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Aula 08

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Livro Eletrônico
Aula 08
Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas 
Décio Terror Filho
37371020669 - Ester Francisca de Paula
1 
 
Aula 8: Funções das classes de palavras. Flexão nominal. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Substantivo 3 
2. Artigo 13 
3. Adjetivo 14 
4. Preposição 21 
5. Advérbio 27 
6. Lista das questões da FGV 33 
7. Gabarito 68 
Olá, pessoal! 
Nesta aula vamos falar do substantivo, artigo, adjetivo, adjetivo, 
preposição e preposição. Além disso, trabalharei especificamente em vídeo a 
interjeição e numeral. 
A fim de treinarmos bastante todo o conteúdo previsto, inseri numa 
primeira parte da aula questões de várias bancas, por isso elas não estão 
numeradas. Em seguida, praticaremos somente com questões da FGV. 
Mas o que são as classes de palavras? Para responder a essa pergunta, é 
interessante observarmos alguns princípios gramaticais. 
A gramática normativa divide-se em três estruturas básicas: a 
semântica, a morfologia e a sintaxe. 
 O valor semântico é o sentido que o vocábulo terá no contexto da frase. 
A base de seu estudo são os sentidos das conjunções coordenativas, 
subordinativas adverbiais, preposições, além dos substantivos, adjetivos e 
advérbios. 
A morfologia é tudo que norteia o vocábulo em si: a fonologia (som da 
palavra), a estrutura da palavra, a ortografia, a acentuação gráfica e as classes 
de palavras. Estas classes são os nomes dos vocábulos dentro de uma frase. 
Esses vocábulos podem ser: 
a) substantivo (dá nome aos seres); 
b) artigo (determina o substantivo); 
c) adjetivo (caracteriza o substantivo); 
d) advérbio (modifica o verbo, adjetivo ou outro advérbio); 
e) pronome (substitui ou acompanha um termo substantivo); 
f) verbo (transmite processos, como ação, atividade intelectual, desejo, etc); 
g) conjunção (liga orações ou palavras); 
h) preposição (liga orações, palavras ou inicia complementos); 
i) numeral (quantifica, ordena, multiplica ou divide os seres); 
j) interjeição (marca exclamações). 
Essas classes de palavras normalmente ocupam uma função sintática, 
que é o seu desempenho dentro de uma oração. 
Uma classe gramatical pode desempenhar várias funções sintáticas, 
dependendo do contexto em que é inserida. Um substantivo, por exemplo, pode 
desempenhar as funções de sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento 
Décio Terror Filho
Aula 08
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nominal, predicativo, vocativo, aposto, agente da passiva. Já um adjetivo pode, 
além das funções de predicativo e aposto, desempenhar a de adjunto adnominal. 
O advérbio ocupa unicamente a função de adjunto adverbial. Das classes 
gramaticais, as que não possuem funções sintáticas são o verbo, a conjunção, a 
preposição e a interjeição. 
Veja um quadro que estrutura melhor essa explicação: 
Classe de Palavras Função sintática 
 
 
 
Substantivo 
 
 
 
 
(valor substantivo) 
Núcleo do sujeito 
Núcleo do objeto direto 
Núcleo do objeto indireto 
Núcleo do complemento 
nominal 
Núcleo do aposto 
Núcleo do predicativo 
Núcleo do agente da passiva 
Vocativo 
 
Adjetivo 
 
(valor adjetivo) 
Aposto 
Adjunto adnominal 
Predicativo 
Artigo (valor adjetivo) Adjunto adnominal 
 Núcleo do sujeito 
 Núcleo do objeto direto 
 Núcleo do objeto indireto 
 (valor substantivo) Núcleo do complemento 
nominal 
Pronome Núcleo do aposto 
 Núcleo do predicativo 
 Núcleo do agente da passiva 
 Vocativo 
 Aposto 
 (valor adjetivo) Adjunto adnominal 
 Predicativo 
 Núcleo do sujeito 
 Núcleo do objeto direto 
 Núcleo do objeto indireto 
 (valor substantivo) Núcleo do complemento 
nominal 
 Núcleo do aposto 
Numeral Núcleo do predicativo 
 Núcleo do agente da passiva 
 Vocativo 
 Aposto 
 (valor adjetivo) Adjunto adnominal 
 Predicativo 
Advérbio Adjunto adverbial 
Verbo 
 
(sem função sintática) Preposição 
Conjunção 
Interjeição 
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Naturalmente, você não tem que decorar esse quadro, ele é apenas um 
elemento de consulta, para que você compreenda melhor a diferença entre 
morfologia, semântica e sintaxe; pois, quando a prova junta os conteúdos numa 
só questão, isso ajudará muito. 
Assim, esta aula trabalha a morfologia, especificando as classes de 
palavras. 
Partamos do princípio de que, na Língua Portuguesa, há dez classes de 
palavras (substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, pronome, artigo, numeral, 
interjeição, preposição e conjunção). Logicamente, não nos interessa comentar 
todas as classes, mas aquilo que é cobrado em prova. 
O assunto é vasto, mas percebemos que as questões se concentram 
basicamente nas classes “artigo”, “substantivo”, “adjetivo”, “advérbio”, 
“pronome”, “conjunção” e “preposição”. O que é importante a ser trabalhado 
sobre conjunção basicamente é visto nas aulas de orações subordinadas 
adverbiais, substantivas e coordenadas. 
Os assuntos numeral e interjeição praticamente não têm ocorrências nas 
provas. 
Por isso, basicamente trabalharemos preposições, substantivos, adjetivos, 
artigos, verbos e pronomes. 
Vamos ao primeiro tema?!!! 
Substantivo é a palavra que designa seres. O conceito de seres deve 
incluir os nomes de pessoas, lugares, instituições, grupos, indivíduos e entes de 
natureza espiritual ou mitológica: 
mulher Teresina cavalo anjo alma 
comunidade saci sereia sociedade Maria 
Além disso, deve incluir os nomes de ações, estados, qualidades, 
sensações, sentimentos: 
acontecimento integridade correria encontro amor 
miséria honestidade cidadania liberdade 
 
Os substantivos classificam-se em: 
1) Substantivo comum: designa os seres de uma espécie de forma genérica: 
pedra, computador, cachorro, homem, caderno. 
2) Substantivo próprio: designa um ser específico, determinado, 
individualizando-o: Londrina, Luana, Natália, Ester. 
O substantivo próprio sempre deve ser escrito com letra maiúscula.
 
3) Substantivo concreto: dá nome a seres de existência independente, reais 
ou imaginários: ar, som, Deus, computador, sereia, pedra, Ester. 
Note que são considerados concretos os substantivos que nomeiam divindades 
ou seres fantásticos, pois, existentes ou não, são tomados sempre como seres 
dotados de vida própria. 
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4) Substantivo abstrato: designa prática de ações verbais, existência de 
qualidades ou sentimentos humanos: saída (prática de sair), beleza (existência 
do belo), saudade, amor.
 
5) Substantivo primitivo: é aquele que não se origina de outra palavra 
existente na língua portuguesa: pedra, jornal, gato, homem. 
6) Substantivo derivado: é aquele que provém de outra palavra da língua 
portuguesa: pedreiro, jornalista, gatarrão, homúnculo. 
7) Substantivo simples: é simples o substantivo formado por um único 
radical: pedra, pedreiro, jornal, jornalista. 
8) Substantivo composto: é composto o substantivo formado por dois ou 
mais radicais: pedra-sabão, homem-rã, passatempo. 
9) Substantivo coletivo: é aquele que, no singular, indica diversos elementos 
de uma mesma espécie, como: 
alcateia lobos 
álbum fotografias 
antologia trabalhos literários 
armada navios de guerra 
armento gado grande (bois, búfalos etc.) 
arquipélago ilhas 
assembleia parlamentares / associados 
O substantivo pode se flexionar em gênero (masculino e feminino), 
número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo). 
1. Flexão de número - singular e plural 
a. Plural dos substantivos simples 
Na pluralização de um substantivo simples, devemos observar sua terminação
 
1) Quando os substantivos terminarem em vogal e semivogal, acrescenta-se a 
desinência nominal de número S: 
saci = sacis chapéu= chapéus troféu = troféus degrau = degraus. 
2) Quando os substantivos terminarem em ão, devemos observar o seguinte: 
a) Fazem o plural em ões: 
gavião = gaviões formão = formões folião = foliões questão = 
questões 
b) Fazem o plural em ães: 
escrivão = escrivães tabelião = tabeliães capelão = capelães 
c) Fazem o plural em ãos: 
artesão = artesãos; cidadão = cidadãos; cristão = cristãos; pagão = pagãos 
d) todas as paroxítonas terminadas em -ão: bênçãos, sótãos, órgãos. 
 
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3) Cuidado com os que admitem mais de uma forma para o plural: 
aldeão = aldeões, aldeães, aldeãos ancião = anciões, anciães, anciãos 
ermitão = ermitões, ermitães, ermitãos pião = piões, piães, piãos 
vilão = vilões, vilães, vilãos alcorão = alcorões, alcorães 
charlatão = charlatões, charlatães cirurgião = cirurgiões, cirurgiães 
faisão = faisões, faisães guardião = guardiões, guardiães 
peão = peões, peães anão = anões, anãos 
corrimão = corrimões, corrimãos verão = verões, verãos 
vulcão = vulcões, vulcãos 
4) Veja esta regra importante sobre os substantivos terminados em L: 
a) Quando terminados em “-al”, “-el”, “-ol” ou “-ul”, troca-se o L por IS: 
vogal = vogais animal = animais papel = papéis anel = anéis 
paiol = paióis paul = pauis álcool = álcoois ou alcoóis 
 
