Buscar

Aula-05-Atos-Administrativos-3-

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Geraldo Neto 
DIREITO 
ADMINISTRATIVO 
Material Complementar – Aula 
 
 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
Ato administrativo x ato da administração 
Qualquer ato praticado pela Administração quando exerce sua função administrativa, sendo 
regido pelas regras de direito público ou pelas regras de direito privado, é considerado Ato da 
Administração. Esse ato alcança: 
1. Atos Privados da Administração: são aqueles praticados pela Administração sem gozar de 
sua supremacia em relação ao particular, ou seja, em condições de igualdade com este, de 
maneira que essa atuação é regida pelo regime de direito privado. Ex: locação de um bem 
imóvel. Nesse caso a Administração utiliza mesma lei de locações que um particular utilizaria 
caso fosse alugar o mesmo imóvel, não se valendo de suas prerrogativas. 
2. Atos Materiais: são aqueles que se traduzem na execução material da função administrativa. 
Ex: demolição de uma casa, apreensão de uma mercadoria. Nesta hipótese não há declaração 
de vontade, mas apenas a execução desta. Pode ser chamado também de fato administrativo! 
3. Atos Administrativos: consistem em manifestação de vontade da Administração por um 
regime de direito público. 
DI Pietro elenca uma quantidade maior de atos da administração. Vejamos: 
"1. os atos de direito privado, corno doação, permuta, compra e venda, locação; 
2 . os atos materiais da Administração, que não contêm manifestação de vontade, mas que 
envolvem apenas execução, como a demolição de uma casa, a apreensão de mercadoria, a 
realização de um serviço; 
3 . o s chamados atos de conhecimento, opinião, juízo o u valor, que também não expressam 
uma vontade e que, portanto, também não podem produzir efeitos jurídicos ; é o caso dos 
atestados, certidões, pareceres, votos; 
4 . os atos políticos, que estão sujeitos a regime jurídico-constitucional; 
5. os contratos ; 
6 . o s atos normativos da Administração, abrangendo decretos, portarias, resoluções, 
regimentos, de efeitos gerais e abstratos; 
7 . o s atos administrativos propriamente ditos ." 
3.1 Requisitos ou Elementos. 
 –- Inicialmente, o que significa convalidação? Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro: 
“Convalidação ou saneamento é o ato administrativo pelo qual é suprido o vício existente em 
um ato ilegal, com efeitos retroativos à data em que este foi praticado. 
Ela é feita, em regra, pela Administração, mas eventualmente poderá ser feita pelo 
administrado, quando a edição do ato dependia da manifestação de sua vontade e a exigência 
não foi observada. Este pode emiti-la posteriormente, convalidando o ato”. 
–- Formas de convalidação. Segundo José dos Santos Carvalho Filho: 
“Há três formas de convalidação. A primeira é a ratificação. Na definição de MARCELO 
CAETANO, “é o acto administrativo pelo qual o órgão competente decide sanar um acto 
inválido anteriormente praticado, suprindo a ilegalidade que o vicia”. A autoridade que deve 
ratificar pode ser a mesma que praticou o ato anterior ou um superior hierárquico, mas o 
importante é que a lei lhe haja conferido essa competência específica. Exemplo: um ato com 
vício de forma pode ser posteriormente ratificado com a adoção da forma legal. O mesmo se 
dá em alguns casos de vício de competência. Segundo a maioria dos autores, a ratificação é 
apropriada para convalidar atos inquinados de vícios extrínsecos, como a competência e a 
forma, não se aplicando, contudo, ao motivo, ao objeto e à finalidade. 
A segunda é a reforma. Essa forma de aproveitamento admite que novo ato suprima a parte 
inválida do ato anterior, mantendo sua parte válida. Exemplo: ato anterior concedia licença e 
férias a um servidor; se se verifica depois que não tinha direito à licença, pratica-se novo ato 
 
 
retirando essa parte do ato anterior e se ratifica a parte relativa às férias. 
A última é a conversão, que se assemelha à reforma. Por meio dela a Administração, depois de 
retirar a parte inválida do ato anterior, processa a sua substituição por uma nova parte, de 
modo que o novo ato passa a conter a parte válida anterior e uma nova parte, nascida esta 
com o ato de aproveitamento. Exemplo: um ato promoveu A e B por merecimento e 
antiguidade, respectivamente; verificando após que não deveria ser B mas C o promovido por 
antiguidade, pratica novo ato mantendo a promoção de A (que não teve vício) e insere a de C, 
retirando a de B, por ser esta inválida”. 
OBS: Di Pietro diz que “O objeto ou conteúdo ilegal não pode objeto de convalidação”. 
Entretanto, a autora ADMITE a REFORMA e a CONVERSÃO. Para ela, tais institutos não são 
formas de convalidação. Vejamos: 
"O objeto ou conteúdo ilegal não pode ser objeto de convalidação. Com relação a esse 
elemento do ato administrativo, é possível a conversão, que alguns dizem ser espécie do 
gênero convalidação e outros afirmam ser instituto diverso, posição que nos parece mais 
correta, porque a conversão implica a substituição de um ato por outro. Pode ser definida 
corno o ato administrativo pelo qual a Administração converte um ato inválido em ato de outra 
categoria, com efeitos retroativos à data do ato original. O objetivo é aproveitar os efeitos já 
produzidos. 
Um exemplo seria o de urna concessão de uso feita sem licitação, quando a lei a exige; pode 
ser convertida em permissão precária, em que não há a mesma exigência; com isso, imprime-se 
validade ao uso do bem público, j á consentido. Não se confunde conversão com reforma, pois 
aquela atinge o ato ilegal e esta afeta o ato válido e se faz por razões de oportunidade e 
conveniência; a primeira retroage e a segunda produz efeitos para o futuro. Exemplo : um 
decreto que expropria parte de um imóvel é reformado para abranger o imóvel inteiro." 
--- A convalidação é obrigatória ou facultativa? Obrigatória, salvo quando se tratar de vício de 
competência em ato discricionário. Vejamos Celso Antônio Bandeira de Mello: 
“Acompanhamos, pois, na matéria, os ensinamentos constantes do aprofundado estudo 
monográfico efetuado por Weida Zancaner. Ciframo-nos, aqui, a sintetizar sua valiosa 
orientação, que assim se pode exprimir: 
I - sempre que a Administração esteja perante um ato suscetível de convalidação e que não 
haja sido impugnado pelo interessado, estará na obrigação de convalidá-lo, ressalvando-se, 
como visto, a hipótese de vício de competência em ato de conteúdo discricionário; 
II - sempre que esteja perante ato insuscetível de convalidação, terá a obrigação de invalidá-lo, 
a menos, evidentemente, que a situação gerada pelo ato viciado já esteja estabilizada pelo 
Direito . Em tal caso, já não haverá situação jurídica inválida ante o sistema normativo e, 
portanto, simplesmente não se põe o problema. 
Esta estabilização ocorre em duas hipóteses: (HIPÓTESES DE MANUTENÇÃO DO ATO 
INVÁLIDO!) 
a) quando já se escoou o prazo, dito prescricional, para a Administração invalidar o ato; 
b) quando, embora não vencido tal prazo, o ato viciado se categoriza como ampliativo da 
esfera jurídica dos administrados (cf. n. 73) e dele decorrem sucessivas relações jurídicas que 
criaram, para sujeitos de boafé, situação que encontra amparo em norma protetora de 
interesses hierarquicamente superiores ou mais amplos que os residentes na norma violada, de 
tal sorte que a desconstituição do ato geraria agravos maiores aos interessados protegidos na 
ordem jurídica do que os resultantes do ato censurável ." (exemplo citado pelo autor: 
loteamento irregularmente licenciado cujo vício só viesse a ser descoberto depois de inúmeras 
famílias de baixa renda adquiririam os lotes e edificaram suas moradias. 
Importante ressaltar que Di Pietro acompanha o entendimento de Celso Antônio quanto à 
obrigatoriedade de convalidação, salvo na hipótese supracitada. Entretanto, a autora em tela, 
em outra parte de seu livro (p. 282 – 29ª edição – 2016) cria um “problema” para os 
 
