RESENHA CRÍTICA - Resíduos no Brasil, um mercado emergete

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
 
 
 
 
Resenha Crítica de Caso 
Pedro Eugênio Nogueira Oliveira 
 
 
 
 
 
Trabalho da disciplina de Proteção do Meio Ambiente 
 Tutor: Profª. Eliana Sgarbi de Carvalho 
 
 
 
 
 
Natal - RN 
2021 
 
 
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RESÍDUOS NO BRASIL: UM MERCADO EMERGENTE 
 
REFERÊNCIA 
ZERIO M, John. CONEJERO A, Marco. Resíduos no Brasil: Um Grande Mercado 
Emergente. Thunderbird School of Global Management, 2010. 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Com o desenvolvimento da economia brasileira, um dos grandes problemas 
enfrentados pelo Brasil era a criação e o gerenciamento de infraestruturas dos 
serviços básicos, o que gera impactos negativos diretamente a população. O país 
passou por uma fase de desordem econômica e descontrole na inflação, cenário na 
qual mudou a partir de 2005, onde tornou-se um grande mercado emergente, com 
grandes transformações na economia. 
Com a evolução populacional, há um maior consumo, consequentemente uma 
maior geração de resíduos sólidos. A falta de uma gestão eficiente dos resíduos, 
comprometeu recursos hídricos, solo e ar, em diversos municípios de pequeno e 
médio porte. O brasil sofreu dificuldades em financiar projetos de investimentos na 
infraestrutura. A busca por inovações, a abertura do compartilhamento de riscos e a 
resolução política foi fundamental para implantar soluções que agilizariam o 
fornecimento de serviços no gerenciamento dos resíduos em larga escala, tendo em 
vista a qualidade exigida pela sociedade brasileira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. DESENVOLVIMENTO 
 
Com o desenvolvimento econômico, o aumento populacional e a expansão das 
atividades industriais, favoreceu de forma significante no aumento da geração de 
resíduos sólidos, em escala mundial. Em países emergentes a situação é mais crítica, 
devido a carência de infraestruturas, pois os governos tem poucos recursos para 
serem aplicados aos serviços básicos. 
Por mais que o Brasil seja o quinto maior país do mundo, no ano de 2004 cerca 
de 25% da população vivia abaixo da linha da pobreza. A população de baixa renda 
além de sofrer com o acesso limitado da educação, também necessita de saneamento 
básico, afetando diretamente na sua saúde. Logo, pode-se considerar que um dos 
maiores problemas do governo brasileiro é a desigualdade social. 
Tendo em vista que o efeito estufa seja muito importante para a sobrevivência 
no planeta, sua intensificação tem provocado preocupação, devido aos danos 
ambiental e econômico. O aumento da geração de gases que motiva o aumento do 
efeito estufa são gerados principalmente em atividades industriais, agrícolas, na 
pecuária e na mal gestão dos resíduos sólidos. Essas atividades são responsáveis 
pela emissão de metano (CH4), ozônio (O3), gás carbônico(CO2), vapor de água 
(H2O) e óxido nitroso (N2O), na qual são chamados de GHG, tendo em vista sua alta 
capacidade de retenção calorífica. 
O gás carbônico é o responsável por mais de 60% do efeito estufa 
antropogênico, originado principalmente por meio da queima de combustíveis. Já o 
metano contribui com cerca de 20% no aumento do efeito estufa, aumento que 
geralmente é provocado por atividades na agricultura e na pecuária. 
Sérios danos são previstos por Cientistas do Intergovernmental Panel on 
Climate Change (IPCC) em decorrência do aquecimento global, como o aumento de 
fenômenos meteorológicos extremos (como inundação, ciclones, tempestades 
tropicais e secas), crescimento na ocorrência de doenças, perda da biodiversidade, 
 
 
 
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carência de alimentos, expansão da desigualdade social, dentre muitos outros 
problemas. 
Durante um bom tempo, os resíduos não eram vistos e tratados como são 
agora, na qual não havia nem um tipo de preocupação na gestão dos mesmos, 
inclusive com os resíduos industriais, que podem gerar fortes impactos no meio 
ambiente. Após a criação do conceito do desenvolvimento sustentável e com o 
desenvolvimento da ideia de reciclagem, originou-se o conceito de uma gestão 
integrada aos resíduos sólidos. Para uma gestão eficiente, deve ser levado em 
consideração a reciclagem, reutilização, incineradores, aterros e ações que diminua 
a fonte de matéria prima. 
A maneira mais utilizada no disposição dos resíduos é o aterro com 
recuperação de gás, na maioria das vezes o aterro é utilizado para a disposição de 
resíduos domésticos, comerciais e industriais. Tendo em vista que a decomposição 
dos resíduos gera gases e chorume, logo podem ser prejudiciais para o meio 
ambiente, dessa forma é fundamental importância que exista um monitoramento e 
uma gestão adequada. 
O biogás que é gerado tem uma grande contribuição para o efeito estufa, porém 
já existe tecnologias para o gerenciamento adequado desse gás, na qual o mesmo 
pode ter o aproveitamento para fins energéticos. Outra maneira para a disposição dos 
resíduos é a incineração, onde é bastante empregada em locais escassos de espaço 
para a construção de um aterro. Tendo em vista que se deve ter um controle 
extremamente exigente no que diz respeito as emissões atmosférica. O tratamento 
biológico é dividido em compostagem, digestão anaeróbica e tratamento mecânico 
biológico. A compostagem e a digestão anaeróbica é realizada no tratamento de 
resíduos orgânicos, forma bastante utilizada, visto que o produto resultante do 
processo pode ser utilizado na agricultura, e os gases provenientes do processo pode 
ser usado para fins energéticos. Já o tratamento biológico mecânico é composta pela 
combinação de várias tecnologias, na qual deve haver a separação dos resíduos que 
 
