Apostila de Arte - segundo ano matutino prof Heidy

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PROFESSORA HEIDY 
ALUNA(O):_____________________ 
TURMA: 2º_____ TURNO_________ 
APC 
1ºBIMESTRE 
 
 NOME DA DISCIPLINA/ANO PROFA : NOME DO PROFESSOR 
 
 
 
 
Vamos conversar um pouco sobre o conceito de “Arte” e sobre uma indagação que é 
bastante comum ouvir no meio escolar: Afinal, o que é ARTE? Para que serve? Não 
existe uma única definição de arte. Sabe por quê? Leia o poema abaixo de Ferreira Gullar: 
 
Traduzir-se 
 
Uma parte de mim 
é todo mundo: 
outra parte é ninguém: 
fundo sem fundo. 
 
Uma parte de mim 
é multidão: 
outra parte estranheza 
e solidão. 
 
Uma parte de mim 
pesa, 
outra parte 
delira 
 
Uma parte de mim 
almoça e janta: 
outra parte de espanta. 
 
Uma parte de mim 
é permanente: 
outra parte 
se sabe de repente. 
 
Uma parte de mim 
é só vertigem: 
Outra parte, 
linguagem. 
Traduzir uma parte 
na outra parte 
- que é uma questão 
de vida ou morte - 
será arte? 
 
(GULLAR, Ferreira. Poemas escolhidos. São Paulo:Ediouro,1989) 
 
 O poema de Ferreira Gullar, fala das contradições presentes no interior de cada ser 
humano e enfatiza as ambiguidades que caracterizam o modo de ser de cada pessoa. 
Dessa forma, tentar entender (ou traduzir) essas contradições pode ser a motivação da 
própria arte, aquilo que impulsiona o artista a pintar um quadro ou escrever um poema, por 
exemplo. Esses diferentes pontos de vista que nos rodeiam podem ser traduzidos em arte. 
Por isso, nem mesmo pra nós existe uma única definição de arte. Qualquer coisa mesmo 
pode vir a ser considerada arte. Então, ao invés de nos preocuparmos em descobrir se o 
trabalho de um artista é ou não uma obra de arte, podemos nos concentrar simplesmente na 
sua função. 
 São muitas as funções da arte: uma arte pode ter função individual, ambiental, 
histórica, política, social, cultural ou, simplesmente, artística. Vamos ver algumas delas: 
O artista Andy Warhol, pai da Pop Art, reproduziu latas da de sopa da marca Campbel’s 
(marca bastante consumida nos Estados Unidos) em várias gravuras. Não é uma 
propaganda da sopa, é uma crítica irônica àquela sociedade de consumo da década de 60 
nos EUA. 
- Função política-social: Uma obra de arte pode representar a realidade ou até criticá-la; 
O artista Andy Warhol, pai da Pop Art, reproduziu latas da de sopa da marca Campbel’s 
(marca bastante consumida nos Estados Unidos) em várias gravuras. Não é uma 
propaganda da sopa, é uma crítica irônica àquela sociedade de consumo da década de 60 
nos EUA 
- Função Cultural: pode representar uma cultura; por exemplo uma boneca de cerâmica, 
artesanato típico nordestino que, além de ser uma lembrança de viagem, revela um pouco 
da nossa rica cultura brasileira. 
Conceito de Arte 
 