 
concurseiros, tema que foi cobrado na prova do INSS – Técnico do Seguro Social –CESPE/UNB 
– 2016. Vejamos a questão: 
“Julgue o próximo item, a respeito dos atos administrativos. 
O ato praticado por agente não competente para fazê-lo poderá ser convalidado 
discricionariamente pela autoridade competente para sua prática, caso em que ficará sanado o 
vício de incompetência. GABARITO DEFINITIVO: CERTO”. 
Vejamos o trecho respectivo agora do livro da Di Pietro: 
“Na esfera federal a Lei nº 9.784, de 29-1-99, que regula o processo administrativo no âmbito 
da Administração Pública Federal, estabelece, no artigo 53, que “a Administração deve anular 
seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade”; porém, no artigo 55, prevê a 
hipótese de ser mantido o ato ilegal, ao determinar que, “em decisão na qual se evidenciem 
não acarretam lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem 
defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração”. Vale dizer que, ao 
invés de anular o ato, a Administração pode convalidá-lo; trata-se de decisão discricionária, 
somente possível quando os atos inválidos não acarretarem prejuízo a terceiros (nem ao 
erário); caso contrário, a anulação será obrigatória”. 
Neste sentido a seguinte prova do CESPE: 
(CESPE_INSS-Técnico do Seguro Social) Julgue o próximo item, a respeito dos atos 
administrativos. 
O ato praticado por agente não competente para fazê-lo poderá ser convalidado 
discricionariamente pela autoridade competente para sua prática, caso em que ficará sanado o 
vício de incompetência. GABARITO: CERTO. 
No mesmo livro, agora na página 291, a autora diz o seguinte: 
“Assiste razão à autora, pois tratando-se de ato vinculado praticado por autoridade 
incompetente, a autoridade competente não poderá deixar de convalidá-lo, se estiverem 
presentes os requisitos para a prática do ato; a convalidação é obrigatória, para dar validade 
aos efeitos já produzidos; se os requisitos legais não estiverem presentes, ela deverá 
necessariamente anular o ato. Se o ato praticado por autoridade incompetente é discricionário 
e, portanto, admite apreciação subjetiva quanto aos aspectos de mérito, não pode a 
autoridade competente ser obrigada a convalidá-lo, porque não é obrigada a aceitar a mesma 
avaliação subjetiva feita pela autoridade incompetente; nesse caso, ela poderá convalidar ou 
não, dependendo de sua própria apreciação discricionária”. 
E este entendimento já foi cobrado tanto pelo CESPE como pela FCC. Segue um exemplo: 
(CESPE_TRE-PI_2016) Um técnico judiciário do TRE/PI assinou e encaminhou para publicação 
uma portaria de concessão de licença para capacitação de um analista judiciário pertencente 
ao quadro de servidores do tribunal. O ato de concessão da licença é de competência não 
exclusiva do presidente do tribunal. 
A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta. 
(E) Caso não seja verificada lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, o ato DEVERÁ 
ser convalidado. OPÇÃO CORRETA. 
3.1.1 Competência: elemento sempre vinculado, é o poder legal conferido ao agente público 
para o desempenho das atribuições do cargo. Di Pietro chama esse requisito de sujeito: para 
ela, além de competente, o agente público deve ser capaz (capacidade conforme estudada no 
Direito Civil). 
Características da competência: 
a. Irrenunciável. 
b. Intransferível: (obs: delegação e avocação, Lei 9.784/99). 
c. Imodificável (pois decorre da lei). 
 
 
d. Imprescritível (a ausência de exercício não a extingue). 
e. Improrrogável (o agente incompetente, se praticar o ato, não passa a ser competente). 
Critérios para distribuição de competência (Di Pietro): 
1. em razão da matéria, a competência se distribui entre os Ministérios (na esfera federal) e 
entre as Secretarias (nos âmbitos estadual e municipal); 
2. em razão do território, distribui-se por zonas de atuação; 
3. em razão do grau hierárquico, as atribuições são conferidas segundo o maior ou menor grau 
de complexidade e responsabilidade; 
4. em razão do tempo, determinadas atribuições têm que ser exercidas em períodos 
determinados, como ocorre quando a lei fixa prazo para a prática de certos atos; também pode 
ocorrer a proibição de certos atos em períodos definidos pela lei, como de nomear ou exonerar 
servidores em período eleitoral; 
5. em razão do fracionamento, a competência pode ser distribuída por órgãos diversos, 
quando se trata de procedimento ou de atos complexos, com a participação de vários órgãos 
ou agentes. 
Delegação X Avocação. A primeira não depende de hierarquia e pode ser realizada por uma 
análise de conveniência. Ou seja, a regra é a possibilidade de delegação. A exceção é a 
impossibilidade, que só ocorre quando se tratar de competência exclusiva ou em razão da 
matéria. A segunda somente pode ocorrer quando houver hierarquia e em caráter 
excepcional. Vejamos. 
Lei 9.784/99 
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, 
delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam 
hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole 
técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. 
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: 
I - a edição de atos de caráter normativo; 
II - a decisão de recursos administrativos; 
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. 
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente 
justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente 
inferior. 
Agente incompetente: é aquele que atua com excesso de poder – agente público excede os 
limites de sua competência. Gera anulação do ato. Na prática, só anula se o agente invadiu 
competência em razão da matéria ou competência exclusiva. Nos outros casos, admite-se 
convalidação. 
Usurpação de função X função de fato. No primeiro caso, não houve qualquer investidura 
daquele que, pretensamente, praticou um ato administrativo. A Doutrina considera o ato 
inexistente. No segundo caso houve uma investidura prévia, mas possui uma irregularidade 
(P.ex., servidor que continua trabalhando após completar 70 anos). Aqui, pela teoria da 
aparência, considera-se o ato válido. 
3.1. 2 Finalidade: elemento sempre vinculado, é a lei quem define a finalidade a ser 
perseguida. Pode vir expressa na lei ou decorrer implicitamente no ordenamento jurídico. 
Divisão: 
a) finalidade geral/sentido amplo: satisfação do interesse público. Sempre posterior ao ato. É o 
efeito mediato que se pretende com a prática de determinado ato – satisfação do interesse 
público. CUIDADO!! Esta finalidade é considerada discricionária, já que a lei, normalmente, 
utiliza noções vagas e imprecisas. Ex: autorização para reunião em praça pública concedida 
 
