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ESPELHOS
Superposições
Se um espelho parcialmente transparente é colocado em frente a uma câmera e angulado 45º relativamente ao eixo óptico da lente, então artefatos ou live action que é encenada de um lado da câmera será pego e superposto sobre a imagem principal do set. O efeito é de uma imagem fantasma, cujo detalhe de fundo é visto através da imagem superposta; é idêntico em aparência ao efeito que é produzido através de dupla-exposição e dupla impressão. [...] Tal efeito poderia ser adicionado mais tarde através de bi-pack ou impressão óptica, mas apenas a uma despesa considerável. Usando a técnica de gravar com espelhos, no entanto, é uma simples questão de posicionar um quadro negro comum próximo à câmera, e, com giz branco, desenhar sobre ele o tipo particular de efeito que é desejado. [...] Espelhos de dois lados podem ser usados para introduzir uma luz base para nivelar as sombras de uma cena. O espelho é angulado a 45º do eixo óptico da câmera para refletir um cartão branco ou colorido. 
Reposição de imagem
Um espelho convencional (não-transparente) é usado, sua superfície refletora sendo posicionada de forma a ocupar uma porção do campo de vista, e então permite a simultânea fotografia em detalhe de ambos: a cena de live-action, que é localizada além do espelho, e o detalhe de reposição, que é refletido pra fora do espelho.
Planos Schüfftan (nomeado segundo um técnico alemão)
A câmera pega o componente de live-action em escala total, assim que é refletido da área prateada de um espelho. Simultaneamente, a câmera fotografa cada artefato, miniatura ou (como mostrado na fig. 4.3) uma imagem de projeção de fundo, vista através das seções claras do espelho, misturando os dois elementos. O esquete é adaptado das patentes originais de Shüfftan. [...] Há pelo menos dois métodos diferentes: o primeiro requer que a prata seja removida de algumas seções do espelho. O segundo emprega um parcialmente transparente refletor em conjunção com máscaras opacas complementares.
Remoção da prata
O processo básico Schüfftan pede a completa remoção de porções da cobertura refletora. Primeiro, a área do espelho através da qual a cena além será fotograda é determinada. A borda desta área é arrancado fora do prateado do espelho. O descasque pode ser feito com qualquer instrumento de ponta ou extremidade afiadas, embora cuidado deva ser tomado para evitar estragar a superfície do vidro. Uma vez que a margem tenha sido retirada, a área de dentro pode ser removida com ácido nítrico. Espelhos de frente prateada funcionam melhor do que espelhos de parte traseira prateada com esta técnica. [...] A câmera, o espelho e artefatos ou miniaturas são primeiramente alinhados.
Espelhos de dupla-face
Um espelho de dupla face transparente [..] vai refletir e transmitir luz. Nesta variação, a cobertura inteira e parcialmente refletora é deixada intacta. No entanto, máscaras complementares são posicionadas entre o espelho e o set de live-action, e entre o espelho e o artefato refletido ou miniaturas. As máscaras são feitas de opacas folhas de papel ou cartão, fora das quais as áreas complementares do compósito são cortadas com tesoura, uma faca, ou outros instrumentos. Assumindo que as máscaras são de tamanho idêntico e que são posicionadas de forma que elas registrem, opticamente, em uma proporção de 1:1, então a contra-máscara fêmea pode ser rapidamente preparada para traçar suas bordas com lápis usando a primeira máscara. [...] A borda da inserção pode ser determinada pelo desenho de linhas divisórias sobre a superfície do cartão opaco. [...] Uma vez que os contornos da borda tenham sido estabelecidos, a área inserida pode ser cortada da máscara.
