Buscar

Aula 1 trajetoria da medicina antroposofica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AULA 1 
ANTROPOSOFIA 
APLICADA À SAÚDE 
Prof.ª Iracema de Almeida Benevides
2 
 
 
CONVERSA INICIAL 
O presente curso é dirigido a profissionais de saúde, e tem como objetivo 
apresentar uma visão global da Medicina Antroposófica como um sistema 
médico complexo, que integra o panorama das Práticas Integrativas e 
Complementares em Saúde (PICS). 
Nessas cinco aulas interativas, o aluno irá: 
 conhecer as principais características do sistema da Medicina 
Antroposófica, com histórico e pioneiros no mundo e no Brasil; 
 conhecer os conceitos básicos que orientam o sistema e os conceitos de 
saúde e doença nessa perspectiva; 
 compreender o escopo de atuação das diferentes profissões da saúde 
orientadas pela Antroposofia, com doferentes formações; 
 compreender como a Medicina Antroposófica pode complementar a 
abordagem convencional em algumas situações de saúde; 
 conhecer os princípios da Medicina Antroposófica para o bem-estar e a 
melhoria da qualidade de vida. 
O sistema médico-terapêutico que será apresentado nesse curso foi 
desenvolvido na Europa no início do século XX, como uma ampliação da abordagem 
convencional em saúde, tendo como pilares a abordagem individualizada de cada 
paciente, considerando sua totalidade: constituição física, história de vida, 
desenvolvimento e saúde emocional e mental, relação com religiosidade e 
espiritualidade, além da sua relação com a natureza. Ou seja, é uma abordagem 
cuja visão considera o ser humano em sua integralidade, como corpo, alma e 
espírito. 
O termo Medicina e Terapias Antroposóficas (MTA) refere-se a profissões 
da saúde e abordagens terapêuticas que foram desenvolvidas com base na 
Antroposofia. Desde o seu surgimento, esse sistema adota um modelo de 
atuação multiprofissional. Além da medicina, outras profissões da saúde que 
foram ampliadas são: enfermagem, odontologia, nutrição e psicologia. A terapia 
artística antroposófica, a massagem rítmica, a euritmia, a quirofonética, a 
reorganização neurofuncional e o aconselhamento biográfico são exemplos de 
3 
 
 
abordagens novas, inspiradas nesse conhecimento. A nomenclatura PICS 
corresponde, no Brasil, ao termo, recorrente na literatura internacional, 
Traditional Medicine/Complementar and Alternative Medicine (TM/CAM), que 
recentemente foi alterado para Traditional Complementary and Integrative 
Medicine (TCIM), pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 
Sobre as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), é 
importante ressaltar que abrangem os sistemas médicos complexos e os 
recursos terapêuticos. A sociológica Madel Luz (2000; 2005), desenvolveu o 
conceito de Racionalidades Médicas, e descreveu o fenômeno da “crise da 
saúde”, como um dos fatores relacionados ao aumento da demanda pelas 
medicinas integrativas e complementares. Por considerarem o indivíduo em sua 
totalidade, as abordagens integrativas e complementares são consideradas mais 
eficientes, gerando satisfação e bem-estar. 
Barros (2000; 2008) pesquisou os referenciais que compõem o modelo 
integrativo de cuidados em saúde, destacando que são fundamentados no 
vínculo e na empatia, no conceito de que o paciente deve estar no centro do 
cuidado, em uma visão ampliada do processo de saúde e doença, com base em 
evidências científicas. As profissões da saúde estão construídas sobre o modelo 
biomédico, que valoriza a dimensão biológica dos fenômonos, a fragmentação e 
a especialização do conhecimento. 
TEMA 1 – ORIGENS DA MEDICINA ANTROPOSÓFICA 
A palavra antroposofia tem origem no idioma grego e significa “sabedoria 
sobre o ser humano”. Esse nome foi atribuído por Rudolf Steiner (1861-1925), 
filósofo e professor austríaco que desenvolveu as bases desse conhecimento e 
movimento cultural e científico do século XX, que busca integrar ciência, arte e 
espiritualidade. Ele propôs iniciativas para vários campos de atuação, entre eles 
educação, medicina, arquitetura e agricultura. Steiner conferiu ênfase especial 
ao desenvolvimento de um novo olhar para as ciências, propondo um paradigma 
que revitalizasse o racionalismo dominante no pensamento europeu a partir do 
século XVI. 
Um importante capítulo nessa trajetória de estudos do filósofo, que 
acompanha o método de pensamento da Antroposofia até os dias de hoje, é a 
4 
 
