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estratégias de combate a desnutrição hospitalar

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Essa é uma temática bastante importante, mas que só começou a ser trabalhada pela Sociedade Brasileira de 
Nutrição Parenteral e Enteral no começo de 2018, eles publicaram um artigo intitulado de: Campanha “diga não à 
desnutrição”: 11 passos importantes para combater a desnutrição hospitalar, com o objetivo de criar estratégias 
para diminuir a prevalência de desnutrição hospitalar. Com o decorrer dos anos o perfil nutricional da população mundial 
muda, mas quando essa população tem doenças crônicas, mesmo obesidade, quando elas se internam desenvolvem 
desnutrição. 
Esse artigo trás 11 passos de como prevenir a desnutrição hospitalar, o trabalho começa falando que a 
desnutrição realmente é um problema que tem alta incidência e alta prevalência nas unidades hospitalares, o público 
mais acometido são pessoas idosas, pacientes cirúrgicos e os pacientes críticos, e por conta disso a desnutrição 
aumenta muito o custo do SUS. 
Existe uma avaliação do estado nutricional, o IBRANUTRI (Inquerito Brasieliro de Avaliação Nutricional), foi a 
única pesquisa realizada no Brasil de grande abragência (incluindo todas as capitais do país e o DF), os hospitais publicos 
tinham o objetivo de detectar se existia DN hospitalar no Brasil ainda no século XX, e ele refletiu uma realidade observada 
no mundo todo, 48% dos indivíduos que estavam em hospiatis públicos eram pessoas desnutridas, apesar dos resultados 
serem de hospitais públicos, essa realidade também ocorre nos privados, pois a desnutrição hospitalar é algo intenso, 
que não sofre influência apenas do financeiro, existem outros fatores que levam a esse fato. Nas regiões Norte e Nordeste 
foi onde se encontrou a maior prevalência de desnutrição hospitalar, com destaque para Belém do Pará, 78% dos 
investigados diagnosticados com desnutrição, esse estudo é de 1998, com suas primeiras publicações no ano de 2001.O 
que se observa hoje é que essa realidade não mudou, os pequenos estudos realizados mostram que a situação ainda é 
a mesma. 
Na América Latina os diferentes estudos tem mostrado que entre 40 e 60% , dos pacientes já estão desnutridas 
na admissão, desse modo, o objetivo é que as condutas utilizadas para fazer diagnóstico de desnutrição, sejam condutas 
que permitam que na admissão já seja diagnostico a DN, para tratar de imediato. 
 
 
 
Essa é uma estratégia que foi utilizada para facilitar para que os profissionais das equipes de saúde, lembrassem 
quais as estratégias para previnir ou tratar a desnutrição em ambiente hospitalar, reduzir a incidência e prevalência de 
desnutrião hospitalar, com esse método rapiadamente a equipe lembra. Os 11 passos estão descritos a seguir: 
 
 
A maioria desses passos são funções do nutricionista, mas existem funções que são de diferentes profissionais 
da EM. 
1º PASSO: DETERMINE O RISCO E REALIZE A AN 
Como já se sabe são sugeridas várias ferramentas para se determinar o risco nutricional, como essas 
ferramentas são de risco nutricional, o risco nutricional sendo positivo, é iniciado a AN, subjetiva e a antropometria sendo 
o método objetivo. 
Ceniccola et al. autor da Sociedade americana de nutrição parenteral e enteral (ASPEN) percebeu que: 
individuos em UTI que foram caracterizados como sendo pessoas em risco nutricional de acordo com a NRS-2002 tem 
ESTRATÉGIAS DE COMBATE A DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR 
MÉTODO MNEMÔNICO DOS 11 PASSOS DE COMBATE A DESNUTRIÇÃO 
14 vezes mais risco para durante a internação desenvolverem DN. Isso mostra que as ferementas de triagens são 
preditoras, ajudam a perceber que se não houver interveção quem estar em risco nutricional ao ser admitido, 
provavelmente vai desenvolver DN se a internação hospitalar se prolongar. 
Em resumo: nesse passo deve ser realizado: triagem nutricional→avaliação nutricional subjetiva→avaliação 
nutricional completa o mais rápido que se puder fazer, com métodos objetivos. 
 