Alinhamento de máscaras
A câmera, espelho, e artefatos são permanentemente alinhados e uns poucos pés de filme são filmados da imagem refletida. O filme é processado para teste, rapidamente seco, e inserido no intermitente movimento da câmera. Um prisma do tipo rotoscópio e uma lâmpada caseira são inseridos na câmera e a imagem do negativo é projetada através do sistema de lentes da câmera. Naqueles casos em que a cobertura prateada é removida do espelho, um pedaço de papel é colocado sobre o espelho e a imagem do artefato é lançada sobre ele. As linhas divisórias são desenhadas no papel, o papel é cortado com tesouras, e o arrancar da prata prossegue, usando papel como um guia. Quando máscaras são usadas com um refletor, por outro lado, a imagem projetada é simultaneamente refletida pra fora do refletor na máscara que faceia o artefato, e transmitida através do refletor sobre a máscara que faceia o set em escala total.
Algumas técnicas de filmagem com espelhos
Espelhos emprestam-se a uma variedade de outros espelhos, todos os quais servem a produções de baixo orçamento.
Fusões e varreduras
Para um trabalho de muito baixo orçamento, onde contatos de bi-pack ou impressora óptica não podem ser custeados, certos tipos de fusões de câmera e varreduras podem ser produzidos com espelhos. Para efeitos de varredura, um espelho é levantado em sua extremidade e montado em frente à lente de uma câmera com o ponto pivotal do espelho colocado de um lado ou outro do campo de visão. Ao encenar a cena que vem em 90º em um lado do eixo da lente, e girando o espelho para dentro e para fora do frame, uma varredura de serviço é produzida. O mesmo efeito pode ser ganho escorregando o espelho em um suporte, através do campo de visão. Ao contrário de impressoras ópticas, estas técnicas produzem uma qualidade máxima no negativo original e requerem virtualmente nenhum investimento para equipamento. Entretanto, requerem uma grande área de estúdio onde possam ser estabelecidas diferentes cenas, e perfeitas performances e ações sincronizadas em cada um dos componentes. Usando um tal arranjo como este, um tipo muito violento de varredura pode ser produzida simplesmente estilhaçando o vidro, então destruindo a cena refletida e permitindo fotografia direta do set além. Um espelho fino, com prata por trás, pode ser usado para tal trabalho. O padrão da quebra pode ser pré-determinada através de marcação da superfície frontal com um cortador de espelho. Uma fratura do vidro pode ser conseguida produzindo torção através das extremidades do espelho girando em sua moldura, ou dando uma batida em uma de suas extremidades. Por causa da velocidade com a qual este efeito é executado, sua aparência será enormemente destacada se o plano puder ser fotografado em câmera lenta.
Planos com máscaras na câmera
Nas primeiras práticas de filmagem, parte da imagem gravada pela câmera era obscurecida durante a primeira exposição por uma máscara – um cartão opaco ou placa inserido na caixa externa para máscara ou o intermitente movimento de uma câmera – para prevenir a gravação de certas porções de um set ou cena. Durante a exposição subsequente, uma contra-máscara, cujas bordas seriam exatamente as mesmas da máscara, eram similarmente inseridas, e uma nova cena era exposta e inserida no lugar junto com o resto da imagem já gravada. Em 1911 Dawn introduziu uma variação mais prática para a técnica de tela dividida.
Fotogrando o componente ao vivo
Uma grande folha de vidro é montada em frente à câmera, assim como é feito na filmagem com o vidro. Entretanto, ao invés de pintar as imagens novas e artificiais sobre o vidro, o artista mascara a área da nova imagem pincelando tinta preta opaca na superfície da folha de vidro, as extremidades da tinta em conformidade exata com a linha de mistura (linha da máscara) que serve como um limite entre a cena real (fotografada através do vidro) e a nova imagem de componentes que será adicionada um tempo depois. [...] um parcialmente exposto negativo resulta, no qual apenas a porção de live-action da cena foi gravada. [...] Enquanto a câmera e a máscara de vidro são ainda colocados na mesma posição, adicionais 50 a 100 pés de filmes são fotografados no mesmo rolo. Esta metragem extra de não-produção será usada mais tarde para propósito de testes na época em que os elementos da imagem
artificial forem adicionados. Na fig. 5.5 podemos ver que todos os planos com máscara requerem dupla exposição na câmera, ou dupla impressão no laboratório.
