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UNIVERSIDADE ANHANGUERA- UNIDERP Trabalho de conclusão de Curso II requisito básico para a conclusão de curso de Letras da Universidade Anhanguera- Uniderp A IMPORTÂNCIA DA LEITURA Andréa Marques de Souza Lucimara Andre dos Santos Maria Débora de Lima Marinalva de Souza Meire Andre dos Santos Miller Orientadora Professora Marcia Gaiarin. BONITO-MS MAIO/2014 SUMÁRIO Resumo................................................................................................................01 1-Introdução........................................................................................................03 2-Um bem precioso a leitura................................................................................04 3-. Os diagnósticos de aprendizagem e a leitura.................................................10 4- As dificuldades de aprendizagem e como utilizar a leitura como suporte......11 5- Considerações finais.......................................................................................13 Referências..........................................................................................................15 : 1 1A IMPORTÂNCIA DA LEITURA ¹Andréa Marques de Souza Lucimara Andre dos Santos Maria Débora de Lima Meire Andre dos Santos Miller Resumo. O trabalho a seguir tem como objetivo tratar sobre a importância da leitura. Em estudos realizados, projetos em alfabetização, impulsionaram-me a aprofundar o estudo e reflexões sobre leitura no processo de alfabetização. Além de ensinar a pensar criticamente, diversas questões podem impulsionar suas relações sociais. O ato de ler pode fornecer ao leitor o acesso a informações, a ampliação do vocabulário, o desenvolvimento da criatividade e o interesse à busca pelo conhecimento de assuntos variados. O processo de aprendizagem da leitura e da escrita para a criança, precisa ter significado, para que ela possa se interessar pelo que está aprendendo. Elas passam a prestar atenção à leitura e à escrita das palavras quando estas começam a fazer sentido no texto. Lamentavelmente, o hábito da leitura não é uma constante entre os brasileiros. Elaboramos várias formas de incentivar o aluno, com vários tipos de projetos, como, as rodas de leitura, que podem ser eficazes em qualquer idade, com leitura coletiva e individual, com objetos. Mesmo existindo diversas metodologias e estratégias, cabe ao professor e a escola proporcionar a formação do educando para que o mesmo aprenda a ler.O trabalho a seguir está fundamentando nas concepções de Jolibert e colaboradores (1994), Barboza (1994) e Paulo Freire (2008). Estas referências tratam o processo de alfabetização e leitura numa perspectiva histórica e sociológica, tratando da formação de leitores do desenvolvimento da língua no desenvolvimento desde estudo, nosso ponto de vista é de que a escola tem um papel fundamental na relação que o aluno estabelece com a leitura pois é responsável por esta formação. Devemos desde o início estimular o uso da literatura infantil como elemento importante para a formação do leitor nas séries iniciais, estimular ainda o trabalho com a oralidade no texto literário, aproveitando o universo infantil para as várias possibilidades de leitura. È evidente que para dar início a leitura não tem idade certa pode ser iniciado desde muito cedo, utilizando os livros infantis, contos, etc. No inicio através de leitura de imagens de histórias contadas de um simples folhear de um livro. As histórias infantis são de extrema importância para o desenvolvimento da leitura, através de uma história ou conto, a criança pode conhecer coisas novas, para que efetivamente sejam iniciados a construção da linguagem, da oralidade, idéias, valores e sentimentos, os quais ajudarão na sua formação pessoal. A leitura tem a capacidade de expandir o universo dos pequenos em termos de conhecimento, de experiência e de emoções, sendo fundamental para que a criança cresça e se desenvolva com plenitude. Com isso elas poderão viajar em um mundo desconhecido através da imaginação. A prática da leitura se faz presente em nossa vida desde o momento em que começamos a compreender desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas que nos cercam, de perceber o mundo sob diversas, perspectivas de 1 Andréa Marques de Souza. Lucimara Andre dos Santos, Maria Débora de Lima, Marinalva de Souza, Meire Andre dos Santos Miller. Email: andreams_bto@hotmail.com – Graduação em Letras pela Universidade Anhanguera – Uniderp. Orientadora Márcia Gaiarin. 