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06_Capacitação e Formacao de Pregoeiros_novo

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Profª. Larissa Panko
CapaCitação e Formação de 
pregoeiros e equipes de apoio
Mestranda em Governança e Sustentabilidade pelo Instituto Superior de Administração 
e Economia do Mercosul (ISAE); Pós-graduada em Direito Administrativo Aplicado pelo 
Instituto de Direito Romeu Felipe Bacellar; Autora da obra: “Pregão presencial e eletrônico: 
Apontamentos à legislação federal”; Co-autora da obra: “Pregão Presencial e Eletrônico – 
Cenário Nacional”; Membro do Corpo Editorial da Revista LICICON; Colunista das Seções 
“Painel do TCU” e “Orientação Técnica”, na Revista O Pregoeiro, além da publicação de 
diversos artigos em revistas especializadas; Instrutora do Curso de Capacitação e Formação 
de Pregoeiros pela Negócios Públicos.
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Larissa Panko
introdução ao Pregão e noções gerais
ConCeito ProPosto:
 √ Modalidade de Licitação: instituída (em sede legislativa) pela Lei 10.520/02;
 √ Objeto: a qual se destina exclusivamente à aquisição de bens e serviços comuns, sem limitação de valor;
 √ Autoridade Competente: conduzida por servidor público especialmente designado para o exercício desta 
função, denominado Pregoeiro (auxiliado pela Equipe de Apoio, no que for necessário).
CaraCterístiCas PrinCiPais: Pregão versus modaLidades da Lei 8.666/93
* PREMISSA: a fim de delimitar as principais características do Pregão, devemos sempre levar em conta que 
esta modalidade de licitação foi criada com vistas a imprimir uma maior celeridade na condução dos proces-
sos licitatórios e, ainda, essencialmente vinculada ao fator preço.
 √ Publicidade do edital: o prazo de divulgação do edital deve ser de no mínimo 8 dias úteis (art. 4º, inc. V, da 
Lei 10.520/02), ao passo que nas demais Modalidades de Licitação o prazo médio é de 15 dias; 
 √ Sessão de julgamento: é única/una (art. 4º, inc. VI e ss., da Lei 10.520/02), ao passo que nas demais po-
derá ser dividida em “atos”;
 √ Inversão de fases;
CaPaCitação e Formação de 
Pregoeiros e equiPes de aPoio
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Capacitação e Formação de Pregoeiros e Equipe de Apoio
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 √ Fase de lances;
 √ Momento recursal único;
 √ Prazo de validade das propostas: “O prazo de validade das propostas será de 60 dias, se outro não estiver 
fixado no edital.” (art. 6º da Lei 10.520/02).
 √ Adjudicação: se não houver recurso, o Pregoeiro realiza a adjudicação do objeto da licitação ao vencedor, ao passo 
que nas demais modalidades, é sempre a Autoridade Superior que adjudica (art. 43, inc. VI, da Lei 8.666/93);
 √ Recusa em assinar o contrato: se o licitante vencedor não assinar contrato, na convocação do próximo na or-
dem de classificação, não se pode obrigar que o segundo classificado preste o serviço pelo preço do anterior, a 
exemplo do que se passa nas demais modalidades, por força do art. 64, §2º, da Lei 8.666/93 (art. 4º, inc. XXIII 
c/c XVI, da Lei 10.520/02). O licitante concorrerá, portanto, sempre pelo seu próprio preço!
 √ Tipo de Licitação: Menor Preço (art. 4º, inc. X, da Lei 10.520/02), não se admitindo como referencial para 
a seleção da proposta mais vantajosa, o critério técnica. Isto, exatamente em razão dos objetos (bens/
serviços) a serem contratados terem natureza comum. [1]
TOME NOTA!!!
O Decreto Federal 10.024/19 passou a contemplar expressamente a possibilidade de se adotar 
como critério de julgamento o maior desconto; compreensão esta que já era adotada no âmbito 
do TCU,[1] bem como, que já continha previsão no Decreto Federal de SRP (Decreto Federal 7.892/13, 
art. 9º, §1º). Observe-se:
DECRETO FEDERAL 10.024/19: 
“Art. 7º. Os critérios de julgamento empregados na seleção da proposta mais vantajosa para a 
administração serão os de menor preço ou maior desconto, conforme dispuser o edital. (...)
Art. 15. (...) §3º. Nas hipóteses em que for adotado o critério de julgamento pelo maior desconto, o valor 
estimado, o valor máximo aceitável ou o valor de referência para aplicação do desconto constará obriga-
toriamente do instrumento convocatório.”
 √ Modalidade Qualitiativa X Quantitativa: não existe limite de valor para a utilização do Pregão (como 
ocorre na eleição de uma dentre as demais modalidades de licitação, cf. art. 23 da Lei 8.666/93), o que 
facilita eventual prorrogação do prazo de vigência dos contratos respectivos e, como regra, afastará a ca-
racterização de fracionamento indevido de despesa; bastando que os bens/serviços a serem contratados 
sejam considerados comuns – qualidade do objeto licitado.
[1] Neste sentido, vede: TCU. Acórdão 818/08 – Segunda Câmara.
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PERGUNTA-SE: Quais normas devem ser observadas para licitar via Pregão?
 √ CR, art. 37, caput: observância aos princípios da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Pu-
blicidade e Eficiência.
VALE A PENA COMENTAR! A importância de conhecermos a legislação de regência do Pregão:
 √ Princípio da Legalidade para os particulares: legalidade ampla;
 √ Princípio da Legalidade para a Administração Pública: legalidade estrita.
LegisLação de regênCia e PrinCíPios inFormadores
ContextuaLização geoPoLítiCo-administrativa
 √ República: um modo de governar, tendo como características principais:
 » Eleições periódicas dos governantes;
 » A Tripartição de Poderes – Legislativo, Executivo e Judiciário: independentes e harmônicos entre si.
 √ Federação: um formato de Estado.
 » Estruturado no conjunto dos entes federativos – União, Estados e Municípios: independentes e har-
mônicos entre si.
 √ Lei 10.520/02: como norma geral – abrangência:
 » Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
 » Esferas federal, estadual e municipal.
“Art. 2º. (...) §1º. Poderá ser realizado Pregão por meio da utilização de recursos e tecnologia da infor-
mação, nos termos de regulamentação específica.”
 √ Decretos Regulamentadores: v.g. Decretos Federais 3.555/00 e Decreto Federal 10.024/19, que revogou 
expressamente o anterior Decreto Federal 5.450/05.
 √ Lei 8.666/93: aplicação subsidiária.
 √ Atos normativos subalternos: Instruções Normativas, Portarias, etc.
ENTENDIMENTO DO TCU:
“Voto: (...) o Decreto nº 5.450/2005 vincula apenas o Poder Executivo Federal, não havendo am-
paro legal para sua imposição a órgão do Poder Judiciário.” (TCU. Acórdão 2.245/10 – Plenário).
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DOUTRINA SELECIONADA: Entendimento de Marçal Justen Filho
“... na omissão da legislação acerca do pregão, o aplicador deverá recorrer à Lei de Licitações, 
fazendo incidir as normas correspondentes, desde que compatíveis com a sistemática e o espíri-
to do pregão.” (In: JUSTEN FILHO, Marçal. Pregão: Comentários à Legislação do Pregão Comum e Eletrôni-
co). 4. ed. São Paulo: Dialética, 2005. p. 207).
 Lacuna na Lei 10.520/02
+
 Compatibilidade da Lei 8.666/93 com o Pregão 
 Aplicação subsidiária da Lei 8.666/93 ao Pregão
Ex.: regime dos contratos administrativos, cf. art. 54 e ss. da Lei 8.666/93.
PERGUNTA-SE: E como fica a situação dasempresas estatais, após a edição da Lei 13.303/16?
organização administrativa: administração direta e indireta 
 √ Administração Direta = Entes políticos (governos dos entes federativos) + órgãos/entidades diretamente 
vinculados (Ministérios, Secretarias, etc.).
 √ Administração Indireta = Conjunto das pessoas jurídicas criadas pelos entes políticos, com a finalidade de 
auxiliá-los na consecução de seus misteres públicos.
Constituição da rePÚBLiCa: 
“Art. 173. (...) §1º. A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista 
e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de 
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prestação de serviços, dispondo sobre: (...) III. licitação e contratação de obras, serviços, compras e aliena-
ções, observados os princípios da Administração Pública;”
Pregão no âmBito das emPresas estatais: LegisLação de regênCia 
 √ Lei 13.303/16: estatuto jurídico das empresas públicas e sociedades de economia mista.
“Art. 32. Nas licitações e contratos de que trata esta Lei serão observadas as seguintes diretrizes: (...)
IV. adoção preferencial da modalidade de licitação denominada pregão, instituída pela Lei 10.520/02, para 
a aquisição de bens e serviços comuns, assim considerados aqueles cujos padrões de desempenho e qua-
lidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado; (...)
§3º. As licitações na modalidade de pregão, na forma eletrônica, deverão ser realizadas exclusivamen-
te em portais de compras de acesso público na internet.”
PERGUNTA-SE: Quais normas as empresas estatais devem observar quando estiverem licitando 
por meio de Pregão? 
