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Prescrição Penal: Cálculo e Prazos

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• PRESCRIÇÃO: limite temporal ao direito de o Estado
punir ou executar uma punição criminal.
• Como calcular o prazo prescricional?
• 1º passo: identificar o tipo de prescrição.
• 2º passo: pegar a pena (abstrata ou concreta, a depender do tipo de
prescrição) e conferir na tabela prevista no artigo 109 do Código Penal.
• Pena superior a 12 anos: prescrição em 20 anos;
• Pena superior a 8 anos e não superior a 12 anos: prescrição em 16 anos;
• Pena superior a 4 anos e não superior a 8 anos: prescrição em 12 anos;
• Pena superior a 2 anos e não superior a 4 anos: prescrição em 8 anos;
• Pena igual ou superior a 1 ano e não superior a 2 anos: prescrição em 4 anos;
• Pena inferior a 1 ano: prescrição em 3 anos.
• Exemplo: o crime de homicídio simples tem pena máxima prevista de 20
anos. Assim, de acordo com o explicado na tela anterior, seu prazo de
prescrição é de 20 anos.
• Atenção: qualquer que seja o prazo prescricional que você
encontrar, ele será reduzido pela metade DESDE QUE o agente
seja menor de 21 anos na época do fato ou maior de 70 anos na
data da sentença.
• Exemplo: se um menor de 21 anos comete homicídio simples, este
crime tem prazo prescricional de 20 anos. Mas, neste caso, o prazo
de prescrição seria de 10 anos.
• Quando se dá o início de contagem do prazo prescricional?
• Depende do tipo de prescrição (que você já aprendeu a identificar).
• Prescrição em abstrato (art. 111 do CP): como regra, dia da
consumação do crime.
• Prescrição retroativa: data na qual a sentença condenatória transitou
em julgado para a acusação.
• Prescrição superveniente: data na qual a sentença condenatória
transitou em julgado para a acusação.
• Prescrição executória: data na qual a sentença condenatória transitou
em julgado para a acusação.
• Após o início de fluência do prazo prescricional, ele pode ser suspenso ou
interrompido?
• Pode.
• Quando suspenso, não se desconsidera o prazo que já correu.
• Exemplo: Passaram 2 anos e houve suspensão. Quando acabar a suspensão, o
prazo voltará a ser contado a partir dos 2 anos.
• Quando interrompido, se desconsidera o prazo que já correu.
• Exemplo: Passaram 2 anos e houve interrupção. Após a interrupção, o prazo
voltará a ser contado do zero.
• Quando o prazo prescricional é suspenso?
• a) Enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o
reconhecimento da existência do crime
• b) Enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro.
• c) Durante o tempo que durar a sustação de processo que apura infração
penal cometida por deputado ou senador, por crime ocorrido após a
diplomação.
• d) Durante o período de suspensão condicional do processo.
• e) Se o acusado, citado por edital, não comparecer em juízo, nem constituir
advogado.
• f) Durante o prazo para cumprimento de carta rogatória de acusado que está
no estrangeiro em lugar sabido.
• Quando o prazo prescricional é interrompido?
• a) Recebimento da denúncia ou queixa (art. 117, I, do CP)
• b) Pronúncia (art. 117, II, do CP) 
• c) Decisão confirmatória da pronúncia (art. 117, III, do CP) 
• d) Publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis (art. 117, IV, do CP) 
• e) Pelo início ou continuação do cumprimento da pena (art. 117, V, do CP) 
f) Pela reincidência (art. 117, VI, do CP) 
Atenção: os 4 primeiros casos se aplicam apenas à prescrição da pretensão punitiva e 
os 2 últimos somente se aplicam à prescrição da pretensão executória.
• Quando se operará a prescrição?
• Depende do tipo de prescrição.
• Prescrição em abstrato: se entre a data do fato (como regra) e
a data do trânsito em julgado para a acusação tiver
transcorrido o prazo prescricional, observadas, sempre, as
causas de interrupção e suspensão.
• Exemplo: Fulano praticou crime de homicídio simples no ano
de 2000. Em 2009, foi oferecida e recebida denúncia em seu
desfavor. No ano de 2030, foi proferida sentença condenatória
em seu desfavor. Neste caso, a sentença é inválida, pois
proferida quando já havia ocorrido a prescrição em abstrato.
