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1 PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia-se com a ideia visionária e da realização do sonho de um grupo de empresários na busca de atender à crescente demanda de cursos de Graduação e Pós-Graduação. E assim foi criado o Instituto, como uma entidade capaz de oferecer serviços educacionais em nível superior. O Instituto tem como objetivo formar cidadão nas diferentes áreas de co- nhecimento, aptos para a inserção em diversos setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e assim, colaborar na sua formação continuada. Também promover a divulgação de conhecimentos científicos, técnicos e culturais, que constituem patrimônio da humanidade, transmitindo e propagando os saberes através do ensino, utilizando-se de publi- cações e/ou outras normas de comunicação. Tem como missão oferecer qualidade de ensino, conhecimento e cultura, de forma confiável e eficiente, para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética, primando sempre pela inovação tecnológica, ex- celência no atendimento e valor do serviço oferecido. E dessa forma, conquistar o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos de quali- dade. 3 SUMÁRIO NOSSA HISTÓRIA............................................................................................ 2 1.INTRODUÇÃO ............................................................................................... 4 2.O CONCEITO DE MEIO AMBIENTE ............................................................. 6 3.PRINCÍPIOS AMBIENTAIS ............................................................................ 8 3.1. Princípio da Prevenção .............................................................................. 9 3.2. Princípio da Precaução ............................................................................ 10 3.3. Prevenção e Precaução como processos de legitimação do risco ambiental ........................................................................................................................ 11 4.O PAPEL DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL ................................................... 12 5.O PAPEL DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE.........................................................................................................18 6.O DESENVOLVIMENTO HUMANO E AS PREOCUPAÇÕES FUTURAS ... 20 6.1.Mudanças Climáticas ................................................................................ 21 6.2.Desenvolvimento Sustentável ................................................................... 22 7.GESTÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE .......................................... 23 7.1.Sistemas de Gestão .................................................................................. 26 8.PRECAUÇÃO COMO ATRIBUTO PARA PROTEÇÃO DE FUTURAS GERAÇÕES.................................................................................................... 28 REFERÊNCIAS .................................................................................... 31 4 (Fonte: Google) 1. INTRODUÇÃO Com a consolidação do sistema capitalista (que tem como uma de suas premissas a acumulação do capital e o incentivo ao consumo), a problemática ambiental vem ganhando cada vez mais destaque, se agravando a partir da década de 1980 com o surgimento do processo de Globalização, que tinha como objetivo homogeneizar as civilizações do mundo, colocando como base os moldes da população norte-americana. Indiscutivelmente, a crise ambiental é uma das questões fundamentais enfrentadas pela humanidade e exige a necessidade de uma mudança de mentalidade, em busca de novos valores e uma ética em que a natureza não seja vista apenas como fonte de lucro e passe, acima de tudo, a ter foco como um meio de sobrevivência, para as espécies que habitam o Planeta, inclusive o ser humano. (MARÇAL, 2005) De mesmo modo, Ely (1998) reflete que os problemas ambientais levaram o homem a reconhecer que a qualidade do meio em que vivem é fundamental para o desenvolvimento econômico e tecnológico de um país. Dessa forma, não 5 há como melhorar a qualidade de vida, sem uma concomitante melhoria ambiental. Na medida em que as sociedades humanas se territorializaram - construindo seus ambientes a partir de interações com espaços concretos de um planeta que possui grande diversidade de formas geológicas e biológicas -, emergiram incontáveis exemplos de práticas materiais e percepções culturais referidas ao mundo natural. A produção de um entendimento sobre esse mundo tornou-se um componente básico da própria existência social (PÁDUA, 2010). Desse modo, faz-se extremamente necessário uma compreensão holística sobre o que vem a ser meio ambiente, como forma de integrar todos os elementos que influenciam no seu constante processo de transformação, almejando, a partir de então, novas relações com este meio na tentativa reestabelecer, principalmente, o seu processo de exploração superando a representação da natureza como um objeto, visão esta que desencadeou toda a problemática ambiental instaurada na atualidade. Diante do exposto, o meio ambiente não tem apenas um sentido estático, como reforçado por Dulley (2004), haja vista ser constituído por relações dinâmicas entre seus elementos componentes, tanto vivos como não vivos. Segundo Sgarbi et. al. (2008), os estudos sobre a sustentabilidade têm apresentado um crescente interesse na comunidade acadêmica, despertando não só o interesse dos estudiosos da área socioambiental, mas também dos pesquisadores de temas como estratégia, competição, gestão, dentre outros. Neste contexto, a presente comunicação se configura por ser um ensaio teórico, que busca refletir, a luz da literatura existente, a problemática ambiental, bem como evidenciar o despertar do ser humano para com as causas ambientais nas últimas décadas, através de uma sistematização dos principais acontecimentos que contribuíram para o tratamento da questão ambiental nas esferas científicas, sociais, políticas e econômicas. Nos dias atuais, nos mais diversos locais do mundo, ocorre uma crescente em relação a uma formação de atitudes coletivas em defesa do meio ambiente. Dentre esses grupos estão surgindo movimentos sociais, políticos, científicos, com espaço na televisão e em redes sociais na rede mundial de computadores. 