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Segurança do paciente 1 🔐 Segurança do paciente As intervenções de enfermagem são 100% seguras para o paciente? Não há nenhuma prática de saúde, independente se for da enfermagem ou não, que seja 100% segura. Toda prática tem risco de levar algum tipo de dano para o paciente. Nossa função quanto enfermeiro é de tentar mitigar os riscos - minimizar os riscos para o paciente. Como a enfermagem está em constante evolução, o que é seguro hoje, amanhã pode ser inseguro e vice-versa. Ex: curativo - pesquisas contestam suas vantagens e desvantagens continuamente. Segundo um estudo da qualidade e segurança do paciente de 2019 - de 4 a 17% de todos os pacientes que são admitidos em um serviço de saúde sofrem incidentes relacionados à assistência em saúde, que não estão relacionados à sua doença de base e podem afetar a sua saúde e recuperação. Ex: o paciente foi internado com pneumonia e saiu com LPP. Modelo do queijo suíço ou modelo de Reason Modelo criado por James Reason; Segurança do paciente 2 O queijo suíço tem partes sem furos - que no modelo seria a proteção; e também tem orifícios - chamados de ameaças. Toda prática em saúde terá algum tipo de ameaça. Ex: quando o paciente faz uso de dipirona, o medicamento pode levar a hipotensão - ameaça própria do medicamento. Só que ocorrer um erro na preparação ou na administração, a ameaça do medicamento pode se alinhar com a falha, gerando um desfecho negativo para o paciente. É isso que o modelo fala - várias falhas podem se alinhar com a ameaça e levar a algum tipo de desfecho ruim para o paciente. Quando a falha não é notificada, mesmo que não cause um desfecho ruim, contribui para que sua ocorrência seja maior, e a probabilidade de danos ao paciente aumenta. A falha do profissional normalmente tem um problema associado - por exemplo, medicações com frascos parecidos, que induzem ao erro do profissional. Facilitam a possibilidade do erro. Ainda, se o paciente fizer uma administração errada (ele tomou errado) há falha profissional, porque as orientações do profissional não foram suficientes para que ele tomasse corretamente. Exemplo: o paciente vomitar o antibiótico antes dele ser absorvido - é erro do profissional que não orientou a se alimentar antes de ingerir para evitar as náuseas. Iatrogenia - quando há alguma falha relacionada à assistência em saúde. Ex: prescrição exagerada do medicamento. Segurança do paciente 3 Histórico da segurança do paciente 💡 Não cai, mas é bom conhecer. Florence é muito citada quando se fala em segurança do paciente, especialmente em relação a infecção hospitalar. Em 1852 ela já abordava sobre a interferência do ambiente no paciente, e em como ele poderia ser nocivo. Segundo ela, a principal meta do hospital era não causar problemas ao paciente. Em 99 é publicado um documento chamado ¨errar é humano¨ que colocou em pauta o número de erros que ocorriam na prática hospitalar, o qual era grande. Dependendo da prática realizada, o erro superava 70%. Isso nos EUA. No Brasil, apenas em 2013 foi estabelecido concretamente, com a chegada do programa nacional de segurança do paciente. E, no mesmo ano, sugeriu-se que os hospitais tivessem setores específicos - Núcleo de segurança do paciente, só para fazer as análises e levantamento dos erros que podem acontecer no ambiente hospitalar do paciente. Um dos primeiros lugares que teve a estruturação desse setor foi o São João Batista em Macaé. Algumas áreas da saúde ainda não tem. Ex: saúde coletiva. Legislação da segurança do paciente Programa Nacional da Segurança do Paciente - portaria 529 de 2013. Existe uma resolução da anvisa, a número 36 de 2013 que dispõe sobre ações de segurança do paciente nos serviços de saúde do país. Principais portarias - 1377 e 2095 - falam sobre algumas metas de segurança para o paciente. Importante: os conselhos federais e regionais de saúde direcionam a análise dos casos para ver se haverá punição em casos de negligência e má prática profissional. Segurança do paciente 4 Definições relacionadas à segurança do paciente Segundo o potter é uma necessidade humana básica. Inclusive, na pirâmide de Maslow entra como uma necessidade primária. É um dos seis atributos da qualidade do cuidado, e tem adquirido, em todo o mundo, grande importância para os pacientes, famílias, gestores e profissionais de saúde com a finalidade de oferecer uma assistência segura. De acordo com os atributos da qualidade, para que haja uma prática de qualidade no paciente, deve-se refletir sobre os seis atributos a seguir: -Segurança - conjunto de ações voltadas para a proteção do paciente contra riscos, eventos