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INTRODUÇÃO Elemento Químico é um conjunto formado por átomos que possuem o mesmo número de prótons em seu núcleo, isto é, o mesmo número atômico (Z). Cada elemento é reconhecido por um símbolo. O ouro, por exemplo, tem símbolo Au e o Mercúrio é o Hg. A Tabela Periódica traz uma enorme quantidade de elementos químicos. A maioria dos elementos são encontrados na natureza e são conhecidos como elementos naturais. Alguns elementos cujos átomos são criados artificialmente, em laboratórios, são chamados de elementos sintéticos. O processo de criação desses elementos é conhecido como síntese. Todos os elementos químicos possuem número atômico, massa atômica, ponto de fusão e ponto de ebulição. No total de 118 elementos, mais de 90 deles são elementos naturais e o restante são produzidos de forma artificial. Os elementos são distribuídos na Tabela Periódica, seguindo em ordem crescente por seus números atômicos e de acordo com a semelhança de suas propriedades. O homem sempre tentou identificar os elementos químicos de alguma maneira. Os alquimistas, por exemplo, representavam o ouro pelo símbolo do sol e a prata pelo símbolo da lua. Não importa se o elemento químico é natural ou sintético, existe sempre um símbolo atrelado a ele. Nos dias de hoje, os símbolos seguem critérios internacionais, o que permite que um elemento químico da Tabela Periódica seja identificado em qualquer lugar do mundo, independente da língua ou alfabeto. Em outras palavras, o símbolo dos elementos químicos passou a ser universal. O padrão adotado para a escolha da simbologia é sempre baseado no nome do elemento em latim com sua letra inicial em maiúscula, seguido, se houver necessidade, de uma segunda letra, dessa vez minúscula. Na Química Descritiva estuda-se a ocorrência dos elementos na natureza, os locais onde podem ser encontrados, o estado físico em que se apresentam e suas combinações químicas mais comuns. Estuda-se também os processos usados para obtenção dos elementos, a partir de fontes naturais e como são fabricadas algumas substâncias de grande interesse industrial e comercial. Tem-se como objetivo do trabalho, pesquisar sobre elementos da tabela periódica, abordando sua obtenção, modos de recuperação, histórico e suas principais aplicações. O Hidrogênio O hidrogênio não está associado a nenhum grupo na tabela periódica. As vezes ele é colocado no início dos metais alcalinos por possuírem a mesma configuração do elétron de valência. O hidrogênio não é um metal sob condições normais, ou seja, para ser considerado um metal, precisaria ser submetido a altas pressões. Porém seria mais coerente se ele fosse um elemento do grupo 7A, pois ele tende a ganhar elétrons, como se fosse um halogênio, que requer um elétron para completar sua camada de valência. Existem três tipos de isótopos de hidrogênio, que são: o hidrogênio (¹H), o deutério (D, ²H), e o trítio (T, ³H), e que apresentam nomes distintos, diferença significativa em suas massas, diferenças nas propriedades físicas que derivam da massa, assim como, as velocidades de reações de clivagem de ligação. Essas diferentes propriedades tornam-se úteis como traçadores, que nada mais são isótopos que podem ser seguidos por diversas reações, como por exemplo, a espectroscopia infravermelha (IV) ou RMN. O isótopo ¹H é o mais leve e mais abundante, o deutério possui abundancia variável, cerca de 0,016%. O trítio, é radioativo, que decai pela perda de partícula β, que produz um isótopo raro e mais estável. As propriedades físicas e químicas são semelhantes, mas o mesmo não é verdadeiro, o H é substituído por D, porque a massa do átomo é duplicada. Ao detectar o efeito isotópico cinético pode ajudar a manter o mecanismo da reação proposto, porque