABARITO: Errado. 
 
 
• Método da média móvel ponderada: calcula-se a média dos períodos anteriores 
atribuindo-se um peso maior aos períodos mais recentes, como forma de reforçar o peso da 
tendência atual de consumo. 
É preciso ter o cuidado de observar que a soma total dos pesos precisa ser 100%. 
 
Imagine que você quer prever a demanda por sorvetes com base na média móvel 
ponderada de 3 períodos, mas atribuindo pesos de: 50% para o período mais recente, 30% 
para o período intermediário e 20% para o mais distante (note: total = 100%) para a tabela 
a seguir. Qual o consumo previsto para fevereiro/2019? 
 
Mês Consumo (un.) 
Jan/2018 500 
Fev/2018 600 
Mar/2018 700 
Abr/2018 600 
Mai/2018 500 
Jun/2018 400 
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Jul/2018 500 
Ago/2018 600 
Set/2018 700 
Out/2018 600 
Nov/2018 500 
Dez/2018 400 
Jan/2019 500 
 
Simples! 
Será a soma do consumo de janeiro (com peso de 50%), dezembro (com peso de 30%) e 
novembro (com peso de 20%), tudo isso dividido por 100%. 
Transformando os percentuais em decimais, temos que: 
50% =
50
100
= 0,5 
 
30% =
30
100
= 0,3 
 
20% =
20
100
= 0,2 
 
100% =
100
100
= 1,0 
 
Matematicamente, a resolução fica da seguinte forma 
 
𝑀𝑝3 =
(500 ∗ 0,5) + (400 ∗ 0,3) + (500 ∗ 0,2)
1
 
 
 
𝑀𝑝3 =
250 + 120 + 100
1
 
 
𝑀𝑝3 = 470 
 
Assim, considerando-se os pesos estabelecidos pelo exercício, o resultado seria uma 
previsão de consumo de 470 unidadespara fevereiro. 
 
• Método da média móvel com ponderação exponencial: esse método busca eliminar 
problemas dos métodos anteriores, dando mais valor aos dados recentes e manuseando 
menos informações. 
 
Dias (2015, p.32) afirma que apenas três valores são necessários para o cálculo, incluindo: 
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➔ Previsão da demanda do último período; 
➔ Consumo realmente ocorrido no último período; 
➔ Uma constante que determina o valor ou ponderação dada aos valores mais recentes. 
 
 
Funciona mais ou menos assim: Imagine que você fez a previsão, conforme o método do 
consumo no último período, que o consumo de sorvetes em fevereiro de 2019, na sua 
sorveteria, será de 500 unidades. Na sequência, a realidade se apresentou: você vendeu 
600! 
- Deve ter ficado feliz! Vendeu mais do que esperava e conseguiu lucrar mais! 
 
Apesar de toda a felicidade, agora vem a dúvida: houve uma tendência de alta no consumo? 
Em outras palavras, posso esperar que o consumo será, daqui por diante, nesse novo 
patamar? Ou será que aconteceu alguma coisa aleatória (mais dias de sol no final de 
semana, no mês) e, por isso, sua loja vendeu mais sorvetes? Você pode até ficar 
imaginando e tentando decifrar, mas é muito difícil chegar a uma resposta conclusiva. O 
Método da média móvel com ponderação exponencial tenta resolver isso. 
 
- Como, você deve estar se perguntando... 
 
Simples: ele pressupõe um fator para amortecer o tamanho do erro da previsão, 
considerando que apenas uma parte da variação em relação ao esperado foi uma mudança 
de tendência, o resto foi acaso. 
 
A determinação dessa constante pode ser feita por técnicas matemáticas, estatísticas ou 
empíricas. Na sua prova, a banca vai dizer qual o fator de amortecimento. 
 
Voltemos ao caso da sorveteria... Digamos, para efeito de exercício, que o fator seja de 20% 
(relativo à mudança de tendência) neste caso. Assim, os 80% restantes (100% - 20%) serão 
atribuídos ao acaso. 
 
Relembrando: o consumo estimado para fevereiro/2019 foi de 500 sorvetes, mas a 
realidade foi de 600. 20% da diferença foi tendência e 80% foi acaso. 
 
Para fazer a previsão para o período seguinte (março), teríamos que somar a realidade 
observada ponderada por um fator de tendência (600 * 20%) com a previsão anterior para 
fevereiro ponderada pelo fator do acaso (500 * 80%). Assim, a previsão para março seria de 
120+400 = 520. A previsão para março de 2019 é de 520 sorvetes! 
 
