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_____________________ *Acadêmicos do curso de Engenharia Civil da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão – UEMASUL / Campus de Açailândia **Professor (Orientador) do curso de Engenharia Civil da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão – UEMASUL / Campus de Açailândia ENSAIO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE VIGA DE MADEIRA DE ESPÉCIE MAÇARANDUBA (MANILKARA SPP) Clesio de Oliveira Rodrigues* Francisco Raphael Lima Duarte* Helde Costa Silva* Jaelson Araújo Rufino* Witor Carvalho Bomjardim* João Miguel Santos Dias ** RESUMO O objetivo deste estudo foi analisar o desempenho mecânico(Deslocamento vertical no ponto médio ) de uma viga de madeira (Massaranduba), de acordo com os conhecimentos em resistência dos materiais (fórmula da flexão, fórmula do cisalhamento transversal e fórmula do fluxo de cisalhamento) e analise estrutural (Principio dos trabalhos virtuais-PVT),embasada na norma da ABNT-NBR 7190 ( Projetos de estruturas de madeira ). Foram produzidos corpos de provas para análise em laboratório para a avaliar as reações à compressão , e obtidos os resultados, foram comparados a uma nova rotina de análise de corpo de prova da madeira passados alguns dias, e verificou-se uma alteração na resistência em comparação a primeira análise, que devido à alguns fatores bem como a umidade da madeira na primeira situação e às rachaduras que se fizeram presente na segunda situação, comprometeram o dimensionamento inicial . Após um primeiro teste de rompimento com os dados já dimensionados, a viga rompe com uma carga de 100 kg ,já no segundo teste que precede o dia da apresentação ,a viga rompe com 60 kg, assim, evidenciamos a partir das análises que a madeira utilizada para o experimento tem suas limitações de acordo com variáveis, que podem ser minimizadas com cálculos mais precisos e com um número maior de dados utilizados . Palavras-Chave: Madeira, Desempenho mecânico, Massaranduba. ABSTRACT The objective of this study was to evaluate the mechanical performance (vertical displacement at the midpoint) of a wooden beam (Massaranduba), according to the knowledge of the resistance of materials (formula bending, the transverse shear formula and formula of shear flow) and structural analysis (Principle of virtual work-PVT), based on ABNT NBR-7190 (wooden structures Projects). of test bodies were produced for laboratory analysis to assess reaction to compression, and obtained results were compared to a new routine wood specimen analysis within a few days and there was a change in resistance in comparison the first analysis, that due to some factors as well as the humidity of the wood in the first situation and the cracks that did this in the second situation, undertook the initial design. After a first tear test data already calculated, the beam breaks with a load of 100 kg in the second test which precedes the day on which the beam breaks of 60 kg thus evidenced from the analysis that the timber used for the experiment has its limitations according to variables, which can be minimized with more accurate calculations and a larger number of data used. Keywords: Wood, Mechanical performance, Massaranduba. INTRODUÇÃO A História tem provado que as grandiosas capacidades intelectuais do Homem, quando associadas à sua desmensurada ambição de desafiar a natureza, potencializam a invenção de soluções engenhosas que atuam como uma garantia da sua subsistência e do seu bem-estar. Segundo Petr Kuklík (2008), o homem prístino – neanderthalensis (120 000 a 40 000 a.C.) – deu os primeiros passos na idealização de estruturas em madeira quando decidiu construir abrigos de diagrama circular, constituídos por um conjunto acertado de ramos de árvores enlaçados uns com os outros. Atualmente, como Walter Pfeil (2003) afirma, a utilização de madeira como material de construção competitivo economicamente e ao mesmo tempo atendível em termos ecológicos, se entende nas avançadas técnicas de reflorestamento aliadas com minimização de perdas. Pesquisas sobre o comportamento mecânico desses produtos e sua aplicação em sistemas estruturais têm assegurado a expansão do uso da madeira como um material de construção alternativo. No entanto, ainda existe no