6 Todos cada vez mais engajado para o estabelecimento de um meio ambiente sólido e ecologicamente equilibrado. O acesso à informação forma pessoas conscientes da necessidade de se manter o equilíbrio do meio ambiente, sob pena da mais completa deterioração da qualidade de vida. Assim, o presente estudo tem como objeto a proteção jurídica do meio ambiente que acontece, basicamente, por dois caminhos, quais sejam, o da repressão e o da prevenção. Sendo a via repressiva aquela que engloba a responsabilização nos âmbitos penal, administrativo e cível. Por outro lado, a via preventiva como resultado principal da Educação Ambiental. 2. O CONCEITO DE MEIO AMBIENTE O meio ambiente integra tanto a natureza original e artificial, quanto o solo, a água, o ar, a flora, o patrimônio histórico, paisagístico e turístico, ou seja, o meio físico, biológico, químico. A Lei Federal nº 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente em seu artigo 3º, inciso I, conceitua o meio ambiente como “um conjunto de condições, leis, influências e integrações de ordem física, química e biológica,que permite, obriga e rege a vida em todas as suas formas”. Ensina José Afonso da Silva (2000, p. 20) que: O meio ambiente é, assim, a interação do conjunto de elementos naturais, artificiais e culturais que propiciem o desenvolvimento equilibrado da vida em todas as suas formas. A integração busca assumir uma concepção unitária do ambiente, compreensiva dos recursos naturais e culturais. Segundo Celso Fiorillo (2008, p.20), a Constituição Federal de 1988 tutelou alguns tipos de meio ambiente, classificando em meio ambiente Natural, meio ambiente Artificial, meio ambiente Cultural e do Trabalho. Ademais nossa 7 Constituição tratou de dois objetos de proteção ambiental: o meio ambiente em si, e a qualidade de vida. O Meio Ambiente Natural é aquele que envolve aspectos físicos, como o solo, subsolo, os mares, rios, a fauna e flora, tutelado pelo artigo 225, § 1º, I, III, VII. da CF: Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. §1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; [...] III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; [...] VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. O Meio Ambiente Artificial são “as cidades”, se refere aos espaços urbanos construídos, que é formado pelo conjunto de edificações e pelos equipamentos públicos. Segundo Celso Fiorillo (2002, p. 21): O meio ambiente artificial recebe tratamento constitucional não apenas no art. 225, mas também nos arts. 182, ao iniciar o capítulo referente à política urbana; 21, XX, que prevê a competência material da União Federal de instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos; 5º, XXIII, entre alguns outros”. O Meio Ambiente Cultural se encontra conceituado no art. 216 da CF, como: “O bem que compõe o chamado patrimônio cultural traduz a história de 8 um povo, a sua formação, cultura e, portanto, os próprios elementos identificadores de sua cidadania, que constitui princípio fundamental norteador da República Federativa do Brasil”. E o Meio Ambiente do Trabalho é aquele em que as pessoas exercem suas atividades do dia-a-dia, suas atividades laborais. Constitui meio ambiente do trabalho o local onde as pessoas desempenham suas atividades laborais relacionadas à saúde, sejam remuneradas ou não, cujo equilíbrio está baseado na salubridade do meio e na ausência de agentes que comprometam a incolumidade físico-psíquica dos trabalhadores, independente da condição que ostentem...” (FIORILLO, 2008, p. 22 ). Edis Milaré (1992, p.8-9) também classifica o meio ambiente em: (1)meio ambiente natural (constituído pelo solo, a água, o ar atmosférico, a flora, a fauna, enfim, a biosfera); (2) meio ambiente cultural (integrado pelo patrimônio artístico, histórico, turístico, paisagístico, arqueológico, espeleológico); e (3) meio ambiente artificial (formado pelo espaço urbano construído, consubstanciado no conjunto de edificações, e pelos equipamentos públicos: ruas, praças, áreas verdes, enfim, todos os assentamentos de reflexos urbanísticos). Nem se há de excluir do seu âmbito o meio ambiente do trabalho dadas as inegáveis relações entre o local de trabalho e o meio externo. Anacefalia, leucopenia, saturnismo, asbestose e silicose são palavras que saíram dos compêndios médicos para invadir o cotidiano dos trabalhadores que mourejam em ambientes de trabalho hostis. 3. PRINCÍPIOS AMBIENTAIS Os princípios jurídicos refletem a cultura sócio-jurídica de uma sociedade em um dado momento (ou no decorrer) de sua história, sendo o conteúdo principial formado pelos valores superiores aceitos como verdade por essa sociedade. É predominante na doutrina que os princípios são normas jurídicas que representam valores aceitos e realizados ao longo do tempo a partir da 9 experiência social de uma determinada sociedade. Assim, os princípios jurídicos são compostos de valores que, erigidos à categoria de normas jurídicas pelo legislador, servem de fundamento para o ordenamento jurídico e atuam como vetor na construção e aplicação das demais normas jurídicas. Os princípios do direito ambiental foram elaborados para dar legitimidade jurídica aos Estados a criarem políticas públicas voltadas à proteção ambiental. Por isso, os princípios do direito ambiental possuem a função de ordenar a construção normativa ambiental internacional, regional e nacional. 3.1. Princípio da Prevenção O princípio da prevenção atua nos casos em que, segundo a doutrina, há “conhecimento científico” sobre as consequências de determinada atividade. Contudo, noção de “conhecimento científico”, embora conste de textos normativos, não é capaz de indicar, por si só, qual o conhecimento científico considerado para fins da legislação. O conhecimento científico não é unívoco (especialmente quando se trata de estabelecer relações de causa- efeito), está sempre em movimento (falseabilidades) e não se comunica diretamente com os outros sistemas. A ciência, em larga medida, oferece suporte legitimador às normas jurídicas (assim como o direito oferece suporte de legitimação à política), mas é o direito quem escolhe e processa qual é a verdade científica a ser estabelecida como norma jurídica. O que o princípio da prevenção indica, portanto, a existência de padrões fixados por normas jurídicas relativos à qualidade ambiental de um dado ecossistema (equilíbrio necessário para as funções e serviços ecossistêmicos) ou ao impacto tolerável das condutas que se pretende desenvolver e que podem ser utilizados para estabelecer uma projeção das consequências esperadas e, correlativamente, das medidas que devem ser adotadas para evitar o dano ou mitigar suas consequências. O princípio da prevenção não está enunciado explicitamente na Constituição Federal, mas pode ser extraído do próprio art. 225, quando diz que