 
fenomenologia proposta por Goethe (Johann Wolfgang von Goethe, 1749-1832). 
Além de poeta e escritor, Goethe era também cientista natural, e seus estudos 
sobre a natureza apontavam para as metamorfoses presentes nas espécies 
vegetais e animais. Observar a natureza com o olhar desenvolvido por Goethe é 
um recurso muito utilizado para o estudo das plantas medicinais, por exemplo. 
Na filosofia, Steiner destacava a riqueza de possibilidades presentes no 
pensamento humano, e sobretudo a liberdade humana. Os seres humanos são 
parte integrante da natureza, porém estão em uma condição diferente de 
minerais, vegetais e animais, por seu pensar, sentir e agir. Essa qualidade do 
pensar sobre si e sobre o mundo é resultado da presença, em nós, de uma 
essência (espiritual) denominada “Eu” humano, responsável também pela nossa 
individualidade. 
Em relação ao sentir, outro aspecto de grande relevância para a 
Antroposofia é a inclusão das diferentes formas de arte na vida humana: 
desenho, pintura, música, canto, teatro, movimentos. A arte fala diretamente à 
nossa alma, nosso sentir, nossas emoções. Uma forma artística especialmente 
desenvolvida no âmbito da Antroposofia é a Euritmia. Em relação ao “agir”, 
Steiner ressaltou que o mais importante é que o conhecimento pudesse 
influenciar áreas práticas e campos do conhecimento. Assim, diversos saberes 
foram influenciados pela Antroposofia: a Pedagogia Waldorf, a Agricultura 
Biodinâmica e a Medicina Antroposófica são apenas algumas dessas áreas. 
Figura 1 – Steiner e Wegman 
 
Crédito: CC/PD. 
5 
 
 
Na Medicina, o desenvolvimento da “arte médica ampliada pela 
Antroposofia” ou Medicina Antroposófica, origina-se do trabalho conjunto da 
médica holandesa Ita Wegman (1876 – 1943) com o doutor Rudulf Steiner. Os 
conceitos e princípios da Medicina Antroposófica serão desenvolvidos mais 
adiante. 
Ita Wegman foi a médica responsável pelo desenvolvimento das bases da 
Medicina Antroposófica em conjunto com Steiner. Escreveram juntos o livro 
Elementos fundamentais para uma ampliação da arte de curar. Propôs 
aplicações para enfermagem, massagem e diversas terapias antroposóficas. 
Saiba mais 
Para conhecer um resumo das biografias de Rudolf Steiner e Ita Wegman, 
acesse: 
HISTÓRIA e fundadores. ABMA – Associação Brasileira de Medicina 
Antroposófica. Disponível em: <http://abmanacional.com.br/institucional/a-
medicina-antroposofica/historia-e-%20fundadores/>. Acesso em: 1 ago. 2019. 
TEMA 2 – A TRAJETÓRIA DA MEDICINA ANTROPOSÓFICA NO BRASIL 
A medicina antroposófica teve seu início, no Brasil, em 1956, na cidade 
de São Paulo (SP), pelas mãos de Gudrun Kröekel Burkhard, médica brasileira 
formada pela Universidade de São Paulo (USP). Ela conheceu a Antroposofia 
por meio de seu pai, Walter Kröekel, que era terapeuta naturista. 
Gudrun realizou sua formação nessa abordagem em uma instituição de 
medicina antroposófica pioneira, e posicionada entre as mais prestigiosas da 
Europa, a Clínica Ita Wegman (atualmente Clínica Arlesheim), situada na Suiça. 
Ela é autora de vários livros, dentre eles Novos Rumos da Alimentação, Tomar 
a vida nas próprias mãos e Bases Antroposóficas da Metodologia Biográfica. 
Nos primeiros anos, a Dra. Gudrun atendia seus pacientes no Instituto 
Weka, fundado e dirigido por seu pai, Walter Krökel. Atuava como 
médica generalista, ampliando com a prática da Medicina 
Antroposófica. Em paralelo, atuou como médica escolar na escola 
Waldorf Higienópolis (atualmente Escola Waldorf Rudolf Steiner). 
Nesse período os medicamentos antroposóficos ainda não eram 
produzidos no país e ospacientes os importavam da Alemanha ou 
Suíça. Atendia também pacientes oncológicos que desejavam utilizar 
o Viscum album como tratamento complementar do câncer. Algumas 
6 
 
