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Doenças fúngicas em ovinos PI (1)

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20
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA REGIÃO DA CAMPANHA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA 
PROJETO INTEGRADOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇAS FÚNGICAS EM OVINOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 GUSTAVO SÃO JOÃO MARTINS, LUIZA ARAÚJO LIPERT, LÍVIA FREITAS GIULIANI, VERÔNICA DE SIQUEIRA LACERDA 
 
 
BAGÉ 
2020 
GUSTAVO SÃO JOÃO MARTINS, LUIZA ARAÚJO LIPERT, LÍVIA FREITAS GIULIANI, VERÔNICA DE SIQUEIRA LACERDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇAS FÚNGICAS EM OVINOS 
 
 
 
 
 
 
 Projeto Integrador da Graduação I, módulo II, do curso de graduação em Medicina Veterinária do Centro Universitário da Região da Campanha. 
 
Orientador (a): Prof. Dra. Paula Costa dos Santos 
Mentor (a): Dra. Jorgea Pradiee 
 
 
 
 
 
 
BAGÉ 
 2020 
 GUSTAVO SÃO JOÃO MARTINS, LUIZA ARAÚJO LIPERT, LÍVIA FREITAS GIULIANI, VERÔNICA DE SIQUEIRA LACERDA 
 
 
 
 DOENÇAS FÚNGICAS EM OVINOS
 
 
 
 
 
 
___________________________________________ 
Nome e titulação do Avaliador 1 
 
 
 
___________________________________________ 
Nome e titulação do Avaliador 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BAGÉ 
2020 
RESUMO 
.
 Os fungos são incluídos em um reino próprio, o Reino dos fungos, encontrado como organismos unicelulares leveduras que se reproduzem assexuadamente, ou como organismos filamentosos pluricelulares de bolores, que reproduzem sexuada ou assexuadamente. O Reino Fungi se divide em cinco Filos, de acordo com o tipo de alimentação, os fungos são classificados em três tipos. Os Fungos (leveduras e fungos filamentosos) são organismos eucariotos que diferem das bactérias, organismos procariotos, em várias características fundamentais, e se dividem em várias formas.
Os sinais clínicos relacionados com as infecções fúngicas nos animais domésticos são variadas. Sendo assim, podem ser observadas a coceira constante, perda de pelo em áreas específicas, descamações da pele com aspecto branco ou escuro, inflamação, alteração de cor na pele e lesões nas unhas. Os ovinos são acometidos por algumas doenças fúngicas como a Dermatomicose que é uma dermatite localizada, a criptococose que é caracterizada por uma evolução sistêmica, rara e que causa o óbito. Além disso, podem apresentar a Pneumonia Não Progressiva (Atípica), que é uma doença crônica infecciosa raramente fatal que geralmente afeta ovinos com até um ano de idade e ocasionalmente adultos, também é conhecida como Pneumonia Apical. E a rinosporidiose a qual é uma infecção crônica das membranas mucosas, principalmente da cavidade nasal, caracterizada pelo crescimento de estruturas polipóides.
A forma de prevenção é sempre um bom manejo sanitário, com pulverizações e cuidados essenciais, observação do rebanho e acompanhamento veterinário. 
 
 
 
Palavras-chaves:Doenças Fungicas, Ovinos, Microsporum, Trichophyton, Cryptococcus neoformans. Mycoplasma ovipneumoniae, Pasteurella haemolytica biotipo A 
 
