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Sistema Muscular e Articulações Sinoviais

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Luiz Felipe Alcântara Ferreira - Medicina
ANATOMIA
SISTEMA MUSCULAR E
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
Tópicos
● Articulações sinoviais;
● Músculo esquelético;
● Músculos do ombro;
● Músculos dorsais;
● Aponeurose toracolombar.
Introdução
O sistema muscular é composto pelos diversos músculos do corpo humano. Os
músculos são tecidos, cujas células ou fibras musculares possuem a função de permitir a
contração e produção de movimentos. As fibras musculares, por sua vez, são
controladas pelo sistema nervoso, que se encarrega de receber a informação e
respondê-la realizando a ação solicitada. As articulações sinoviais, também chamadas de
diartroses ou móveis, possuem uma cavidade articular (cavidade sinovial) que apresenta
uma cápsula cheia de líquido sinovial, que funciona como um lubrificante. Essas
articulações possuem uma maior liberdade de movimento e são as mais encontradas em
nosso corpo.
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
Título
Definições Gerais
Nas articulações sinoviais, os ossos são unidos por uma cápsula articular (formada por
uma camada fibrosa externa revestida por uma membrana sinovial serosa) que transpõe
e reveste a cavidade articular. A cavidade articular de uma articulação sinovial, como o
joelho, é um espaço potencial que contém um pequeno volume de líquido sinovial
lubrificante, secretado pela membrana sinovial. No interior da cápsula, a cartilagem
articular cobre as faces articulares dos ossos; todas as outras faces internas são
revestidas por membrana sinovial. Na figura abaixo os ossos que normalmente se
apresentam opostos foram afastados para demonstração, e a cápsula articular foi
insuflada. Por conseguinte, a cavidade articular, que normalmente é potencial, está
exagerada. O periósteo que reveste os ossos na parte externa à articulação funde-se
com a camada fibrosa da cápsula articular.
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
➔ Alguns conceitos importantes
◆ Cartilagem articular: Tecido cartilaginoso (condrócitos) que permite melhor
deslizamento entre os ossos. Permite também um pouco de
amortecimento, haja vista que os condrócitos são células mais maleáveis
do que os ossos.
◆ Cavidade articular: Espaço entre as duas superfícies ósseas que
caracteriza a articulação sinovial. É ele que garante o movimento da
articulação.
◆ Cápsula articular: É uma membrana que cobre ou limita a cavidade
articular. Ela cerca todas as estruturas intra-articulares. Dividida em externa
(fibrosa) e interna (sinovial). Estabiliza o movimento da articulação.
◆ Sinóvia ou Líquido Sinovial: Líquido que ''recheia'' a cápsula articular.
Responsável pela nutrição da articulação, mantendo-a funcional. Atua
como uma graxa, lubrificando a articulação.
◆ Ligamentos: Estruturas fibrosas que ficam junto com a cápsula protegendo
a articulação, limitando seu movimento e impedindo que a articulação sofra
as famosas luxações articulares.
◆ Disco articular ou Menisco: Estruturas fibrocartilaginosas arredondadas,
presente em algumas articulações. Tem como finalidade nutrir a articulação
(são bombeadas com a compressão das superfícies ósseas e circulam o
líquido sinovial por toda a articulação. Além disso, amortece os impactos,
evitando atritos e desgastes.
◆ Bolsas sinoviais e bainhas tendíneas: Sacos fibrosos com líquido sinovial
em seu interior, que impedem o atrito entre um ligamento ou um tendão e
o osso. Previne rupturas ligamentares.
Movimentos
Sabe-se que existem alguns limitantes para os movimentos, como: complexidade de
forma, número de superfícies que se articulam e o número e posição dos principais eixos
de movimentos. Já os tipos de movimentos são – translação (deslizamento ou
escorregamento); angulação (alteração do ângulo entre os eixos topográficos); flexão;
abdução e adução; rotação axial; circundução (combina – flexão, adução, abdução e
extensão).