Matematicamente, isso é o mesmo que o seguinte: 
 
𝑋𝑇̅̅̅̅ = 𝛼 𝑋𝑇 + (1 − 𝛼 ) �̅�𝑇−1 
 
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Onde: 
 
𝑋𝑇̅̅̅̅ = média estimada no período T (para o período seguinte!) 
𝛼 = fator atribuído à tendência de mudança no consumo 
 𝑋𝑇 = consumo realmente observado no período T 
(1 − 𝛼 ) = fator atribuído ao acaso na mudança do consumo 
 �̅�𝑇−1 = consumo anteriormente previsto (previsto no período anterior, para o período T) 
 
- Carlooooooos! Preciso memorizar isso?! 
-R.: Não!!! =) 
Não se assuste com a fórmula matemática. Só coloquei aqui para os que são mais 
“matemáticos” do que “linguísticos” entenderem. Você só precisa entender o que falei 
antes que é, em essência: 
 
 
Método da média móvel com ponderação exponencial: 
Para fazer a previsão para o período seguinte (março), teríamos que somar a realidade 
observada ponderada por um fator de tendência com a previsão anterior para fevereiro 
ponderada pelo fator do acaso. 
 
 
• Método dos mínimos quadrados: trata-se de um método para calcular qual seria a equação 
referente a uma reta formada pelos dados. Em outras palavras, você observa os dados, 
percebe que existe uma equação que explica os dados e que, se você souber, pode prever 
com certa clareza os próximos períodos. 
O que cai em prova é apenas a definição do método. O método matemático para cálculo 
dessa fórmula é mais chatinho e não costuma ser cobrado em provas, por isso não vou 
trazê-lo aqui, para não lhe confundir com os demais, que são mais importantes. 
Por desencargo de consciência, conheça a forma que Dias (2015, p.34) define o método: 
“esse método é usado para determinar a melhor linha de ajuste que passa perto de todos 
os dados coletados, ou seja, é a linha de melhor ajuste que minimiza diferenças entre a 
linha reta e cada ponto de consumo levantado”. Aponta ainda a fórmula: 
 
∑(𝑌 − 𝑌𝑃)
2 
 
Onde: 
Y = valor real 
Yp = Valor dos mínimos quadrados. 
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5. REPOSIÇÃO DE ESTOQUE 
De forma geral, os sistemas de reposição de estoques da organização podem ser organizados de 
uma das seguintes formas: 
• Reposição por quantidade: quando se chega ao nível mínimo de estoque (estoque de 
reposição), é feita a reposição do material, tendo como base a cota necessária, sem que 
haja qualquer prazo associado. É como se você resolvesse comprar uma bandeja de ovos 
toda vez que a quantidade de ovos em sua geladeira chegar a 2 unidades. O tempo para 
chegar a 2 unidades pode variar, mas sempre que chegar lá você irá comprar uma bandeja. 
O sistema por quantidade costuma estar associado ao funcionamento de um sistema de 
duas gavetas: trata-se de um sistema bem operacional - o almoxarifado possui dois 
estoques (gavetas, armários, salas, etc.) para cada material. Um primeiro serve para o 
atendimento às demandas comuns da organização. Quando ele acaba, o segundo estoque 
entra em ação (estoque de reserva e segurança) e um pedido de compra é enviado para o 
setor responsável. Trata-se de um método simples e muito utilizado em pequenas empresas 
de varejo, mas pode se tornar complicado quando os itens são estocados em diferentes 
locais. 
É como se você, em sua casa, usasse um armário como reserva e um como armazenagem 
principal. Toda vez que você precisa recorrer à reserva, porque o principal acabou, é preciso 
comprar. 
 
• Reposição por tempo / sistema de reposição periódica: os materiais são repostos 
integralmente em períodos pré-determinados. É mais ou menos como a pessoa que resolve 
fazer a feira da semana sempre aos sábados, comprando o que foi consumido na semana 
anterior e enchendo seu estoque. 
 
• Reposição por quantidade e tempo (sistema “máximos e mínimos”, ou de reposição 
contínua): há uma cota de materiais a serem repostos para durar um determinado período, 
e a reposição é feita em uma época predeterminada. 
Nesse sistema, estima-se o estoque máximo e mínimo para o período com base na 
expectativa de consumo previsto para o período. Calcula-se o Ponto de Pedido (PP) e a 
quantidade de pedido para que, quando o pedido for realizado, o estoque restante seja 
consumido até o ponto de chegar no Estoque de Segurança (ES) na data esperada para a 
reposição com o novo lote comprado. O ES não deverá ser consumido em condições 
normais. Trata-se de um verdadeiro “volume morto” para ser utilizado apenas em casos 
emergenciais. O estoque de segurança somado à quantidade do pedido será igual ao 
estoque máximo. 
 
Por exemplo, você tem uma capacidade de armazenamento de comida em casa que é 
limitada, certo? Seu consumo é mais ou menos igual, certo? Então: você calcula qual o lote 
de compra que minimiza seus custos e qual será sua rotina de compra. Assim, por exemplo, 
saberá que precisa comprar uma dúzia de ovos a cada 7 dias, rotineiramente, e isso fará 
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com que o estoque de segurança absorva eventuais variações no consumo, sem faltar ovos 
em casa. 
 
• Reposição imediata por quantidade: os materiais são encaminhados imediatamente para o 
setor, conforme o consumo ocorre. Isso pode ser diário, ou mesmo várias vezes por dia! É o 
sistema “just in time” em ação, em conjunto com o Kanban. Sabemos que a ideia é boa, 
mas qual a dificuldade de manter estoques zero em casa e, toda vez que precisar comer, ir 
buscar apenas os ingredientes da comida do dia? Enorme! 
 