2º PASSO: ESTABELEÇA AS NECESSIDADES CALÓRICAS E PROTÉICAS 
Esse estudo percebeu que todas as equações utilizadas para pacientes hospitalizados para estimar 
necessidades energéticas tinham pouca precissão quando comparadas com a calorimetria indireta (método padrão-
ouro). Outros autores comparam as equações com as regras de bolso, eles perceberam que o tempo de internação dos 
pacientes era menor quando as necessidades energéticas eram estimadas por regra de bolso, essas regras são 
provenientes de calorimetria indireta. 
Em resumo regra de bolso é melhor para paciente hospitalizado do que as equações, a seguir as fórmulas de 
bolso surgeridas pelo protocolo: 
 
 
Para pacientes na enfermaria inicia com 25 a 30 kcal/kg e se ele não mostra sinais de hiperalimentação, se passa 
para as kcal da fase de recuperação. Os pacientes de UTI segue a mesma regra, inicia com as kcal da fase inicial e se 
ele não mostrar sinais de hiperalimentação evoluí para as kcal da fase de recuperação. 
 
 ATENÇÃO: se o paciente apresentar Síndrome de Realimentação iniciar com 15 kcal/kg, esses pacientes seriam: 
desnutridos moderados ou graves, pacientes com SEPSE, pacientes com SIRIS, paciente com > de 1 semana de jejum 
ou recebendo o mínimo de oferta calórica e pacientes com pancreatite. Outra observação que a BRASPEN faz é: para 
indivíduos obesos utilizar nessas fórmulas o peso ajustado. 
 
ATENÇÃO: dentro dessa recomendação de proteina o mais importante é o paciente crítico, pois dentro de 10 dias de 
UTI tem se observado que o paciente critico perde de 15 a 25% da sua massa muscular e consequetemente a dieta 
hiperproteica diminuí a mortalidade desse paciente, mas o oferta NÃO deve ser superior a 2,5g/ kg, ou seja, a capacidade 
de metabolização de proteina de um paciente critico ela não é maior do que 2,5g/kg. 
 
3º PASSO: SAIBA A PERDA DE PESO E ACOMPANHE O PESO A CADA 7 DIAS 
O percentual de perda de peso durante a internação, ele prediz o risco nutricional, ele não é diagnóstico de 
desnutrição mas significa risco nutricional. A avaliação do peso deve ser realizada pelo menos de 7 em 7 dias e se deve 
ter cuidado se a técnica utilizada é uma técnica adequada para determinação de peso (técnica correta) , pois dentro de 
uma unidade hospitalar o peso tem diversas utilidades, como: avaliação do EN; do estado de hidratação do indivíduo; 
determinar doses de drogas, inclusive sedativos; mobilização precoce do paciente crítico, mobilização precoce é: os 
fisioterapeutas têm várias estratégias para estimular os movimentos dos pacientes, e os equimentos utilizados tem limites 
Com relação as necessidades proteicas, a BRASPEN traz as 
sugestões para pacientes em enfermaria conforme o grau de 
catabolismo proteico e conforme o individuo ter doença renal 
crônica; 
Para pacientes na UTI conforme o EN ou se tem insuficiência renal, 
mas sem diálise (tratamento conservador) ou tem disfunção renal, 
mas dialisa. 
Em resumo: as recomendações proteicas são conforme o grau de 
catabolismo proteico, EN ou presença ou não de doenças. 
de peso. Por esses e outros motivos é de fundamental importância em uma unidade hospitalar se determinar o peso de 
forma precisa. 
Os instrumentos disponiveis são: balança, maca balança, fórmulas estimativas (que se sabe que em muitas delas 
o peso obtido é muito diferente do real, mas que em muitas situações é a única opção). 
A seguir o cheklist que a BRASPEN surgere para a aferição do peso: 
 
OBSERVAÇÕES: é muito importante desifectar a balança, pois o paciente pode adquirir uma infecção ao se pesar em 
uma balança que uma pessoa que tinha uma infecção foi pesada, mas infelizmente não é uma prática comum; 
O ideal é pesar o paciente após ele ter urinado e em jejum, normalmente o paciente é pesado em qualquer horário, mas 
isso não é uma prática correta; 
Não é obrigado apenas o nutricionista fazer a aferição do peso, as vezes ele entra mais tarde, não sendo adequado 
deixar o paciente em jejum até a hora dele chegar, desse modo, pode se colocar a aferição do peso na rotinada 
enfermagem, devendo serem treinados para realizarem tal função de forma correta; 
Comparar as medidas com medidas anteriores é importante para saber se a técnica utilizada estar sendo correta, pois 
se der medidas muito diferentes pode ser que na medida anterior ou na atual alguma coisa foi feita de forma errada, mas 
se o profissional estiver seguro que sempre realizou as medidas com a técnica correta, então é outro motivo que estar 
fazendo essas medidas serem tão diferentes. 
 