 
vezes viajou para outros estados como no Rio Grande do Sul, Santa 
Catarina e, também, outros países como o Chile, para tratar de 
pacientes com câncer. (Benevides, 2017) 
Em 1969, com o apoio da Associação Beneficente Tobias, a Dra. Gudrun 
inaugura a primeira clínica de Medicina Antroposófica no Brasil, a Clínica Tobias, 
situada no bairro Alto da Boa Vista, na capital de São Paulo, com oito leitos para 
internação. A Clínica Tobias passa a congregar um significativo número de 
médicos antroposóficos, além de profissionais das terapias antroposóficas 
(terapia artística, massagem rítmica, euritmia e outras): 
Cresce o anseio pela expansão do trabalho multidisciplinar e, em 1967, 
após esforços para aquisição do terreno no Alto da Boa Vista, em São 
Paulo, é colocada a Pedra Fundamental da Clínica Tobias. Esse 
impulso é concomitante com a criação da Associação Beneficente 
Tobias, que vem a ser a proprietária e mantenedora do patrimônio. A 
inauguração da clínica acontece na época de Pentecostes de 1969. 
(Benevides, 2017) 
Os cursos para médicos, no país, começaram a abordar a prática clínica 
antroposófica no final dos anos 1980, com a vinda do Dr. Otto Wolff, médico 
antroposófico alemão. Houve então a criação da Associação Brasileira de 
Médicos Antroposóficos (ABMA), incentivada pela também médica alemã Dra. 
Rita Leroi, durante sua segunda visita a São Paulo, em 1982. 
Nos anos 1990, houve ampliação com a instituição de cursos livres, porém 
com carga horária compatível com cursos de pós-graduação lato sensu em 
diferentes regiões. Conforme podemos ler no capítulo em Luz e Afonso (2014), 
a formação médica é a primeira formação a ser estruturada no Brasil, tendo a 
ABMA como entidade responsável por esse processo. Além da formação 
médica, outras formações são impulsionadas, como é o caso da Terapia Artística 
Antroposófica, da Massagem Rítmica, além de Psicologia e Odontologia, para 
citar alguns exemplos. 
Futuramente vamos abordar a formação nas Terapias Antroposóficas e 
demais profissões da saúde ampliadas pela Antroposofia. 
TEMA 3 – TRAJETÓRIA DA MEDICINA ANTROPOSÓFICA NO CONTEXTO 
SOCIAL 
A trajetória da MA no âmbito social e comunitário está descrita por 
Benevides (2018), que situa seu início nos anos 1970, na favela Monte Azul em 
7 
 