2 realidade, ficcional com a que vivemos no contrato. Leitura não corresponde a uma simples atividade de decodificação de símbolos, mas significa de fato interpretar e compreender o que se ler. Segundo Vygotsky (1993), o único bom ensino é o que transmite ao aluno aquilo que o aluno não pode descobrir sozinho. Palavras- chave: Leitura, Professor, Aluno. Abstract. The following work aims to address the importance of reading. In studies , literacy projects , spurred me to further study and reflections on reading in the literacy process . Apart from teaching to think critically , various issues can boost their social relationships . The act of reading can provide the reader with access to information , expanding vocabulary, developing creativity and interest to the search for knowledge of various subjects . The learning process of reading and writing for children , must have meant , so she can be interested in what is learning . They start to pay attention to the reading and writing of words when they begin to make sense in the text . Unfortunately , the habit of reading is not a constant among Brazilians. We developed various ways to encourage students with various types of projects, such as the reading groups , which can be effective at any age , with collective and individual reading with objects . Even though there are various methods and strategies , it is up to the teacher and the school providing elementary education for it to learn to work ler.O following reasons are the conceptions of Jolibert and colleagues (1994 ) , Barbosa (1994 ) and Paulo Freire (2008 ) . These references are about the process of literacy and reading a historical and sociological perspective , dealing with the formation of readers of language development in developing long study , our view is that the school has a key role in the relationship that the student establishes with the reading it is responsible for this training . We must from the beginning to encourage the use of children's literature as important for the formation of the early reader series element, yet stimulating work with orality in literary text , taking advantage of the infant universe to the various possibilities of reading. It is evident that to start reading no certain age can be started very early , using children's books , stories , etc. . At the start through reading stories pictures of a simple flip through a book . The children's stories are of utmost importance for the development of reading through a story or tale, the child can learn new things , so you are effectively started the construction of language, oral language, ideas , values and feelings, which will help in your personal training. Reading has the ability to expand the universe of small in terms of knowledge , experience and emotions , being essential for the child to grow and develop with fullness . With that they can travel in an unknown world through imagination . Reading practice is present in our lives from the moment we begin to understand the desire to decipher and interpret the meaning of the things that surround us , to perceive the world from diverse perspectives of reality , we live in the fictional with the contract. Reading does not correspond to a simple activity to decode the symbols , but actually means to interpret and understand what is read. According to Vygotsky (1993 ) , the only good teaching is what transmits the student what the student can not figure it out myself . Keywords: Reading,Teacher, Student. 3 1- INTRODUÇÃO Para realizar este trabalho, buscamos autores que desenvolveram seus estudos e pesquisas sobre a leitura no processo de alfabetização, com o objetivo de aprimorar estudos e conhecimentos indispensáveis para o professor alfabetizador, pois podem assim aprimorar a sua criatividade necessária nas atividades práticas relacionadas ao ensino da leitura em sala de aula. Para que tenhamos êxito precisamos de mudanças, sem dúvidas, mas em contrapartida também percebemos em nossos alunos o hábito da cópia e a falta de senso crítico, com um agravante ainda maior, nossos alunos não leem, por isso escrevem mal, não interpretam e contribuem para estáticas do analfabetismo funcional. Veja o que Freinet se referia ao que hoje denominamos analfabetismo funcional: (...) Observem, diante de um livro ou de uma página de jornal, a criança que aprendeu a ler segundo o método tradicional; faz um grande esforço de reconhecimento das peças a desmontar que combina laboriosamente. A mecânica funciona: lê de uma maneira certa, sem erros de pronúncia. Mas perguntem-lhe o sentido daquilo que leu: terá de reler o texto para compreender, porque o lera da primeira vez para o decifrar. (FREINET, 1977a,p.54) Como pode perceber, Freinet atribuía a essa questão uma abrangência ainda maior do que aquela com que acostumamos