 
SUMÁRIO 
1.	INTRODUÇÃO	8
1.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA	9
2. OBJETIVOS	10
2.1 OBJETIVOS GERAIS	10
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS	10
3. DESENVOLVIMENTO DO TEMA	11
3.1 Dermatomicose (Dermatofitose ou tricofitose)	14
3.1.1 Etiologia	14
3.1.2 Epidemiologia	15
3.1.3 Patogenia	15
3.1.4 Sintomas Clínicos	15
3.1.5 Diagnóstico	16
3.1.6 Tratamento	16
3.1.7 Profilaxia	16
3.2 Criptococose	17
3.2.1 Etiologia	17
3.2.2 Epidemiologia	18
3.2.3 Patogenia	18
3.2.4 Sintomas Clínicos	18
3.2.5 Diagnóstico	18
3.2.6 Tratamento	19
3.2.7 Profilaxia	19
3.3. Pneumonia Não Progressiva (Atípica)	20
3.3.1 Etiologia	20
3.3.2 Epidemiologia	20
3.3.3 Patogenia	20
3.3.4 Sintomas clínicos	20
3.3.5 Patologia clínica	21
3.3.6 Achados de necropsia	21
3.3.7 Diagnóstico	21
3.3.8 Tratamento	21
3.3.9 Controle	21
3.4.1 Etiologia	22
3.4.2 Epidemiologia	22
3.4.3 Sinais clínicos	23
3.4.4 Patologia	23
3.4.5 Diagnóstico	23
3.4.6 Tratamento	23
3.4.7 Controle e profilaxia	24
4. METODOLOGIA	24
5. CONCLUSÃO	25
REFERÊNCIAS	26
Lista de Figuras 
1. Figura 1………………………………………………………………………………….…..14
2. Figura 2………………………………………………………………...…………………....17
3. Figura 3……………………………………………………………………………………...22
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
Uma das atividades mais difundidas no território nacional, a ovinocultura atinge 17.976.367 do efetivo do rebanho ovino brasileiro. Em relação às regiões, todas apresentaram queda entre 2016 e 2017, sendo o Centro-Oeste a que obteve maior redução dos rebanhos. Porém, quando se considera o período de dez anos as regiões Norte e Nordeste são as únicas com crescimento mais expressivo, com 656.251 e 11.544.939 respectivamente, sendo, portanto, o estado da Bahia com 3.763.732 um dos responsáveis pelo crescimento do rebanho no país nesse período. Enquanto a região Sul reduziu sua participação, continuando na segunda posição com efetivo de rebanho ovino o Rio Grande do sul com 3.437.307 cabeças de ovinos.
 Tendo em vista que as “Doenças Fúngicas em Ovinos’’ é um tema importante no contexto da medicina veterinária, faz-se necessária a conscientização de tal assunto. Para isso devem ser analisados os seguintes fatores: etiologia, sinais clínicos, epidemiologia, patologia, diagnóstico e diagnóstico diferencial, controle, profilaxia e tratamento das doenças fúngicas mais comumente encontradas nos rebanhos de ovinos como a Dermatofilose, Criptococose, Pneumonia e Rinosporidiose. Os fungos apresentam estruturas microscópicas e macroscópicas, elencando com a matéria de Microbiologia, que estudamos ao decorrer do semestre, alguns produtos produzidos pelos fungos possuem grande importância econômica: A penicilina por exemplo, foi o primeiro antibiótico descoberto por Fleming em 1929, cuja substância é produzida pelo fungo Penicillium. Além disso, há espécies de fungos patogênicas que causam doenças denominadas micoses como, por exemplo, as frieiras, histoplasmose, candidíase, dentre outras. Produtos do metabolismo energético, fermentação, da levedura Saccharomyces cerevisiae são utilizados tanto na produção do pão, quanto na produção de bebidas alcoólicas. Alguns fungos podem estabelecer associações com outros organismos, como algas e raízes, denominadas, respectivamente, liquens e micorrizas, sendo benéficas para ambas as partes, tal associação denominada mutualismo. Podemos dizer que os fungos são como parasitas para os ovinos causando inúmeras complicações na imunização do rebanho, pois esses fungos causam doenças graves e por vezes fatais, por terem a capacidade de crescerem e se desenvolverem em qualquer ambiente, a altas temperaturas e concentração osmótica. 
Aliados à nutrição e às práticas de manejo, a prevenção e o controle das doenças se constituem em fatores fundamentais para o sucesso do empreendimento. São conhecidas aproximadamente 1,5 milhões de espécies de fungos responsáveis pela degradação natural da biomassa do planeta. Recentemente, tanto no Brasil como em outras partes do mundo, estas infecções têm sido incriminadas como causa relevante de morbidade e mortalidade em animais de produção, resultando em perdas econômicas significativas. Contudo, alterações ambientais e climáticas, usualmente de origem antropogênica e crescentes a cada dia, tem sido declarada como agentes promotores da emergência de patógenos fúngicos em humanos, animais domésticos e selvagens e plantas (Pinto et al. 2008, Black & Nuun 2009, Fisher et al. 2012). Há várias doenças que incidem sobre os ovinos. Algumas de difícil tratamento, porém, quando diagnosticadas precocemente, são facilmente tratadas e os animais se recuperam rapidamente. Outras, de mais difícil controle, exigem medidas preventivas, tais como a imunização do rebanho, por meio da vacinação. Para o estabelecimento do manejo sanitário de forma eficiente é fundamental o conhecimento das doenças que ocorrem em determinada região. 
Quanto maior o conhecimento acerca da ecologia e epidemiologia do organismo infectante, melhor se sabe sobre sua ação como patógeno nos animais, medidas preventivas são melhor aplicadas e os tratamentos são mais qualificados eespecíficos. 
Para as informações requeridas pela demanda, foi feito um site, em conjunto com os outros grupos, onde estão as informações sobre a principais doenças fúngicas, bacterianas, virais, foot rot, casqueamento e calendário vacinal de ovinos. Também foi feito uma cartilha em pdf para essas doenças fúngicas, caso seja de a vontade do produtor baixar ou imprimir. A ideia de site foi pensada pela ampla visualização, fácil acesso e por ser de baixo custo.
 
1.2 ESCOLHA DA DEMANDA 
 Foi solicitada à Faculdade de Veterinária da URCAMP uma demanda sobre doenças bacterianas, fúngicas e virais de ovinos, a qual foi desmembrada por ser extensa. Desta forma, o presente grupo escreveu sobre as doenças fúngicas de ovinos com o objetivo de esclarecer a etiologia, sinais clínicos, epidemiologia, patologia, diagnóstico e diagnóstico diferencial, controle, profilaxia e tratamento. 
1.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
Foi realizada uma revisão bibliográfica, com objetivo de informar sobre as principais doenças fúngicas que acometem ovinos, buscando informações em livros, sites, artigos científicos com a intenção de obter dados fidedignos e fontes seguras. Foram realizadas reuniões para discussão dos temas a serem abordados e também para melhor maneira de divulgação das informações obtidas. Para responder à demanda, foi desenvolvido um site doenças fúngicas em ovinos onde estão as principais informações sobre as doenças dermatomicose, criptococose, pneumonia e rinosporidiose. 
 