Preparando o quadro-máscara
Se uma lâmpada caseira de rotoscópio é usada para projetar a imagem do negativo, a linha da máscara pode ser facilmente traçada no quadro de máscara para seguir os contornos da área não-exposta. Se, ao contrário, a imagem do quadro de máscara pintada deve ser visto através de um fotograma do negativo teste no sistema de viewfinder, então é útil usar um assistente. O cameraman/artista vê a imagem superposta enquanto o assistente traça a linha da máscara de acordo com suas instruções. Uma vez que a linha da máscara foi traçada, a porção mais baixa do quadro de máscaras é pintado com sólida tinta preta, criando então uma contra-máscara que cobre exatamente a mesma área da pintura que o componente original de live-action. Alternativamente, a pintura é feita no vidro que é iluminado de frente e fotografado contra um fundo preto. Com a contra-máscara preta completada, um pintor habilidoso de máscaras agora começa a pintar os detalhes de paisagem ou arquitetura na área clara do quadro de máscaras, desenvolvendo em perspectiva, densidade e relações tonais entre a live-action e os elementos pintados à medida que ele continua. As demandas de sua habilidade são tão grandes aqui como na filmagem do procedimento do vidro, exceto que ele pode trabalhar à vontade, sem ter de se preocupar em segurar uma equipe inteira de produção.
Fotografando a imagem mascarada
Examinando o negativo e os testes feitos dele, o artista/cameraman pode determinar, primeiramente, qual valor de exposição é apropriado para a combinação de densidades, e, em segundo lugar, se a linha da máscara foi apropriadamente executada. [...] Outros empregam separações p&b para a fotografia ou impressão final do compósito.
Colocando a máscara
O vidro ou máscara estão localizados perto o suficiente da lente durante a primeira exposição para serem submetidos levemente fora de foco. A suave linha da máscara é facilmente misturada com a pintura que tem uma extremidade dura. É também desejável produzir uma linha de máscara suave na pintura durante a segunda exposição.
O processo bi-pack (impressão de máscara de contato)
O original negativo, contendo imagens que queremos transferir para a cena final, é impressa num positivo numa impressora. O máster positivo é entretecido num processo de câmera chamado bi-pack, com um rolo de fino grão, de negativo virgem. A (fita) máster positiva é colocada diretamente atrás da abertura e o negativo atrás dela, ambas as fitas em contato, emulsão com emulsão. A figura 6.1 mostra um desenho em corte do processo de câmera simplificado, carregado para impressão bi-pack. Estoque colorido duplicado de negativo é carregado num compartimento A. Um positivo máster colorido é carregado no compartimento B. O negativo exposto é colocado no compartimento C e a color máster no D. As duas fitas passam através de um movimento intermitente, emulsão com emulsão, com o estoque virgem para trás.
Máscaras-móveis convencionais:
[...] Provê, primeiramente, um máster positivo do ator com um arredor negro, e, em segundo lugar, uma máscara a qual é opaca da área da imagem do ator e clara ao redor. A máster positiva do ator é carregada no processo de câmera em bi-pack com o negativo virgem, o sistema óptico é focado num quadro de máscara branco iluminado, e a primeira exposição é feita.
Adição de componentes
A adição de tetos pintados em sets interiores parcialmente completados (fig. 6.15), a alteração de certos traços de detalhes da arquitetura existente (fig. 6.14), e a adição de andares extras para prédios de um andar (fig. 6.17 e 6.19) provavelmente constituem os usos mais comuns desse processo de impressão.
Adição de nuvens
Nos casos em que o diretor de fotografia acha necessário fotografar uma locação ou ação de fundo contra um céu pouco atraente, nuvens podem ser adicionadas mais tarde através de diferentes técnicas de impressão.