4º PASSO: NÃO NEGLIGENCIE O JEJUM 
Não negligenciar o jejum, porque na verdade ele é o principal responsável pela piora do grau de desnutrição do 
paciente hospitalizado. Quase metade deles já chega desnutrido e tendem a piorar o grau de DN por conta do jejum ser 
negligenciado. O jejum é fator de risco para DN podendo fazer com que essa DN aconteça em poucos dias, pois existem 
aspectos do próprio paciente hospitalizado que contribui com a DN e o jejum vai piorar essa DN aumentando os 
hormônios do estresse que estão presentes no paciente hospitalizado, os glicorcoticoides e as catecolaminas, o paciente 
já tem esses hormônios aumentados por conta da internação e o jejum piora os niveis desses hormônios, aumentando 
catabolismo protéico e o gasto energético desse paciente. 
 
Dentro de uma UH o jejum geralmente é para: 
 
• Realização de exames: no entanto, ás vezes o paciente fica em jejum e o exame é cancelado, tendo que ficar em 
jejum mais uma dia, para tentar fazer o exame novamente; 
• Jejum pré e pós-operatório: que é desnecessário, o tempo de jejum que um cirurgião deseja antes e após uma 
cirurgia é muito maior do que o tempo necessário que a literatura comprova; 
• Por conta dos sintomas gastrointestinais: que as vezes é da doença e as vezes é decorrente do tratamento 
medicamentoso que o paciente faz, esse jejum não é uma negligência é um jejum que na grande maioria das 
vezes é necessário; 
• Outro motivo, é que em muitos casos, principalmente quando se fala em paciente critico, muitas vezes para ser 
liberada a dieta para o paciente é necessario a avaliação de um fonoaudiólogo, por ser um paciente que em alguns 
casos ficou bastante tempo em gastrostomia, por exemplo. 
Desse modo, é necessario que os hospitais estejam estruturados, tanto do ponto de vista de quantidades de 
recursos humanos, quanto de ponto de vista de capacitação dos recursos humanos, para definir se realmente aquele 
jejum é necessário ou não, e se for um jejum necessário, pensar em outras formas de alimentação, por exemplo, a NP 
não vai deixar nenhum residuo gastrointestinal, será que nas situações em que é necessario o TGI estar limpo, não seria 
interessante utilizar de NP?! 
Em casos de pacientes com indicação de mais de 48h de jejum é necessario verificar se existe a necessidade 
realmente daquele jejum e se realmente existir, buscar utilizar uma outra via de alimentação. 
A BRASPEN trás uma série de propostas do que seria não negligenciar o jejum, o que deve ser feito para que 
se mantenha o mínimo possivel do paciente em jejum desnecessário: 
 