2. OBJETIVOS 
 
2.1 OBJETIVOS GERAIS
 	Pesquisar sobre as doenças fúngicas que acometem os ovinos, instruir sobre como diagnosticar, como controlar e a profilaxia de tais doenças no rebanho e induzir a melhora das condições de vida e saúde dos animais.
 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 Por meio de um site, uma cartilha virtual e uma página no instagram, conscientizar os produtores dos cuidados que se deve ter com tais doenças.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. DESENVOLVIMENTO DO TEMA
O que são fungos? 
Os fungos são incluídos em um reino próprio, o Reino dos fungos, encontrado como organismos unicelulares leveduras que se reproduzem assexuadamente, ou como organismos filamentosos pluricelulares de bolores, que reproduzem sexuada ou assexuada mente. Embora a maioria dos fungos seja encontrada em apenas uma dessas duas formas filamentosas micelial ou levedura, alguns deles, clinicamente importantes, podem apresentar ambas as formas (fungos dimórficos). Os fungos do tipo bolor consistem em filamentos denominados hifas, de onde os esporos se desenvolvem. Os fungos têm sido historicamente identificados pela morfologia dessas estruturas. Uma hifa pode ser subdividida em uma série de compartimentos individuais, ou células, separadas por uma parede ou septo, e pode ser pigmentada (nos fungos dematiáceos) ou não pigmentada (nos fungos hialinos). Desse os fungos podem ser classificados em três grupos: não septados (geralmente não pigmentados), dematiáceos e septados/hialinos. 
A característica que separa os fungos dos demais seres vivos é a formação das suas paredes celulares. Elas são formadas por quitina, uma substância encontrada também no exoesqueleto dos artrópodes. Suas células, na grande maioria dos grupos, caracterizam-se pela ausência de cílios e flagelos, sendo, portanto, imóveis. A movimentação de esporos, principal forma da reprodução, é feita apenas por vento, água ou por seres vivos. 
 
O Reino Fungi 
Dividido em cinco Filos: 
1. Quitridiomicetos: São um dos mais primitivos e vivem em meio aquático ou em solos úmidos. Alimentam-se por absorção da matéria orgânica que se decompõe e podem parasitar algas, protozoários, fungos, plantas e animais. Algumas espécies podem causar pragas para o cultivo de milho. 
2. Ascomicetos: São os que formam estruturas reprodutivas sexuadas, conhecidas como ascos, onde produzidos esporos. Incluem alguns tipos de bolores, trufas e há a exceção das leveduras que são unicelulares e assexuada. 
3. Basidiomicetos: Também possuem estruturas reprodutoras sexuadas, denominadas de basídios, produtores de esporos. Contudo, o representante do grupo inclui cogumelos, orelhas-de-pau, e alguns causadores de doenças em plantas, conhecidos como “ferrugem e carvão”. 
4. Zigomicetos: São tipos de fungos profusamente distribuídos pelo ambiente, podendo atuar como decompositores ou como parasitas de animais. O bolor que cresce em frutas é um exemplo e seu corpo de frutificação é uma penugem branca que lembra filamentos de algodão. 
5. Deuteromicetos: Também conhecidos como fungos conidiais ou imperfeitos, constituem um grupo de qualquer fungo que não se encaixar em um dos 4 acima. De modo geral, reproduzem-se assexuadamente, mas alguns tem suas especificidades. Algumas espécies de Penicillium pertencem a esse grupo. 
 	Os fungos liberam uma enzima chamada de exoenzima, que os auxiliam na digestão dos alimentos. 
De acordo com o tipo de alimentação, os fungos são classificados em: 
Fungos Saprófagos: Obtêm alimentos decompondo organismos mortos; 
Fungos Parasitas: Alimentam-se de substâncias de organismos vivos; 
Fungos Predadores: Alimentam-se de pequenos animais que capturam. 
 
A diferença entre fungo e bactéria 
Fungos (leveduras e fungos filamentosos) são organismos eucariotos que diferem das bactérias, organismos procariotos, em várias características fundamentais. 
A parede da célula fúngica é composto basicamente por quitina (e não por peptideoglicano, como nas bactérias); dessa forma os fungos são insensíveis a alguns antibióticos, como a penicilina, que inibem a síntese do peptideoglicano. 
 
Tipos de fungos 
· Bolor 
Muito comum em alimentos e plantas. Costuma enfraquecer o hospedeiro. É de tamanho microscópico e costuma gerar manchas brancas nas frutas e folhas. 
· Champignon 
 Muito comum na culinária, pois é comestível. 
· Levedura 
São microscópicos e unicelulares. Muito usado na fermentação de massas e de bebidas alcoólicas. Sua reprodução ocorre pelo processo de brotamento. 
· Mofo 
Composto por hifas (massa de filamentos fungais). Cresce em formato de flocos de algodão. Se desenvolvem em alimentos (pão, frutas, legumes, etc.) e também em fezes de animais. 
· Trufa 
Uma espécie de fungo comestível muito apreciado pelo gosto diferenciado. Usadas na alta culinária, em função de seu preço elevado, as trufas se desenvolvem na debaixo da terra.
· Penicillium 
Aparecem em locais úmidos. São usados na produção de queijos e antibióticos. 
· Orelha-de-pau 
Costumam se desenvolver em troncos de árvores. Possuem um formato de conchas e podem enfraquecer, com o passar do tempo, a árvore atingida. 
· Tinha 
Tipo de fungo que se desenvolve na pele dos seres humanos. Vivem da digestão da queratina existente na pele. Geram na pele algumas manchas circulares. São mais comuns em crianças do que em pessoas adultas. 
Fatores predisponentes 
· Coceira constante; 
· Perda de pelo em áreas específicas; 
· Pele descamada de diferentes formas, com cascas brancas ou negras; 
· Pele inflamada, avermelhada ou com áreas endurecidas; 
· Mudanças de cor na pele sem pelo; 
· Podem haver lesões nas unhas; 
 