DOUTRINA SELECIONADA: Entendimento de Edgar Guimarães e Abduch
“A Lei n° 13.303/16 estabelece que deve, preferencialmente, ser adotada a modalidade de pregão 
instituída pela Lei n° 10.520/02. Tal importa que as estatais, ao licitarem nesta modalidade, devem cum-
primento à Lei do Pregão, que será aplicada conjuntamente com a Lei n° 13.303/16. (...) Quando da adoção do 
pregão para licitar bens e serviços comuns, serão utilizados apenas os dispositivos da lei que versem sobre modali-
dade, vale dizer, rito ou procedimento. Não se aplica, à guisa de exemplo, nas contratações e licitações das estatais 
o regime de sanções previsto no artigo 7° da Lei do Pregão, vez que a Lei n° 13.303/16 conta com regime jurídico 
sancionatório próprio” (In: GUIMARÃES, Edgar; SANTOS, José Anacleto Abduch. Lei das estatais: comentários ao 
regime jurídico licitatório e contratual da Lei nº 13.303/2016. Belo Horizonte: Fórum, 2017, p.102-104). 
DOUTRINA SELECIONADA: Entendimento de Jessé Torres Pereira Junior e Marinês Restelatto Dotti
“Quando adotada a modalidade pregão (art. 32, IV, da lei 13.303/16), vincula-se a empresa estatal às 
regras da Lei 10.520/02 no processamento da licitação...” (In: DOTTI, Marinês Restelatto. Competência 
para a condução do procedimento licitatório das empresas estatais. Disponível em: <http://www.migalhas.com.
br/dePeso/16,MI254534,71043-Competencia+para+a+conducao+do+procedimento+licitatorio+das+empresas>.
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DOUTRINA SELECIONADA: Entendimento de Ronny Charles e Dawison Barcelos
“... esta segunda interpretação, baseada nos elementos lógico-sistemático, resguarda a consistência 
das regras da Lei nº 13.303/2016, permitindo que o procedimento licitatório, embora modulado de 
forma assemelhada ao prescrito pela modalidade pregão, possa adotar importantes ferramentas previstas na 
Lei nº 13.303/2016.” (In: BARCELOS, Dawison; TORRES, Ronny Charles Lopes de. Licitações e Contratos nas Em-
presas Estatais: Regime licitatório e contratual da Lei nº 13.303/2016. Salvador: JusPodivm, 2018. p. 229).
PrinCíPios inFormadores e FinaLidades da LiCitação: 
Pregão soB a égide da Lei 10.520/02:
 √ Princípios informadores da licitação (art. 3º, caput, da Lei 8.666/93):
 » Princípios da isonomia, da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicida-
de, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo 
e princípios correlatos.
 √ Princípios correlatos: 
 » Princípios da competitividade, da proporcionalidade e da razoabilidade.
TOME NOTA!!!
 √ O Decreto Federal 10.024/19 passou a contemplar como princípios regentes do Pregão 
Eletrônico, e não apenas correlatos, os da razoabilidade, da competitividade, da proporcio-
nalidade, além de outros que lhes sejam correlatos.
 √ O Decreto Federal 10.024/19 passou a contemplar como princípio regente do Pregão Ele-
trônico, o princípio do desenvolvimento nacional sustentável.
 √ Princípios específicos do Pregão (ref.: art. 4º, caput, do Decreto Federal 3.555/00): 
 » Princípio da Celeridade; Princípios do Justo Preço (X Menor Preço) e da Seletividade.
 √ Finalidades/objetivos da licitação (art. 3º, caput, da Lei 8.666/93): 
 » Garantir a observância do Princípio da Isonomia; Seleção da proposta mais vantajosa; Promoção do 
desenvolvimento nacional sustentável.
Pregão no âmBito das emPresas estatais:
 √ Princípios regentes: da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da eficiência, da 
probidade administrativa, da economicidade, do desenvolvimento nacional sustentável, da vinculação ao 
instrumento convocatório, da obtenção de competitividade e do julgamento objetivo.
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 √ Finalidades/objetivos da licitação (art. 31, caput, da Lei 13.303/16): seleção da proposta mais vantajosa; 
evitar operações em que se caracterize sobrepreço ou superfaturamento. 
CaBimento: o que Pode e o que não deve ser LiCitado via Pregão! 
 √ Definição legal:
Lei 10.520/02: 
“Art. 1º. (...) Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, 
aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por 
meio de especificações usuais no mercado.” 
Lei 13.303/16: correspondente no art. 32, inc. IV. 
deCreto FederaL 10.024/19: 
“Art. 3º. (...) §1º. A classificação de bens e serviços como comuns depende de exame predominantemente 
fático e de natureza técnica.”
PERGUNTA-SE: O que são bens e serviços comuns?
ENTENDIMENTO DO TCU:
“Voto: (...) 4. (...) a existência de bens e serviços comuns deverá ser avaliada pelo administrador 
no caso concreto, mediante a existência de circunstâncias objetivas constantes da fase interna 
do procedimento licitatório.” (TCU. Acórdão 817/05 – Primeira Câmara).
Bens e serviços de inFormátiCa:
Lei 8.666/93: 
“Art. 45. (...) §4º. Para contratação de bens e serviços de informática, a Administração observará o dispos-
to no art. 3º da Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991, levando em conta os fatores especificados em seu 
parágrafo 2º e adotando obrigatoriamente o Tipo de Licitação ‘Técnica e Preço’, permitido o emprego de 
outro tipo de licitação nos casos indicados em decreto do Poder Executivo.”
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Lei 8.248/91: 
“Art. 3º. (...) §3º. A aquisição de bens e serviços de informática e automação, considerados como bens e 
serviços comuns nos termos do parágrafo único do art. 1º da Lei 10.520/02, poderá ser realizada na mo-
dalidade Pregão, restrita às empresas que cumpram o Processo Produtivo Básico nos termos desta Lei e 
da Lei 8.387/91.”
deCreto FederaL 3.555/00 (com a redação dada pelo Decreto Federal 7.174/10): 
“Art. 3º. (...) §3º. Os bens e serviços de informática e automação adquiridos nesta modalidade deverão 
observar o disposto no art. 3º da Lei 8.248/91, e a regulamentação específica.”
 deCreto FederaL 7.174/10 (que regulamenta a contratação de bens e serviços de informática e automação 
pela Administração Pública Federal): 
“Art. 9º. (...) §1º. A licitação do tipo menor preço será exclusiva para a aquisição de bens e serviços de 
informática e automação considerados comuns, na forma do parágrafo único do art. 1º da Lei 10.520/02, 
e deverá ser realizada na modalidade de pregão, preferencialmente na forma eletrônica, conforme deter-
mina o art. 4º do Decreto 5.450/05.”
TOME NOTA!!!
 √ O Decreto Federal 10.024/19 “perdeu a oportunidade” de contemplar previsão neste 
sentido. 
ENTENDIMENTO DO TCU:
“Ementa: (...) 2. Pode-se adotar a modalidade Pregão para aquisição de serviços de informática quan-
do consistirem em serviços padronizáveis e normalmente disponíveis no mercado de informática.
3. A Lei 10.520/02 flexibilizou os normativos que previam a aquisição de bens e serviços de informá-
tica por meio do tipo de licitação técnica e preço.” (TCU. Acórdão 58/07 - Plenário).
oBras e serviços de engenharia:
Lei 8.666/93, art. 6º, inCs. i e ii: obra X serviço.
Lei 10.520/02: limita o uso do Pregão apenas para a contratação de bens e serviços comuns (art. 1º).
deCreto FederaL 3.555/00: veda a contratação de obras e serviços de engenharia via Pregão (art. 5º).
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deCreto FederaL 10.024/19: veda apenas a contratação de obras e, passou a contemplar, expressamente, a 
possibilidade de se contratar serviços comuns de engenharia.
 “Art. 1º. Este Decreto regulamenta a licitação, na modalidade de pregão, na forma eletrônica, para a aqui-
sição de bens e a contratação de serviços comuns, incluídos os serviços comuns de engenharia, e dispõe 
sobre o uso da dispensa eletrônica, no âmbito da administração pública federal.
(...) 
Art. 3º. Para fins do disposto neste Decreto, considera-se: 
(...)
II. bens e serviços comuns – bens cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente 
definidos pelo edital, por meio de especificações reconhecidas e usuais do mercado;
III. bens e serviços especiais - bens que, por sua alta heterogeneidade ou complexidade técnica, não po-
dem ser considerados bens e serviços comuns, nos termos do inciso II;
(...)
VIII. serviço comum de engenharia - atividade ou conjunto de atividades que necessitam da participação e 
do acompanhamento de profissional engenheiro habilitado, nos termos do disposto na Lei nº 5.194, de 24 
de dezembro de 1966, e cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos 
pela administração pública, mediante especificações usuais de mercado;
(...)
Art. 4º. O pregão, na forma eletrônica, não se aplica a: 
(...)
I. contratações de obras;
(...)
III. bens e serviços especiais, incluídos os 
serviços de engenharia enquadrados no 
disposto no inciso III do caput do art. 3º.”
X 
deCreto FederaL 5.450/05: veda apenas a con-
tratação de obras via Pregão (art. 6º).