 NOME DA DISCIPLINA/ANO PROFA : NOME DO PROFESSOR 
- Função Histórica: pode se referir a um acontecimento histórico ou uma determinada 
época. Uma charge, como essa, uma pintura, uma fotografia... que te faça lembrar de um 
acontecimento marcante tem função histórica, mesmo que talvez não tenha sido feita 
exatamente com esse objetivo. (Essa é bem recente: homenagem ao jornal Charlie Hebdo, 
após o atentado em Paris, em Janeiro de 2015) 
- Função Individual (ou emotiva): pode ser uma expressão dos sentimentos do artista. Os 
autorretratos de Frida Kahlo, com todo seu simbolismo e expressividade, foram feitos pela 
artista para falar sobre ela mesma. 
- Função Religiosa: pode ser uma expressão do seu fervor religioso. Uma máscara 
africana, por exemplo, são utilizadas até hoje em rituais religiosos africanos. Poderíamos 
dizer, inclusive, que ela tem função histórica, social e cultural! 
- Função Apelativa (comercial): é quando um objeto é feito visando o lucro. Você compra 
pra satisfazer uma necessidade pessoal (design, moda, culinária, decoração, souvenir,etc) 
O mascote da Copa de 2014 foi feito pra divulgar a Copa, mas as pessoas compraram, 
principalmente, como uma recordação daquele evento (mesmo que hoje a recordação não 
seja muito positiva). 
- Função Artística: por fim, uma obra pode também não ter função nenhuma, ou seja, vale 
por si mesma -por simplesmente ser uma obra de arte - é o que chamamos de Arte pela 
Arte! 
Afinal, quer você concorde ou não, ela ainda será considerada uma obra de arte! Por que? 
Porque arte pode ser qualquer manifestação feita pelo homem! 
Somente o homem é capaz de se expressar criativamente e produzir uma manifestação 
criativa. Tudo dependerá do contexto em que ela estará inserida, dependerá do gosto de 
cada um, da cultura, da época, enfim, depende de cada um de nós! 
 
Atividades 
1. É possível definir “o que é arte”? Com base na leitura do texto escreva sua opinião e 
justifique. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Escreva de forma resumida quais são as funções da arte alistadas no texto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Procure em revistas uma imagem que representa o tipo de arte que você mais gosta ou 
que você se identifica (se quiser pode fazer um desenho), recorte, cole no espaço abaixo e 
 
 NOME DA DISCIPLINA/ANO PROFA : NOME DO PROFESSOR 
identifique sua possível função com base na leitura do texto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Com base na leitura do texto analise as imagens e escreva ao lado dela qual função 
artística ela representa: 
 
a) b) c) 
___________________________ __________________ ____________________ 
 
d) e) f) 
__________________________ __________________ ____________________ 
 
 
 
 
 
 
Contexto histórico 
 No final do século XVII, enquanto o estilo rococó se configurava entre a aristocracia o 
estilo dominante entre a burguesia passou a ser o neoclassicismo. Foi uma espécie de 
rejeição da arte barroca e do rococó que ainda era muito presente na Europa nesse período. 
Arte neoclássica 
http://1.bp.blogspot.com/-q1cTm6-QD5A/VQRQNuRsMwI/AAAAAAAAByo/sdtmeRfsTl0/s1600/92122947_c28fadd66b.jpg
http://2.bp.blogspot.com/-dvyfvimtBuY/VQRUomp3z9I/AAAAAAAABzI/lkytseVjtX0/s1600/2233826030_7522ea6676.jpg
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http://1.bp.blogspot.com/-BF4d8AGZY9k/VQRjfUlCx8I/AAAAAAAABzw/OyBjeCjvKiU/s1600/2014_02_12_14_10_580.jpg
http://1.bp.blogspot.com/-_zRnR3W4cH8/VQRS2e-4quI/AAAAAAAABy0/CFyFfgD-8bg/s1600/images.jpg
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 PROFA : HEIDY 
De modo que almejavam retomar os princípios da arte clássica da antiguidade: equilíbrio, 
proporção, temáticas mitológicas. 
 
Arquitetura 
 Lembra muito os edifícios públicos e templos romanos. Suas formas obedecem aos 
conceitos clássicos (greco-romanos) com grande exatidão técnica. Para ostentar toda a 
grandeza da classe dominante, a burguesia, as colunas e os frontões eram decorados com 
baixos-relevos. 
 
