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Roteiro do Laboratório Morfofuncional UCVI – Aula 03 – Fisiologia da contração muscular Objetivo da aula: Estudar a anatomia fisiológica do músculo esquelético, bem como entender princípios básicos da contração muscular. Roteiro do Laboratório Morfofuncional o Placa motora: junção entre a ramificação terminal neural e a fibra muscular. o Sarcolema: membrana plasmática de uma fibra muscular. o Miofibrilas: miofibrilas são as estruturas contráteis da fibra muscular. Cada fibra muscular contém milhares de miofibrilas que ocupam a maior parte do volume intracelular, deixando pouco espaço para o citosol e as organelas. Cada miofibrila é composta por diversos tipos de proteínas organizadas em estruturas contráteis repetidas, chamadas de sarcômeros. As proteínas das miofibrilas incluem a proteína motora miosina, que forma os filamentos grossos; os microfilamentos de actina, que formam os filamentos finos; as proteínas reguladoras tropomiosina e troponina; e duas proteínas acessórias gigantes, a titina e a nebulina. o Sarcoplasma: citoplasma. o Retículo sarcoplasmático: o retículo sarcoplasmático é um retículo endoplasmático modificado que envolve cada miofibrila e é formado por túbulos longitudinais com porções terminais alargadas, chamadas de cisternas terminais. O retículo sarcoplasmático concentra e sequestra Ca2 com o auxílio de uma Ca2 -ATPase Roteiro do Laboratório Morfofuncional presente na membrana do RS. A liberação de cálcio do RS produz um sinal de cálcio que desempenha um papel- chave na contração de todos os tipos de músculo. Roteiro do Laboratório Morfofuncional Descreva o mecanismo geral da contração muscular, início e a execução da contração muscular (etapas). Ex. potencial de ação é propagado pelo nervo até as terminações nervosas... Mecanismo geral da contração muscular Os músculos são contraídos através de um sistema de condução elétrica e é a interação entre algumas estruturas que desencadeiam a processo de contração em si. O impulso elétrico chega as terminações nas fibras musculares pelo nervo motor através do potencial de ação. Nessas terminações o nervo secreta uma quantidade pequena de substancia que irá conduzir o estímulo elétrico essa substância é a acetilcolina. A acetilcolina irá agir em um local da membrana da fibra muscular para abrir múltiplos canais. A abertura desses canais fará com que ocorra a difusão de grande quantidade de íons sódio para o lado de dentro da membrana das fibras musculares. É essa perfusão que desencadeia o potencial de ação da membrana. O potencial se propaga por toda a extensão da membrana de fibra muscular e é conduzida pelo centro da fibra. Os filamentos de miosina e actina se movimentam e desencadeiam o processo contrátil através de forças atrativas ativadas pelos íons cálcio. Após um alguns segundos, os íons cálcio voltam para o reticulo sarcoplasmático, por um sistema de bomba específico. Lá permanecem armazenados até que novo potencial de ação muscular inicie. É essa retirada de íons cálcio das miofibrilas que faz com que a contração muscular cesse. Roteiro do Laboratório Morfofuncional RESUMINHO -Potencial de ação → nervo motor até as terminações nas fibras musculares. -Secreção de acetilcolina (Ach) → fixação aos receptores colinérgicos. - Abertura dos canais proteicos (Ach-dependentes). - Influxo de Na+ → potencial ação na fibra muscular. - Propagação do potencial de ação na fibra muscular. - Potencial de ação → liberação de Ca++ p/ as miofibrilas. - Íosn Ca++ → geram forças atrativas entre os filamentos de actina e miosina. - Íons Ca++ são bombeados de volta ao Retículo Sarcoplasmático (retículo citoplasmático da fibra muscular), onde serão armazenados até a chegada de um novo potencial de ação. Descreva o mecanismo molecular da contração muscular: Mecanismo molecular da contração muscular Durante o processo de contração muscular, o músculo pode se encontrar no estado relaxado onde os filamentos de actina mal se sobrepõem e suas extremidades se estendem de um disco Z a outro disco Z, já no estado contraído há uma tração entre os filamentos de actina onde estes são tracionados por entre os filamentos de miosina, de forma que a extremidade de uma se sobrepõem sobre as outra. A forca da interação entre as