impõe-se ao poder público e à coletividade o dever de defender e preservar o meio ambiente ecologicamente equilibrado. Também é extraído do §1º, do art. 225, que dispõe sobre obrigações específicas para o poder público, por exemplo https://www.aurum.com.br/blog/direito-ambiental/ 10 ao determinar a criação de espaços especialmente protegidos, “sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção” (inciso III); exigir estudo de impacto ambiental para instalação de obra ou atividade potencialmente poluidora (inciso IV); controlar a produção, comercialização e emprego de técnicas que comportem risco ao meio ambiente (inciso V); proteger fauna e flora, vedadas práticas que coloquem em risco a sua função ecológica ou provoquem a extinção de espécies. Em todos esses casos se vê a manifestação do princípio da prevenção, ou seja, de estratégias visando a evitar certas consequências sabidamente danosas ao meio ambiente. A criação de espaços territoriaisprotegidos, como as unidades de conservação (mas também áreas de reserva legal e preservação permanente, que tipicamente delimitam espaços em propriedades privadas), é exemplo de medida que se adota, por meio de regulação/intervenção na propriedade privada, para garantir a manutenção dos ecossistemas contra a própria supressão no uso do espaço (para agricultura, pecuária ou atividades urbanas). O princípio da prevenção também pode legitimar a proibição de certas atividades ou substâncias em razão das consequências adversas associadas a elas. A proibição do uso asbesto/amianto, a proibição de certos agrotóxicos, etc. são intervenções na liberdade de iniciativa (garantida constitucionalmente) legitimadas pelo, também garantido constitucionalmente, princípio da prevenção. 3.2. Princípio da Precaução O princípio da precaução encontra longa tradição no direito ambiental, tanto nacional quanto internacional. Sua formulação também não está explícita na Constituição Federal, mas está presente em vários tratados. O princípio da precaução, não propõe a proibição de atividades quando não houver certeza científica sobre suas consequências (diversamente do princípio da prevenção, que pode levar a essa proibição, quando as 11 consequências assim recomendarem) e ressalva, ainda, o aspecto econômico das medidas a serem adotadas. Como se vê, o princípio da precaução enuncia, em si, a problemática do tratamento do risco: a adoção de medidas eficazes é, em si, um risco, na medida em que não se sabe se essas medidas são necessárias e podem ser custosas. Ainda, pela literalidade do princípio, não se deve adotar medidas de proteção com relação a consequências desconhecidas, se essas medidas forem excessivamente custosas. 3.3. Prevenção e Precaução como processos de legitimação do risco ambiental Enquanto princípios jurídicos, prevenção e precaução atuam normativamente – isto é, são programas que condicionam a validade jurídica de decisões –, mas também fornecem prestações importantes para o sistema político. A possibilidade de evocação dos princípios da prevenção e da precaução, pelo sistema político, pode legitimar decisões da administração ambiental relativas à liberação/proibição de atividades e produtos; concessão/indeferimento de licença ambiental; obrigatoriedade/não- obrigatoriedade de rotulagem e informações etc. Assim, as formas jurídicas propiciadas pelos princípios da prevenção e precaução permitem ao sistema político desonerar-se dos riscos políticos de decisões que podem ter consequências ao meio ambiente, recorrendo a esses princípios. Essa é uma prestação importante para o sistema político, que é onde são processadas, socialmente, as decisões tomadas para toda a coletividade. Quando se fala em regulação (intervenção econômica, impostos, limitação a patentes, mudanças curriculares, aprovação de novos medicamentos, agrotóxicos, subsídios à pesquisa científica, padrões ambientais - para citar alguns exemplos) o ponto de vista é o do sistema político, que precisa lidar o fato de que não pode, efetivamente, controlar os demais. O sistema político, do modo como opera (mudando constantemente de tópicos, se orientando pela opinião pública, entrega de resultados simbólicos etc.) não tem condições de reter riscos. Na maior parte das vezes, o sistema político conduz os riscos ao sistema jurídico, que desenvolve suas próprias formas para lidar com esses riscos (e, por sua 12 vez, quando não é capaz de lidar com esses riscos os transfere e ao sistema econômico). Essas estratégias não são exclusivas do sistema jurídico. A comunicação sobre o risco é processada socialmente nos vários sistemas da sociedade (risco econômico, risco jurídico, risco científico, risco sanitário, risco amoroso etc.) e mostra uma forte tendência a ser repassada de um sistema para o outro, isto é, a comunicação sobre o risco é uma comunicação que remete o problema a outro sistema (frequentemente desaguando na economia ou, nos casos mais graves, na educação – daí a tão frequente promessa de que a educação ambiental seria a solução de todos os problemas ecológicos). Os movimentos ambientalistas atuam como catalisadores desse movimento, conduzindo (ou provocando) instabilidades geradas em outros sistemas para o sistema jurídico. No direito, particularmente no direito ambiental, a partir dos princípios da prevenção e da precaução são desenvolvidas estratégias e formas jurídicas que podem ser utilizadas por outros sistemas e pelo próprio direito para processar o risco, legitimando, do ponto de vista do sistema, a tomada de uma decisão arriscada e repassando o risco a um outro sistema. É o caso do licenciamento ambiental e da obrigatoriedade de informar riscos (em audiências públicas ou rotulagem de produtos). Outras formas conhecidas também se desenvolvem, como a própria responsabilidade objetiva (fundada no risco), a flexibilização do nexo causal, a inversão do ônus da prova, mas o que realmente parece estar no núcleo das questões envolvendo prevenção/precaução é o problema da regulação ambiental, isto é, a fixação de padrões e sua posterior aplicação e a obrigatoriedade de comunicar riscos. 