Mas cuidado com as exceções: 
mal = males cal = cais ou cales aval = avais ou avales 
mel = méis ou meles cônsul = cônsules real (moeda antiga) = réis 
real (moeda atual)= reais mol = móis, moles e mols 
b) Quando terminados em –il, deve-se observar o seguinte: 
I - Palavras oxítonas trocam a terminação L por S: cantil/cantis; canil/canis; 
barril/barris. 
I - Palavras paroxítonas ou proparoxítonas trocam a terminação IL por EIS: 
fóssil/fósseis; fácil/fáceis 
Cuidado com as seguintes palavras: 
projetil (oxítona) = projetis projétil (paroxítona) = projéteis 
reptil (oxítona) = reptis réptil (paroxítona) = répteis 
c) Quando terminados em M, troca-se o M por NS: item/itens; nuvem/nuvens. 
d) Quando terminados em N, soma-se S ou ES: 
espécimen = espécimens ou especímenes hífen = hifens ou hífenes 
abdômen = abdomens ou abdômenes pólen = polens ou pólenes 
e) Quando terminados em R ou Z, acrescenta-se ES: 
caráter = caracteres sênior = seniores júnior = juniores 
f) Quando terminados em X, ficam invariáveis: o/os tórax; a/as fênix 
g) Quando terminados em S, deve-se observar o seguinte: 
I - Palavras monossílabas ou oxítonas acrescentam ES. 
ás = ases deus = deuses ananás = ananases 
II - Palavras paroxítonas ou proparoxítonas ficam invariáveis. 
os lápis. os tênis os atlas 
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Cuidado: Cais é invariável. 
h) Substantivos só usados no plural: 
as calças as costas os óculos 
os parabéns as férias as olheiras 
as hemorroidas as núpcias as trevas 
os arredores 
i) Substantivos terminados em ZINHO: 
Ignora-se a terminação -zinho, coloca-se no plural o substantivo no grau 
normal, ignora-se o s do plural, devolve-se o -zinho ao local original e, 
finalmente, acrescenta-se o s no final
 
Por exemplo pãozinho: ignora-se o -zinho (pão); coloca-se no plural o 
substantivo no grau normal (pães); ignora-se o s (pãe); devolve-se o -zinho 
(pãezinho); acrescenta-se o s final (pãezinhos)
 
mulherzinha = mulher - mulheres - mulhere - mulherezinha - mulherezinhas. 
alemãozinho = alemão - alemães - alemãe - alemãezinho - alemãezinhos. 
barzinho = bar - bares - bare - barezinho - barezinhos. 
j) Substantivos terminados em INHO, sem Z, acrescentam S. 
lapisinho = lapisinhos patinho = patinhos chinesinho = chinesinhos 
k) Plural com deslocamento da sílaba tônica: 
carácter = caracteres espécimen = especímenes 
júnior = juniores sênior = seniores 
b. Plural do substantivos compostos 
Quando pluralizamos um substantivo composto, devemos observar os 
vocábulos que o formam individualmente. 
1) Substantivo / Adjetivo / Numeral: são elementos pluralizáveis, portanto, 
quando formarem um substantivo composto, normalmente irão para o plural. 
aluno-mestre = alunos-mestres erva-doce = ervas-doces 
alto-relevo = altos-relevos gentil-homem = gentis-homens 
segunda-feira = segundas-feiras cachorro-quente = cachorros-quentes 
salário-mínimo= salários-mínimos laranja-baiana= laranjas-baianas 
couve-flor=couves-flores 
2) Pronome: alguns pronomes admitem plural; outros, não. Por exemplo, os 
pronomes possessivos são pluralizáveis (meu - meus; nosso - nossos), mas os 
pronomes indefinidos, não (ninguém, tudo). Na formação de um substantivo 
composto, o mesmo ocorre. 
padre-nosso = padres-nossos Zé-ninguém = Zés-ninguém 
3) Verbo / Advérbio / Interjeição: são elementos invariáveis, portanto, quando 
formarem um substantivo composto, continuarão invariáveis. 
pica-pau = pica-paus beija-flor = beija-flores 
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alto-falante = alto-falantes abaixo-assinado = abaixo-assinados 
salve-rainha = salve-rainhas ave-maria = ave-marias 
Casos especiais 
4) Substantivo + Substantivo: como vimos anteriormente, ambos irão para o 
plural, porém, quando o último elemento estiver indicando tipo ou finalidade do 
primeiro, somente este irá para o plural. 
banana-maçã = bananas-maçã 
navio-escola = navios-escola 
salário-desemprego = salários-desemprego 
5) Três ou mais palavras: 
I - Se o segundo elemento for uma preposição, só o primeiro irá para o plural. 
pé de moleque1 = pés de moleque 
pimenta-do-reino = pimentas-do-reino 
mula sem cabeça2 = mulas sem cabeça 
Cuidado: Se o primeiro elemento for invariável, o substantivo todo ficará 
invariável. P. ex. fora da lei3, fora de série4. 
II - Se o segundo elemento não for uma preposição, só o último irá para o plural. 
Bem-te-vi = bem-te-vis bem-me-quer = bem-me-queres 
6) Verbo + Verbo: 
I - Se os verbos forem iguais, alguns gramáticos admitem ambos no plural, 
outros, somente o último. 
corre-corre = corres-corres ou corre-corres. 
pisca-pisca = piscas-piscas ou pisca-piscas 
lambe-lambe = lambes-lambes ou lambe-lambes 
II - Se os verbos possuírem significação oposta, ficam invariáveis. 
o leva e traz5 = os leva e traz o ganha-perde = os ganha-perde 
7) Palavras repetidas ou onomatopeia: quando o substantivo for formado por 
palavras repetidas ou for uma onomatopeia, somente o último irá para o plural. 
tico-tico = tico-ticos tique-taque = tique-taques 
lero-lero = lero-leros pingue-pongue = pingue-pongues 
8) Substantivo composto iniciado por Guarda: 
I - Formando uma pessoa, ambos irão para o plural. 
guarda-urbano = guardas-urbanos guarda-noturno = guardas-noturnos 
guarda-florestal = guardas-florestais guarda-mirim = guardas-mirins 
II - Formando um objeto, somente o último irá para o plural. 
 
1 A expressão “pé de moleque” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica. 
2 A expressão “mula sem cabeça” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica. 
3 A expressão “fora da lei” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica. 
4 A expressão “fora de série” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica. 
5 A expressão “leva e traz” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica. 
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guarda-pó = guarda-pós guarda-chuva = guarda-chuvas 
guarda-roupa = guarda-roupas guarda-sol = guarda-sóisIII - Sendo o segundo elemento invariável ou já surgindo no plural, ficam 
invariáveis. 
O mesmo acontece com os substantivos iniciados por porta. 
o guarda-costas = os guarda-costas 
o guarda-volumes = os guarda-volumes 
o porta-joias = os porta-joias 
o porta-malas = os porta-malas 
Substantivos que admitem mais de um plural 
fruta-pão = frutas-pães, fruta-pães, frutas-pão, 
guarda-marinha = guardas-marinhas, guarda-marinhas 
padre-nosso = padres-nossos, padre-nossos 
terra-nova = terras-novas, terra-novas 
salvo-conduto = salvos-condutos, salvo-condutos 
xeque-mate = xeques-mates, xeque-mates. 
chá-mate = chás-mates, chás-mate 
Metafonia 
Há muitos substantivos cuja formação do plural necessita da mudança de 
timbre do /o/ fechado para /ó/ aberto. Esse processo é chamado metafonia. 
a. Mudam de timbre no plural, de /ô/ para /ó/: 
abrolho destroço miolo posto caroço 
esforço olho povo corno forno 
osso rebordo coro foro (tb. /ó/ no sing.) 
ovo reforço corpo fosso poço 
rogo corvo imposto porco socorro 
despojo jogo porto tijolo 
b. Mantêm o timbre fechado /ô/ no plural: 
acordo consolo estorno moço adorno 
contorno ferrolho molho “condimento” almoço 
desgosto globo morro bolo encosto 
golfo piolho bolso engodo gosto 
rolo cachorro esgoto gozo sogro 
coco estofo lobo (animal) sopro colosso 
estojo logro 
c. Admitem os dois timbres /ó ou ô/ no plural: 
estorvo forro toco torno troco 
 
 
 
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b. flexão em gênero (masculino, feminino) 
Substantivos biformes: designam seres humanos ou animais e apresentam 
uma forma para o masculino e outra para o feminino. 
Essas duas formas podem apresentar um mesmo radical ou radicais diferentes. 
b.1 mesmo radical: 
Com o mesmo radical, a formação do feminino está ligada principalmente à 
terminação da forma masculina, pois a maior parte dos substantivos terminados 
em -o átono forma o feminino pela substituição desse -o por -a: 
menino/menina gato/gata pombo/pomba 
Veja a exceção com os pares galo/galinha e maestro/maestrina. 
A maior parte dos substantivos terminados em consoante forma o feminino pelo 
acréscimo da desinência -a: 
freguês/freguesa camponês/camponesa remador/remadora 
professor/professora deus/deusa juiz/juíza 
Veja a exceção com os pares ator/atriz, czar/czarina e imperador/imperatriz. 
Para o substantivo embaixador, existem as formas embaixatriz (esposa do 
embaixador) e embaixadora (mulher que ocupa o cargo). 
A maior parte dos substantivos terminados em -ão forma o feminino pela 
substituição de -ão por -ã ou -oa: 
 cidadão/cidadã órfão/órfã anfitrião/anfitriã 
 leão/leoa patrão/patroa leitão/leitoa 
Nos aumentativos, a substituição é por -ona: 
sabichão/sabichona valentão/valentona 
Veja a exceção com os pares sultão/sultana; cão/cadela; ladrão/ladra; 
perdigão/perdiz; barão/baronesa. 
Alguns substantivos ligados a títulos de nobreza, ocupações ou dignidades 
formam femininos em -esa, -essa, -isa: 
 abade/abadessa conde/condessa visconde/viscondessa 
 cônsul/consulesa duque/duquesa barão/baronesa 
 poeta/poetisa profeta/profetisa sacerdote/sacerdotisa 
Alguns substantivos terminados em -e formam o feminino com a substituição 
desse -e por -a: 
 mestre/mestra elefante/elefanta infante/infanta 
 monge/monja parente/parenta 
Alguns substantivos apresentam formações irregulares para o feminino: 
 avô/avó silfo/sílfide réu/ré 
 herói/heroína rei/rainha marajá/marani 
 