• Prescrição retroativa: se entre a data do recebimento da
acusação e a data da publicação da sentença condenatória
com trânsito em julgado para a acusação tiver
transcorrido o prazo prescricional, observadas, sempre,
as causas de interrupção e suspensão.
• Exemplo: Fulano praticou crime de homicídio simples no
ano de 2000. Em 2009, foi oferecida e recebida denúncia
em seu desfavor. No ano de 2024, foi proferida sentença
condenatória em seu desfavor, aplicando-lhe pena de 8
anos. A acusação não recorreu. Neste caso, considerando a
pena aplicada na sentença, ocorreu prescrição retroativa,
pois da sentença voltando ao recebimento da denúncia
passou mais de 12 anos.
• Prescrição superveniente: se entre a data de publicação da
sentença condenatória com trânsito em julgado para a
acusação e o trânsito em julgado final da condenação tiver
transcorrido o prazo prescricional, observadas, sempre, as
causas de interrupção e suspensão.
• Exemplo: Fulano praticou crime de homicídio simples no ano
de 2000. Em 2009, foi oferecida e recebida denúncia em seu
desfavor. No ano de 2014, foi proferida sentença condenatória
em seu desfavor, aplicando-lhe pena de 8 anos. A acusação não
recorreu, mas a defesa sim. O julgamento do recurso +
trânsito em julgado ocorreu no ano de 2027. Neste caso,
considerando a pena aplicada na sentença, ocorreu prescrição
superveniente/intercorrente, pois da sentença até o trânsito
em julgado final transcorreu mais de 12 anos.
• Prescrição executória: se entre a data de publicação da
sentença condenatória com trânsito em julgado para a
acusação e o cumprimento da pena tiver transcorrido o prazo
prescricional, observadas, sempre, as causas de interrupção e
suspensão.
• Exemplo: Fulano praticou crime de homicídio simples no ano
de 2000. Em 2009, foi oferecida e recebida denúncia em seu
desfavor. No ano de 2014, foi proferida sentença condenatória
em seu desfavor, aplicando-lhe pena de 8 anos. A acusação não
recorreu, tendo ocorrido trânsito em julgado para ela no
mesmo ano de 2014. Após o trânsito em julgado da
condenação também para a defesa, foi expedido mandado de
prisão para que Fulano comece o cumprimento da pena.
Fulano foi capturado em 2027. Neste caso, não será possível o
cumprimento de pena, pois entre o trânsito em julgado para a
acusação e a captura do condenado passou mais de 12 anos.
Ocorreu, portanto, prescrição da pretensão executória.
• Questionamentos especiais.
• Prescrição da pena de multa: de acordo com o artigo 114 do
Código Penal, a pena de multa prescreve em 2 anos, quando a
multa for a única cominada ou aplicada, ou no mesmo prazo
estabelecido para prescrição da pena privativa de liberdade,
quando a multa for alternativa ou cumulativamente cominada ou
cumulativamente aplicada.
• Prescrição do crime de porte/posse de droga para consumo
pessoal: prescreve em 2 anos, de acordo com o artigo 30 da Lei
11343/06.
• Questionamentos especiais.
• Prescrição em caso de concurso de crimes: de acordo com o artigo
119 do Código Penal, no caso de concurso de crimes, a extinção da
punibilidade incidirá sobre a pena de cada um, isoladamente.
• Atenção: nos casos de concurso formal próprio e crime
continuado, a prescrição se calcula de acordo com a pena aplicada
na sentença, sendo desconsiderado qualquer percentual de
aumento da pena.
• Questionamentos especiais.
• Causas de aumento ou diminuição da pena: quando ainda não
houver sentença condenatória com pena aplicada e transitada em
julgado para a acusação, as causas de aumento e diminuição de
pena deverão ser consideradas no cálculo do prazo prescricional.
No caso da causa de aumento, será considerada a fração que mais
aumenta; no caso da causa de diminuição, será considera a fração
que menos diminui.
• Algumas questões para treinarmos.
• (FCC – TRF 4 – ANALISTA) A prescrição da pena de multa
ocorrerá no prazo de 2 anos quando ela for cumulativamente
cominada com a pena privativa de liberdade.