• Protocolos hospitalares, para exames → se observa que não existe na literatura um consenso que diga o tempo 
ideal de jejum para todos os tipos de exames, desse modo, é importante que cada hospital estabelaça o seu protocolo 
com a base cientifica que ele tem ou baseado no que os profissionais especialistas acreditam o que seria um tempo 
ideal de jejum para determinado exame. É necessario que cada hospital crie o seu protocolo com o tempo ideal de 
jejum para cada exame; 
• Abreviação de jejum pré-operatorio → que as UH, elas utilizem, por exemplo, o tempo de jejum que o projeto 
ACERTO sugere: quanto tempo é necessário ficar de jejum antes e depois de uma cirurgia, dependendo do tipo de 
cirurgia; 
• Reealimentação precoce em pós-operatório → a BRASPEN trás que, em operações com anastomoses 
gastrintestinal, enteroentérica (intestino com intestino, se retira uma pequena parte do ID e se liga as demais partes) 
,enterocólica (tirado o final do intestino delgado e se ligou o ID ao IG) ou colorretal (retirado uma parte do cólon (uma 
parte mais inferior) e a parte mais superior é ligada ao reto e ao ânus) , a dieta oral ou enteral deve ser iniciada no 
mesmo dia ou no primeiro dia pós-operatório; 
• Obstrução de sondas → é outro quesito que os hospitais devem ficar atento, a obstrução de sondas é um dos 
responsáveis pelo longo tempo que os pacientes ficam em jejum, pois as vezes é uma sonda que para ser 
posicionada é necessário realizar um Raio- X ou é pós-pilorica, que é necessario endoscopia, enfim fazendo com 
que ocorra uma demora para que a dieta seja liberada deixando o paciente muito tempo em jejum; 
• Saída de sondas → se a sonda saiu acidentamente é necessario que a reposição seja feita o mais rápido possivel; 
• Controle adequado de sintomas gastrointestinais → o que se sugere bastante hoje nas UTIs é que se utilize as 
drogas pró cinéticas de rotina, porque já se sabe que vários motivos contribui para que o paciente de UTI tenha 
náuses e vômitos, utilizar drogas que estimulem o esvaziamento gástrico já faz com que o paciente diminua o risco 
de desenvolver náuses e vômitos. Também não se deve zerar a dieta por qualquer motivo, exemplo, as vezes se 
suspende a dieta porque o paciente apresenta diarreia, e se sabe que nem toda diarreia é decorrente da dieta. 
 
A seguir uma proposta que a BRASPEN trás, como já citado não é um consenso, é uma proposta elaborada 
pelos especilistas da BRASPEN do tempo de jejum antes de cada tipo de exame: 
 
 
TC sem 
contraste 
NÃO há a 
necessidade 
de jejum! 
 
Jejum no caso de cirurgias: 
 
 
5° PASSO: UTILIZE MÉTODOS PARA AVALIAR E ACOMPANHAR A ADEQUAÇÃO CALÓRICA INGERIDA VERSUS 
(COMPARANDO) ESTIMADA 
 
Esse monitoramento é fundamental porque pacientes que fazem uso de NE ou NP eles recebem em média 60% 
a 80% apenas do que eles realmente deveriam receber, isso é grave! Esse monitoramento é importante para o hospital 
avaliar o que estar errado e corrigir,( quais motivos estar fazendo com que esse paciente não consuma tudo o que estar 
sendo planejado para ele?)por isso é importante saber quanto se planejou para determinado paciente em um dia e quanto 
ele recebeu, para se saber isso seria interessante a utilização de um instrumento chamado: balanço hídrico: nele tem os 
horários e todos os tipos de infusões que o paciente estar recebendo (soro glicosado, dieta, entre outros) e também tem 
as saídas (vômitos), nesse instrumento é registrado na primeira parte a quantidade de tudo que é recebido em cada 
horário, de soro, de dieta... e na segunda parte é registrado tudo que saiu (vômitos, diurese, etc.) para se fazer o 
introduzida menos o eliminado, o ideal é que o introduzido e o eliminado seja igual. 
Para o nutricionista é importante ter esse conhecimento, pois além de saber se o paciente estar retendo liquido 
ou não, é importante para se saber se aquela dieta planejada o paciente recebeu. Em geral os hospitais só fazem balanço 
hídrico em algumas situações, por exemplo: paciente renal, pois ele já tem uma função renal comprometida e um risco 
maior para retensão, pacientes com insuficiência cardíaca. 
Em relação ao vômito o ideal seria que sempre que o paciente fosse vomitar ele chamasse um profissional e 
vomitasse no lençol, para que fosse feito o peso desse vômito, pesando o lenço sujo de vômito em seguida um igual 
limpo e feito a diferença, no entanto, isso não possivel pois se sabe que o vômito é uma pressão então quando vem a 
vontade não se consegue segurar. 
Nos casos dos pacientes em via oral para se fazer a avaliação do que ele consumiu e comparar com a meta, o 
hospital precisa ter um padrão hospitalar onde seja calculado, nesse determinado hospital uma dieta geral tem quantas 
calorias, uma branda tem quantas... e assim sucessivamente, o hospital precisa ter um manual e nele ter as informações 
de qual a quantidade em medidas caseiras de cada alimento, dependendo do tipo dedieta, exemplo: paciente em dieta 
geral recebe tantas colheres disso, tantas daquilo.... que representa tantas calorias. 
Nos casos de pacientes que estão aceitando pouco a dieta, que se observa que o consumido é menor que o 
estimado, se deve fazer uma dieta especial para os casos de pacientes que não estão aceitando o padrão do hospital. 
Em casos de pacientes em via oral para saber se tudo que foi mandado para ele estar sendo aceito, a BRASPEN 
sugere o uso do seguinte instrumento, para cada refeição do dia: 
 