O Panteão de Paris. 1755. Jacques-Germain Soufflot 
 
Pintura 
 A perspectiva, tão recriminada na pintura barroca, volta com tudo. Era o artifício mais 
usado para acentuar o racionalismo e objetividade comuns aos conceitos clássicos. O uso 
de tons mais suaves ao invés do chiaroscouro barroco e o traço bem linear também são 
características retomadas da arte renascentista. Mas algo diferencia muito a pintura 
neoclássica das demais: a temática. Vemos muita temática histórica, heroica e, 
principalmente, retratos. E é interessante notar o realismo desses retratados. 
 Jacques-Louis David (1748-1825) pintor francês, foi considerado o pintor da 
Revolução Francesa, mais tarde, tornou-se o pintor oficial do Império de Napoleão “David 
teve uma participação ativa na Revolução Francesa e, durante alguns anos, praticamente 
controlou as atividades artísticas da nação. Nesse lapso de tempo, ele pintou sua maior 
obra, A Morte de Marat. A profunda emoção de David criou uma obra-prima a partir de um 
tema que teria desconcertado qualquer artista menor, pois Marat, um dos líderes políticos da 
Revolução,tinha sido assassinado em sua banheira. Um doloroso problema de pele levou-o 
a realizar seus escritos ali, sobre uma prancha de madeira que servia de escrivaninha. Um 
dia, uma jovem senhora chamada Charlotte Corday irrompeu com uma petição pessoal e 
enfiou-lhe uma faca enquanto ele a lia. David compôs a cena com uma exatidão rigorosa, 
realmente capaz de nos impressionar. Nessa tela um testemunho público ao herói 
martirizado, a arte clássica coincide coma imagem reverencial e o relato histórico.” 
(JANSON, p. 306) 
 
A morte de Marat, 1793, Jacques Louis David, Museu Real de Belas artes de Bruxelas, Bélgica 
https://2.bp.blogspot.com/-rzD0w_mQM4s/Wsi8VOvY2nI/AAAAAAAADV0/ZtCDE_yA2D0eegaWJMmcm18ho0TDa5eZwCLcBGAs/s1600/Imagem4.jpg
 
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Escultura 
 Todos os princípios clássicos ressurgem na representação proporcional, simétrica e 
equilibrada das estátuas desse período. Vemos muitos bustos, estátuas equestres (o 
personagem montado em seu cavalo) e, principalmente, cenas mitológicas. A mitologia, por 
sinal, nunca deixou de ser representada na arte. Nem durante a idade média, nem no 
barroco, quando a igreja exercia grande influência na arte, quanto mais agora que a 
burguesia praticamente venerava toda forma de arte clássica! Nota-se muita preocupação 
com a composição dos personagens, o ângulo certo que permite a entrada da luz no ponto 
certo e deixa a obra ainda mais perfeita. 
 
Atividades 
 
1. Explique o significado do termo “neoclássico” na arte (arquitetura, pintura e escultura) que 
se desenvolveu na Europa no final do século XVII. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. O chiaroscuro — “luz e sombra” ou, mais literalmente,”claro-escuro” — é 
uma técnica inovadora de pintura do artista Leonardo da Vinci, pintor renascentista do 
século XV, juntamente com o sfumato. 
Na arte, chiaroscuro é o uso de fortes contrastes entre luz e sombra, criando profundidade e 
dramaticidade. Adicionando a sensação de volume, ele não apenas ressalta o assunto do 
trabalho artístico, mas também prende a atenção do espectador. O chiaroscuro se define 
pelo contraste entre luz e sombra na representação de um objeto. 
 
3. Atividade prática: luz e sombra. Escolha dois objetos montando uma composição e 
disponha sobre uma mesa onde haja incidência de luz artificial ou natural. Reproduza 
através de um desenho esses objetos utilizando lápis grafite seguindo a técnica do 
“chiaroescuro” se atentando em representar a luz e a sombra refletida no próprio objeto e na 
mesa também conforme ilustrado na imagem ilustrativa acima. 
 
