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STJ-ICMS-ST desf1

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Superior Tribunal de Justiça
AgInt no RECURSO ESPECIAL Nº 1885048 - RS (2020/0177596-9)
RELATOR : MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES
AGRAVANTE : AGRO-COMERCIAL AFUBRA LTDA 
ADVOGADOS : RENAN JULIANO DA SILVEIRA GODOY - RS068928 
 GUILHERME MOISÉS WAGNER - RS093517 
AGRAVADO : FAZENDA NACIONAL 
 
 
EMENTA
RECURSO INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DO CPC/2015. 
AGRAVO INTERNO EM RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. 
EXCLUSÃO DO VALORES REFERENTES A 
ICMS-SUBSTITUIÇÃO (ICMS- ST) DA BASE DE CÁLCULO DAS 
CONTRIBUIÇÕES AO PIS/PASEP E COFINS NÃO 
CUMULATIVAS DEVIDAS PELO SUBSTITUÍDO. 
IMPOSSIBILIDADE.
1. O ICMS-ST não pode ser excluído da base de cálculo das 
contribuições ao PIS/PASEP e COFINS devidos pelo substituído 
simplesmente porque jamais esteve formalmente incluído nessa mesma 
base de cálculo. É da natureza de todos os tributos a repercussão econômica. 
Os informes de "ICMS Cobrado Anteriormente por ST" preenchidos 
eletronicamente pelo substituído existem apenas para efeito de controle fiscal, 
não o transformando em contribuinte de direito da exação, mas apenas 
informando sua repercussão econômica o que não é suficiente para 
possibilitar a "exclusão" pretendida.
2. O argumento desenvolvido pelo PARTICULAR substituído, em verdade, 
é uma forma alternativa de se pleitear que o valor suportado economicamente 
pelo substituído a título de ICMS-ST gere créditos dentro da sistemática da 
não cumulatividade das contribuições ao PIS/PASEP e COFINS, sendo que 
esta Segunda Turma tem vários precedentes formados sobre a matéria onde 
restou consignado que o contribuinte não tem direito ao creditamento, no 
âmbito do regime não-cumulativo do PIS e COFINS, dos valores que, na 
condição de substituído tributário, paga ao contribuinte substituto a título de 
reembolso pelo recolhimento do ICMS-substituição, a saber: REsp. n. 
1.456.648 - RS, Segunda Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, 
julgado em 02.06.2016; REsp. n. 1.461.802 - RS, Segunda Turma, Rel. 
Min. Herman Benjamin, julgado em 22.09.2016; AgInt no REsp. n. 
1.417.857 - RS, Segunda Turma, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 
21.09.2017.
3. Agravo interno não provido.
 
 
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, 
Superior Tribunal de Justiça
acordam os Ministros da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, por 
unanimidade, negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. 
Os Srs. Ministros Francisco Falcão, Herman Benjamin, Og Fernandes e 
Assusete Magalhães votaram com o Sr. Ministro Relator. Presidiu o julgamento o Sr. 
Ministro Herman Benjamin.
 
 
Brasília, 16 de dezembro de 2020 (Data do Julgamento)
Ministro Mauro Campbell Marques
Relator
 
 
 
Superior Tribunal de Justiça
AgInt no RECURSO ESPECIAL Nº 1.885.048 - RS (2020/0177596-9)
 
RELATOR : MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES
AGRAVANTE : AGRO-COMERCIAL AFUBRA LTDA 
ADVOGADOS : RENAN JULIANO DA SILVEIRA GODOY - RS068928 
 GUILHERME MOISÉS WAGNER - RS093517 
AGRAVADO : FAZENDA NACIONAL 
 