trabalhar, ao se referir a um número significativo de pessoas que decifram bem a escrita, porém não conseguem ter uma posição crítica ou reflexiva sobre aquilo que acabaram de ler. É nesse sentido que precisamos aprofundar nossa compreensão do que seja mais genuinamente “aprender a ler e escrever”. Deve ser estimulado o hábito de ler na infância para que o indivíduo aprenda desde pequeno que ler é algo importante e prazeroso, assim com certeza ele será um adulto culto dinâmico e perspicaz, tendo um amplo e diversificado conhecimento. Quando a criança começa frequentar a escola, a criança passa a ser orientada pelo professor, que apresenta a ela o mundo das palavras, portanto, cabe a ele criar situações e gerar incentivos para que a prática da leitura seja efetivada, despertando o interesse e a curiosidade por tal prática. A escola deve oferecer suporte para seus alunos e professores como bibliotecas, com acervos de livros, entre outros, com a finalidade de incentivar a leitura, onde os alunos e os professores possam desenvolver suas habilidades literárias. 4 Ter bons livros, que chamem à atenção das crianças e adultos é uma peça fundamental para se conseguir bons leitores, através da curiosidade alcançaremos o objetivo que é a leitura. Sermos também visto como exemplo na leitura é fundamental, para isso devemos mostrar-nos interessados também pela leitura. Segundo Freire (1982), uma vez que a leitura é apresentada a criança ela deve ser minuciosamente decifrada, trabalhada, pois na maioria das vezes as crianças têm um contato imediato com a palavra, mas a compreensão da mesma não existiu. Para tanto se faz necessário apresentar o que foi descrito por tal palavra, de forma que esse objeto proporcione sentido à ela, pois dessa maneira a busca e o gosto pelo mundo das palavras, isto é, da leitura e da escrita, se intensifica. Logo, a leitura ganha vida e a criança adquire o hábito de sua prática. O que faz de uma criança um bom leitor, certamente é o incentivo tanto da família como do professor, isso se faz com uma boa biblioteca na escola, onde o professor coloca uma diversidade de livros ao alcance da criança ou em casa onde os pais incentivam os filhos a ler, lendo e fornecendo um bom acervo de livros diversificados que aguçam a curiosidade dos mesmos. Um dos principais instrumentos para que o indivíduo construa o seu conhecimento é a leitura, com ela o individuo aprende a exercer sua cidadania. É notório também que a leitura é uma peça fundamental para que a pessoa seja um bom escritor, pois bons leitores são bons escritores. A leitura é algo importante, ela desenvolve no indivíduo o senso crítico, sendo importante ir além da leitura das letras. 2- UM BEM PRECIOSO A LEITURA Mesmo a leitura fazendo parte da vida humana há muito tempo, nem todo mundo tem o domínio dela, sendo necessário um maior incentivo para que as pessoas se dediquem mais ao ato de ler, aumentando assim o seu conhecimento. Em se tratando da importância da leitura em nossa vida, percebemos que falta algo mais para que esse bem precioso esteja ao alcance de todos indiferentes de posição social, cor, credo, raça ou religião. Somente através da leitura o homem conseguirá ter uma vida mais digna e completa. 5 A interação leitor-texto se faz presente desde o início de sua construção. Nas trilhas do mesmo entendimento, Souza (1992) afirma: Leitura é, basicamente, o ato de perceber e atribuir significados através de uma conjunção de fatores pessoais com o momento e o lugar, com as circunstâncias. Ler é interpretar uma percepção sob as influências de um determinado contexto. Esse processo leva o indivíduo a uma compreensão particular da realidade (p. 22) Para que haja um maior interesse por parte dos alunos pela leitura é fundamental o incentivo feito pelo professor e pela família. Apresentar vários tipos de livros, com literatura variada, ajuda a criança na hora de escolher o que vai ler. O professor deve procurar os gostos de seus alunos, desafiando-os com várias atividades inovadoras, escolhendo trabalhos ou histórias que vão ao encontro das necessidades dos alunos adaptando o seu vocabulário, para facilitar a leitura e a compreensão da leitura pelos seus alunos. Percebe-se que o verdadeiro significado da leitura não é só decifrar os códigos linguísticos, mas sim compreendê-los. Entretanto, a leitura é considerada uma habilidade que, uma vez adquirida pelos alunos, pode ser aplicada sem problemas a múltiplos textos. Muitas pesquisas, porém, mostram que isso não é verdade. Devemos primeiramente planejar estratégias específicas para ensinar os alunos a lidarem com as tarefas de leitura dentro de cada disciplina, trabalhando com leituras