Brasil, grande preconceito ao tratar do emprego da madeira. Isto sucede ao desconhecimento do material e à falta de projetos específicos e bem executados. As construções de madeira, em maioria, são idealizadas por carpinteiros que não estão aptos para projetar, mas meramente executar. Através disso, as edificações em madeira são vulneráveis aos mais diversos tipos de patologias estruturais, o que gera uma mentalidade equivocada sobre o material empregado. De acordo com Winter (1998), quando se aplica a madeira na construção economiza-se energia tanto na constituição da matéria, que se faz pelo intermédio da absorção da energia solar, quanto no consumo de energia básica para a usinagem do material. Também apresenta benefícios relacionados ao consumo de energia para o processamento e montagem da construção, além da reutilização de seus resíduos como energia calorífica. Outra grande vantagem, segundo Calil Júnior et al. (2002), é a resistência da madeira quando se trata da abrasão. Ao contrário do que se imagina, a madeira é mais resistente ao fogo que o aço. Isto é cabido devido a sua má condutividade térmica, seu teor de umidade e a crosta carbonizada que se configura quando queimada, criando rapidamente uma faixa isolante que retarda a combustão até impedi-la. Por outro lado, o aço perde sua resistência de tração quando a temperatura se torna superior a 500°C, o que significa que a estrutura em aço entra rapidamente em colapso na eventualidade de incêndios. O objetivo do presente estudo é analisar situações de carregamento reais, com a aplicação de tolerâncias, trazendo um entendimento de modo geral, tais como coeficientes de segurança, ponderação e de modificação. Assim, permitindo considerar fatores orientados por imprecisões nos modelos de cálculo, quantificação dos carregamentos, defeitos dos materiais, das geometrias e que podem gerar parâmetros de desempenho e durabilidade para estruturas em madeira na construção civil. REFERENCIAL TEÓRICO Um engenheiro, desde o princípio, deve considerar possíveis modos de falha ao projetar uma estrutura e seu carregamento. Referidas por escoamento em tensões baixas, deformações, deflexões e fadiga provocada por ciclos de carregamentos repetidos. Logo, para impedir que aconteça imperfeições citadas anteriormente, tem-se de ser considerado critérios de projeto baseados em resistência (tensão) e rigidez (deflexão). Segundo Francisco A. R. Gesualdo (2003) as peças fletidas estruturais estarão sendo solicitadas por momento fletor, ocorrendo na maioria das estruturas usuais, tais como, em ripas, caibros, terças e tabuleiros. Bem como, é comum acontecer na mesma seção transversal, efeitos de flexão em duas direções perpendiculares entre si, desse modo, chama-se flexão oblíqua. Ademais, pode acontecer efeitos de flexão combinadas com solicitações axiais de compressão ou tração, se tendo então, o caso de flexo-compressão ou flexo-tração. A verificação de peças submetidas a estas situações são analisadas de acordo com as recomendações da NBR 7190/97. Contudo, é também importante lembrar que peças fletidas com seção transversal do tipo I, T e caixão devem ser feitos reduções no momento de inércia, conforme normatizado. Como também, são estabelecidos variados módulos de elasticidade em função do tipo e da direção da solicitação em relação às fibras. O valor básico refere-se ao módulo de elasticidade longitudinal paralela às fibras comprimidas. São determinados sucintamente os diversos valores dos módulos de elasticidade da madeira. Observar que estes valores são definidos em função do tipo de solicitação: compressão paralela e normal,flexão e torção. A NBR 7190/97 considera que o valor de E é igual para solicitações de compressão e tração, ou seja, Et = Ec. Os valores limites das deformações podem ser estabelecidos por normas especiais ou por condições especiais impostas. Sendo assim, os valores sugeridos pela norma como limites de deformações para construções correntes, associados ao valor da flecha máxima provocada pelas cargas permanentes e acidentais são catalogados mediante a especificidade do material. O cálculo das flechas pode ser feito por qualquer processo da Mecânica das Estruturas. Onde, empregou-se o Princípio dos Trabalhos Virtuais, também chamado de Processo da Carga