Qualificação das Relações Sociais em Espaços Públicos

Prévia do material em texto

· Pergunta 1
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Chamamos de cenas da vida encastelada em “certezas” as ritualizações cotidianas em regiões que estão fechadas para a comunicação e o aprendizado. Dito isto, assinale a alternativa que contenha a superação dessa ideia:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
A ampliação da visão dos mundos invisíveis oferece-nos uma via de entrada nas relações do ser humano com a imensidão do universo que lhe transcende, não apenas humanizando-o, mas tornando-o possível em meio aos demais seres.
	Respostas:
	a. 
O que estamos denominando rituais são os códigos inovadores, sempre desconhecidos, opostos às tradições.
	
	b. 
Os discursos políticos, feitos com “imagens” simplistas, pelas redes sociais, são rejeitados pela sociedade, que desconfia sempre de que se trate do “real”, de fato.
	
	c. 
A questão da violência e da sensação de violência alegadas para a retração da vida em espaços públicos, nada tem a ver com as interações sociais cotidianas.
	
	d. 
A ampliação da visão dos mundos invisíveis oferece-nos uma via de entrada nas relações do ser humano com a imensidão do universo que lhe transcende, não apenas humanizando-o, mas tornando-o possível em meio aos demais seres.
	
	e. 
Não há metafísica do humano ou das relações com o plano divino que ajude a explicar a vida social, pois não precisamos de mistério para compreender o ser humano.
	Feedback da resposta:
	Resposta: D
Comentário: A alternativa correta supõe os níveis mais elementares da lógica, da certeza, portanto, a partir de considerações dos mistérios que vão além das certezas que as confrontam. Na aula falou-se de Maurice Merleau-Ponty.
	
	
	
· Pergunta 2
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	As máximas do senso comum, de acordo com as crenças em padrões de sucesso comumente aceitos, são reflexo da ambiguidade com que nos colocamos nos espaços públicos. Máximas, como:
“Não dê esmolas; dê esmolas”!
“Não fale com estranhos”! “Seja amável”!
“Não use celular na rua; vão roubar”! Compre o último modelo!
“Não use roupas ‘extravagantes’ ou chamativas”! “Seja você mesmo”!
Considerando tais contradições e ambiguidades (inerentes à nossa cultura do consumo e do medo), assinale a alternativa que confirme e interprete tais temores/desejos:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
Nas ruas e nas calçadas há luta diária contra a convivência, o convívio, cuja forma não se vislumbra fora do campo dos desejos infantis e das utopias políticas, laicas e religiosas.
	Respostas:
	a. 
As relações sociais estão assentadas nos egos irracionais dos sujeitos, pois as soluções estariam nas puras emoções.
	
	b. 
Situações de interação são expressões “sem vida”, opacas, das motivações culturais; não servem para entender a coexistência.
	
	c. 
Nos ambientes públicos haveria apenas lugar para a normalização das subjetividades.
	
	d. 
Nas ruas e nas calçadas há luta diária contra a convivência, o convívio, cuja forma não se vislumbra fora do campo dos desejos infantis e das utopias políticas, laicas e religiosas.
	
	e. 
Ninguém está a salvo da violência nas cidades.
	Feedback da resposta:
	Resposta: D
Comentário: A alternativa D está correta, pois apresenta as contradições entre a busca pelo convívio e as práticas contrárias, bem como a ideia de desejo e utopias, reconhecendo o lugar da imaginação, da criatividade e do desejo na estruturação de novos formatos de sociedade (ambiguidade).
	
	
	
· Pergunta 3
0 em 0,5 pontos
	
	
	
	Considerando o tema da qualificação das relações sociais, a exposição de situações de interação pública, como aquelas dos faróis excessivamente altos nas estradas e ruas, ou mesmo aquela dos usos inadequados das buzinas em logradouros públicos, pode nos servir para entender que:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	 [Sem Resposta]
	Respostas:
	a. 
As interações são sempre calcadas em incômodos recíprocos.
	
	b. 
O entendimento dos problemas que enfrentamos em nossas interações pode nos ajudar a superar tais percalços em direção a relações de maior qualidade social.
	
	c. 
As pessoas não servem para conviver umas com as outras.
	
	d. 
O trânsito está cada vez pior.
	
	e. 
A tecnologia nada tem a ver com a qualidade de vida ou o teor dos problemas sociais.
	