Principais fungos que acometem animais de produção 
Pythium insidiosum - fungo que causa a pitiose. 
Aspergillus fumigatus – fungo que causa a aspergilose. 
Trichophyton verrucosum, T. mentagrophytes – fungos que causam dermatofitose 
 3.1 Dermatomicose (Dermatofitose ou tricofitose) 
 A dermatomicose é uma dermatite localizada, causada pela invasão da pele e pêlos por fungos parasitas conhecido por dermatófilos, dos gêneros Microsporum e Trichophyton, marcada por descamação e perda de pelos, assim como observamos na figura 1. Sendo mais comum em regiões mais quentes e úmidas, já que o calor favorece sua propagação. Esta doença tem distribuição mundial, sendo mais comum em locais de clima tropical e temperado, principalmente em regiões quentes e úmidas. Ataca diversas espécies de animais, como os bovinos, equinos, ovinos, suínos, cães, gatos, aves, animais silvestres e o homem, mas é mais comum emovinos e caprinos. 
Devido ao estreito contato mantido entre os animais domésticos e os humanos, a dermatomicose destes animais representa importantes zoonoses. As perdas econômicas devidas à dermatomicose são baixas, uma vez que a infecção é superficial e restrita à pele, mas a inquietação decorrente do prurido (coceira) pode resultar em diminuição nas taxas de ganho. 
Figura 1 - Dano da doença dermatomicose 
Fonte: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782017000800457 
3.1.1 Etiologia 
O fungo dermatófilo invade e desenvolve-se no estrato córneo da pele e folículo piloso. A hifa divide-se transversalmente dando origem a esporos, que são altamente resistentes, podendo permanecer vivos em estábulos ou baias por longos períodos de tempo. A tinha pode ser transmitida ao homem, devendo ser tomados os cuidados necessários no contato com animais contaminados. 
 	3.1.2 Epidemiologia 
O contato com um dermatófito nem sempre resulta em infecção, pois há uma série de fatores ligados ao animal (idade, nível de resistência imunológica, doenças concomitantes, estado nutricional etc.) que podem favorecer o estabelecimento da doença. 
A dermatomicose afeta principalmente animais estabulados criados em altas lotações, que favorece a disseminação da infecção, a constante reinfecção e a contaminação do ambiente. Todas as raças, sexo ou idades são sensíveis, embora os animais mais jovens sejam mais comumente afetados, principalmente os recém-desmamados, devido a sua condição de alta susceptibilidade. Parece haver maior incidência da doença nos meses de inverno, embora ocorra em qualquer estação. 
A doença muitas vezes se manifesta como uma condição benigna que se resolve espontaneamente após um período de seis semanas a três meses, sendo mais persistente quando atinge uma grande área do corpo, quando então pode comprometer a saúde e a condição do animal. 
 3.1.3 Patogenia 
O meio de contaminação mais comum é o contato direto entre animais infectados e animais sadios, embora os esporos possam estar presentes em cercas, postes, cochos etc. A infecção se desenvolve no tecido queratinizado do estrato córneo ou folículo piloso, sendo que lesões superficiais favorecem o estabelecimento do fungo. A penetração do fungo enfraquece o pelo e causa a sua queda próximo a superfície da pele. A presença de crostas ressecadas, características da doença, decorre do acúmulo de células epiteliais queratinizadas, exsudato do processo inflamatório e de fragmentos de pelos. Uma infecção prolongada provoca uma reação inflamatória crônica, tanto na derme quanto na epiderme. Lesões próximas aos olhos podem progredir para uma ceratoconjuntivite não específica. 
A forma circular característica das lesões é explicada pelo fato do fungo da dermatomicose ser estritamente aeróbio e a formação de crostas levar à morte do mesmo no centro da lesão, deixando o mesmo ativo somente na periferia. O fato da atividade micótica ser queratolítica também explica o aspecto da lesão, visto que o agente não consegue se desenvolver onde a queratina já não mais existe. 
3.1.4 Sintomas Clínicos 
O período de incubação varia de uma a quatro semanas, com manifestação das lesões principalmente na cabeça, no pescoço e no períneo, podendo, se não houver tratamento, se alastrar para outras regiões e envolver grandes áreas do corpo do animal. 
As lesões características são circulares, circunscritas, medindo de 1 a 3 cm de diâmetro, podendo estar desprovidas de pelos ou cobertas por crosta de coloração acinzentada ou amarronzada, que se projetam ligeiramente acima da pele. A superfície abaixo da crosta é úmida e hemorrágica nos estágios iniciais, mas, quando as cascas caem, a lesão está seca e desprovida de pelos. Prurido não é comum, embora frequentemente os animais apresentem sinais de irritação. Em casos mais severos, particularmente em bezerros e animais jovens, a lesão tende a coalescer e a pele torna-se espessa e pregueada. 
O curso da doença é de aproximadamente quatro meses. Animais recentemente recuperados apresentam resistência temporária à reinfecção. 
3.1.5 Diagnóstico 
Geralmente as lesões são características o suficiente para o diagnóstico. A confirmação laboratorial pode ser feita através de raspados, biópsia ou cultura da pele. Das técnicas descritas, a menos utilizada é a de cultura, uma vez que devido ao lento crescimento dos fungos, são necessárias muitas semanas até a identificação final. As amostras de raspados devem ser coletadas nas regiões mais periféricas das lesões e enviadas ao laboratório em envelopes, pois vidros hermeticamente fechados podem favorecer o crescimento de fungos não patogênicos. 
 3.1.6 Tratamento 
A pulverização ou banhos de fungicidas é o mais recomendado para os casos onde um grande número de animais foi afetado, como nos rebanhos. Os animais precisam ser isolados e o ambiente e os utensílios utilizados no manejo dos animais em questão, devem passar por uma desinfecção. Para minimizar as ações dos esporos, uma boa ventilação também contribui. 
Muitos tipos de tratamentos tópicos podem ser usados, mas para uma maior eficácia, todos devem ser precedidos da retirada das crostas, com auxílio de escova de cerdas e água morna. As soluções devem ser esfregadas com intensidade nas lesões, sobretudo nas regiões periféricas. Aplicações de soluções fracas de iodo (1-2 %), a cada 1-2 dias, têm alcançado bons resultados. 
3.1.7 Profilaxia
O isolamento e tratamento imediato dos animais afetados assim que forem observadas as primeiras lesões, juntamente com a desinfecção do local e dos utensílios utilizados no manejo destes animais, são as principais medidas para o controle da dermatomicose. Uma dieta correta, com suplementação adequada, principalmente de vitamina A, para animais jovens em confinamento, pode ser considerada como uma medida auxiliar, visto que a susceptibilidade à infecção é maior nos animais desnutridos. 
 