Operações de impressão
Dependendo do tipo de efeito desejado, seja a equipe editorial ou o departamento de efeitos especiais projetará e estabelecerá as particulares operações de efeitos especiais requeridas. No caso de uma simples transição, como fades, fusões e superposições, este trabalho é normalmente realizado pelo assistente de montagem em conformidade com lápis pastel, caneta ou riscos feitos no trabalho impresso pelo supervisor de montagem (fig. 7.27).
Impressão reversa
[...] Imprima os fotogramas que permanecem depois da saída do ator, pra trás e pra frente, até que uma suficiente extensão de metragem de filme seja impressa para satisfazer o montador. Naturalmente, atores e outros objetos em movimento devem estar ausentes do plano para evitar repetições cíclicas em seus movimentos. Ao resolver tais problemas, esta técnica é mais preferida à de impressão (stop-frame) de um único fotograma, no qual a estrutura granulada da imagem torna-se aparente.
Modificações na imagem e distorções: superposições (dupla impressão)
Superposições de dois ou mais planos são feitos por sucessivas reimpressões de negativo virgem de qualquer número desejado de diferentes máster positivos, a exposição relativa dada a cada positivo determinando sua proeminência visual na tela. [...] Cartões de títulos originais são preparados com letras negras num campo branco e são fotografados num estoque positivo de alto contraste. O positivo é revelado convencionalmente, produzindo letras brancas ou claras contra um campo intensamente negro. É esta fita original positiva que é passada através da cabeça da impressora durante o processo de impressão de superposição.
O princípio da máscara-móvel
Limitações podem ser superadas pelo uso de máscaras-móveis “machos” e “fêmeas” e contra-máscaras – tiras de filmes com imagens opacas as quais passam em bi-pack com color másters de fundo e de frente ou separações de cor durante impressão óptica. [...] A forma da máscara opaca conforma-se exatamente com a silhueta do ator, de fotograma a fotograma (fig. 8.5). A contra-máscara fêmea é idêntica em configuração, mas seus tons são reversos – a silhueta é clara contra um campo opaco, negro. 
Sistemas de separações de cor (fundo azul)
Emprega-se um negativo de emulsão colorida para a fotografia principal, capitalizando sobre a habilidade do filme de gravar cores contrastantes as quais são intencionalmente produzidas em áreas frontais e de fundo durante a fotografia principal. [...] O negativo colorido que resulta é então impresso em contato com um positivo preto e branco que é sensível apenas ao componente azul da cena. [...] O negativo colorido é mais uma vez impresso num máster positivo preto e branco, desta vez gravando apenas os componentes vermelhos da cena. A positivo de separação de cor que resulta é preto ao fundo. [...] Finalmente, o positivo filtrado de azul e o negativo filtrado de vermelho são opticamente impressos em bi-pack em um estoque de alto contraste preto e branco, produzindo uma máscara-móvel que é clara na área do ator e opaca ao redor. [...]As máscaras-móveis macho e fêmea completadas, junto com os másters coloridos de frente e de fundo (figs. 8.10 F e G), são combinadas através de impressora óptica bi-pack para produzir um compósito (fig. 8.10H). [...] Cuidado deve ser tomado para evitar-se a presença de cores azuis escuras na roupa do ator. [...] É essencial que cores primárias azuis sejam eliminadas de roupas e objetos.
Impressão na câmera
Para operações realmente de baixo orçamento, nas quais nem a compra de uma câmera de processar nem a compra de serviços de impressão ótica podem ser pagos, compósitos de máscaras-móveis podem ser feitos com equipamento convencional. O que é requerido é uma câmera de produção que é capaz de aceitar quatro compartimentos e cujo movimento intermitente registrará duas tiras de filme em bi-pack.