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b.2 radicais diferentes para as formas masculinas e femininas: 
b.2.1) relativos a seres humanos: 
 cavaleiro/amazona frei/sóror ou soror padrasto/madrasta 
 cavalheiro/dama genro/nora padrinho/madrinha 
 compadre/comadre homem/mulher pai/mãe 
 frade/freira marido/mulher 
b.2.2) relativos a animais: 
 boi, touro/vaca carneiro/ovelha zangão ou zângão/abelha 
 bode/cabra cavalo/égua 
Substantivos uniformes: são os que apresentam apenas uma forma, para 
ambos os gêneros. Os substantivos uniformes recebem nomes especiais, que 
são os seguintes: 
I – Comum de dois gêneros: os comuns de dois são os que têm uma só 
forma para ambos os gêneros, com artigos distintos: Eis alguns exemplos: 
o / a estudante o / a imigrante o / a acrobata 
o / a agente o / a intérprete o / a lojista 
o / a patriota o / a mártir o / a viajante 
o / a artista o / a aspirante o / a atleta 
II - Sobrecomum: são os que têm uma só forma e um só artigo para ambos 
os gêneros. Eis alguns exemplos: 
o cônjuge a criança o carrasco 
o indivíduo o apóstolo o monstro 
a pessoa a testemunha o algoz 
III - Epiceno: são os que têm uma só forma e um só artigo para ambos os 
gêneros de certos animais, acrescentando as palavras macho e fêmea, para se 
distinguir o sexo do animal. Eis alguns exemplos: 
a girafa a águia a barata 
a cobra o jacaré a onça 
o tatu a anta a arara 
a borboleta o canguru o caranguejo 
Observação: Existem alguns substantivos que trazem dificuldades, quanto ao 
gênero. Atente para os mais importantes: 
São masculinos: 
o açúcar o afã o alvará 
o anátema o aneurisma o antílope 
o apêndice o apetite o algoz 
o cataclismo o cônjuge o champanha 
o gengibre o herpes o lança-perfume 
São femininos: 
a abusão a acne a aguarrás 
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a alface a apendicite a aguardente 
a alcunha a aluvião a bacanal 
a bólide a couve a couve-flor 
a cal a comichão a derme 
a dinamite a debênture a elipse 
a ênfase a echarpe a enzima 
Mudança de gênero com mudança de significado 
Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam também de significado. 
Eis alguns deles: 
o caixa = o funcionário a caixa = o objeto 
o capital = dinheiro a capital = sede de governo 
o coma = sono mórbido a coma = cabeleira, juba 
o grama = medida de massa a grama = a relva, o capim 
o guarda = o soldado a guarda = vigilância, corporação 
o guia = aquele que serve de guia, cicerone 
a guia = documento, formulário; meio-fio 
o moral = estado de espírito a moral = ética, conclusão 
o banana = o molenga. a banana = a fruta 
 
3. Flexão em grau 
Os substantivos podem ser modificados a fim de exprimir intensificação, 
exagero, atenuação, diminuição ou mesmo deformação de seu significado. Essas 
modificações, que constituem as variações de grau do substantivo, são 
tradicionalmente consideradas um mecanismo de flexão. Pode-se perceber, no 
entanto, que não se trata de mecanismos de flexão, mas sim de processos de 
derivação, pois exige a presença de afixos nos casos sintéticos. 
Formação do grau – existem dois processos: 
a) sintético: consiste no acréscimo de sufixos aumentativos ou diminutivos à 
forma normal do substantivo. É, na verdade, um típico caso de derivação 
sufixal: 
rato ratão (aumentativo sintético) ratinho (diminutivo 
sintético) 
b) analítico: a forma normal do substantivo é modificada por adjetivos que 
indicam aumento ou diminuição de proporções. 
rato rato grande (aumentativo analítico) rato pequeno (diminutivo analítico) 
 No uso efetivo da língua, as formas sintéticas de indicação de grau são 
normalmente empregadas para conferir valores afetivos aos seres nomeados 
pelos substantivos, como os seguintes: 
amigão partidão bandidaço mulheraço 
livrinho ladrãozinho rapazola futebolzinho 
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==11b373==
12 
 
 Em todas essas palavras, o que interessa é transmitir dados como carinho, 
admiração, ironia ou desprezo,e não noções ligadas ao tamanho físico dos seres 
nomeados. 
 Vamos a algumas questões!!! 
Prefeitura de Mendes-RJ 2015 – Agente Comunitário (banca IBEG) 
“Um dos critérios usados para saber a idade da tartaruga é contar os anéis 
que formam seu casco.” Assinale a alternativa cujo plural do substantivo não 
seja formado pela mesma regra de “anel-anéis”: 
(a) chapéu-chapéis 
(b) papel-papéis 
(c) pastel-pastéis 
(d) hotel-hotéis 
(e) coronel-coronéis 
Comentário: Nas palavras oxítonas terminadas em “el”, troca-se o “l” por 
“is”: papel-papéis; pastel-pastéis; hotel-hotéis; coronel-coronéis. 
 Já palavras terminadas em vogal ou semivogal recebem a desinência de 
número “s”: chapéu-chapéus. 
 Por isso, o gabarito é a alternativa (A). 
Gabarito: A 
 
Prefeitura de Nova Iguaçu - 2012 – Assist Administ (banca Consulplan) 
Analise. 
I. Em “... o resultado exato de toda aquela bonança”, (bonança é adjetivo) 
II. Em “... era uma nuvem negra” (uma é artigo definido) 
III. Em “Deus tira os anéis, mas deixa os dedos. (mas é conjunção 
adversativa) 
IV. Em “durante uma eternidade...” (eternidade é substantivo) 
Considerando a classificação gramatical, estão corretas apenas as afirmativas 
A) I, III, IV B) I, II, III C) II, III D) II, IV E) III, IV 
Comentário: O item I está errado, pois “bonança” é um substantivo que está 
determinado pelo pronome demonstrativo “aquela”. Assim, eliminamos as 
alternativas (A) e (B). 
 O item II está errado, pois “uma” é artigo indefinido. Os definidos são 
“o, a, os, as”. Assim, eliminamos as alternativas (C) e (D) e já sabemos que a 
alternativa correta é a (E). 
 O item III está correto. Vemos na aula de sintaxe do período que “mas” 
é uma conjunção coordenativa adversativa, a qual pode ser substituída por 
“porém”, “contudo” etc. 
 O item IV está correto, pois o artigo indefinido “uma” precede o 
substantivo “eternidade”. 
Gabarito: E 
 
 
 
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Liquigás 2013 Técnico (banca Cesgranrio) 
A maioria dos nomes da Língua Portuguesa terminados em -ão fazem o plural 
em -ões. 
Essa mesma formação de plural é encontrada em todas as palavras do 
seguinte grupo: 
(A) capitão, coração, facão 
(B) cidadão, órfão, figurão 
(C) leão, destruição, pressão 
(D) botão, escrivão, rapagão 
(E) cristão, operação, pão 
Comentário: Na alternativa (A), os plurais são “capitães”, “corações” e 
“facões”. 
 Na alternativa (B), os plurais são “cidadãos”, “órfãos” e “figurões”. 
 A alternativa (C) é a correta, pois os plurais são “leões”, “destruições” e 
“pressões”. 
 Na alternativa (D), os plurais são “botões”, “escrivães” e “rapagões”. 
 Na alternativa (E), os plurais são “cristãos”, “operações” e “pães”. 
Gabarito: C 
 
Artigo 
 
 O artigo é a palavra que fica anteposta ao substantivo, para generalizá-lo, 
particularizá-lo ou determinar o seu sentido. 
 Muitas vezes, é o artigo que especifica o gênero e o número do 
substantivo. 
 O pianista tocou por longa noite para os artistas homenageados. 
 A pianista tocou por longa noite para as artistas homenageadas. 
 O lápis estava na carteira. 
 Os lápis estavam na carteira. 
 Em função da particularização ou generalização referente ao substantivo, 
o artigo pode ser considerado definido e indefinido. 
 O artigo indefinido (um, uma, uns, umas) generaliza o substantivo, 
determinando-o de modo vago: 
Gostaria de ter uma conversa com você. 
 Já o artigo definido (o, a, os, as) particulariza o substantivo, 
determinando-o de modo mais preciso: 
A conversa que tivemos ontem não ajudou em nada. 
Prefeitura Poço Redondo Agente de Trânsito 2010 (banca Consulplan) 
Assinale a alternativa em que haja ERRO no emprego do artigo: 
A) O Brasil é um país maravilhoso. 
B) Ela não quis responder a ambas as perguntas. 
C) Ele tinha amor a ambos os filhos. 
D) Feliz a mãe cujo os filhos são educados. 
E) N.R.A. 
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Comentário: Os artigos são as palavras “o”, “a”, “os”, “as”, “um”, “uns”, 
“uma”, “umas”, as quais servem para determinar um substantivo. As 
alternativas (A), (B) e (C) possuem artigos corretamente empregados, pois 
antecedem e determinam os substantivos “Brasil”, “país”, “perguntas” e 
“filhos”, respectivamente. 
 Note que a palavra “a”, nas alternativas (B) e (C), é apenas preposição. 
Isso é fácil de observar porque os vocábulos posteriores estão no plural e o 
“a” não se flexionou. 
 A alternativa (D) é a errada. Vemos, na aula de sintaxe do período, que 
o pronome relativo “cujos” não admite artigo. A forma correta seria: “Feliz a 
mãe cujos filhos são educados.” 
 O substantivo “mãe” é antecipado pelo artigo definido “a”. 
Gabarito: D 
 
Adjetivo 
 Adjetivo é a classe gramatical que modifica um substantivo, atribuindo-lhe 
qualidade, estado ou modo de ser. Um adjetivo normalmente exerce uma dentre 
três funções sintáticas na oração: aposto explicativo, adjunto adnominal ou 
predicativo. Os adjetivos classificam-se em: 
1) Os adjetivos primitivos não são formados por derivação de nenhuma outra 
palavra: deles é que se formam outras palavras: azul, claro, curto, grande. 
2) Os adjetivos derivados são aqueles formados por derivação de outras 
palavras: cheiroso, invisível, infeliz, esverdeado, desconfortável. 
3) Os adjetivos simples apresentam um único radical em sua estrutura. É o 
caso de todos os exemplos apontados nos itens anteriores. 
4) Os adjetivos compostos apresentam pelo menos dois radicais em sua 
estrutura: ítalo-brasileiro, luso-africano, socioeconômico, político-institucional. 
 