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ENTENDIMENTO DO TCU:
“... este Tribunal vem firmando o entendimento, (...) de que a Lei 10.520/02 não exclui previa-
mente a utilização da modalidade de licitação Pregão para a contratação de Obras e Serviços de 
Engenharia, determinando, tão-somente, que o objeto a ser licitado se caracterize como bem ou ser-
viço comum, e que as normas regulamentares que proíbem a contratação de obras e serviços de engenharia 
pelo Pregão carecem de fundamento de validade, visto que não possuem embasamento na Lei 10.520/02” 
(TCU. Acórdão 5.226/08 – Plenário).
Súmula nº 257/2010: “O uso do Pregão nas contratações de serviços comuns de engenharia encontra 
amparo na Lei 10.520/02.”
serviços téCniCo ProFissionais esPeCiaLizados:
Lei 8.666/93: 
“Art. 13. (...) §1º. Ressalvados os casos de inexigibilidade de licitação, os contratos para a prestação de 
serviços técnicos profissionais especializados deverão, preferencialmente, ser celebrados mediante a rea-
lização de Concurso, com estipulação prévia de prêmio ou remuneração.”
ENTENDIMENTO DO TCU:
 “... a jurisprudência predominante é no sentido de que os serviços intelectuais não podem ser 
considerados comuns, muito menos repetitivos...” (TCU. Acórdão 2.006/12 – Plenário).
deCreto FederaL 10.024/19:
“Art. 3º. Para fins do disposto neste Decreto, considera-se: 
(...)
II. bens e serviços comuns – bens cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente 
definidos pelo edital, por meio de especificações reconhecidas e usuais do mercado; 
(...)
VII. serviço – atividade ou conjunto de atividades destinadas a obter determinada utilidade, intelectual ou 
material, de interesse da administração pública;
(...)
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§2º. Os bens e serviços que envolverem o desenvolvimento de soluções específicas de natureza intelec-
tual, científica e técnica, caso possam ser definidos nos termos do disposto no inciso II do caput, serão 
licitados por pregão, na forma eletrônica.”
organização de eventos:
ENTENDIMENTO DO TCU:
“1. É admitido o uso da modalidade pregão nas contratações de serviços de organização e produ-
ção de eventos, desde que todo o processo criativo seja definido nos projetos básico e executivo 
que nortearão a concretização do evento” (In: TCU. Informativo de Licitações e Contratos 229/15).
“Relatório: (...) Embora o objeto da contratação dos serviços de organização e produção executiva das 
cerimônias de abertura e encerramento dos V JMM tenha escopo bastante abrangente, não se pode con-
siderá-lo, a priori, serviço de natureza complexa, pois todo o processo criativo foi definido nos projetos 
básico e executivo que nortearam a concretização desses eventos...
Voto: (...) Mesmo consideradas essas peculiaridades, os serviços de produção desses tipos de eventos 
podem ser tidos como comuns dentro do referido ramo empresarial” (TCU. Acórdão 158/15 – Plenário).
reaLização de ConCurso PÚBLiCo:
ENTENDIMENTO DO TCU: possibilidade, a priori.
“Acórdão: (...) 9.2.3. falta de informação, no processo licitatório do pregão eletrônico (...), sobre 
os dados que subsidiaram a estimativa de inscritos para o concurso público, quantitativo que 
interferia no critério de qualificação técnica e nocálculo do valor estimado para a contratação (prin-
cípios da transparência e da competitividade);” (TCU. Acórdão 1.931/15 – Plenário)
ENTENDIMENTOS DO TJ/PR: decisões díspares.
“Ementa: (...) Empresa responsável para realizar Concurso Público... Licitação do tipo menor 
preço global. Necessidade de adoção do tipo melhor técnica e preço. Atividade eminentemente 
intelectual.” (TJ/PR. Apelação Cível 692.913-9/2010).
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ENTENDIMENTOS DO TJ/PR: decisões díspares. (continuação)
“Ementa: (...) Contratação de empresa realizadora de concurso público municipal via Pregão. 
Tipo menor preço. Possibilidade. (...) a) A inclusão do critério técnica em dada licitação faz-se 
necessária quando está envolvida a prestação de serviço predominantemente intelectual, ou seja, 
realizado através de técnica excepcional. Se, ainda que parcialmente intelectual, o serviço prestado 
possui tecnicidade homogeneizada pelos prestadores, é prescindível a adoção de tal tipo de licitação.” 
(TJ/PR. Apelação Cível 113586-1/2014).
ENTENDIMENTO DO TCE/PR: impossibilidade (Instrução Normativa 44/10).
ConCessão de uso de Bem PÚBLiCo:
deCreto FederaL 3.555/00:
“Art. 5º. A licitação na modalidade de pregão não se aplica às contratações de obras e serviços de enge-
nharia, bem como às locações imobiliárias e alienações em geral, que serão regidas pela legislação geral 
da Administração.”
deCreto FederaL 10.024/19:
“Art. 4º. O pregão, na forma eletrônica, não se aplica a:
(...)
II. locações imobiliárias e alienações;”
DOUTRINA SELECIONADA: Entendimento de Marçal Justen Filho
“Essa hipótese contraria a disciplina da Lei n° 10.520 e gera efeitos nocivos. É até compreen-
sível a insatisfação das modalidades tradicionais da Lei n° 8.666/93, mas isso não legitima que 
a Administração ou os órgãos de controle assumam a posição de legislador ‘positivo’ criando figuras cuja 
instituição somente pode ser produzida por meio de Lei.” (In: JUSTEN FILHO, Marçal. Pregão: Comentários 
à legislação do pregão comum e eletrônico. 6. ed. São Paulo: Dialética, 2013. p. 10).
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ENTENDIMENTO DO TCU: 
“Em regra, o pregão é a modalidade de licitação adequada para a concessão remunerada de 
uso de bens públicos, com critério de julgamento pela maior oferta em lances sucessivos. 
(...)
‘a adoção do critério de julgamento pela maior oferta, em lances sucessivos, nada mais é que a adequada 
aplicação da lei ao caso concreto, ajustando-a à natureza do objeto do certame, restando assegurada a 
escolha da proposta mais vantajosa que, conjuntamente com a isonomia de todos os interessados, consti-
tuem as finalidades primeiras de todo procedimento licitatório’.” (TCU. Acórdão 478/16 – Plenário).
Pregão versus modaLidades da Lei 8.666/93: oBrigatoriedade, PreFerênCia ou FaCuLdade da administração?
Pregão PresenCiaL versus Pregão eLetrôniCo: quando utiLizar
Lei 10.520/02, arts. 1º, CaPut e 2º, §1º: trata a contratação de bens e serviços comuns via Pregão, como faculda-
de da Administração e, apenas estabelece a possibilidade da realização de Pregão Eletrônico;
deCreto FederaL 10.024/19:
“Art. 1º. (...) §1º. A utilização da modalidade de pregão, na forma eletrônica, pelos órgãos da administra-
ção pública federal direta, pelas autarquias, pelas fundações e pelos fundos especiais é obrigatória.
(...)
§4º. Será admitida, excepcionalmente, mediante prévia justificativa da autoridade competente, a utili-
zação da forma de pregão presencial nas licitações de que trata o caput ou a não adoção do sistema de 
dispensa eletrônica, desde que fique comprovada a inviabilidade técnica ou a desvantagem para a admi-
nistração na realização da forma eletrônica.”
 √ Justificativas aceitáveis para a não realização de Pregão Eletrônico:
 » Fomento à economia local;
 » Indisponibilidade de recursos tecnológicos para a realização de Pregão Eletrônico;
 » A natureza do objeto licitado exige o encaminhamento de amostras para a verificação da qualidade 
dos produtos apresentados.
deCreto FederaL 10.024/19:
“Art. 1º. (...) §3º. Para a aquisição de bens e a contratação de serviços comuns pelos entes federativos, 
com a utilização de recursos da União decorrentes de transferências voluntárias, tais como convênios e 
contratos de repasse, a utilização da modalidade de pregão, na forma eletrônica, ou da dispensa eletrô-
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nica será obrigatória, exceto nos casos em que a lei ou a regulamentação específica que dispuser sobre 
a modalidade de transferência discipline de forma diversa as contratações com os recursos do repasse.”
TOME NOTA!!!
 √ A Instrução Normativa 206/19 (ME) estabelece os prazos para que órgãos e entidades 
da Administração Pública estadual, distrital ou municipal, direta ou indireta, utilizem 
obrigatoriamente a modalidade de Pregão, na forma eletrônica, ou a dispensa eletrô-
nica, quando executarem recursos da União decorrentes de transferências voluntárias, 
tais como convênios e contratos de repasse, para a aquisição de bens e a contratação 
de serviços comuns.
instrução normativa 206/19 (me):
“Art. 1º. Ficam estabelecidos os seguintes prazos para que os órgãos e entidades da administração pública es-
tadual, distrital ou municipal, direta ou indireta, utilizem obrigatoriamente a modalidade de pregão, na forma 
eletrônica, ou a dispensa eletrônica, observadas as regras previstas no Decreto nº 10.024, de 20 de setembro 
de 2019, quando executarem recursos da União decorrentes de transferências voluntárias, tais como convê-
nios e contratos de repasse, para a aquisição de bens e a contratação de serviços comuns:
I. a partir da data de entrada em vigor desta Instrução Normativa, para os Estados, Distrito Federal e entida-
des da respectiva administração indireta;
II. a partir de 3 de fevereiro de 2020, para os Municípios acima de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e entida-
des da respectiva administração indireta;
III. a partir de 6 de abril de 2020, para os Municípios entre 15.000 (quinze mil) e 50.000 (cinquenta mil) habi-
tantes e entidades da respectiva administração indireta; e
IV. a partir de 1º de junho de 2020, para os Municípios com menos de 15.000 (quinze mil) habitantes e enti-
dades da respectiva administração indireta.
