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Trabalho Sociologia (1)

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Graduação em Relações Internacionais
INFLUÊNCIA DE GRUPOS EVANGÉLICOS ESTADUNIDENSES NA PROMULGAÇÃO DE POLÍTICAS HOMOFÓBICAS EM UGANDA
Belo Horizonte
2019 
INFLUÊNCIA DE GRUPOS EVANGÉLICOS ESTADUNIDENSES NA PROMULGAÇÃO DE POLÍTICAS HOMOFÓBICAS EM UGANDA
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de: Sociologia Política do curso de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
Professora: Fabiane 
Belo Horizonte
2019 
1. INTRODUÇÃO
Uganda se tornou um Estado independente apenas em 1961 e segue com um histórico conturbado, sofrendo com uma década de ditadura e recorrentes crises políticas, só tendo sua democracia plenamente restaurada em 1996 (STARCK; DOMINIKOW; CARDOSO, 2015). Mesmo com meio século de independência, ainda são extremamente fortes as concepções religiosas criadas pelos colonizadores, sendo 84% da população cristã e tendo o cristianismo papel central na condução de políticas públicas e nos cursos de ação do Estado (UGANDA,2016). Após a ditadura, em 1979, Uganda passou a ser destino de milhões de missionários americanos. Grande parte deles eram liderados por uma casa de oração evangélica intitulada International House of Prayer. (WALKER, 2014).
A atuação desse grupo, passa a demandar atenção no ano de 2014 com a promulgação da Lei Anti-Homossexualidade em Uganda, acrescentando o país a lista dos 76 que consideram relações homoafetivas como crime. O caso de Uganda se destaca pelo envolvimento de agentes externos e pelo processo de criminalização em si, indo em direção contrária a do resto do mundo que vive uma era reconhecimento dos direitos e liberdades individuais, em defesa da dignidade da pessoa humana e da igualdade entre todos (ONU,2014).
Neste contexto de grande influência da religião em diversos quesitos da sociedade Ugandese, o presente ensaio tem como objetivo avaliar e posteriormente discutir como a afinidade identitária e ideológica criada pela religião abre espaço para influência dos grupos estrangeiros na rearticulação da identidade em Uganda, levando à radicalização de ideais religiosos. Seguindo esta linha de raciocínio o ensaio será dividido em 3 fatores, o primeiro trata-se do contexto social vivido pelo país de Uganda e como essa dinâmica torna-se capaz de agir no sentido ideológico da sociedade,além de atrair grupos estrangeiros para atuar no território de Uganda, o segundo fator será discutir dados práticos de como a população é dividida no que tange a religiosidade e de como essa divisão escancara a face conservadora do povo Ugandese e o terceiro fator a ser tratado será a criação de uma lei anti-homossexualidade que vai de encontro a regras internacionais e demonstra ainda mais uma dificuldade em tratar do tema na sociedade.
2.A Cultura Religiosa Ugandense
Antes de qualquer coisa é preciso compreender que grande parte da população de Uganda é Cristã, sendo que metade (42%) se declara com protestante e a outra metade (41,9%) como católica.(GRÖSCHL; BENDL, 2015). Logo, pode-se dizer que a grande maioria do povo ugandense é cristão conservador, o que acarreta consequências tanto em âmbitos culturais quanto políticos.
Sendo assim se torna claro perceber que os valores tradicionais conservadores são características marcantes e atuantes na população de Uganda, e são aguçados ainda mais pelos ideais religiosos disseminados na região. A primeira dama ugandense, Janet Museveni Kataha, por exemplo, é evangélica e propôs uma série de projetos baseando-se na virgindade para combater a AIDS no país, distribuindo bolsas de estudo a cidadãos que não se declararam com uma vida sexual ativa (IPÓLITO,2014) Outro exemplo da forte presença religiosa no país é o canto de músicas evangélicas na recepção aos viajantes, quando os mesmos desembarcam no aeroporto (IPÓLITO,2014). As medidas conservadoras possuem grande apoio do povo de Uganda e, especialmente, dos que moram nas áreas rurais, onde as igrejas também marcam forte presença (IPÓLITO,2014).