 
A BRASPEN sugere que o copeiro realize essa atividade, no entanto, se sabe que ele é um profissional que é 
muito cheio de atribuições, desse modo, é interessante que o nutricionista ache uma estratégia para que ele realize essa 
função, realizando por exemplo, 2, 3 vezes na semana, para que ele busque estratégias para o caso de pacientes não 
estão consumindo o que estar sendo ofertado. 
 
6º PASSO: TENTE AVALIAR A MASSA E A FUNÇÃO MUSCULAR 
 
Essas são estratégias que a BRASPEN sugere para avaliar a massa muscular (MM) do paciente hospitalizado: 
 
• Circunferência da panturilha: Para a avaliação de MM o mais fácil, dependendo do tipo de hospital, é a CP,pois 
se sabe que ela tem uma correlação muito grande com a quantidade de massa muscular do indivíduo, aplica a 
técnica e olha se o paciente estar em uma faixa que é baixo do que ele deveria estar ou se ele estar dentro da faixa 
que deveria estar; 
 
• Espessura do músculo adutor do polegar: não é uma medida difícil, mas é necessário que o hospital tenha um 
adipômetro disponível, porque esse milimetro desse músculo ele é aferido com o adipômetro, no entanto existe uma 
observação importante: Por ser plano e estar fixado entre duas estruturas ósseas, é o único músculo que permite a 
medida direta da espessura, é o único músculo do corpo em que se consegue pinçalo e aferir exatamente quantos 
mm ele tem, por ser só pele e músculo. Essa medida mostra uma correlação importante com a MM do indivíduo; 
 
• Bioimpedância elétrica (BIA): mas se sabe que para usá-la em uma UH é dificil por uma série de motivos: o paciente 
hospitalizado geralmente é hiperhidratado e além disso, tem o custo do equipamento. 
 
A seguir uma forma precisa sugerida pela BRASPEN para estimar o IMC de uma forma bem mais aprofundado 
do que as fórmulas que se estima o IMC hoje em dia: 
 
 
 
Para avaliar a função muscular (FM) a BRASPEN sugere: 
 
• Dinamometria: os parâmetros que as BRASPEN trás são diferentes para os pacientes de UTI, pois o paciente de 
UTI é muito mais hiper metabólico e catabolico, sendo esperado que ele tenha uma FM bem inferior a de um paciente 
de enfermaria. 
 
 
A dinamometria seria o padrão ouro para se estimar FM, mas existem outros: 
 
• Força do aperto de mão: alguns autores sugerem a avaliação subjetiva, que ele peça para o paciente apertar a 
mão dele o mais forte que puder, mas nesse caso é preciso que o examinador tenha memória suficiente para ele 
perceber na próxima vez que o paciente apertar a mão dele, ele saber se foi mais forte, mas leve ou igual a vez 
anterior; 
 
• Teste de caminhada: é um teste bastante fácil de ser feito: é solicitado que o paciente caminhe no seu ritmo habitual 
uma distância de 4 metros, previamente marcada em qualquer corredor, e é verificado o tempo gasto para este 
percurso. O paciente deve percorrer o trecho em tempo inferior a cinco segundos, caso contrário poderá ser 
classificado como tendo alteração funcional. Entretanto uma série de motivos irão influenciar na velocidade dos 
passos, como por exemplo a passada, uma pessoa alta tem uma passada maior que uma pessoa baixa. Desse 
modo, a melhor alternativa é comparar o paciente com ele mesmo: quanto tempo no primeiro dia avaliado ele levou 
caminhar esses 4m?! na proxima semana que for realizado a avaliação se faz a comparação para saber se o tempo 
foi menor ou não. Obviamente se o tempo for aumentando pode ser um sinal a um prejuízo na marcha por conta do 
EN, perda de massa muscular. 
 