as velocidades das reações são diferentes, onde há processos de quebra de ligação, ou formação ou rearranjos. Este efeito cinético é observado quando um H é transferido de um átomo ao outro em um complexo ativo. Quando ocorre a transferência, que é o efeito na velocidade, chamamos de efeito isotópico primário. Isto é, a transferência do H, é dez vezes maior que a transferência do átomo D. Já o efeito isotópico secundário ocorre quando o H não é transferido. O isótopo que apresenta maior peso resulta em menor frequência, pelo fato de que as frequências de transições entre os níveis vibracionais dependem da massa atômica, que influência a substituição de D por H. Isso ajuda a determinar se uma transição infravermelha envolve movimento significativo do hidrogênio. O núcleo do hidrogênio tem seu spin I = 1 2 , utilizado em RMN (os núcleos do D e T são 1 e 1 2 ). A utilização do RMN de próton ajuda a identificar a presença de átomos de H em um composto, ou então se o hidrogênio está ligado, isso pelo deslocamento ou o acoplamento spin-spin com outro núcleo. Hidretos metálicos são compostos que o hidrogênio forma com metais, e apenas os compostos do Grupo 1e 2 são considerados como contendo íon hidreto, H¯, por serem altamente eletropositivos. Assim, quando esses compostos são combinados com compostos eletronegativos, identificados a direita da tabelo periódica, a ligação E-H é identificada como polar e covalente, quando o H carrega uma carga positiva muito pequena. Os ácidos fortes possuem sinais de RMN de próton desprotegidos, por sua eletronegatividade, o hidrogênio é designado ao número de oxidação – 1: combinações relacionadas a metais e +1 quando relacionados a não metais. Para formar um plasma que contenha uma quantidade significativa de 𝐻 , 𝐻+, 𝐻2 + e 𝐻3 +. O cátion de hidrogênio livre (𝐻+, o próton), por ter uma carga grande é considerado um ácido de Lewis forte. Já os cátions 𝐻2 + e 𝐻3 + não existem em solução, só existem em transição na forma gasosa. E também em alguns planetas como Júpiter, Urânio e Saturno que é encontrado nas auroras desses planetas. Aplicação industrial O hidrogênio molecular tem que ser produzido para satisfazer as necessidades da indústria, pois sua quantidade na atmosfera e no subterrâneo não é o suficiente. O principal processo de produção é a reforma a vapor, reação catalisada de água e hidrocarbonetos a altas temperaturas. O hidrogênio é usado com N2 para a produção de amônia, matéria prima para substância que contenham nitrogênio, plásticos e fertilizantes. Uma pesquisa realizada pela USP mostra a produção de hidrogênio a partir da vinhaça. “A vinhaça possui potencial para produção biológica de hidrogênio e metano devido à sua alta concentração de matéria orgânica e conteúdo nutricional, favorável ao crescimento microbiano”, declarou Ferraz. Assim, o tratamento anaeróbico apresenta vantagens, como o principal a recuperação de energia na forma de biogás (hidrogênio e metano). Outros ramos que o hidrogênio é usado na indústria, que são: a hidrogenação de gorduras e óleos, hidroalquilações, hidrossulfuração, fonte de energia para combustíveis em transportes, entre outros. A classificação de compostos de hidrogênio Veremos agora as principais tendências nas propriedades para a classificação dos compostos binários. É de se observar que há uma graduação de tipos estruturais, e que alguns compostos que se formam com o hidrogênio não se encaixam em nenhuma categoria, e que são divididos em três classes: Compostos moleculares: compostos binários de um elemento e hidrogênio na forma de moléculas individuais e discretas; Hidretos salinos: sólidos não voláteis, eletricamente não condutores e cristalinos; Hidretos metálicos: sólidos não estequiométricos e eletricamente condutores. Compostos