Além da afinidade da população ugandense a pautas conservadoras, alguns políticos também seguem o mesmo caminho. O ministro da Ética ugandense, por exemplo, sinalizou que poderia proibir o uso de minissaias e disse para os homossexuais esquecerem os direitos humanos (NAGÃO,2011). Além dele, o pastor e consultor do governo Martin Ssempa, organizou manifestações anti-gay e foi um dos protagonistas na queima de preservativos em protestos. Após repercussão negativa de sua imagem na mídia internacional, Martin alega que a imprensa ocidental não deve interferir na “cultura tradicional africana”. (NAGÃO, 2011)
A onda de rejeição aos homossexuais foi ganhando corpo a cada ano que se passou, e em 2010 um jornal local publicou uma lista com a foto e o nome de 100 pessoas homossexuais e, ao lado da publicação, a seguinte frase: “Enforque-os”. Tal conteúdo gerou uma série de agressões físicas e verbais a várias pessoas mencionadas na lista, aumentando ainda mais o ódio contra os gays. (THE... 2011) Além de publicações difamando-os, alguns pastores de diferentes grupos evangélicos norte-americanos estiveram em Uganda e deram palestras comparando a homossexualidade com a pedofilia, além de sugerirem programas para promover a cura gay.
Por se tratar de uma população tão conservadora que tem suas bases bem arraigadas em preceitos cristãos dos quais são ainda mais intensificados por fatores internos como, discursos das principais lideranças do país e criação de leis que fazem jus a preceitos da religião predominante e a fatores externos , com intervenção política e social de outras nações, é possível entender que, embora todo esse movimento contra homossexuais se demonstre como um fator de regresso se comparado com os conceitos e campanhas tão difundidas no contexto internacional que buscam a todo vapor a imposição de igualdade perante a todo tipo de orientação sexual, esta ainda é uma questão que sob a ótica de grande parte da população é normal e aceitável para todos, pois está de acordo com tudo aquilo em que eles acreditam.
3. A evolução da sociedade Ugandese
O contexto social e econômico de Uganda contribui bastante para reforçar a tese de que religião influencia a identidade do País, além disso, este torna possível a entrada de evangelizadores estrangeiros e sua intervenção de acordo com fatores históricos socioculturais. Os maiores grupos conservadores americanos que assomaram em Uganda chegaram em 1979, após o governo do ditador muçulmano Idi Amin, que havia banido o cristianismo evangélico do país. Dentre essa comunidade estava a International House of Prayer, (WALKER, 2014) organização missionária evangélica sediada em Kansas City e liderada por Mike Bickle. (IHOPKC, 2016) Lou Engle, co-fundador da IHOP, é um dominionista que acredita que o papel da Igreja é "comandar a história com Deus” (WALKER, 2014), portanto, incentiva a ida de missionários para outros países com o objetivo de pregar sua fé para diferentes culturas e evangelizá-las.