Para se definir o IMM e IGC é necessária uma BIA, pois ela 
vai dizer a quantidade de massa magra e a quantidade de 
gordura corporal do indivíduo, divide essas duas medidas 
pela altura e o somatório dela, vai ser o IMC. 
Na tabela tem o IMM e IGC quanto deveria ser, o EN do 
paciente é classificado em relação ao IMC, mas atenção não 
é aquele IMC, onde: IMC= P/alt2 é o IMC da fórmula: 
 
Só lembrando que para saber a IMM e IGC é necessária 
uma BIA. 
Man de enfermaria → 
<30 kg; e de UTI <11 kg. 
Woman de enfermaria→ 
<20 kg e de UTI < 7kg 
7 ° PASSO: REABILITE E MOBILIZE PRECOCEMENTE 
 
Esse é um trabalho mais da equipe de fisioterapia, mas será útil para a conduta nutricional contribuir para o 
ganho de massa muscular do paciente, porque não adianta colocar o paciente com uma dieta super hiper protéica se 
não houver estimulação muscular nesse paciente para que aquela proteina leve a ganho de massa corporal. É muito 
importante que para que ocorra esse ganho de massa muscular, de peso, que aja um trabalho do fisioterapeuta mexendo 
esses músculos. 
A conduta de mobilização deve ser realizada o mais precocemente pela fisioterapia assim que for percebido que 
o paciente tem condições de sentar, que sentar não gere uma instabilidade hemodinâmica, pois tem casos em UTI que 
até virar o paciente para lavar as costas leva a queda da PA, da saturação de oxigênio, desse modo, deve-se ficar atento 
a isso, mas assim que possivel que se possa movimentar o paciente sem prejuizos, essa mobilização deve ser iniciada. 
O objetivo é: evitar a depleção de MM, e tem se percebido que quando há uma nutrição adequada associada 
com uma mobilização precoce se tem um aumento da força dos músculos periféricos, uma melhora da força respiratória 
(existem vários casos de pacientes que não saem da UTI por não conseguirem sair da ventilação mecânica por não 
terem músculo suficiente para respirar). 
 
DIETA ADEQUADA COM MOBILIZAÇÃO DO PACIENTE → MELHORA FORÇA, QUANTIDADE MUSCULAR 
RESPIRATÓRIA, ↓ O TEMPO DE VENTILAÇÃO MECÂNICA → CONSEQUENTEMENTE ↓ TEMPO DE INTERNAÇÃO. 
Como exemplos de mobilização se tem: 
• Sedestação: é o paciente sentar, ou sentar no leito ou em uma poltrono, mesmo o paciente estando com os acessos; 
• Ortostatismo: é um pouco mais difícil, o paciente deve ficar em pé, geralmente em uma prancha, onde ele fica 
preso, é importante para fortalecer os membros inferiores; 
• Exercícios no leito: mexer os braços, pernas, sentar o paciente; 
• Treino de marcha; paciente caminhar; 
• O escore MRC: Medical Research Council score: é uma escala internacional que o fisioterapeuta utiliza para 
avaliar a qualidade dos movimentos de seis grupos musculares, ele coloca esses 6 grupos musculares em duas 
posições diferentes e ele vai da uma nota (que vai de 0 até 5) para cada movimento que foi executado. 
 
8º PASSO: IMPLEMENTE PELO MENOS DOIS INDICADORES DE QUALIDADE 
 
É necessário a implementação de pelo menos dois indicadores de qualidade para diminuir a incidência de 
desnutrição hospitalar. O Instituto ILSE que é o Instituto de ciência da vida, ele existe em vários países, e existe os 
especialistas que compõem o ILSE Brasil, no ano de 2008 eles criaram 36 indicadores de qualidade de TN, entretanto é 
impossivel em uma UH trabalhar com 36 indicadores, desse modo, posteriomente no ano de 2012 foi sugerido que o 
ILSE reunisse os especialistas para verificar quais eram os 10 indicadores de qualidade que seriam considerados os 
mais importantes para avaliar a qualidade do trabalho das EMTN e no ano de 2015 se viu que existem vários hospitais 
que nem 10 indicadores é possível que seja avaliado com regularidade, desse modo, foi sugerido que cada UH 
selecionasse 2 indicadores de qualidade para avaliar a qualidade do trabalho da EMTN, mas os especialistas do Instituto 
sugeriram2 mais importantes, um deles seriam: 
 
• Frequência de pacientes que recebem menos de 70% das necessidades nutricionais prescritas; 
• Frequência de pacientes com intercorrências relacionadas à terapia nutricional, exemplos dessas intecorrências são: 
retirada acidental de sondas, obstrução de sondas, náuseas, vômitos, diarreia, entre outras. 
 