moleculares Compostos moleculares de hidrogênio são comuns para os elementos eletronegativos dos grupos 13/III ao 17/VII, e exemplos incluem B2H6 (deficiente em elétrons), CH4 (número exato de elétrons), NH3 e H2O (ricos em elétrons), HF. ClassificaçãoOs nomes sistemáticos dos compostos moleculares de hidrogênio são formados a partir do nome do elemento e o sufixo - ano, como em fosfano para PH3. Os nomes não sistemáticos amônia e água são universalmente usados ao invés de seus nomes sistemáticos azano e oxidano. Assim podemos classificar os compostos moleculares em três categorias: Composto com número exato de elétrons: todos os elétrons de valência do átomo central estão envolvidos nas ligações; Composto deficiente em elétrons: há poucos elétrons para que possa ser escrita uma estrutura de Lewis para a molécula; Composto rico em elétrons: há mais pares eletrônicos no átomo central do que o necessário para a formação da ligação. • Os hidretos possuem o ponto de ebulição menor que dos calcolgenios porque os halogênios fazem menos ligações que os calcogênios (6A). • Existe uma relação direta entre o ponto de ebulição e a massa molar, pois quanto maior a massa de uma substância, maior será seu ponto de ebulição. • O HF, H2O e NH3 apresentam comportamento anômalo por causa das pontes de hidrogênio, que aumenta a interação das moléculas. • Todas as substâncias com ponto de ebulição abaixo de 0ºC são gasosas nas condições normais. Hidreto Salinos são insolúveis em solventes não aquosos comuns, mas eles dissolvem em haletos álcalis fundidos. A eletrólise destas soluções de sal fundido produz gás hidrogênio no ânodo: 2H− (fundido) → H2 + 2e − Esta reação fornece a química para a existência de H−. A reação de hidretos salinos com água é perigosamente vigorosa: NaH(s)+ H2O(l) → H2(g) + NaOH(aq) Realmente, hidreto de sódio finamente pode inflamar -se se for deixado posto a umidade. A reação entre hidretos metálicos e a água é empregada no laboratório para remover traços de água de solventes e de gases inertes, como o nitrogênio e o argônio: CaH2(g) + 2H2O(l) → Ca(OH)2(s) + 2H2(g) O hidreto de cálcio é preferido nesta aplicação porque ele é o mais barato dos hidretos salinos, e está disponível na forma granulada, que é fácil manusear. Hidretos metálicos Hidretos metálicos não estequiométricos são formados por todos os elementos do bloco d dos Grupos 3, 4 e 5 e pelos elementos do bloco f. Porém o único hidreto do Grupo 6 é o CrH. A maioria dos hidretos metálicos são condutores e possuem composição variável. Síntese dos compostos de hidrogênio Muitas das propriedades química dos compostos de hidrogênio podem estar relacionadas às tendências periódicas em suas estabilidades termodinâmicas e em suas polaridades. Além disso, as reações em cadeias radicalares menos previsíveis, mas importante, tem papel principal nas reações em fase gasosa do hidrogênio com o oxigênio e com os halogênios. Há três tipos de sintetizar compostos binários de hidrogênio: - Combinação direta dos elementos: 2E + H2(g) →2EH - Protonação de uma base de Bronsted: E− + H2O(aq) → EH + OH − - Metátese (dupla troca) de um haleto com um hidreto: E∓H− + EX → E∓X− + EH Amônia A amônia (NH3) é um dos produtos químicos mais importantes para o ser humano, sendo uma das cinco substâncias produzidas em maior quantidade no mundo. Sua importância está relacionada ao seu uso direto como fertilizante e por se constituir matéria-prima para a fabricação de outros fertilizantes nitrogenados. A amônia também é utilizada na produção de explosivos de plásticos. Em 1898, Sir William Ramsey (1852-1916) – o descobridor dos gases nobres – previu uma catástrofe para a humanidade: a escassez de fertilizantes nitrogenados para meados do século XX, o que provocaria uma redução desastrosa