adversos e danos desnecessários durante a atenção prestada nos serviços de saúde. São medidas que vão tentar proteger o paciente de erros. Mesmo realizando todas as medidas, pode ser que ocorra um dano para o paciente. Ainda assim, é necessário realizá-las e registrar para comprovar que foram tomadas as medidas de prevenção necessárias. Exemplo: registrar que deixou a grade levantada, para em casos de quedas ter comprovação da prevenção. -Efetividade - chegar no resultado proposto. Exemplo: fazer teste de anticorpos na população para saber a porcentagem de pessoas que de fato criou imunidade, nos quais foi efetiva a vacinação. Obs: eficácia - é o resultado que se tem nas condições ideais. A porcentagem que se espera que dê certo segundo as pesquisas feitas. Exemplo: a eficácia da vacina é de 95%. -Cuidado centrado no paciente - paciente como protagonista do cuidado, tendo direito a escolhas. Exemplo: o paciente diagnosticado com um tumor que pode decidir não tratar ou escolher diferentes opções. Seria dar as opções e ele ajudar a escolher o melhor. -Oportunidade - relacionado a tempo. Quando uma prática é oportuna, significa que foi feita no tempo certo. Ex: quando o Segurança do paciente 5 paciente tem AVE, tem um tempo para realizar a tomografia e que ela seja segura - 3 horas. -Eficiência - relacionada a custo. Se há 2 práticas de saúde que possuem o mesmo resultado, na lógica da eficiência deve se optar pela mais barata. Pensar nos benefícios da prática e realizar a mais econômica. Ex: radiografia e tomografia - escolher a radiografia, porque ela será mais eficiente segundo o custo. Deve-se avaliar o possível na lógica no serviço - melhor custo-benefício. -Equidade - dar mais a quem precisa de mais e dar menos a quem precisa de menos, independente de características pessoais, atender o que o paciente precisa realmente. Outras definições importantes: -Dano - comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou qualquer efeito dele oriundo, incluindo-se doenças, lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção, podendo ser físico, social ou psicológico. Em resumo, um desfecho ruim para o paciente. Ex: o paciente chorou por conta das suas orientações. -Incidente - evento ou circunstância que poderia ter resultado ou resultou em dano desnecessário ao paciente. Quando acontece uma prática de saúde errada, independente se houve dano ou não. -Efeito adverso - incidente que resulta em dano ao paciente. Tipos de incidente: -Circunstância notificável - houve potencial significativo de dano, mas não ocorreu um incidente, não houve uma prática de saúde errada. Ex: conferir materiais e ver que um deles não estava funcionando - antes do paciente precisar, já foi identificado, foi possível prever o incidente. -Near miss - houve um incidente que não atingiu o paciente. Estava caminhando para o erro. Exemplo: chegou o tipo de sangue errado, mas foi conferido antes da transfusão. O erro não chegou porque alguém identificou. ¨Quase perda¨. Segurança do paciente 6 -Incidente sem dano - é um evento que chegou ao paciente mas não teve dano. -Incidente com dano - evento adverso. Protocolos básicos na segurança do paciente O Brasil apresenta 6 metas básicas de segurança do paciente, com base nos principaiserros que podem acontecer com o paciente e em protocolos da OMS. Para cada meta, há um ou mais protocolos. Identificação do paciente - 1 A identificação correta é o processo pelo qual se assegura ao paciente que a ele é destinado um determinado tipo de procedimento ou tratamento, prevenindo a ocorrência de falhas e enganos que possam lesar. Estratégias para identificar o paciente: -Preferencialmente, a identificação do paciente deve ser feita com a pulseira de identificação. Deve possuir no mínimo dois dos identificadores a seguir: Nome completo do paciente; Segurança do paciente 7 Nome completo da mãe do paciente; Data de nascimento do paciente; Número de prontuário do paciente; -Confirmar essa identificação antes de: Administração de medicamentos Administração do sangue Administração de hemoderivados Coleta de material para exame Entrega de dieta Realização de procedimentos invasivos -Especificações da pulseira: Cor - branca Tamanho e local de inserção - precisa ficar retida no braço do paciente, de modo que não obstrua a passagem de sangue do paciente. Inserção - braço direito, se não tiver, braço esquerdo, depois perna direita, depois perna esquerda e se não tiver nenhum, no pescoço. Qualidade - deve ser lavável. 