Cremos que Deus chamou a Igreja para trabalhar junta em unidade e honra na pregação do evangelho a todas as nações, para fazer discípulos, e lembrar os pobres e ministrando-os às suas necessidades através do sacrifício e serviço prático. Este ministério é uma expressão do coração do Senhor Jesus Cristo e é uma parte essencial do reino de Deus. (IHOPKC, 2016)
Com a justificativa de ajuda humanitária, grupos conservadores estadunidenses construíram escolas, faculdades, orfanatos e igrejas. Nesses locais eram difundidas suas ideias, inclusive as de caráter homofóbico. Em uma entrevista para o documentário God Loves Uganda, Reverendo Kapya Kaoma, pesquisador da Boston University, argumenta que os evangélicos norte americanos viram a queda de Idi Amin como uma oportunidade e aproveitaram do vácuo de poder. Para ele, essa comunidade fez de Uganda um local de testes para suas ideologias e por trás da construção dessas estruturas estão seus dogmas cristãos. (GOD… 2013) Além
disso, para maior aceitação e apoio do grupo no país, líderes ugandenses eram financiados. Como as organizações ligadas a igrejas não são obrigadas a comunicar seus fundos, tanto nos Estados Unidos quanto na África, é difícil quantificar os montantes exatos que são direcionados a Uganda. Muitos acreditam que esse benefício recebido é a razão de líderes africanos da igreja pautarem questões de sexualidade em âmbito religioso. (KAOMA, 2009)
A International House of Prayer selecionou um milhão de pessoas em 2009 para que viajassem para Uganda com o objetivo de evangelização e um orçamento de um trilhão de dólares. (GOD… 2013) Uma parte desse grupo de pessoas, liderada pelo Pastor Scott Lively, autointitulado expert no “Movimento Gay”, ministraram palestras a respeito da “instituição do mal” da homossexualidade que saqueiam e recrutam crianças para lutar contra a família tradicional africana e derrotar a sociedade baseada no casamento. (WALKER, 2014)
A IHOP se posiciona abertamente contra relações homoafetivas, e quando questionado, Mike Bickle respondeu que na IHOP é defendido o ponto de vista do Novo Testamento sobre a santidade do sexo no contexto do casamento entre um homem e uma mulher. “Vamos defender os ensinamentos de Jesus e dos apóstolos, conforme descrito na Bíblia como a nossa autoridade e guia moral”. (BICKLE, 2016) Uma vez fora de seu país de origem, o controle sobre a ação desses grupos conservadores em Uganda é dificultado. Portanto, não há administração sobre os discursos a serem reproduzidos, sendo grande parte deles de caráter odioso e agressivo com relação a homossexuais. 
Tendo em vista a estrutura conservadora da sociedade ugandense, pautada nos princípios cristãos entranhados à grande parcela da população local, pode se afirmar a existência de uma afinidade ideológica e identitária entre a população local e estes interventores estadunidenses, sendo determinada, principalmente, pela semelhança entre suas vertentes religiosas. Esta afinidade ainda é responsável por tornar a Uganda um país mais propício à intervenção de missionários dos Estados Unidos.
Em todas as sociedades, a manutenção da identidade pessoal, e sua conexão com identidades sociais mais amplas, é um requisito primordial de segurança ontológica. Esta preocupação psicológica é uma das principais forças que permitem às tradições criarem ligações emocionais tão forte por parte dos “crentes”. As ameaças à integridade das tradições são, muito frequentemente, se não universalmente, experimentadas como ameaças à integridade do eu (GIDDENS, 1997)
Como foi mencionado, é através da prerrogativa de assistência social que a IHOPKC consolida a sua influência religiosa e ideológica sobre outros países “Trabalhamos com seriedade (...) à medida que juntos avançamos pregando a Palavra, curando os doentes, servindo os pobres, plantando casas de oração, e proclamando a volta de Jesus em toda terra.” (IHOPKC...2016). E, de acordo com Lou Engle (Líder Sênior da IHOPKC) a África é o lugar ideal para a realização de missões por representar atualmente “o caldeirão de fogo da renovação e do renascimento espiritual.” Enquanto o ocidente, para ele, passa a se encontrar em declínio moral.