1. Flexões em gênero 
Flexão de gênero (masculino/feminino): 
 O adjetivo concorda em gênero com o substantivo a que se refere: 
Um comportamento estranho uma atitude estranha 
Um jornalista ativo uma jornalista ativa 
Os adjetivos também são classificados em biformes e uniformes. 
I - Adjetivos biformes 
 A formação do feminino desses adjetivos normalmente varia de acordo 
com a terminação da forma masculina, de modo semelhante ao que acontece 
com os substantivos. 
a) Os adjetivos terminados em –o trocam essa terminação por –a: 
ativo / ativa branco / branca honesto / honesta 
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Em alguns casos, além da mudança na terminação, há alteração no timbre da 
vogal tônica, que de fechado passa a aberto: 
brioso / briosa formoso / formosa grosso / grossa 
b) Os adjetivos terminados em –ês ,-or e –u geralmente recebem a terminação 
–a: português/portuguesa; sedutor/sedutora; cru/crua. 
Atente para as seguintes palavras, que são invariáveis: 
hindu, cortês, pedrês, incolor, multicor, bicolor, tricolor. 
O mesmo ocorre com estas formas comparativas: 
maior, melhor, menor, pior, superior, inferior, anterior, posterior. 
Cuidado com o par mau / má. 
c) Os adjetivos terminados em –ão trocam essa terminação por –ã, –ona, e, 
mais raramente, por –oa: 
são/sã; catalão/catalã; chorão/chorona; comilão/comilona; beirão/beiroa 
d) Os adjetivos terminados em –eu trocam essa terminação por –eia (timbre 
aberto); os terminados em –éu, por –oa : 
plebeu / plebeia; ateu / ateia; ilhéu / ilhoa; tabaréu / tabaroa 
Cuidado com os vocábulos judeu/judia e sandeu / sandia. 
 
II - Adjetivos uniformes: São os adjetivos que possuem uma única forma para 
o masculino e o feminino: 
pássaro frágil ave frágil planejamento agrícola empresa agrícola 
ator ruim atriz ruim comportamento exemplar vida exemplar 
 
2. Flexão de número 
A formação do plural dos adjetivos simples segue as mesmas regras da 
formação do plural dos substantivos simples. Os adjetivos que indicam cores e 
são formados pela expressão “cor de + substantivo”são invariáveis em gênero 
e número, mesmo quando a expressão “cor de” estiver subentendida. 
 papel cor de rosa papéis cor de rosa 
 giz (cor de) laranja gizes (cor de) laranja 
 carro (cor de) creme carros (cor de) creme 
 camisa (cor de) cinza camisas (cor de) cinza 
Os adjetivos compostos apresentam pelo menos dois radicais em sua 
estrutura: ítalo-brasileiro, luso-africano, socioeconômico, político-institucional. 
 
 
 
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A flexão de número e gênero nos adjetivos compostos 
I - Flexão de gênero (masculino/feminino) ou número (singular/plural): 
Nos adjetivos compostos formados por dois adjetivos, apenas o último elemento 
sofre flexão: 
cidadão luso-brasileiro cidadãos luso-brasileiros 
cidadã luso-brasileira cidadãs luso-brasileiras 
olho verde-claro olhos verde-claros 
camisa verde-clara camisas verde-claras 
Aqueles em que o segundo elemento é um substantivo são invariáveis: 
tecido amarelo-ouro tecidos amarelo-ouro 
camisa amarelo-ouro camisas amarelo-ouro 
terno verde-mar ternos verde-mar 
camisa verde-mar camisas verde-mar 
Observações: 
a. azul-marinho, azul-celeste e ultravioleta são sempre invariáveis: 
Leve seus ternos azul-marinho e não os azul-celeste. 
O sol transmite raios ultravioleta. 
b. Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm os dois elementos 
flexionados. 
Aqueles rapazes surdos-mudos têm prioridade de acesso à recepção. 
Aquelas moças surdas-mudas têm prioridade de acesso à recepção. 
Os indivíduos peles-vermelhas têm princípios diferentes dos da nossa 
sociedade. 
3. Flexão de grau: 
 Os adjetivos variam em grau quando se deseja comparar ou intensificar 
as características que atribuem. Há, portanto, dois graus de adjetivo: o 
comparativo e o superlativo: 
1) Comparativo: compara uma qualidade entre dois elementos ou duas 
qualidades de um mesmo elemento. São três os comparativos: 
De superioridade: 
Para alguns alunos, Português é mais fácil (do) que Química. 
De igualdade: 
Para alguns alunos, Português é tão fácil quanto Química. 
Ele é tão exigente quanto (ou como) seu irmão. 
De inferioridade: 
Para alguns alunos, Português é menos fácil (do) que Química. 
Os adjetivos bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (melhor, 
pior, maior e menor), porém, em comparações feitas entre duas qualidades de 
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um mesmo elemento, devem-se usar as formas analíticas mais bom, mais mau, 
mais grande e mais pequeno. 
Essa solução é melhor (do) que a outra. 
Minha voz é pior (do) que a sua. 
O descaso pela miséria é maior (do) que o senso humanitário. 
Ele é mais bom (do) que inteligente. 
Todo corrupto é mais mau (do) que esperto. 
Meu salário é mais pequeno (do) que justo. 
Atente para o fato de que as formas menor e pior são comparativas de 
superioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, respectivamente. 
2) Superlativo: nesse grau, a característica atribuída pelo adjetivo é 
intensificada de forma relativa ou absoluta. 
a) No grau superlativo relativo, essa intensificação é feita em relação a todos 
os demais seres de um conjunto que a possuem. O superlativo relativo pode 
exprimir superioridade ou inferioridade e é sempre expresso de forma analítica: 
 I – superlativo relativo de superioridade: 
Ele é o mais atento da sala. Ele é o mais exigente de todos os irmãos. 
 II - superlativo relativo de inferioridade: 
Você é o menos crítico do grupo. Você é o menos importante da firma. 
Observações: 
• Note o uso do artigo definido (o, a, os, as) e da preposição (de), 
empregados para especificar o ser (papel fundamental do artigo) dentro de um 
grupo (uso da preposição para indicar limitação). 
Você é o menos crítico do grupo. 
• As formas do superlativo relativo de superioridade dos adjetivos bom, mau, 
grande e pequeno são sintéticas: o melhor, o pior, o maior e o menor. 
b) No grau superlativo absoluto, intensifica-se a característica atribuída pelo 
adjetivo a um determinado ser, transmitindo ideia de excesso. O superlativo 
absoluto pode ser analítico ou sintético: 
 I – O superlativo absoluto analítico é formado normalmente com a 
participação de um advérbio: 
Você é muito crítico. Ele é demasiadamente exigente. 
Somos excessivamente tolerantes. 
 II – O superlativo absoluto sintético é expresso com a participação de 
sufixos. O mais comum deles é –íssimo; nos adjetivos terminados em vogal, 
esta desaparece ao ser acrescentado o sufixo do superlativo: 
Trata-se de um artista originalíssimo. Ele é exigentíssimo. 
Seremos tolerantíssimos. 
 
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 Vários adjetivos possuem formas irregulares para exprimir o grau 
superlativo absoluto sintético. Muitas dessas irregularidades ocorrem porque o 
adjetivo, ao receber o sufixo, reassume a forma latina. É o caso dos terminados 
em –vel, que assumem a terminação –bilíssimo (volúvel, volubilíssimo; 
indelével, indelebilíssimo). Na relação a seguir, você encontrará muitas formas 
irregulares do superlativo absoluto sintético. Observe que algumas são de uso 
comum (facílimo e dificílimo, por exemplo), enquanto outras pertencem à 
linguagem formal (acérrimo e pulquérrimo, por exemplo). 
Adjetivo Superlativo absoluto 
sintético 
 Adjetivo Superlativo absoluto 
sintético 
acre acérrimo geral generalíssimo 
ágil agílimo grande máximo 
agudo acutíssimo humilde humílimo 
alto altíssimo, supremo incrível incredibilíssimo 
amargo amaríssimo infame infamérrimo 
amável amabilíssimo inimigo inimicíssimo 
amigo amicíssimo jovem juveníssimo 
antigo antiquíssimo livre libérrimo 
áspero aspérrimo magnífico magnificentíssimo 
atroz atrocíssimo magro macérrimo ou 
magríssimo 
audaz audacíssimo manso mansuetíssimo 
benéfico beneficentíssimo mau péssimo 
benévolo benevolentíssimo miserável miserabilíssimo 
bom boníssimo ou ótimo miúdo minutíssimo 
capaz capacíssimo negro Nigérrimo ou 
negríssimo 
célebre celebérrimo nobre nobilíssimo 
comum comuníssimo notável notabilíssimo 
cruel crudelíssimo pequeno mínimo 
difícil dificílimo perspicaz perspicacíssimo 
doce dulcíssimo pessoal personalíssimo 
eficaz eficacíssimo pobre paupérrimo, 
pobríssimo 
fácil facílimo possível possibilíssimo 
feliz felicíssimo pródigo prodigalíssimo 
feroz ferocíssimo próspero prospérrimo 
fiel fidelíssimo sábio sapientíssimo 
frágil fragílimo sagrado sacratíssimo 
frio friíssimo ou 
frigidíssimo 
 soberbo superbíssimo 
 Locuções adjetivas: Em muitos casos, prefere-se usar, no lugar de um 
adjetivo, uma expressão formada por mais de uma palavra para caracterizar o 
substantivo. Essa expressão, que tem o mesmo valor e o mesmo sentido de um 
adjetivo, recebe o nome de locução adjetiva. Observe alguns exemplos: 
Noite de chuva (chuvosa) Atitudes de anjo (angelical) 
 
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TJ SP 2017 Psicólogo (banca VUNESP) 
Querendo-se intensificar o sentido das expressões “dias angustiosos e 
terríveis” e “Fadinha ficou boa, completamente boa”, elas podem ser 
reescritas, em conformidade com a norma-padrão, respectivamente, das 
seguintes formas: 
(A) dias angustiosíssimos e terrivíssimos; Fadinha ficou boa, boíssima. 
(B) dias muito angustiosos e muito terríveis; Fadinha ficou boa, boazíssima. 
(C) dias angustiosíssimos e terribilíssimos; Fadinha ficou boa, boíssima. 
(D) dias muito angustiosos e terribilíssimos; Fadinha ficou boa, boníssima. 
(E)dias muito angustiosos e terrivíssimos; Fadinha ficou boa, boníssima. 
Comentário: Para se intensificar as características, podemos empregar os 
superlativos absolutos analíticos (muito + adjetivo) ou sintéticos (por meio do 
sufixo –íssimo). 
 Assim, devemos trabalhar por eliminação. 
 Certamente, você sabe que não existem as palavras “terrivíssimos” e 
“boíssima”. 
 O superlativo absoluto analítico de “angustiosos” é “muito angustiosos”; 
de “terrível” é “muito terrível”, de “boa” é “muito boa”. 
 O superlativo absoluto sintético de “angustiosos” é “angustiosíssimos”; 
de “terrível” é “terribilíssimo”, de “boa” é “boníssima”. 
 Assim, a alternativa correta é a (D). 
Gabarito: D 
 