na produção de alimentos em todo o mundo. Na época, o nitrogênio era obtido de depósitos naturais de nitratos de sódio (NaNO3) e potássio (KNO3) ou de excrementos de aves marinhas (guanos). A catástrofe prevista por Ramsey não ocorreu graças ao trabalho de dois alemães: o químico Fritz Haber (1868-1934) e o engenheiro William Carl Bosch (1874-1940). Eles criaram um processo no qual conseguiram sintetizar a amônia a partir de seus elementos constituintes. Fritz Haber (1868-1934), Prêmio Nobel de Química em 1918 por ter desenvolvido um método eficaz de síntese da amônia. O processo criado por Haber permitiu que a Alemanha reduzisse consideravelmente o custo de fabricação de explosivos durante a primeira guerra mundial. Ele observou que a amônia, por oxidação, produz o ácido nítrico – essencial para a produção de pólvora. Apesar dos serviços prestados à pátria, Haber, por ser judeu foi perseguido pelos nazistas, tendo de fugir da Alemanha em 1933 para não ser morto por seus compatriotas. Fosfina, Arsina e Estibina A arsina e a fosfina são usadas na indústria de semicondutores para dopar o silício e preparar outros compostos semicondutores, como GaAs por decomposição de vapor químico. Essas reações de decomposição térmica refletem a energia de formação de Gibbs positiva desses hidretos. A síntese comercial de PH3, desproporcionamento de fósforo branco e solução básica: P4(s) + 3OH(aq) − + 3H2O(l) → PH3(g) + 3H2PO2(aq) − A arsina e a estibina podem ser preparadas de fotólise de compostos que contenham um metal eletropositivo em combinação com o arsênio e o antimônio: Zn3E2(s)+ 6H(aq) + → 2EH3(g) + 3Zn(aq) + (E= As, Sb) A fosfina e a arsina são gases venenosos que inflamam prontamente em contato com o ar. Sulfeto, seleneto e telureto de hidrogênio Na2E(s) + 2H(aq) + → 2Na(aq) + + H2E(g) A basicidade de Bronsted do H2S e dos membros mais pesados dessa série é desprezível em solução aquosa: assim, um solvente não-aquoso e um ácido forte são necessários para distinguir suas basicidades. Em adição aos compostos simples de hidrogênio de fórmula EH2 uma séria de poli sulfetos pode ser preparada pela protonação de um poli sulfeto metálico: Na2Sn + 2H(aq) + → 2Na(aq) + + H2Sn (n= 4 a 6) As moléculas de poli sulfetos de hidrogênio consistem de cadeias em ziguezague de átomos de S que são determinados na extremidade por átomos de H. Haletos de hidrogênio Os haletos de hidrogênio podem ser formados pela reação direta dos elementos em reação em cadeia radicalar. Como os halogênios mais leves (F e Cl2), a reação é explosiva sob uma gama ampla de condições. Porém todo HF comercial e a maioria do HCl é sintetizado pela protonação de íons haletos: CaF2(s) + H2SO4(aq) → CaSO4(s)+ 2HF(g) Esta reação não pode ser usada para a preparação de HI, porque o ácido sulfúrico concentrado oxida o produto a iodo; pode ser usada para preparar HBr se a concentração de H2SO4 foi controlada. OS METAIS DOS GRUPOS S E P Os elementos de transição encontram-se nos grupos 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12 da tabela periódica. A característica comum a esses elementos é o elétron de diferenciação alojado no sub nível tipo d ou f. Elétron de diferenciação é o último elétron que se adiciona à eletrosfera seguindo o diagrama de Linus Pauling. Quando o elétron de diferenciação está no sub nível d, temos elementos de transição simples ou externa. Quando está no sub nível f, temos elementos de transição interna. Entre os elementos conhecidos, 90 são metais. Todos ficam no lado esquerdo da tabela e possuem algumas propriedades comuns. São maleáveis, dúcteis, conduzem bem a eletricidade e o calor e apresentam brilho. Os metais são todos sólidos em condições ambientes, com exceção do mercúrio, e apresentam de 1 a 3 elétrons em sua camada de