💡 Para pacientes que chegam sem identificação com trauma, costuma haver um padrão de identificação já estabelecido na instituição, geralmente por sexo, cor, idade aproximada. Melhorar a comunicação entre os profissionais de saúde - 2 Desenvolver uma abordagem para melhorar a comunicação entre os prestadores de cuidado, estabelecendo uma comunicação efetiva. A comunicação é um fator tão importante, que passou a levar em consideração a comunicação dos profissionais com o paciente. Segurança do paciente 8 Pensando nos profissionais, as estratégias para facilitar o processo de comunicação são: -Passagem de plantão: estratégia para tentar transmitir as informações do paciente. 1. O ideal seria que ocorresse em um ambiente tranquilo, livre de interrupções e com tempo disponível para esclarecer as dúvidas do outro profissional. Não há um padrão da anvisa, costuma ser institucional. Geralmente, os protocolos colocam que a passagem deve acontecer entre profissionais da mesma categoria e à beira do leito - enfermeiro passa plantão para o enfermeiro que segue. Contudo, na prática, muitas vezes atrasos e desencontros dificultam esse plano perfeito. 2. Na passagem de plantão, devem ser comunicadas das condições do paciente: os medicamentos que utiliza, os resultados dos exames, a previsão de tratamento e as recomendações sobre os cuidados e as alterações significativas em sua evolução. 3. Tem uma estratégia SBAR que auxilia a lembrar das informações do paciente que devem ser passadas. 4. Nos procedimentos em crianças, deve-se colocar se o familiar participou do procedimento. Isso é importante porque segundo a legislação, a criança não pode estar sozinha na realização de procedimentos, salvo algumas exceções. Fazer o registro auxilia a se resguardar perante a legislação. 5. É importante que haja um instrumento padronizado na instituição para que a comunicação seja efetiva e segura. Exemplo de instrumento: Segurança do paciente 9 Método SBAR - acrônimo: S - Situação: Motivo da internação, data e tipo de procedimento que será feito. B - Breve histórico do paciente: Contar a história prévia do paciente. A - Avaliação: gravidade e intercorrências ou diagnóstico prioritário do paciente. R - Recomendações: principais indicações e pendências. Quanto mais objetivo e claro, melhor. -Registro em prontuário: 1. Verifique se os formulários onde estão sendo realizados os registros são de fato do paciente. 2. Colocar data e horário antes de iniciar o registro da informação. 3. Registre as informações em local adequado, com letra legível e sem rasuras. Instituições podem ter impressos específicos para anotação de enfermagem e para evolução de enfermagem. 💡 Se a instituição quiser fazer além disso, pode. Exemplo: arquivos eletrônicos. Segurança do paciente 10 Melhorar a segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos - 3 É considerado dentro do protocolo que para melhorar a segurança na prescrição, uso e adm de medicamentos deve haver inexistência de injúria acidental ou evitável durante o uso de medicamentos. A utilização segura engloba atividades de prevenção e minimização dos danos provocados por eventos adversos que resultam do processo de uso dos medicamentos. Ao falar do protocolo de administração de medicamentos, embora a adm seja uma das etapas, o protocolo não fala somente disso. Os erros podem envolver as etapas de: -Comunicação; -Prescrição; -Dispensação; -Adm de medicamentos; -Problemas incluindo rótulos, embalagens, nomes, entre outros. No cenário ideal, todas as medicações antes de ser administradas, devem ter uma prescrição escrita. Há uma exceção nas situações de urgência e emergência - nesses casos, a prescrição pode ser verbalizada e depois registrada no prontuário, assim que acabar a situação emergencial. Isso é importante em casos de reações, para poder saber o que foi administrado e pode ter causado. Algumas instituições pedem para guardar ampolas e devolver à farmácia para descarte, mas não é protocolo da ANVISA - tanto em situações de emergência quanto medicamentos controlados, para ter certeza que foi administrado para o paciente correto. Problemas na prescrição de medicamentos: -Prescrições ilegíveis: Segurança do paciente 11 Nesses casos, é necessário refazer a prescrição caso a farmácia não entenda o nome do medicamento. -Ampolas idênticas: medicações totalmente diferentes que tem ampolas muito parecidas e podem confundir. -Nome comercial e dosagens Itens mínimos na prescrição: Padrão: endereço da instituição de saúde; Itens de verificação para a prática segura de medicamentos: -Identificação do paciente; -Identificação do prescritor: de acordo com a resolução 545 de 2017 tem um padrão para o carimbo e deve ser acompanhado por assinatura - nome completo, coren/crm, número do conselho; -Identificação da instituição; -Legibilidade; -Uso