§1º. A utilização da modalidade de pregão, na forma eletrônica, ou da dispensa eletrônica, nos termos do 
caput, é ressalvada nos casos em que a lei ou a regulamentação específica que dispuser sobre a modalidade 
de transferência discipline de forma diversa as contratações com os recursos do repasse.
§2º. Será admitida, excepcionalmente, mediante prévia justificativa da autoridade competente, a utilização 
da forma de pregão presencial nas licitações de que trata o caput ou a não adoção do sistema de dispensa 
eletrônica, desde que fique comprovada a inviabilidade técnica ou a desvantagem para a administração na 
realização da forma eletrônica.
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§3º. O uso da modalidade pregão para a aquisição de bens e a contratação de serviços comuns é obrigatório, sendo 
preferencial a utilização em sua forma eletrônica, até que sejam cumpridos os prazos estabelecidos neste artigo.”
TOME NOTA!!!
 √ O Decreto Federal 5.504/05 (objeto de revogação pelo Decreto Federal 10.024/19) 
contemplava regra equivalente, nos seguintes termos:
deCreto FederaL 5.504/05: 
“Art. 1º. Os instrumentos de formalização, renovação ou aditamento de convênios, ins-
trumentos congêneres ou de consórcios públicos que envolvam repasse voluntário de re-
cursos públicos da União deverão conter cláusula que determine que as obras, compras, 
serviços e alienações a serem realizadas por entes públicos ou privados, com os recursos 
ou bens repassados voluntariamente pela União, sejam contratadas mediante processo de 
licitação pública, de acordo com o estabelecido na legislação federal pertinente.
§1º. Nas licitações realizadas com a utilização de recursos repassados nos termos do caput, 
para aquisição de bens e serviços comuns, será obrigatório o emprego da modalidade pre-
gão, nos termos da Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, e do regulamento previsto no 
Decreto nº 5.450, de 31 de maio de 2005, sendo preferencial a utilização de sua forma 
eletrônica, de acordo com cronograma a ser definido em instrução complementar.
§2º. A inviabilidade da utilização do pregão na forma eletrônica deverá ser devidamente justifica-
da pelo dirigente ou autoridade competente. obrigatoriedade da contratação de bens e serviços 
comuns via Pregão, sendo preferencial a realização de Pregão Eletrônico, também para Estados, 
Municípios, Distrito Federal e entidades privadas, quando estes receberem mediante transferên-
cias voluntárias, verbas federais, decorrentes de convênios ou instrumentos congêneres.”
PERGUNTA-SE: E em se tratando das Empresas Estatais?
Pregão versus modos de disPuta da Lei 13.303/16:
Lei 13.303/16: 
“Art. 32. Nas licitações e contratos de que trata esta Lei serão observadas as seguintes diretrizes: (...)
IV. adoção preferencial da modalidade de licitação denominada pregão, instituída pela Lei 10.520/02, para a 
aquisição de bens e serviços comuns... 
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(...)
§3º. As licitações na modalidade de pregão, na forma eletrônica, deverão ser realizadas exclusivamente em 
portais de compras de acesso público na internet.”
=
A preterição do Pregão deverá ser devidamente motivada!!!
Pregão PresenCiaL versus Pregão eLetrôniCo: quando utiLizar
Lei 13.303/16: 
“Art. 51. As licitações de que trata esta Lei observarão a seguinte sequência de fases: (...) 
§2º. Os atos e procedimentos decorrentes das fases enumeradas no caput praticados por empresas pú-
blicas, por sociedades de economia mista e por licitantes serão efetivados preferencialmente por meio 
eletrônico...”
deCreto FederaL 8.945/16 e as estatais Federais: 
“Art. 71. O regime de licitação e contratação da Lei 13.303/16, é autoaplicável, exceto quanto a: (...) 
VI. disponibilização na internet do conteúdo informacional requerido nos art. 32, §3º, art. 39, art. 40 e 
art. 48 da Lei 13.303/16.”
DOUTRINA SELECIONADA: Entendimento de Jessé Torres Pereira Junior e Marinês Restelatto Dotti
“... o que significa que as empresas estatais federais devem estabelecer, em regulamento interno, 
os requisitos e condições necessários à aplicabilidade desse dispositivo.” (In: PEREIRA JUNIOR, Jes-
sé Torres; DOTTI, Marinês Restelatto. COMENTÁRIOS – ARTIGOS 28-67. In: PEREIRA JUNIOR, Jessé Torres et al. 
Comentários à Lei das Empresas Estatais. Lei nº 13.303/16. Belo Horizonte: Fórum, 2018. p. 259).
ENTENDIMENTO DO TCU: 
“Acórdão: (...) 9.3.2. verificou-se (...) a escolha indevida da modalidade Concorrência, do tipo 
técnica e preço, uma vez que não restou demonstrada a impossibilidade da especificação de 
critérios técnico-operacionais que viessem a estabelecer a capacidade mínima razoável de atendi-
mento condizente com os padrões de qualidade, rendimento e produtividade dos serviços que se desejava 
contratar, sendo a jurisprudência do TCU remansosa quanto à obrigatoriedade de utilização da modalidade 
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139
ENTENDIMENTO DO TCU: (continuação)
pregão, de preferência na forma eletrônica, para a contratação de bens e serviços comuns, bem 
como diante do disposto no art. 32, inciso IV, da Lei 13.303/2016;” (TCU. Acórdão 2.853/16).
“Relatório: (...) 11.9. Vale registrar o advento da Lei das Estatais (Lei 13.303, de 30/6/2016), (...) não tira 
a validade das prescrições do Decreto 5.450/2005, ao qual estão subordinados as empresas públicas e 
sociedades de economia mista controladas pela União.” (TCU. Acórdão 1.187/18).
Pregão eLetrôniCo – inoBservânCia:
ENTENDIMENTO DO TCU:
“Não sem razão, esta Corte de Contas, por meio de seu Plenário, tem entendido que a opção 
não justificada pelo pregão presencial em vez do pregão na forma eletrônica, sem a compro-
vação de sua inviabilidade técnica, pode caracterizar ato de gestão antieconômico. (...) O referido 
Decreto, todavia, não estabelece qualquer sanção para o gestor que utilize o pregão presencial em detri-
mento da sua forma eletrônica. De outro lado, entendo que tal obrigatoriedade, fundada tão somente no 
decreto presidencial e não na lei, não tem o condão, por si só, de acarretar a nulidade do procedimento 
licitatório, quando verificado o atendimento ao interesse público por meio do pregão presencial, con-
substanciado na verificação de competitividade no certame com a consequente obtenção do preço mais 
vantajoso para a Administração.” (TCU. Acórdão 2.789/13 – Plenário).
Aspectos positivos do Pregão Presencial: Aspectos desfavoráveis do Pregão Presencial:
 √ Transparência entre os participantes;
 √ Permite melhor aferição das decisões tomadas 
pelo Pregoeiro;
 √ A fase recursal é melhor delimitada;
 √ Estímulo à competitividade local.
 √ Possibilidade de conluio entre os participantes;
 √ Possibilidade de haver redução do universo de 
competidores ante a aplicação da regra dos 10%.
Pregão PresenCiaL versus Pregão eLetrôniCo: PartiCiPação dos LiCitantes
PERGUNTA-SE: 
1. É obrigatória a presença física dos licitantes na sessão de Pregão Presencial?
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2. No Pregão Presencial a Administração Pública pode aceitar o encaminhamento de propostas pelo correio? 
Deve haver previsão no edital para tanto?
3. Na ausência do licitante no Pregão Presencial, restará prejudicada sua intenção de recorrer? E quanto a 
eventuais benefícios da LC 123/06?
ENTENDIMENTO DO TCU:
“No caso de Pregão, o licitante interessado em participar da fase de lances verbais, além de entregar 
os envelopes com a documentação e as propostas por escrito, deve credenciar seu representante 
legal com poderes para oferecer novos preços. (...)caso não tenha interesse em participar da fase de 
lances verbais, pode remeter os envelopes ao órgão ou entidade licitadora da melhor forma que encontrar.” 
(In: TCU. Licitações e contratos: orientações básicas. 3. ed. Brasília: TCU, Secretaria de Controle Interno, 2006).
4. Há um número mínimo de licitantes que deve estar participando do Pregão, para que a licitação seja con-
siderada válida?
DOUTRINA SELECIONADA: Entendimento de Joel de Menezes Niebuhr
“Conquanto a Lei nº 10.520/02 queira fazer com que, no mínimo, três licitantes participem dos lances 
orais, é bem possível não se conseguir este número, bem como não se desenvolver os lances orais. 
(...)