valência. Essa característica os faz doadores de elétrons nas ligações químicas que formam. METAIS DO BLOCO S Os metais presentes no grupo 1A e 2A da tabela periódica possuem algumas das substancias mais abundantes na crosta terrestre do nosso planeta, com exceção do lítio e berílio. (Edgard Blücher, 1999.) Os metais que constituem o grupo s são: Lítio (Li), Sódio (Na), Potássio (K), Berílio (Be), Magnésio (Mg), e Cálcio. A principal característicadesse grupo é ter em sua última camada um elétron, pronto para ser doado a algum elemento mais eletronegativo. (Griffiths, David. -1995). O Lítio é mais comumente encontrado na natureza como LiAl(SiO3)2 e sua extração é realizada por meio de um processo de eletrólise de LiCl + KCl fundido. O Sódio é encontrado na forma de Sal-gema, NaCl e nas águas do mar, e do mesmo modo do Lítio sua extração é feita por Eletrólise. A extração do potássio é utilizando sódio a 850°C a partir dos minerais Silvita e /ou de uma salmoura. O Berílio é encontrado na sua forma elementar na crosta terrestre, e na forma do mineral Be3AlSi6O18, sua extração é feita por eletrólise de BeCl2 fundido assim como o CaCl2 a partir de minerais de CaCo3. (PEDROSO, A. C. P., et al., 2007.) Reações Oxi-redução Os metais alcalinos são facilmente oxidados pois tem grande tendência a perder seu elétron da camada de valência, abaixo temos a reação do sódio com a água: Na(s) + H2O(l) Na+(aq) + OH-(aq) +H2(aq) Todos os elementos desse grupo reagem da mesma forma resultando em hidróxidos. Os Metais alcalinos terrosos reagem com a água da seguinte forma: M(S) + 2H2O(l) M+2(aq) +2(OH)-(aq) +H2(g) Os alcalinos terrosos reagem com facilidade com halogênios e formam sais iônicos e em reação com água formam hidróxidos. Apresentam dois elétrons no seu último nível de energia e há tendência de perdê-los transformando-se em íons bi positivos, M2+. (Edgard Blücher, 1999.) Reação Iônica X= Haletos M + X MX Ex: 2Na++ Cl2 2NaCl COMPLEXOS A maioria dos complexos de íons do bloco s surgem de interações coulombicas com doadores pequenos e duros, como os que possuem átomos de Oxigênio ou Nitrogênio. Portanto, os íons dos grupos 1 e 2 são classificados como quimicamente duros. Os complexos mais notáveis dos cátions do grupo 1 e dos metais pesados do grupo 2 (do cálcio ao bário) são formados por ligantes polidentados. Ligantes monodentados são fracamente ligados, devido às fracas interações coulombicas. Um detalhe a ser notado na clorofila, é a quantidade de ligações conjugadas. É a ressonância dessas ligações que dá à clorofila sua coloração esverdeada/amarelada. Outra classe importante de compostos formados pelos metais do bloco s são os organometálicos, que têm grande aplicação em sínteses orgânicas e inorgânicas. Dois exemplos familiares são os reagentes de Grignard, como o CH3MgBr, e o metil-lítio, Li4(CH3)4. OS METAIS DO BLOCO P Pode-se dizer que, ao contrário dos elementos no bloco d, os metais mais pesados do bloco p favorecem os estados de oxidação mais baixos. Nos metais do grupo 13, Tl, In, Ga e Al, o estado máximo de oxidação é facilmente atingido pelo Gálio Ga (III), mas não pelo Tálio, Tl (III). O último favorece o estado de oxidação +1. Essa tendência a favorecer um estado de oxidação 2 unidades menor do que o do resto do grupo também ocorre nos grupos 14 e 15, e é um exemplo do efeito do par inerte. O efeito do par inerte é atribuído às baixas entalpias de ligação M – X para os elementos pesados do bloco p, e o fato de que eles requerem menos energia para oxidar um elemento a um baixo EOx do que a um alto EOx. Essa energia deve ser fornecida por ligações iônicas ou covalentes, de modo que, se a ligação com um elemento em particular é fraca, um estado de oxidação maior pode ser inacessível. Os estados de oxidação mais