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
Tipos
◆ Articulações Planas: As articulações planas permitem movimentos de
deslizamento no plano das faces articulares. As superfícies opostas dos
ossos são planas ou quase planas, com movimento limitado por suas
cápsulas articulares firmes. As articulações planas são muitas e quase
sempre pequenas. Um exemplo é a articulação acromioclavicular situada
entre o acrômio da escápula e a clavícula.
◆ Gínglimos: Os gínglimos permitem apenas flexão e extensão, movimentos
que ocorrem em um plano (sagital) ao redor de um único eixo
transversal; assim, os gínglimos são articulações uniaxiais. A cápsula
dessas articulações é fina e frouxa nas partes anterior e posterior onde há
movimento; entretanto os ossos são unidos lateralmente por ligamentos
colaterais fortes. A articulação do cotovelo é um exemplo de gínglimo.
◆ Articulações selares: As articulações selares permitem abdução e adução,
além de flexão e extensão, movimentos que ocorrem ao redor de eixos
perpendiculares; sendo assim, são articulações biaxiais que permitem
movimento em dois planos, sagital e frontal. Também é possível fazer
esses movimentos em uma sequência circular (circundação). As faces
articulares opostas têm formato semelhante a uma sela (isto é, são
reciprocamente côncavas e convexas). A articulação carpometacarpal na
base do polegar é uma articulação selar.
◆ Articulações elipsóideas: As articulações elipsóideas permitem a flexão e
extensão, além da abdução e adução; sendo assim, também são biaxiais.
No entanto, o movimento em um plano (sagital) geralmente é maior (mais
livre) do que no outro. Também é possível realizar circundação, mais
restritiva do que nas articulações selares. As articulações
metacarpofalângicas são elipsóideas.
◆ Articulações esferóideas: As articulações esferóideas permitem
movimento em vários eixos e planos. Flexão e extensão, abdução, rotação
medial e lateral, e circundação; sendo assim, são articulações multiaxiais.
Nessas articulações altamente móveis, a superfície esferóidea de um osso
move-se na cavidade de outro. A articulação do quadril é uma articulação
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
esferóidea na qual a cabeça do fêmur, que é esférica, gira na cavidade
formada pelo acetábulo do quadril.
◆ Articulações trocóideas: As articulações trocóideas permitem rotação em
torno de um eixo central; são, portanto, uniaxiais. Nessas articulações, um
processo arredondado de osso gira dentro de uma bainha ou anel. Um
exemplo é a articulação atlantoaxial mediana na qual o atlas gira em torno
de um processo digitiforme, o dente do áxis, durante a rotação da cabeça.
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
Músculo Estriado Esquelético
Definições Gerais
O músculo estriado esquelético é o músculo somático voluntário que forma músculos
esqueléticos que compõem o sistema muscular, movendo ou estabilizando ossos e
outras estruturas. Todos os músculos esqueléticos, em geral chamados apenas de
''músculo'', tem porções carnosas, avermelhadas e contráteis formadas por músculo
esquelético estriado. Alguns músculos são carnosos em toda a sua extensão, mas a
maioria também tem porções brancas não contráteis (tendões), compostas
principalmente de feixes colágenos organizados, que garantem um meio de inserção.
➔ Localização
Forma músculos grandes fixados ao esqueleto e à fáscia dos membros, parede do corpo
e cabeça/pescoço.
➔ Aparência das células
Fibras cilíndricas grandes, muito longas, não ramificadas com estriações transversais
dispostas em feixes paralelos; múltiplos núcleos periféricos.
➔ Tipo de atividade
Contração intermitente (fáscia) acima de um tônus basal; sua principal ação é produzir
movimento (contração isotônica) por meio do encurtamento (contração concêntrica) ou
do relaxamento controlado (contração excêntrica), ou manter a posição contra a
gravidade ou outra força de resistência sem movimento (contração isométrica).
➔ Estimulação
Voluntária (ou reflexa) pela divisão somática do sistema nervoso.
➔ Alguns conceitos
◆ Tendão: Os tendões são formados por tecido conjuntivo denso modeladoe ligam as extremidades dos músculos aos ossos. Possuem grande
importância na realização de movimentos. Os tendões são estruturas
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
alongadas e cilíndricas formadas por tecido conjuntivo denso modelado
que ligam as extremidades dos músculos estriados aos ossos.