• MRP (material requirement planning), MRP II e ERP: MRP é um sistema computacional que 
parte das previsões de vendas para estabelecer o planejamento da produção, as demandas 
por cada material, o nível de estoques, compras, custos e controle da produção, com o 
principal objetivo de manter baixos os estoques de cada um dos materiais utilizados, ao 
mesmo tempo em que mantém a produção funcionando sem interrupções. É o simples 
cálculo da demanda de cada material dependente da produção desejada. 
Caso haja alterações por irregularidade na demanda, o sistema MRP será impactado, mas 
proporcionará, logo após, o recálculo das quantidades de produção e estoques a serem 
utilizados, assim como a necessidade de compras de materiais. 
Para que o MRP funcione adequadamente, é fundamental que os dados estejam disponíveis 
no sistema, incluindo a previsão de demanda, lista de materiais, ordens dos clientes e 
registro de inventários. 
 
- O conceito de MRP tradicional evoluiu para o MRP II (manufacturing resources planning) 
e passou a incluir diferentes áreas da organização, como finanças, materiais e RH, além de 
equipamentos, instalações, áreas de estoque, etc., todos ligados à manufatura. 
- Com o tempo, evoluiu novamente para o ERP (Enterprise resources planning), passando a 
envolver todos os recursos empresariais – não só os ligados à manufatura. 
 
O sistema de reposição por quantidade e tempo é especialmente importante para o seu concurso, 
por isso vamos estudá-lo, começando pela identificação do estoque de segurança. 
 
 
 
(TRT3/AJ-Enfermagem) Com relação a gestão de recursos materiais, o enfermeiro do setor 
descreveu no manual da instituição “deve ser estabelecido uma quantidade de materiais 
(cota) que garanta o consumo durante um período, e em uma época, também determinada, 
é feita a solicitação de materiais na quantidade necessária para repor o estoque". Nesta 
situação, o profissional está definindo que a provisão de materiais na sua unidade se dará 
pelo sistema de reposição, 
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a) por quantidade, apenas. 
b) por tempo, apenas. 
c) por quantidade e tempo. 
d) imediata por quantidade. 
e) de estoque mínimo. 
Comentário: 
O sistema de reposição que está sendo utilizado pressupõe uma quota e um tempo 
específico, pois a quantidade de materiais será comprada, em época certa, para durar um 
determinado período. 
GABARITO: C. 
 
(Câmara de Salvador – BA/Analista Legislativo Municipal) Quanto ao modelo de reposição 
periódica de estoques, é correto afirmar que: 
 a) consiste em emitir um pedido de compra sempre que o nível de estoque atingir o ponto 
de pedido, sendo bastante sensível ao tempo de atendimento; 
 b) consiste em emitir pedidos de compra em intervalos fixos, em quantidades que deixariam 
o estoque pleno no momento do pedido; 
 c) também chamado de modelo do lote padrão, ou modelo do estoque máximo, depende 
do tempo de atendimento para determinação do ponto de pedido; 
 d) por trabalhar com o estoque mínimo, corre o risco de ficar sem estoque caso a demanda 
seja razoavelmente maior que a utilizada para determinação do ponto de pedido; 
 e) por trabalhar com o estoque mínimo, o estoque de segurança não deve ser inferior a 30% 
do lote econômico. 
Comentário: 
O modelo de reposição periódica é voltado para emissão de pedidos em momentos 
específicos do tempo, ou seja, em intervalos fixos, de modo a completar o estoque no 
momento em que os pedidos são feitos. 
GABARITO: B. 
 
 
 
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5.1. O ESTOQUE DE SEGURANÇA. 
O estoque de segurança merece atenção especial. A determinação do volume de estoque de 
segurança depende do lead time, da variabilidade da demanda durante o lead time, da frequência 
dos pedidos, e do nível de atendimento desejado. 
Para estabelecer o estoque de segurança é fundamental que se saiba que normalmente a 
demanda dos produtos na organização segue uma curva normal, onde a distribuição de 
frequências das demandas apresenta algumas características estatísticas, destacando-se o fato de 
que aproximadamente 68% dos casos estão a até um desvio padrão (sigma) da média, 95% estão a 
até dois desvios padrão, e cerca de 99,8% estão a até três desvios padrão, conforme a seguir: 
 
Fonte: Wikipédia 
Os pontos de corte da curva acima são arredondados. 
 
Com base na demanda em cada período (dia/semana/mês/etc.), é preciso que se calcule o desvio-
padrão (sigma de uma distribuição normal). Questões de prova sobre isso já podem trazer o 
desvio padrão calculado para você. É pouquíssimo provável que isso seja necessário em sua prova, 
mas, por desencargo de consciência, o roteiro para cálculo do desvio-padrão é o seguinte 
(ARNOLD, 2015, p. 307): 
1. Calcula-se o desvio para cada período, subtraindo a demanda real da demanda prevista. 
2. Eleva-se cada desvio ao quadrado. 
3. Somam-se os quadrados dos desvios. 
4. Divide-se o valor resultante do passo 3 pelo número de períodos, para determinar a média dos 
quadrados dos desvios. 
5. Calcula-se a raiz quadrada do valor resultante do passo 4. 
 