Não se pode dizer, por não haver três licitantes participantes dos lances orais, que a licitação, ainda que 
realizada pela modalidade pregão, foi frustrada. Noutro sentido – uma vez cumpridas todas as formalida-
des legais – a licitação é perfeitamente válida, não obstante conte com apenas um ou dois participantes, 
devendo prosseguir normalmente.” (In: NIEBUHR, Joel de Menezes. Pregão Presencial e Eletrônico. 8. ed. 
Belo Horizonte: Fórum, 2020. p. 224).
ENTENDIMENTO DO STJ:
“Ementa: (...) MODALIDADE PREGÃO ELETRÔNICO – REVOGAÇÃO.
1. Licitação obstada pela revogação por razões de interesse público. 
(...)
3. Falta de competitividade que se vislumbra pela só participação de duas empresas, com ofertas em valor 
bem aproximado ao limite máximo estabelecido.” (STJ. Recurso em Mandado de Segurança 23.402/PR – 
Segunda Turma).
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a Figura do Pregoeiro e da equiPe de aPoio
designação do Pregoeiro: quem Pode ser?
PERGUNTA-SE:
1. Quem dentre essas “classes” de servidores pode ser Pregoeiro?
2. Terceirizado pode ser Pregoeiro?
3. É possível fazer concurso público para ser Pregoeiro?
Lei 10.520/02: 
“Art. 3º. (...) IV. a autoridade competente designará, dentre os servidores do órgão ou entidade promoto-
ra da licitação, o pregoeiro e respectiva equipe de apoio...”
deCreto FederaL 3.555/00: 
“Art. 7º. (...) Parágrafo único. Somente poderá atuar como Pregoeiro o servidor que tenha realizado 
capacitação específica para exercer a atribuição.”
deCreto FederaL 10.024/19:
“Art. 16. (...) §3º. Os órgãos e as entidades de que trata o §1º do art. 1º estabelecerão planos de capaci-
tação que contenham iniciativas de treinamento para a formação e a atualização técnica de pregoeiros, 
membros da equipe de apoio e demais agentes encarregados da instrução do processo licitatório, a serem 
implementadas com base em gestão por competências.”
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deCreto FederaL 5.450/05: “Art. 10. (...) §4º. Somente poderá exercer a função de Pregoeiro o servidor ou o 
militar que reúna qualificação profissional e perfil adequados, aferidos pela autoridade competente.”
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ENTENDIMENTO DO TCU:
“Voto: (...) entendo que uma determinação impondo a utilização apenas Pregoeiro pertencen-
te aos quadros das unidades jurisdicionadas pode ter como efeito a inviabilização de realização 
de Pregão por parte dessas unidades, nos casos em que as mesmas não disponham em seus qua-
dros servidores qualificados para atuar como pregoeiro. Assim, considero mais prudente flexibilizar essa 
determinação no sentido de se excepcionalizar os casos em que as unidades não tenham capacidade de 
cumpri-la pela razão acima exposta.” (TCU. Acórdão 2.166/14 – Plenário).
designação do Pregoeiro: mandato e reCondução
 √ Inexiste na Lei 10.520/02 limitação de tempo/mandato para o desempenho das funções pelo Pregoeiro, 
contrariamente ao que se passa com as Comissões de Licitação, cuja investidura de seus membros limi-
ta-se a um ano. É recomendável, entretanto, o rodízio de servidores. Assim, evita-se a concentração do 
trabalho em uma só pessoa (e também a sobrecarga deste servidor). 
deCreto FederaL 10.024/19:
“Art. 16. (...) §2º. A critério da autoridade competente, o pregoeiro e os membros da equipe de apoio 
poderão ser designados para uma licitação específica, para um período determinado, admitidas recondu-
ções, ou por período indeterminado, permitida a revogação da designação a qualquer tempo.”
designação da equiPe de aPoio: quem Pode ser?
Lei 10.520/02: 
“Art. 3º. (...) IV. a autoridade competente designará, dentre os servidores do órgão ou entidade promoto-
ra da licitação, o pregoeiro e respectiva equipe de apoio...
§1º. A Equipe de Apoio deverá ser integrada em sua maioria por servidores ocupantes de cargo efetivo ou 
emprego da administração, preferencialmente pertencentes ao quadro permanente do órgão ou entidade 
promotora do evento.”
TOME NOTA!!!
 √ Não há limitação legal para o número de membros da Equipe de Apoio;
 √ Não há limitação de tempo/mandato para o exercício das funções da Equipe de Apoio.
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atriBuições da equiPe de aPoio: 
deCreto FederaL 10.024/19: 
“Art. 18. Caberá à equipe de apoio auxiliar o pregoeiro nas etapas do processo licitatório.”
resPonsaBiLização da equiPe de aPoio:
PERGUNTA-SE: A Equipe de Apoio pode ser responsabilizada pelos atos praticados pelo Pregoeiro?
 √ Como regra, não! Eis que a Equipe de Apoio não tem competência para a prática de atos de caráter decisório.
 √ Hipóteses de responsabilização da Equipe de Apoio:
 √ Quando o Pregoeiro for induzido a erro por membro da Equipe de Apoio:
DOUTRINA SELECIONADA: Entendimento de Joel de Menezes Niebuhr
“O pregoeiro é responsável por conduzir a sessão do pregão e, pois, tomar todas as decisões 
pertinentes a ela. A equipe de apoio, por via de consequência, trabalha sob a orientação do pre-
goeiro, auxiliando-o na condução do processo licitatório. Dessa sorte, em princípio, os membros da equipe 
de apoio não devem ser responsabilizados pelos atos praticados pelo pregoeiro, porque eles não decidem 
nada, quem decide é o pregoeiro. 
Em que pese isso, admite-se excepcionalmente a responsabilização dos membros da equipe de 
apoio nos casos de assistência técnica prestada por eles. Ocorre que o pregoeiro pode ser levado 
a tomar certa decisão em razão de parecer técnico de membro da equipe de apoio. Imagine-se 
que pregoeiro, em virtude de parecer de contabilista membro da equipe de apoio, tome a deci-
são equivocada de inabilitar licitante alegando que este desatendeu aos requisitos de qualificação 
econômico-financeira estabelecidos no edital. Ora, o pregoeiro, nesse caso, foi induzido a erro por 
membro da equipe de apoio. Logo, tal membro deve ser responsabilizado administrativamente, 
mediante processo administrativo e pode responder subsidiariamente junto ao Tribunal de Contas 
ou ao Poder Judiciário.” (In: NIEBUHR, Joel de Menezes. Pregão Presencial e Eletrônico. 8. ed. Belo 
Horizonte: Fórum, 2020. p. 128).
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 √ Ausência de comunicação, quando tiver conhecimento de irregularidade:
DOUTRINA SELECIONADA: Entendimento de Marçal Justen Filho
“... os membros da equipe de apoio estão sujeitos às regras gerais acerca de responsabilidade 
civil, penal e administrativa. Ainda que a eles não incumba poder decisório, são responsáveis 
por todas as ações e omissões que praticarem, no âmbito de suas atividades. Mais do que isso, poderão ser 
responsabilizados pessoalmente caso omitam-se a propósito de irregularidades que cheguem a seu conhe-
cimento. Tendo ciência de qualquer desvio na conduta alheia, deverão manifestar-se perante a autoridade 
competente, na primeira oportunidade disponível. 
Não se aplica ao caso a regra do art. 51, § 3º, da Lei de Licitações, eis que os atos da equipe de apoio 
não devem (de regra) ser referidos em ata. Mas nada impede que o membro da equipe de apoio valha-
se da oportunidade da lavratura da ata para manifestar-se acerca da ocorrência de irregularidades. E 
o pregoeiro (a quem incumbe deliberar acerca da ata) não poderá recusar a documentação acerca da 
notícia de atos indevidos – inclusive aqueles a ele próprio imputados. Se o membro da equipe de apoio 
reputar que o pregoeiro praticou irregularidade, poderá comunicar a ocorrência à autoridade superior.” 
(In: JUSTEN FILHO, Marçal. Pregão: comentários à legislação do Pregão Comum e Eletrônico. 6. ed. São 
Paulo: Dialética, 2013. p. 102).
DOUTRINA SELECIONADA: Entendimento de Jessé Torres Pereira Junior e Marinês Restelatto Dotti
“... a equipe de apoio não é imune à responsabilização. Ao tomar conhecimento de algu-
ma irregularidade, inclusive a que fosse eventualmente perpetrada pelo pregoeiro, deve 
solicitar-lhe, formalmente, que seja consignada a ocorrência em ata, sob pena de responder pela 
omissão. A comunicação da ocorrência deve ser feita à autoridade superior em havendo recusa do 
pregoeiro em registrá-la.
Na condição de servidor público, compete ao membro da equipe de apoio, caso se depare com a prá-
tica de ato manifestamente ilegal, recusar se ao seu cumprimento, devendo representar à autorida-
de superior, ex vi do art. 116, incisos IV, VI e XII e parágrafo único, da Lei nº 8.112/1990 (estatuto dos 
servidores da Administração federal direta e autárquica).” (In: PEREIRA JUNIOR, Jessé Torres; DOTTI, 
Marinês Restelatto. Responsabilidade da comissão de licitação, do pregoeiro e de sua equipe de 
apoio. Disponível em: <http://www.editoraforum.com.br/wp-content/uploads/2017/04/Responsa-
bilidade-da-comissao-de-licitacao.pdf>.).