4. O PAPEL DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL Em termos de legislação ambiental, a brasileira é considerada uma das mais completas e avançadas do mundo. A legislação brasileira foi aprimorada com o objetivo de proteger o meio ambiente de abusos, bem como reduzir as 13 consequências devastadoras da exploração. O aprimoramento da legislação, na atualidade, configura-se em um ponto importante para a proteção ambiental no país. Diante disso, é importante verificar as normas jurídicas brasileiras, relacionadas à proteção ambiental. O sistema jurídico brasileiro possui um importante ordenamento estruturado no Direito Ambiental, com vistas ao controle, à fiscalização e à atuação preventiva ao dano ambiental, agregando, para tanto, diversas frentes de proteção ao meio ambiente. A Constituição Federal, também conhecida como a lei maior do país, foi a primeira a tratar de modo ostensivo a questão ambiental, prevendo mecanismos de proteção e de controle. Por isso, a Constituição de 1988 foi considerada por muitos como a Constituição Verde. De acordo com seu Art. 225, Inciso VII, todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, cabendo ao Poder Público, dentre outras medidas, proteger a fauna e a flora. Além disso, o artigo veda práticas que coloquem em risco sua função ecológica e provoquem a extinção de espécies ou submetam animais a crueldade. Em seu Título VIII, Capítulo VI, Art. 225, caput, que trata da Ordem Social, preceituase que “(...) todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida.”. Impõe-se, também, ao Poder Público e à coletividade, o dever de defender e preservar o meio ambiente para presentes e futuras gerações. Através de um regramento moderno e inovador, a Constituição de 1988 também concedeu o direito à propriedade, mas condiciona esse direito a vários princípios, dentre os quais a proteção ao meio ambiente. Devido à importância das questões ambientais, a matéria foi abordada em outros títulos e capítulos, referendando a importância da proteção e da preservação do meio ambiente. A Lei nº 9.605/98 configurou-se, também, em um avanço na proteção ambiental, referindo-se aos crimes ambientais e determinando sanções penais e administrativas, derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. 14 Antes da inclusão da Lei 9.605/98 no ordenamento jurídico brasileiro, a política criminal referenteao setor ecológico, mostrava-se quase ineficiente e ultrapassada, enquanto no âmbito civil a legislação ambiental tanto em nível constitucional quanto infraconstitucional era uma das mais avançadas. Pairava a latência de que a ciência criminal acompanhasse a evolução do mundo moderno, incluindo aí a proteção às condições naturais indispensáveis à vida, com ênfase aos seres da biota animal, florestal, e a proteção a não poluição dos bens ambientais. (FREITAS; GARCIA, 2009) Com a instituição de sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, passou-se a adotar uma postura diferenciada em relação ao meio ambiente. O crime está relacionado à violação do direito: Crime é uma violação ao direito. Assim, será um crime ambiental todo e qualquer dano ou prejuízo causado aos elementos que compõem o ambiente: flora, fauna, recursos naturais e o patrimônio cultural. Por violar direito protegido, todo crime é passível de sanção (penalização), que é regulado por lei. (DURAM, 2019, n.p.) Antes da lei, os poluidores e os causadores de degradação ambiental não recebiam nenhuma penalidade por suas atitudes contra o meio ambiente. Assim, muitos empresários aproveitavam-se da falta de legislação para degradar o meio ambiente. Exemplo disso eram obras de mineração, as quais causavam extensas degradações ambientais, onde o máximo que a legislação previa era o pagamento de algum valor como forma de indenização aos donos de terras vizinhas. Além disso, era ignorada pelos empresários qualquer tipo de prática de preservação ambiental que pudesse ser aplicada a seus negócios. É importante destacar que a primordial finalidade da Lei nº 9.605/98 constitui-se na reparação do dano ambiental. Por essa razão, a maioria dos dispositivos da parte geral está relacionada à questão. A lei tem, pois, o objetivo tanto preventivo quanto repressivo, no sentido de que dispõe de fixação de valor para reparação de dano ambiental através de sentença penal condenatória, enquanto que a prevenção ocorre devido ao temor da pena e da indenização. 15 Com a Lei nº 9.605/98, as penas foram uniformizadas e tiveram gradação adequada. As infrações foram claramente definidas, contrariamente ao que ocorria, na legislação anterior, a qual definia a responsabilidade das pessoas jurídicas, mas não das pessoas físicas, ou seja, as grandes empresas eram responsabilizadas pelos danos que os empreendimentos causavam ao meio ambiente. Incluem-se, nos crimes ambientais, condutas que ignoram normas ambientais, mesmo que não estejam relacionadas diretamente a danos ao meio ambiente, além de agressões que ultrapassam os limites estabelecidos por lei. Enquadram-se, nesses casos, empreendimentos que não possuem a devida licença ambiental, incorrendo em desobediência à exigência da legislação ambiental e, consequentemente, são passíveis de punição por multa e/ou detenção. A Lei de Crimes Ambientais prevê que as penas sejam aplicadas conforme a gravidade da infração. Quanto mais reprovável for a conduta, mais severa será a punição do ato lesivo. A pena pode ser privativa de liberdade, quando o sujeito é condenado a cumprir sua pena em regime penitenciário, ou restritiva de direitos, onde se enquadram as penalidades: prestação de serviço à comunidade, interdição temporária de direitos, suspensão de atividades, prestação pecuniária, recolhimento domiciliar ou multa. A legislação prevê penalizações diferenciadas para pessoa jurídica (empresa) que viole algum direito ambiental, podendo ser penalizada com multa e/ou restrição de direitos, suspensão parcial ou total das atividades, interdição temporária do estabelecimento, obra ou atividade, proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou doações. O crime ambiental também é passível de ação civil pública, a qual foi regulamentada pela Lei nº 7.347/85. A ação civil é um instrumento jurídico de proteção ao meio ambiente que tem como objetivo a reparação do dano onde ocorreu a lesão de recursos ambientais. A ação civil poderá ser proposta pelo Ministério Público, Defensoria Pública, União, Estados, Distrito Federal, 16 Municípios, empresas públicas, fundações, sociedades de economia mista e associações com finalidade de proteção ao meio ambiente. Outro avanço foi a instituição da Lei nº 6.938, publicada em 31 de agosto de 1981, que institui a Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA), um marco e importante avanço em proteção ao meio ambiente brasileiro. Com a nova legislação, os recursos naturais, que antes eram explorados sem nenhuma supervisão, passaram a ser monitorados, possibilitando, assim, um melhor acompanhamento pelos órgãos fiscalizadores, o que favoreceu o incremento da preservação ambiental. O licenciamento ambiental também se configura