pontes cruzadas como já dito produz a contração através do deslizamento entre os filamentos de miosina e actina. Na condição chamada de repouso, essas forças não estão ativas. o Mecanismo de deslizamento dos filamentos contráteis; Durante a contração muscular ocorre um “encurtamento” do sarcômero, ocasionado não pela mudança do comprimento dos filamentos de actina e miosina, mas pela sobreposição desses filamentos, ou seja, o deslizamento dos filamentos na contração muscular. Os sarcômeros se encurtam porque os filamentos finos (actina) deslizam ativamente por entre os filamentos grossos (miosina), deslocando os filamentos de actina mais para o centro do sarcômero “puxando” os discos Z, causando assim o “encurtamento” do sarcômero. Os deslizamentos dos filamentos de actina em direção ao centro do sarcômero por entre os filamentos de miosina são resultados de forças mecânicas geradas pela interação das pontes cruzadas dos filamentos de miosina com os de actina. Nas condições de repouso, essas forças são inibidas, mas, quando um potencial de ação passa pela membrana da fibra muscular faz com que o retículo sarcoplasmático libere grandes quantidades de íons Ca++, que rapidamente alcançam as miofibrilas. Por sua vez, esses íons Ca++ ativam as forças entre os filamentos de miosina e actina, dando início à contração. Mas também é necessária energia para o processo contráctil, que é derivada das ligações ricas em energia do ATP (trifosfato de adenosina), degradado do ADP (difosfato de adenosina) para liberar a energia exigida. Roteiro do Laboratório Morfofuncional o Características moleculares dos filamentos contráteis. Filamentos finos Os filamentos finos sempre contêm actina e tropomiosina. Os filamentos finos do músculo estriado possui também troponina, ligada a cada molécula de tropomiosina. A tropomiosina contém sítios de ligação para o Ca++ que participam do controle de contração e relaxamento. Filamentos grossos A miosina, uma molécula grande e complexa, possui três regiões: "cauda, colo e cabeça". As caudas se agregam para dar origem aos filamentos grossos, com o colo e a cabeça projetando-se lateralmente para formar a ponte cruzada. Cada cabeça contém um sítio de fixação para a actina e um local enzimático que pode hidrolizar o ATP, o ADP e o fosfato inorgânico (Pi). As pontes cruzadas e os filamentos finos se interajem puxando os filamentos finos em direção ao centro do sarcômero, fazendo com que esse se encurte, à medida que os discos Z vão se aproximando. o Qual o papel do cálcio na contração muscular? O cálcio encontra-se armazenado em organelas das fibras musculares denominadas retículos sarcoplasmáticos. O “ponto” (ou sítio) no filamento de actina, onde a cabeça da miosina irá se ligar durante a contração muscular, deve estar livre. No entanto, em condições normais, duas proteínas regulatórias, a troponina e a tropomiosina, bloqueiam este local de interação. A contração somente será possível caso íons de cálcio (Ca2+) sejam exportados dos retículos sarcoplasmáticos e façam uma ligação a troponina, sendo que esta movimenta os filamentos de tropomiosina, desbloqueando os sítios de ligação entre actina e miosina. Roteiro do Laboratório Morfofuncional Em condições normais, as concentrações de cálcio em uma célula muscular não contraída são controladas adequadamente (manutenção do retículo sarcoplasmático); do mesmo modo, no momento da contração muscular, a quantidade adequada de cálcio deve ser liberada para permitir, então,a interação entre actina e miosina. No entanto, isso nem sempre acontece. Nos casos de doenças musculares, também denominadas miopatias, geralmente há interferência na concentração de cálcio. Defina: Contração isométrica: a contração isométrica é aquela onde o músculo desenvolve tensão, porém não há alteração em seu comprimento externo. Em outras palavras, a contração isométrica é aquela em que o músculo contrai-se e produz força sem nenhuma alteração macroscópica no ângulo da articulação. Existe a tensão (que é a força desenvolvida pelo músculo para vencer as forças que agem sobre o segmento) e a resistência (que é considerada uma força externa baseada no peso do segmento associado, principa lmente, a inércia). Quando o torque de resistência de uma articulação é igual ao torque de força produzido