Mudanças na direção da tela
Ocasionalmente, através de erro ou inexperiência, um diretor pode ser desafortunado o suficiente
para filmar um close ou um plano de dois com seus atores olhando para a direção errada em matéria de montagem, tais como a mudança do eixo, que leva a mudanças abruptas na posição do ator de plano a plano, o que provavelmente desorientará o público. Consistência na direção da tela pode ser restaurada imprimindo os planos com erros com suas emulsões flipadas na cabeça da impressora. O operador simplesmente rebobina a máster colorida em seu projetor com a posição da emulsão revertida, ou, alternativamente, dá ao filme uma meia torção entre o compartimento e o movimento intermitente. Grandes closes com fundos levemente fora de foco servem melhor a este estratagema, uma vez que o cenário do fundo, letreiros e sinais e outros detalhes reconhecíveis são também revertidos no processo. Se um plano flipado ficar na tela por muito tempo, o público pode notar peculiaridades nas roupas dos atores – casacos abotoados do lado errado, bolsos colocados no lugar errado, e daí por diante.
‘Manufatura de cobertura’
Juntamente com a imprópria direção de tela, o erro mais comum do diretor inexperiente está em falhar ao assegurar adequada cobertura para um trabalho de montagem. Como consequência, o montador tem de rodar planos particulares interminavelmente, inserindo cortes artificiais, ou correndo o risco de jump cuts (faux raccords) entre planos pobremente combinados. Numa emergência, quando o orçamento não permite a refilmagem de uma cena, planos médios podem ser convertidos em closes através de impressão óptica ao fazer um zoom com a lente da câmera de processamento em direção ao máster positivo. O close que é produzido pode ser usado seja para prover variedade na edição ou para permitir ao editor remover outros atores ou ações da imagem original tempo suficiente para ele mover-se para um plano diferente sem produzir um faux raccord (jump cut). A mesma técnica pode também ser usada em documentários ou produções de arquivo quando filmagem inadequada requer que um simples plano seja repetido duas ou três vezes. Ao manufaturar closes, mudando suas composições, e mudando a direção da tela – todos de um mesmo plano – o diretor pode ser capaz de convencer um público que eles estão assistindo vistas inteiramente diferentes da mesma matéria.
MINIATURAS
O especialista em fotografar miniaturas trabalha com um modelo maior possível. Assim que a escala da miniatura decresce, os problemas envolvidos em operá-las e fotografá-las realisticamente cresce proporcionalmente, devido à crescente disparidade entre as velocidades as quais o original em tamanho natural e a réplica movem-se. [...] Na indústria do cinema, miniaturas são o tipo mais caro de efeito especial. 
Estático ou móvel?
Componentes podem ser animados em stop-motion, um único fotograma de filme sendo fotografado para cada posição da miniatura em movimento. Isto é o método minimamente satisfatório que pode ser empregado. A direção, velocidade e comportamento da miniatura devem ser planejados tão cuidadosamente quanto para um desenho animado; experimentação cara e custosa de tempo é quase sempre necessária e erros são fáceis de se cometer.
Água deve ser usada?
O uso de água de verdade numa miniatura deve ser planejado durante a fase de concepção do estúdio. Aquelas seções do set sobre as quais a água passará devem ser à prova d’água ou construídas de materiais os quais não vazarão ou deteriorarão quando trazidos em contato com fluidos. Pinturas à prova d’água podem ter de ser usadas, enquanto materiais tais como areia e cascalho podem ter de ser misturados com cola e permanentemente afixados no set, mais do que ficar soltos. Se a água deve ser vista fluindo, descendo um rio ou explodindo de uma represa, então provisões devem ser tomadas para a tubulação de um volume adequado do líquido para as saídas e para o controle da taxa de fluição. O despejo de água deve ser coletado e, se o fluir da água é contínuo, alguma provisão deve ser feita para recirculação.
Alguma explosão ou queimada?
Quando grandes miniaturas são queimadas, o corpo de bombeiros mais próximo deve ser alertado e seu pessoal chamado para consulta, a despeito de qualquer inconveniência que isso possa causar – é menos caro adequar-se a regulações de incêndio locais do que reconstruir um estúdio sonoro.