em outro avanço e tem sido uma ferramenta importante, pois regulamenta ações de empresários. O licenciamento ambiental é o instrumento que certifica que o empresário está cumprindo a legislação e, para obter o certificado, independente do porte de sua organização, precisa conhecer as necessidades e as restrições ambientais do local e adequar-se à legislação ambiental competente. Com o licenciamento ambiental, almeja-se que o empresário conheça e ponha em prática as medidas preventivas e de controle que são necessárias e compatíveis com o desenvolvimento sustentável, sendo de suma importância o papel do empreendedor, que deve identificar os efeitos que seu negócio possa causar ao meio ambiente, bem como a forma de gerenciá-lo. O empreendedor deve ter consciência de que, para explorar os recursos naturais de uma região, precisa ter conhecimento das necessidades da comunidade e das restrições de exploração local, sendo necessário cumprir todas as exigências legais para obter a licença ambiental. O objetivo disso é garantir que medidas preventivas e de controle possam ser adotadas em seus empreendimentos. A adequação das organizações à legislação ambiental configura-se em uma premissa para se alcançar um desenvolvimento econômico e social, sem, contudo, comprometer a proteção ambiental. É preciso proteger o meio ambiente de ações exploratórias, sem o devido controle e respeito a normas ambientais. 17 O licenciamento das atividades exige o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), que avalia os efeitos do projeto ao ambiente. Ele deve conter: Comparação entre as alternativas tecnológicas e de localização da construção (e a alternativa de não fazer nada); Descrição dos impactos na instalação e na operação (positivos ou negativos / diretos ou indiretos / curto, médio ou longo prazo / reversíveis ou não); identificar a área afetada e descrever suas mudanças físicas, biológicas e/ou socioeconômicas; Definição de quais vão ser as medidas para reduzir os prejuízos ambientais e permitir o monitoramento da situação. (em resumo, é um relatório de PNV com o impacto ambiental como principal critério). Depois do estudo pronto, ele é publicado também na forma de Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (RIMA), resumido e voltado para leigos. Obs: é possível fazer um Relatório Ambiental Preliminar (RAP) e tornar o EIA-RIMA dispensáveis. Assim, o licenciamento prossegue em 3 fases: Licença Prévia (LP): fase inicial do projeto. Apresenta os requisitos básicos de localização, instalação e operação. Nesta fase já é solicitado o Estudo de Impacto Ambiental. Validade de 5 anos. Licença de Instalação (LI): fase de implantação do projeto. Autoriza as obras para a instalação, de acordo com as descrições anteriores. Validade de até 6 anos. Licença de Operação (LO): fase de operação do projeto. Autoriza,após o fim da implantação, o início do funcionamento de seus equipamentos, de acordo com as descrições anteriores. Validade entre 2 e 10 anos. Entre as atividades que precisam do licenciamento ambiental, estão: loteamentos e condomínios; indústrias; usinas elétricas; áreas de extração mineral; comércio varejista de combustíveis; aterros sanitários; sistemas de saneamento; hospitais; cemitérios; etc. 18 Atualmente, a legislação ambiental brasileira está avançada. As normas são voltadas para o estabelecimento de uma gestão ambiental e aborda quase todos os temas (exceto resíduos sólidos, que precisa ser mais bem tratado). A tendência é a melhoria contínua, com normas cada vez mais pró ativas. 5. O PAPEL DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE (Fonte: Rawpixel.com / Shutterstock.com) Inicialmente, é importante destacar que entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Deste modo, já é possível perceber que a educação ambiental é um importante componente da educação nacional, devendo assim sempre estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal. 19 Ademais, a legislação brasileira preconiza que os princípios básicos da educação ambiental é o enforque humanista, holístico, democrático e participativo; a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade; o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade; a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais; a garantia de continuidade e permanência do processo educativo; a permanente avaliação crítica do processo educativo; a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais; o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural. Insta salientar também que são objetivos fundamentais da educação am- biental o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos; a garantia de democratização das informações ambientais; o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social; o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania; o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro e macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade; o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia; o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade. Diante do exposto é possível compreender a importância que a educação ambiental possui na busca pela preservação do meio ambiente, a educação é uma das mais importantes armar que o ser humano possui para lutar contras as mais variadas questões. 20 6. O DESENVOLVIMENTO HUMANO E AS PREOCUPAÇÕES FUTURAS Tratar de perspectivas do futuro é assunto recorrente, já que a sobrevivência humana está atrelada também a procedimentos de melhoramento da vida e à existência de recursos naturais no planeta. Assim, falar em proteção de gerações futuras implica também tratar de responsabilidades quanto à manutenção de vidas que estão por vir. Segundo Pfeiffer, Murguía e Gandhi, a modernidade separou a ordem ‘natural’ da ‘humana’ como se o homem não pertencesse ao natural, criando o pensamento utópico de que a natureza é um instrumento para suprir as necessidades humanas e que, portanto, deveria ser submetida às leis da razão. Durante os séculos XVIII e XIX, não havia dúvida de que os seres humanos – por meio do domínio da ciência, técnica, arte e filosofia – poderiam controlar os fenômenos naturais que pudessem significar um entrave para alcançar o progresso. A ciência, a técnica, o progresso e a racionalidade eram os componentes que garantiriam um futuro mais livre e mais humano, razão pela qual o avanço nos conhecimentos práticos e teóricos eram essenciais para que o ser humano não fosse submetido às leis naturais, devendo a natureza ser meio para alcançar a felicidade humana. No entanto, a promessa da ciência moderna acabou se