3.2 Criptococose 
A criptococose é uma infecção fúngica sistêmica, considerada incomum e potencialmente fatal, é uma doença causada pela levedura encapsulada Cryptococcus neoformans causando tropismo pelo sistema nervoso central (SNC), respiratório, tegumentar. O comprometimento da resposta imune é o principal fator predisponente para a ocorrência da doença, assim como observada na figura 2. 
A criptococose afeta pessoas e animais, a infecção assim como a maioria das doenças causadas por fungos, é adquirida pela inalação da poeira contaminada por fezes de pombos ou morcegos e a levedura costuma ser encontrada também no solo, em frutas, na mucosa oronasal e na pele de indivíduos sadios, além do seu isolamento em árvores da espécie Eucalyptus spp, favorecendo a sua disseminação em espécies com hábitos olfativos como os herbívoros. 
No Brasil, em animais domésticos, criptococose foi relatado pela primeira vez em uma ovelha com infecção pulmonar. Lesões pulmonares em ovinos abatidos para consumo e casos de rinite. 
Figura 2 - Dano da doença Criptococose
Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Sheep-with-nasal-cryptococcosis-The-histologic-section-of-the-nose-shows-numerous-yeast_fig2_43530780 
3.2.1 Etiologia 
A infecção se dá pelo ar, pela inalação de esporos de C. neoformans ou C. gattii, podendo ser na forma de levedura desidratada ou na forma de basidiósporos. A transmissão vertical é rara. Não há transmissão entre os humanos e nem do animal ao homem. 
O sistema respiratório é primariamente afetado, mas, dependendo do estado imune do indivíduo e da virulência da cepa infectante, pode haver disseminação para outros tecidos, particularmente para o sistema nervoso central. A propagação da variedade neoformans em excremento de aves, possivelmente, se deve à adaptação bioquímica. Esses micro-organismos têm habilidade de assimilar creatinina, ácido úrico e purinas como fontes de nitrogênio, compostos ricos nesse ambiente. A forma mamária da criptococose tem sido observada em bovinos, ovinos, caprinos e búfalos e será abordada dentro das micoses da glândula mamária.
 