 
 
 
 
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Contexto histórico 
 No final do século XVIII, o Neoclassicismo já era um estilo consagrado na Europa, em 
especial na França. Mas aqui no Brasil o estilo barroco ainda vigorava e, a bem da verdade, 
Portugal temia a emancipação cultural da sua colônia então não apoiava muito as artes por 
aqui. 
 Muitas manifestações populares de inspiração africana eram reprimidas pela Igreja e 
era proibido criar escolas superiores e importar livros. Um sentimento de revolta envolvia os 
brasileiros que, influenciados pelas ideias iluministas da Revolução Francesa, resultou na 
Inconfidência Mineira. 
 Até que, 1808, forçados a sair de Portugal por causa das guerras napoleônicas, a 
família real resolve se estabelecer definitivamente no país. Essa mudança trouxe profundas 
transformações sociais, econômicas e culturais para o Brasil. 
 
A Missão Francesa 
 Uma dessas transformações foi a Missão Artística Francesa, em 1816. A convite de 
D.João VI vários artistas franceses vieram se “refugiar” aqui. Dentre eles estavam o diretor 
da Academia de Belas-Artes na França, Joachim Le Breton, e vários pintores, dentre eles: 
Nicolas Antoine Taunay, 
Morro de Santo Antônio,1816 
 
Nicolas Antoine Tauney, Morro de Santo Antonio, 1816 (esquerda) e Jean Baptiste Debret, Estudo para 
Sagração de Dom Pedro, 1822 (direita). 
Arte Neoclássica no Brasil 
 
https://4.bp.blogspot.com/-zgAV71ztRlg/Ws0kGTjS0HI/AAAAAAAADXk/0yK-gWqThTszcH74HpjUxpMEqog1nfzBQCEwYBhgL/s1600/nicoas.jpg
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 A maior contribuição desses artistas para o Brasil foi o registro histórico e artístico das 
paisagens urbanas, dos costumes e hábitos brasileiros nesse período. 
Além disso, marca também o início de grandes transformações artísticas no país como a 
inauguração da Academia Imperial de Belas Artes no Rio de Janeiro, dez anos após a 
chegada da Missão ao Brasil. É por isso que esse período no Brasil também é chamado 
de Academicismo e a arte recebe o nome de Acadêmica. 
 
 
 
Pintura Reunião do Conselho de Estado, de Georgina Albuquerque, 1922. 
 
 Pelo ano em que a obra foi feita fica evidente que a artista não participou da Missão 
Francesa. Na verdade, a pintura de Georgina de Albuquerque, que era brasileira e não 
francesa, está muito mais pro estilo Impressionista que pro estilo neoclássico. Mas a obra de 
relaciona com o período porque retrata o momento em que a primeira Imperatriz do Brasil, 
Maria Leopoldina Josefa Carolina de Habsburgo, convoca um reunião com o Conselho de 
Estado incentivando D.Pedro I, seu marido, a proclamar a Independência do Brasil de 
Portugal. D.Pedro estava em São Paulo e tinha deixado o Rio de Janeiro sob 
responsabilidade de Maria Leopoldina. Ela fica sabendo que Portugal queria que D.Pedro 
retornasse para lá e rebaixasse o Brasil a uma simples colônia. Com a ajuda do escritor 
José Bonifácio ela então resolve escrever para D.Pedro recriminando suas atitudes e as de 
Portugal e advertindo-o: "O pomo está maduro, colhe-o já, senão apodrece". 
É isso que vemos na pintura: Maria Leopoldina juntamente com José Bonifácio escrevendo 
para D.Pedro. Essa sua determinação foi muito importante para a Independência do Brasil, 
tanto é que o nome completo da obra é “Sessão do Conselho de Estado que Decidiu a 
Independência”. 
 Podemos concluir que a pintura retrata uma mulher muito determinada pintada por 
outra mulher também muito determinada. Georgina de Albuquerque é uma das principais 
mulheres brasileiras a conseguir firmar-se como artista no começo do século XX 
 
Atividades 
 
1. Pesquise na internet sobre outras mulheres brasileiras que assim como Georgina de 
Albuquerque se destacaram na Arte Brasileira ao longo do tempo. Escreva o que você 
pesquisou sobre a artista no espaço abaixo. 
 