convertendo em ameaça contra a natureza e contra o próprio ser humano que pretendeu exercer seu domínio. A permanente busca por novidades e o uso desenfreado dos recursos naturais geraram um alerta quanto à diminuição e limitação dos recursos naturais do planeta. O avanço industrial e tecnológico trouxe consigo diversos benefícios para a humanidade, mas promoveu também a ideia de que os recursos naturais poderiam ser utilizados sem limites e que as consequências poderiam ser remediadas por novas tecnologias, o que não tem se mostrado factível, pelo contrário, tem criado diversas incertezas quanto ao futuro. As mudanças climáticas, advindas da ação humana na natureza, também têm sido objeto de especial preocupação já que o desenvolvimento desenfreado acabou por alterar 21 a vida e o habitat de diversos seres vivos. Tais fatos ensejam a adaptação do modo de vida humana, voltada ao aspecto sustentável. Para melhor compreender o atual cenário planetário, faz-se necessário tecer breves argumentações a respeito das consequências que as ações humanas têm causado ao planeta, para, posteriormente, adentrar às reflexões bioéticas acerca do princípio da proteção e seus desdobramentos. 6.1. Mudanças Climáticas As mudanças climáticas representam outro problema de escala mundial, já que respondem a uma cadeia de produção iniciada pelo desenvolvimento industrial, que desencadeou o atual alto nível de poluição, ocasionando aquecimento global; que, por sua vez, tem causado o aumento da temperatura média do planeta, elevando o nível do mar, o que acarreta o desaparecimento de ilhas, alagamento de cidades litorâneas e até mesmo a alteração do ciclo de vida de diversas espécies da natureza. Tais fatos são alarmantes para o futuro no planeta, já que a vida depende do equilíbrio de todo o ecossistema. A resposta do meio ambiente às ações humanas pode ser compreendida, na concepção da metamorfose, como possibilidade de alterações catastróficas ambientais. Nesse prisma, Beck afirma que a ênfase em descobrir soluções para evitar ou diminuir as mudanças climáticas cega os sujeitos para o fato de que esta não deixa de ser agente central da metamorfose, que já alterou o modo de vida humano no mundo. Exemplo disso é o fato de que o aumento do nível do mar tem criado paisagens de desigualdade, desenhando novos mapas com modificação das linhas fronteiriças entre os Estados. Garvey, por sua vez, ressalta que apesar de os estudos éticos estarem mais preocupados com questões inerentes à clonagem, eutanásia ou modificações genéticas, por exemplo, a reflexão acerca das mudanças climáticas se mostra indispensável, porquanto o mundo está mudando, sendonecessário adotar ações em resposta a tais mudanças. O autor ressalta ainda que a ciência é capaz de nos dar maior controle sobre os fatos, mas não é capaz de dar respostas eficazes para alterar o atual cenário mundial. 22 As mutações climáticas, advindas de buracos na camada de ozônio, aumento da temperatura planetária, degelo de calotas polares e desertificação de regiões, representam problemas ambientais que ameaçam o ecossistema da Terra, mas também influenciam nos campos político e econômico, já que a modificação geográfica e de fronteiras representa também alteração de territórios. Sob outra perspectiva, a busca por respostas rápidas e pontuais aos problemas existentes introduz uma lógica de imediatismo exacerbado, que impede de pensar em medidas em longo prazo, como é o caso da necessidade da adoção de um modo de vida que resulte em menos impactos negativos ao planeta. Assim, é fundamental a existência de estudos e reflexões éticas acerca das ações humanas e a forma como a ciência se desenvolve, avaliando suas consequências para a vida das pessoas, para a sua saúde e para o próprio planeta. Como se observa, o mundo contemporâneo tem atravessado uma série de mudanças capazes de comprometer até mesmo a continuidade de sua existência e dos seres que nele habitam. 6.2. Desenvolvimento Sustentável Nascimento, ao tratar do desenvolvimento sustentável como uma das soluções para a crise ambiental vivida no mundo, apresenta uma crítica quanto à adoção de meios mais eficazes para preservação dos recursos naturais, entre eles, as mudanças culturais, defendendo a necessidade de adoção de outros valores e comportamentos, tais como: que noção de felicidade se desloque do ‘consumir’ para o ‘usufruir’; transferência da moda, visando à durabilidade do produto; e pressões para a valorização e melhora de transportes coletivos. Para ele, o desenvolvimento sustentável deve ser compreendido em sua complexidade, abordando cautelosamente os aspectos tecnológicos e sua promessa de superação dos limites dos recursos naturais, agregado à necessidade de uma mudança radical na forma como se produz e consome bens 23 e serviços. Manifesta-se ainda reticente quanto à adoção de políticas para decrescimento populacional, defendendo que a solução está na mudança de postura na forma como se lida com os recursos naturais e o pouco receio de que estes efetivamente acabem. O autor aduz que o século XXI traz consigo três signos, quais sejam: a contradição entre os indícios de crescimento da crise ambiental e a fragilidade das medidas adotadas; [a incerteza] quanto ao futuro da humanidade no acirramento das crises econômica e ambiental; [e a esperança] de que transformações sociais ocorram, mudando – para melhor – o padrão civilizatório a que estamos prisioneiros. Como se nota, tratar da temática ambiental quanto ao futuro remete a uma série de problemas, que partem desde o avanço industrial, tecnológico e suas promessas para o futuro, incluindo a reflexão acerca da ação antrópica na natureza e a forma como se deixa de observar o modo de vida sustentável. Tais temáticas, apesar de distintas, conectam-se na medida em que trazem a necessidade de reflexão quanto ao mundo para o qual se está caminhando. 7. GESTÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE Há, na área ambiental, vários questionamentos e muitos desafios, o que tornou a questão ambiental um dos mais importantes desafios da sociedade contemporânea. Não há necessidade de estudos aprofundados para se concluir que a preservação do meio ambiente é essencial e constitui-se na única forma de garantir a sobrevivência das gerações futuras. Por outro lado, a questão ambiental está diretamente relacionada à atividade econômica. A ideia do Direito Ambiental brasileiro é que ele está intimamente ligado ao desenvolvimento econômico e ao desenvolvimento social, e não apenas em matéria de preservação ambiental, propriamente dita (DURAM, 2019). 