MPE SP 2016 Oficial de Promotoria (banca VUNESP) 
No trecho – Bombeiros mineiros deverão receber treinamento... –, a 
expressão em destaque é formada por substantivo + adjetivo, nessa ordem. 
Essa relação também se verifica na expressão destacada em: 
a) A imprudente atitude do advogado trouxe-me danos. 
b) Entrou silenciosamente, com um espanto indisfarçável. 
c) Alguma pessoa teve acesso aos documentos da reunião? 
d) Trata-se de um lutador bastante forte e preparado. 
e) Estiveram presentes à festa meus estimados padrinhos. 
Comentário: A expressão “Bombeiros mineiros” é constituída do substantivo 
“bombeiros” e o adjetivo “mineiros”. Assim, devemos encontrar expressão 
com essa mesma constituição respectivamente. 
 Na alternativa (A), “imprudente” é adjetivo e “atitude” é substantivo, 
respectivamente. 
 A alternativa (B) é a correta, pois “espanto” é substantivo e 
“indisfarçável” é adjetivo. 
 Na alternativa (C), “Alguma” é pronome indefinido, o qual tem valor 
adjetivo, e “pessoa” é substantivo, respectivamente. 
 Na alternativa (D), “bastante” é advérbio de intensidade e “forte” é 
adjetivo, respectivamente. 
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 Na alternativa (E), “estimados” é adjetivo e “padrinhos” é substantivo, 
respectivamente. 
Gabarito: B 
 
Prefeitura de Torres-RS 2016 Agente Adm (banca Fundatec) 
Para responder à questão, considere o seguinte trecho: 
Com planos, seus interesses focam naquilo que está sendo construído, e 
informações novas tendem a melhorar as condições e viabilizar aquilo que 
parecia pouco viável. Planeje e transforme – o momento é bom para isso. 
Assinale a alternativa que apresenta de forma correta e respectiva a 
classificação gramatical das palavras sublinhadas. 
a) substantivo – pronome – artigo 
b) adjetivo – pronome – pronome 
c) advérbio – artigo – preposição 
d) advérbio – pronome – pronome 
e) adjetivo – artigo – pronome 
Comentário: Sabemos que o substantivo “informações” é seguido do 
adjetivos “novas”. Em seguida, o substantivo “condições” é precedido do artigo 
“as”. Assim, já sabemos que a alternativa (E) é a correta. 
Gabarito: E 
 
Prefeitura de Apuiarés 2014 Agente de Administração (banca Consulplan) 
CONTINHO 
Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho, do sertão de 
Pernambuco. Na soalheira danada de meio-dia, ele estava sentado na poeira 
do caminho, imaginando bobagem, quando passou um gordo vigário a cavalo: 
_ Você aí, menino, para onde vai essa estrada? 
_ Ela não vai, não: nós é que vamos nela. 
_ Engraçadinho duma figa! Como se chama? 
_ Eu não me chamo não, os outros é que me chamam de Zé. 
(Paulo Mendes Campos. Crônica 1. São Paulo: Ática, 2002.p.76) 
Em relação aos adjetivos “barrigudinho” e “engraçadinho”: 
i) Ambos são formados pelo mesmo processo. 
ii) O segundo adjetivo sofre apreciação afetiva positiva. 
iii)Ambos os adjetivos sofrem apreciação afetiva positiva. 
a) I e II estão corretas. 
b) Apenas I está correta. 
c) Apenas III está correta. 
d) Nenhuma das afirmações está correta. 
Comentário: Os vocábulos “barrigudinho” e “Engraçadinho” são adjetivos 
derivados, pois “barrigudo” “engraçado” receberam o sufixo “inho”. Assim, 
aqueles adjetivos foram formados pelo mesmo processo: derivação sufixal. 
 Deve-se notar que ambos os adjetivos não receberam o sufixo “-inho” 
com valor afetivo positivo, tendo em vista o contexto. O primeiro adjetivo está 
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relacionado a “triste”. O segundo está relacionado à expressão “duma figa”. 
Assim, percebe-se que há um tom negativo. 
Gabarito: B 
 
Preposição 
 A preposição é palavra que não se flexiona e liga palavras ou orações 
reduzidas. Essa ligação pode se dar pela regência verbal ou nominal, a qual 
chamamos de preposição relacional ou pela necessidade de sentido, a qual é 
chamada de preposição nocional. 
 Assim, normalmente as preposições que iniciam o objeto indireto, o 
complemento nominal, as orações subordinadas substantivas objetivas indiretas 
e as completivas nominais são as relacionais e não possuem sentido. Já as 
preposições que iniciam adjuntos adverbiais, adjuntos adnominais e orações 
subordinadas adverbiais reduzidas são as nocionais. 
Exemplos com preposições relacionais: 
Obedeço aos meus princípios. Sou obediente aos meus princípios. 
 VTI objeto indireto VL + predicativo complemento nominal 
 
Tenho certeza de que você será aprovado. 
 oração principal oração subordinada substantiva completiva nominal 
 
Não duvide de que você será aprovado. 
oração principal oração subordinada substantiva objetiva indireta 
Exemplos com preposições nocionais: 
Estou sem recursos. Estudei a aula de Regência Verbal 
 VI adjunto adverbial de modo VTD adjunto adnominal 
 objeto direto 
 
Comprei esta aula para realizar muitos exercícios. 
 oração principal oração subordinada adverbial de finalidade 
 
 Além dessa divisão das preposições, as palavras exclusivamente de valor 
preposicional são chamadas preposições essenciais (a, ante, após, até, com, 
contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás); e as 
palavras de outras classes gramaticais que, em determinados contextos, podem 
atuar como preposições são chamadas de preposições acidentais (como=na 
qualidade de, exceto, fora, mediante, salvo, senão, tirante). 
Como advogado, não é conveniente agir dessa forma. 
 O conjunto de duas ou mais palavras que tem o valor de uma preposição 
é chamado de locuções prepositivas. A última palavra dessas locuções é 
sempre uma preposição: abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito 
de, a despeito de, de acordo com, dentro de, embaixo de, em cima de, em frente 
a, em redor de, graças a, junto a, junto de, perto de, por causa de, por cima de, 
por trás de etc 
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 Várias preposições ligam-se a palavras de outras classes gramaticais, 
passando a constituir um único vocábulo. Essa ligação se dá por combinação ou 
contração. 
a) Ocorre combinação quando a preposição, ao unir-se a outra palavra, 
mantém todos os seus fonemas. É o que acontece entre a preposição a e o artigo 
masculino o, os: ao, aos. 
b) Ocorre contração quando a preposição, ao unir-se a outra palavra, sofre 
modificações em sua estrutura fonológica. As preposições de e em, por 
exemplo, formam contrações com os artigos e com diversos pronomes, 
originando formas como as seguintes: do, dos, da, das, num, numa, numas, 
disto, disso, daquilo, naquele, naqueles, naquela, naquelas, pelo, pelos, pela, 
pelas. 
c) A contração da preposição a com artigos ou pronomes demonstrativos a, as 
ou com o a inicial dos pronomes aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo 
recebe o nome de crase: à, às, àquele, àqueles, àquela, àquelas, àquilo. 
 
Observação: Deve-se evitar a contração de preposição que inicia orações 
preposicionadas com o sujeito dela, emconstruções como “Está na hora da onça 
beber água”. O ideal é a separação. Veja: 
Está na hora de a onça beber água. 
Neste caso, perceba que a preposição “de” é exigida pelo substantivo “hora” 
para iniciar a oração subordinada substantiva completiva nominal reduzida de 
infinitivo “de a onça beber água” (Está na hora disso.), e o sujeito do verbo 
“beber” é apenas “a onça”, sem a preposição “de”. Por isso, devemos evitar a 
contração. 
Vejamos, agora, os principais valores e empregos das preposições: 
A: Normalmente introduz o objeto indireto, o complemento nominal e o adjunto 
adverbial. Pode, ainda, ligar os verbos de uma locução (estou a entender). Veja 
os principais sentidos da preposição nocional “a”: 
1) causa ou motivo: morrer à fome; acordar aos gritos das crianças; voltar a 
pedido dos amigos. 
2) conformativa: puxar ao pai; sair à mãe. 
3) destino (em correlação com a preposição de): de São Paulo a Salvador; daqui 
a Belo Horizonte. 
 
Ante: Normalmente introduz adjunto adverbial, indicando posicionamento: 
1) lugar: em frente a, perante: A verdade está ante nossos olhos; 
2) causa: em consequência de; diante de: Ante os protestos, recuou da decisão. 
 Observação: A preposição “ante” não admite outra preposição em seguida. 
Assim, não se pode dizer “Ante a ela...”, o correto é “Ante ela...”. 
 O mesmo ocorre com “perante”: “Chorou perante ela.” 
 Veja que a preposição “ante” tem como sinônimas as locuções prepositivas 
“em frente a”, “em consequência de”, “diante de”, as quais obrigatoriamente 
são finalizadas com a preposição “de”. 
 
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Até: Normalmente introduz adjunto adverbial; indica o limite, o término de 
movimento, e, acompanhando substantivo com artigo (definido ou indefinido), 
pode vir ou não seguida da preposição a: 
Caminharam até a entrada do estacionamento. ou 
Caminharam até à entrada do estacionamento. 
Observação: Não devemos confundi-la com a palavra denotativa de inclusão 
“até”, que se usa para reforçar uma declaração com o sentido de “inclusive”, 
“também”, “mesmo”, “ainda”. Isso é importante, porque a preposição pede 
pronome pessoal oblíquo: João chegou até mim e disse tudo. 
Já a palavra denotativa exige pronome pessoal reto: Até eu acreditei nele. 
 