• Gabarito: ERRADO
• (FCC – TRF 4 – ANALISTA) Sãoreduzidos pela metade os prazos
de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor
de 21 (vinte e um) anos ou, na data da sentença, maior de 60
(sessenta) anos.
• Gabarito: ERRADO
• (FCC – TRF 4 – ANALISTA) A prescrição, depois da sentença
condenatória com trânsito em julgado para a acusação, regula-se
pela pena aplicada, e poderá ter por termo inicial data anterior à
da denúncia ou queixa.
• Gabarito: ERRADO
• (CESPE – DPE/DF – DEFENSOR) Nos casos de concurso formal
ou de continuidade delitiva, a extinção da punibilidade pela
prescrição regula-se pela pena imposta a cada um dos crimes
isoladamente, afastando o acréscimo decorrente dos respectivos
aumentos de pena.
• Gabarito: CERTO
• (FCC – DPE/SP – DEFENSOR) Guilherme, à época com 19 anos de idade, foi
denunciado como incurso no delito de receptação simples (pena de 1 a 4 anos de
reclusão) porque, no dia 30 de setembro de 2010, teria adquirido e estaria
conduzindo um veículo, sabendo se tratar de produto de crime. Recebida a denúncia
em 15 de novembro de 2010, foi determinada a citação do réu. Não tendo o réu sido
localizado e nem constituído advogado, o Juiz proferiu decisão, em 15 de março de
2011, determinando a suspensão do processo e do prazo prescricional. Em 10 de
julho de 2017, Guilherme foi preso novamente e foi citado por este feito, tendo sido
revogada a suspensão do processo. Realizada audiência, foi proferida sentença,
publicada em 14 de abril de 2019, condenando Guilherme nos termos da denúncia à
pena mínima cominada ao delito. A sentença transitou em julgado para a acusação,
tendo o réu interposto recurso. De acordo com o posicionamento sumulado do
Superior Tribunal de Justiça, a prescrição da pretensão punitiva retroativa ocorreu
em:
• A) 15 de novembro de 2018.
• B) 15 de novembro de 2016.
• C) 15 de março de 2017.
• D) 15 de novembro de 2014.
• E) 10 de março de 2019.
• (FCC – TRE/SP – ANALISTA) Paulo, quando tinha 20 anos de idade, após ser abordado em
uma blitz da polícia rodoviária federal na Rodovia Presidente Dutra, no dia 1º de Junho de
2010, oferece R$ 1.000,00, em dinheiro, para o policial responsável pela abordagem para não
ser autuado por excesso de velocidade. Paulo é conduzido ao Distrito Policial, preso em
flagrante, e acaba beneficiado pela Justiça sendo colocado em liberdade após pagamento de
fiança. Encerrado o inquérito Policial, a denúncia em desfavor de Paulo, pelo crime de
corrupção ativa, é recebida no dia 15 de Julho de 2014. O processo tramita regularmente e
Paulo é condenado a cumprir pena de 2 anos de reclusão, em regime inicial aberto, por
sentença publicada em 14 de Agosto de 2016. A sentença transita em julgado. Ricardo,
advogado de Paulo, postula ao Magistrado competente para a execução da sentença o
reconhecimento da prescrição. Neste caso, de acordo com o Código Penal, a prescrição da
pretensão punitiva estatal ocorre em
• A) 8 anos e a pena cominada ao réu, Paulo, não está prescrita, cabendo a ele cumprir
regularmente sua pena.
• B) 4 anos e a pena cominada ao réu, Paulo, não está prescrita, cabendo a ele cumprir
regularmente sua pena.
• C) 3 anos e a pena cominada ao réu, Paulo, está prescrita em decorrência do decurso do
prazo superior a 3 anos entre a data do crime e do recebimento da denúncia.
• D) 4 anos e a pena cominada ao réu, Paulo, está prescrita em decorrência do decurso do
prazo entre a data do crime e do recebimento da denúncia.
• E) 2 anos e a pena cominada ao réu, Paulo, está prescrita em decorrência do decurso do
prazo entre a data do recebimento da denúncia e a publicação da sentença condenatória.

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