◆ Aponeurose: Aponeurose é uma membrana fibrosa (formada
principalmente por fibras de colágeno), que serve para a inserção dos
músculos. Os tendões de alguns músculos formam lâminas planas, ou
aponeuroses, que fixam o músculo ao esqueleto (geralmente uma crista ou
uma série de processos espinhosos) e/ou à fáscia muscular ou à
aponeurose de outro músculo
◆ Ventre: Ventre Muscular é a porção contrátil do músculo, constituída por
fibras musculares que se contraem. Constitui o corpo do músculo (porção
carnosa)
◆ Miofibrilas: Feixes altamente organizados de actina (ACTINAS), MIOSINAS
e outras proteínas encontradas no citoplasma de células musculares
(esqueléticas e cardíacas), que se contraem devido a um mecanismo de
filamentos deslizantes.
◆ Sarcômeros: Cada estria encontrada na fibra muscular delimita os
sarcômeros, que é a unidade mínima contrátil do músculo. Os
comprimentos do sarcômero variam de acordo com o estado de contração
do músculo. Os filamentos grossos, com 10nm de diâmetro e 1,5μm de
comprimento são os principais constituintes do sarcômero. Tais filamentos
se compõem quase que exclusivamente da proteína miosina e por isso são
também chamados de filamentos de miosina, sendo mantidos em posição
por conexões transversais delgadas que estabilizam e ancoram os
filamentos em posição no centro de cada sarcômero. Os filamentos finos
se compõem basicamente da proteína actina, têm 5 nm de espessura e
estendem-se por cerca de 1μm em cada direção a partir de cada parede
que delimita cada sarcômero. Os filamentos de actina e miosina interagem
entre eles e permite a mágica da contração muscular.
◆ Fascículo: Fascículo muscular é um conjunto de fibras musculares
esqueléticas cobertas por perimísio, um tipo de tecido conjuntivo.
◆ Tônus muscular ou Contração Tônica: Mesmo quando estão relaxados os
músculos de um indivíduo consciente estão quase sempre levemente
contraídos. Essa leve contração, denominada tônus muscular, não produz
movimento nem resistência ativa, às confere ao músculo certa firmeza,
ajudando na estabilidade das articulações e na manutenção da postura,
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
enquanto mantém o músculo pronto para responder a estímulos
apropriados. Geralmente o tônus muscular só está ausente quando a
pessoa está inconsciente ou após uma lesão nervosa que acarrete
paralisia.
Tipos de Músculo Esquelético
➔ Circular
Os fascículos dispostos em anéis concêntricos formam um padrão circular. O nome
genérico de um músculo com essa organização circular é esfíncter ou orbicular.
Exemplos específicos incluem o músculo orbicular da boca e o músculo orbicular dos
olhos.
➔ Plano ou Convergente
No padrão convergente de organização fascicular a origem (ou inserção proximal) do
músculo é ampla e os fascículos convergem para o tendão de inserção (ou inserção
distal). Esse tipo de músculo pode ser triangular ou em forma de leque.
➔ Fusiforme
Os músculos com essa organização são fusiformes, com um ventre ampliado, como o
bíceps braquial, no membro superior;
➔ Paralelo
Na organização paralela dos fascículos, os eixos longitudinais dos fascículos seguem em
paralelo ao eixo longitudinal do músculo, e as fibras musculares se estendem da origem
até a inserção.
➔ Peniforme
Em um padrão peniforme, os fascículos são curtos e se conectam obliquamente a um
tendão que se estende por todo o comprimento do músculo. Esse padrão faz com que o
músculo se pareça com uma pena. Se os fascículos se inserirem no tendão em ambos os
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
lados, essa organização se chama de bipeniforme. É o caso do músculo reto femoral da
coxa.
➔ Multipeniforme
Uma organização multipeniforme se parece com muitas penas lado a lado, com todas as
suas extremidades inseridas em um tendão grande. O músculo deltóide, que confere o
formato arredondado ao ombro, é um exemplo.
➔ Semipeniforme
Se os fascículos se inserirem em apenas um lado o tendão, o músculo é unipeniforme. O
músculo extensor longo dos dedos pertence a esse grupo.