3.2.2Epidemiologia 
C. neoformans (var. neoformans e varo grubii) é cosmopolita, usualmente afeta indivíduos imunodeprimidos e é isolado de fezes de aves, principalmente de pombos (Columba livia), mas tem sido encontrado também no solo e em vegetação em decomposição. Cepas de C. gattii afetam indivíduos previamente saudáveis, principalmente em regiões subtropicais e tropicais. No entanto, há relatos de sua ocorrência em regiões de clima temperado. C. gattii tem sido isolado de várias espécies de árvores, incluindo Eucalyptus camaldulensis e Eucalyptus tereticornis 
O comprometimento pulmonar é o que ocorre mais frequentemente após o acometimento do SNC, a gravidade depende do estado imunológico do indivíduo afetado, variar desde manifestações focais até a enfermidade disseminada com falência respiratória. Pode ser assintomática em mais da metade dos casos. Quando sintomática, há predomínio de tosse com expectoração mucóide e, algumas vezes, sanguinolenta. Podem ainda estar presente emagrecimento e fraqueza. É comum o paciente apresentar pneumonia e massas focais semelhantes às neoplasias pulmonares. 
3.2.3 Patogenia 
O potencial patogênico dessas espécies tem sido atribuído a fatores de virulência e incluem: a produção de cápsula de polissacarídeos, que impede a fagocitose das leveduras pelos leucócitos; e a síntese de melanina, que as protege de danos causados por antioxidantes produzidos pelo hospedeiro. A reação tecidual nos casos de criptococose varia de inflamação granulomatosa intensa a inflamação mínima ou ausente com quantidade abundante de leveduras, em que a destruição tecidual resulta da necrose compressiva causada por massas de leveduras encapsuladas. 
3.2.4 Sintomas Clínicos
 	Os sintomas mais proeminentes são: apatia, anorexia, prostração e emaciação, somados à infecção bacteriana sistêmica simultânea, presença de secreção nasal muco purulenta fétida, congestionamento conjuntivo e pré-escapular aumentada e linfonodos submandibulares. Percussão do seio nasal que produz um som abafado na região frontal perto a narina. A presença de granulação hemorrágica, dentro do tecido da cavidade nasal. O animal apresenta taquipnéia com polipneia, e dispneia inspiratória acompanhada de expiração audível. No entanto, estas descobertas são mais frequentemente acompanhadas por pneumonia, emagrecimento e até mesmo sinais neurológicos. 
3.2.5 Diagnóstico 
Os testes sorológicos para o diagnóstico da criptococose são sensíveis, específicos, e permitem um diagnóstico rápido e seguro, um bom exemplo é o ELISA, que detecta antígenos em títulos mais baixos e mais precocemente. Geralmente no exame histológico pode- se observar áreas extensas de necrose com miríades de estruturas arredondadas ou ovaladas, leveduriformes, com parede fina corada basofílicamente e medindo cerca de 5,0-20ìm de diâmetro. Circundando as leveduras apresenta um halo claro não corado pela hematoxilina e eosina, dando um aspecto característico de "bolha de sabão", que corresponde à cápsula mucinosa do fungo, que é corada pelo “alcian blue”. O exsudato inflamatório era escasso e formado quase que exclusivamente por macrófagos. 
3.2.6 Tratamento 
Ovelhas com criptococose podem contaminar o ambiente. No entanto, é questionável o que até que ponto esses animais representam um perigo para a saúde pública ou outros animais, pois não está claro se Cryptococcus spp pode ser transmitido entre animais ou de animais para humanos. A eutanásia de animais infectados com criptococose é recomendada, devido à falta de medicamentos eficazes e potenciais riscos para a saúde pública. Poucos animais de fazenda infectados pela doença são tratados, pois o tratamento é longo, caro, tem um grande número de efeitos colaterais e é frequente ocorrência de recidiva. 
3.2.7 Profilaxia
A mais importante forma de prevenção dessa enfermidade é alertar os produtores com relação ao risco de infecção, implementar métodos de controle do crescimento populacional de pombos, através da redução de oferta de alimento, água e abrigos. É importante umidificar áreas com acúmulo de fezes para diminuir o risco de inalação de aerossóis. Ainda se recomenda controle de morcegos, quando houver risco iminente para população. Médicos veterinários brasileiros devem também estar atentos a ocorrência de criptococose em animais de fazenda, já que o reflorestamento extenso por Eucalyptus spp. também tem ocorrido em vários estados do Brasil desde o início do século XX. Importante ressaltar que a criptococose cutimea primária por C. gattii foi descrita como um forte agravante nas infecções da doença em áreas onde há material vegetal em decomposição de Eucalyptus spp.  A importância dessas enfermidades ainda é pouco conhecida na região, sendo de grande relevância que as condições clínico-patológicas e epidemiológicas sejam elucidadas para o diagnóstico, o controle e a prevenção, para evitar a expansão e prejuízos para os rebanhos. 
 