 
quando a autoridade entender que ela não ofenda a ordem pública! 
b) finalidade específica/sentido restrito: resultado direto e imediato a ser alcançado via 
determinado ato administrativo – Di Pietro diz que “(…) a finalidade do ato administrativo é 
sempre a que decorre explícita ou implicitamente da lei” (p. ex., a remoção de ofício de 
servidor para localidade com carência de pessoal, com a finalidade de puni-lo. Está presente a 
finalidade geral, mas não a específica, pois remoção não tem natureza de punição). Esta 
finalidade é sempre vinculada, pois para cada ato administrativo previsto na lei há uma 
finalidade específica que não pode ser contrariada. Ex: demissão só pode ser para punir o 
infrator. 
Desatendimento a qualquer tipo de finalidade: anulação. Na competência vimos que quando o 
agente extrapola os limites legais, incorre em excesso de poder. Aqui, quando a finalidade está 
viciada, temos hipótese de desvio de poder (ou de finalidade). Não cabe convalidação; o ato é 
nulo. 
3.1.3 Forma: elemento sempre vinculado (Doutrina clássica – Di Pietro diz que esse elemento é 
“(…) em geral vinculado(...)”, configura-se na exteriorização do ato administrativo. O ato 
administrativo deve exteriorizarse através de formas previamente definidas em lei. Vige no 
Direito Administrativo o princípio da solenidade das formas, enquanto do Direito Privado atua 
o princípio da liberdade das formas. Doutrina moderna vem dizendo que a forma pode ser 
elemento vinculado ou discricionário. Fundamento: art. 22, Lei 9.784/99. 
Lei 9.784/99 
Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão 
quando a lei expressamente a exigir. 
Di Pietro ensina que: "Encontram-se na doutrina duas concepções da forma como elemento do 
ato administrativo: 
1 . uma concepção restrita, que considera forma como a exteriorização do ato, ou seja, o modo 
pelo qual a declaração se exterioriza; nesse sentido, fala-se que o ato pode ter a forma escrita 
ou verbal, de decreto, portaria, resolução etc . ; 
2 . uma concepção ampla, que inclui no conceito de forma, não s ó a exteriorização do ato, mas 
também todas as formalidades que devem ser observadas durante o processo de formação da 
vontade da Administração, e até os requisitos concernentes à publicidade do ato. 
(...) 
Ocorre que tanto a inobservância da forma como a do procedimento produzem o mesmo 
resultado, ou seja, a ilicitude do ato. Por exemplo, se a lei exige a forma escrita e o ato é 
praticado verbalmente, ele será nulo; se a lei exige processo disciplinar para demissão de um 
funcionário, a falta ou o vício naquele procedimento invalida a demissão, ainda que esta 
estivesse correta, quando isoladamente considerada. 
Não há dúvida, pois, que a observância das formalidades constitui requisito de validade do ato 
administrativo, de modo que o procedimento administrativo integra o conceito de forma." 
Para Di Pietro, inclusive o silêncio pode significar uma forma de manifestação de vontade da 
Administração Pública: “Até mesmo o silêncio pode significar forma de manifestação da 
vontade, quando a lei assim o prevê; normalmente ocorre quando a lei fixa um prazo, findo o 
qual o silêncio da Administração significa concordância ou discordância”. 
Em caso de vício na forma, cabe convalidação? Em regra, sim. Salvo se a lei exigir a forma 
como elemento essencial à validade do ato. 
Para Di Pietro, a motivação integra a forma do ato (entendimento cobrado pelo CESPE em 
2016!). Neste sentido, o ato imotivado conteria um vício de forma, passível de anulação. 
Ainda, a mesma autora também diz que “(…) a observância das formalidades constitui 
requisito de validade do ato administrativo, de modo que o procedimento administrativo 
integra o conceito de forma”. 
 