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
Fuso Neuromuscular
Os Fusos Neuromusculares ou Receptores Musculares são estruturas especializadas,
no interior da maioria dos músculos esqueléticos. O fuso neuromuscular, também
chamado de receptor de estiramento, é uma cápsula conjuntiva fibrosa que contém
diversos tipos de fibras musculares esqueléticas especializadas (cada fuso
neuromuscular é formado por 5 a 10 fibras musculares modificadas, extremamente finas
e agrupadas), muito pequenas, alongadas e estreitas, denominadas fibras intrafusais,
e está envolvido pelo espaço periaxial, que contém fluido. Cada fuso possui de 3 a 10
milímetros de comprimento e suas extremidades ficam conectadas aos glicocálice das
fibras adjacentes.
As fibras intrafusais estão dispostas paralelamente ao longo das fibras musculares,
capazes de detectar as variações de comprimento do músculo no qual estão situados,
separados das fibras extrafusais (não pertencentes ao fuso neuromuscular, mas ao
tecido como um todo) dispersas no tecido muscular. As fibras intrafusais podem ser
classificadas em dois grupos: as fibras da bolsa nuclear e as fibras da cadeia nuclear,
estas apresentam um aspecto mais delgado e em maior número. Além disso, as fibras
da bolsa nuclear possuem duas categorias distintas, as fibras estáticas e dinâmicas.
Os núcleos de ambos os tipos de fibras localizam-se ao centro das células e suas
miofibrilas estão localizadas em ambos os lados da região nuclear, o que influencia
limitando a contração às regiões polares destas células fusiformes.
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
Nas regiões centrais das fibras intrafusais não ocorre contração. Os núcleos das fibras
do saco nuclear estão agrupados enquanto os núcleos das fibras da cadeia nuclear
estão alinhados em uma única fileira.
No interior de determinado fuso neuromuscular, uma única fibra nervosa Ia enrola-se
espiralmente em torno da região nuclear das fibras intrafusais, formando as terminações
sensitivas primárias (também chamadas de terminações sensitivas dinâmicas ou Ia). No
entanto, algumas terminações nervosas sensitivas secundárias (também conhecidas
por terminações nervosas sensitivas estáticas ou II) são formadas por fibras nervosas do
grupo II, que se enrolam em torno de cada fibra de cadeia nuclear, assim como em torno
das fibras estáticas do saco nuclear.
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
As fibras intrafusais também se contraem sob o comando neural, para isso possuem uma
inervação eferente de controle motor, constituídas por um grupo específico de neurônios
motores, denominados motoneurônio ɣ, além de motoneurônios ß, que inervam fibras
extrafusais e intrafusais. Quando os motoneurônios ɣ e ß têm funções conjuntas, são
denominadas neurônios fusimotores.
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
Os neurônios fusimotores ß são automáticos, inervando fibras intrafusais e
extrafusais, e ambas contraem-se. Os neurônios fusimotores ɣ são seletivamente
dedicados às fibras intrafusais, funcionando como reguladores da sensibilidade do
fuso neuromuscular.
Os axônios dos neurônios associados ao fuso neuromuscular são maiores, mielínicos e
com maior velocidade de condução, pertencentes ao grupo Ia. O conjunto de axônios
que inerva o músculo (fibras extrafusais) que contém o fuso estabelece sinapses com
praticamente todos os neurônios motores ɑ.
O axônio Ia e os neurônios motores, com os quais estabelecem sinapses, formam o
arco reflexo monossináptico miotático, que se trata a uma única sinapse que separa a
aferência sensorial primária do neurônio motor. Quando ocorre oestiramento do fuso
muscular, como quando o músculo é submetido à uma força ou à um peso, a região
equatorial sofre um estiramento e esse processo leva a uma despolarização dos
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
terminais do axônio, levando o músculo a contrair-se e, consequentemente, diminuir seu
tamanho. Esse fenômeno é exatamente o que ocorre quando um médico necessita
testar o reflexo patelar dos nervos e músculos: quando o ele explora o arco reflexo por
meio de pequenas batidas no tendão abaixo da patela, o músculo quadríceps da coxa
contrai-se e em seu reflexo, estende a perna. Esse tipo de procedimento testa a
integridade dos nervos e músculos dessa estrutura.
