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Parque Estadual da Serra do Tabuleiro: Biodiversidade e Proteção

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1- A maior unidade de conservação de proteção integral do Estado foi criada em 1975 (decreto 1.260), com base nos estudos dos botânicos Pe. Raulino Reitz e Roberto Miguel Klein, com o objetivo de proteger a rica biodiversidade da região e os mananciais hídricos que abastecem as cidades da Grande Florianópolis e do Sul do Estado.
A gestão do parque está a cargo da Fundação do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (FATMA)
2- A maior unidade de conservação de proteção integral do Estado .
O Parque Estadual da Serra do Tabuleiro ocupa cerca de 1% do território catarinense. com uma extensão de aproximadamente 84.000 hectares
Abrange áreas dos municípios de Florianópolis, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, São Bonifácio, São Martinho, Imaruí e Paulo Lopes. Fazem parte do Parque as ilhas do Siriú, dos Cardos, do Largo, do Andrade e do Coral, e os arquipélagos das Três Irmãs e Moleques do Sul.
Localizado em uma região estratégica, única e muito especial da Mata Atlântica, o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro possui uma ampla diversidade de habitats. Cinco das seis grandes formações vegetais do bioma Mata Atlântica encontradas no Estado estão representados no Parque. 
No litoral, sob forte influência marítima, são encontradas as formações de restinga  e manguezal. A floresta ombrófila densa, riquíssima em plantas epífitas, cobre as serras e ocupa a maior parte da área do Parque. Nas encostas superiores da serra, envolta em neblina  formada pela condensação da umidade que chega do mar, aparece a matinha nebular. Nas partes mais altas do  Parque se faz presente a floresta ombrofila mista (floresta com araucárias) e os campos de altitudes. Cada ecossistema tem sua fauna e flora características, assim como suas espécies dominantes. As ilhas costeiras que fazem parte da unidade também apresentam suas singularidades.
Essencial para a proteção desses ecossistema e toda sua biodiversidade, o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro também é de extrema importância por outros motivos. Protegidas pela exuberante vegetação da unidade estão as nascentes de rios como o da Vargem do Braço, Cubatão e D’Una. Esses rios fornecem água para grande parte dos domicílios da Grande Florianópolis e do litoral sul do Estado. O Parque atua ainda, devido a suas características de solo, relevo e vegetação, com um importante regulador climático para essas regiões.
Além disso, também abarca o arquipélago de Moleques do Sul, o maior criadouro natural de aves marinhas de Santa Catarina, e um dos mais importantes do Brasil
Dentro da área do Parque no município de Palhoça, está a Baixada do Maciambu. Essa planície, que comporta uma das mais expressivas paisagens de restinga do litoral brasileiro, é formada por cordões arenosos na forma de semicírculos, resultantes das oscilações do nível do mar durante milhares de anos. A região e considerada, por isso, importante monumento geológico.
Objetivos específicos da unidade
Preservação dos ecossistemas existentes e proteção de mananciais de água, da flora, da fauna, da geodiversidade, da paisagem e dos lociais de beleza cênica com grande potencial para desenvolvimento do ecoturismo, conforme estudos realizados pelos botânicos Pe. Raulino Reitz e Roberto Miguel Klein. O Parque atua como um importante regulador climático da região. Protege ainda áreas de nidificação de aves marinhas e ecossistemas das ilhas do Siriú, dos Cardos, do Largo, do Andrade e do Coral e dos arquipélagos das Três Irmãs e Moleques do Sul.
Atrações
Sede do parque, com auditório e trilhas. Trilhas para o pico do Cambirela. Conta com um centro de visitantes e trilhas educativas, onde o público pode ter contato com espécies nativas. O Parque possui anda dois centros temáticos na sede dos municípios de Imarui e de São Bonifácio.
Fauna e flora
A fauna do Parque é bastante diversificada, contém espécies como: puma(Puma concolor), anta(Tapirus terrestris), tamanduá-mirim(Tamandua tetradactyla), gato-do-mato-pequeno(Leopardus tigrinus), gato-maracajá(Leopardus wiedii), jaguatirica (Leopardus pardalis), macaco-prego(Cebus apella), bugio(Alouatta guariba), sagui-de-tufos-brancos(Callithrix jacchus), sagui-de-tufos-pretos(Callithrix penicillata), cateto(Tayassu tajacu), paca(Cuniculus paca), cutia(Dasyprocta aguti), capivara(Hydrochoerus hydrochaeris) ,jacaré-de-papo-amarelo(Caiman latirostris) e muitos outros. A avifauna é composta por: vários tipos de tucanos, varios tipos de papagaios, periquitos e araras, falcões, bens-te-vi.
A flora é composta de Formações Pioneiras (Restinga e Manguezal), Floresta Ombrófila Densa, Campos de Altitude e Floresta Ombrófila Mista (Floresta de Araucária).
Problemas e ameaças
O Parque enfrenta problema com flora e fauna em extinção como: cocão (Eruthroxylum catharinense), canela-preta (Ocotea catharinensis) e araucária (Araucaria angustifolia).
Fauna em extinção: preá endêmico da ilha Moleques do Sul Cavia inermedia, uma das cem espécies mais ameaçadas do planeta, gato-do-mato-pequeno (Leopardo guttulus), jaguatirica (Leopardus pardalis), leão-baio (Puma concolor), veado (Mazama americana), anta (Tapirus terrestres).

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