comumente encontrados para os três elementos mais pesados nesses grupos são: Tl(I), Pb(II) e Bi(III). Os compostos contendo esses elementos nos estados de oxidação de seus grupos, Tl (III), Pb (IV) e Bi (V) são facilmente reduzidos. Ocorrência e obtenção As abundâncias dos metais do bloco p na crosta terrestre variam largamente, desde o alumínio – terceiro elemento mais abundante (ficando atrás apenas do oxigênio e do silício) – ao bismuto, que é o elemento mais pesado com apenas um isótopo estável. O gálio, que é mais abundante que o lítio, boro, chumbo, e muitos outros elementos familiares, é um elemento bastante caro porque encontra-se disperso em minerais de alumínio e de ferro. É difícil de recuperá-lo porque as propriedades químicas do Ga (III), Al (III) e Fe (III), são similares, devido à similaridade de seus raios e de suas propriedades ácido- base. Reações e principais compostos Apesar de a reação direta do alumínio ou do gálio com halogênios levarem a formação de haletos, ambos metais também reagem com HCl ou HBr gasosos, e este costuma ser um caminho mais conveniente para a produção dos haletos: 2Al(s) + 6HCl(g) →2AlCl3(g) + 3H2(g) Os haletos de ambos elementos são comercialmente disponíveis, mas é comum sintetizá-los em laboratório quando se requer um produto livre de hidrólises. Haletos de Ga (I) e Ga (II), como GaCl e GaCl2, podem ser preparados por uma reação de comproporcionamento, na qual o haleto de gálio (III) é aquecido com o gálio metálico: 2GaX3 + Ga + Δ → 2GaX2; x= Cl, Br ou I, mas não F. Como o ânion fluoreto, 𝐹−, é muito pequeno, os fluoretos AlF3 e GaF3 são sólidos duros que têm pontos de fusão e entalpias de sublimação muito maiores do que os outros haletos. Suas altas entalpias reticulares também resultam nas suas limitadas solubilidades na maioria dos solventes, e eles não se comportam como ácidos de Lewis com simples moléculas doadoras. Em contraste, os haletos mais pesados são solúveis numa variedade de solventes polares e são excelentes ácidos de Lewis. Entretanto, apesar de suas baixas reatividades contra a maioria dos doadores, o AlF3 e o GaF3 formam sais do tipo Na3AlF6 e Na3GaF6, que contêm íons complexos octaédricos [MF6] 3 − Bateria chumbo-ácida Hoje as baterias são lacradas pois são de chumbo. Quando não possuem mais utilidade, especialistas abrem e produzem 𝑃𝑏𝑆𝑂4. -Seu estado totalmente carregado: ânodo Pb(s) + (SO4 ) −2 (aq) → PbSO4. + 2e − - Quando está produzindo corrente: cátodo PbO2(s) + (HSO4)(aq) −1 + 3H(aq) + + 2e− → PbSO4 + 2H2O(l) GRUPO DO BORO Nesse grupo a configuração eletrônica forma cátions de número de oxidação +3, sendo o Boro o representante do grupo e possuindo um caráter de ametal, diferente dos outros integrantes desse grupo. O composto mais importante formado com boro é o bórax, muito utilizado na indústria de vidros e na produção de polímeros, como a amoeba, sua utilização vem de tempos antigos (Medeiros, M. A 2004.) O Boro é um elemento com grande ocorrência na crosta terrestre e apresenta características de alta finidade pelo oxigênio e flúor. O Boro tem cor escura, é um semicondutor e sua principal fonte na natureza é o Borax, por um processo de pirólise com Magnésio é possível isolar o Boro. Reações Sua alta afinidade com halogênios da origem a vários compostos halogenados, como por exemplo BF3, BCl3, BI3. Sua alta afinidade com o oxigênio gera óxidos que reagindo com água formam ácidos. B2O3 + 3H2O 2H3BO3 O ácido obtido é o ácido bórico muito utilizado como adubo e inseticida, também têm usos em medicamentos. B2O3(s) Fusão B2O3(l) (resfriamento rápido= vidro de borato) Na2B3O6 fusão+Si02 vidro de borossilicato (Pirex) Esse vidro obtido é muito utilizado em cozinhas e laboratórios, já que aguenta fortes mudanças de temperatura, mesmo de modo brusco