- Percebeu a complicação?! É por isso que normalmente esse cálculo não é exigido em prova – já 
que você não está estudando matemática, e sim administração! 
Bem... Seguindo em frente... Com o desvio padrão calculado, basta consultar a tabela de fator 
segurança para o de atendimento desejado, multiplicando-se pelo desvio padrão do caso 
específico. Olha aqui a tabela (ARNOLD, 2015, p.310): 
 
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Nível de atendimento Fator de segurança 
50% 0,00 
75% 0,67 
80% 0,84 
85% 1,04 
90% 1,28 
94% 1,56 
95% 1,65 
96% 1,75 
97% 1,88 
98% 2,05 
99% 2,33 
99,86% 3,00 
99,99% 4,00 
 
 
 
Calma!!! É claro que você não precisa memorizar essa tabela! Se isso for pedido em sua prova 
provavelmente haverá uma tabela de apoio! 
 
 
 
Sabendo disso, proponho um exercício rápido de fixação: uma empresa possui demanda média de 
500 pregos por dia, com desvio padrão de 100. O nível de atendimento desejado pelo estoque é de 
90%. Qual o valor do estoque de segurança dos pregos? 
Estoque de segurança = sigma x fator de segurança. 
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Assim, o estoque de segurança será: 
100 x 1,28 = 128 unidades. 
- Percebeu como é fácil?! 
 
O atendimento das demandas por materiais estocados é feito pelo almoxarifado. Vamos estudar 
um pouco mais sobre este importante setor de gestão de materiais. 
 
5.2. O GRÁFICO “DENTE DE SERRA” 
Um ponto muito relevante da administração de compras e estoques nas provas de concurso é o 
correto entendimento do gráfico dente-de-serrae os seus elementos. Para que você vá se 
acostumando, lhe apresento o bendito: 
 
 
 
 
Onde: 
Emax = estoque máximo do item. 
Q = quantidade do pedido que chegou, normalmente feito com base no LEC = Lote Econômico de 
Compra. 
PP = Ponto de pedido. 
ES = Estoque de segurança. 
Lead time = tempo entre o pedido e a chegada do material (tempo de reposição) 
 
Esse gráfico apresenta o comportamento do estoque de um material em condições perfeitas, 
onde: 
Lead 
Time 
Q 
Emax 
ES 
PP 
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• O consumo do material é constante e estável ao longo do tempo. 
• Não há falhas administrativas nas áreas de compras, recepção, estoque, produção, ou no 
fornecedor. 
• Não há entregas atrasadas pelo fornecedor. 
• Não há nenhuma entrega rejeitada pelo setor de recepção em função de problemas de 
qualidade e administrativos. 
 
 
(TRE-GO/TJAA) Ocorre excesso de material estocado quando for positivo o resultado da 
seguinte equação: saldo atual - ponto de ressuprimento + lote econômico de compras. 
Comentário: 
Não faz o menor sentido! O excesso de material só ocorrerá se houver mais material do que 
o Estoque Máximo, que não tem nada a ver com a fórmula apresentada pela questão. 
Relembrando: Emax = ES + Quantidade comprada (normalmente o LEC). 
GABARITO: Errado. 
 
(EBSERH/Técnico em Farmácia) O tempo de reposição (TR) de determinado medicamento 
que demore 15 dias entre o pedido da compra e a entrega pelo fornecedor é igual a 1. 
Comentário: 
Se o tempo de reposição é de 15 dias, ele é igual a 15 dias... esse 1 na questão é totalmente 
sem sentido... 
GABARITO: Errado. 
 
 
Como se trata de uma visão sobre o estoque em condições perfeitas, a prática é muito diferente 
do que ele apresenta. Ainda assim, traz uma compreensão profunda sobre o assunto e, como cai 
em provas, deve ser estudado. 
O Lead time é tempo decorrido entre a realização do pedido de compra pela empresa e sua 
entrega. 
Vejamos alguns detalhes adicionais sobre os elementos desse gráfico, para que você responda 
qualquer pergunta sobre ele que venha a ser cobrada em sua prova! 
O Estoque de segurança (ou estoque mínimo) é o valor de estoque que a organização deve manter 
como um “volume morto” para absorver eventuais flutuações de demanda ou atraso do lead time 
do pedido. Normalmente é calculado com uma conta estatística chata, que inclui o cálculo do 
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desvio padrão da demanda pelo item, que é multiplicado por um fator relativo ao nível de serviço 
desejado. 
O Ponto de Pedido é o momento de realizar um novo pedido de compra. Esse momento é 
verificado com base no nível do estoque do produto na organização. Quando um estoque chega a 
um nível tal que o consumo do material durante o prazo de entrega o levará até o estoque de 
segurança, trata-se do momento de realizar o pedido de compra. 
Assim, podemos afirmar que: 
PP=Demanda durante lead time (DDLT) + Estoque de Segurança (ES) 
 