 
RELATÓRIO
O EXMO. SR. MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES (Relator): 
Trata-se de agravo interno interposto para levar ao crivo do órgão colegiado julgado 
monocrático de minha lavra onde foi negado provimento ao recurso especial consoante a 
seguinte ementa (e-STJ fls.340/342):
RECURSO INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DO CPC/2015. ENUNCIADO 
ADMINISTRATIVO Nº 3. PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. 
EXCLUSÃO DO VALORES REFERENTES A ICMS-SUBSTITUIÇÃO 
(ICMS- ST) DA BASE DE CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES AO 
PIS/PASEP E COFINS NÃO CUMULATIVAS DEVIDAS PELO 
SUBSTITUÍDO. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO ESPECIAL NÃO 
PROVIDO (ART. 932, IV, CPC/2015 C/C ART. 255, § 4º, II, RISTJ).
Alega a agravante que a decisão merece reforma, na medida em que: "se à Agravante 
é impossibilitado o crédito de PIS e COFINS em relação ao ICMS-ST das mercadorias 
adquiridas para revenda, deve ser reconhecido então ao contribuinte substituído o direito de 
excluir a parcela referente ao ICMS-ST da apuração do PIS e da COFINS, pois como 
destacou o Ministro Relator, o ICMS-ST é suportado financeiramente pela Agravante, que 
como substituído, é o verdadeiro contribuinte do imposto". Insiste nas razões do seu recurso 
especial (e-STJ fls. 343/350).
Solicita a retratação ou o julgamento pelo órgão colegiado.
Sem impugnação (e-STJ fls. 357).
É o relatório.
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REsp 1885048 Petição : 510570/2020 2020/0177596-9 - Documento Página 1 de 6 
Superior Tribunal de Justiça
 
 
AgInt no RECURSO ESPECIAL Nº 1.885.048 - RS (2020/0177596-9)
 
 
 
EMENTA
RECURSO INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DO CPC/2015. AGRAVO 
INTERNO EM RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. EXCLUSÃO DO 
VALORES REFERENTES A ICMS-SUBSTITUIÇÃO (ICMS- ST) DA 
BASE DE CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES AO PIS/PASEP E 
COFINS NÃO CUMULATIVAS DEVIDAS PELO SUBSTITUÍDO. 
IMPOSSIBILIDADE.
1. O ICMS-ST não pode ser excluído da base de cálculo das contribuições ao 
PIS/PASEP e COFINS devidos pelo substituído simplesmente porque jamais 
esteve formalmente incluído nessa mesma base de cálculo. É da natureza de 
todos os tributos a repercussão econômica. Os informes de "ICMS Cobrado 
Anteriormente por ST" preenchidos eletronicamente pelo substituído existem 
apenas para efeito de controle fiscal, não o transformando em contribuinte de 
direito da exação, mas apenas informando sua repercussão econômica o que não é 
suficiente para possibilitar a "exclusão" pretendida.
2. O argumento desenvolvido pelo PARTICULAR substituído, em verdade, é uma 
forma alternativa de se pleitear que o valor suportado economicamente pelo 
substituído a título de ICMS-ST gere créditos dentro da sistemática da não 
cumulatividade das contribuições ao PIS/PASEP e COFINS, sendo que esta 
Segunda Turma tem vários precedentes formados sobre a matéria onde restou 
consignado que o contribuinte não tem direito ao creditamento, no âmbito do 
regime não-cumulativo do PIS e COFINS, dos valores que, na condição de 
substituído tributário, paga ao contribuinte substituto a título de reembolso pelo 
recolhimento do ICMS-substituição, a saber: REsp. n. 1.456.648 - RS, Segunda 
Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 02.06.2016; REsp. n. 
1.461.802 - RS, Segunda Turma, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 
22.09.2016; AgInt no REsp. n. 1.417.857 - RS, Segunda Turma, Rel. Min. Og 
Fernandes, julgado em 21.09.2017.
3. Agravo interno não provido.
 