Com: A preposição “com” introduz objeto indireto, complemento nominal, 
adjunto adverbial e indica estas relações: 
1) causa: assustar-se com o trovão; ficar pobre com a inflação. 
2) companhia: ir ao cinema com alguém; regressar com amigos. 
3) concessão: com mais de 80 anos, ainda tem planos para o futuro; com ser 
imperfeito, o homem constrói máquinas perfeitas. 
4) instrumento: abrir a porta com a chave, matar alguém com as mãos. 
5) matéria: vinho se faz com uva. 
6) modo: andar com cuidado; tratar com carinho. 
7) oposição: jogar com (= contra) os ingleses. 
8) referência: com sua irmã aconteceu diferente; comigo sempre é assim. 
9) simultaneidade (tempo): o povo canta, com os soldados, o Hino Nacional; 
com o tempo os frutos amadurecem; hoje, em todas as atividades a mulher 
concorre com o homem. 
 
Contra: Introduz objeto indireto ou adjunto adverbial e indica estas relações: 
1) oposição: jogar contra os ingleses; lançar uma pedra contra alguém; remar 
contra a maré; depor contra alguém; ser contra o governo. 
2) direção: olhar contra o sol. 
3) proximidade ou contiguidade: apertar alguém contra o peito; cingir contra o 
coração a bandeira. 
 
De: A preposição “de” introduz objeto indireto, complemento nominal, agente 
da passiva, adjunto adnominal, adjunto adverbial e indica estas relações: 
1) assunto: falar de futebol. 
2) causa: morrer de fome; tremer de medo; chorar de saudade. 
3) conteúdo: xícara de café; maço de cigarros. 
4) definição: homem de bom-senso; pessoa de coragem. 
5) dimensão: prédio de dois andares; sala de vinte metros quadrados. 
6) fim: dar-lhe algo de beber; automóvel de passeio. 
7) instrumento ou meio: apanhar de chicote; briga de faca, brincar de mão, 
viajar de avião, viver de ilusões. 
8) lugar (de origem): vir de Madri; descender de alemães; ver de perto. 
9) matéria: corrente de ouro; chapéu de palha; material feito de plástico. 
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10) medida ou extensão: régua de 30cm, rua de 20km. 
11) modo: olhar alguém de frente, ficar de pé. 
12) posse: casa de Luís, olhar de Maísa. 
13) preço: caderno de um real. 
14) qualidade: vender artigo de primeira. 
15) semelhança ou comparação: olhos de gata, atitudes de imbecil. 
16) tempo: dormir de dia, estudar de tarde, perambular de noite. 
 
Desde: Introduz adjunto adverbial e indica estas relações: 
1) lugar: dormir desde lá até cá. 
2) tempo: desde ontem estou assim. 
É errada a construção “desde de”: desde de 1945 isso não acontece por aqui. 
 
Em: Introduz objeto indireto, complemento nominal e adjunto adverbial e indica 
estas relações: 
1) estado ou qualidade: ferro em brasa; televisor em cores; foto em branco e 
preto; votos em branco. 
2) fim: vir em socorro; pedir em casamento. 
3) forma ou semelhança: juntar as mãos em conchas. 
4) limitação: em Matemática nunca foi bom aluno. 
5) lugar: ficar em casa; o jantar está na mesa. 
6) meio: pagar em cheque; indenizar em ações. 
7) modo: ir em turma, em bando, em pessoa; escrever em francês. 
8) preço: avaliar a casa em milhares de reais. 
9) sucessão: de grão em grão; de porta em porta. 
10) tempo: fazer a viagem em quatro horas; o fogo destruiu o edifício em 
minutos, no ano 2000. 
11) transformação ou alteração: mudar a água em vinho, transformar reais em 
dólares. 
 
Entre: Introduz adjunto adverbial e indica posição intermediária: 
1) lugar: os Pireneus estão entre a França e a Espanha; ficar entre os aprovados. 
2) meio social: entre os índios se age dessa forma. 
3) reciprocidade: entre mim e ela sempre houve harmonia; entre nós há paz. 
4) tempo: ela virá entre dez e onze horas. 
 
Para: Introduz complemento nominal, adjunto adverbial e pode indicar estas 
relações: 
1) consequência: estar muito alegre para preocupar-se com mesquinharias; ser 
bastante inteligente para não cair em esparrela. 
2) fim: nascer para o trabalho; vir para ficar; chegar para a conferência. 
3) lugar de destino, direção: ir para Madri; apontar o dedo para o céu. 
 Observação: Não é de rigor, mas a preposição “para”, com valor de lugar 
de destino dá ideia de estada permanente ou definitiva; ao contrário da 
preposição “a”, que geralmente exprime breve regresso: De fato, vamos para o 
céu, para o inferno, etc. 
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 Deve-se evitar a construção “Vamos ao céu, ao inferno”, porque de tais 
lugares não há regresso. 
4) proporção: As baleias estão para os peixes assim como nós estamos para as 
galinhas. 
5) em benefício: Busque para mim aquele lençol, menino. 
6) tempo: Aqui tem água para dois dias apenas. Para o ano irei a Salvador. Lá 
para o final de dezembro viajaremos. 
7) opinião: Para mim o Brasil nunca teve políticos de verdade. 
 
Perante: Introduz adjunto adverbial e indica a relação de lugar (posição em 
frente): Perante o juiz, negou o crime. 
Seu sentido se estende ao posicionamento sobre algo: 
Perante tais circunstâncias, inclinei-me a defender o réu. 
Observação: Esta preposição não admite outra preposição em seguida. Assim, 
não use perante a: perante a Deus, perante ao juiz, etc. 
 
Por: Introduz objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva, 
adjunto adverbial e pode indicar estas relações: 
1) causa: encontrar alguém por uma coincidência; foi preso por vadiagem, por 
isso é que a chamei. 
2) conformativa: tocar pela partitura; copiar pelo original. 
3) favor:morrer pela pátria; lutar pela liberdade; falar pelo réu. 
4) lugar: ir por Bauru, morar por aqui. 
5) medida: vender bolacha por quilo. 
6) meio: ler pelo rascunho; ir por terra; levar pela mão; contar pelos dedos; 
enviar pelo Correio; mandar um recado por alguém. 
7) modo: proceder à chamada de alunos por ordem alfabética; saber por alto o 
que aconteceu. 
8) preço: comprar o livro por dois reais; vender a mercadoria pelo custo. 
9) quantidade: chorar por três vezes; perder por O a 2. 
10) substituição: deixar o certo pelo duvidoso; comprar gato por lebre; jurar por 
Deus; valer por cinco homens. 
11) tempo: estarei lá pelo Natal; viver por muitos anos; brincar só pela manhã. 
Sem: Introduz adjunto adnominal e adjunto adverbial e indica a relação de 
ausência ou desacompanhamento (que pode ser vista como modo): estar sem 
dinheiro; palavras sem sentido; sem o empréstimo, não construiremos a casa; 
não se vive sem oxigênio. 
Sob: Introduz adjunto adverbial e indica estas relações: 
1) lugar (posição inferior): ficar sob o viaduto. 
2) modo: sair sob pretexto não convincente. 
3) tempo: houve muito progresso no Brasil sob D. Pedro II. 
Sobre: Introduz adjunto adverbial e indica estas relações: 
1) assunto: conversar sobre política; falar sobre futebol. 
2) direção: ir sobre o adversário. 
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3) excesso: sobre ser ignorante, era presunçoso. 
4) lugar (posição superior): o avião caiu sobre uma lavoura de arroz; flutuar 
sobre as ondas. 
 
Trás: No português atual, a preposição trás não é usada isoladamente; atua, 
sempre, como parte de outras expressões: nas locuções adverbiais “para trás” 
e “por trás” (ficar para trás, chegar por trás) e na locução prepositiva “por trás 
de” (ficar por trás do muro). 
 
Observações: 
a) Muitas vezes, numa locução, a preposição “a” pode ser trocada por outra, 
sem que isso acarrete prejuízo de construção ou de significado. Eis alguns 
exemplos: à/com exceção de, a/ em meu ver, a/com muito custo, em frente 
a/de, rente a/com, à/na falta de, a/em favor de, em torno a/de, junto a/com/de. 
b) Com o verbo ter, usa-se “de” ou “que”, havendo ideia de obrigatoriedade ou 
necessidade: Tenho de/que viajar amanhã sem falta. 
 Temos de/que terminar isto ainda hoje. 
O “que”, neste caso, é uma preposição. 
c) A preposição “de” faz parte do adjetivo superlativo relativo, indicando 
limitação de um grupo: 
Ele é o mais exigente de todos os irmãos. 
Você é o menos crítico do grupo. 
TJ SP 2017 Psicólogo (banca VUNESP) 
Fragmento do texto: A decisão de Nicolás Maduro de elevar a meio milhão 
os milicianos armados com fuzil na Venezuela é a pior de suas ideias ruins. 
Sugere que Maduro prevê a decisão da discórdia venezuelana por meio 
das armas. Caso não o seja, nem por isso se extinguirá o mal do 
armamentismo: vai prolongar-se na criminalidade típica de uma população 
armada e, em grande parte, indesarmável. Ainda por motivos mais 
econômicos, os venezuelanos fogem em massa. Seu número cresce. O Brasil 
está atrasado, como se indiferente, nas providências para essa emergência 
social. 
No trecho “Ainda por motivos mais econômicos, os venezuelanos fogem em 
massa.”, a preposição em destaque forma uma expressão cuja circunstância 
traduz ideia de 
(A) causa. 
(B) intensidade. 
(C) modo. 
(D) consequência. 
(E) finalidade. 
Comentário: A preposição “por” traduz um valor de causa. Note que tal 
preposição poderia ser substituída por “devido a”, “por causa de”. 
Gabarito: A 
 