Mas há um desacordo quanto aos verdadeiros objetivos de tais missões. Sendo que há evidências de que as intervenções estadunidenses visam, primordialmente, a radicalização da cultura anti-homossexualidade na sociedade internacional, com destaque para Uganda, assim como o reverendo Kapya Kaoma afirma:
Evangélicos americanos estão enviando milhões de dólares em doações para a África de modo a espalhar a sua mensagem através do financiamento de pastores, muitos dos quais fazem um bom trabalho alimentando os famintos e dando abrigo para órfãos. Mas a maior parte do dinheiro serve para alimentar uma ideologia perigosa, que ensina que gays, lésbicas, transgêneros e bissexuais não têm um lugar no reino de Deus e são uma ameaça para a sociedade”. (GOD... 2013) 
A homossexualidade na Uganda possui um aspecto amplamente criminalizado, sendo considerada como uma resultante do imperialismo global. Ou seja, é vista como um fenômeno externo à cultura tradicional africana, sendo, portanto, considerada uma ameaça à chamada “família tradicional ugandense”. Isso faz com que o combate à homossexualidade seja visto de maneira positiva por grande parte da população, à exemplo do Pastor Martin Ssempa, que afirma no documentário “God loves Uganda” “Antes de tudo, quero agradecer ao povo norte-americano, por seu amor inabalável pelo mundo, principalmente pela África”
A partir deste momento em que os valores disseminados pelas instituições religiosas estadunidenses são reconhecidos como legítimos pela sociedade ugandense, nota-se um aumento no repúdio à homossexualidade, na medida em que as prerrogativas oferecidas pelos missionários embasam o preconceito como maneira de garantir a salvação da população ugandense de uma possível “ameaça homossexual”, além de utilizarem desta prerrogativa para adentrar ainda mais no contexto politico, social e econômico do País , dificultando cada vez mais uma tentativa (caso existisse) de se libertar de todo esse conceito existente.
Apesar de todas esses fatores e de todas as tentativas de repressão contra os homossexuais, desenvolveu-se no país um forte movimento pró homossexuais, em que mais de 500.000 cidadãos assinaram um abaixo-assinado contra a proposta de lei que legalizava a pena de morte para gays. Os ativistas representantes de grupos minoritários difundiram suas opiniões por várias emissoras de televisão e rádio, em busca de um apoio da população.
 4. A lei Anti-Homossexualidade
Em meio a toda essa polêmica, uma lei anti-homossexualidade foi proposta em 25 de setembro de 2009 por meio de um projeto de lei conhecido como “A Carta Anti-homossexualidade”. Apoiadores da lei acreditam que o projeto visa aumentar a capacidade da nação ugandesa de combater ameaças externas e internas frente a tradicional família heterossexual (UGANDA, 2009)
O código penal de Uganda já proibia a “conjunção carnal contra a ordem natural” que era passível de prisão perpétua (UGANDA,1995). No entanto, a nova legislação prevê uma maior especificação dos crimes de homossexuais e uma punição mais severa. A “homossexualidade agravada” é uma dessas novas especificações que incluem criminosos em serie, portadores de HIV positivo e qualquer pessoa que fez relações sexuais com uma pessoa do mesmo sexo.(UGANDA 2009)
Em 20 de Dezembro de 2013, o parlamento ugandense aprovou em poucos minutos o projeto de lei proposto pelo parlamentar David Bahati agravando as punições a homossexuais e quaisquer pessoas que os ajudarem. O “Ato Anti-homossexualidade” como foi chamado o projeto visa punir pessoas que cometem a “ofensa da homossexualidade”, a “homossexualidade agravada”, “tentativa de cometer a homossexualidade”, “a assistência e proteção a homossexuais”, “conspiração para o engajamento à homossexualidade”, “incitar a homossexualidade com ameaças”, “prisão de pessoas com a intenção de cometer atos homossexuais”, “bordeis homossexuais”, “casamento de pessoas do mesmo sexo” e “apologia à homossexualidade” (UGANDA, 2014)
Logo, essa lei que condena a homoafetividade em Uganda representa a relação contraditória que o Estado mantém quanto a documentos internacionais sobre direitos humanos. Seguindo em direção contrária ao proposto pelas Nações Unidas na Declaração Universal dos Direitos Humanos e no Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos ambas assinadas por Uganda, a lei anti-homossexualidade transgride os direitos à liberdade, à não discriminação, à liberdade de expressão, à privacidade, tornando sua aprovação inconsistente como o propósito dos documentos citados (ONU,2014). Por si só a Constituição de Uganda de 1995 já apresenta contradições ao admitir ao mesmo tempo noções de direitos humanos, reafirmando em seu texto os direitos citados acima, e penas gravíssimas sobre relações consideradas “antinaturais” (UGANDA, 1995), o que só se torna mais explícito com a Lei
de 2014.