Escolhendo o material
Serragem pintada de verde pode passar por grama, enquanto ervas, fragmentos de esponja e certos tipos de botões de flores passarão por arbustos. Árvores de tamanho natural podem ser simuladas com grandes e floridas ervas, ou com troncos e galhos de árvores. Para cinematografia em cores, todos esses materiais podem ser pintados com spray com pigmentos apropriados. [...] Água pode ser simulada com faixas de celofane.
Estradas e paisagens de cidades
Estradas de concreto pode ser representadas por tiras de madeira pintadas meio cinzentas, nas quais o apropriado tipo de divisão de pistas é pintado de branco. Faixas de tinta preta podem ser aplicadas ao centro de cada pista para sugerir marcas de breu e descoloração que ocorrem com o tempo; rachaduras pintadas no pavimento completam a ilusão. Se a perspectiva do set é forçada, estas faixas de madeira da rodovia podem ser cortadas de modo afilado e suas linhas de faixa gradualmente estreitadas para sugerir artificialmente a convergência de linhas de perspectiva que ocorrem na vida real com crescente distância. 
Técnicas de difusão
Infelizmente, para os trabalhadores de efeitos especiais, o estilo geral de cinematografia tem tendenciado para longe da difusão nas últimas décadas, em direção a imagens afiadas como agulha, com profundidade focal. Se um plano difuso de miniatura for cortado para um filme fotografado contrastadamente, irá, é claro, parecer falso. [...] Quando um motor de câmera de alta velocidade é usado para fotografar miniaturas móveis, em 164 fotogramas por segundo, um descontrole pode causar excessivo dano.
Planos de tanques
[..] A escala do navio pode ser reduzida, mas a escala da água não pode. Como os trabalhadores desta área descobriram, não se pode fazer ‘pouca água’. Qualquer que seja o tamanho do navio, o corpo da água na qual ele flutua comporta-se substancialmente do mesmo modo – a altura das ondas, a distância entre as ondas, e a maré e o fluir da sua corrente ocorrem num modo natural. Se uma pequenina miniatura de navio é colocada num tanque e uma máquina de ondas operar, o modelo vai se comportar de uma maneira que é completamente irreal. Por essa razão, miniaturas de navios são construídas numa escala tão grande quanto o orçamento e o tamanho do tanque permitam.
Movendo as miniaturas
Quando dois ou mais navios miniaturas são operados no tanque, os barcos do fundo frequentemente serão construídos numa escala menor do que os da frente. 
Onda e água
Embora não se possa fazer ‘água pequena’, a tensão da superfície pode ser reduzida ao adicionar-se agentes químicos molhados. Isto torna a superfície da água mais controlável, e o comportamento dos navios-modelos mais críveis. A água no tanque é geralmente enlodada ou pintada pra reduzir sua transparência e para prevenir a câmera de mostrar o lado mais distante ou o fundo do tanque. Como uma precaução adicional, o fundo e os lados são geralmente pintados de um azul ou preto profundos. Uma pequena quantidade de detergente ou tinta branca podem ser adicionados à água para produzir um efeito de espuma naturalístico – muito detergente, no entanto, formará bolhas. Ondas de variados tamanhos e velocidades podem ser criadas com maquinário de formação de ondas colocados ao longo da extremidade interior das paredes do tanque. Vazios e selados tambores de óleo pode ser usados para este propósito, sendo montados em tapumes e periodicamente submersos e erguidos (Fig. 12.23 parte 2). Em outros casos, formas especiais de fazer ondas são usadas, um exemplo das quais é mostrado na fig. 12.26. Para sequências de tempestade, assim como para planos de velas nas quais velas cheias, ondulantes devem ser mostradas, máquinas de vento são operadas ao longo do tanque.