Os neurônios motores ɑ inervam apenas as fibras extrafusais, que estão em maior
número e formam a massa muscular, proporcionando o tônus ao músculo. Mas o fuso
muscular também possui fibras intrafusais, que são fibras modificadas, dentro da cápsula
do fuso.
É no fuso neuromuscular que se origina o sinal sensorial para o reflexo de
estiramento, que imposto sobre o músculo, deforma as fibras musculares intrafusais que
desencadeiam potenciais de ação. Isso acontece porque esses potenciais de ação
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
ativam canais iônicos mecanicamente abertos nos axônios aferentes que estão
enrolados aos fusos.
O controle neural da função muscular exige não somente a capacidade de induzir ou
inibir a contração muscular, mas também a capacidade de monitorar o estado do
músculo. Desta maneira, a maneira como ocorre a atividade dos neurônios motores ɣ dá
ao sistema nervoso a capacidade de ajustar a sensibilidade do fuso muscular.
Mas os fusos neuromusculares não são os únicos especializados em detectar alterações
do estiramento muscular. O Órgão Tendinoso de Golgi (OTG), atua como um sensor de
tensão, que monitora a tensão muscular ou a força de contração.
Músculos do Ombro
Deltóide
➔ Origem: terço final da clavícula, acrômio e espinha da escápula
➔ Inserção: tuberosidade deltóidea do úmero
➔ Inervação: nervo axilar
➔ Ação: abdução, extensão e flexão
➔ Plano de movimento: frontal, sagital e transverso
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
Supraespinal
➔ Origem: fossa supra espinhal da escápula
➔ Inserção: tubérculo maior do úmero (manguito rotador)
➔ Inervação: nervo supraescapular
➔ Ação: abdução do ombro
➔ Plano de movimento: frontal
Infraespinal
➔ Origem: superfície superior da escápula
➔ Inserção: tubérculo maior o úmero (manguito rotador)
➔ Inervação: nervo supraescapular
➔ Ação: rotação lateral e adução do ombro
➔ Plano de movimento: transverso
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
Redondo maior
➔ Origem: face posterior do ângulo inferior da escápula
➔ Inserção: lábio medial o sulco intertubercular do ombro
➔ Inervação: nervo subescapular
➔ Ação: rotação medial e adução do ombro
➔ Plano de movimento: sagital, frontal e transverso
Redondo menor
➔ Origem: escápula posterior, borda lateral
➔ Inserção: tubérculo maior do úmero (manguito rotador)
➔ Inervação: nervo axilar
➔ Ação: rotação lateral e adução do ombro
➔ Plano de movimento: transverso
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
Subescapular
➔ Origem: fossa subescapular
➔ Inserção: tubérculo menor do úmero (manguito rotador)
➔ Inervação: nervo subescapular
➔ Ação: rotação medial e adução do ombro
➔ Plano de movimento: transverso
Músculos do Dorso
Trapézio
➔ Origem: linha nucal superior, ligamento nucal e processos espinhosos da C7 a T12
➔ Inserção: borda posterior da clavícula, acrômio e espinha da escápula
➔ Inervação: nervo acessório
➔ Ação: elevação e depressão do ombro e adução e rotação superior das
escápulas
➔ Plano de movimento: frontal, sagital e transverso
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
Latíssimo do dorso
➔ Origem: processos espinhosos das vértebras torácicas e lombares
➔ Inserção: face proximal e distal do úmero
➔ Inervação: nervo toracodorsal
➔ Ação: adução, extensão e rotação medial do braço e depressão o ombro
➔ Plano de movimento: sagital, frontal e transverso
Rombóides
➔ Maior
◆ Origem: processo (apófise) espinhoso da T2 a T5
◆ Inserção: bordo medial da escápula (omoplata)
◆ Inervação: nervo escapular dorsal
◆ Ação: adução, elevação e rotação da escápula e estabilização da escápula
◆ Plano de movimento: transverso e frontal
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
➔ Menor
◆ Origem: processo (apófise) espinhoso de C7 a T1
◆ Inserção: bordo medial da escápula (omoplata)
◆ Inervação: nervo escapular dorsal
◆ Ação: adução, elevação e rotação da escápula e estabilização da escápula
◆ Plano de movimento: transverso e frontal
Levantador da escápula
➔ Origem: processo transverso do atlas até o a C4
➔ Inserção: ângulo superior da escápula
➔ Inervação: nervo dorsal da escápula
➔ Ação: elevação e adução da escápula
➔ Plano de movimento: frontal
Eretor da espinha (iliocostal, longuíssimo e espinal)
➔ Origem: origina-se por um tendão largo da parte posterior da crista ilíaca, face
posterior do sacro, ligamentos sacroilíacos, processos espinhosos sacrais e
lombares inferiores e ligamento supraespinhal.