 
 
 
 
 
VOTO
O EXMO. SR. MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES (Relator): 
Inicialmente é necessário consignar que o presente recurso foi interposto na vigência do 
CPC/2015, o que atrai a incidência do Enunciado Administrativo Nº 3: “Aos recursos 
interpostos com fundamento no CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a partir de 18 de 
março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma do novo 
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Superior Tribunal de Justiça
CPC”.
Para melhor compreensão da matéria, transcrevo os termos em que exarada a decisão 
agravada, in litteris:
Trata-se de recurso especial interposto com fulcro no permissivo do art. 
105, III, "a", da Constituição Federal de 1988, contra acórdão que estabeleceu 
não ter o contribuinte substituído tributário o direito de excluir da base de cálculo 
do PIS/COFINS o montante correspondente ao ICMS-ST destacado nas notas 
fiscais ou recolhido antecipadamente pelo substituto. Assim a ementa (e-STJ fls. 
191/193):
CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS. CONTRIBUIÇÃO PARA O 
FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL (COFINS). BASE 
DE CÁLCULO. ICMS RECOLHIDO EM REGIME DE 
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.
Não tem o contribuinte o direito de excluir o ICMS recolhido pelo 
regime de substituição tributária da base de cálculo da contribuição ao 
PIS e da COFINS.
Os embargos de declaração interpostos restaram rejeitados (e-STJ fls. 
213/215).
Alega a recorrente que houve violação ao art. 1.022, do CPC/2015,aos 
arts. 1º, § 1º, das Leis n. 10.637/2002 e 10.833/2003 e ao art. 12, do Decreto-Lei 
1.598/77 (na redação dada pela Lei 12.973/14), que asseguram a 
não-cumulatividade do PIS e da COFINS e ainda definem a base de cálculo 
dessas contribuições como sendo o total das receitas auferidas, conceito no qual 
não pode estar incluído o valor do ICMS-ST pago na condição de contribuinte 
substituído. Sustenta também que a Corte de Origem se omitiu a respeito dos 
referidos dispositivos legais e sobre a aplicação do princípio da não- 
cumulatividade do PIS e da COFINS (e-STJ fls. 223/251).
Contrarrazões nas e-STJ fls. 292/302.
Recurso regularmente admitido na origem (e-STJ fls. 324).
É o relatório. Passo a decidir.
Devidamente prequestionados os dispositivos legais tidos por violados, 
passo ao exame do mérito do recurso especial, prejudicada a análise de violação 
ao art. 1.022, do CPC/2015.
Quanto ao mais, sem razão o PARTICULAR, substituído tributário.
O ICMS-ST é recolhido pelo substituto tributário (responsabilidade 
tributária por substituição) e não pelo substituído, assumindo a feição de 
tributação direta (e não indireta como o ICMS regular), não havendo que se falar 
em não-cumulatividade, já que não há tributação em cadeia. Desse modo, não 
está destacado nas notas fiscais de saída do substituído, donde se conclui que este 
(substituído) é mero contribuinte econômico do tributo em questão. Nessa 
condição, o substituto pode optar por absorver o impacto econômico da exação 
sem repassá-lo ao substituído. Tal significa que tudo aquilo que o substituído 
recebe pela venda de suas mercadorias e/ou serviços a terceiros é preço e, como 
tal, constitui receita bruta/faturamento seu, não guardando qualquer relação com o 
ICMS-ST já recolhido pelo substituto. Não há formalmente qualquer parcela 
recebida pelo substituído a título de ICMS a ser repassada ao Estado, já que os 
valores já o foram repassados previamente pelo substituto, havendo apenas a 
repercussão econômica desse repasse (que pode ou não existir) e que não legitima 
o pleito (já que o substituto pode ou não aumentar o valor da mercadoria para 
pagar o ICMS-ST). À toda evidência, o ICMS-ST não pode ser excluído da 
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REsp 1885048 Petição : 510570/2020 2020/0177596-9 - Documento Página 3 de 6 
Superior Tribunal de Justiça
base de cálculo das contribuições ao PIS/PASEP e COFINS devidos pelo 
substituído simplesmente porque jamais esteve formalmente incluído nessa 
mesma base de cálculo. É da natureza de todos os tributos a repercussão 
econômica. Os informes de "ICMS Cobrado Anteriormente por ST" preenchidos 
eletronicamente pelo substituído existem apenas para efeito de controle fiscal.
O argumento desenvolvido pelo PARTICULAR substituído, em verdade, é 
uma forma alternativa de se pleitear que o valor suportado economicamente pelo 
substituído a título de ICMS-ST gere créditos dentro da sistemática da não 
cumulatividade das contribuições ao PIS/PASEP e COFINS, sendo que esta 
Segunda Turma tem vários precedentes formados sobre a matéria onde restou 
consignado que o contribuinte não tem direito ao creditamento, no âmbito do 
regime não- cumulativo do PIS e COFINS, dos valores que, na condição de 
substituído tributário, paga ao contribuinte substituto a título de reembolso pelo 
recolhimento do ICMS-substituição. Segue:
RECURSO INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DO CPC/1973. 
CONTRIBUIÇÕES AO PIS/PASEP E COFINS NÃO 
CUMULATIVAS. CREDITAMENTO. VALORES REFERENTES A 
ICMS-SUBSTITUIÇÃO (ICMS- ST). IMPOSSIBILIDADE.