devido sua baixa expansão térmica. Boro é altamente reativo com compostos a base de nitrogênio: B2O3 + 2NH3 1200°C 2BN(s) + 3H2O GRUPO DO CARBONO O Carbono é o principal elemento deste grupo de não-metais, e a sua importância é tão grande que é a principal parte estudada na química orgânica, tudo isso devido ao grande número de compostos a base de carbono existente. Sua ocorrência na natureza pode ser livre, na forma de diamante, grafite, carvão, mas também é encontrado na forma de compostoscomo CO2, etc. Esse grupo tem como integrante o Silício, sendo ele muito abundante e encontrado na forma de diversos silicatos pela crosta terrestre, sendo o seu composto mais importante a sílica SiO2. Compostos a base de silício tem diversas aplicações desde fabricação de polímeros e vidros até matérias semicondutores utilizados na produção de computadores. O grupo ainda é constituído pelo germânio que é obtido comercialmente da extração do minério de zinco, pelo estanho que é encontrado em forma de minerais. O Chumbo também faz parte desse grupo e pode ser obtido na sua forma livre na natureza, e também acaba sendo obtido da Galena, seu mineral mais comum. (JOÃO CARLOS SIHVENGER,2006) Reações A forma de arranjo dos carbonos acaba por formar diferentes compostos, um exemplo são as diferentes formas alotrópicas do carbono na natureza, que pode nos dar o grafite e o diamante. Figura 1: formas alotrópicas do carbono Os carbonetos também chamados de carbetos são gerados pela reação de átomos de carbono com um elemento eletropositivo, essas reações respeitam a fórmula geral ExCy, esses compostos podem ser classificados como iônicos ou covalentes. Os carbetos iônicos são chamados de salinos pois são altamente iônicos, possuem caráter sólido, e são produtos da reação entre carbono e os elementos do grupo 1 e 2 da tabela, o carbono assume um nox negativo. Em reação com a água ocorre a formação de óxido e/ou hidróxidos do elemento e um hidrocarboneto. Os carbetos covalentes são formados por carbonos com outros elementos com aproximadamente a mesma eletronegatividade, um exemplo é o carbeto de silício SiC. São substâncias muito duras utilizadas geralmente como abrasivas. GRUPO DO NITROGÊNIO O grupo 15 da tabela é conhecido por todos seus elementos apresentarem cinco elétrons na sua camada de valência, O Nitrogênio é o elemento que dá nome a esse grupo, sendo encontrado geralmente em forma de gás incolor, inodoro e insípido. Os outros elementos que compõe esse grupo se encontram na forma sólida e possuem várias formas alotrópicas. O fósforo é geralmente encontrado na forma de um pó branco, que em temperatura ambiente é sólido, mole, tóxico e altamente reativo. Essa molécula reage com o ar úmido e a 35°C inflama-se espontaneamente. Esse sólido quando aquecido a 250°C forma um sólido polimérico chamado de fósforo vermelho, uma forma muito mais estável que so sofre ignição a 400°C. Se o fósforo branco for aquecido com pressões elevadas, é obtido o fósforo preto, que é altamente polimerizado e muito mais estável. No grupo ainda encontramos O arsênio, o antimônio e o bismuto sendoq eu esses três componentes se encontram no estado sólido e possuem diversas formas alotrópicas. O bismuto, assim como o germânio e o gálio, expande-se ao passar de líquido para sólido. (JOÃO CARLOS SIHVENGER,2006) O gás nitrogênio é o maior constituinte da atmosfera terrestre, sendo responsável por 78% da composição total. Sua ocorrência também se da na crosta terrestre, e a forma mais comum é a de nitrato de sódio, encontrado em reservas expressivas no norte do Chile, sua extração mais comum se dá pela destilação do ar líquido. O fósforo não é encontrado de maneira livre na natureza, sua origem se da principalmente por rochas fosfatadas que ocorrem na crosta terrestre. O