 
 
EXEMPLO: 
- Imagine uma situação na qual o pedido de um material demore 15 dias para ser atendido. O 
estoque de segurança do material é de 60 unidades e seu consumo é de 120 unidades por mês. 
Qual o ponto de pedido? 
- R.: A demanda durante o lead time é de 60 unidades (15 dias é metade de um mês, e em um mês 
a demanda é de 120 unidades). O Estoque de segurança é de 60 (dado pela questão). Assim PP = 
DDLT + ES => 60 + 60 => 120. O Ponto de Pedido será quando o estoque do material chegar a 120 
unidades! 
 
 
 
 
 
(TRT8/TJAA) Assinale a opção que apresenta tipos de dados necessários para o cálculo do 
ponto de pedido, ou seja, a quantidade de estoque que, quando alcançada, indica o 
momento de providenciar um novo pedido de compra. 
a) consumo médio mensal, estoque máximo e tempo de reposição 
b) tempo de reposição, estoque mínimo e giro de estoque 
c) consumo médio mensal, giro de estoque e estoque segurança 
d) tempo de reposição, giro de estoque e estoque máximo 
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e) consumo médio mensal, tempo de reposição e estoque mínimo 
Comentário: 
Para que se calcule o ponto de pedido, é necessário saber qual o estoque mínimo e qual o 
consumo durante o lead time, ou seja, qual o consumo durante o tempo de reposição. 
O consumo durante o tempo de reposição, por sua vez, pode ser obtido por meio do tempo 
de reposição e do consumo médio do período. 
Tais informações só estão mencionadas na alternativa E. 
GABARITO: E. 
 
(Câmara de Salvador/Analista Legislativo Municipal) Uma escola pública hipotética adota o 
sistema de reposição contínua para a manutenção dos níveis de canetas para quadro branco 
em estoque. O consumo mensal é de 300 canetas, o estoque de segurança é de 60 canetas e 
o tempo de reposição solicitado pelo vendedor é de 2 dias. 
Considerando o mês de 20 dias, os pedidos deverão ser realizados quando a quantidade de 
canetas em estoque for de: 
 a) 150; 
 b) 120; 
 c) 90; 
 d) 80; 
 e) 60. 
Comentário: 
Questão simples. Vamos resolver sem nenhuma fórmula? Quero mostrar para você que é 
possível... 
Vejamos: 
O consumo mensal é de 300 canetas e o mês tem 20 dias. Assim, o consumo de canetas por 
dia é de 300/20 = 15 canetas por dia. 
O tempo de reposição é de 2 dias, durante os quais serão consumidas 30 canetas (15x2). 
Como o pedido deve ser feito de modo que, quando o pedido chegar, o estoque de 
segurança seja atingido, temos que somar 30 canetas de consumo + 60 do estoque de 
segurança para perceber que o ponto de pedido é 90 canetas. 
GABARITO: C 
 
 
 
 
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Voltando ao estudo do gráfico... 
Um elemento que não está sinalizado no gráfico (para não bagunçar seu entendimento...), mas 
que você precisa conhecer é o estoque médio (EM) do produto no tempo. Calculá-lo é bastante 
simples, já que você precisa saber apenas a quantidade do pedido e o estoque mínimo. 
 
EM = Q/2 + ES 
 
Ou seja, o estoque médio é igual à quantidade do pedido dividida por dois, somado com o estoque 
de segurança. Simples assim! 
 
EXEMPLO: 
- O lote de compra praticado pela organização para um dado material é de 150 unidades e seu 
estoque mínimo é de 120 unidades. Qual o seu estoque médio? 
- R.: EM = Q/2 + ES => 
=> EM = 150/2 + 120 => 
=> EM = 75 + 120 => 
=> EM = 195 unidades 
 
Seguindo em frente... 
Vamos tratar agora de outro conceito bastante simples: o Estoque Máximo (Emax). Trata-se da 
simples soma da quantidade comprada com o estoque de segurança. Assim: 
 
Emax = Q + ES 
 
EXEMPLO: 
- O lote de compra praticado pela organização para um dado material é de 150 unidades e seu 
estoque mínimo é de 120 unidades. Qual o seu estoque máximo? 
- R.: EMax = Q + ES => 
Emax = 150 +120 
Emax = 270 unidades. 
 
 
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A quantidade a ser pedida pode variar em função de diferentes critérios. Uma boa 
forma de calcular quanto deve ser pedido é por meio do Lote Econômico de Compra 
(LEC). 
Saber calcular o Lote Econômico de Compra (LEC)é fundamental para um 
administrador de materiais. 
 