que causam curiosidade, vontade de ler, sempre incentivando ao ato de ler. Podemos afirmar que a leitura nos torna mais críticos e capazes de considerar diferentes perspectivas, por isso não devemos considerá-la como só um meio de adquirir informações que necessita de uma intervenção específica. Se eu, leitora experiente, leio um texto filosófico, provavelmente terei dificuldades, pois não estou familiarizada com esse material. Segundo Paulo Freire: O processo de aprendizagem na alfabetização de adultos está envolvido na prática de ler, de interpretar o que lêem, de escrever, de contar, de aumentar os conhecimentos que já tem e de conhecer ainda o que não conhecem, para melhor interpretar o que acontece na nossa realidade. (FREIRE, 2003, p.48). Isso só será conquistado através de uma educação que estimule a colaboração, que dêvalor à ajuda mútua, que desenvolva o espírito crítico e a criatividade: uma 6 educação que incentive o aluno unindo a prática e a teoria, que seja uma educação que se preocupe com o interesse do povo. Na vida das pessoas, a leitura é muito importante para o crescimento pessoal, social e profissional, é literalmente intelectual, pois quem lê usa mais imaginação, e quem cria a imagem é o próprio leitor. As tecnologias do mundo fizeram com que as pessoas deixassem a leitura de livros de lado, isso resultou em jovens cada vez mais desinteressados pelos livros possuindo vocabulário cada vez mais pobre e com graves problemas na escrita. Entretanto podemos afirmar que para ser um bom escritor antes devemos ser um bom leitor, leitura e escrita estão interligadas. A melhor forma de obter conhecimento e cercar-se de bons livros. Muitas vezes os alunos não valorizam a leitura, deixando de dar a ela sua devida importância. Nesse caso, é natural que o grau de participação seja o mínimo necessário para cumprir a tarefa. É fundamental que os alunos compreendam que, se estão envolvidos em um projeto de construção de conhecimento ou de busca e elaboração de informações, é para cobrir uma necessidade de saber. Para aprendizagem do ser humano a leitura é algo fundamental, pois é através dela que podemos enriquecer nosso vocabulário obter conhecimentos diversos, dinamizar o raciocínio e a interpretação. É evidente a necessidade de muita leitura, haja vista que ela propicia a obtenção de informações em relação a qualquer contexto e área do conhecimento, assim como, pode constituir-se em fonte de entretenimento. Hoje em dia há pessoas que ainda, não adquiriram o hábito da leitura e alegam não ter motivação para o ato de ler. Nesse sentido, percebe-se que a leitura é uma atividade prazerosa, para outros, um desafio a conquistar. Quando aplicada qualitativamente a técnica da leitura poderá garantir um estudo eficiente. Ao longo do tempo surgem questões como: O que é ler? Qual a importância da leitura? Quais procedimentos práticos para uma leitura eficiente? Com o tempo, muitas coisas que aprendemos na escola são esquecidas, pois não as praticamos, através da leitura rotineira tais conhecimentos se fechariam de forma a não serem esquecidas posteriormente. Poderiam ser sanadas pelo hábito de ler dúvidas que temos ao escrever talvez nem as tivéssemos, pois a leitura torna nosso conhecimento mais abrangente.É 7 vivenciando muitos minutos de encantamento e magia em que a imaginação criou asas e voou para os mundos da cultura e da leitura. Pois ler é um ato que vai além da escrita (MARTINS, 1994, FREIRE, 1994). Independente de ser escola particular ou pública deve fornecer uma educação de qualidade incentivando a leitura, pois dessa forma a população se torna mais informada e critica. O que nos difere dos animais irracionais é saber ler e compreender o que os outros dizem. Segundo Piaget (1976, p.273): A inteligência não é inata, depende da riqueza de estímulos presentes no meio físico, social e cultural no qual a criança vive. O conhecimento e a inteligência são progressivamente aprendidos, por meio do relacionamento que o ser humano constrói comparativamente a outras idéias e conhecimentos já adquiridos. A leitura é um exercício de intercâmbio, uma vez que possibilita relações intelectuais e potencializam outras. Permitindo-nos a formação dos nossos próprios conceitos, explicações e entendimentos sobre realidades, elementos e fenômenos com os quais defrontamo-nos. É de extrema importância a participação dos pais com as crianças e principalmente, que lhes deem o exemplo. As crianças cujos pais leem certamente também o farão. Isso será uma grande fonte de satisfação tanto para as crianças quanto para os adultos que as acompanharem nesta aventura. Muitas vezes, não se acredita que a leitura possa oferecer o