 
São Paulo (SP), com ações de atenção primária a saúde (APS) realizadas por 
profissionais com perfil generalista: 
O ambulatório médico terapêutico da Associação Comunitária Monte 
Azul contribuiu para inspirar e formar muitos profissionais de saúde, 
médicos e terapeutas, adaptando a MTA ao público com poucos 
recursos financeiros. O Ambulatório passou por muitos processos de 
aprimoramento e mantém-se ativo como espaço de formação prática, 
acolhendo profissionais das diversas formações antroposóficas na 
área da saúde e também profissionais das PICS da Secretaria 
Municipal de Saúde do município. 
Um marco histórico no processo de institucionalização da MA foi a 
realização de concursos públicos para médicos antroposóficos no 
município de Belo Horizonte, nos anos de 1994 e 1996 no PRHOAMA 
– Programa de Homeopatia, Acupuntura e Medicina Antroposófica, 
sendo criadas quatro vagas para médicos antroposóficos. 
A experiência no município de São João Del Rei, em Minas Gerais, 
iniciada também na década de 1990 tem sido um importante destaque 
da MA no âmbito da APS no SUS, tendo alcançado a criação do Centro 
de Referência de Medicina Antroposófica, desenvolvido e 
implementado um modelo próprio de aplicação de terapias externas 
antroposóficas, viabilizado a assistência farmacêutica e atividades de 
plantio das espécies medicinais, além de um marcante trabalho de 
envolvimento comunitário através da Associação Comunitária 
Yochanan. 
Outro importante espaço pioneiro de prática da Medicina Antroposófica 
com caráter iminentemente público e social é a iniciativa mantida pela 
Associação Antroposófica Estada Real (AAER), fundada em 2005 no município 
de Matias Barbosa (MG): o Ambulatório de Práticas Integrativas e 
Complementares em Saúde (APICS). 
TEMA 4 – A MEDICINA ANTROPOSÓFICA NA PNPIC E NO SUS 
Em 2006, a Medicina Antroposófica foi incluída na Política Nacional de 
Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), publicada por meio da Portaria 
n. 971/2006, no formato de Observatório das experiências de MA no SUS, após 
aprovação da Portaria n. 1.600/2006, que posteriormente passou a ser 
considerada como parte integrante da PNPIC. 
Citando Benevides (2018): 
A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares 
(PNPIC) foi criada por meio da Portaria nº 971 em maio de 2006 
contemplando a Fitoterapia, a Homeopatia e a Medicina Tradicional 
Chinesa/Acupuntura. O Termalismo e a Crenoterapia foram incluídos 
em um segundo momento, da mesma forma que a MA, contemplada 
na forma de Observatório das experiências de MA no SUS em uma 
portaria específica, nº 1.600/2006, passando a ser considerada como 
parte integrante da PNPIC. [...] 
8 
 
 
Entre os códigos que a Portaria nº 85/2006 criou, o código 134-007 
possibilita a identificação de serviços com PICS orientadas pela 
Antroposofia no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde 
(CNES). Isso representou um avanço quanto ao registro da presença 
desse tipo de serviço e dos profissionais em atuação nos mesmos. 
Após doze anos de PNPIC, em março de 2018 houve um avanço normativo 
com a publicação da portaria GM 702 de 21 de março de 2018, que 
institucionalizou dez novas abordagens de PICS no SUS, alterando a inserção 
original do Termalismo Social / Crenoterapia e da Medicina Antroposófica / 
Antroposofia Aplicada à Saúde. A condição de Observatório definida na Portaria 
n. 1600 de 2006 foi substituída por uma inserção plena, que descreve diversas 
modalidades e abodagens incluídas no sistema da Medicina Antroposófica: 
terapia medicamentosa, Terapias Externas Antroposóficas, Banhos 
Terapêuticos (esses dois últimos são parte da Enfermagem Antroposófica), 
Massagem Rítmica, Terapia Artística Antroposófica, Euritmia, Quirofonética, 
Cantoterapia e Aconselhamento Biográfico. 
Atualmente, é possível registrar as ações do sistema da Medicina 
Antroposófica nos sistemas de informação do SUS. 
TEMA 5 – REGULAMENTAÇÃO DOS MEDICAMENTOS ANTROPOSÓFICOS 
O sistema da Medicina Antroposófica desenvolveu um conceito para a 
criação de medicamentos, campo da farmácia antroposófica. As substâncias 
minerais, vegetais e animais são transformadas em medicamento, seguindo 
protocolos específicos descritos em farmacopeias. 
A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n. 26/2007, pela Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), contempla o registro de medicamentos 
dinamizados industrializados homeopáticos, antroposóficos e anti-homotóxicos. 
Em 2018, a Anvisa atualizou e ampliou a descrição e normatização para 
os medicamentos antroposóficos por meio dos seguintes instrumentos: RDC 
238/18; IN 25/18, IN 26/18 e 27/18. 
 
