Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
@ENFALANA @ENFALANA Assistência de Enfermagem na CONCEITO Termo geral que designa um conjunto de psicoses endógenas cujos sintomas fundamentais apontam a existência de uma dissociação da ação e do pensamento, expressa em uma sintomatologia variada, como delírios persecutórios, alucinações, experiências auditivas, labilidade afetiva, etc. A esquizofrenia é um transtorno mental que se inicia, geralmente, no fim da adolescência ou início da idade adulta. As síndromes psicóticas caracterizam-se por sintomas como alucinações e delírios, pensamento desorganizado e comportamento claramente bizarro, como fala e risos imotivados. Delírio: Perdem a capacidade de discernir a verdade do erro, distinguir qualidades, e utilizar a lógica para validar ou refutar sentenças – Alteração do juízo Alucinação: Percepção de um objeto, sem que este esteja presente, sem o estímulo sensorial respectivo. Ilusão: Percepção errônea de um estímulo que está presente no ambiente. Na ilusão há o estímulo, mas este é percebido de forma distorcida. SINTOMAS Sintomas baseados no psiquiatra Kurt Schneider: Sintomas de primeira ordem (positivos) Sintomas de segunda ordem (negativos) POSITIVOS (primeira ordem) São manifestações novas, floridas e produtivas do processo esquizofrênico. Refletem o excesso ou distorções de funções normais e incluem: Delírios (distorções ou exageros do pensamento) Alucinações (da percepção) Discurso desorganizado (da linguagem e comunicação) Comportamentos desorganizados ou catatônicos (incapacidade ou descontrole nos movimentos, agitação psicomotora) Exemplos Percepção delirante: Uma percepção absolutamente normal recebe uma significação delirante, que ocorre de modo simultâneo ao ato perceptivo, em geral de forma abrupta, como uma espécie de “revelação”. Alucinações auditivas características: São vozes que comentam e/ou comandam a ação do paciente. Eco do pensamento ou sonorização do pensamento: O paciente escuta seus pensamentos ao pensa-los. Difusão do pensamento: Neste caso, o doente tem a sensação de que seus pensamentos são ouvidos ou percebidos claramente pelos outros, no momento em que os pensa. Roubo de pensamento: Experiência na qual o indivíduo tem a sensação de que seu pensamento é inexplicavelmente extraído de sua mente, como se fosse roubado. Vivências de influência na esfera: Corporal: São experiências nas quais o paciente sente que uma força ou um ser externo age sobre seu corpo, sobre seus órgãos, emitindo raios, influenciando as funções corporais, etc. Ideativa: Referem-se à experiência de que algo influencia seus pensamentos, o paciente recebe pensamentos impostos de fora, pensamentos feitos, postos em seu cérebro, etc. ESQUIZOFRENIA ESQUIZOFRENIA @ENFALANA @ENFALANA NEGATIVOS (segunda ORDEM) Caracterizam-se pela perda de certas funções psíquicas (na esfera da vontade, do pensamento, da linguagem, etc.) e pelo empobrecimento global da vida afetiva, cognitiva e social do indivíduo. Embotamento do afeto: Restrições na amplitude e intensidade da expressão emocional; Alogia: Falta de conteúdo pessoal em discurso e conversa, na fluência e produtividade do pensamento-respostas vazias) Avolição: incapacidade de iniciar ou persistir em atividades dirigidas a objetivos. Retração social Negligência quanto a si mesmo Lentificação e empobrecimento psicomotor. Exemplos Perplexidade Alterações da sensopercepção (excluindo aqueles de primeira ordem) Vivências de influência no campo dos sentimentos, impulsos ou vontade Vivência de empobrecimento afetivo Intuição delirante Alterações do ânimo (depressivo ou maniatiforme) *São menos importantes para o diagnóstico de esquizofrenia. *Apenas nos quadros no quais outros aspectos e a história clínica indicam esquizofrenia, eles devem ser considerados contributivos para tal diagnóstico. SUBTIPOS – ESQUIZOFRENIA 1. Forma catatônica: marcada por alterações motoras, hipertonia, flexibilidade cerácea e alterações da vontade, como negativismo, mutismo e impulsividade. 2. Forma paranoide: caracterizada por alucinações e ideias delirantes, principalmente de conteúdo persecutório. 3. Forma hebefrênica: caracterizada por pensamento desorganizado, comportamento bizarro e pueril (infantil) 4. Forma simples: Não possui sintomas característicos no qual, porém, observa-se um lento e progressivo empobrecimento psíquico e comportamental, com negligência quanto aos cuidados de si, embotamento afetivo e distanciamento social. DIAGNÓSTICO O psiquiatra, diante de um quadro que leva à hipótese diagnóstica de esquizofrenia, analisa as circunstâncias clínicas e psicossociais e realiza extensa investigação através de exames como: Hemograma Dosagens de eletrólitos Glicose e lípidios sanguíneos Teste das funções hepática, renal e tireoideana Sorologias para HIV Hepatite e sífilis Triagem toxicológica na urina para avaliar o uso recente de drogas. Pode recorrer à tomografia computadorizada e à ressonância magnética para diferenciar entre a esquizofrenia e um quadro cerebral orgânico. PARANOIA Caracteriza-se por um delírio geralmente organizado e sistematizado, às vezes com temática complexa, que permanece como que “encistado”, “cristalizado”, em um domínio da personalidade do doente, sem comprometer todo o resto. Ocorrência > 40 anos. @ENFALANA @ENFALANA Geralmente tem curso crônico e estável. ESQUIZOFRENIA TARDia – PARAFRENIAS São formas de psicose esquizofreniforme, de aparecimento tardio, em que surgem delírios, em geral acompanhados de alucinações, mas nas quais, semelhantemente à paranoia, há relativa preservação da personalidade do doente. Ocorrência > 45 ou 50 anos. Geralmente tem curso crônico e estável. TRATAMENTO FASE AGUDA Regime ambulatorial ou de internação (hospital dia ou integral) Objetivo proteger o paciente e diminuir a sintomatologia Deve ter a menor duração possível O tratamento neuroléptico é indicado a todos os pacientes nesta fase FASE DE MANUTENÇÃO O resultado obtido na fase aguda da doença determina o planejamento e as expectativas do tratamento de manutenção. Nesta fase, as metas principais são a profilaxia de recidivas ou novos surtos e a reabilitação do paciente. DIRETRIZES DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Compartilhar