SISTEMAS ELETRÔNICOS E
COMPUTACIONAIS
O storyboard eletrônico
Um a um, os esquetes individuais são fotografados com uma câmera de vídeo, e suas imagens individuais são gravadas em discos digitais. [...] Adicionalmente, uma trilha-guia de áudio que contém o diálogo do roteiro e os efeitos de som propostos e a música podem ser sincronizados com as imagens do storyboard. [...] Criando no storyboard eletrônico um artifício de blue-screen como o Ultimatte, é possível prever as várias opções disponíveis para combinar elementos de imagens de um particular plano de máscara móvel. É possível para cada um dos trabalhadores de criação que usam a máquina gravar na memória suas propostas particulares no que diz respeito à cronologia, desenho da imagem, fotografia, para revisão do diretor.
Sistemas de controle de movimento
Algumas unidades de controle de movimento permitem ao operador de câmera movê-la pessoalmente durante o ensaio, seja com embreagens convencionais ou com joysticks, e enquadrar o plano através do viewfinder enquanto o conjunto da câmera move-se bem lentamente pelo estúdio em direção às miniaturas. Os movimentos feitos pelo operador humano são gravados na memória do computador e são reproduzidos para a operação do equipamento durante a fotografia. Outros sistemas requerem que instruções para câmera, grua, lentes, diafragma e movimentos de miniatura sejam dados para o computador através de um teclado. Ainda outros sistemas combinam estas capacidades, permitindo que o operador de câmera faça a primeira passagem, e para enquadrar o plano num modo convencional, então instruindo o computador a produzir curvas tramadas em movimento, acelerações e desacelerações que são matematicamente perfeitas. [...] Um vídeo acoplado ao sistema óptico da câmera permite ao operador do sistema ver a imagem sendo fotografada num monitor de vídeo. Todos os movimentos da grua da câmera e das gruas das miniaturas são controlados por um minicomputador, como são os ajustes do foco da câmera e do movimento do filme. O computador calcula todos os incrementos intermediários de posição e movimentos envolvidos assim que a câmera e as miniaturas passem através de posições-chave no chão do estúdio, relativas umas às outras. O computador faz tais cálculos para todos os eixos do movimento de todos os componentes mecânicos. [...] Os movimentosde várias peças do equipamento através de diferentes posições no palco podem ser designados ‘pelo número’, as várias posições, movimentos incrementados e destinações sendo marcados no computador por meio de um teclado (Fig. 13.10, parte 2). Fundamentalmente, o operador especifica ao computador uma série de posições-chave de câmera, e o computador então calcula todas os pontos intermediários automaticamente. Alternativamente, a câmera pode ser movida por controles de jogging para quaisquer posições que produzam composições fotográficas atraentes e apropriadas no monitor de vídeo, e o computador pode ser instruído a ler automaticamente na memória as coordenadas da posição da câmera e as sequências daquelas coordenadas que estão envolvidas. 
Rotoscopia eletrônica
STAR – scene tracking auto registration. Sistema que permite a criação automática de extremidades de máscaras-móveis, que resultam de movimentos de câmera durante a fotografia principal, e para os componentes da live-action serem compostos com computação gráfica, ou elementos convencionalmente pintados. O filme de live-action é projetado, um fotograma de cada vez, numa mesa digital. A mesa produz uma resolução de 30000 por 40000 pontos. A operação do equipamento requer o estabelecimento de quatro pontos de referência para cada cena. 
(REAR) BACK-PROJECTION (Projeção de fundo)
Projeção de fundo provê um método através do qual a figura de um ator pode ser convincentemente combinada com uma cena de fundo fotografada em outro local. O ator interpreta à frente de uma grande tela translúcida sobre a qual uma imagem fotográfica positiva de um fundo é projetada. [...] Atrás da tela está o projetor que projeta a imagem.
Luz – combinando luz de fundo
Luzes cruzadas são usadas quando for possível como luz-chave para os atores e para iluminar o set. [...] Iluminação convencional a 45º.[...] Um ator posicionado diretamente em frente à tela é virtualmente impossível de ser iluminado exceto com uma luz lateral de 90º, ou iluminação por trás, ou por cima. [...] Quando folhagem aparece em ambos, na ação em live-action da frente e na projeção atrás, a vegetação da frente deve ser iluminada de forma que ela fotografe com a mesma cor, brilho, nuance e saturação como a da que aparece no fundo. Algumas vezes, será necessário super-iluminar ou sub-iluminar a vegetação da frente, relativa à luz do ator, ou mesmo passar um spray de tinta nela, para adquirir uma combinação adequada.