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DOUTRINA SELECIONADA: Entendimento de Marçal Justen Filho
“... os membros da equipe de apoio estão sujeitos às regras gerais acerca de responsabilidade 
civil, penal e administrativa. Ainda que a eles não incumba poder decisório, são responsáveis 
por todas as ações e omissões que praticarem, no âmbito de suas atividades. Mais do que isso, poderão ser 
responsabilizados pessoalmente caso omitam-se a propósito de irregularidades que cheguem a seu conhe-
cimento. Tendo ciência de qualquer desvio na conduta alheia, deverão manifestar-se perante a autoridade 
competente, na primeira oportunidade disponível. 
Não se aplica ao caso a regra do art. 51, § 3º, da Lei de Licitações, eis que os atos da equipe de apoio não 
devem (de regra) ser referidos em ata. Mas nada impede que o membro da equipe de apoio valha-se da 
oportunidade da lavratura da ata para manifestar-se acerca da ocorrência de irregularidades. E o pregoeiro (a 
quem incumbe deliberar acerca da ata) não poderá recusar a documentação acerca da notícia de atos inde-
vidos – inclusive aqueles a ele próprio imputados. Se o membro da equipe de apoio reputar que o pregoeiro 
praticou irregularidade, poderá comunicar a ocorrência à autoridade superior.” (In: JUSTEN FILHO, Marçal. 
Pregão: comentários à legislação do Pregão Comum e Eletrônico. 6. ed. São Paulo: Dialética, 2013. p. 102).
ENTENDIMENTO DO TCU:
“Voto: (...) 8. O Decreto 5.450/2005, em seu art. 12, definiu que “Caberá à equipe de apoio, dentre 
outras atribuições, auxiliar o pregoeiro em todas as fases do processo licitatório”, deixando claro 
que suas atividades são acessórias, destinadas tão-somente a prestar auxílio ao pregoeiro, ao qual, nos 
termos do art. 11, inciso X, do Decreto 5.450/2005, incumbe, em especial, “conduzir os trabalhos da equipe de 
apoio”. Os integrantes da equipe de apoio, por sua vez, dão suporte àquele, mas não praticam atos decisórios e 
não avaliam as questões de mérito do certame, que são formalmente atribuídos ao pregoeiro. Nessa condição, 
sua responsabilidade somente emerge se, na condição de servidores públicos, eventualmente ostentarem, agi-
rem com dolo, cumprirem ordem manifestamente ilegal ou deixarem de representar à autoridade superior na 
hipótese de terem conhecimento de ilegalidade praticada pelo pregoeiro.” (TCU. Acórdão 3.178/16 – Plenário).
 √ Cometimento de fraude:
ENTENDIMENTO DO TCU:
“Voto: (...) 35. A título de subsídio na elaboração e otimização da matriz de responsabilização 
que ora proponho, ressalto haver precedentes do Tribunal no sentido de destacar que os inte-
grantes da equipe de apoio ao pregoeiro não possuem poder decisório, portanto, não respondem 
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ENTENDIMENTO DO TCU: (continuação)
pelas decisões adotadas pelo pregoeiro (v.g.: Acórdãos 64/2004 e 2.341/2012, ambos da 2ª 
Câmara). A equipe de apoio, conforme os normativos aplicáveis, presta assistência necessária 
ao pregoeiro, não participando de ato decisório. Diferentemente é o caso dos membros de Comis-
são de Licitação, os quais decidem em conjunto e, por isso mesmo, são responsáveis juntamente com o 
Presidente da Comissão (art. 51, §3º, da Lei 8.666/1993).
36. Assim, no caso de eventual fraude praticada por integrantes da equipe de apoio a pregoeiro, a atuação 
de cada integrante da equipe de apoio deve estar individualmente descrita e formatada na matriz de res-
ponsabilização.” (TCU. Acórdão 10.041/15 – Segunda Câmara).
 √ Cumprimento de ordem manifestamente ilegal:
ENTENDIMENTO DO TCU: 
Acórdão 3.178/16 – Plenário.
PERGUNTA-SE: Quando começa e quando termina a atuação do Pregoeiro (e respectiva Equipe 
de Apoio)?
designação do Pregoeiro (e equiPe de aPoio) e o PrinCíPio da segregação de Funções:
 √ O agente que edita determinado ato, com vistas à imparcialidade no julgamento, não deve ser também 
responsável pela sua fiscalização (vede: TCU. Acórdão 2.829/15 – Plenário).
ENTENDIMENTO DO TCU: 
“Acórdão: (...) 9.12.1 abstenha-se de designar para compor comissão de licitação o servidor 
ocupante de cargo com atuação na fase interna do procedimento licitatório, em atenção ao 
Princípio da Segregação de Funções” (TCU. Acórdão 686/11 – Plenário).
“Acórdão: (...) 9.4.3. designe servidores distintos para compor comissão de licitação e para efetuar a fis-
calização de contratos, em respeito ao princípio da segregação de funções” (TCU. Acórdão 1.997/06 – Pri-
meira Câmara).
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ENTENDIMENTO DO TCU: (continuação)“Relatório: (...) 5.21. (...) o ato de homologação não é apenas formal; fosse assim, quem condu-
zisse o certame, também o homologaria.” (TCU. Acórdão 915/09 – Plenário).
“Acórdão: (...) 9.2. dar ciência ao (...) e à (...), sobre as seguintes irregularidades identificadas no Pregão 
Eletrônico (...):
9.2.1. participação de (...) e de (...) na fase interna da licitação e na condução do Pregão Eletrônico (...), o 
que evidencia falha na segregação de funções do Instituto, além de afrontar o princípio da moralidade, 
insculpido no caput do art. 37 da Constituição Federal c/c art. 3º, caput, da Lei 8.666/1993; (...)
Voto: (...) A representante alegou as seguintes irregularidades: (...) violação ao princípio da segregação 
de funções, haja vista que servidores participantes da equipe de planejamento da contratação, também 
desempenharam funções de membro da equipe de apoio e de pregoeiro do Pregão Eletrônico (...);
Em relação ao Pregão Eletrônico (...), confirmaram-se irregularidades referentes a deficiência na es-
timativa de preços; inobservância ao princípio da segregação de funções; adjudicação do objeto por 
grupo quando deveria ter ocorrido por item; e atuação do pregoeiro com formalismo exagerado.” (TCU. 
Acórdão 1.278/20 – Primeira Câmara).
 √ Logo, o Pregoeiro é o servidor responsável pela Etapa/Fase Externa do Pregão: desde a publicação do 
edital, até a adjudicação do objeto licitado, quando não houver recurso.
LiCitando Por meio de Pregão...
Fase interna (ou PreParatÓria) do Pregão
SETOR REQUISITANTE
PROCESSO 
ADMINISTRATIVO
Abertura de processo administrativo, com protocolo e numera-
ção (art. 38 da Lei 8.666/93), que deverá conter (art. 3º, incs. I 
e III, da Lei 10.520/02), e que deverá conter:
a) Descrição do objeto pelo Setor Requisitante: é possível exigir uma marca específica de produto?
 √ Mediante justificativa técnica: vide Lei 8.666/93, art. 7º, §5º; Lei 13.303/16, art. 37, inc. I, B;
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 √ Mediante processo prévio de padronização: vide Lei 8.666/93, art. 15, inc. I; Lei 13.303/16, art. 37, inc. I, A;
 √ Como marca referencial: Lei 13.303/16, art. 37, inc. I, C.
b) Justificativa da contratação.
ESTUDO TéCNICO PRELIMINAR 
(QUANDO FOR O CASO – DECRETO FEDERAL 10.024/19, ART. 8º, INC. I).
a) Estabelecimento de critérios para a aceitação das propostas e pelo Setor Requisitante;
b) Estabelecimento dos requisitos de habilitação a serem exigidos;
ORçAMENTO ESTIMADO
 √ Orçamento Estimado e o Pregoeiro:
ENTENDIMENTO DO TCU: 
“Voto: (...) 7. Acrescento que a jurisprudência pacífica do TCU aponta no sentido de que ‘a CPL, 
o Pregoeiro e a Autoridade Superior devem verificar: primeiro, se houve pesquisa recente de 
preço junto a fornecedores do bem e se essa observou critérios aceitáveis’...” (destaques no original) 
(TCU. Acórdão 2.147/14 – Plenário). 
Idem ao teor dos Acórdãos 2.318/17 – Plenário, 4.828/17 – Segunda Câmara e, ainda, 4.464/17 – Segunda 
Câmara.
“Relatório: (...) 16.19 Não são aceitáveis as razões recursais aduzidas pela recorrente, pois na qualidade 
de autora do edital (peça 24, p. 1) e pregoeira faltou com a culpa in vigilando na conferência da formação 
de mapa de cotação prévia de preços com as irregularidades atribuídas omissis. Embora tenha admitido 
expressamente em seu recurso a ocorrência de erros na transcrição de dados da pesquisa de preços para 
o documento mapa de cotação prévia de preços, procura minimizá-los (…) Se, como já mencionado, a 
autoridade homologadora tinha o dever de fiscalizar todo o encadeamento dos atos administrativos cons-
titutivos do procedimento licitatório, com mais razão a autora do edital e pregoeira do certame deveria 
ter se esmerado para que tais erros não tivessem sido evidenciados, em face de sua repercussão negativa 
no objetivo maior da licitação: obter a proposta mais vantajosa à Administração. 16.22. Questões conjun-
turais, a exemplo de greve, carência de recursos humanos e inexistência de atitude dolosa, consoante já 
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ENTENDIMENTO DO TCU: (continuação)
comentado no presente exame, não são capazes de elidir a irregularidade em comento” (TCU. 