Unitária. Tornando-se necessário admitir o ponto onde ocorre a máxima flecha. Desse modo, se o trabalho virtual total realizado por um sistema de forças reais atuando em um corpo rígido quando ele é submetido a um deslocamento virtual é igual a zero, o sistema de forças está em equilíbrio. À vista disso, a previsão para o cálculo da deflexão em vigas pode ser adotada pelo método Castigliano, onde a derivada parcial do trabalho das forças internas em detrimento a uma força atuante, fornecerá o deslocamento equivale à força considerada na direção de ação da força em questão. Via de regra, a equação diferencial da flexão pura é integrável por torços da peça linear ao longo dos quais a função M(z) será calculada. Assim, se obtém a linha elástica da peça linear. A dedução dessas soluções fundamentais foi demonstrada experimentalmente com base no Princípio dos Trabalhos Virtuais, através de suas duas formulações – Princípio das Forças Virtuais e Princípio dos Deslocamentos Virtuais. Isto é, esta apresentação está calcada nos livros de White et al. (1976), Tauchert (1974) e NBR 7190/97. MATERIAIS E MÉTODOS A escolha da madeira teve como base seu comportamento mecânico, e para fazer o estudo, tem-se uma análise teórica preliminar, bem como a realização de ensaios em laboratório para observar seu comportamento e obter parâmetros e aferir os modelos matemáticos. Descrição da amostra Como amostra, utilizou-se madeira do tipo Maçaranduba de nome científico Manilkara spp, a escolha se baseou por sua elevada resistência mecânica, descrito na tabela 01, obtidos conforme a tabela E.2 da NBR 7190/97. Tabela 01 – Propriedades da Maçaranduba (Manilkara spp) Propriedades de Resistência e Rigidez Resistência Padrão Densidade ρap (12%) 1.143 kg/m³ Resistência à compressão (fc,0) 82,9 MPa Resistência à tração paralela (ft,0) 138,5 MPa Resistência à tração perpendicular (ft,90) 5,4 MPa Resistência ao cisalhamento (fv,0) 14,9 MPa Módulo de Elasticidade (E) 22.733 MPa Fonte: NBR 7190/97 Para evitar possíveis falhas na viga, adquiriu-se uma peça nas dimensões de 6x20x600cm. A amostra é composta por uma viga com seção transversal de 4 x 4 cm, tendo área de 16cm² e comprimento de 550cm, formando um vão teórico de 450cm, e um peso próprio de aproximadamente de 10,06kg. Metodologia de ensaio O primeiro procedimento foi a escolha de uma peça com ausência de defeitos visuais, ou seja, sem rachaduras, nós ou qualquer tipo de deformação ou decomposição, escolhendo uma peça que desempenhe resultados normais e aceitáveis quando solicitados a esforços mecânicos. O segundo passo foi fazer a retirada de cada extremidade, 4 corpos de prova para ensaio a compressão, nas dimensões de 5x5x15cm, e três corpos de prova nas dimensões de 4,2x4,2x12,6cm. Logo em seguida foram feitos os ensaios à compressão no laboratório da concreteira IMPERMIX, em Açailândia - MA. As dimensões dos corpos de prova do primeiro ensaio formam adotados de acordo com os procedimentos da NBR 7190/97. No segundo ensaio houve uma diminuição em sua seção transversal e seu comprimento, mas segundo a norma, a diminuição na seção transversal não prejudica os resultados. No terceiro passo, foi usado o método para dimensionamento da viga foi através da equação da linha elástica, inclinação e deslocamento por integração e pelo método dos momentos de área. Após estabelecer as dimensões da viga, a peça foi beneficiada no polo moveleiro de Açailândia – MA. Os equipamentos utilizados foram, uma serra circular tipo bancada, uma serra circular manual, uma desempenadeira e uma desengrossadeira. Por fim, a viga foi submetida ao ensaio através da utilização de dois apoios (A1 e A2), e a aplicação de pesos (P), nas proporções de 20kg, 40kg, 60kg, 80kg, [...], até o rompimento da viga. Figura 01: Aparelho de ensaio com aplicação de pesos Fonte: Alunos Eng. Civil UEMASUL Os deslocamentos da amostra foram medidos e comparados com os dados obtidos através dos cálculos feitos através do método do Teorema de Castigliano e Princípio dos Trabalhos Virtuais (PTV), até a carga de 60kg. Procedimentos de experimentação Ensaio de resistência a flexão A primeira etapa do experimento consistiu em preparar 7 corpos de prova, e para tal obtivemos o auxílio de uma movelaria para prepará-los de forma padronizada e com as dimensões