	
	
· Pergunta 4
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	As “faixas de pedestres” são perfeitas como laboratório para entender as relações complexas em meio público. Assim, aponte a alternativa correta no que diz respeito à qualificação das relações sociais.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
As faixas de travessia poderiam ser um espaço de entrosamento e de tomada de consciência da condição social dos seres humanos, quer a pé ou como motoristas, desse modo, superando a condição de “armamento” dos veículos.
	Respostas:
	a. 
É possível perceber as formas de ocupação e usos do espaço urbano por meio do fluxo interposto de veículos e pedestres nas ruas, nas localidades das faixas de travessia; porém, não há como alterar esses padrões.
	
	b. 
Faixas de travessia não podem servir para algo mais do que atravessar as ruas e rodovias.
	
	c. 
As faixas de pedestres nos mostram que há uma guerra no espaço público.
	
	d. 
Os espaços urbanos são lugares perfeitos para estudar as vias públicas.
	
	e. 
As faixas de travessia poderiam ser um espaço de entrosamento e de tomada de consciência da condição social dos seres humanos, quer a pé ou como motoristas, desse modo, superando a condição de “armamento” dos veículos.
	Feedback da resposta:
	Resposta: E
Comentário: A alternativa correta apresenta as possiblidades didáticas da situação de interação problemática, colocando os “envolvidos” em diálogo (qualificando a copresença).
	
	
	
· Pergunta 5
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Como nossa questão é trazer a convivência para o centro do cenário social, tornar as regiões abertas, então:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
Grafites, pichações, bem como os “rolezinhos”, como marcas que aparecem, são oportunidades científicas, acadêmicas, de decifração de relações conflitantes de importância.
	Respostas:
	a. 
Não se deve ficar preso a considerações sobre o território, pois as cenas apresentadas em aula não apresentam marcas de territorialidade.
	
	b. 
A tomada do espaço e do tempo pelo grafite, mas também pela pichação, são apenas vandalismo; não dizem nada.
	
	c. 
Estudar o “rolezinho” já foi demonstrado que é perda de tempo para as ciências sociais.
	
	d. 
Grafites, pichações, bem como os “rolezinhos”, como marcas que aparecem, são oportunidades científicas, acadêmicas, de decifração de relações conflitantes de importância.
	
	e. 
Os lugares fechados para quem é de fora e fechados por dentro, com códigos próprios, são fundamentais para a melhoria da cidade e das relações sociais.
	Feedback da resposta:
	Resposta: D
Comentário: A alternativa D é correta, pois responde ao apelo do enunciado para a qualificação dos espaços.
	
	
	
· Pergunta 6
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Segue trecho da pesquisa de Rosana Pinheiro-Machado e Lúcia Scalco, baseada em uma etnografia do “rolezinho”:
“A apropriação de espaços símbolos hegemônicos, desde Mitchell até Newell, passando por Bhabha, Rouch e Ferguson, nos mostra uma permanente tensão na apropriação que tenta resolver a brutal violência que está por trás desse ato. O meu lado otimista não nega o que esses jovens nos disseram: do prazer que sentem em se vestir bem e circular pelo shopping para SEREM VISTOS. Meu lado pessimista tende a concordar com Ferguson de que há menos subversão política e mais um apelo desesperador para pertencer à ordem global. É preciso entender o ‘rolezinho’ dentro de uma perceptiva do Sul Global de séculos de violência praticada na tentativa de produzir corpos padronizados, desejáveis e disciplinados [...].”
PINHEIRO-MACHADO, Rosana. Etnografia do “rolezinho”. Carta Capital, 30 dez. 2012.
O que podemos fazer de útil à sociedade a partir de pesquisas como essas?
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
Devemos confrontar os diferentes usos das cidades para superar os problemas dos lugares “herméticos” (fechados)aos de fora, fechados por dentro, com códigos próprios.
	Respostas:
	a. 
Devemos confrontar os diferentes usos das cidades para superar os problemas dos lugares “herméticos” (fechados) aos de fora, fechados por dentro, com códigos próprios.
	
	b. 
Cada fração da população deve ocupar seus lugares de origem.
	
	c. 
Uma cidade não é pública, mas dos proprietários particulares.
	
	d. 
As práticas descritas são todas revolucionárias, em todas as ocasiões.
	
	e. 
Não se pode querer bagunçar os espaços públicos.
	Feedback da resposta:
	Resposta: A
Comentário: Sim, podemos aproveitar essas experiências e pesquisas para criar aproximação ao invés de afastamento.
	