de abreviaturas - há instituições com siglários - se não houver, não abreviar. Segurança do paciente 12 -Denominação dos medicamentos - apenas nome genérico, não comercial. -Prescrição do nome de medicamentos que se parecem - o que diferencia dois medicamentos deve ser em caixa alta. Ex: DOPAmina e DOBUTAmina. -Expressão de doses. Prescrição ideal: Únicas abreviações: mg, h, vez/dia, x/xh. Em prescrição utiliza-se EV - endovenoso, porque IV é muito parecido com IM. Vezes em vez de x. Itens para a verificação para a administração segura de medicamentos - 9 certos: -Paciente certo; Segurança do paciente 13 -Medicação certa; -Hora certa; -Via certa; -Dose certa; -Compatibilidade de medicamentos - há medicações que interagem ao ser administradas juntas, pode ser terapêutico, de aumento ou diminuição. -Orientação ao paciente; -Direito a recusar o medicamento; -Anotação correta; Assegurar cirurgia em local de intervenção, procedimento e pacientes corretos - 4 Lista de verificação segura cirúrgica - aplicado pelo centro cirúrgico antes da indução anestésica (feito pelo enfermeiro), antes da incisão cirúrgica (anestesista) e antes do paciente sair da sala cirúrgica (enfermeiro). -Se algum fator estiver alterado, o profissional que está realizando a verificação pode sugerir que a cirurgia não aconteça. Exemplo: desconhecer alergias. Segurança do paciente 14 Evitar infecções (IRAS) - 5 Metas para impedir o avanço das infecções associadas à assistência em saúde. Higiene das mãos; Técnica correta de inserção e manutenção de dispositivos invasivos - estratégias específicas. Limpeza do ambiente Precaução Uso correto de antimicrobianos - há fiscalização para controle de estoque e da prescrição. Antes qualquerpessoa tomava antibiótico, o que gerou uma grande resistência a antimicrobianos. Então, criaram-se as multibactérias. Por conta disso, criou-se o controle do uso. Higienização das mãos: Realizada: antes do contato com o paciente; antes da realização de procedimento asséptico; após o risco de exposição a fluidos corporais; após o contato com o paciente e após contato com as áreas próximas ao paciente. É essencial para proteção do profissional e evitar contaminação cruzada. Segurança do paciente 15 Formas básicas de higienização: -Higienização simples das mãos e higienização das mãos com álcool a 70% com glicerina. Quando houver sujidade - material orgânico, não usar o álcool, pois ele pode não retirar. Segurança do paciente 16 Técnica correta de inserção e manutenção de dispositivos invasivos Manual de 2017 que aborda a prevenção das principais infecções relacionadas à assistência em saúde: -Infecção da corrente sanguínea associada a cateter venoso. -Pneumonia. -Infecção urinária. -Inserção de cateter vesical de demora e o cateter de curta permanência. -Infecção cirúrgica - específico em relação ao sítio cirúrgico. Limpeza do ambiente Manter o ambiente confortável, limpo. Há um manual da ANVISA que guia esse preparo. Precaução de contato. Além de conhecer as medidas, é importante que o profissional sempre relembre delas. Por conta disso, as instituições muitas vezes tem lembretes de técnicas nas paredes. Reduzir o risco de quedas e úlceras por pressão - 6 Aborda dois itens: reduzir risco de quedas - com seu manual específico e úlceras por pressão - há diferenças entre o termo úlcera e lesão. Segurança do paciente 17 Risco de quedas A queda seria o deslocamento não intencional do corpo para o nível inferior à posicão inicial, provocada por circunstâncias multifatoriais resultando ou não em dano. Considera-se queda quando o paciente é encontrado no chão ou quando durante o deslocamento necessita de amparo, ainda que não chegue ao chão. A queda pode ocorrer da própria altura, da maca/cama. Ocorre em pacientes adultos e neo - se o paciente neo cai do colo do profissional durante um procedimento também é queda. As situações que podem levar à queda do paciente também são consideradas quedas. Principais estratégias para redução do risco de quedas Avaliação diária do risco de queda do paciente. Principal instrumento para isso: escala de Morse. Segurança do paciente 18 Escala específica para ambiente hospitalar. Por conta disso o paciente nunca terá risco baixo, já que o próprio ambiente já favorece a queda. Identificação do paciente em risco com a sinalização à beira do leito ou pulseira. Placa amarela: utilizada para indicar risco de quedas. Agendamento dos cuidados de higiene pessoal: por exemplo, agendar o banho do leito para um momento onde haja mais profissionais disponíveis para realizar o procedimento, caso o paciente seja obeso. Revisão periódica da medicação: anti-hipertensivos, sedativos