 
3.1.4 Motivo: elemento vinculado ou discricionário, é o pressuposto de fato e de direito que 
serve de fundamento ato administrativo. Pressuposto de direito: dispositivo legal em que se 
baseia o ato. Pressuposto de fato: conjunto de circunstâncias, de acontecimentos, de situações 
que levam a Administração a praticar o ato. 
Ex: licença paternidade – o motivo é o nascimento do filho. No exemplo anterior temos uma 
hipótese de motivo vinculado (subsunção do fato à norma). 
Outro exemplo: servidor estável pede licença sem remuneração. A Administração Pública vai 
analisar, dentre outros fatores, se há excesso ou carência de servidores, e as consequências 
causadas pela ausência daquele servidor. Aqui temos um exemplo de motivo discricionário, no 
qual haverá análise de oportunidade e conveniência na concessão da referida licença. 
Vício no motivo vinculado gera anulação do ato. E o motivo discricionário? Sofre limitação 
pelos princípios da razoabilidade e proporcionalidade (controle de legitimidade), mas nunca 
controle de mérito pelo Judiciário. 
3.1.5 Objeto: elemento vinculado ou discricionário, é o conteúdo material do ato. São os 
efeitos jurídicos produzidos pelo ato. Nos atos vinculados só há um objeto. P. ex., servidor que 
completa 70 anos – objeto: aposentadoria. Não há margem de escolha. Se houver vício aqui, 
nulidade do ato. Já no ato discricionário há liberdade na escolha do objeto. P. ex., suspensão 
do servidor público por até 90 dias. Logo, a suspensão pode durar 1 dia, 10 dias, 49 dias... até 
90 dias! Aqui mora o mérito administrativo, limitado pelos princípios da razoabilidade e 
proporcionalidade. 
Di Pietro diz que o objeto, "Como no direito privado, o objeto deve ser lícito (conforme à lei) , 
possível (realizável no mundo dos fatos e do direito), certo (definido quanto ao destinatário, 
aos efeitos, ao tempo e ao lugar) , e moral (em consonância com os padrões comuns de 
comportamento, aceitos como corretos, justos, éticos)". 
Vício no objeto – pode convalidar? 
Di Pietro ensina que, assim como no Direito Privado, “o objeto do ato administrativo pode ser 
natural ou acidental. Objeto natural é o efeito jurídico que o ato produz, sem necessidade de 
expressa menção; ele decorre da própria natureza do ato, tal como definido na Lei. Objeto 
acidental é o efeito jurídico que o ato produz em decorrência de cláusulas acessórias apostas 
ao ato pelo sujeito que o pratica; ele traz alguma alteração no objeto natural; compreende o 
termo, o encargo e a condição”. 
Observações. 
a) Mérito administrativo: consiste na análise de oportunidade (momento) e conveniência 
(valoração dos resultados) para a prática ou não de determinado ato administrativo. A quem a 
lei conferiu esse poder? Ao administrador público. Por isso o Judiciário não pode revogar ato 
de outro poder. 
Importante ressaltar o controle realizado pelo Judiciário com base nos princípios da 
razoabilidade e proporcionalidade (controle de legitimidade) não é um controle de mérito. 
Quando o ato administrativo viola tais princípios, este ato é ilegítimo – está fora do mérito 
administrativo. A atuação irrazoável e desproporcional não está incluída na oportunidade e 
conveniência do administrador público. 
b) Macete para a prova com o escopo de diferenciar o momento de cada requisito: 1) motivo: 
passado. 2) objeto: presente. 3) finalidade: futuro. 
Entre objeto e finalidade: objeto – efeito imediato. Finalidade – efeito mediato. 
c) Motivação: deve ser prévia ou contemporânea à edição do ato administrativo. A FCC 
costuma colocar na prova que a “motivação pode ser posterior à edição do ato” – assertiva 
errada. É possível a chamada “motivação aliunde”, ou seja, a mera referência, no ato, à sua 
concordância com anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, como forma de 
suprimento da motivação do ato. 
 
 
Se a motivação for obrigatória, integra o elemento forma (Di Pietro). Sua inobservância gera 
nulidade do ato, não sendo passível de convalidação. 
d) Teoria dos motivos determinantes: a Administração Pública está sujeita ao controle judicial 
quanto à existência dos motivos e sua pertinência com o objeto do ato. É aplicável tanto para 
os atos vinculados como para os discricionários. Pegadinha clássica: determinado ato 
administrativo não trazia a necessidade de motivação (p. ex., exoneração de servidor ocupante 
de cargo em comissão). Caso o ato seja motivado, cabe controle judicial quanto à existência 
dos motivos e sua relação com o objeto do ato administrativo. 
Outro exemplo trazido por Di Pietro: “Também é o caso da revogação de um ato de permissão 
de uso, sob alegação de que a mesma se tornou incompatível com a destinação do bem público 
objeto de permissão; se a Administração, a seguir, permitir o uso do mesmo bem a terceira 
pessoa, ficará demonstrado que o ato de revogação foi ilegal por vício quanto ao motivo”. 
e) Lei 9.784/99, Art. 55: “Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse 
público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser 
convalidados pela própria Administração” OBS: barreiras à convalidação – 1) Impugnação do 
interessado, expressa ou através de resistência quanto ao cumprimento dos efeitos; 2) 
decurso do tempo, com a ocorrênciada prescrição. 
3.2 Atributos. São as características dos atos administrativos. 
3.2.1 Presunção de legitimidade. Presente em TODOS os atos do Poder Público (atos 
administrativos e atos da administração). Logo, o ônus da prova da existência de vício no ato 
administrativo é do particular. Presunção relativa (iuris tantum) de legalidade e legitimidade. 
Di Pietro fraciona esse atributo: 1) presunção de legitimidade – interpretação e aplicação da 
norma foi realizada corretamente (é a conformidade do ato com a lei) e 2) presunção de 
veracidade – os fatos alegados pela Administração são verdadeiros (p. ex., as certidões 
expedidas pela Administração possuem fé pública”. 
Ainda, conforme Di Pietro, três efeitos: 
1) Enquanto não decretada a invalidade do ato pela própria Administração ou pelo Judiciário, 
ele produzirá efeitos da mesma forma que o ato válido, devendo ser cumprido. Relativização 
desse efeito: dever de obediência do servidor público, salvo para atos manifestamente ilegais. 
2) Impossibilidade de apreciação da validade do ato pelo Judiciário ex officio. Ou seja, somente 
mediante provocação. 
3) Presunção de veracidade produz a inversão do ônus da prova. É errado afirmar que a 
presunção de legitimidade produz esse efeito, uma vez que, quando se trata de confronto entre 
o ato e a lei, não há matéria de fato a ser produzida. 
3.2.2 Imperatividade. É o atributo pelo qual a Administração Pública cria obrigações e impõe 
restrições a terceiros, independentemente de sua concordância. A imperatividade NÃO existe 
em todos os atos administrativos, mas apenas naqueles que impõem obrigações; quando se 
trata de ato que confere direitos solicitados pelo administrado (como na licença, autorização, 
permissão, admissão) ou de ato apenas enunciativo (certidão, atestado, parecer), esse atributo 
inexiste. 
Este atributo constitui manifestação do chamado PODER EXTROVERSO DO ESTADO! 
A imperatividade é uma das características que distingue o ato administrativo do ato de direito 
privado; este último não cria qualquer obrigação para terceiros sem a sua concordância. 
3.2.3 Autoexecutoriedade. O ato administrativo pode ser posto em execução pela própria 
Administração Pública, sem necessidade de intervenção do Poder Judiciário, mesmo que para 
isso precise implementar o uso da força. Este atributo também NÃO está presente em todos 
os atos administrativos. Sua principal manifestação é quando o Estado pratica suas atividades 
típicas, seja quando houver expressa previsão legal ou, ausente a previsão, em situações de 
urgência. Ex: apreensão de mercadorias que entraram irregularmente no país. 
 
