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Anemia Falciforme

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Fisiopatologia 
É uma anemia hemolítica crônica. Ocorre a substituição 
de uma A por T no códon 6 do gene da globina , 
(GAG→GTC). Esta mutação resulta na substituição do 
resíduo glutamil por um resíduo valil (6Glu→Val) e 
tem como consequência final a polimerização das 
moléculas dessa hemoglobina anormal (HbS) quando 
desoxigenadas.. Isso resulta em perda de 
eletronegatividade e ganho de hidrofobicidade. 
*Alteração morfológica patognomônica: afoiçamento 
decorrente da polimerização da Hbs. 
 
Vaso-oclusão Capilar 
Evento fisiopatológico mais clássico da AF. 
1 – Adesão as hemácias ao endotélio, lentificando o fluxo 
sanguíneo local 
2 – Impactação e empilhamento de hemácias à 
montante, provocando hipóxia e acidose, generalizando 
o afoiçamento, criando obstrução microvascular e 
isquemia tecidual. 
*Consequências: isquemia tecidual produzindo focos de 
necrose nos principais órgãos (medula óssea, medula 
renal, baço, pulmões etc), disfunção orgânica, 
inflamação sistêmica. 
 
Diagnóstico 
Confirmação: Eletroforese de Hemoglobina 
LABORATÓRIO BÁSICO: Baixa HB e HTC; Hemácias 
normocrômicas; Reticulocitose (3-15%); Aumento da BI; 
Queda da haptoglibina 
*Aumento superficial do VCM: suspeitar de coexistência 
de anemia ferropriva quando normal. 
*Espera-se leucocitose e aumento da Prot C reativa 
*Hemácias em foice, policromasia, corpúsculos de 
Howell-Jolly(sinal de asplenia), hemácias em “alvo”. 
 
 
 
 
 
Rastreio 
Pré-natal: biópsia do vilo coriônico 
Neonatal: teste do pezinho 
Manifestações Clínicas e Tratamento 
Quadro de hemólise crônica associado a múltiplas 
disfunções orgânicas progressivas. Evolução pontuada 
por crises álgicas (vaso-oclusivas) recorrentes. 
*Órgãos-alvo: Baço, ossos, rins, cérebro, pulmão, pele, 
coração 
PRINCÍPIOS TERAPÊUTICOS: 
- Avaliação global inicial 
- Terapia modificadora de doença: (1) Profilaxia contra o 
pneumococo; (2) reativação as síntese de HbF-
hidroxiureia; (3) hemotransfusão; (4) uso de quelantes 
de ferro.; Reposição de folato e outras vitaminas 
*Os níveis de HbF são inversamente proporcionais ao 
grau de gravidade da anemia falciforme.. Ela evita 
polimerização da HbS, reduzindo o afoiçamento. 
 
Complicações 
Crise álgica, dor crônica, crises anêmicas, infecções, 
AVC, síndrome torácica aguda, hipertensão pulmonar, 
colelitíase, pancreatite aguda biliar, insuficiência renal 
terminal, glomeruloesclerose segmentar focal, 
priapismo, retinopatia falcêmica, úlceras etc. 
Traço Falcêmico 
O “traço” (heterozigose entre os genes Beta-S e Beta-
A normal) é a variante falcêmica mais encontrada. 
 
Hematologia 
Anemia Falciforme 
 
Talassemia Minor 
 
É uma variante da Betatalassemia, caracterizada pela 
diminuição ou ausência das cadeias Beta da globina 
Os heterozigotos para os genes Beta 0 ou Beta + (β⁰/β 
e β+/β) apresentam a Betatalassemia minor ou “traço 
tallasêmico). São indivíduos assintomáticos com 
alterações no hemograma. (microcitose e hipocromia) 
 
Quadro Clínico de Laboratório 
É uma entidade benigna 
O paciente é assintomático, com anemia desde a 
infância, geralmente evidenciado acidentalmente no 
hemograma, com histórico familiar de anemia ou não, 
reticulocitose baixa ou sem, sem icterícia, sem 
esplenomegalia, sem perda sanguínea com hemácias 
em alvo.. 
Microcitose: (VCM 60 -75) 
Hipocromia: (HCM 18-21) 
Hemácia em alvo e pontilhismo basófilo 
 
Diagnóstico 
Padrão-ouro: Eletroforese de Hemoglobina 
*A eletroforese quantifica proporcionalmente os tipos 
de hemoglobina presentes na hemácia do paciente. 
 
Tratamento 
Não exige tratamento, somente orientação e 
aconselhamento genético. 
 