necessárias, e em seguida encaminhamos esse material para o laboratório de testes de uma concreteira, onde através de uma prensa hidráulica (figura 02) obtivemos os resultados de resistência a compressão da madeira aqui utilizada, para a partir daí dimensionar a viga A1 A2 p conforme a carga que se deseja que ela venha a romper. Após dimensionada a viga, retiramos 3 amostras de uma mesma peça de madeira para realizar os testes, as quais denominamos de V1, V2, e V3. A segunda etapa consistiu no ensaio das vigas, que ocorreu em dias diferentes seguindo o mesmo roteiro para todas, partindo do preparo da bancada composta por 4 mesas de madeira dispostas duas a duas uma sobre a outra, que serviu de suporte para os apoios da viga. Estes apoios foram fixados sobre as duas bancadas a uma distância 4,5 m um do outro, com uma altura de aproximadamente 2,1 m. Além de grampos de fixação, estes apoios foram unidos um ao outro por meio de barras rosqueáveis que impediam que estes tombassem, e também por um fio de nylon, que permitiu aferir o deslocamento vertical da viga conforme se acrescentava as anilhas de aço. A viga de madeira foi colocada sob os apoios de modo que deixasse 500 mm em balanço para cada lado e em seguida se aferiu o seu deslocamento vertical apenas com o peso próprio, para fins comparativos com os valores obtidos nos cálculos e logo após, em seu centro, foi colocado um suporte que permitiu efetuar o carregamento das anilhas. Após ter sido carregada com 20 kg, novamente foi aferido seu deslocamento, esse procedimento foi repetido a cada incremento de 20 kg, até que a viga veio a romper-se aos 100 kg de carga para a viga V1 e aos 60 kg para as vigas V2 e V3. Figura 02: Ensaio dos corpos de prova Figura 03: Viga rompida aos 60kg Fonte: Alunos Eng.Civil UEMASUL Fonte: Alunos Eng.Civil UEMASUL Equipamentos utilizados para o ensaio a flexão Para realizar este experimento foi utilizado os seguintes materiais: ✓ 4 mesas de madeira; ✓ 2 suportes misto (madeira e concreto); ✓ 8 grampos de fixação; ✓ 10 barras rosqueáveis com porcas; ✓ 1 escada; ✓ Fio de nylon; ✓ 1 viga de madeira de 6x20x600 cm; ✓ Várias anilhas de aço de diferentes pesos; ✓ Ganchos adaptados para anilhas; ✓ Trena; ✓ Folhas de papelão; ✓ EPI’s; RESULTADOS E DISCUSSÕES A tabela 1 apresenta os resultados obtidos no primeiro ensaio realizado na empresa IMPERMIX. Tabela 02 – Primeiro ensaio a compressão Corpo de prova Resistência à compressão (Mpa) C1 79,83 C2 83,43 C3 76,26 C4 77,71 Média aritmética 79,30 Fonte: NBR 7190/97 A tabela 2 apresenta os resultados obtidos no segundo ensaio realizado na empresa IMPERMIX. Tabela 03 – Segundo ensaio a compressão Corpo de prova Resistência à compressão (Mpa) C1 79,50 C2 80,89 C3 83,00 Média aritmética 81,13 Fonte: Autor Tabela 04 – Deslocamentos Carga (kgf) Deslocamentocalculado (mm) Deslocamentos no dia do rompimento (mm) 20 114,7395 133 40 210,7127 235 60 306,7200 RUPTURA Fonte: Autor A tabela 3 apresenta os resultados das três vigas rompidas. Tabela 05 – Ensaio das vigas Viga Data do teste Carga de ruptura (Kgf) V1 27/08/19 100 V2 04/09/19 60 V3 05/09/19 60 Fonte: Autor Com base nas informações da tabela 03 pode-se perceber que a resistência à compressão está bem próxima da estabelecida pela NBR 7190/97 que é 82,9 Mpa. Com a resistência obtida pelo segundo ensaio à compressão, foi dimensionada uma viga de seção 40x40 mm com as fórmulas de tensão à compressão e cisalhamento, oriundas da resistência dos materiais, conforme cálculos em anexo. Com base nas informações da tabela 04 percebe-se que os valores do rompimento medidos no teste da viga em relação ao calculado, apresentaram um aumento de 15,91% para o carregamento de 20 Kgf e 11,53% em relação ao carregamento de 40 kgf. Esta diferença é atribuída a metodologia de cálculo, pois foi adotada apenas a parcela do momento fletor que é a mais relevante na equação do PTV. Segundo Süssekind (1980), a parcela da cortante pode ser desprezada em presença das demais, exceto em casos de vãos muito curtos ou cargas muito elevadas. E a parcela do esforço normal também pode ser desprezada, exceto em arcos, escoras, tirantes, barras de treliças etc. As vigas V1, V2 e V3 foram cortadas da mesma peça de madeira uma ao lado da outra e no mesmo dia. A viga V1 que foi ensaiada no