pelo músculo que a atravessa, isto é, quando a resistência contra a qual o músculo está exercendo tensão for igual a tensão máxima que este músculo pode produzir, desenvolve-se uma contração isométrica. Contração isotônica:a contração isotônica ou também conhecida como contração dinâmica, é aquela que acontece quando há uma desigualdade de forças entre a potência muscular e a resistência provocando, assim, o deslocamento do segmento. Ela pode ser dividida em concêntrica, que é aquela onde a potência é maior que a resistência e a fibra muscular sofre uma diminuição de seu tamanho (encurta -se), isto é, a origem se aproxima da inserção e excêntrica que é aquela onde a resistê ncia é maior que a potência onde as fibras, por possuírem características elásticas, se ampliam fazendo com que o ponto de origem do músculo se afaste da inserção. Este tipo de contração muscular é a modalidade de treinamento de força mais popular que existe. O exercício é considerado isotônico quando o segmento move uma resistência específica por uma amplitude de movimento. È importante salientar, que a carga real imposta ao músculo varia pela amplitude de movimento sendo diferente em todo o arco de movimento. Embora o peso seja constante, o torque motor desenvolvido pelo músculo não é igual de vido as mudanças no comprimento-tensão e força- ângulo. Tônus muscular : o tônus muscular é o grau de contração permanente do músculo. É o estado parcial de contração de um músculo em repouso.Uma vez que as fibras musculares não se contraem sem que um impulso nervoso as estimule, em repouso, o tônus muscular é mantido através de impulsos provenientes da medula espinhal. Num estado de relaxamento completo (sem tônus), o músculo levaria mais tempo a iniciar a contração. O tónus muscular pode apresentar-se alterado numa avaliação diagnóstica. Quando o tónus muscular estiver aumentado (musculatura rígida), denomina-se hipertonia e quando o tónus apresentar-se diminuído (musculatura flácida), denomina-se hipotonia. Fadiga muscular: qualquer redução na capacidade do sistema neuromuscular de gerar força. são fatores potenciais envolvidos no desenvolvimento da fadiga dividem-se em duas categorias: fatores centrais, os quais devem causar a fadiga pelo distúrbio na transmissão neuromuscular entre o SNC e a membrana muscular, e fatores periféricos, que levariam a uma alteração dentro do músculo. Roteiro do Laboratório Morfofuncional Músculo agonista: é o músculo principal, que produz e executa o movimento ao se contrair. Por exemplo, o bíceps braquial faz a flexão do cotovelo na rosca bíceps. Músculo antagonista: músculo oposto ao agonista, que relaxa após a contração do agonista, resistindo ao movimento e fazendo com que o movimento volte para a posição inicial. Por exemplo, o tríceps braquial faz a extensão do cotovelo, freando a rosca bíceps. REFERÊNCIAS https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2018/06/1a_interferencia.pdf https://interfisio.com.br/como-usar-as-diferentes-formas-de-contracao-muscular-um-estudo-comparativo- entre-contracao-muscular-isometrica-isotonica-e- isocinetica/#:~:text=A%20contra%C3%A7%C3%A3o%20isom%C3%A9trica%20%C3%A9%20aquela, macrosc%C3%B3pica%20no%20%C3%A2ngulo%20da%20articula%C3%A7%C3%A3o. https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922006000200006 http://jornaldafranca.com.br/tipos-de-funcao- muscular#:~:text=%E2%A6%81%20ANTAGONISTA%20%E2%80%93%20m%C3%BAsculo%20opos to%20ao,cotovelo%2C%20freando%20a%20rosca%20b%C3%ADceps. http://labs.icb.ufmg.br/lbcd/prodabi4/grupos/grupo1/molecular.htm MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F. Anatomia orientada para a clínica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabra Koogan, 2007. GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de Fisiologia Médica. 11. ed. Rio de Janeiro. https://infomedica.fandom.com/pt- br/wiki/Fisiologia_da_Contra%C3%A7%C3%A3o_Muscular#Mecanismo_geral_da_contra.C3.A7.C3.A 3o_muscular SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª Edição, Artmed,. 2017. PG 381-382, 390, 423. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922006000200006 http://jornaldafranca.com.br/tipos-de-funcao- http://labs.icb.ufmg.br/lbcd/prodabi4/grupos/grupo1/molecular.htm
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