Acórdão 3.178/16 – Plenário).
“Voto: (...) 38. Entretanto, em relação à sra. (...), verifico que, na condição de pregoeira, suas atribuições eram 
pertinentes apenas à condução do processo licitatório. Até porque, como visto, a municipalidade possuía 
órgão específico para a cotação dos preços. Assim, por não ser questão simples para o condutor da licitação 
verificar o preço de mercado para centenas de medicamentos, entendo ser desarrazoado exigir que o pre-
goeiro refaça ou reavalie as pesquisas de preços efetivadas pelos setores competentes para isso.
39. Ademais, registro serem diversos os entendimentos jurisprudenciais desta Corte de que as responsabi-
lidades da comissão de licitação/pregoeiro abrangem, em regra, apenas o processamento do procedimen-
to licitatório, nos termos do art. 6º, inciso XVI, da Lei 8.666/1993 e arts 9º do Decreto 3.555/200 e 11 do 
Decreto 5.450/2005 (v.g. Acórdãos Plenário 1.005/2011, 2.914/2012 e 870/2013).
40. Acompanho, pois, nesse caso, o entendimento do Ministério Público junto ao TCU quando aponta que 
o débito não deve ser imputado a essa gestora” (sem grifos no original) (TCU. Acórdão 1.372/19 – Plenário).
“Voto: (...) 21. Especificamente em relação à responsabilidade pela pesquisa de preços cito o seguinte 
precedente jurisprudencial:
‘As pesquisas de preços que dão suporte à elaboração de orçamento, à definição da modalidade de licita-
ção e à efetivação da adequação financeira e orçamentária da despesa, devem ser realizadas previamente 
à adjudicação do objeto e homologação do procedimento.
Não constitui incumbência obrigatória da CPL, do pregoeiro ou da autoridade superior realizar pesquisas 
de preços no mercado e em outros entes públicos, sendo essa atribuição, tendo em vista a complexidade 
dos diversos objetos licitados, dos setores ou pessoas competentes envolvidos na aquisição do objeto.’ 
(Acórdão 4.848/2010-1ª Câmara).
22. Creio, pois, que essa ocorrência não deve justificar a aplicação de sanção ao sr. (...).
IV
23. Trato agora das cláusulas restritivas ao caráter competitivo do certame sem justificativa para tanto 
(exigência de vistoria técnica obrigatória e apresentação de vários atestados de capacitação técnica).
24. Em relação aos srs. (...) e (...) – na condição de pregoeiro e presidente da comissão de licitação – apli-
cam-se os comentários anteriores, no sentido que a complexidade da licitação não tornava exigível a 
detecção dessas falhas, de forma que não devem por elas responder” (destaques no original) (sem grifos 
no original) (TCU. Acórdão 3.213/19 – Primeira Câmara).
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A ser elaborado pelo Setor Requisitante e Departamento 
de Compras.
ORçAMENTO ESTIMADO
PERGUNTA-SE:
1. Existe um nº mínimo de orçamentos a serem acostados aos autos do processo? 
2. Quais são os meios que podem ser utilizados pela Administração paraa obtenção de orçamentos?
3. O orçamento estimado deve ser divulgado?
Lei 8.666/93: 
“Art. 40. (...) §2º. Constituem anexos do edital, dele fazendo parte integrante: (...) II. orçamento estimado 
em planilhas de quantitativos e preços unitários;”
Lei 10.520/02: 
“Art. 3º. (...) III. dos autos do procedimento constarão (...) o orçamento, elaborado pelo órgão ou entidade 
promotora da licitação, dos bens ou serviços a serem licitados;”
deCreto FederaL 3.555/00: 
“Art. 8º. A fase preparatória do pregão observará as seguintes regras: (...)
IV. constarão dos autos a motivação de cada um dos atos especificados no inciso anterior e os indispensáveis 
elementos técnicos sobre os quais estiverem apoiados, bem como o orçamento estimativo e o cronograma 
físico-financeiro de desembolso, se for o caso, elaborados pela Administração;”
deCreto FederaL 10.024/19: 
“Art. 15. O valor estimado ou o valor máximo aceitável para a contratação, se não constar expressamente do 
edital, possuirá caráter sigiloso e será disponibilizado exclusiva e permanentemente aos órgãos de controle 
externo e interno. (...)
§3º. Nas hipóteses em que for adotado o critério de julgamento pelo maior desconto, o valor estimado, o 
valor máximo aceitável ou o valor de referência para aplicação do desconto constará obrigatoriamente do 
instrumento convocatório.”
PERGUNTA-SE: E quanto ao entendimento do TCU???
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ENTENDIMENTO INICIAL DO TCU: 
“Na licitação na modalidade pregão, o orçamento estimado em planilhas de quantitativos e 
preços unitários não constitui um dos elementos obrigatórios do edital, devendo estar inse-
rido obrigatoriamente no bojo do processo administrativo relativo ao certame. Ficará a critério do 
gestor, no caso concreto, a avaliação da oportunidade e conveniência de incluir esse orçamento no edital 
ou informar, no ato convocatório, a sua disponibilidade aos interessados e os meios para obtê-lo” (TCU. 
Acórdão 394/09 – Plenário).
ENTENDIMENTO “REFORMADO” DO TCU: 
“... na hipótese de o preço de referência ser utilizado como critério de aceitabilidade, a sua 
divulgação no edital é obrigatória, nos termos do art. 40, X, da Lei nº 8.666/1993” (TCU. 
Acórdão 2.166/14 – Plenário).
ÚLTIMO ENTENDIMENTO DO TCU: 
“Acórdão: (...) possibilidade de divulgação, no edital, dos preços estimados e as vantagens da 
não divulgação, devendo demonstrar, quantitativamente, os ganhos esperados com a alternati-
va escolhida, se possível” (TCU. Acórdão 2.989/18 – Plenário).
PERGUNTA-SE: E quanto à divulgação do orçamento estimado apenas após a fase de lances?
deCreto FederaL 10.024/19:
“Art. 15. O valor estimado ou o valor máximo aceitável para a contratação, se não constar expressamente do 
edital, possuirá caráter sigiloso e será disponibilizado exclusiva e permanentemente aos órgãos de controle 
externo e interno. (...)
§2º. Para fins do disposto no caput, o valor estimado ou o valor máximo aceitável para a contratação 
será tornado público apenas e imediatamente após o encerramento do envio de lances, sem prejuízo 
da divulgação do detalhamento dos quantitativos e das demais informações necessárias à elaboração 
das propostas.”
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ENTENDIMENTO DO TCU: 
“Sumário: (...) Em sede de licitação, na modalidade pregão, não se configura violação ao princípio 
da publicidade o resguardo do sigilo do orçamento estimado elaborado pela Administração até 
a fase de lances, sendo público o seu conteúdo após esse momento” (TCU. Acórdão 2.080/12 – Plenário).
PERGUNTA-SE: Em se tratando das empresas estatais, o orçamento estimado deve ser divulgado?
Lei 13.303/16 – sigiLo do orçamento estimado = regra:
“Art. 34. O valor estimado do contrato a ser celebrado pela empresa pública ou pela sociedade de economia 
mista será sigiloso, facultando-se à contratante, mediante justificação na fase de preparação prevista no inciso I 
do art. 51 desta Lei, conferir publicidade ao valor estimado do objeto da licitação, sem prejuízo da divulgação 
do detalhamento dos quantitativos e das demais informações necessárias para a elaboração das propostas.
§1º. Na hipótese em que for adotado o critério de julgamento por maior desconto, a informação de que trata 
o caput deste artigo constará do instrumento convocatório.”
TERMO DE REFERêNCIA
 √ Decreto Federal 3.555/00:
“Art. 8º. (...) II. O TR é o documento que deverá conter elementos capazes 
de propiciar a avaliação do custo pela Administração, diante de orçamento 
detalhado, considerando os preços praticados no mercado, a definição dos 
métodos, a estratégia de suprimento e o prazo de execução do contrato;”
deCreto FederaL 10.024/19:
“Art. 3º. Para fins do disposto neste Decreto, considera-se: (...)
XI. termo de referência - documento elaborado com base nos estudos técnicos preliminares, que deverá 
conter:
a) os elementos que embasam a avaliação do custo pela administração pública, a partir dos padrões 
de desempenho e qualidade estabelecidos e das condições de entrega do objeto, com as seguintes 
informações:
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1. a definição do objeto contratual e dos métodos para a sua execução, vedadas especificações excessivas, 
irrelevantes ou desnecessárias, que limitem ou frustrem a competição ou a realização do certame;
2. o valor estimado do objeto da licitação demonstrado em planilhas, de acordo com o preço de mercado; e
3. o cronograma físico-financeiro, se necessário;
b) o critério de aceitação do objeto;
c) os deveres do contratado e do contratante;
d) a relação dos documentos essenciais à verificação da qualificação técnica e econômico-financeira, se 
necessária;
e) os procedimentos de fiscalização e gerenciamento do contrato ou da ata de registro de preços;
f) o prazo para execução do contrato; e
g) as sanções previstas de forma objetiva, suficiente e clara.”