 
 
 
 
 
https://3.bp.blogspot.com/-Gf81N0k5zQ8/Ws0itIWG4AI/AAAAAAAADXQ/4Ej9a6IhFMsP1d4ZaBx7xDndxV7fY4XrwCLcBGAs/s1600/Imagem3.jpg
 
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2. Essa atividade é baseada no trabalho dos artistas da Missão Artística Francesa no Brasil. 
Durante essas missões, em viagens pelo interior do país, diversos artistas utilizaram a 
técnica da pintura em aquarela. Por ser mais prática de transportar e de rápida secagem, 
esse tipo de pintura foi um excelente recurso utilizado naquela época e tem sido 
considerado, hoje em dia, importante fonte de registro histórico e artístico do século 
XIX. A aquarela ou aguarela é uma técnica de pintura em que os pigmentos são 
geralmente dissolvidos em água, ou são utilizados suspensos sobre o suporte. 
No espaço abaixo faça o desenho de uma paisagem regional (ou outro tema se preferir) e 
pinte utilizando uma técnica semelhante a da aquarela de forma bem criativa. O objetivo é 
conseguir um “efeito” de aquarela, então, utilize os materiais que tiver disponível em casa 
como giz de cera, tinta guache, lápis de cor ou outro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Batalha dos Guararapes, Victor Meirelles, 1875–1879, Pintura a óleo , Dimensões 500 cm × 925 cm 
Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro 
 
 Observe imagem acima. Você diria que elaé “romântica”? Afinal ela retrata uma das 
mais sangrentas batalhas que ocorreram no Brasil ocorrida no século XVII na Capitania de 
Pernambuco, que culminou com a expulsão dos invasores holandeses das terras brasileiras. 
A tela foi pintada pelo artista plástico e professor de pintura histórica brasileiro Victor 
Meirelles e a cena representa a vitória das tropas brasileiras contra as holandesas em 19 de 
abril de 1648, no primeiro dos dois confrontos ocorridos naquela batalha, travada na região 
do Morro dos Guararapes. 
 Mas, como assim, “romântica”? O uso da palavra romantismo para se referir a 
qualquer situação que envolve um universo romântico; quando se fala de amor, não 
necessariamente idealizado. Ser romântico, nos dias de hoje, significa valorizar a pessoa 
amada, fazer de tudo para agradá-la, mesmo nos pequenos detalhes, cuidar daquele a 
quem se ama. 
 Porém, na Arte, Romantismo designa o movimento artístico de uma determinada 
época, iniciando-se nas últimas décadas do século XVIII e perdurando até a metade do 
século XIX. O romantismo nega o racionalismo e os ideais iluministas e procura retornar aos 
valores medievais, consolidando as tradições próprias de cada região, com a retomada das 
culturas folclóricas na busca de uma identidade nacional. O romantismo é marcado pela 
excessiva idealização, pelo subjetivismo e é centrado no eu. 
 Essa batalha retratada por Victor Meireles também tem como particularidade ser o 
primeiro momento de comunhão nacional da história brasileira, no que se refere à defesa do 
Arte no Romantismo 
e
 
 
ARTE/2021 
 
 PROFA : HEIDY 
território contra os invasores. Representa a união do povo brasileiro em prol de um 
sentimento nacional. Nesse sentido então ela é considerada uma obra “romântica”. 
Vamos entender o que isso representou na arte. 
 
ARTE NO ROMANTISMO 
Contexto histórico 
 O século XIX foi agitado por fortes mudanças sociais, políticas e culturais causadas 
por acontecimentos do final do século XVIII pela Revolução Industrial e pela Revolução 
Francesa, do mesmo modo, a atividade artística tornou-se mais complexa. Um dos primeiros 
movimentos artísticos que surge em reação ao Neoclassicismo do século XVIII é o 
Romantismo. Historicamente situa-se entre 1820 e 1850. Os artistas românticos procuraram 
se libertar das convenções acadêmicas em favor da livre expressão da personalidade do 
artista. 
 