 
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IF AP 2016 Auxiliar em Administração (banca FUNIVERSA) 
Fragmento do texto: Pode-se dizer que o trabalho de levar informações 
científicas precisas sobre cognição e aprendizagem a professores seja 
responsabilidade de faculdades de educação, estados, distritos e organizações 
profissionais de professores, mas essas instituições mostraram pouco 
interesse na função. Um conselho nacional de revisão neutro seria a resposta 
mais simples e rápida para um problema que é um grande obstáculo para a 
melhoria em muitas escolas. 
A preposição “sobre” (linha 2) expressa ideia de 
a) finalidade. 
b) lugar. 
c) modo. 
d) meio. 
e) assunto. 
Comentário: Veja que o contexto permite que troquemos a preposição 
“sobre” por “a respeito de”, “acerca de”. Assim, seu valor é de assunto e a 
alternativa (E) é a correta. 
Gabarito: E 
 
IF AP 2016 Auxiliar em Administração (banca FUNIVERSA) 
Fragmento do texto: Podemos entender cultura como uma dimensão do 
processo social e utilizá-la como um instrumento para compreender as 
sociedades contemporâneas. O que não podemos fazer é discutir sobre cultura 
ignorando as relações de poder dentro de uma sociedade ou entre sociedades. 
Em “um instrumento para compreender as sociedades contemporâneas” (linha 
2), a preposição “para” 
(A) indica a direção de um movimento. 
(B) expressa duração. 
(C) denota uma ideia de finalidade. 
(D) expressa proporção. 
(E) introduz o destinatário da ação. 
Comentário: A preposição “para” tem valor de finalidade, pois entendemos 
que há uma intenção, um objetivo. Tanto assim que podemos substituir tal 
preposição por “a fim de”. Dessa forma, a alternativa correta é a (C). 
Gabarito: C 
 
 Várias questões de preposição são trabalhadas na aula de sintaxe da 
oração. Agora, falaremos sobre o advérbio! 
 O advérbio é palavra que não varia e transmite circunstância. Ela pode 
modificar o verbo, o adjetivo, outro advérbio e também toda uma oração. Vemos 
na aula de sintaxe que sua função sintática é a de adjunto adverbial. Pode haver 
duas ou mais palavras com valor de um advérbio. A elas chamamos locução 
adverbial, a qual é iniciada por uma preposição. 
Os principais advérbios e locuções adverbiais são de: 
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1) Lugar: aqui, aí, ali, cá, lá, acolá, além, aquém, longe, perto, dentro, adiante, 
defronte, onde, acima, abaixo, atrás, em cima, por fora, de cima, à direita, à 
esquerda, ao lado, de fora, alhures (= em outro lugar) nenhures (= em nenhum 
lugar), algures (= em algum lugar) etc. 
Deixei minha carteira ali. Estavam todos atrás da porta. 
 
2) Tempo: hoje, ontem, anteontem, amanhã, atualmente, brevemente, sempre, 
nunca, jamais, cedo, tarde, antes, depois, logo, já, agora, ora, então, outrora, 
aí, quando, à noite, à tarde, de manhã, de vez em quando, às vezes, de repente, 
hoje em dia etc. 
Ontem falei com ela. Estudaram à noite. 
3) Modo: bem, mal, assim, depressa, devagar, às claras, às pressas, à vontade, 
à toa, de cor, de mansinho, de cócoras, em silêncio, com rancor, sem medo, 
frente a frente, face a face, facilmente (e a maioria dos terminados em –mente), 
rapidamente, lentamente etc. 
Eles entraram depressa. Ela está bem. 
4) Intensidade: muito, pouco, mais, menos, ainda, tão, bastante, assaz, demais, 
bem, tanto, de pouco, deveras, quanto, quase, apenas, mal, de todo etc. 
Meu irmão estuda muito. (ligado ao verbo estuda) 
Ela é muito alta. (ligado ao adjetivo alta) 
Seu colega escreve muito bem. (ligado ao advérbio bem) 
5) Afirmação: sim, decerto, efetivamente, seguramente, realmente, certamente, 
sem dúvida, por certo, com certeza etc. 
Iremos realmente. Estarei aí amanhã com certeza. 
6) Negação: não. 
Não participarei da reunião. 
7) Dúvida: talvez, acaso, porventura, quiçá, provavelmente, possivelmente, 
eventualmente etc. 
Talvez ele acerte tudo. 
 Além dessas circunstâncias, veja outras que só podem ocorrer com 
locuções adverbiais: 
1) De causa: Tremia de frio. 
2) De meio: Iremos de navio. 
3) De instrumento: Cortou-se com a lâmina. 
4) De condição: As feras não vivem sem carne. 
5) De concessão:Foi à praia apesar do temporal. 
6) De conformativa: Agiu conforme a situação. 
7) De assunto: Conversaram sobre a situação. 
8) De fim ou finalidade: Sempre viveu para o estudo. 
9) De companhia: Saiu com o pai. 
 
Também é importante ressaltarmos os advérbios interrogativos, os quais 
são empregados em frases interrogativas diretas ou indiretas. Esses advérbios 
podem exprimir lugar, tempo, modo, causa ou preço: 
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1) De lugar: onde? 
Onde está o material? Ignoro onde está o material. 
2) De tempo: quando? 
Quando virá o cientista? Não sei quando virá o cientista. 
3) De modo: como? 
Como aconteceu o acidente? 
Desconhecemos como aconteceu o acidente. 
4) De preço ou valor: quanto? 
Quanto custa o aparelho? Não me disseram quanto custa o aparelho. 
5) De causa: por que? 
Por que ele faltou? Explique-me por que ele faltou. 
 Nessas construções, perceba que a frase interrogativa direta é a que 
termina com ponto de interrogação, e a interrogativa indireta normalmente 
possui verbo transitivo direto. Assim, as orações “onde está o material”, 
“quando virá o cientista”, “como aconteceu o acidente”, “quanto custa o 
aparelho”, “por que ele faltou” são subordinadas substantivas objetivas diretas, 
pois os verbos “Ignoro”, “sei”, “Desconhecemos” e “disseram” são transitivos 
diretos e “Explique” é transitivo direto e indireto. 
 Esta é uma das peculiaridades da oração subordinada substantiva objetiva 
direta. Note que as orações elencadas acima não estão sendo iniciadas por 
conjunção integrante, mas por advérbios interrogativos. 
 Veja que a última oração (“por que ele faltou”) é entendida como oração 
objetiva direta preposicionada, por ser iniciada com a preposição “por” sem a 
exigência do verbo “Explique-me”. 
Observações: 
a) Os vocábulos “muito, pouco, bastante, tanto, mais, menos” podem ser 
advérbios de intensidade ou pronomes indefinidos. Assim, dependendo do 
contexto muda-se a classe gramatical: 
 Eles falavam bastante. Tenho bastantes livros. 
 Eles falavam muito. Recebi muitos apoios. 
 advérbio pronome indefinido 
b) A palavra “bem” pode ser advérbio de intensidade ou de modo. 
 Ele fala bem. (advérbio de modo) 
Ele está bem cansado. (advérbio de intensidade) 
c) As palavras derivadas terminadas em -mente são advérbios. 
 Antigamente se lia menos. (advérbio de tempo) 
Andavam tranquilamente pela praia. (advérbio de modo) 
Irei certamente à noite. (advérbio de afirmação) 
d) Nunca e jamais são advérbios de tempo. 
 Jamais farei isso. (Em momento algum farei isso.) 
 
 
 
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TJ SP 2017 Escrevente Técnico (banca VUNESP) 
Fragmento do texto: Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos 
executivos no setor de tecnologia já tinham feito – ele transferiu sua equipe 
para um chamado escritório aberto, sem paredes e divisórias. 
 Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas ele queria que 
todos estivessem juntos, para se conectarem e colaborarem mais facilmente. 
Mas em pouco tempo ficou claro que Nagele tinha cometido um grande erro. 
Todos estavam distraídos, a produtividade caiu, e os nove empregados 
estavam insatisfeitos, sem falar do próprio chefe. 
É correto afirmar que a expressão – até então –, em destaque no início do 
segundo parágrafo, expressa um limite, com referência 
(A) espacial ao caso de sucesso de outros executivos do setor de tecnologia 
que aboliram paredes e divisórias. 
(B) temporal ao momento em que se deu a transferência da equipe de Nagele 
para o escritório aberto. 
(C) espacial ao novo tipo de ambiente de trabalho, e temporal às mudanças 
favoráveis à integração. 
(D) espacial aos escritórios fechados onde trabalhava a equipe de Nagele 
antes da mudança para locais abertos. 
(E) temporal ao dia em que Nagele decidiu seguir o exemplo de outros 
executivos, e espacial ao tipo de escritório que adotou. 
Comentário: A expressão adverbial “até então” é o mesmo de até agora. 
Assim, transmite circunstância de tempo. Assim, devemos eliminar as 
alternativas (A), (C) e (D). 
 Note que a alternativa (E) também se refere a espaço. Assim, também 
a eliminamos e a alternativa (B) é a correta. 
Gabarito: B 
 
TJ SP 2017 Escrevente Técnico (banca VUNESP) 
Fragmento do texto: A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio-dia 
tornara-se quente e árida e ao penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca 
saliva que pacientemente juntava. 
Não sabia como e por que mas agora se sentia mais perto da água, 
pressentia-a mais próxima, e seus olhos saltavam para fora da janela 
procurando a estrada, penetrando entre os arbustos, espreitando, farejando. 
Na passagem do 2º parágrafo – Não sabia como e por que mas agora se 
sentia mais perto da água, pressentia-a mais próxima – as expressões 
destacadas trazem ao contexto, correta e respectivamente, as ideias de 
(A) modo, causa e lugar. 
(B) modo, causa e intensidade. 
(C) modo, dúvida e lugar. 
(D) comparação, causa e tempo. 
(E) comparação, dúvida e tempo. 
Comentário: A palavra “como” é o advérbio interrogativo de modo, “por que” 
é a expressão interrogativa de causa e “mais” é o advérbio de intensidade. 
Note que o advérbio de lugar é “perto”. O advérbio “mais” apenas intensifica. 
 Dessa forma, a alternativa correta é a (B). 
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Gabarito: B 
 