 
 
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podem ser reciclados, resíduos orgânicos e refugo sólido. Em relação ao aterro, o 
tratamento biológico mecânico pode reduzir a emissão de CH4 em até 90%. 
No Brasil, os aterros são os principais meios de disposição dos resíduos, onde 
por ser classificado como campo aberto (lixão), aterro controlado e aterro sanitário. 
No lixão não existe controle sob os produtos gerados na decomposição dos resíduos, 
o que torna o local aberto em um grande perigo para a saúde, gerando impactos 
ambientais e sociais. Já no aterro controlado, o chorume é colhido, impedindo a 
infiltração do produto em águas subterrâneas, e metano e os outros gases são 
liberados ou até mesmo queimados, as células das coletas são compactadas e 
protegidas com plástico. A maneira que mais se enquadra diante as leis federais é o 
aterro sanitário, na qual o mesmo é construído e operado seguindo de forma rigorosa 
as leis ambientais. O aterro deve ter total controle do chorume e dos gases, deve ser 
todo revestido, a fim de impedir o contato do produto proveniente da decomposição 
dos resíduos com o solo e com recursos hídricos. 
Os catadores são de fundamental importância na gestão dos resíduos urbanos, 
são os principais responsáveis por maior parte da reciclagem no Brasil, tendo em vista 
todos os problemas e dificuldades enfrentados diante a coleta dos materiais, como a 
falta de apoio social e a exposição a contaminantes. Mediante a esses problemas, o 
Brasil ainda ocupou o primeiro lugar na recuperação de alumínio, com 89%, mérito 
voltado principalmente aos catadores, que são desvalorizados e exclusos diante a 
sociedade, mas que deveriam ser enaltecidos. 
A consciência ambiental no Brasil vem evoluindo, mas ainda carece muito na 
evolução do desenvolvimento sustentável. As estimativas indicam que cerca de R$41 
bilhões devem ser injetados para que sejam atendidas as demandas básicas do país, 
como gestão de resíduos sólidos e de água. Uma forma de se obter capital é por meio 
de parcerias público-privadas, na qual podem atrair especialização do setor privado 
para o governo brasileiro. No Brasil existe um déficit muito grande na gestão dos 
resíduos sólidos, mas que pode ser amenizadodiante as oportunidades comerciais 
que o país pode oferecer as empresas que trabalham com inovação e eficiência. 
 
 
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3. CONCLUSÃO 
 
É evidente a carência que o Brasil tem no que diz respeito ao saneamento 
básico, consequentemente na gestão de resíduos sólidos. Já existe tecnologias que 
podem ser usadas e aperfeiçoadas para todo o ciclo, que vai desde a coleta até o 
descarte final. O país vem se desenvolvendo aos poucos, porém algumas conquistas 
podem ser citadas, um exemplo é a proibição e inativação de lixões, devido aos 
enormes impactos ambientais e sociais que são provocados. No entanto, a tecnologia 
e as políticas públicas só serão aplicadas de forma eficiente se existir uma consciência 
ambiental. 
Ao longo do dia são descartados diversos tipos de materiais nos aterros 
sanitários ou para incineração, o que acaba sendo um enorme desperdício, já que 
muitos desses materiais poderiam ser reaproveitados, reciclados ou até mesmo 
compostados. É de fundamental importância que esse material seja destinado a um 
local seguro, como aterros sanitários, onde deve ser realizada a separação e o 
direcionamento para cada tipo de resíduo. 
Portanto, a população brasileira deve desenvolver e disseminar a ideia da 
consciência ambiental, que pode ser praticada a partir do momento em que é feita a 
separação do seu lixo entre os materiais recicláveis, resíduos orgânicos e rejeitos. 
Essa ação já reduziria mais da metade dos rejeitos destinados aos aterros, que por 
consequência auxiliariam os catadores, já que devido as baixas condições de trabalho 
se cortam ou se contaminam durante a coleta do material que não veio separado. A 
emissão de gases também seriam amenizadas, tendo em vista que a quantidade de 
materiais destinados aos aterros foram reduzidas. 
É uma ação que por mais que seja simples, apresenta enormes benefícios, 
como facilitar a vida dos catadores, ameniza a emissão dos gases, diminui a 
quantidade de resíduos destinados aos aterros e diminui a busca por matéria prima 
para execução de determinado processo, tendo em vista que os materiais podem ser 
reciclados ou reaproveitados. A vista disso, devemos repensar e mudar nossos 
 
 
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comportamentos através da conscientização social e do estimulo na medida de 
reciclagem, pois o efeito estufa se desenvolve cada vez mais, algo deve ser feito antes 
que o problema se torne algo irreversível.