Projeção de trás combinada com máscaras pintadas
A pintura é fotografada numa primeira exposição, e o filme na câmera é rebobinado para a posição inicial. Durante a segunda exposição, as luzes que iluminavam a pintura são extintas, e a imagem na tela é fotografada sozinha.
FRONT-PROJECTION (Projeção de frente)
Muitos dos mesmos efeitos e vantagens da técnica de back(rear) projection estão disponíveis para o produtor de filmes de baixo orçamento através do uso do chamado sistema “front-projection”. O também chamado Scotchlike processo usa uma tela refletora atrás do ator ao invés de uma tela difusora translúcida, com a imagem de fundo sendo projeto pela frente da tela, ao invés de por detrás. O projetor é posicionado de um lado da câmera, com seu eixo óptico a 90º daquele da câmera. Sua imagem projetada é refletida na tela por um espelho refletor de raios em frente à câmera num ângulo de 45º entre a câmera e o projetor. (Fig. 11.1) A câmera fotografa ambos a imagem na tela e o ator em pé em frente a ela filmando através do espelho refletor de raios. Ou seja, atores são posicionados em frente a uma tela altamente refletora. A imagem do fundo é lançada por um projetor de cinema ou de fotos, o raio do qual é refletido por um espelho de dupla-face ou película sobre as figuras dos atores e sobre a tela refletora. Uma câmera fotografa os atores e a imagem refletida atrás deles simultaneamente. O processo opera com o princípio que, se a imagem de fundo refletida é projetada diretamente ao longo do eixo óptico das lentes da câmera, então a sombra do ator que é lançada sobre a tela será mascarada exatamente pelo corpo do ator, e portanto não será visível. 
O combinador de raios
Espelhos de dupla-face podem transmitir e refletir luz; na prática convencional, a superfície refletora fica voltada para o projetor e a transmissora para a câmera.
Alinhamento
A câmera e o projetor deveriam ser situados com os pontos nodais frontais de suas lentes em distâncias idênticas do combinador de raios, e em eixos ópticos coincidentes.
Técnica de máscara
Um sistema de projeção frontal chamado Introvision tornou-se disponível a produtores de cinema, oferecendo modificações no sistema básico de projeção frontal.
Efeitos de zoom
Desde 69 tem sido sugerido o uso de lentes zoom tanto na câmera quanto no projetor, de forma que, à medida que a distância focal das lentes da câmera fossem aumentadas, a das lentes do projetor diminuiriam, portanto mantendo um tamanho constante na imagem de fundo. Tal sistema requer motores interligados em ambas as lentes. Requer também uma íris suplementar motorizada nas lentes do projetor que obririam e fechariam em quantidades apropriadas enquanto a distância focal do projetor é diminuída ou aumentada. Em meados de 70, tal sistema foi introduzido com o nome de ZOPTIC. Este sistema permite movimentos de dolly (carrinho) simulando realidade em direção do ator e se afastando dele, enquanto mantém um tamanho constante da imagem de fundo. (Fig. 11.16) Dependendo da maneira como a cena é encenada, a câmera pode parecer estar fazendo um dolly em direção a um intérprete parado, ou o intérprete pode parecer estar se movendo em direção a uma câmera parada. Este equipamento foi usado nas sequências de
vôo de Superhomem. 
Scotchlite em roupas e cenários
Efeitos não-usuais podem ser adquiridos inserindo pedaços de fita scotch nas roupas e peças de cenário e então projetando imagens ou padrões de luz cintilante neles durante a fotografia da cena de live-action. [...] Cobertura com scotchlite também tem sido inserida na área do tubo de uma tv para permitir projeção frontal de inserções de imagens de tv simuladas numa cena.
				FIM DO LIVRO I

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