	
	
· Pergunta 7
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Considerando as interações sociais nos espaços urbanos, aponte a alternativa que apresente soluções para os problemas de convivência.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
O projeto de humanidade somente pode se realizar à medida que qualifiquemos, incessantemente, as relações sociais, nossos contatos, pois, como não nascemos humanos, devemos seguir na construção desse objetivo.
	Respostas:
	a. 
A baixa qualidade de interações sociais é decorrência de pouco investimento governamental em shoppings centers.
	
	b. 
A urbanidade, a convivência, a sociabilidade, são decorrência natural das vivências individuais.
	
	c. 
As cenas ou as situações comentadas expressam apenas maneiras de cada um viver a cidade, sem que outra leitura seja possível.
	
	d. 
As situações que foram trazidas como sintomas mostram alta qualidade de convívio social.
	
	e. 
O projeto de humanidade somente pode se realizar à medida que qualifiquemos, incessantemente, as relações sociais, nossos contatos, pois, como não nascemos humanos, devemos seguir na construção desse objetivo.
	Feedback da resposta:
	Resposta: E
Comentário: A alternativa correta apresenta a ideia de melhoria da qualidade das interações como projeto ininterrupto.
	
	
	
· Pergunta 8
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Assinale a alternativa que apresente a essência das cenas da “vida escondida”, apresentadas na aula:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
A denominação “vida escondida” remete a interações frágeis entre indivíduos que se fecham em suas tarefas ou atividades em geral, evitando o outro.
	Respostas:
	a. 
A denominação “vida escondida” remete a interações frágeis entre indivíduos que se fecham em suas tarefas ou atividades em geral, evitando o outro.
	
	b. 
A vida de cada um já acontece em termos de convivência, pois os seres humanos são naturalmente sociáveis e amistosos.
	
	c. 
Os contatos nas redes sociais são equivalentes às interações face a face.
	
	d. 
Não há ambiguidade entre exposição e inibição, pois todos temos que sair de casa para desempenhar as atividades.
	
	e. 
As cenas apresentam temas sem interesse acadêmico algum.
	Feedback da resposta:
	Resposta: A
Comentário: Sim, tais cenas têm, em síntese, esses aspectos, pois não são, absolutamente, nem de fuga nem de exposição; são ambas as coisas.
	
	
	
· Pergunta 9
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	O que têm em comum as cenas apresentadas de “afastamento e esquiva”?
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
As cenas expressam formas de viver bastante problemáticas, muito distantes do projeto humano (político) de conviver.
	Respostas:
	a. 
Expõem interações cujas opções individuais são bastante politizadas.
	
	b. 
As cenas foram mostradas com a simples intenção de criticar hábitos.
	
	c. 
A exposição desmedida em nossa sociedade é uma causa dos problemas, não sintoma.
	
	d. 
Por trás das aparências de egoísmo, escondem-se relações virtuosas.
	
	e. 
As cenas expressam formas de viver bastante problemáticas, muito distantes do projeto humano (político) de conviver.
	Feedback da resposta:
	Resposta: E
Comentário: Afastar-se e esquivar-se são aspectos a serem superados, problemas a serem encarados para o encaminhamento de interações politicamente empenhadas em melhorias psicossociais.
	
	
	
· Pergunta 10
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Assinale a alternativa que corrobore a importância dos “rituais cotidianos” de nossas interações.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
As interações sociais são expressões de conhecimento e crenças, isto é, têm um movimento que relaciona cultura e inovações.
	Respostas:
	a. 
Rituais são próprios das situações e das práticas religiosas.
	
	b. 
A vida social não se desdobra com base em tradições e suas confirmações.
	
	c. 
As relações sociais saudáveis negam as tradições.
	
	d. 
A cultura de uma sociedade depende de inovações permanentes, movimento contrário ao cultivo das tradições.
	
	e. 
As interações sociais são expressões de conhecimento e crenças, isto é, têm um movimento que relaciona cultura e inovações.
	Feedback da resposta:
	Resposta: E
Comentário: Os rituais sociais (cotidianos) são encontro de razão com emoção, portanto, são as ideias de que fala José Ortega y Gasset, evocadas no enunciado.
	
	
	
Segunda-feira, 22 de Março de 2021 22h46min16s GMT-03:00