 
Celso Antônio Bandeira de Mello faz uma subdivisão neste atributo: 1) exigibilidade: utilização 
de meios indiretos para que o particular atenda ao comando administrativo. Ex: imposição de 
multa porque não construiu a calçada. As medidas exigíveis SEMPRE vêm definidas em lei. 2) 
executoriedade: Administração compele materialmente o particular à prática do ato. As 
medidas executórias podem ser utilizadas independente de previsão legal, para atender a 
situação emergente que ponha em risco a segurança, a saúde ou outro interesse da 
coletividade. 
Di Pietro, nesse tópico, faz uma observação importante: "Na primeira hipótese (exigibilidade), 
os meios de coerção vêm sempre definidos na lei; na segunda (executoriedade), podem ser 
utilizados, independentemente de previsão legal, para atender situação emergente que ponha 
em risco a segurança, a saúde ou outro interesse da coletividade. 
3.2.4 Tipicidade. É o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras 
definidas previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultados. Para cada 
finalidade que a Administração pretende alcançar existe um ato definido em lei. 
Trata-se de decorrência do princípio da legalidade, que afasta a possibilidade de a 
Administração praticar atos inominados; estes são possíveis para os particulares, como 
decorrência do princípio da autonomia da vontade. Esse atributo representa uma garantia 
para o administrado, pois impede que a Administração pratique atos dotados de 
imperatividade e executoriedade, vinculando unilateralmente o particular, sem que haja 
previsão legal; também fica afastada a possibilidade de ser praticado ato totalmente 
discricionário, pois a lei, ao prever o ato, já define os limites em que a discricionariedade 
poderá ser exercida. 
A tipicidade só existe com relação aos atos unilaterais; não existe nos contratos porque, com 
relação a eles, não há imposição de vontade da Administração, que depende sempre da 
aceitação do particular. 
3.3 Extinção. 
3.3.1 Anulação. Quando há vício por ilegalidade/ilegitimidade. Pode ser feita tanto pela 
própria Administração Pública (de ofício ou via provocação) ou pelo Judiciário (via provocação 
para todos os atos administrativos). OBS: possibilidade do Judiciário, de ofício, anular seus atos 
praticados em sua função atípica administrativa. 
Cabe anulação por análise de mérito administrativo (oportunidade e conveniência)? NÃO. 
Efeitos da anulação: ex tunc ou retroativos (retroagem à data do ato, salvo efeitos produzidos 
para terceiros de boa-fé). Ex: servidor que, em seu ato de posse, havia um vício insanável. Esse 
servidor emite uma certidão para um particular. Após, sua investidura é declarada inválida 
pela Administração. A certidão emitida não perde seu valor jurídico. 
Prazo geral de anulação: art. 54, Lei 9.784/99. 
Lei 9.784/99 
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos 
favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram 
praticados, salvo comprovada má-fé. 
Três fatores que funcionam como limitadores ao dever de anular os atos ilegais cometidos 
pelos agentes públicos: 1) o princípio da segurança jurídica no aspecto objetivo (estabilidade 
das relações jurídicas) e subjetivo (proteção à confiança); 2) a boa-fé; 3) quando o prejuízo 
resultante da anulação for maior que manter o ato ilgeal. Somente com a análise do caso 
concreto, de acordo com os interesses que estão em jogo, pode-se pensar em deixar de anular 
um ato administrativo, de maneira a preservar situações jurídicas constituídas por pessoas de 
boa-fé. 
Diferença entre nulidade absoluta e nulidade relativa, conforme DI Pietro: depende se o vício é 
sanável ou não (convalidável). Caso positivo, será nulidade relativa. Caso negativo, será 
 
 
nulidade absoluta. 
3.3.2 Revogação. Retirada do mundo jurídico de um ato válido, por critérios de conveniência e 
oportunidade. Fundamenta-se no poder discricionário. 
Efeitos da revogação: ex nunc ou prospectivos. A revogação é ato privativo da Administração 
que praticou o ato. 
Que atos não podem ser revogados? 
a) atos consumados, que já exauriram seus efeitos. Ex: concessão de licença para trato de 
interesses particulares. Se o servidor já gozou a licença, não é possível mais revogá-la. 
b) atos vinculados, pois aqui não há mérito administrativo. Exceção: revogação de licença para 
construir antes de iniciada a obra. 
c) atos que geraram direitos adquiridos. 
d) atos que integram um procedimento e que geraram preclusão administrativa. 
3.3.3 Cassação. Ato legal na concessão, mas ilegal na execução. Ex: particular obtém licença 
para construir e, na construção, desobedece, p. ex., o gabarito da área. 
OBS: as três hipóteses anteriores são chamadas de extinção volitiva. Vejamos outras formas. 
3.3.4 Extinção natural: mero cumprimento de seus efeitos. 
3.3.5 Extinção subjetiva: quando desaparece o beneficiário do ato. 
3.3.6 Extinção objetiva: quando desaparece o próprio objeto. 
3.3.7 Caducidade: quando a nova legislação é incompatível com determinado ato 
administrativo já praticado. 
3.3.8 Contraposição: quando o ato posterior tem efeitos opostos ao ato anterior. Ex: 
nomeação X exoneração. 
3.4 Discricionariedade e vinculação 
3.4.1 Distinção entre atuação vinculadae discricionária. 
Atuação vinculada: quando a lei estabelece a única solução possível diante de determinada 
situação de fato; ela fixa todos os requisitos, cuja existência a Administração deve limitar-se a 
constatar, sem qualquer margem de apreciação subjetiva. 
Atuação discricionária: quando a Administração, diante do caso concreto, tem a possibilidade 
de apreciá-lo segundo critérios de oportunidade e conveniência e escolher uma detre duas ou 
mais soluções, todas válidas para o direito. 
3.4.2 Âmbito de aplicação da discricionariedade. Segundo Di Pietro: 
1 – quando a lei expressamente a confere à Administração, como ocorre no caso da norma 
que permite a remoção ex officio do funcionário, a critério da Administração, para atender à 
conveniência do serviço; 
2 – quando a lei é omissa, porque não lhe é possível prever todas as situações supervenientes 
ao momento de sua promulgação, hipótese em que a autoridade deverá decidir de acordo com 
princípios extraídos do ordenamento jurídico; 
3 – quando a lei prevê determinada competência, mas não estabelece a conduta a ser 
adotada, exemplos dessa hipótese encontram-se em matéria de poder de policia, em que é 
impossível à lei traçar todas as condutas possíveis diante de lesão ou ameaça de lesão à vida, à 
segurança pública, à saúde. 
3.4.3 Presença da discricionariedade nos elementos do ato administrativo. 
Normalmente presente no motivo e no objeto. 
Hipóteses de discricionariedade no motivo: 
1 – a lei não o definir, deixando-o ao inteiro critério da Administração, como no exemplo 
acima, em que não há qualquer motivo previsto na lei para justificar a prática do ato. 
2 – a lei definir o motivo utilizando noções vagas, imprecisas, empregando palavras que 
 