Lembre-se da fórmula do LEC: 
𝐿𝐸𝐶 = √
2𝐴𝑆
𝑖𝑐
 
 
Onde: 
LEC = Lote Econômico de Compra. 
A = demanda do material por período, em unidades. 
S = custo para emitir um pedido, em dinheiro. 
i = taxa de custo de armazenagem por período (porcentagem expressa em decimal). 
c = custo da unidade comprada. 
Note ainda que “ic” representa o custo total da armazenagem de uma unidade do 
material no período considerado (algumas questões informam diretamente esse valor, 
já em unidades monetárias!). 
Uma variação do modelo substitui “ic” por “Ca+(jp)”, onde Ca = custo de armazenagem 
em dinheiro, por unidade, por período; j = taxa de juros no período, em decimal; p = 
preço da unidade do material. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS ESTOQUES 
A avaliação e controle dos estoques pode se referir a cálculo de indicadores de movimentação ou 
métodos contábeis para registro dos estoques. 
Estudemos os diferentes pontos que podem aparecer na sua prova. 
 
 
6.1. PRINCIPAIS INDICADORES DE ESTOQUES: GIRO DE ESTOQUE E TAXA DE COBERTURA 
 
Com base no consumo é possível calcular o índice de rotatividade do estoque (IR), ou giro de 
estoque (GE), que indica quantas vezes o estoque é trocado em determinado período. 
De outra forma, é possível calcular também quanto tempo um determinado estoque durará na 
empresa (taxa de cobertura/antigiro), dado o consumo esperado. Com isso, é possível dimensionar 
o estoque para que ele possua um dado grau de taxa de cobertura dos seus insumos. 
Esses indicadores são calculados da seguinte forma: 
 
𝐼𝑟 = 
𝐶𝑚
𝐸𝑚
 
 
Onde: 
Ir = Índice de Rotatividade do Estoque (ou Giro do Estoque) 
Cm = Consumo (p. ex.: no ano) 
Em = Estoque médio (p. ex.: no ano) 
 
 
Outra fórmula para cálculo envolve o valor monetário dos estoques, aplicável para os produtos 
acabados: 
 
𝐼𝑟 = 
𝐶𝑚𝑣
𝐸𝑚𝑝𝑎
 
 
Onde: 
Ir = Índice de Rotatividade do Estoque (ou Giro do Estoque) 
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Cmv = Custos das mercadorias vendidas (em R$, p. ex.: no ano) 
Empa = Valor de estoque médio dos produtos acabados (em R$) 
 
 
 
A mesma fórmula pode ser adaptada para se calcular a rotatividade da matéria prima: 
 
𝐼𝑟 = 
𝐶𝑚𝑎𝑡
𝐸𝑚𝑚𝑝
 
 
Onde: 
Ir = Índice de Rotatividade do Estoque (ou Giro do Estoque) 
Cmat = Custos das matérias primas (em R$, p. ex.: no ano) 
Emmp = Valor de estoque médio das matérias primas (em R$) 
 
 
Outro importante indicador é a taxa de cobertura (também chamada de antigiro – o oposto do 
índice de rotatividade), que se calcula da seguinte forma: 
 
𝑇𝑐 = 
𝐸𝑚
𝐶𝑚
 
 
Onde: 
Tc = Taxa de cobertura 
Cm = Consumo (p. ex.: no ano) 
Em = Estoque médio (p. ex.: no ano) 
 
 
* Para calcular a taxa de cobertura é preciso colocar o estoque médio e o consumo médio na 
mesma unidade de tempo, para saber por quantos períodos o estoque médio cobre a demanda. 
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No IR (ou GE), é comum que as unidades temporais também sejam as mesmas, mas é possível 
haver a situação de se desejar analisar quantos giros o estoque médio (em determinada unidade 
de tempo) gira em outra unidade de tempo. 
 
 
 
 
(EBSERH/Analista Administrativo) Giro de estoque ou rotatividade é um indicador que reflete 
o número de vezes que o estoque roda em determinado período. Esse indicador é calculado 
pela razão entre os valores, em unidades, do estoque médio no período e do consumo do 
período. 
Comentário: 
Bela pegadinha. O giro do estoque realmente reflete o número de vezes que o estoque roda 
em um período, e outro nome para ele é a rotatividade de estoque. 
Apesar disso, o cálculo do indicador é a razão entre o consumo e o estoque médio, e não o 
contrário (como afirmado pela questão). A fórmula apresentada pela questão é do antigiro, 
ou cobertura de estoque. 
GABARITO: Errado. 
 
(DPE-RS/Técnico – Logística) No ano de 2016, uma empresa que comercializa materiais de 
informática apresentou vendas de R$ 285.000,00. O estoque médio mostrou um valor de R$ 
3.000,00. Supondo um ano de 365 dias, o giro e a cobertura do estoque, no período de 2016, 
foram, respectivamente, 
a) 105 vezes; 3,8 dias. 
b) 85 vezes; 2,8 dias. 
c) 95 vezes; 3,8 dias. 
d) 90 vezes; 3,8 dias. 
e) 80 vezes; 4,8 dias. 
Comentário: 
Relembremos como são calculados os indicadores solicitados pela questão: 
GE = Consumo médio no período considerado (p. ex.: no ano). 
 Estoque médio. 
 