3.3. Pneumonia Não Progressiva (Atípica) 
É uma doença crônica infecciosa raramente fatal que geralmente afeta ovinos com até um ano de idade e ocasionalmente adultos, também é conhecida como Pneumonia Atípica. 
3.3.1 Etiologia 
Mycoplasma ovipneumoniae, Pasteurella haemolytica biotipo A e talvez o vírus da parainfluenza 3 (PI-3) estejam implicados. A Pasteurella multocida pode constituir-se no componente bacteriano da doença em alguns países e casos. O M. ovipneumoniae é encontrado no trato respiratório de animais sadios, tornando-se patogênico somente quando os mecanismos de defesa estão alterados. 
3.3.2 Epidemiologia 
A doença ocorre principalmente em cordeiros estabulados com alta densidade de animais por m2, em regime de engorda intensivo (cordeiros de 2 a 12 meses). A enfermidade também tem sido descrita em cordeiros jovens (2-3 semanas) e ovelhas adultas. 
É provável que a transmissão seja exclusivamente por via respiratória e que a ovelha seja a fonte principal de infecção para cordeiros. A colonização do trato respiratório superior por microrganismos pode ocorrer logo ao primeiro ou segundo dia após o nascimento. 
Em rebanhos confinados mais de 40% dos cordeiros podem ser afetados, surtos podem ocorrer em cordeiros mais velhos e até em ovelhas após uma mudança estressante. 
3.3.3 Patogenia 
Mycoplasma ovipneumoniae produz apenas alterações leves nos pulmões, mas estas permitem a invasão secundária pela Pasteurella haemolytica biotipo A, com concomitante exacerbação das lesões e dos sinais clínicos. O micoplasma pode persistir nos pulmões por mais de 7 meses após a infecção inicial, mas as pasteurelas geralmente são eliminadas dentro de 3 meses e as lesões começam a se resolver após esse período. Apesar de a pneumonia não progressiva ser reproduzida experimentalmente apenas com estes dois microrganismos, existem evidências de que a infecção pelo vírus da parainfluenza 3 pode ser um precursor necessário da doença de campo. 
3.3.4 Sintomas clínicos 
A doença é muitas vezes leve o suficiente para passar despercebida. Os sinais incluem tosse, descarga nasal mucopurulenta, depressão, hiperpnéia, ocasionalmente dispnéia e mortes esporadicamente. Os sintomas podem persistir por semanas ou meses. 
Pirexia pode ser observada nos estágios iniciais, inapetência e crescimento lento são vistos em cordeiros estabulados. 
3.3.5 Patologia clínica
 	Exames bacteriológicos e sorológicos auxiliam na identificação da doença, mas não são definitivos, uma vez que os dois microrganismos ocorrem amplamente em populações de ovinos e cabras sadias. A confirmação da enfermidade depende dos exames macro e microscópico das lesões pulmonares. 
3.3.6 Achados de necropsia 
As lesões pulmonares são claramente demarcadas, variam de vermelho- acastanhado (nos estágios iniciais) a cinza, são geralmente encontradas nas porções apical, cardíaca e anteriores dos lobos diafragmáticos. Pleurite pode estar presente. Alterações histológicas incluem hiperplasia linfóide nodular, muitas vezes com manguitos linfóides, perivasculares e peribronquiolares, hiperplasia epitelial bronquiolar, e cicatrizescom aspecto hialino dentro ou próximo às paredes bronquiolares. O exsudato celular no lúmen alveolar consiste principalmente de macrófagos e, nos estágios iniciais, quando as pasteurelas estão presentes, de neutrófilos. 
3.3.7 Diagnóstico 
O diagnóstico baseia-se na história (animais jovens em sistemas intensivos), sinais clínicos e lesões à necropsia. A histopatologia do tecido pulmonar lesionado e a demonstração da presença de Mycoplasma ovipneumoniae em swab nasal confirmam o diagnóstico. 
O diagnóstico diferencial deve considerar outras doenças respiratórias crônicas como o Maedi-Visna e a Adenomatose Pulmonar. 
3.3.8 Tratamento
As drogas antimicrobianas de primeira escolha são o tiamulin ou a tilosina. A oxitetraciclina demonstrou ser menos efetiva, sendo a droga de segunda escolha. 
Tilosina – 10 a 17,5 mg/kg, por via IM, uma vez ao dia, durante 5 dias. 
Tiamulin – 20 a 30 mg/kg por via IV ou IM, uma vez ao dia, durante 5 dias. Oxitetraciclina – 10 a 20 mg/kg por via IM, de 12 em 12 horas, durante 7 dias; em veículo longa ação (LA), uma aplicação a cada 48 horas, realizar 3 aplicações. 
3.3.9 Controle 
Em países onde a vacina contra a Pasteurelose é disponível, recomenda-se a vacinação do rebanho. O controle desta enfermidade requer um bom manejo para maximizar a capacidade de resistência à infecção e minimizar a transmissão de microorganismos respiratórios. Para tanto, devemos reduzir a lotação de animais confinados, proporcionar boa ventilação evitando o acúmulo de gases (amônia) e reduzindo a poeira.
 3.4 Rinosporidiose 
3.4.1 Etiologia
A rinosporidiose é uma infecção crônica das membranas mucosas, principalmente da cavidade nasal, caracterizada pelo crescimento de estruturas polipóides, cujo agente etiológico é o Rinosporidium seeberi, como observamos na figura 3. Este fungo não foi, até o presente, isolado em meios de cultura artificiais e a doença não foi, também, reproduzida experimentalmente, não se conhecendo, portanto, a exata posição taxonômica do agente. O habitat natural do Rinosporidium seeberi é desconhecido, porém é sugerido que seja um saprófita da água e que a sua transmissão ocorra pelo contato dos animais com águas contaminadas ou que, possivelmente, seja transmitido por via aerógena, principalmente em humanos.
Figura 3 - Danos causado pela Rinosporidiose
Fonte: https://www.google.com/search?q=rinosporidiose+ovino&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjkx4eUuv_sAhWqGbkGHYkECuUQ_AUoAXoECAUQAw&biw=1366&bih=657#imgrc=YZ9sKyT9kLO4-M 
3.4.2 Epidemiologia 
A epidemiologia desta enfermidade não é bem conhecida, porém tem sido diagnosticada em bovinos, equinos, muares, cães, cabras, aves aquáticas e humanos, independente de sexo e idade. Casos da doença estão associados a proximidade com água e a lesão inicial pode ser influenciada por traumas locais. No Brasil, a doença é mais frequente em humanos, porém caso esporádico em equinos vem sendo diagnosticados desde o ano de 1946. 
3.4.3 Sinais clínicos 
Clinicamente, os animais apresentam respiração difícil e estertorosa, devido a presença dos pólipos nas fossas nasais, que impedem a passagem de ar, e que se agrava quando os animais são exercitados. Alguns animais podem apresentar descarga nasal mucopurulenta, com estrias de sangue. O estado geral dos animais normalmente não é afetado. 
3.4.4 Patologia 
A lesão primária da rinosporidiose se caracteriza pela formação de massas papilomatosas na mucosa nasal, podendo envolver, também, o saco conjuntival, vagina e ouvidos. Essas formações polipóides apresentam coloração avermelhada não ultrapassando 3cm de diâmetro, de consistência friável e superfície lobulada, com presença de pequenas granulações esbranquiçadas, que correspondem aos esporângios do fungo. Os pólipos podem ser únicos ou múltiplos, geralmente envolvendo uma única cavidade nasal. Histologicamente, a lesão caracteriza-se por proliferação de tecido epitelial polipóide, recoberto por epitélio estratificado ou cilíndrico. Entre as bandas de tecido epitelial observam-se numerosos esporângios do fungo e exsudato inflamatório constituído por neutrófilos, macrófagos, linfócitos e algumas células gigantes. Os esporângios são encontrados em diferentes estágios de desenvolvimento e caracterizam-se por apresentar parede dupla, fina, contendo no seu interior numerosos esporangiosporos esféricos de aproximadamente 2mm de diâmetro. 
3.4.5 Diagnóstico 
Realiza-se pelos sinais clínicos característicos, pela patologia e pela visualização dos esporângios do Rinosporidium seeberi em cortes histológicos ou no exame direto, utilizando hidróxido de potássio a 10% como clarificador, a partir de biópsias dos pólipos nasais. Deve-se realizar o diagnóstico diferencial do granuloma nasal, causado por hipersensibilidade, e de outros granulomas nasais, causados por fungos (Helminthosporium) e parasitos nasais (Schistossoma nasalis), e da presença de corpos estranhos na cavidade nasal, que podem produzir sinais clínicos semelhantes aos da rinosporidiose. 
3.4.6 Tratamento 
O tratamento da rinosporidiose é eminentemente cirúrgico com ressecção da lesão com eletrocoagulação da base de implantação, para reduzir recidivas ou tumor residual, sendo a hemorragia sua complicação mais comum. O tratamento medicamentoso é descrito, porém sem resultado importante quando utilizado isoladamente. A diaminodifenilsulfona (dapsona) é usada, por alguns autores, adjuvante ao tratamento cirúrgico para reduzir o índice de recidiva. 
3.4.7 Controle e profilaxia 
Não existem medidas eficientes de controle, pois o habitat e a forma de transmissão da doença são desconhecidos. O tratamento indicado é a excisão cirúrgica e cauterização das lesões. 
 