Características 
- Cultivo da emoção, da fantasia, do sonho, da originalidade, evasão para mundos exóticos 
onde se podia fantasiar e imaginar; 
- Exaltação da natureza; 
- Defesa dos ideais nacionalistas (liberdade individual, liberdade do povo); 
- Individualismo, visão de mundo centrada nos sentimentos do indivíduo. 
- Subjetivismo, o artista idealiza temas, exagerando em algumas das suas características 
(por exemplo, a mulher é vista como uma virgem frágil; a noção de pátria também é 
idealizada). 
 
Principais temas da pintura romântica 
- Inspirados no mundo dos sonhos e do fantástico (mundo interior do artista) 
- Tradições, hábitos e raças exóticas (civilizações não europeias, como a China, Japão, Índia 
e Norte da África) 
- Vida animal (animais selvagens e indomados) 
- Paisagens (retratadas com simplicidade e nostalgia, de uma forma dramática e emocional, 
projetando o estado de espírito do próprio artista). 
- Retirados da atualidade político-social da época (naufrágios, revoltas sociais, lutas 
nacionalistas e seus heróis, lutas pela libertação de minorias). 
 
Atividades 
 
1. Explique o significado da palavra “romântico” na arte e cite alguns dos temas preferidos 
dos artistas nesse estilo artístico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Cite dois acontecimentos importantes que fizeram parte do contexto histórico em que se 
desenvolveu o Romantismo. 
 
 
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3. Observe as imagens de obras do Romantismo abaixo e relacione as imagens abaixo com 
as características da pintura romântica: 
 
1- Cultivo da emoção, da fantasia, do sonho, da originalidade, 
2- Exaltação da natureza; 
3- Defesa dos ideais nacionalistas (liberdade individual, liberdade do povo); 
4- Individualismo, visão de mundo centrada nos sentimentos do indivíduo. 
5- Subjetivismo, o artista idealiza temas, exagerando em algumas das suas 
características (por exemplo, a mulher é vista como uma virgem frágil; a noção de pátria 
também é idealizada). 
 
( ) ( ) ( ) 
 
 ( ) ( ) 
 
 
 
 
 
 
 
A liberdade guiando o povo, Eugène Delacroix. 2,6m x 3,25m. Óleo sobre tela. 
Pintura romântica 
e
 
 
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A Liberdade Guiando o Povo” é uma visão romântica sobre a revolução francesa de 
de 4 de julho de 1830. Na altura, a França era governada pelo rei Carlos X, que permaneceu 
no poder durante seis anos. Quando Carlos X tentou abolir a liberdade de impressa e 
dissolver a recém eleita assembleia, teve início a revolução. O rei é destronado, e Louis-
Philippe, um membro mais liberal da família real, assume o poder. É o último rei francês, 
tendo abdicado em 1848. 
 
Elementos do Romantismo encontrados na obra 
- Nacionalismo (amor à patria e exaltação dos sentimentos) 
- Retrata um fato real da história (Revolucão de 1830, na França) 
- Referência à mitologia grega 
- Composição em diagonal 
- Contrastes do claro-escuro sugerem dramaticidade 
 Eugéne Delacroix (1798-1863) é considerado o mais importante representante do 
romantismo francês. Suas obras apresentam forte comprometimento político e o valor da 
pintura é assegurada pelo uso das cores, das luzes e das sombras, dando-nos a sensação 
de grande movimentação. Representava assuntos abstratos personificando-os (alegorias). 
Culto, dono de uma língua ferina, rico e namorador. Amigo do compositor Frèderic Chopin, 
inimigo do romancista Honoré de Balzac, admirado pelo poeta Charles Baudelaire e 
indiferente às demais celebridades de seu tempo, Delacroix tinha noção da própria 
grandeza. “A principal qualidade de um quadro é ser uma festa para os olhos”, escreveu na 
derradeira nota de seus famosos diários, em 1963, menos de dois meses antes de morrer. 
 Nascido num momento crucial da História da França, aquele em que a burguesia 
revolucionária colhia os frutos de seu triunfo sobre a monarquia dos reis Capeto, o pintor 
viveu a maior parte da vida jovem e adulta num mundo que voltava aos poucos à antiga 
ordem natural das coisas. Assistiu à ascensão e queda de Napoleão Bonaparte, a 
restauração da dinastia dos Bourbon e, finalmente, a entronização do rei Luís Felipe, em 
1830. Seu quadro mais conhecido A Liberdade Guiando o Povo, muitas vezes tomado como 
um símbolo das lutas populares e republicanas, foi feito por inspiração do movimento que 
levou Luís Felipe ao trono da França. 
 
