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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO UNEC / EAD DISCIPLINA: MINERALOGIA NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 17/62 Professor: Sérgio Alves dos Reis – sergio.ead.unec@gmail.com 4.1.4. Não-metais nativos Estes são fundamentalmente referentes ao enxofre e ao carbono, estando es- tes na forma de diamante ou grafita. Em contato com oxigênio pode reagir e formar óxidos, quando estes óxidos regem com o íon H+, como exemplo o ácido sulfúrico, este principal formador da chuva acida. A chuva acida tem sua formação dada pela presença de dióxido de carbono dissolvido na atmosfera assim formando o ácido carbono, ionizando formando o íon bicarboneto e liberando H+, este por sua vez vai reagir com os óxidos de enxofre e nitrogênio, que são poluentes primários, como consequência formando os ácidos sulfúrico e nítrico. (BAIRD, 2002). Ainda segundo Baird (2002), a indenidade química existente entre o diamente e a grafita e seus contrastes físicos, decorre do polimorfismo. O diamante apreenta átomos de carbono unidos por ligações covalecentes e que confere ao diamante grande dureza e propriedades de isolante elétrico. A grafita porém, a cada quatro átomos de carbono, três estão unidos por ligações covalentes, um desses fica livre criando uma carga elétrica conferindo a grafita boa condutividade elétrica. A união dessas camadas de grafita se dá por uma ligação denominada de van der Waals, conferindo assim uma boa clivagem. 4.2. CLASSE DOS SULFETOS Segundo a EEEP (2015), ao iniciar o es- tudo da classe dos sulfetos, onde os trabalhos apresentam-se em características mais sistemá- ticas relacionados a uma identificação macros- cópica, será necessário aos trabalhos sempre o uso de equipamentos específicos como lupa, imã, placa de porcelana e canivete. A classe dos sulfetos apresenta grande importância por apresentar um nume- ro elevado de minerais minérios. A fórmula geral dessa classe pode ser dado como , onde inclui os elementos não metálicos e os elementos não metálicos. CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO UNEC / EAD DISCIPLINA: MINERALOGIA NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 18/62 Professor: Sérgio Alves dos Reis – sergio.ead.unec@gmail.com Alguns dos minerais classificados como sulfetos serão listados a seguir (EEEP, 2015). 4.3. CLASSE DOS ÓXIDOS Compostos binários com formação dada pela ligação entre dois elementos químicos onde necessariamente um deles deve ser o oxigênio, um dos elementos mais eletronegativo. Os óxidos ácidos, também conhecidos como anidridos, tem sua formação geralmente por não metais e apresentam ligação covalente, sua origem se da a partir da reação com a água, a exemplo do ácido sulfúrico ( H2SO4 ) que se forma a partir do trióxido de enxofre ( SO3 ) em presença de água (NETO, 2014). Ainda segundo Neto (2014), também existe o agrupamento dos chamados óxidos neutros, formados por não metais dotados de ligação covalente que não rea- gem com a água, ácido ou base. Os óxidos podem ser básicos, mas isso quando o metais presente em sua formulação apresentar varga positiva (+1 e +2) reagindo com bases e conduzindo a formação de um sal, como exemplo o hidróxido de cálcio ( (OH2)). Ocorrem na natureza também os óxidos antóferos, os duplos ou mistos e os chamados perióxidos. Neto (2014) afirma ainda que, os óxidos em sua grande maioria, apresentam grande valor econômico, entre eles o que mais destacam são os óxidos de ferro, sendo o Brasil o detentor de grandes jazidas (5° maior concentração mundial) e estas em exploração desde o século XIX, sendo o Brasil um dos maiores exportadores mundi- ais. O centro principal de produção é o Quadrilátero Ferrífero (Minas Gerais), que representa aproximadamente 75% da produção nacional, seguido pela Serra de Ca- rajás (PA) e do maciço do Urucum (MS). CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO UNEC / EAD DISCIPLINA: MINERALOGIA NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 19/62 Professor: Sérgio Alves dos Reis – sergio.ead.unec@gmail.com 4.4. CLASSE DOS CARBONATOS Grupo formado por minerais à base de carbono, sempre presentes nas rochas do tipo calcário e dolomitos, e fundamentalmente nas formações de rochas originari- as da biogênica em que o gênese encontra-se vinculado ao carbonato de cálcio pre- cipitado de exoesqueletos de moluscos ou recifes coralíneos, fundamentalmente. As rochas calcarias formadas por reunião mineralógicas, são as que se encontram sus- cetíveis de “casrtificação”, ou seja, que estão sujeitos a dissolução química na presença da água contendo elementos ácidos, uma exemplo são os ácidos carbônicos (H2CO3), ou o acido sulfúrico (H2SO4) (PILÓ, 2000). Esses processos de dissolução geram for- mações peculiares como cavernas, vales subterrâneos e depressões de intemperismo. Neto (2014) diz que, a constante inci- dência no sistema de águas com a presença enriquecida de ácidos com grande poder de dissolução pode levar a rocha a um processo de solubilização completa com a ocorrência de cavidades com tamanhos variados a partir da ação nas descon- tinuidades (falhas e juntas) da rocha. Nessas rochas, minerais como a calcita e a dolomita são rapidamente solubilizados, restando uma pequena fração insolúvel, quase sempre inferior a 10%, representada por SiO2, Al2O3 e Fe2O3. Ainda de acordo com Neto (2014), algumas descrições silicáticas, como exemplo os arenitos e quartzitos, estão sujeitos a dissolução química com alterações que podem gerar formas cársticas como as cavernas formadas nos quartzitos presentes na região de Carrancas e Conceição do Ibitióca, sul de Minas e Zona da Mata. A calcita, ou carbonato de cálcio esta entre os carbonatos mais comuns que se cristaliza em um sistema hexagonal, esses podem apresentar hábitos prismáti- cos, romboédrico ou escalenoédrico, apresentando uma perfeita clivagem e seu bri- lho vítreo a terroso, as cores mais comuns são as brancas a incolor, embora possa apresentar tons coloridos (NETO, 2014). Para Dana (1981), os carbonatos podem ser arranjados de uma forma simé- trica em agrupamento conforme os citados a seguir.
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