mesmo tipo de prazer intelectual para uma criança ou que a criança seja capaz de fazer interpretações. Obviamente, um leitor sem experiência terá uma maneira diferente de apreciar um livro, as ilustrações e a história. Mais isso não significa que seja incapaz de fazê-lo. É importante lembrar que no Natal e nos aniversários uma boa ideia é dar livros de presente e possuir uma biblioteca aberta a todos os membros da família. Isso é importante porque o leitor aprende a diferença entre ler, porque a leitura é obrigatória para o estudo, e ler por prazer ou educação. Estimular a leitura na criança como uma experiência valiosa e prazerosa é muito importante. Temos consciência da importância da leitura em nossas vidas, consideramos assim que o ato de ler é desenvolvido durante toda a vida do indivíduo e se processa de modo formal na escola a partir da alfabetização. Nos dias de hoje, as escolas brasileiras estão incentivando mais a leitura. Os professores estão mostrando aos 8 alunos a importância do ato de ler, e que através da leitura eles adquirem conhecimentos para vida toda. O caráter essencialmente humanizador da imitação, palavra, por certo, banida de muitos manuais escola novistas de pedagogia defendeu dentro desse contexto. Vygotsky (1993, p. 239 e 241) argumenta que existem muitas idéias errôneas associadas ao processo de imitação: Na velha psicologia e na consciência cotidiana arraigou-se a idéia de que a imitação constitui uma atividade puramente mecânica. Desse ponto de vista, uma solução que a criança não consegue de modo independente somente pode ser considerada como não-demonstrativa, não-sintomática do desenvolvimento do intelecto da criança. Considera-se que se pode imitar tudo o que se queira. O que hoje sou capaz de realizar imitando não diz nada em favor de minha inteligência e, por seguinte, não pode caracterizar em absoluto o desenvolvimento da mesma. Porém esse ponto de vista é errôneo. Na psicologia atual, pode considerar-se estabelecido que a criança somente pode imitar o que se encontra na zona de suas possibilidades intelectuais próprias. [...] Para imitar é preciso ter alguma possibilidade de passar do que sei ao que não sei. [...] A imitação, se a interpretarmos no sentido amplo, é a forma principal na qual se leva a cabo a influência da instrução sobre o desenvolvimento. É evidente que o papel do professor deixa de ser um mero transmissor de conteúdos e técnicas e assume o papel de orientador, de facilitador da aprendizagem. Portanto, ele necessita de aprofundar-se no conteúdo referente às questões de leitura e ter um bom conhecimento das crianças que lhe são confiados, uma atitude positiva e atenta frente aos alunos uma sensibilidade pelos interesses possibilidade de cada um. Segundo Jolibert (1994), o papel professor em sala de aula é o de proporcionar aos alunos situações de leitura, estimular o senso crítico no aluno, elaborar com a turma matérias de leitura como fichário, dicionário alfabético entre outros e ajudá-los a desenvolver o gosto pela leitura. Segundo José Juvêncio Barboza (1994 p.54): O papel do professor nos primeiros momentos da aprendizagem não se resume a transmitir conhecimento seu papel é o de criar situações, significativas que dêem condições á crianças de se apropriar de um conhecimento ou de uma prática. Já nas atividades de sistematização o papel de professor é mais direto, ele explica informa, mostra e corrige. O professor deverá ler em sala de aula narrativas, poesias, músicas, entre outros textos utilizando-se desta leitura como um meio para estimular seus alunos, dando- lhes oportunidades para desenvolver o gosto pela leitura reconhecendo as 9 funções sociais da leitura e da escrita na sociedade em que vive. Desdemuito cedo devemos trabalhar pequenos textos com o uso de gravuras e fantoches, fazendo com que o aluno se sinta livre para criar sua própria história. Devemos estimular as crianças com atividades autoavaliativas, como jogos de quebra cabeça, cantinho da leitura, entre outros que levam as crianças a pegarem livros para ler e incentiva as crianças pesquisarem nesses livros. Novas habilidades a leitura exigem e apresentam novos desafios às crianças com relação aos seus conhecimentos. Todos nós devemos compreender que aprender a ler é uma tarefa complexa e difícil para todas as crianças, alguns têm mais dificuldades do que as outras, e que não tem um tempo determinado para começar a ler. Segundo Paulo Freire, a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra. O ato de ler se veio dando na sua experiência existencial. Primeiro, a “leitura” do mundo do pequeno mundo em que se movia; depois, a leitura da palavra que nem sempre, ao longo da sua escolarização, foi a leitura da “palavra mundo”. Na verdade, aquele mundo especial se dava a ele como o mundo de sua atividade perspectiva, por isso, mesmo como o mundo de suas primeiras leituras. Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto em cuja percepção experimentava e, quando mais o fazia, mais aumentava a capacidade de perceber se encarnavam numa série de coisas, de objetos, de sinais, cuja compreensão ia aprendendo no seu trato com eles, na sua relação com seus irmãos mais velhos e com seus pais. (2008.p76) A escola deve estar preparada para que a partir do que a criança já sabe fornecer-lhe material adequados e atividades para que essas crianças futuramente sejam bons leitores. O professor tem o papel importante nos primeiros momentos de aprendizagem não e que não se resume a transmitir o conhecimento e sim levar a criança a perceber a importância da leitura no seu cotidiano, pois irá contribuir socialmente para essa criança e desenvolva em todos os aspectos necessários de sua vida. A aprendizagem da leitura é como um instrumento para observação de melhores condições de vida. A leitura é avaliada a favorecer e saber expressar, comunicar-se é a melhor forma de integrar-se ao meio da sociedade. Foucambert (1994, p.60) cita que “Ser leitor é sentir-se comprometido com o seu estar no mundo e com a transformação de si, dos outros, das outras coisas: é acreditar que se apreende o mundo quando se compreende o que se faz ser como é...”. 10 Tornar-se leitor implica inclusive entender porque alguns têm acesso ao mundo da leitura desde cedo e outros não. Cabe a escola ensinar os primeiros passos do hábito de ler é importante incentivar a leitura desde pequenos assim tornará um ato prazeroso que poderá fazer parte de toda vida. Ler deve ser uma fonte de prazer de satisfação pessoal, conquista de realização e valorização que servirá de grande estima e motivação para que a criança goste da escola e de estudar. O incentivo a leitura é necessário, pois os livros há tempos têm competido com os vídeos e outras mídias. Além disso, estamos ficando habituada com leituras simples e curtas, com isso a leitura dos livros estão mudando cada dia mais. Participando de atividades na escola junto às pessoas que dominam esse conhecimento as crianças aprendem a ler. Aprendem quando se julgam capazes, para isso e quando encontram finalidade na leitura. 3- OS DIAGNÓSTICOS DE APRENDIZAGEM E A LEITURA Uma avaliação pedagógica fará uso de recursos diagnósticos provenientes dessas três áreas, segundo o modelo da epistemologia convergente. “O sujeito realizará atividades que forneçam subsídios a uma compreensão de seu desenvolvimento no que tange à cognição e vínculos afetivos estabelecidos com objetos e situações de aprendizagem”. E considera três tipos de obstáculos à aprendizagem: epistêmico, epistemofílico e funcional. Visca (1991, p. 30; 1994, p.68) No obstáculo epistemofílico, existe um vínculo inadequado com objetos e situações de aprendizagem, desencadeando um estado afetivo alterado que, segundo a teoria, pode se manifestar como uma ansiedade confusional, esquizo-paranóide ou depressiva; agindo de forma predominante, alternada ou coexistente. Possui duas variantes o conceito de obstáculo funcional: quando Coll não subdivide o período das operações concretas em pré-operatório, dos 2 aos 7-8 anos e só então o operatório concreto, como o faz o próprio Piaget (1993). Não houve ainda uma reflexão sobre um determinado problema ou setor da realidade por parte da teoria psicoanalítica ou piagetiana; ou mesmo se já o fizeram, não apresentaram instrumento específico de avaliação para o dito setor ou aspecto do real. Coll, Martin ( 2004, p.46). Segundo Visca (1991, p. 30; 1994. p.68) diz: 11 Recorrer a instrumentos de filiação sensual-empirista, da psicometria tradicional; oposto aos princípios construtivista, estruturalista e interacionista adotados em sua teoria, mas que lhe fornecem como resultado, os obstáculos funcionais; e nesse contexto, tal resultado é considerado como uma hipótese diagnóstica auxiliar. A outra maneira de conceber um obstáculo funcional corresponderia às diferenças funcionais peculiares da cognição, frente a certas patologias identificadas quando da aplicação do método clínico piagetiano. Visca (1994, p.68-69)e Ajuriaguerra (1992, p.124.). Pode diferenciar-se um diagnóstico psicopedagógico de outros diagnósticos escolares de maneira pela qual fundamentamos nossa prática. Ela engloba o professor, o aluno e o conhecimento contextualizado na escola, especificamente na sala de aula, lugar onde se constatam e se priorizam as aprendizagens sistemáticas tendo como pano de fundo a instituição escolar. Fundamentos de um diagnóstico revelam um tempo, um lugar e um espaço que é dado para aquele que aprende e para aquele que ensina. A responsabilidade de estimular o desenvolvimento de todos os alunos pela aprendizagem de uma série de diversos conteúdos, valores e hábitos é do professor. 4- AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E COMO UTILIZAR A LEITURA COMO SUPORTE Deixando claro que o lugar do professor é o lugar daquele que gerencia o processo da aprendizagem. Sua principal ação é mediar o objeto do conhecimento. A prática educativa e a prática psicopedagógica historicamente são derivadas das distintas teorias de aprendizagens que sustentam as concepções diferentes em relação à tríade: professor, aluno e conhecimento. O professor é visto pelos alunos como exemplo de um bom leitor, isso o torna uma peça de extrema importância para o incentivo a leitura. Visando a observação sistemática do processo de cada aluno durante a aprendizagem, para poder intervir com uma ajuda educativa adequada é solicitado ao professor na situação de ensino-aprendizagem atuação e intervenções para todo o grupo de aula e para cada um dos alunos em particular. 12 Faz-se necessário também entender por níveis os processos educativos e curriculares, os aspectos organizacionais, estruturais e funcional,assim como todos os elementos envolvidos no processo ensino aprendizagem claro que os elementos fundamentais são os pares educativos que se constituem dos alunos, professores, familiares e profissionais que contribuem e de alguma forma estão ligado com a educação e consequentemente com a instituição de ensino. Somente o professor poderá avaliar o conhecimento literário do aluno e assim, encaminhar sob este olhar o diagnóstico escolar. . Voltamo-nos para a escola porque é para ela que diariamente dirigem-se milhares de crianças com a mesma finalidade em busca do conhecimento da leitura e da escrita. Sendoassim, a escola tem sobre si uma responsabilidade enorme com a alfabetização e o letramento. O olhar para a escola implica em termos uma visão integra da: visão de aprendizagem e visão de mundo. Portanto, o psicopedagogo institucional á luz da instituição escolar se concretiza através de uma profunda e clara observação das dimensões que envolvem o diagnostico de aprendizagem. Suportar o desconhecido que em cada um de nós habita, é a alavanca, o motor que vai impulsionar a construção de novos conhecimentos e permear a pratica de intervenção do psicopedagogo na escola. Neste jogo há presença e ausência da leitura e da escrita, onde a dificuldade de se realizar uma boa leitura e consequentemente uma boa escrita é o que mais preocupa. A leitura é fundamental para a construção do conhecimento, acreditava-se antigamente que a leitura fosse transmitida de uma pessoa para outra. O professor de português por mais que se esforce, muitas vezes não consegue transmitir as regras da colocação pronominal. Não aprendemos de fato, pois uma das características da aprendizagem é ser aplicável: não apenas saber, mas poder usar o que se sabe. Hoje em dia, encontram-se disponíveis metodologias diferenciadas, vários tipos de recursos tecnológicos diversificados, isto é data-show, retroprojetor, entre outros; os quais podem ser utilizados de forma a tornar as atividades de leitura significativas, incentivando o hábito de ler e contribuindo para a efetiva formação do aluno. Enfim, cabe ao educador fazer a diferença. 13 Tornar nossos alunos, nossos filhos bons leitores é garantir que eles participem ativamente na sociedade, pois a leitura favorece a construção continua da humanidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS Desejamos uma educação que seja mais dinâmica possível que movimenta e desperta o desejo do conhecimento não só do aluno, mais das pessoas em geral pela leitura. Para a leitura não existe idade para iniciar a viagem ao mundo das letras, mas esse despertar será de suma importância nas séries iniciais, pois a leitura além de facilitar o aprendizado, contribuirá para as relações humanas e a participação na sociedade. Hoje em dia o nosso futuro depende de sermos um bom leitor e para que isso aconteça é necessário mudanças de comportamento, isso significa que devemos ler mais e incentivar mais a leitura. A leitura é importante em todos os níveis educacionais que deve ser iniciada no início da alfabetização e continuar, nos diferentes graus do ensino, sendo essencial em qualquer área do conhecimento. Atualmente a leitura passou a ser necessidade para subir de um status econômico e social, para ascender a uma vida social com maiores ou menores status. Não podemos omitir que as diferenças de nível econômico acarretam, diferenças