TJ SP 2017 Psicólogo (banca VUNESP) 
Outra estatística 
Leio que certa cidade, 
E olhe que não das maiores, 
Tem quatro milhões de almas... 
Mas isso deve ser para atenuar a situação. 
O que a cidade tem, no duro, 
São quatro milhões de bocas! 
(Mario Quintana. Da preguiça como método de trabalho) 
Com base no verso “O que a cidade tem, no duro...”, assinale a alternativa 
que traz, correta e respectivamente, a relação de sentido estabelecida pela 
locução adverbial destacada e o advérbio que pode substituí-la nesse contexto. 
(A) Intensidade / excessivamente. 
(B) Modo / rigorosamente. 
(C) Tempo / hodiernamente. 
(D) Dúvida / provavelmente. 
(E) Afirmação / certamente. 
Comentário: A expressão “no duro” é uma afirmação, certeza. Assim, essa 
locução adverbial pode ser substituída por “certamente”. Compare: 
O que a cidade tem, no duro, são quatro milhões de bocas! 
O que a cidade tem, certamente, são quatro milhões de bocas! 
 Assim, a alternativa (E) é a correta. 
Gabarito: E 
 
 
SANEAGO 2013 – Administrador (banca IBEG) 
No período “mas não gera resultados práticos por falta de vontade e, 
sobretudo, de comprometimento governamental com as políticas públicas de 
preservação das riquezas naturais.”, sem que o sentido original fosse alterado, 
o vocábulo em destaque poderia ser substituído por: 
(a) Provavelmente. 
(b) Indubitavelmente. 
(c) Esporadicamente. 
(d) Principalmente. 
(e) Infelizmente. 
Comentário: O advérbio “sobretudo” significa principalmente, especialmente. 
Assim, a alternativa (D) é a correta. 
Gabarito: D 
 
Prefeitura Uruaçu-GO 2014 – Agente (banca IBEG) 
No período “Gostava muito de passar o dia judiando de pequenos animais.”, o 
vocábulo em destaque, em relação ao verbo “Gostava”, indica ideia de 
(a) quantidade. 
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(b) finalidade. 
(c) adversidade. 
(d) intensidade. 
Comentário: O advérbio “muito” transmite o sentido de intensidade, pois 
entendemos que alguém gostava bastante de passar o dia judiando de 
pequenos animais. 
 Assim, a alternativa correta é a (D). 
Gabarito: D 
 
MAPA – 2014 – Agente Administrativo (bancaConsulplan) 
Na expressão “Os cômodos são ridiculamente pequenos!”, o termo em 
destaque está diretamente ligado ao adjetivo “pequenos” e estabelece, na 
frase, uma relação de sentido de 
A) meio. B) causa. C) modo. D) intensidade. 
Comentário: Note que podemos entender que os cômodos são muito 
pequenos. Assim, há um advérbio de intensidade. Assim, a alternativa correta 
é a (D). 
 Você poderia ter ficado na dúvida quanto à possibilidade de ser modo, 
tendo em vista a terminação em “mente”, porém nem sempre essa terminação 
marcará o modo. Neste contexto, por exemplo, é fácil perceber a ideia de 
intensidade pela troca pelo advérbio “muito” ou “bastante”, ok?! 
Gabarito: D 
 
AVAPE 2013 Advogado (banca Consulplan) 
Assinale a alternativa em que o termo destacado está, quanto à sua classe 
gramatical, INCORRETAMENTE classificado. 
A) “O diferente nunca é um chato.”– advérbio 
B) “Ele aprendeu a suportar o riso,...”– preposição 
C) “… entende o porquê de quem o agride.”– pronome 
D) “... em coisas que só ele sabe importantes.”– adjetivo 
E) “... enquanto todos em torno agridem e gargalham.”– conjunção 
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois “nunca” é um advérbio de 
tempo. 
 A alternativa (B) está correta, pois o verbo “aprendeu” rege a preposição 
“a”. 
 A alternativa (C) está correta, pois “o” é o pronome pessoal oblíquo 
átono, o qual retoma uma palavra anterior. 
 A alternativa (D) é a errada, pois “só”, neste contexto, é um advérbio, o 
qual pode ser substituído por “somente”: “... em coisas que somente ele sabe 
importantes.”. Tal palavra, neste contexto, não se flexiona. 
 Já a palavra “só” como adjetivo pode ser substituída por “sozinho” e 
ocorre em contextos, como: “Ela estava só (sozinha)”. “Eles estavam sós 
(sozinhos)”. 
 A alternativa (E) está correta, pois “enquanto” é uma conjunção 
temporal. 
Gabarito: D 
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Prefeitura de Apuiarés 2014 Cirurgião Dentista (banca Consulplan) 
 
É um marcador que expressa ideia semelhante a “até agora”: 
a) “Até a minha resposta foi impensada”. 
b) “Até onde devo pôr a faixa? Estique-a até o fim do muro.” 
c) “Até mesmo uma criança é capaz de realizar a tarefa que solicitei.” 
d) “Até aqui nos tem ajudado o Senhor.” 
Comentário: O marcador “até agora” apresenta um limite temporal, haja 
vista que a preposição “até” transmite valor semântico de limite e o advérbio 
“agora” transmite valor de tempo. 
 O mesmo ocorre na alternativa (D) com o marcador “Até aqui”. Note que 
“Até” marca um limite e o advérbio “aqui” não é de lugar, mas de tempo 
contemporâneo, atual, presente. Assim, esta é a alternativa correta. 
 Na alternativa (A), a palavra “até” é denotativa de inclusão. Note que 
podemos trocar a palavra “Até” por “Inclusive”. 
 Na alternativa (B), a expressão “até o fim” transmite limite de espaço, 
de lugar: o fim do muro. 
 Na alternativa (C), a expressão “Até mesmo” é constituída da palavra 
denotativa de inclusão “Até” e do pronome demonstrativo “mesmo”, o qual 
transmite um reforço. Note que podemos trocar a expressão “Até mesmo” por 
“Inclusive”. 
Gabarito: D 
 
 Agora é hora de praticarmos com questões da FGV! Vamos lá?! 
 
 
Questão 1: IBGE 2017 Analista Censitário (banca FGV) 
“É preciso levar em conta questões econômicas e sociais”; se juntássemos os 
adjetivos sublinhados em forma de adjetivo composto, a forma correta, no 
contexto, seria: 
(A) econômicas-sociais; 
(B) econômico-social; 
(C) econômica-social; 
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(D) econômico-sociais; 
(E) econômicas-social. 
Comentário: Quando unimos adjetivos para formar o substantivo composto, 
o primeiro deles não se flexiona, e o segundo sim. Assim, a forma correta é 
“econômico-sociais” e a alternativa (D) é a correta. 
Gabarito: D 
 
Questão 2: IBGE 2017 Agente Censitário (banca FGV) 
Texto 2 – “Maior confronto armado da história da América do Sul, a Guerra do 
Paraguai é uma página desbotada na memória do povo brasileiro. Passados 
quase 150 anos das últimas batalhas deste conflito sangrento que envolveu 
Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, o tema se apequenou nos livros 
didáticos e se restringiu às discussões acadêmicas. Neste livro, fruto de 
pesquisas históricas rigorosas, mas escrito com o ritmo de uma grande 
reportagem, o leitor poderá se transportar para o palco dos acontecimentos e 
acompanhar de perto a grande e trágica aventura que deixou marcas 
profundas no continente sul-americano e lembranças de momentos difíceis”. 
(adaptado – A Guerra do Paraguai, Luiz Octávio de Lima) 
Entre os exemplos abaixo, compostos de substantivo + adjetivo ou adjetivo + 
substantivo, retirados do texto, aquele em que a troca de posição dos termos 
provoca modificação de sentido é: 
(A) página desbotada; 
(B) conflito sangrento; 
(C) discussões acadêmicas; 
(D) pesquisas rigorosas; 
(E) grande reportagem. 
Comentário: Como o texto é pequeno, eu o reproduzi abaixo, já com a troca, 
para você comparar e perceber em qual deles há diferença de sentido. 
Compare: 
“Maior confronto armado da história da América do Sul, a Guerra do Paraguai 
é uma desbotada página na memória do povo brasileiro. Passados quase 
150 anos das últimas batalhas deste sangrento conflito que envolveu Brasil, 
Argentina, Uruguai e Paraguai, o tema se apequenou nos livros didáticos e se 
restringiu às acadêmicas discussões. Neste livro, fruto de rigorosas 
pesquisas históricas, mas escrito com o ritmo de uma reportagem grande, 
o leitor poderá se transportar para o palco dos acontecimentos e acompanhar 
de perto a grande e trágica aventura que deixou marcas profundas no 
continente sul-americano e lembranças de momentos difíceis”. 
 Ao compararmos “grande reportagem” com “reportagem grande”, a 
primeira forma, a original do texto, dá destaque positivo à reportagem, pois o 
adjetivo grande anteposto significa “notável”, “respeitável”. Já a segunda 
construção transmite um tom negativo, de que ela seria longa, muito extensa, 
o que tenderia à ideia de ser penosa para ler. Assim, a alternativa (E) é a 
correta. 
 Fica fácil notar que as demais trocas não ferem o sentido original no 
texto. 
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Gabarito: E 
 
Questão 3: IBGE 2017 Recenseador (banca FGV) 
ANIMAIS, NOSSOS IRMÃOS 
 “Desde o início da vida no planeta Terra, muitas são as espécies animais 
que foram extintas por vários motivos. 
 Atualmente, quando se mencionam ‘espécies em extinção’, afloram as 
várias atividades humanas que as provocaram, ou estão provocando. 
 Dentre essas ações, as principais talvez sejam: 
i) a caça predatória de animais de grande porte e de alguns animais menores; 
todos esses animais, de uma forma ou de outra, rendem expressivos 
lucros; 
ii) a descuidada aplicação dos chamados ‘defensivos agrícolas’ ou 
agrotóxicos, desestabilizando completamente o ecossistema; 
iii) as grandes tragédias provocadas também pela incúria humana como os 
incêndios florestais e derramamento de petróleo cru nos mares; 
iv) o desmatamento de grandes áreas, fator de cruel desalojamento dos 
habitats de incontáveis espécies animais”. 
(Eurípedes Kuhl) 
O par abaixo que muda de sentido se for invertida a posição de seus dois 
elementos é: 
(A) vários motivos; 
(B) grande porte; 
(C) animais menores; 
(D) grandes áreas; 
(E) cruel desalojamento. 
Comentário: É normal vermos o adjetivo grande mudar de sentido ao ser 
trocado de posição, mas veja que ele, nas duas ocorrências, se encontra 
caracterizando os substantivos concretos “porte” e “áreas”. Assim, tanto antes 
quanto depois, tal adjetivo estará relacionado à noção de extensão,

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