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GE = Custo da mercadoria vendida no período (p. ex.: no ano) 
 custo do estoque médio no período 
 
Taxa de cobertura = Estoque médio . 
 Consumo médio no período 
Assim, dividindo-se R$285.000 por R$3.000 tem-se que o estoque “gira” 95 vezes em um 
ano. 
Além disso, para se calcular a cobertura, é preciso colocar as unidades de medida iguais. 
Assim, é preciso dividir 285.000 por 365 = R$780,82. Depois disso, divide-se: R$3.000 / 
R$780,82 = 3.84 
GABARITO: C. 
 
(TJ-BA/TJAA) O quadro abaixo representa a planilha de movimentação de estoque de uma 
determinada empresa. 
 
 
 
O estoque médio e a cobertura geral do estoque do primeiro mês são, respectivamente: 
a) 1500 e 1,5; 
b) 1500 e 1,2; 
c) 1250 e 1,2; 
d) 1200 e 1,5; 
e) 1200 e 1,2. 
Comentário: 
O sistema apresentado não possui regularidade de demanda nem estoque mínimo, por isso a 
fórmula padrão para estoque médio não se aplica. 
Teremos que calcular o estoque médio na marra. O estoque médio nas 4 primeiras semanas 
(primeiro mês) é = (3.000 + 2.000 + 1.000 + 0)/4 = 1.500. 
Agora vamos calcular a taxa de cobertura: 
 
Semana Demanda Entradas Saldo 
1 2000 3000 
2 1000 2000 
3 1000 1000 
4 1000 
5 2000 5000 3000 
 
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Taxa de cobertura = Estoque médio . 
 Consumo médio no período 
 
TC = 1.500/Consumo médio. 
Consumo médio = (2.000+1.000+1.000+1.000)/4 = 1.250 
TC = 1.500/1.250 = 1,2. 
GABARITO: B. 
 
 
 
6.2. MÉTODOS PARA AVALIAÇÃO FINANCEIRA DOS ESTOQUES: CUSTO MÉDIO, PEPS, UEPS, 
CUSTO DE REPOSIÇÃO, CUSTO ESPECÍFICO. 
É importante que você saiba como avaliar financeiramente o valor dos estoques de uma 
organização. Para isso, em primeiro lugar, é fundamental que você saiba que a contabilidade 
registra os estoques como um ativo, que sofrerá baixa quando um produto for vendido e alta 
quando um novo item for comprado para compor os estoques da organização. 
Se você nunca estudou isso, pode estar achando que se trata de matéria óbvia, mas saiba que não 
é tão simples assim. Na prática, como você faria? 
Imagine que comprei três sapatos para vender, todos idênticos. O primeiro custou R$100,00. O 
segundo custou R$110,00. O terceiro custou R$120,00. Se eu quiser comprar outro, por contada 
inflação, custará R$130,00. Resolvi vender um sapato por R$110,00. Tive lucro ou prejuízo? De 
quanto? Depende do método utilizado para avaliar financeiramente os estoques! 
Para responder adequadamente esta pergunta, é fundamental que você entenda quais os 
principais métodos para avaliação dos custos de estoque do ponto de vista da gestão de materiais 
e gestão financeira (e não das normas contábeis vigentes, que podem ser diferentes!), que são os 
seguintes: 
• Custo Médio ponderado: trata-se de um método bastante utilizado e que consiste em 
avaliar o custo de cada item com base no preço médio da aquisição, ponderado pelo 
tamanho do lote comprado (o que dá no mesmo de considerar o custo médio de cada um 
dos itens individuais comprados). Pode ser fixo, quando é apurado em um momento e 
utilizado dali em diante, ou móvel, quando se consideram os valores realmente pagos pelos 
produtos que estão em estoque. Neste último, sempre que um produto entra no estoque, 
seu valor real é computado no custo médio e quando um produto sai o seu custo médio é 
retirado do estoque. 
• Primeiro que entra, primeiro que sai (PEPS – FIFO): O método PEPS (ou FIFO – first in, first 
out) consiste na avaliação do estoque pela ordem cronológica das entradas. O material que 
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entrou antes é o que sairá antes, por isso o custo a ser considerado na hora que o material 
sai do almoxarifado será o custo do mais antigo no estoque. 
• Último que entra, primeiro que sai (UEPS – LIFO): do inglês last in, first out, o material 
retirado será sempre avaliado pelo custo do mais recentemente adicionado ao estoque. É 
mais interessante do que o PEPS em períodos inflacionários, pois o custo da venda vai ser 
mais próximo da realidade, já que o produto vendido foi o mais recentemente comprado. 
• Custo de reposição: o valor dos estoques é avaliado com base no custo que a organização 
teria para repor os materiais, após o consumo. 
• Custo ou preço específico: é a atribuição do custo especificamente pago por cada uma das 
unidades de estoque. Assim, quando um item físico é retirado, seu custo de aquisição 
considerado será especificamente o que foi incorrido na sua compra. 
 
O método de avaliação dos estoques a ser utilizado pela União, Estados, DF e Municípios, nos 
termos da Lei 4.320/1964 é o custo médio ponderado1. 
 