 
 
9 
 
 
REFERÊNCIAS 
BARROS, N. F. A Construção da Medicina Integrativa: um desafio para o 
campo da saúde. São Paulo: Hucitec, 2008. 
_____. A Construção de novos paradigmas na medicina: a medicina alternativa 
e a medicina complementar. . In: CANESQUI, A. M. (Org.). Ciências sociais e 
Saúde para o Ensino Médico. São Paulo: Fapesp, 2000. p. 201-213. 
BENEVIDES, I. Histórico da Medicina Antroposófica no Brasil: dos primeiros 
anos até a fundação da ABMA. ABMA – Associação Brasileira de Medicina 
Antroposófica, 3 out. 2017. Disponível em: 
<http://abmanacional.com.br/memoria-abma/historico-da-medicina-
antroposofica-no-brasil-dos-primeiros-anos-ate-a-fundacao-da-abma/>. Acesso 
em: 1 ago. 2019. 
_____. Medicina e terapias antroposóficas em 12 anos da Política Nacional de 
Práticas Integrativas eComplementares: Conceitos, normativas e resultados. 
Arte Médica Ampliada, v, 1, p. 30-34, 2018. 
BRASIL. Ministério da saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. Revista Brasileira de Saúde da Família, ano IX, ed. especial, 
2008. 
CANÇADO M. R. R.; GONÇALVES, C. G.; SOARES I. A. Atendimentos em 
Medicina Antroposófica no SUS (Sistema Único de Saúde) em Belo Horizonte. 
Revista Arte Médica Ampliada, 2000. 
DE SIMONE et al. Observatório dos serviços de medicina antroposófica no SUS 
resulatdos parciais do monitoramento no período 2009-2011. LUZ, M. T; 
AFONSO, V. W. (Orgs). Medicina Antroposófica como Racionalidade Médica 
e prática integral de cuidado à saúde. Juiz de Fora: UFJF, 2014. 
FOLLADOR, E. C. R. Medicina Antroposófica: um novo paradigma para as 
questões da medicina moderna. Rev. Med., v. 92, n. 3, p. 166-72, 2013. 
IBAÑEZ, N.; MARSIGLIA, R. Medicina e Saúde: um enfoque histórico. In: 
CANESQUI, A. M. (Org.). Ciências sociais e Saúde para o Ensino Médico. 
São Paulo: Fapesp, 2000. p. 49-73. 
10 
 
 
IVAA – International Federation of Anthroposophic Medical Associations. The 
System of Anthroposophic Medicine. Brussels: IVAA, 2014. 
KIENLE, G. S. et al. Anthroposophic Medicine: An Integrative Medical System 
Originating in Europe. Global Advances in Health and Medicine, v. 2, n. 6, p. 
20-31, 2013. 
LUZ, M. T. Cultura contemporânea e medicinas alternativas: novos paradigmas 
de saúde no fim do século XX. Physis (Rev. Saúde Coletiva), supl. 15, p. 145-
176, 2005. 
_____. Medicina e Racionalidades Médicas: estudo comparativo da Medicina 
Ocidental Contemporânea, Homeopática, Tradicional Chinesa e Ayurvédica. In: 
CANESQUI, A. M. (Org.). Ciências sociais e Saúde para o Ensino Médico. 
São Paulo: Fapesp, 2000. p.181-200. 
LUZ, M. T; AFONSO, V. W. (Orgs). Medicina Antroposófica como 
Racionalidade Médica e prática integral de cuidado à saúde. Juiz de Fora: 
UFJF, 2014. 
WHO – World Health Organization. Global strategy on traditional and alternative 
medicine. Public Health Reports, v. 117, n. 3, p. 300-1, 2002. 
_____. Traditional Medicine Strategy: 2014-2023. Hong Kong: WHO, 2013.

Outros materiais