Atividades 
 
 
 A liberdade é retratada por Delacroix nesse trabalho através da figura de uma mulher 
que se torna uma metáfora da emancipação e autonomia. Ela ocupa o lugar central da 
composição e aparece com o torso nu, fazendo um paralelo com as antigas esculturas 
gregas. 
 Além disso, a mulher segura em uma das mãos uma baioneta e na outra a bandeira 
da França, demonstrando senso de justiça e conduzindo a população no ato revolucionário. 
O corpo da moça apresenta estrutura vigorosa, como era próprio do povo, e está em uma 
espécie de platô, o que a deixa em posição superior ao restante das personagens. 
 
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 Assim, a mulher representada na obra “A Liberdade Guiando o Povo” é um símbolo 
da luta por uma causa, ou seja, a liberdade na França e se relaciona com os protestos da 
nossa atualidade onde multidões vão para as ruas para reivindicar direitos ou lutar por uma 
causa. 
 
1. E você? Em nossa atualidade, por qual direito você acha que vale a pena lutar? Que 
bandeira você levantaria como símbolo dessa luta? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Qual relação podemos estabelecer entre a pintura de Delacroix e a imagem abaixo?3. Com base nas considerações acima, crie um desenho de uma bandeira ou cartaz 
incluindo símbolos e uma frase de impacto representando a sua causa ou ideal pelo qual 
deseja reivindicar. Pinte seu desenho com as cores que desejar ou utilize apenas 
sombreamento com lápis para dar um efeito realista ao seu desenho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Características 
 Contrário ao romantismo, o realismo se voltou para os conceitos estéticos e literários 
evocando a racionalidade, mas não por que queriam uma pintura perfeita como os 
neoclássicos, mas porque queriam focar nas injustiças sofridas pelo homem, operários e 
camponeses. 
 
Pintura 
 Temática privilegia cenas cotidianas de grupos sociais menos favorecidos. Uso de 
cores neutras e tons cinzas. Linhas, luz, perspectiva e volume são mais naturais e sugerem 
introspecção. 
 
Principais artistas 
 
Jean-François Millet 
 
 
 
 
 Foi um dos primeiros a deixar de 
lado a estética romântica em busca de 
representações mais fiéis e realistas de 
situações sociais com as quais se 
deparava todos os dias em seu país natal, 
a França. As Respigadeiras (1857) mostra 
3 mulheres colhendo restos da colheita de 
um fazendeiro (montado em seu cavalo ao 
fundo) e as três fases da respiga: 
escolher, catar e coletar. 
Gustave Courbet 
 
 
 
 Assim como seu 
conterrâneo Millet, Courbet não queria 
pintar acontecimentos históricos como os 
franceses românticos fizeram. Os 
Britadores de Pedra (1849) chama a 
atenção para a triste situação dessa 
classe social nesse período. O artista 
valoriza o trabalho dessas pessoas e, ao 
mesmo tempo, mostra que mereciam 
condições melhores de trabalho. 
 