1. Não tem direito o contribuinte ao creditamento, no âmbito do regime 
não- cumulativo do PIS e COFINS, dos valores que, na condição de 
substituído tributário, paga ao contribuinte substituto a título de 
reembolso pelo recolhimento do ICMS-substituição.
2. Quando ocorre a retenção e recolhimento do ICMS pela empresa a 
título de substituição tributária (ICMS-ST), a empresa substituta não é a 
contribuinte, o contribuinte é o próximo na cadeia, o substituído. Nessa 
situação, a própria legislação tributária prevê que tais valores são meros 
ingressos na contabilidade da empresa substituta que se torna apenas 
depositária de tributo (responsável tributário por substituição ou agente 
arrecadador) que será entregue ao Fisco. Então não ocorre a incidência 
das contribuições ao PIS/PASEP, COFINS, já que não há receita da 
empresa prestadora substituta. É o que estabelece o art. 279 do RIR/99 e 
o art. 3º, §2º, da Lei n. 9.718/98.
3. Desse modo, não sendo receita bruta, o ICMS-ST não está na base de 
cálculo das contribuições ao PIS/PASEP e COFINS não cumulativas 
devidas pelo substituto e definida nos arts. 1º e §2º, da Lei n. 
10.637/2002 e 10.833/2003.
4. Sendo assim, o valor do ICMS-ST não pode compor o conceito de 
valor de bens e serviços adquiridos para efeito de creditamento das 
referidas contribuições para o substituído, exigido pelos arts. 3, §1º, das 
Leis n n. 10.637/2002 e 10.833/2003, já que o princípio da não 
cumulatividade pressupõe o pagamento do tributo na etapa econômica 
anterior, ou seja, pressupõe a cumulatividade (ou a incidência em 
"cascata") das contribuições ao PIS/PASEP e COFINS.5. Recurso 
especial não provido (REsp. n. 1.456.648 - RS, Segunda Turma, Rel. 
Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 02.06.2016).
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÕES AO PIS/PASEP E COFINS NÃO 
CUMULATIVAS. CREDITAMENTO. VALORES REFERENTES A 
ICMS- SUBSTITUIÇÃO (ICMS- ST). IMPOSSIBILIDADE.
1. A Segunda Turma do STJ entende que, "não sendo receita bruta, o 
ICMS- ST não está na base de cálculo das contribuições ao PIS/PASEP 
e COFINS não cumulativas devidas pelo substituto e definida nos arts. 
1º e §2º, das Leis n. 10.637/2002 e 10.833/2003" (REsp 1.456.648/RS, 
C542542515320:1005<1:0@ C94404=40=:01032524218@
REsp 1885048 Petição : 510570/2020 2020/0177596-9 - Documento Página 4 de 6 
Superior Tribunal de Justiça
Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 
2/6/2016, DJe 28/6/2016).
2. Recurso Especial não provido (REsp. n. 1.461.802 - RS, Segunda 
Turma, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 22.09.2016).
TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. 
CONTRIBUIÇÕES AO PIS/PASEP E À COFINS NÃO 
CUMULATIVAS. CREDITAMENTO. CONSIDERAÇÃO DOS 
VALORES REFERENTES A ICMS-SUBSTITUIÇÃO (ICMS-ST) 
RECOLHIDO EM OPERAÇÃO ANTERIOR. IMPOSSIBILIDADE.
1. A Segunda Turma do STJ firmou entendimento de que, "não sendo 
receita bruta, o ICMS-ST não está na base de cálculo das contribuições 
ao PIS/PASEP e COFINS não cumulativas devidas pelo substituto e 
definida nos arts. 1º e § 2º das Leis n. 10.637/2002 e 10.833/2003" 
(REsp 1.456.648/RS, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, julgado 
em 2/6/2016, DJe 28/6/2016).
2. A situação fática delineada pela própria agravante leva a 
compreender que sobre os valores despendidos a título de ICMS-ST não 
incidiram o PIS nem a COFINS. O fato de a sistemática não cumulativa 
do PIS e da COFINS não se adequar com exatidão àquela metodologia 
adotada no creditamento de IPI e ICMS não autoriza fechar os olhos 
para situações em que nas operações anteriores não tenha havido 
incidência tributária e, mesmo assim, admitir creditamento fictício não 
previsto em lei.
3. Agravo interno a que se nega provimento (AgInt no REsp. n. 
1.417.857 - RS, Segunda Turma, Rel. Min. Og Fernandes, julgado 
em 21.09.2017).
Consoante a Súmula n. 568/STJ: “O relator, monocraticamente e no 
Superior Tribunal de Justiça, poderá dar ou negar provimento ao recurso quando 
houver entendimento dominante acerca do tema”.
Ante o exposto, com fulcro no art. 932, IV, do CPC/2015 c/c o art. 255, § 
4º, II, do RISTJ, NEGO PROVIMENTO ao recurso especial.
Entendo por manter a decisão por seus próprios fundamentos. Com efeito, o 
ICMS-ST não pode ser excluído da base de cálculo das contribuições ao PIS/PASEP e 
COFINS devidos pelo substituído simplesmente porque jamais esteve formalmente 
incluído nessa mesma base de cálculo. É da natureza de todos os tributos a repercussãoeconômica. Os informes de "ICMS Cobrado Anteriormente por ST" preenchidos 
eletronicamente pelo substituído existem apenas para efeito de controle fiscal.
De registro que este relator não afirmou que "o substituído, é o verdadeiro 
contribuinte do imposto", mas sim que é contribuinte econômico do imposto dada a 
repercussão econômica da exação. À toda evidência, a existência de repercussão meramente 
econômica não é suficiente para ensejar a condição jurídica de contribuinte ou responsável o 
que, porventura, possibilitaria a exclusão pretendida.
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Superior Tribunal de Justiça
Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO ao presente agravo interno.
É como voto.
 