 √ Termo de Referência – Quem elabora? 
 » Setor Requisitante. 
 » Contudo, o ideal seria que se tratasse de uma elaboração “multissetorial”, ante à diversidade de infor-
mações constantes no Termo de Referência. 
 √ Termo de Referência – Quem ratifica? 
 » Autoridade Competente: em geral, o Ordenador de Despesas.
 √ Termo de Referência – O que deve conter?
Indicação do objeto de forma precisa Definição dos métodos de suprimento
Orçamento estimado em planilhas Cronograma físico-financeiro
Critérios de aceitação do objeto Deveres das partes envolvidas
Procedimentos de fiscalização e gerenciamento do contato Prazo de execução Sanções
PERGUNTA-SE:
1. É obrigatória a elaboração de Termo de Referência pelos órgãos/entidades integrantes da 
Administração Estadual, Municipal e Distrital?
2. E, em se tratando das empresas estatais?
3. O Termo de Referência é anexo obrigatório do edital de Pregão?
4. Existe diferença entre Termo de Referência e Projeto Básico?
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ENTENDIMENTO DO TCU: 
“6. Embora constasse do projeto básico anexado ao edital do Pregão Eletrônico (...) os elemen-
tos que devem integrar o Termo de Referência, concordei com a recomendação sugerida pela 
unidade técnica na instrução da representação em foco, uma vez que a Administração deve utilizar os 
termos peculiares à modalidade de licitação que estiver processando, evitando o uso indevido da denomi-
nação Projeto Básico em substituição a Termo de Referência, por ser esta a nomenclatura empregada pelo 
decreto regulamentador do Pregão.” (TCU. Acórdão 5.865/10 – Primeira Câmara). 
AUTORIzAÇÃO PARA “LICITAR”
SETOR DE FINANÇAS
SETOR DE COMPRAS/
LICITAÇõES
AUTORIzAÇÃO DA LICITAÇÃO
ELABORAÇÃO E 
ASSINATURA DO EDITAL
Pela Autoridade Competente, cf. art. 38 da Lei 8.666/93.
Verificação da disponibilidade orçamentária.
Escolha da forma de execução: contratação direta ou via licitação; 
Escolha da modalidade e tipo de licitação.
Autorização da licitação pela Autoridade Superior, que igualmente 
designará o Pregoeiro e a Equipe de Apoio.
Elaborar o edital não é tarefa típica do Pregoeiro!
ENTENDIMENTO DO TCU: 
“Acórdão: (...) 9.5. (...) apresentem razões de justificativa acerca das seguintes irregularidades: 
(...) 9.5.22. elaboração do edital de pregão pelo pregoeiro, em violação ao disposto no art. 3º, 
IV, da Lei 10.520/2002, no art. 9º, I a IX, do Decreto 3.555/2000 e no art. 40, §1º, da Lei 8.666/1993 e ao 
princípio da segregação de funções administrativas;” (TCU. Acórdão 2.448/19 – Plenário).
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o editaL de Pregão – ConteÚdo:
 √ Exigências para a oferta de proposta de preços (Lei 10.520/02, art. 3º, inc. I);
 √ Normas que disciplinarão o procedimento (Lei 10.520/02, art. 4º, inc. III);
 √ Prazo para apresentação de impugnações e esclarecimentos;
 √ Cláusulas do contrato (Lei 10.520/02, art. 3º, inc. I);
 √ Prazo e forma de apresentação de recurso (Lei 10.520/02, art. 4º, inc. XVIII); 
 √ Sanções em geral (Lei 10.520/02, art. 3º, inc. I e art. 7º);
 √ Anexos: Minuta do Contrato, Modelo de Planilha de Custos e Formação de Preços, Modelos de Declara-
ções, etc.
 √ Outros conteúdos pertinentes a cada objeto a ser contratado. Ex.: Acordo de Níveis de Serviço (ANS), 
quando for o caso, nas contratações de serviços continuados.
 √ Definição do objeto (Lei 10.520/02, art. 3º, inc. I);
 √ O MODO DE DISPUTA, em se tratando de Pregão Eletrônico (Decreto Federal 10.024/19, art. 14, inc. III).
 √ Exigências para a habilitação: 
Lei 10.520/02: 
“Art. 4º. (...) XIII. a habilitação far-se-á com a verificação de que o licitante está em situação regular pe-
rante a Fazenda Nacional, o INSS e o FGTS, e as Fazendas Estaduais e Municipais, quando for o caso, com 
a comprovação de que atende às exigências do edital quanto à habilitação jurídica e qualificações técnica 
e econômico-financeira;”
exigênCia de reguLaridade traBaLhista no Pregão:
Lei 8.666/93: 
“Art. 29. A documentação relativa à regularidade fiscal e trabalhista, conforme o caso, consistirá em: (...) 
V. prova de inexistência de débitos inadimplidos perante a Justiça do Trabalho, mediante a apresentação 
de certidão negativa, nos termos do Título VII-A da CLT.” 
Lei 10.520/02: 
 √ Não há previsão.
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deCreto FederaL 10.024/19: 
“Art. 40. Para habilitação dos licitantes, será exigida, exclusivamente, a documentação relativa: (...)
IV. à regularidade fiscal e trabalhista;”
exigênCia da deCLaração de que não emPrega menor no Pregão:
Lei 8.666/93: 
“Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, exclusivamente, documentação 
relativa a: (...) 
V. cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal.”
Lei 10.520/02: 
 √ Não há previsão.
deCreto FederaL 10.024/19: 
“Art. 40. Para habilitação dos licitantes, será exigida, exclusivamente, a documentação relativa: (...)
VI. ao cumprimento do disposto no inciso XXXIII do caput do art. 7º da Constituição e no inciso XVIII do 
caput do art. 78 da Lei nº 8.666, de 1993.”
 √ Pela impossibilidade de exigir: 
DOUTRINA SELECIONADA: Entendimento de Joel de Menezes Niebuhr
“Demais disso, o inciso XIII do artigo 4º da Lei nº 10.520/02, em sentido oposto ao inciso V 
do artigo 27 da Lei nº 8.666/93, não exige, para a habilitação dos licitantes, o cumprimento 
do inciso XXXIII do artigo 7º da Constituição Federal, cujo teor proíbe que menores de dezoito anos tra-
balhem durante o período noturno, em condições perigosas ou insalubres, que menores de dezesseis 
anos exerçam qualquer trabalho, salvo na condição de aprendiz, a partir dos quatorze anos, bem como 
não exige a regularidade trabalhista, prevista no artigo 29 da Lei nº 8.666/93. Daí que tais exigências 
são pertinentes apenas às modalidades da Lei nº 8.666/93 e não à modalidade pregão, que conta 
com sistemática própria de habilitação. A conclusão é que não deveriam ser formuladas em editais 
na modalidade pregão.” (In: NIEBUHR, Joel de Menezes. Pregão Presencial e Eletrônico. 8. ed. Belo 
Horizonte: Fórum, 2020. p. 157).
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DOUTRINA SELECIONADA: Entendimento de Marçal Justen Filho
“Ocorre que a Lei nº 10.520 não contempla referência aos referidos requisitos de habilita-
ção. No tocante à regularidade do trabalho de menores, a Lei nº 10.520 é posterior à Lei nº 
9.854. Ou seja, a vontade legislativa de impor a obrigatoriedade da exigência poderia ter sido expres-
samente prevista no corpo da Lei do Pregão – mas não o foi. Ao contrário, o art. 4º, inc. XIII, da Lei nº 
10.520 contempla um elenco explícito dos requisitos de habilitação, não fazendo alusão à questão do 
trabalho do menor. 
É inquestionável que a Lei nº 8.666 aplica-se subsidiariamente para disciplinar os requisitos de habili-
tação no âmbito do pregão. Mas essa aplicação se produz apenas naquilo em que houver compatibi-
lidade entre os dois diplomas. A Lei 10.520 enumera os requisitos de habilitação exigíveis no âmbito 
do pregão. Determina, de modo explícito, que a habilitação será promovida mediante a verificação 
dos requisitos de regularidade fiscal e comprovação dos requisitos editalícios de habilitação jurídica e 
qualificação técnica e econômico-financeira. Essa disciplina não pode ser reputada como meramente 
exemplificativa. Trata-se de um elenco exaustivo. Nesse ponto, há uma orientação insuperável, no sen-
tido de que os requisitos de habilitação admissíveis nas licitações – em qualquer modalidade, inclusive 
no pregão – são apenas aqueles previstos e facultados em norma legal. O edital não pode ampliar o 
elenco de requisitos de habilitação.
Portanto, a ausência de expressa previsão legislativa sobre o trabalho do menor como requisito 
de habilitação para o pregão acarreta a inviabilidade de sua exigência.” (In: JUSTEN FILHO, Marçal. 
Pregão: Comentários à Legislação do Pregão Comum e Eletrônico. 6. ed. São Paulo: Dialética, 2013. 
p. 126-127).
 √ Pela

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