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AO JUIZO DE DIREITO DA__VARA DA FAMÍLIA E SUSSESSÕES DA COMARCA DE (CIDADE). GUMERCINA DE TAL ORISVINA, brasileira, solteira, diarista, portadora do RG nº XXXXX, inscrita no CPF/MF nº XXXXX, residente e domiciliada na (Rua ou Av.), (Nº), (Qd.), (Lt.), (bairro), (Cidade), (CEP), e-mail: , vem, respeitosamente, por seu Advogado que esta subscreve, com procuração em anexo, com escritório no endereço, (Endereço), (e-mail:), onde recebe notificações e intimações, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 1.723 do Código Civil, ajuizar a presente: AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL POST MORTEM Em face dos herdeiros do falecido CRISPINO JOSEFINO CURIÓ, a seguir especificados: JALAPÃO DE TAL CURIÓ , brasileiro, (profissão), (estado civil), portador da RG nº XXXX, CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na (Rua ou Av.), (Nº), (Qd.), (Lt.), (bairro), (Cidade), (CEP), e-mail:, e; RUSGO DE TAL CURIÓ, brasileiro, (profissão), (estado civil), portador da RG nº XXXX, CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na (Rua ou Av.), (Nº), (Qd.), (Lt.), (bairro), (Cidade), (CEP), e-mail:, e; LIBERTINO DE TAL CURIÓ, brasileiro, (profissão), (estado civil), portador da RG nº XXXX, CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na (Rua ou Av.), (Nº), (Qd.), (Lt.), (bairro), (Cidade), (CEP), e-mail:. Sendo os mesmos filhos legítimos do casal. EM RAZÃO DO FALECIMENTO DE: CRISPINO JOSEFINO CURIÓ, portador do RG nº XXXX, e CPF/MF nº XXX.XXX.XXX-XX, falecido em (data), as (horário), conforme certidão de óbito anexa. I – PRELIMINARMENTE http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10613814/artigo-1723-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA Declara ser pobre no sentido legal, requerendo, portanto, o benefício da JUSTIÇA GRATUITA, conforme lhe faculta a lei, porque não está em condições de pagar às custas do processo e honorários advocatícios, sem prejuízo próprio ou se sua família (Art. 4º, Lei 1.060, de 5.2.60, com as modificações da Lei 7.510, de 04.07.86) e ainda nos termos do Art. 5º, LXXIV, da Carta Magna “O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos”. Dessa forma, requer o benefício da assistência judiciária com fulcro no artigo 98 e seguintes do Código de Processo Civil. II - DOS FATOS A requerente e o companheiro falecido conviveram em União Estável por cerca de 19 (dezenove) anos, sendo referida convivência pública e contínua, estabelecida com objetivo de constituição de família, conhecida por parentes e amigos, referida união persistiu até o falecimento de seu companheiro em 24 de agosto de 2016. Como podemos comprovar nos documentos em anexo: Escritura pública de um lote adquirido em nome da requerente e do seu falecido esposo, no ano de 2008, onde construíram o imóvel ao qual residiram juntos até o dia de seu falecimento. Fotos do casal nas redes sócias; Documentos dos filhos onde constam o nome dos pais, sendo que o mais velho nasceu em 1997, o do meio em 1999 e o mais novo em 2001; Certidão de Óbito onde consta a requerente como companheira (união estável) do falecido. Conta de água em nome do falecido que comprovam o seu endereço residencial e junto segue a conta de energia em nome da requerente que comprova seu endereço residencial, sendo que em ambas as contas o endereço é o mesmo. Durante a constância da união estável, obtiveram 3 filhos, hoje todos maiores de idade, que são: 1 - JALAPÃO DE TAL CURIÓ COM 19 ANOS e; 2 RUSGO DE TAL CURIÓ COM 22 ANOS e; 3 - LIBERTINO DE TAL CURIÓ COM 23 ANOS. Como consta em seus documentos pessoais em anexos: III. DO DIREITO A constituição federal no artigo 226 protege a união estável, consignado que (verbis): "Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 3º. Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento” Já a Lei 9.278/96, estabelece os parâmetros para que a união possa ser entendida como entidade familiar, regulamentando a disposição constitucional, veja: Art. 1.723, CC. “é reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública contínua e duradora estabelecida com o objetivo de constituição de família.” Cumpre, portanto, ressaltar que in casu estão presentes todos os requisitos para que a união seja alçada à condição de entidade familiar, portanto, valorizada e em várias situações equiparada ao casamento, a saber; convivência duradoura, pública, contínua, e finalmente, o objetivo de constituir família. Nesse sentido temos o seguinte julgado: DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. RECONHECIMENTO DE SOCIEDADE FAMILIARPOST MORTEM. CASAMENTO E CONCUBINATO SIMULTÂNEOS. UNIÃO ESTÁVEL RECONHECIDA E DECLARADA APÓS A MORTE DA MULHER DODE CUJUS. POSSIBILIDADE. 