Édouard Manet 
Realismo 
e
 
https://2.bp.blogspot.com/-HFJATQMwXmU/WwMMOV0SEFI/AAAAAAAADoI/PTFVU4Md5d0nZNkzH52F6BIPBVipSlHtgCLcBGAs/s1600/Imagem1.jpg
https://1.bp.blogspot.com/-SJzMxPk0XFA/WwMMa87aCaI/AAAAAAAADoM/BdSbokmNyvwL2uLFzR05_iFtB4lrS_GewCLcBGAs/s1600/Imagem2.jpg
 
ARTE/2021 
 
 PROFA : HEIDY 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Manet aprendeu a pintar seguindo 
os modelos românticos deixados por 
Delacróix, mas foi influenciado mesmo 
pelos trabalhos realistas de Courbet. 
Depois de passar por esses dois estilos 
acabou se identificando com um terceiro 
estilo que viria a seguir: o impressionismo. 
Almoço na Relva (1863) é sua obra mais 
famosa. Quando exposta no Salão dos 
Recusados, a obra gerou polêmica ao 
mostrar uma mulher nua com dois homens 
sendo que nem se tratava de uma pintura 
mitológica (ela não é uma deusa nem 
nada do tipo que justificasse a nudez). 
Dessa forma o artista mostrou toda a sua 
expressão artística livre das regras 
acadêmicas
Escultura 
 Busca a representação realista e 
não idealista dos personagens. O melhor 
representante desse tipo de escultura foi o 
francês Auguste Rodin. Ele buscava 
uma expressividade naturalista dentro dos 
parâmetros da época. O Pensador 
(1888) sua obra mais famosa, traz 
a representação de um homem nu imerso 
em seus pensamentos, por esse motivo 
também é muito associada à filosofia. 
 Essa escultura de Rodin pertence 
ao realismo por causa das suas 
características naturalistas e expressivas. 
Mas por ter sido tão inovadora pra época, 
costuma-se dizer que nessa obra o artista 
já anunciava as novas tendências da arte 
moderna que viria a seguir. 
 
 
O pensador, Auguste Rodin 
 
 A obra de Waldemar Cordeiro (Modernismo Brasileiro) apresentada abaixo se 
relaciona com o Realismo ao questionar o papel do indivíduo na sociedade, seu 
individualismo, as relações humanas e de que maneira as coisas que acontecem ao nosso 
redor podem interferir na nossa vida e, consequentemente, na produção artísticas. 
 
https://4.bp.blogspot.com/-jyvx1qDejAs/WwMM17KP-HI/AAAAAAAADoY/MVwkBgOpU-AuG_osZYuKzRc7bC32nMqGwCLcBGAs/s1600/Imagem3.jpg
https://1.bp.blogspot.com/-PzR61LyYVus/WwMNji4MLlI/AAAAAAAADog/4cRo0Cc89iMbHDfVUoVDM7_Z6NxwiaXNQCLcBGAs/s1600/Imagem4.jpg
 
ARTE/2021 
 
 PROFA : HEIDY 
 
Autorretrato probabilístico, Waldemar Cordeiro 
 
 Essa obra de 1967 foi feita durante a Ditadura Militar no Brasil para fazer uma 
autocrítica. De acordo com ângulo de visão do espectador o resultado pode ser um rosto 
todo esfacelado, sem definição. As palavras "sim" e "não" indicam essa dúvida gerada pelo 
artista. A obra se relaciona com os princípios defendidos no Realismo de retratar a realidade 
e os aspectos sociais e históricos de modo a questionar de que modo eles podem interferir 
na nossa vida. 
 
Atividades 
 
01. Escreva sobre as principais diferenças entre Romantismo e o Realismo quanto à 
estética e os temas explorados nas obras (assuntos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
02. Com base no Movimento Realismo e na estética das obras realistas, tire uma fotografia 
de alguma situação do nosso cotidiano que envolva alguma questão social, algum 
questionamento acerca da nossa sociedade, das condições de vida, de trabalho, 
desigualdades sociais e etc. Imprima, cole no espaço abaixo e escreva um pequeno texto 
descrevendo a imagem que você escolheu e sobre de que forma ela se relaciona com o 
Realismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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