levam com frequência à hipotensão postural. Atenção aos calçados utilizados pelos pacientes: alguns calçados não antiderrapantes favorecem quedas. Educação dos pacientes e dos profissionais, principalmente sobre o que fazer após a queda - entender o que faltou, a causa, para que não se repita. Revisão da ocorrência de queda para identificação de suas possíveis causas - há grande subnotificação. Notificar mesmo se a pessoa não se machucou, porque essas situações devem ser evitadas, inclusive se o profissional caiu. Úlceras por pressão Lesão localizada da pele ou do tecido subjacente, geralmente sobre uma proeminência óssea, resultante da Segurança do paciente 19 pressão, ou combinação entre pressão e cisalhamento causado pela fricção. Muito associadas a práticas equivocadas de equipes de enfermagem, porque não faz a proteção necessária ou mudança de decúbito, assim como manipulação errada do paciente. Estratégias no risco de úlceras por pressão Avaliação do grau de risco de LPP - Escala de BRADEN Avaliação diária - o paciente pode mudar a condição ao longo da internação. Exemplo: passar a usar fralda. Avaliação de úlcera por pressão na admissão de todos os pacientes; Reavaliação diária de risco de desenvolvimento de UPP de todos os pacientes internados. Inspeção diária da pele - o banho é a melhor oportunidade. Manejo da Umidade: manutenção do paciente seco e com a pele hidratada - evitar líquidos externos à pele. Pacientes com fralda devem ter maior monitoramento, pois o líquido não pode permanecer muito tempo. Segurança do paciente 20 Intervenções de enfermagem na segurança do paciente Contenções Embora haja resolução do COFEN desde 2017 se referindo a essa intervenção, é necessário que as instituições tenham um protocolo específico. Isso pois caso o paciente seja contido sem um protocolo, o profissional pode ser prezo por tirar os direitos do paciente. Pode ser: Física: uso de aparelhos sem ou com a permissão do cliente para restringir sua liberdade de movimento ou o acesso normal ao corpo da pessoa, e não é uma parte usual nos planos de tratamento indicado pela situação ou pelos sintomas da pessoa. Utiliza equipamentos de contenção específicos ou atadura - a forma na qual é feito deve estar também protocolada. Química: com o uso de medicamentos. Se o paciente está se resistindo a cuidados, deve ser avaliado: os motivos, momento - ambiental ou momento específico, dor. Tratar a causa, alternativas, alterar o ambiente ou tratamento, dar orientações. Se a medida for efetiva, não realizar contenção. Se não foi efetiva, deve- se pensar em contenção. Geralmente faz-se a contenção física e a química, pois conforme a química fizer efeito, a física pode ser retirada. Contenção é uma medida que segundo o COFEN, enfermeiro pode indicar. Contudo, o protocolo institucional deve ser seguido. Analisar muito bem se a situação realmente necessita de contenção, deve-se prezar pelos direitos do paciente e respeitar suas decisões. Segurança do paciente 21 Caso ficar alguma marca na pele da pessoa ao segurar, consta como agressão. Por isso, para vacina de crianças, por exemplo, pede-se ao responsável que contenha. Tipos de contenção: A do canto superior direito, é uma contenção mais usada em pacientes com agitação psicomotora; A do canto inferior, é colocado um acolchoado e preso com atadura, geralmente para pacientes que tentam tirar o acesso com a unha; A da esquerda é colocada com abaixador de língua e atadura, para que a criança não dobre o braço durante um acesso, por exemplo, e não acabe se machucando. Conversar com os pais. A da direita é usada por exemplo em casos em que a criança precisa remover pontos no rosto e não consegue Segurança do paciente 22 acalmar.Utiliza-se o lençol. Principais cuidados com a contenção: Fixação na base da cama. A amarração da contenção - nunca fazer na grade, sempre fazer na base da cama. Se fizer na grade, ao descer ela, o membro vai junto e a mão pode ficar presa/quebrar. O nó deve ser de modo que o paciente não consiga desfazer, mas fácil de retirar em casos de intercorrências - parada cardíaca, por exemplo. A contenção deve deixar passar um dedo, não fazer garrote, evitar obstrução da passagem de sangue. Tecnologias de monitoramento do paciente: Ambularme e bedcheck: quando o paciente sai da cama, apita. Cama tipo barraca, ele é fechado completamente. Não fica contido em nenhum membro, mas é semelhante a uma jaula. Grades laterais: também é uma forma de contenção. Se o paciente não quiser que suba a grade, deve ser registrado, pois em situações de queda pode ser responsabilizado. Segurança do paciente 23
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