1) É reconhecida como entidade familiar a convivência duradoura, pública e contínua, de um homem e uma mulher, estabelecida com o escopo de constituição de família, desde que não seja casado com outra mulher;2) Em sendo o caso de casamento e concubinato simultâneo, somente é possível o reconhecimento e declaração de sociedade familiar com a concubina, em caso de morte da esposa, separação de fato e/ou divórcio, pelo período após qualquer uma das causas mencionadas;3) Apelo provido em parte. (TJPA – Apelação nº 0009923-87.2003.8.03.0001 – Relator LUIZ CARLOS – Publicação: 22/02/2011). Ainda, vejamos o seguinte julgado do TJSC: http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/112175738/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645133/artigo-226-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/127234/lei-da-uni%C3%A3o-est%C3%A1vel-lei-9278-96 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641860/artigo-1-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/112175738/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. PENSÃO POR MORTE. IPREV. PLEITO QUE BUSCA O RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL E CONCESSÃO DE PENSÃO POR MORTE. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. INSURGÊNCIA DO ENTE PREVIDENCIÁRIO. INACOLHIMENTO. EXISTÊNCIA DE ESCRITURA PÚBLICA DE CONTRATO DE UNIÃO ESTÁVEL. ATO JURÍDICO QUE NÃO APRESENTA QUALQUER VÍCIO OU NULIDADE. TESTAMENTO POR ESCRITURA PÚBLICA NOMEANDO A CONVIVENTE TESTAMENTEIRA, COM DOAÇÃO, EM FAVOR DESTA, DA PARTE DISPONÍVEL. DEMAIS PROVAS ENCARTADAS AOS AUTOS SUFICIENTES PARA COMPROVAÇÃO DE CONVIVÊNCIA PÚBLICA, DURADOURA E CONTÍNUA. ENTIDADE FAMILIAR CARACTERIZADA. INTELIGÊNCIA DO ART. 226, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E 1.723 DO CÓDIGO CIVIL. DIREITO RECONHECIDO. INSTITUIDOR APOSENTADO. ÓBITO OCORRIDO SOB A ÉGIDE DA EMENDA CONSTITUCIONAL N. 41/2003. BASE DE CÁLCULO. TOTALIDADE DOS PROVENTOS QUE O SERVIDOR PERCEBIA EM VIDA. CONSIDERAÇÃO DO LIMITE MÁXIMO ESTABELECIDO PARA OS BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL E MAIS 70% DO QUE EXCEDER A ESSE LIMITE. EXEGESE DO ARTIGO 40, § 7º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988, COM A REDAÇÃO DADA PELA EMENDA CONSTITUCIONAL N. 41/03. SENTENÇA MANTIDA. "Por imposição constitucional, ocorrido o óbito do segurado após a entrada em vigor da Emenda Constitucional n. 41/2003, o valor do benefício de pensão por morte deverá ser pago nos moldes atualmente definidos pela citada Emenda, observando-se como base de cálculo os valores correspondentes à totalidade dos proventos do instituidor, se vivo fosse" (Apelação Cível n. 2010.068569-6, da Capital,rel. Des. Luiz Cézar Medeiros, j. em 12/07/2011). (TJSC, Apelação Cível n. 2011.096231-9, da Capital, rel. Des. Carlos Adilson Silva, Primeira Câmara de Direito Público, j. 15-07-2014). DOS BENS Ao que consta o falecido deixou 1 casa como bem conhecido. Todavia, requer que seja realizada pesquisa através do SISBAJUD em nome do de cujus a fim de localizar valores em contas bancárias. Caso seja localizado algum valor, o plano de partilha será apresentado oportunamente. IV. DOS PEDIDOS: Diante do exposto, requer: a) Seja julgada procedente a presente ação, sendo declarado o reconhecimento da união estável para que produza seus efeitos jurídicos e legais; b) A citação de todos os réus para responder a presente ação, no prazo legal de 15 dias; c) Pesquisa ao SISBAJUD na tentativa de encontrar novos valores depositados em outros bancos com respectivas contas, caso haja, o plano de partilha será apresentado oportunamente; d) A designação de audiência de conciliação/mediação, conforme previsto no Código de Processo Civil. e) Finalmente, requer a concessão dos benefícios da justiça gratuita, vez que a autora se declara pobre no sentido jurídico do termo; Protesta provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, especialmente pela produção de prova documental e testemunhal, Dá-se ao pleito o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais) para fins fiscais. Nestes termos, Pede deferimento. cidade, xx de xx de xx _______________________ OAB/ XX nº XX.XX
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