mesmo dia do corte apresentou uma resistência à ruptura 66,67% maior que as vigas ensaiadas 7 e 8 dias posteriores ao corte. As vigas V1 e V2 ficaram expostas a condições naturais sem nenhum tipo de proteção. No dia do ensaio destas vigas, pôde-se perceber a olho nu várias rachaduras que anteriormente não faziam parte das vigas, conforme a figura 03. Segundo Jankowsky (1990), na secagem as rachaduras superficiais aparecem quando as condições são muito severas, ou seja, baixas umidades relativas que provocam a rápida secagem das camadas superficiais. A ruptura abaixo do esperado é atribuída às rachaduras que surgiram nas vigas, advindas das más condições de estocagem do material, onde a mesma perdeu as suas características mecânicas iniciais. Estas pequenas fissuras agravaram a ruptura das duas últimas vigas, quando as mesmas foram submetidas a carregamentos próximos ao dimensionado para o ELU. Figura 01: Vigas V1 no dia do ensaio Figura 02: Vigas V2 e V3 no dia do ensaio Fonte: Alunos Eng.Civil UEMASUL Fonte: Alunos Eng.Civil UEMASUL CONCLUSÕES Quando analisamos os valores apresentados para a viga dimensionada (deslocamentos e testes de compressão), verifica-se por análise estatística, que a viga para os dados utilizados no primeiro ensaio à compressão obtivemos uma média de 79,30 Mpa, vide tabela -1, pois a madeira em primeira analise consistia de uma umidade muito alta a qual não foi possível investigar em laboratório, e segundo os cálculos a, seção transversal encontrada para esse primeiro momento foi de (40x40mm) seção a qual a madeira só rompeu com uma carga de 100kg e a carga para colapso estabelecida para o experimento era de 80kg com tolerância +/ - de 35%, ainda sim o índice de confiança não era satisfatório pois no segundo teste de compressão dos corpos de provas obtivemos uma média de 81,13 Mpa, (vide tabela-3), que até então era o mais próximo estabelecido pela norma ABNT-7190 que é de 82,9 Mpa para a madeira utilizada, porem o advento está nos dias que se passaram do primeiro teste de ruptura para o segundo, as propriedades da madeira se modificaram devido a fatores naturais, a umidade que era alta aparentemente baixou e no teste de ruptura com novos dados calculados com seção transversal de (40x40mm) a viga rompeu com 60 kg ,uma diferença considerável para o primeiro teste, porém, com a mesma discrepância propiciada com o teste de 100kg . Portanto, de maneira geral, conclui-se que temos diferenças estatisticamente significativas entre as diferentes seções transversais para as variáveis estudadas neste trabalho, nos mostrando que uma viga quando bem dimensionada, com poucas perdas das propriedades naturais da madeira e com um bom estudo de teste de compressão e de teor de umidade na madeira adotada, pode ser dimensionada uma viga de madeira para o rompimento a compressão desejada com dados mais confiáveis. REFERÊNCIAS Associação Brasileira de Normas Técnicas: Projeto de Estruturas de Madeira - NBR 7190/97. São Paulo - ABNT - 1997. Calil Junior, C.; Lahr, F. A. R.; Dias, A. A. Dimensionamento de Elementos Estruturais de Madeira; São Paulo: Manole, 2002. Gesualdo, Francisco A. Romero. Estruturas de madeira - Notas de Aula. Uberlândia-MG, Laboratório de Madeiras e de Estruturas de Madeira - UFB, 2003. Jankowsky, Ivaldo P. (1990). Fundamentos de secagem de madeira. Universidade de São Paulo, Piracicaba – SP. Kuklík, P. (2008a). History of timber structures. In Handbook 1 – Timber structures, 1-14, Leonardo Da Vinci Pilot Projects, Praga (República Checa). Pfeil, W. (2003). Estruturas de Madeira. Livros Técnicos e Científicos Editora, SA, Rio de Janeiro (Brasil). R.N. White, P. Gergely e R.G. Sexsmith, Structural Engineering – Combined Edition – Vol. 1: Introduction to Design Concepts and Analysis – Vol. 2: Indeterminate Structures, John Wile y & Sons, New York, 1976. Süssekink, José Carlos. Curso de análise estrutural, volume 2, 4ª edição, editora Globo, Porto Alegre 1980. T. R. Tauchert, Energy Principles in Structural Mechanics, McGraw-Hill, New York, 1974. Winter, Wolfgang. Economical and ecological aspects os multistory timber building in Europe. in: 5th World Conference of Timber Engineering, August 17-20, V.I, Montreux, Switzerlnd, 1998. 664-668p.
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