 
podem ter vários significados, os chamados conceitos jurídicos indeterminados: é o que ocorre 
quando a lei manda punir o servidor que praticar "falta grave", "procedimento irregular" ou 
"conduta escandalosa na repartição", sem definir em que consistem; ou quando a lei prevê o 
tombamento de bem que tenha valor artístico ou cultural, também sem estabelecer critérios 
objetivos que permitam o enquadramento do bem nesses conceitos. 
3.4.3 Limites da discricionariedade e controle pelo Poder Judiciário. 
Hoje temos uma ampliação do controle judicial da discricionariedade. Isso porque a ideia de 
legalidade não é analisada apenas em sentido restrito (respeito aos atos normativos – respeito 
à lei, por exemplo), mas sim uma legalidade em sentido amplo, abrangendo não apenas as 
normas, mas também os princípios e valores previstos implícita ou explicitamente na 
Constituição – fenômeno da CONSTITUCIONALIZAÇÃO DOS PRINCÍPIOS – princípios não 
devem ser aplicados apenas quando houver LACUNA na lei (exemplo: art. 8º, CLT), mas sim 
servem como FONTE PRIMÁRIA como qualquer outra norma! Ou seja, a lei e o princípio estão 
no mesmo patamar, ambos possuindo força normativa! 
Neste sentido, perceba: o parâmetro do Juiz ao controlar a discricionariedade na atuação de 
um agente público não está mais apenas na lei, mas na lei E NOS PRINCÍPIOS. Exemplo: de 
onde o STF tirou que é vedado o nepotismo até os parentes de 3º grau? Está escrito em 
alguma lei? Não! A Corte Suprema extraiu essa proibição dos princípios da impessoalidade e 
moralidade! 
Em conclusão: se o Judiciário agora analisa a discricionariedade tendo como limite a legalidade 
em sentido amplo (leis e princípios), enquanto antigamente analisava apenas com a legalidade 
em sentido restrito (lei) temos um AUMENTO do controle em tela. Entendeu? 
Outros limites citados pela Di Pietro: teoria do desvio de poder e teoria dos motivos 
determinantes. 
Muito cuidado: não confundir DISCRICIONARIEDADE com INTERPRETAÇÃO – tema já cobrado 
na FCC. Inicialmente, vejamos a Di Pietro: 
“Começa a surgir no direito brasileiro forte tendência no sentido de limitar-se ainda mais a 
discricionariedade administrativa, de modo a ampliar-se o controle judicial. Essa tendência 
verifica-se com relação às noções imprecisas que o legislador usa com frequência para designar 
o motivo e a finalidade do ato (interesse público, conveniência administrativa, moralidade, 
ordem pública etc.). Trata-se daquilo que os doutrinadores alemães chamam de “conceitos 
legais indeterminados” (cf. Martin Bullinger, 1987). 
Alega-se que, quando a Administração emprega esse tipo de conceito, nem sempre existe 
discricionariedade; esta não existirá se houver elementos objetivos, extraídos da experiência, 
que permitam a sua delimitação, chegando-se a uma única solução válida diante do direito. 
Neste caso, haverá apenas interpretação do sentido da norma, inconfundível com a 
discricionariedade. 
Por exemplo, se a lei prevê o afastamento ex officio do funcionário incapacitado para o 
exercício de função pública, a autoridade tem que procurar o auxílio de peritos que esclareçam 
se determinada situação de fato caracteriza incapacidade; não poderá decidir segundo critérios 
subjetivos. Se, para delimitação do conceito, houver necessidade de apreciação subjetiva, 
segundo conceitos de valor, haverá discricionariedade”. 
Ainda sobre o tema, Hely Lopes Meirelles: 
“A discricionariedade só pode decorrer de atribuição da lei. Assim, a mera existência dos 
chamados conceitos indeterminados ou imprecisos, porque não tem conteúdos inequívocos, a 
nosso ver, não gera discricionariedade, mas necessidade de interpretação do conceito, a ser 
feita especialmente fundada nos princípios da finalidade e da razoabilidade. Assim, quando o 
texto legal usar conceitos indeterminados, a discricionariedade somente poder ser reconhecida 
se a lei também autorizá-la”. 
 
 
Opa! Mais cuidado ainda!!! Vejamos que há uma DIVERGÊNCIA entre Di Pietro (conceitos 
jurídicos indeterminados PODEM gerar discricionariedade se houver necessidade de 
apreciação subjetiva – análise de conceitos de valor) e Hely Lopes (conceitos jurídicos 
indeterminados NÃO GERAM discricionariedade, salvo quando houver autorização expressa 
em lei). 
3.5 Classificação. 
3.5.1 Quanto às prerrogativas com que atua a Administração: 
a) atos de império: são os praticados pela Administração com todas as prerrogativas e 
privilégios de autoridade e impostos unilateral e coercitivamente ao particular 
independentemente de autorização judicial, sendo regidos pelo Direito Público. 
b) atos de gestão: são os praticados pela Administração em situação de igualdade com os 
particulares, para a conservação e desenvolvimento do patrimônio público e para a gestão de 
seus serviços. Aqui se aplica do Direito Privado. 
3.5.2 Quanto à formação da vontade: 
a) atos simples: decorrem da declaração de vontade de um único órgão, singular ou colegiado. 
Ex: a nomeação pelo Presidente da República; a deliberação de um Conselho. 
b) atos complexos: resultam da manifestação de dois ou mais órgãos, sejam eles singulares ou 
colegiados, cuja vontade se FUNDE para formar um ato único. As vontades são homogêneas. 
Ex: o decreto que é assinado pelo Chefe do Executivo e referendado pelo Ministro de Estado; o 
importante é que há duas ou mais vontades para a formação de um ATO ÚNICO. 
c) atos compostos: resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, em que a vontade de um é 
instrumental em relação a de outro, que edita o ato principal. Enquanto no ato complexo 
fundem-se vontades para praticar um ato só, no ato composto, praticam-se dois atos, um 
principal e outro acessório. Ex: A dispensa de licitação, em determinadas hipóteses, depende 
de homologação pela autoridade superior para produzir efeitos; a homologação é ato 
acessório, complementar do principal. 
3.5.3 Quanto aos destinatários: 
a) atos gerais: atingem todas as pessoas que se encontram na mesma situação; são os atos 
normativos praticados pela Administração, como regulamentos, portarias, resoluções, 
circulares, instruções, deliberações, regimentos. 
b) atos individuais: são os que produzem efeitos jurídicos no caso concreto.Exemplo: 
nomeação, demissão, tombamento, servidão administrativa, licença, autorização. 
3.5.4 Quanto à exequibilidade: 
a) ato perfeito: aquele que está em condições de produzir efeitos jurídicos, porque já 
completou todo o seu ciclo de formação. 
b) ato imperfeito: é o que não está apto a produzir efeitos jurídicos, porque não completou o 
seu ciclo de formação. Por exemplo, quando falta a publicação, a homologação, a aprovação, 
desde que exigidas por lei como requisitos para a exequibilidade do ato. 
c) ato pendente: é o que está sujeito a condição ou termo para que comece a produzir efeitos. 
Distingue-se do ato imperfeito porque já completou o seu ciclo de formação e está apto a 
produzir efeitos; estes ficam suspensos até que ocorra a condição ou termo. 
d) ato consumado: é o que já exauriu os seus efeitos. Ele se torna definitivo, não podendo ser 
impugnado, quer na via administrativa, quer na via judicial; quando muito, pode gerar 
responsabilidade administrativa ou criminal quando se trata de ato ilícito, ou responsabilidade 
civil do Estado, independentemente da licitude ou não, desde que tenha causado dano a 
terceiros. 
3.5.5 Quanto aos efeitos: 
a) ato constitutivo: aquele pelo qual a Administração cria, modifica ou extingue um direito ou 
 