 
 
C542542515320:1005<1:0@ C94404=40=:01032524218@
REsp 1885048 Petição : 510570/2020 2020/0177596-9 - Documento Página 6 de 6 
TERMO DE JULGAMENTO
SEGUNDA TURMA
AgInt no REsp 1.885.048 / RS
Número Registro: 2020/0177596-9 PROCESSO ELETRÔNICO
Número de Origem:
50014031020194047111
Sessão Virtual de 10/12/2020 a 16/12/2020
Relator do AgInt 
Exmo. Sr. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES
 Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro HERMAN BENJAMIN
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : AGRO-COMERCIAL AFUBRA LTDA
ADVOGADOS : RENAN JULIANO DA SILVEIRA GODOY - RS068928
GUILHERME MOISÉS WAGNER - RS093517
RECORRIDO : FAZENDA NACIONAL
ASSUNTO : DIREITO TRIBUTÁRIO - CONTRIBUIÇÕES - CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS - COFINS
AGRAVO INTERNO
AGRAVANTE : AGRO-COMERCIAL AFUBRA LTDA
ADVOGADOS : RENAN JULIANO DA SILVEIRA GODOY - RS068928
GUILHERME MOISÉS WAGNER - RS093517
AGRAVADO : FAZENDA NACIONAL
TERMO
A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, decidiu negar provimento
ao recurso, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Francisco Falcão, Herman Benjamin, Og Fernandes e Assusete Magalhães
votaram com o Sr. Ministro Relator.
Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Herman Benjamin.
 
Brasília, 16 de dezembro de 2020

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