4. METODOLOGIA
O presente projeto é do tipo investigativo e exploratório. A revisão bibliográfica, foi desenvolvida por meio de pesquisa bibliográfica nas bases de dados da Embrapa, Google Acadêmico, Scielo, biblioteca virtual da URCAMP e livros oferecidos por professores e mentora. Na construção da base teórica foi possível compreender o tema de doenças fúngicas em ovinos e possibilitaram a idéia do desenvolvimento de um site com os outros grupos do tema ovinos. 
O site foi desenvolvido no aplicativo wix, os integrantes de todos os grupos desenvolveram um resumo sobre o conteúdo para que possa ser bem entendido de forma simples, assim pensando em um site que outros módulos possam acrescentar.
Entretanto, com objetivo de promover melhor acesso às informações pelos produtores e que não possuam acesso à internet foi desenvolvida uma cartilha virtual, na qual poderá ser realizado o download e/ou impressa pelos mesmos. 
	A cartilha foi desenvolvida pelo aplicativo canva, onde ela obtém informações ainda mais resumida, com características da doença e possível forma de contato, ela foi feita em apenas uma página para que seja ainda melhor para os produtores terem acesso.
Com o objetivo de popularizar o assunto foi criado um Instagram, que tem o nome de gruposdeovinos (https://www.instagram.com/grupodeovinos/?igshid=165y6oxq2sjk5), sendo postado as doenças do mesmo modo que foi apresentado na cartilha, e intenção também de ser postado diversas informações com intenção de ser sempre atualizado em outros módulos e projetos. 
O grupo realizou todas as etapas de pesquisa, elaboração de texto, site e cartilha em casa, em razão ao isolamento social e por medida de segurança contra o Covid-19.
5. CONCLUSÃO
 Neste trabalho foi abordado o assunto doenças fúngicas em ovinos, onde foi pesquisado pelos integrantes do grupo sobre as principais doenças fúngicas que acometem os ovinos, como a criptococose, a rinosporidiose, a pneumonia fúngica e a dermatomicose. No trabalho consta a etiologia, a epidemiologia, a patogenia, sintomas clínicos, diagnóstico e o tratamento. Diante disso, foi observado que o conhecimento a respeito dessas doenças é extremamente necessário para os produtores, principalmente sobre medidas preventivas. 
Portanto, para suprir essa necessidade identificada e contribuir para melhor produtividadedo rebanho ovino da região foi desenvolvido um site e uma cartilha impressa que serão distribuídas aos criadores de ovinos para que possam compreender tais doenças e assim, cuidar melhor de seu rebanho.
Sendo assim, foram alcançados todos objetivos propostos pela professora orientadora Dra. Paula Costa dos Santos e pela mentora Dra. Jorgea Pradiee.
 Além disso, foi um trabalho extremamente importante para nosso conhecimento acadêmico pois nos permitiu aperfeiçoar competências de pesquisa, seleção, organização e comunicação da informação.
REFERÊNCIAS 
 
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MAGALHÃES, Klinger, et al.Pesquisa Pecuária Municipal 2017: efetivo dos rebanhos caprinos e ovinos.EMBRAPA CAPRINOS E OVINOS,2018. Disponivel em:<https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/185392/1/CNPC-2018-BCIMn52018.pdf>. Acesso em: 02 de novembro de 2020.
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