 
uma situação do administrado. É o caso da permissão, autorização, dispensa, aplicação de 
penalidade, revogação. 
b) ato declaratório: aquele em que a Administração apenas reconhece um direito que já existia 
antes do ato. Como exemplo, podem ser citadas a admissão, licença, homologação, isenção, 
anulação. 
c) ato enunciativo: aquele pelo qual a Administração apenas atesta ou reconhece determinada 
situação de fato ou de direito. São atos enunciativos as certidões, atestados, informações, 
pareceres, vistos. Encerram juízo, conhecimento ou opinião e não manifestação de vontade 
produtora de efeitos jurídicos. 
3.5.6 Atos vinculados e discricionários: 
a) atos vinculados: aqueles que a Administração pratica sem margem alguma de liberdade de 
decisão, pois a lei previamente determinou o único comportamento possível a ser 
obrigatoriamente adotado sempre que se configure a situação objetiva definida em lei. 
b) atos discricionários: são aqueles que a Administração pode praticar com certa liberdade de 
escolha, nos termos e limites da lei, quanto ao seu conteúdo, seu modo de realização, sua 
oportunidade e sua conveniência administrativas. 
3.6 Espécies – ver quadro de aula! 
 
01 – (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: CGE - CE Provas: CESPE - 2019 - CGE - CE - 
Conhecimentos Básicos) O objeto da revogação deve ser 
A) um ato administrativo inválido. 
B) um ato administrativo vinculado. 
C) uma decisão administrativa viciada. 
D) um ato administrativo imperfeito. 
E) um ato administrativo eficaz. 
 
02 – (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE - 2019 - TJ-SC - Juiz Substituto) No 
âmbito do direito administrativo, segundo a doutrina majoritária, a autoexecutoriedade dos 
atos administrativos é caracterizada pela possibilidade de a administração pública 
A) anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, sem necessidade 
de controle judicial. 
B) assegurar a veracidade dos fatos indicados em suas certidões, seus atestados e suas 
declarações, o que afasta o controle judicial. 
C) impor os atos administrativos a terceiros, independentemente de sua concordância, por 
meio de ato judicial. 
D) executar suas decisões por meios coercitivos próprios, sem a necessidade da interferência 
do Poder Judiciário. 
E) executar ato administrativo por meios coercitivos próprios, o que afasta o controle judicial 
posterior. 
 
03 – (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: PGE-PE Provas: CESPE - 2019 - PGE-PE - Conhecimentos 
Básicos - Cargos: 1, 2, 3 e 4) Com relação a licitações e contratos administrativos e às 
disposições da Lei de Improbidade Administrativa, julgue o item que se segue. 
A publicidade é condição de eficácia dos atos da administração pública, por isso a 
inobservância do dever de publicação de atos oficiais pode caracterizar prática de ato de 
improbidade administrativa. 
 
 
 
04 – (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-PR Prova: CESPE - 2019 - TJ-PR - Juiz Substituto) A 
administração pública pode produzir unilateralmente atos que vinculam os particulares. No 
entanto, tal vinculação não é absoluta, devendo o particular, para eximir-se de seus efeitos e 
anular o ato, comprovar, em juízo ou perante a própria administração, o defeito do ato 
administrativo contra o qual se insurge, por caber-lhe o ônus da prova. Essa descrição refere-
se ao atributo do ato administrativo denominado 
A) autoexecutoriedade. 
B) imperatividade. 
C) presunção de legalidade. 
D) exigibilidade. 
 
05 – (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: MPE-PI Prova: CESPE - 2019 - MPE-PI - Promotor de 
Justiça Substituto) O chefe do Poder Executivo estadual baixou resolução pela qual declarou 
ser de utilidade pública para fins de desapropriação determinado imóvel particular, situado no 
território do respectivo ente federado. Nessa situação hipotética, o referido ato administrativo 
foi eivado de vício quanto 
A) à forma. 
B) à finalidade. 
C) ao objeto. 
D) ao motivo. 
E) à competência. 
 
06 – (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: SEFAZ-RS Prova: CESPE - 2019 - SEFAZ-RS - Auditor Fiscal 
da Receita Estadual - Bloco II) Caso uma autoridade da administração pública, como forma de 
punição, determine, de ofício, a remoção de um agente público com quem tenha tido 
desavenças anteriormente, o ato administrativo em questão revelará vício 
A) no motivo, sendo passível de convalidação. 
B) na competência, sendo passível de convalidação. 
C) na forma, sendo inviável a convalidação. 
D) na finalidade, sendo inviável a convalidação. 
E) na competência, sendo inviável a convalidação. 
 
07 – (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: PRF Prova: CESPE - 2019 - PRF - Policial Rodoviário 
Federal) No tocante a atos administrativos, julgue o item a seguir. 
Tanto a inexistência da matéria de fato quanto a sua inadequação jurídica podem configurar o 
vício de motivo de um ato administrativo. 
 
08 – (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: FUB Prova: CESPE - 2018 - FUB – Administrador) No que 
diz respeito à administração pública, julgue o item a seguir. 
Ato administrativo constitui ato jurídico perfeito e, por essa razão, o seu questionamento 
judicial é vedado. 
 
09 – (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: FUB Prova: CESPE - 2018 - FUB – Administrador) No que 
diz respeito à administração pública, julgue o item a seguir. Documento de entidade de direito 
privado cujo objetivo seja tornar pública decisão tomada pela entidade no exercício de 
delegação concedida por órgão da administração pública direta não caracteriza ato 
administrativo. 
 
 
10 – (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: FUB Prova: CESPE - 2018 - FUB - Técnico de Tecnologia da 
Informação) De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Constituição 
Federal de 1988, ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo 
legal. Acerca da aplicação dessa garantia constitucional, bem como do contraditório e da 
ampla defesa, julgue o item a seguir. 
Para anular ato administrativo que tenha impacto em direito individual, a administração tem 
de observar o devido processo legal. 
 