24 A questão primordial da atualidade está em torno da promoção do desenvolvimento econômico e social, mas sem, contudo, comprometer questões ambientais. É nesse contexto que a gestão ambiental vem-se destacando, auxiliando organizações a adequarem-se diante das exigências legais, contribuindo diretamente para com o desenvolvimento sustentável. É importante entender, nesse contexto, o significado de desenvolvimento sustentável. A origem do termo sustentabilidade é latina, vem de sustentare, que significa sustentar, conservar, proteger e manter em equilíbrio. De acordo com Kato (2008), há um consenso entre os pesquisadores em relação a seu conceito, que deve ser tratado de forma abrangente, pois é uma questão complexa com diversas abordagens. Meadows; Meadows e Randers (1992) definem a sustentabilidade como uma técnica de desenvolvimento que resulta na melhoria da qualidade de vida e simultaneamente na minimização de impactos ambientais negativos. Diante da realidade social e econômica brasileira, a sustentabilidade representa um caminho a ser seguido ante os desafios que se impõem, sendo, na atualidade, a forma mais efetiva de garantir uma qualidade de vida às presentes e futuras gerações, possibilitando, também, o desenvolvimento da economia e da sociedade. De acordo com Rodrigo C. Rocha Loures (2009), torna-se evidente que o conceito de sustentabilidade está atrelado à questão ambiental, mas não se reduz a ela. A sustentabilidade é uma temática vinculada à cultura, à sociedade e ao próprio ser humano. Está associada ao compromisso social e ao processo participativo de construção no qual instituições políticas, sociedade civil e grupos de interesse organizados encontram espaço para exercerem papel de representação política e institucional. Nesse contexto, verifica-se a importância de os gestores dispensarem atenção a técnicas sustentáveis frente aos problemas ambientais. O emprego dessas técnicas nos processos de produção é essencial para a preservação do meio ambiente e implica, de forma direta, na qualidade de vida das pessoas. Por 25 isso, o emprego de técnicas sustentáveis é essencial. Além do mais, muitas vezes, contribuem para com a redução de custos na produção. É importante destacar que a gestão ambiental surgiu devido à necessidade de um desenvolvimento sustentável. O conceito de gestão ambiental surgiu através da premissa do desenvolvimento sustentável como uma forma de administrar os recursos naturais e as atividades dentro de processos de produção de bens e de serviços. As políticas de gestão ambiental foram, portanto, instituídas pela necessidade de se elaborarem metas e objetivos para se alcançar a sustentabilidade, além de criar um compromisso estatal e empresarial (AQUINO AND GUTIERREZ, 2012): Neste contexto, a gestão ambiental tem ganhado destaque e uma dimensão estratégia das empresas, como forma de planejar o desenvolvimento, a implantação e manutenção de uma política ambiental para o desenvolvimento sustentável se caracterizam como conjunto de princípios, estratégias e diretrizes de ações e procedimentos para proteger a integridade dos meios físicos e bióticos, bem como dos grupos sociais que deles dependem. Inclui também, o monitoramento e o controle de elementos essenciais à qualidade de vida, em geral, e à salubridade humana, em especial. (PAGÉS, 2015, n.p.) Assim, a gestão ambiental configura-se na forma de planejar o desenvolvimento, a implantação e a manutenção de uma política ambiental para as organizações públicas e privadas, visando ao desenvolvimento sustentável. Inclui, também, ao processo, o monitoramento e o controle de elementos essenciaisà qualidade de vida e à salubridade humana. A gestão ambiental é de extrema importância e utiliza-se de mecanismos e instrumentos de gestão que estabelecem ações precisas: A gestão ambiental é realizada através de mecanismos e instrumentos de gestão que estabelecem ações precisas e específicas para todos os agentes que participam dos processos produtivos e econômicos. Os problemas identificados são objetivos e as intervenções direcionadas para resultados previamente determinados que busquem a permanente melhoria da qualidade dos serviços, produtos e ambientes impactados pelas organizações privadas ou públicas. Este processo de aprimoramento é constante e deve ser estabelecido através de 26 políticas, diretrizes e programas relacionados ao meio ambiente e externo às atividades desenvolvidas, colaborando com outros setores econômicos, comunidades próximas ou afetadas, órgãos ambientais e de saúde pública e do trabalho, desenvolvendo e adotando processos que evitem ou minimizem os impactos ambientais e sociais dos empreendimentos (HENDGES, 2010, n.p.). Como bem pontuado por Hendges, o êxito da gestão ambiental depende da colaboração de todos os envolvidos, devendo ser incluídas, também, as comunidades próximas ou afetadas, bem como órgãos ambientais e de saúde pública e do trabalho. É essencial que todo trabalho adote processos que evitem ou minimizem impactos ambientais e sociais de empreendimentos. O propósito é usar todo conhecimento, experiência e tecnologia para minimizar os impactos diretos de ações devastadoras sobre o meio ambiente e contribuir diretamente para com a sustentabilidade. No contexto atual, é fundamental a implantação de um sistema de gestão ambiental. Organizações têm sido pressionadas por diversos fatores, como a pressão do mercado, requisitos legais, preservação e melhoria de imagem institucional. Empresas que já aderiram à Gestão Ambiental e introduziram técnicas de sustentabilidade têm obtido resultados positivos, passando a contar com maior credibilidade junto a seus consumidores, sendo beneficiadas, também, em alguns casos, com redução de custo nos processos de produção e, por conseguinte, maior lucro. Diante desse cenário, é necessário que o desenvolvimento econômico esteja atrelado à consciência ambiental. As duas questões estão intrinsecamente interligadas, não sendo possível promover o desenvolvimento econômico sem o meio ambiente. Devido à urgência em prover a proteção e a sustentabilidade, a Gestão Ambiental tornou-se, pois, uma estratégia de negócio que vem crescendo gradativamente no meio empresarial. 7.1. Sistemas de Gestão Fundada em 1947, em Genebra, e presente em cerca de 160 países a organização não-governamental - International Organization for Standardization (ISO) promove a normatização de produtos e serviços. 