9° PASSO: CONTINUIDADE NO CUIDADO INTRA-HOSPITALAR ATRAVÉS DE REGISTRO DOS DADOS EM 
PRONTUÁRIO 
 
Uma das formas de tratar ou de previnir desnutrição, não só desnutrição, mas qualquer condição, para que ele 
venha a surtir o efeito esperado é necessário que esse tratamento tenha continuidade, começo, meio e fim, no entanto, 
o que ocorre na prática é que: um dia é um determinado nutricionista que estar de plantão, no dia seguinte outro, e o que 
acontece é que as vezes eles usam condutas diferentes, fazendo com que o paciente não tenha um resultado esperado, 
porque cada dia recebe uma prescrição diferente. Por isso é de extrema importância o registro em prontuário, mas não 
apenas o prontuário deve ser o único meio de comunicação, a BRASPEN indica que ocorra a comunicação verbal entre 
os profissionais de uma mesma classe, quando for ter a troca de plantão (passagem de plantão) que essa troca ocorra 
de forma verbal que o que vai saindo do plantão informe verbalmente para o que estar entrando de plantão o que ocorreu 
durante o plantão dele, a conduta que estar sendo aplicada nos pacientes, se ele concorda... e desse modo, dará 
continuidade na conduta iniciada. Infelizmente essa passagem de plantão não é muito feito na nutrição, mas é sempre 
feito na enfermagem e medicina. 
A BRASPEN também enfatiza muito, que além do registro em prontuário e a passagem de plantão verbal que 
seja registrado dados antropométricos do paciente, pelo menos peso e estatura devem estar registrados no prontuário, 
meta de calorias e de proteinas, hoje já é utilizado, em alguns hospitais, fichas para pacientes em enteral e parenteral e 
nessas fichas é registrado todas as intecorrências, se teve diarreia, vômito, tem espaço para colocar qual foi dieta enteral 
prescrita, a glicemia... no dia seguinte o outro profissional nutricionista de plantão, continua a preencher a ficha com as 
ocorrências do plantão dele. É importante lembrar que essa ficha não anula o registro em prontuário, até porque essa 
ficha é destinada apenas para nutricionistas, logo o que estar nela os demais profissionais de outras classes não terão 
acesso, por isso deve-se permanecer realizado o registro no prontuário, para que os profissionais de todas as classes 
tenham acesso a todas as informações referentes ao paciente. 
 
10° PASSO: ACOLHA E ENGAJE O PACIENTE E/OU FAMILIARES NO TRATAMENTO 
 
O familiar ou o cuidador do paciente deve ser engajado no tratamento, a BRASPEN orienta que o processo 
educativo do paciente hospitalizado deve ocorrer ao longo de toda a internação e para isso deve-se buscar metodologias 
para que paciente e cuidador compreendam o que estar sendo prescrito. Por exemplo, procurar métodos para nos casos 
de pacientes que mesmo após a alta irá continuar na sonda, buscar estratégias para orientar aos familiares ou cuidador 
como deve ser feito a utilização da sonda. É importante que essa orientação seja dada ao longo da internação pois na 
maioria dos casos quando o paciente recebe alta, ele já vai embora no mesmo momento, não dando tempo orientar ele 
e a família de como deve ser os cuidados em casa. 
É indispensavél utilizar-se de empatia, nem sempre o que se prescreve é acessivel para aquele paciente, as 
vezes o preço é alto, não tem no municipio dele, nem sempre o paciente mora na capital, ele pode morar no interior, 
desse modo é de extrema importância ter empatia, procurar conversar com o paciente e familiares durante a internação 
e conhecer o contexto daquele paciente para assim indicar o que for mais acessivel para ele. 
Por mais que se tenha uma orientação de alta padrão, mas tem casos que aquela orientação não se encaixa 
para aquele paciente, sendo necessário ajustes para que se torne acessivel para ele. 
Deve-se utilizar-se de técnicas diferenciadas de educação nutricional para facilitar a compreensão das 
orientações. A BRASPEN faz sugestões de por exemplo, se possivel realizar oficinas, para por exemplo, mostrar qual a 
consistência da dieta, o que seria a consistência néctar, mel, etc., qual a quantidade de espesante que ele deve utilizar 
para se chegar nessa consistência... A BRASPEN também sugere fazer uso da gastronomia hospitalar, por exemplo: é 
indicado o uso de triglicerideos de cadeia média, mas o gosto é muito ruim, desse modo, mostrar que preparações 
poderia se estar fazendo para que esse módulo possa ser bem aceito pelo paciente. Enfim utilizar estratégias que 
possibilite esse apredizado dentro das condições da UH. 
 