11 – (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: SEFAZ-RS Prova: CESPE - 2018 - SEFAZ-RS - Técnico 
Tributário da Receita Estadual - Prova 2) Assinale a opção que indica o atributo conforme o 
qual o ato administrativo deve corresponder a uma figura definida previamente pela lei como 
apta a produzir determinados resultados. 
A) presunção de legitimidade 
B) autoexecutoriedade 
C) imperatividade 
D) coercibilidade 
E) tipicidade 
 
12 – (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: SEFAZ-RS Prova: CESPE - 2018 - SEFAZ-RS - Técnico 
Tributário da Receita Estadual - Prova 2) A revogação de ato administrativo 
A) decorre de vício de legalidade.B) opera efeitos ex tunc. 
C) não repristina ato já revogado, salvo se houver disposição expressa em contrário. 
D) não pode ser objeto de revisão judicial. 
E) não demanda observância ao contraditório e à ampla defesa, caso gere efeitos favoráveis ao 
administrado. 
 
13 – (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: MPU Prova: CESPE - 2018 - MPU - Técnico do MPU – 
Administração) No que se refere ao controle da administração pública, julgue o item seguinte. 
A administração pública pode revogar ato próprio discricionário, ainda que perfeitamente 
legal, simplesmente pelo fato de não mais o considerar conveniente ou oportuno. 
 
14 – (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-SE Prova: CESPE - 2018 - PC-SE - Delegado de Polícia) 
A respeito da extinção de atos administrativos, julgue o próximo item. 
A anulação de ato administrativo fundamenta-se na ilegalidade do ato, enquanto a revogação 
funciona como uma espécie de sanção para aqueles que deixaram de cumprir as condições 
determinadas pelo ato. 
 
15 – (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-SE Prova: CESPE - 2018 - PC-SE - Delegado de Polícia) 
A respeito da extinção de atos administrativos, julgue o próximo item. 
A cassação de um ato administrativo corresponde a extingui-lo por descumprimento dos 
requisitos estabelecidos para a sua execução. 
 
16 – (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-SE Prova: CESPE - 2018 - PC-SE - Delegado de Polícia) 
A respeito da extinção de atos administrativos, julgue o próximo item. 
Tanto a anulação como a revogação retiram do mundo jurídico atos com defeitos e produzem 
efeitos prospectivos. 
 
 
17 – (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: MPE-PI Prova: CESPE - 2018 - MPE-PI - Analista 
Ministerial - Área Processual) Acerca de atos administrativos, licitações e contratos da 
administração pública, julgue o item a seguir. 
Ato administrativo praticado fora dos padrões de legalidade e que exorbite os limites definidos 
e previstos em lei é denominado ato discricionário. 
 
18 – (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: MPE-PI Provas: CESPE - 2018 - MPE-PI - Conhecimentos 
Básicos - Cargos de Nível Superior) A respeito de organização administrativa, de atos 
administrativos e de autarquias, julgue o item a seguir. 
Ao fazer uso de sua supremacia na relação com os administrados, para impor-lhes 
determinada forma de agir, o poder público atua com base na autoexecutoriedade dos atos 
administrativos. 
 
19 – (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia Federal - 
Papiloscopista Policial Federal) Pedro, após ter sido investido em cargo público de 
determinado órgão sem a necessária aprovação em concurso público, praticou inúmeros atos 
administrativos internos e externos. Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o 
item que segue. 
Atos administrativos externos praticados por Pedro em atendimento a terceiros de boa-fé têm 
validade, devendo ser convalidados para evitar prejuízos. 
 
20 – (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia Federal - 
Delegado de Polícia Federal) No que se refere aos servidores públicos e aos atos 
administrativos, julgue o item que se segue. 
Situação hipotética: Um servidor público efetivo em exercício de cargo em comissão foi 
exonerado ad nutum em razão de supostamente ter cometido crime de peculato. 
Posteriormente, a administração reconheceu a inexistência da prática do ilícito, mas manteve 
a exoneração do servidor, por se tratar de ato administrativo discricionário. Assertiva: Nessa 
situação, o ato de exoneração é válido, pois a teoria dos motivos determinantes não se aplica a 
situações que configurem crime. 
 
21 – (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: IPHAN Prova: CESPE - 2018 - IPHAN - Auxiliar Institucional 
- Área 1) Julgue o item subsecutivo, a respeito dos poderes da administração pública. 
O ato administrativo discricionário não é passível de controle judicial. 
 
22 – (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: IPHAN Prova: CESPE - 2018 - IPHAN - Auxiliar Institucional 
- Área 1) Acerca dos atos administrativos, julgue o próximo item. 
O ato administrativo praticado por autoridade incompetente pode ser convalidado. 
 
23 – (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: IPHAN Prova: CESPE - 2018 - IPHAN - Auxiliar Institucional 
- Área 1) Acerca dos atos administrativos, julgue o próximo item. 
Segundo a Teoria dos Motivos Determinantes, o gestor público é obrigado a tomar a atitude 
descrita como impositiva na lei. 
 
24 – (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: IPHAN Prova: CESPE - 2018 - IPHAN - Auxiliar Institucional 
- Área 1) Acerca dos atos administrativos, julgue o próximo item. A imperatividade do ato 
administrativo prevê que a administração pública, para executar suas decisões, não necessita 
submeter sua pretensão ao Poder Judiciário. 
 
 
 
25 – (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: IPHAN Prova: CESPE - 2018 - IPHAN - Auxiliar Institucional 
- Área 1) Com relação ao processo administrativo federal, julgue o item que se segue. 
A administração pública deve anular seus próprios atos quando eivados de vício de legalidade, 
respeitados os direitos adquiridos. 
 
26 – (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: EMAP Provas: CESPE - 2018 - EMAP - Conhecimentos 
Básicos - Cargos de Nível Médio) No que diz respeito à ordem econômica e financeira, aos 
serviços públicos e às formas de outorgas, julgue o item seguinte. A autorização é ato 
administrativo vinculado para a administração pública. 
 
27 – (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: EMAP Provas: CESPE - 2018 - EMAP - Conhecimentos 
Básicos - Cargos de Nível Médio) Acerca de atos administrativos e de contratos 
administrativos, julgue o item a seguir. 
A competência do sujeito é requisito de validade do ato administrativo e, em princípio, 
irrenunciável, porém sua irrenunciabilidade poderá ser afastada em razão de delegação ou 
avocação de competências legalmente admitidas. 
 
28 – (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: EMAP Provas: CESPE - 2018 - EMAP - Conhecimentos 
Básicos - Cargos de Nível Superior) Acerca dos atos e dos contratos administrativos, julgue o 
item que segue. 
Caso não haja obrigação legal de motivação de determinado ato administrativo, a 
administração não se vincula aos motivos que forem apresentados espontaneamente.

Continue navegando

Outros materiais