 
Os métodos PEPS e UEPS também se relacionam com a movimentação física dos materiais em 
estoques: dos diferentes sapatos comprados no exemplo que utilizei, qual item físico você retiraria 
primeiro do estoque? Talvez faça sentido usar o método PEPS, para evitar que o produto fique 
velho. 
Eu, quando compro leite, ovos e iogurte (produtos perecíveis), sempre tomo um cuidado ao 
guardar na geladeira: retiro os “antigos”, guardo os “novos” no fundo e coloco os “antigos” na 
frente, mais acessíveis. Assim, o primeiro que entrou será o primeiro que sai, para evitar perdas! 
 
 
 
 
(MPE-AL/Contador) Em relação ao controle do estoque pelos métodos PEPS, UEPS e custo 
médio ponderado móvel, admitindo que os custos do estoque aumentam de forma contínua, 
assinale a afirmativa correta. 
 
1 Cuidado: na movimentação física dos bens de almoxarifado (e não na avaliação de estoques) a IN 
205/1988 da Presidência da República estabelece o uso do sistema PEPS. 
Carlos Xavier
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 a) O estoque final será maior quando utilizado o método do custo médio ponderado móvel. 
 b) O lucro líquido será menor quando utilizado o UEPS. 
 c) A receita de vendas será maior quando utilizado o PEPS. 
 d) O custo das mercadorias vendidas será maior, se utilizado o PEPS. 
 e) O lucro antes do imposto sobre a renda (LAIR) será menor, se utilizado o custo médio 
ponderado móvel. 
Comentário: 
Se os custos de estoque estão aumentando de forma contínua, subentende-se a existência 
de uma economia inflacionária. Nessa situação, os materiais comprados mais recentemente 
terão um custo maior do que os materiais comprados anteriormente. 
Vamos, com base nisso, interpretar as questões: 
a) errado. O estoque final será maior (em R$) se o método PEPS for utilizado, já que o valor 
do estoque mais recente vai predominar. 
b) certo. O lucro líquido será menor com o método UEPS, já que o custo da mercadoria 
vendida será mais alto (o mais recente). 
c) errado. A receita de vendas é igual. Os métodos analisados são de custeio, e não de 
precificação de vendas. 
d) errado. O CMV será maior com a mercadoria comprada mais recentemente, ou seja, no 
método UEPS. 
e) errado. O lucro será menor no método UEPS, já que a mercadoria vendida terá um custo 
embutido mais elevado. 
GABARITO: B. 
 
(TCM-SP/Agente de Fiscalização – Administração) No estoque de um hospital constavam, em 
5 de junho, 50 unidades de determinado material cirúrgico, ao preço unitário de R$10,00. No 
dia 10 de junho entraram no estoque mais 100 unidades do material, ao preço de R$12,00 
por unidade. No dia 29 de junho saíram do estoque 60 unidades desse material. Em 30 de 
junho, o valor do saldo do estoque do material cirúrgico, calculado pelo método PEPS 
(primeiro a entrar, primeiro a sair) era de: 
a) R$720,00; 
b) R$890,00; 
c) R$980,00; 
d) R$1.040,00; 
e) R$1.080,00. 
Comentário: 
O método a ser utilizado para avaliação dos estoques é o PEPS. 
Carlos Xavier
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Vamos fazer uma tabelinha para entender as movimentações realizadas: 
 
 
O único detalhe que pode confundir algumas pessoas é o movimento em reais no dia 29 de 
junho. Como o sistema é PEPS, 50 unidades retiradas foram do valor inicial de R$10,00 por 
unidade, e 10 unidades foram ao valor de R$12,00 por unidade, por isso o total de R$620. 
GABARITO: E. 
 
(Analista de Registro de Comércio) Preencha a lacuna com alternativa correta. O critério de 
avaliação dos estoques denominado ____________ consiste em atribuir a cada unidade do 
estoque o preço efetivamente pago por ela. 
a) PEPS. 
b) UEPS. 
c) Custo ou preço médio ponderado móvel. 
d) Custo ou preço médio ponderado fixo. 
e) Custo ou preço específico. 
Comentário: 
O método de atribuição do preço efetivamente pago pela unidade de estoque é chamado de 
custo ou preço específico. 
O método PEPS é o primeiro que entra, primeiro que sai. 
O UEPS é o último que entra, primeiro que sai. 
O custo médio ponderado é o custo das unidades adquiridas ponderado pela quantidade em 
cada lote de compra. Pode ser fixo, quando é apurado em um momento e utilizado dali em 
diante, ou móvel, quando se consideram os valores realmente pagos pelos produtos que 
estão em estoque. 
GABARITO: E. 
 
Boa continuação com os estudos!! 
Prof. Carlos Xavier 
Data Movimento 
Q 
Movimento 
R$ 
Saldo Q Saldo R$ 
05/jun 50 500 
10/jun +100 +1.200 150 1.700 
29/jun -60 -620 90 1.080 
30/jun 1.080 
 
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