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
➔ Inserção:
◆ Iliocostal: ângulos das costelas inferiores e processos espinhosos cervicais
C2 a C4
◆ Longuíssimo: processos transversos da região torácica das torácicas e
cervicais e até o processo mastóide do temporal
◆ Espinal: processos espinhosos na região torácica superior até o crânio
➔ Inervação: ramos posteriores nervos espinhais
➔ Ação: extensão da coluna vertebral e a cabeça; fletem lateralmente a coluna
➔ Plano de movimento: sagital, frontal e transverso
Aponeurose Toracolombar
Noções Gerais
A fáscia toracolombar é uma grande área de tecido conjuntivo – mais ou menos em
forma de diamante – que compreende as partes torácicas e lombares da fáscia
profunda que envolvem os músculos intrínsecos das costas. Mais desenvolvida na
região lombar, consiste em várias camadas de fibras de colágeno cruzadas, que cobrem
os músculos das costas na área torácica e lombar inferior antes de passar por esses
músculos para se fixar ao sacro.
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
A Fáscia Toracolombar é um complexo de várias camadas que separa os músculos
paraespinhais dos músculos da parede abdominal posterior, quadrado lombar (QL) e
psoas maior. Numerosas descrições dessa estrutura apresentaram um modelo de duas
camadas ou um modelo de três camadas.
● Na região torácica, forma uma fina cobertura para os músculos extensores da
coluna vertebral. Medialmente, é anexado às espinhas vertebrais torácicas e,
lateralmente, às costelas, perto das suas curvaturas.
● Na região lombar, também é anexada à espinha vertebral, mas, além disso, forma
uma forte aponeurose que é conectada lateralmente aos músculos planos da
parede abdominal.
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
● Medialmente, divide-se em camadas anterior, média e posterior. As duas
primeiras camadas circundam o quadrado lombar e as duas últimas formam uma
bainha para os músculos eretores da espinha e multífido.
● Abaixo, ela está ligada ao ligamento iliolombar, à crista ilíaca e à articulação
sacroilíaca. Por meio de seu amplo apego à espinhas vertebral, a fáscia
toracolombar é presa aos ligamentos supra e interespinhal e à cápsula das
articulações facetárias.
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
Funções da fáscia toracolombar
O caráter inflexível da fáscia profunda permite que ela sirva como um meio de conter e
separar grupos musculares em espaços relativamente bem definidos, chamados de
‘compartimentos’. A fáscia profunda integra esses compartimentos e transmite carga
entre eles. A Fáscia Toracolombar é uma parte crítica de uma cinta miofascial que
envolve a parte inferior do tronco, desempenhando um papel importante nas seguintes
funções:
➔ Estabilização
➔ Transferência de carga
Tópico
A conexão que a fáscia toracolombar possuicom os ligamentos posteriores da coluna
lombar permite auxiliar no suporte da coluna vertebral quando é flexionada,
desenvolvendo uma tensão fascial que ajuda a controlar a parede abdominal.
Quando a coluna é colocada em flexão total, a fáscia toracolombar aumenta em
comprimento a partir da posição neutra em cerca de 30%. A expansão no comprimento
deste tecido é realizada por um aperto na largura. Essa deformação coloca ‘energia de
deformação’ no tecido, que deve ser recuperável na forma de trabalho muscular
reduzido quando a coluna se move de volta em extensão.
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
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