O que torna possível a quebra de regras internacionais e a contradição entre legislações é a tentativa de securitização do tema a partir de discursos religiosos intolerantes. Para considerarmos um tópico como tema de segurança é necessária a ocorrência de uma situação emergencial de ameaça a existência, que possibilite a quebra de regras (BUZAN; WÆVER; WILDE, 1998).
 No caso, acontece a demonização da figura do homossexual por parte dos religiosos, tornando-o inimigo público responsável por todos os males que afligem não só a sociedade ugandense, mas toda a população mundial. A comunidade gay é acusada de planejar a degradação da sociedade, disseminando seu “comportamento depravado” e transformando crianças em “homossexuais pervertidos e afastados de Deus”, impossibilitando assim a salvação de suas almas e levando a ruína a instituição da família tradicional africana. Dessa forma, a eliminação dessa comunidade homoafetiva se torna questão primordial para a manutenção da ordem desejada por Deus para o funcionamento da sociedade. Complementando essa lógica, Uganda é a nação escolhia por Deus para salvar o mundo dessa ameaça, uma vez que o mundo ocidental, seus grandes centros e suas instituições estão corrompidos pela “doutrina gayzista”. Esse argumento justifica um certo distanciamento com a ONU, uma vez que esta estaria sendo manipulada em função dos interesses homossexuais (GOD… 2013). Essa pregação acaba sendo aceita por grande parte da população, que passa não só a concordar, mas a cobrar do governo medidas mais drásticas, justificando a quebra de regras e o uso de violência em defesa dos valores conservadores.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Este ensaio procurou explicitar a possível relação entre a atuação de missionários estadunidenses em Uganda e a elaboração de políticas governamentais de caráter homofóbico, através do estudo da transnacionalização da religião.
É possível perceber o quanto esse tema é controverso e bem difícil de ser estudado pois os acessos as informações são escassos e o assunto não é tratado de maneira recorrente e explicitas nos meios acadêmicos e no sistema internacional.Além disso, como não há provas suficientes capazes de demonstrar uma relação de causa e efeito entre a chegada da International House of Prayers em Uganda e a promulgação da lei anti-homossexualidade, o ensaio precisou ser baseado na relação entre os fatos encontrados por meio da busca bibliográfica.
Logo, existe uma cronologia entre o discurso dos missionários e a aprovação da lei anti-gay,da qual se conclui que mesmo que ja exista um caráter bastante conservador e ligado a preceitos religiosos na sociedade, as atitudes dos primeiros contribuíram para a intensificação das noções anti-homossexuais no país,ou seja, é possível perceber que o discurso dos mesmos teve grande influência na radicalização do posicionamento homofóbico rearticulando, em parte, a identidade ugandense e sua ligação com características cristãs conservadoras. Diante desses fatos é possível destacar que o grupo de missionários conseguiu atingir os seus objetivos que é defender tudo aquilo que está disposto na bíblia e que são contrários a relações homoafetivas.
Por fim,o tema deste ensaio é de grande importância por se tratar de uma medida que vai contra os Direitos Humanos da ONU, sendo que a uma ruptura de um acordo gera graves consequências na percepção da dignidade humana e no respeito de seus direitos, afetando a igualdade e a justiça que devem ser conquistadas para um mundo melhor. Sem liberdade, os cidadãos não teriam os mesmos direitos dos demais, às custas de determinadas orientações recriminadas e pré-julgadas dentro de determinadas sociedades. Dessa maneira, a violação dos direitos humanos contra os homossexuais em Uganda põe em xeque a garantia da liberdade, e em alguns casos extremos da própria vida, prevista pela ONU. Além da injustiça à comunidade homossexual, a aprovação da lei anti-gay em Uganda abre espaço para que outros países da região e de todo o mundo utilizem dos mesmos artifícios para discriminar essa minoria.

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