geralmente de possibilidades educativas. Ler é vencer fronteiras, abrir novos horizontes, ir além da imaginação, é vencer obstáculos conhecendo e interpretando novos fatos. Uma pessoa que não lê é visto por muitos na sociedade como uma pessoa cega, que não é capaz de ver além das palavras. A diferença de situação econômica muitas vezes afeta a vida literária das pessoas, nesse sentido, a ação da leitura de prazer também é afetada por essa diferença, pois o acesso a instrumentos culturais e o tempo de lazer não são estimulados nem entendidos como lazer, hobby, ou simplesmente ignorados como direito ou como necessidade. No final da década de 1940 no Brasil, quando houve uma mudança no projeto político do país em busca de modelos para os setores industriais e urbanos que começa 14 a acontecer à expansão da escola básica regular. Essa expansão nunca chegou a atender as necessidades das quantidades de procura, nem a qualidade do atendimento. Os grupos sociais de maior poder econômico uma educação de melhor qualidade e tinham um grau mais elevado de estudo, enquanto os menos favorecidos ficavam a desejar. O que continua acontecendo até hoje. Para que isso aconteça é necessário mencionar que é muito importante o papel de todos para a melhoria na área educacional, com alunos, crianças, jovens, adultos e idosos conseguindo ler e compreender de forma clara e objetiva. Enquanto a leitura não for tratada com a devida importância que merece, iremos encontrar muito analfabeto funcional, que são pessoas que apresenta habilidades mínimas de leitura e escrita, com sérios problemas tanto na vida pessoal ou social. Nos dias de hoje no Brasil não é difícil encontrarmos pessoas que são considerados analfabeto funcional. Para que isso não aconteça é necessário urgentemente mais estímulos, projetos, promoções, enfim toda a ação possível voltada aumentar a quantidade de pessoas, lendo regularmente, melhorando o convívio social, o vocabulário, diminuído o stress, entre muitos outros benefícios a pessoa leitora. Com a leitura descobrimos um mundo novo, cheio de coisas desconhecidas, onde existem coisas que nos faz viajar em um mundo fantástico, cheio de novos conhecimentos. Ler é saber. O primeiro resultado da leitura é o aumento de conhecimento geral ou específico. Ler é trocar. Ler não é só receber. Para que isso aconteça é de extrema importância o livro de leitura. Ler bons livros é capacitar-se para ler a vida. Com a leitura colocamo-nos de modo favorável ou não aos pontos de vista, pesamos argumentos e argumentamos dentro de nós mesmos, refletimos sobre opções dos personagens ou sobre as ideias defendidas pelo autor. A leitura nos difere dos animais irracionais, pois comer, beber e dormir até eles sabem; é a leitura, no entanto, que proporciona a capacidade de interpretação. Para que tenhamos uma vida melhor, devemos ter acesso e dar acesso a todos à leitura, somente assim todos poderão lutar igualmente pelos seus direitos, com conhecimento de causa. Diante do fato em questão, podemos afirmar que a leitura não pode ficar focada só na escola, terá que ter continuidade em casa e em todos os lugares de acesso e a 15 leitura de todos os níveis possíveis. Para tanto se faz necessário promover o contato com diferentes tipos de textos a fim de formar leitores capazes de compreender o mundo que o cerca. Se mudarmos nossa disciplina sobre o ato de ler, teremos condições de formar as nossas bibliotecas populares, com livros doados pela própria comunidade local e também incentivar os grupos populares a escrever seus textos desde o início da alfabetização; assim iríamos aos poucos formando acervos históricos. Sendo assim fica claro que é fundamental a construção de novos conceitos que estimulem a leitura desde a infância. REFERÊNCIAS JOLIBERT, Josette e colaboradores. Formando crianças leitoras. Porto Alegre- Artes médicas, 1994. KLEIMAM, Ângela. Oficina de leitura: teoria e prática.12ª edição, Campinas, SP: Pontes, 2008. FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo, Cortez, 2008. FOUCAMBERT, Jean. A leitura em questão. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. VISCA, Jorge L. Psicopedagogia:novas contribuições. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1991. COLL, C.; MARTÍN, E. Aprender conteúdos e desenvolver capacidades. Porto alegre: Artmed Editora, 2004. AJURIAGUERRA, Julian de. Piaget e a neuropsiquiatria. In: BANKS-LEITE, Luci; MEDEIROS, Ana A. de. (Orgs. Piaget e a escola de genebra. São Paulo: Cortez, 1992, p. 124). FREINET, Célestin. O método natural I: a aprendizagem da língua. Lisboa; Editorial Estampa,1977a. SOUZA, Renata Junqueira de. 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