27 Conferindo maior organização, produtividade, credibilidade e consequentemente aumentando a competitividade empresarial nos mercados nacional e internacional, a adoção das normas ISO torna-se vantajosa. A sua credibilidade ocorre pela verificação dos requisitos através de auditorias externas independentes. As principais normas e diretrizes de sistemas de gestão tratam da qualidade, meio ambiente, segurança e saúde e da responsabilidade social. As diretrizes para o estabelecimento das especificações dos sistemas de gestão servem de base para obter a certificação. O conhecido ISO 14001:2004 surgiu em resposta as demandas da sociedade e as exigências do mercado, somente em 1990 as empresas começaram a refletir sobre a qualidade ambiental e a conservação dos recursos naturais. Nesta época foi dado início à sistematização de procedimentos, padronização e normalização, destinados a orientar as empresas a adequarem- se a determinadas normas de aceitação e reconhecimento geral. Configurando-se posteriormente como importantes componentes nas estratégias empresariais. Objetivos das normas da série ISO 14000 Harmonizar iniciativas de normalização pelos países; Estabelecer padrões que levem a excelência ambiental; Servir de guia para avaliação de performance ambiental; Simplificar exigências de registros e selos ambientais; Minimizar barreiras comerciais. Características das normas da série ISO 14000 São voluntárias, porém poderão ser requeridas pelos clientes; São consistentes com a série de normas de gerenciamento da qualidade (ISO 9000); Flexibilidade na sua aplicação; 28 Poderão ser utilizadas como auto declaração de conformidade ou serem usadas para certificação por terceira parte. Benefícios das normas da Série ISO 14000 Focalização mundial em questões relacionadas à gestão ambiental; Demonstração de compromisso ambiental pelas empresas; Promoção de normas voluntárias e de consenso internacional; Auxilia as empresas a cumprirem e manterem o atendimento às leis ambientais; Estabelecimento de critérios para que as empresas possam ir além do exigido, quanto as leis ambientais. 8. PRECAUÇÃO COMO ATRIBUTO PARA PROTEÇÃO DE FUTURAS GERAÇÕES A proteção deve ocorrer de forma ativa, por meio da adoção de práticas que visem diminuir os efeitos negativos da ação humana e os impactos que esta pode acarretar para a vida planetária. O princípio da proteção pode ser atrelado ao princípio da precaução, como forma de nortear o gerenciamento dos riscos advindos das atividades humanas no planeta. Segundo Garrafa et al., a precaução pode ser compreendida como: [...] a adoção de medidas protetoras relativas a possíveis danos ou riscos que poderiam ser produzidos por determinados produtos ou tecnologias. [...]. Nessa linha de ideias, seu propósito precípuo é a proteção da humanidade e do meio ambiente contra possíveis ameaças dos atos humanos. A precaução mostra-se importante ferramenta, principalmente quando se sabe da existência dos riscos de determinada ação, mas estes não são totalmente conhecidos ou previsíveis. 29 Como forma de proteger o meio ambiente, os Estados devem observar o princípio da precaução, de modo que, na iminência de ameaças de danos sérios ou irreversíveis, devem ser adotadas medidas para prevenir a degradação ambiental. Com isso, o princípio da precaução tem por finalidade “a implementação de melhores decisões possíveis em estados de incerteza e de conhecimento indisponível, inacessível ou mesmo inexistente”. Por sua vez, Hammerschmidt diferencia os princípios da prevenção e da precaução, visto que o primeiro refere-se à gestão de riscos e danos já conhecidos e mensuráveis, cujas consequências movem-se dentro das certezas das ciências; o segundo, por sua vez, enfrenta os riscos gerados pela incerteza dos saberes científicos, que são imensuráveis e imprevisíveis. Ou seja, enquanto o primeiro refere-se ao perigo concreto, o segundo refere-se ao perigo abstrato, mas iminente. A ideia de precaução revela a necessidade de uma ética da decisão aplicada a um contexto de incertezas, causada pelo paradigma da segurança existencial – pautada no progresso e na tecnologia –, que acabou dando lugar ao medo – gerado pela ideia de que se vive constantemente exposto ao risco. A importância do princípio da precaução está justamente no pressuposto de que é necessário gerir os riscos ambientais, adotando-se uma atitude de “antecipação preventiva que se revela a longo prazo como menos onerosa para a sociedade e o ambiente e mais justa e solidária com as gerações futuras”. O princípio da precaução responde às incertezas não apenas quanto à relação de causalidade entre o ato e suas consequências, mas também quanto à realidade e medida do risco e do dano. Contudo,a aplicação de tal princípio não se mostra simples, visto que exige a gestão do exercício ativo da dúvida, ou seja, a uma ampliação da incerteza, do que pode ou não ocorrer. Saliente-se que a “incerteza não exonera de responsabilidade; ao contrário, ela reforça a criar um dever de prudência”. O princípio da precaução, agregado ao de proteção, centra-se na ideia de que medidas para a proteção ambiental devem ser adotadas de forma imediata, sendo que a incerteza ou ausência de certeza científica absoluta quanto aos 30 riscos e danos não deve ser utilizada como desculpa para postergar ações, mas para adotá-las o quanto antes. Nesse sentido, o olhar crítico e reflexivo da bioética auxilia a reconhecer e a incentivar a adoção de medidas práticas de precaução, para efetivar o princípio da proteção às gerações futuras, as quais estão atreladas aos riscos trazidos pelo desenvolvimento científico e pelo modo de vida das pessoas, que, em sua maioria, está adstrito à lógica de produção para consumo, ao invés de redução racional de consumo para preservação de recursos naturais. O princípio da precaução impele à utilização inversa das tecnologias produzidas, para que deixem de satisfazer exclusivamente à lógica do consumo e sirvam para reduzir os níveis de poluição, evitar extinção de espécies e o crescimento do desequilíbrio ambiental, bem como incentivar ações de conscientização social. Segundo Porto e Garrafa, faz-se necessário que as pessoas deixem de viver a lógica consumista (sem qualquer noção de responsabilidade) e passem a adotar uma lógica mais cidadã e de comunhão consensual para preservação do planeta, de modo a abandonar o individualismo exacerbado, para passar a reconhecer e dignificar o outro, agindo coletivamente para o bem comum. 31 REFERÊNCIAS AQUINO, M. H. G. and GUTIERREZ, R. H., 2012. Aspectos relevantes das normas de gestão ambiental e responsabilidade social para a tomada de decisão. In VIII Congresso Nacional de Excelência em Gestão, 2012. Rio de Janeiro. BECK U. 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