Hemoglobinúria Paroxística 
Noturna 
 
É uma desordem adquirida da célular-tronco (stem cell) 
quem tem como principal característica a produção de 
subpopulações de granulócitos, plaqueta e hemácias 
hipersensíveis à lise pelo sistema complemento.= HICrô 
Patogênese 
O clone mutante da stem cell produz progenitores 
defeituosos que originam as células HPN hemácias, 
plaquetas e granulócitos alterados (sensíveis). 
As células HPN tem mutações no gene PIG-A que 
controla a formação de glicosil-fofatidilinositol (âncora de 
proteínas). Entre as proteínas que se soltam estão o 
CD55 e CD59, reguladores do SC = ação 
descontrolada do sistema complemento 
Clínica e Laboratório 
Hemoglobinúria, cefaléia, dor subesternal e abdominal, 
lombalgia, febre e astenia.; eventos veno-olusivo.s 
*Síndrome de Budd-Chiari: trombose das veias supra-
hepáticas, evoluindo com esplenomegalia congestiva, 
ascite e hipertensão portal., trombose venosa cerebral. 
-O paciente relata urina escura pela manhã, pois os 
episódios de hemólise ocorrem geralmente a noite. 
 Durante o sono, o PH do sangue cai (tendência a 
acidose), essa queda no PH é capaz de acelerar a 
ativação do sistema complemento e a hemólise. 
*infecções, exercícios físicos exacerbados. 
Diagnóstico 
- Citometria de fluxo 
- Teste de Ham 
- Teste de sacarose a 5% 
Tratamento 
Medidas de suporte como: hemotransfusão, 
corticosteroides, reposição de ferro e ácido fólico. 
*Anticorpo monoclonal anti-C5 
*Transplante alogênico de medula óssea para jovens 
com anemia aplásica ou mielodisplasia associada. 
Normal de 
um adulto: 
97% de HbA 
2% de HbA2 
1% de HbF 
*Nas β-talassemias, as 
hemoglobinas formadas por outras 
cadeias se sobressaem, como a 
HbA2 e HbF 
*Valores de HbA2 entre 3,5 – 8% 
são característico 
 
 
 
Anemia Aplástica 
Condição onde o tecido hematopoiético normal é 
substituído por gordura, levando a uma pancitopenia no 
sangue periférico. 
Incidência: 
2-6 casos/106 habitantes/ano 
Acomete mais mulheres 
2 Picos: 10-25 anos e 60 anos 
Classificação 
Idiopática: 50 -75% dos casos 
Secundária: infecções virais (hepatite, parvovírus, HIV), 
por drogas (cloranfenicol, quimioterápicos, 
anticonvulsivantes), produtos químicos (benzenos, 
inseticidas, solventes), doenças hematológicas (HPN), 
radiação, gestação. 
Constitucional (congênita): Anemia de Fanconi, 
trombocitopenia amegacariocítica, S. de Down. 
Gravidade 
Sereva: 50% de óbito por infecções ou hemorragia nos 
3 primeiros meses; pelo menos dois achados: 
 
 
 
 
Muito severa: Neutrófilos < 200/mm3 
Moderada: 
Patogênese 
Lesão ou destruição da célula progenitora (stem cell) 
Participação imune no desencadeamento e 
manutenção da citopenia. 
 Linfócitos T: produção de Interferon gama (INF -) e 
. Fator de necrose tumoral (T 
Inibição da hematopoese: supressão da proliferação e 
maturação das células progenitoras (stem cell) 
Indução de apoptose: morte celular programada 
 
 
Clínica 
Anemia, febre devido infecções, sangramentos, 
púrpura, menometrorragia, petéquias, palidez, ausência 
de visceromegalias. 
SP: HEMOGRAMA 
Anemia normocítica-normocrômica 
Leucopenia: linfocitose e neutropenia 
Plaquetopenia; reticulócitos normal 
MO: MIELOGRAMA 
Hipocelularidade global 
*Biópsia óssea: principal exame: das cél. 
hematopoiéticas, do tecido gorduroso, das fibras 
colagenosas e reticulinicas. 
Tratamento 
Transfusão de CH lavadas/filtro: Hb < 6gr/dl 
Transfusão de CP: < 20.000: sangramento ativo. 
. < 10.000: indicada 
Infecções: tentar isolar o germe: cultura 
. antibioticoterapia: largo espectro 
 antifúngicos: fluconazol, anfotericina B 
*AAS NÃO deve ser usado 
ESPECÍFICO: associação de agente imunossupressores. 
 Globulina antilinfocítica (GAL) ou antimocítica 
 Ciclosporia A 
 Metilpredinisolona 
 Fatores de crescimento: (G-CSF, GM-CSF, e EPO). 
TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA: pacientes com 
aas, < 45 anos, com doadores aparentados HLA-
idênticos. 
 
Neutrófilos: <500/mm3 
Plaquetas: <20.000/mm3 
Reticulócitos: <1% 
 
Anemias Autoimune (AHAI 
Geralmente é ocasionada por autoanticorpos que 
reagem à antígenos de membrana que constituem os 
grupos sanguíneos, comoo sistema Rh. 
1 – AHAI POR ANTICORPOS QUENTES (IGG) 
Os anticorpos se ligam à superfície dos eritrócitos em 
temperaturas em torno de 37°C 
É a mais comum, e o baço é o principal órgão de 
hemólise 
Etiologia: 50% idiopática, drogas, LES, artrite 
reumatoide, retocolite ulcerativa, neoplasias etc. 
Clínica e laboratório: mais comum em mulheres de 50-
60 anos, as manifestações variam de assintomática sem 
anemia, até quadros hemolíticos fulminantes. 
 Icterícia, esplenomegalia, síndrome de Evans, 
pancitopenia autoimune, anemia normo/macrocítica, 
reticulocitose (28%), SP: microesferócitos 
Diagnóstico: Teste de Coombs direto 
Tratamento: glicocorticoides (prednisona), 
esplenectomia., terapias de suporte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 – AHAI POR ANTICORPOS FRIOS (IGM) 
Reagem com as hemácias em baixas temperaturas, 
entra 0 – 10°C 
São chamados de crioaglutininas, o fígado é o principal 
órgão de hemólise. 
Etiologia: Idiopática: Doença da Crioaglutinina, 
Clínica e laboratório: quadro brando, infecções 
autolimitadas, 
Diagnóstico: Teste de Coombs direto e Títulos séricos 
de Crioaglutinina. 
SP: pobre em microesferócitos, aglutinação de 
hemácias artefatual. 
Tratamento: Rituximab; Clorambucil.

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