11º PASSO: ORIENTE A ALTA HOSPITALAR 
 
Sobre a orientação de alta, a BRASPEN coloca que a alta deve ser planejada, o médico deve informar com 
antecedência quando dará alta, para que os demais profissionais possam se planejar e todos darem as suas devidas 
orientações, as orientações tem o objetivo de evitar que ele vá para casa mal orientado e utilize-se de procedimentos 
errados e volte ao hospital e seja internado novamente. Desse modo, todo hospital deve ter alta planejada com o 
cronograma de cada categoria, a BRASPEN inclusive sugere que seja feito um chec list , de acordo com a realidade de 
cada enfermaria, por exemplo, uma enfermaria que recebe apenas pacientes com doenças hematológicas, 
obrigatoriamente no chec list deve estar presente: as orientações do enfermeiro em relação: a como evitar situações que 
aumentem o risco de infecção, orientações sobre o uso de bombas de infusão, e assim sucessivamente. Deve-se ficar 
atento as orientações que não podem faltar para pacientes internados naquela unidade. 
 
Para o sucesso na orientação é necessário que todas as barreiras sejam vencidas, as vezes é um paciente com 
deficiencia visual ou o cuidador, as vezes o cuidador não sabe ler, deve-se buscar alternativas, no caso de não saber 
ler, fazer uma orientação ilustrada, as vezes não sabe ler a hora do relógio, buscar uma alternativa, por exemplo, colocar 
a ilustração do relógio e explicar que no momento que o relógio estiver do jeito do desenho é o momento de dá a dieta 
ou medicamento. 
Outra alternativa para se saber se as orientações foram entendidas ou se existe alguma dúvida é usar uma 
técnica chamada teach back, solicitar que o envolvido explique o que foi orientado, se ele não souber dizer é porque não 
ficou claro, sendo necessário explicar novamente. 
É importante a continuidade do cuidado suporte e gestão dos casos pós-alta (apoio na comunidade, visitas 
domiciliares, contato telefônico, acompanhamento ambulatorial, comunicação prestador de cuidado), para saber se o 
paciente estar bem, se ele já sabe se cuidar, se tem alguma dúvida, no entanto se sabe que não é uma prática comum. 
 
RELEMBRANDO ALGUNS PONTOS 
 
1- Como a BRASPEN propõem que seja feito a estimativa de calorias dos pacientes hospitalizados? 
 Ela fala que as equações superestima ou subestima o gasto energético, sendo o ideal o uso das fórmulas de bolso espefícificas 
para esse público. 
 
2-Qual a importância da estimativa adequada do peso em ambiente hospitalar? 
Para a conduta ser correta para vários profissionais, já que o médico precisa para prescrever um medicamento, o fisioterapeuta 
para saber se uma determinada prancha estar de acordo para aquele paciente. 
 
3-Cite três condutas que representam não negligenciar o jejum: 
O tempo de exame, ficar atento se aquele exame realmente será realizado, se não, liberar a dieta; o jejum pré e pós-operatório; 
previnir a obstrução de sondas. 
 
4-Refira um método de avaliação de massa magra que pode ser útil em UH e uma estratégia para a avaliação de força 
muscular em ambiente hospitalar: 
Avaliação de massa magra: CP; força muscular: teste de caminhada. 
 
5-Citedois indicadores de qualidade de TN que você surgeriria a EMTN que você integrasse: 
• Frequência de pacientes que recebem menos de 70% das necessidades nutricionais prescritas; 
• Frequência de pacientes com intercorrências relacionadas à terapia nutricional, exemplos dessas intecorrências são: retirada 
acidental de sondas, obstrução de sondas, náuseas, vômitos, diarreia, entre outras.

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