mineral mais comum e de maior ocorrência é a apatita, e a maior reserva mundial se encontra no território russo na península de Kola. A obtenção é feita pela reação a seguir, tendo como produto o ácido fosfórico que é utilizado em festilizante. Ca5(PO4)3F(S) + 5 H2SO4 3 H3PO4 (L) + 5 CaSO4(S) + HF(aq) Produção de P elementar: Ca5(PO4)3 + 6SiO2 + 10C 1500°C 6CaSiO3 + 10CO + P4 O Arsênio assim como o fósforo é encontrado na forma de mineral, sendo o mais comum a arsenopirita (FeAsS), esse mineral sempre se encontrado combinado com outros minerais como o de chumbo zinco e ferro. As maiores reservas desse mineral se encontram na Inglaterra, Bolívia e nos EUA. O Antimônio elementar é raramente encontrado na natureza, porém é muito comum encontrá-lo na forma de minério. A estibinita é o minério mais importante de antimônio. O bismuto tem uma ocorrência rara e não é muito abundante na natureza. Sua forma elementar ocorre geralmente em veios de rochas cristalinas e gnaisse. Ele se encontra associado a minérios de vários metais como prata, chumbo, cobalto e zinco. Seu principal mineral é a bismutinita, sendo encontradas as maiores reservas no Peru, Bolívia, México, Canadá e nos EUA. Tanto o Arsênio, Antimônio e Bismuto podem ser obtidos das poeiras liberadas na exaustão do processo de ustulação de sulfetos, podendo ser reduzidos utilizando um coque para produção de sua forma elementar. O Arsênio ainda é obtido industrialmente pelo seu aquecimento a 700°C na ausência de ar. (JOÃO CARLOS SIHVENGER,2006) As4 → 4 FeAsS (g) + 4 FeS Reações Todos os elementos desse grupo formam Hidretos voláteis de fórmula MH3. O Nitrogênio reage formando óxidos onde seu Nox varia de +1 a +6, O Fósforo forma óxido de Nox +1 a +5, abaixo a reação dos óxidos NaN3 + NH3 + NaOH → N2O + 2NaNH2 As→ As2O3; Sb→Sb2O3 Bi→Bi2O3;P→P4O10 Outros óxidos são: N2O4, N2O3, NO, P4O6. Produção da amônia: 3H2+ N2 → 2NH3 Nesse grupo temos os oxiânios de Nitrogênio e fósforo, esse reagindo com H+ formam os oxiácidos. Ex: P2 O64-, H2PO 2-, NO2-, NO3-. (ANA MARIA DA COSTA FERREIRA, 2014) Reação de produção de ácido nítrico: 3NO(g) H2O(l) → 2HNO3(aq) NO2(g) GRUPO CALCOGÊNIOS O grupo dos Calcogênios é formado pelo Oxigênio, Enxofre, Selênio, Telúrio e Polônio. Esses elementos fazem parte de vários minérios e de muitas substancias químicas que são economicamente importantes. O oxigênio é o átomo com menor raio atômico desse grupo, sendo assim o mais eletronegativo do grupo e o segundo da tabela periódica. Sua forma mais comum é a de O2, onde ele se encontra na forma de um gás que forma cerca de 21% da atmosfera terrestre. Os compostos que possuem Oxigênio chegam a 49% das moléculas da crosta terrestre. A obtenção do Oxigênio se dá pelo processo de liquefação do ar atmosférico e uma destilação fracionada, desse modo é possível separar esse gás dos outros componentes atmosféricos. O enxofre é encontra tanto em forma livre na natureza, proveniente de meteoritos, como na forma composta de minérios como a pirita, esfalerita, calcopirita, galena, barita, etc. A maior ocorrência do enxofre é em áreas vulcânicas e em rochas sedimentares. As maiores reservas de enxofre vulcânico estão localizadas no Japão e nos países que fazem parte das cordilheiras dos Andes. Porém as maiores reservas mundiais se encontram nos EUA O Selênio é mais encontrado na pirita e em outros sulfetos em pequena quantidade, já que é considerado um elemento relativamente raro e representando uma pequena porcentagem da crosta terrestre, os dois maiores produtores são o Japão e os EUA. O Telúrio ocasionalmente ocorre na forma nativa, porém geralmente é encontrado na calaverita (AuTe2), sua obtenção geralmente é feita por meio do refino eletrolítico do Cobre. Os maiores produtores mundiais são os EUA, Canadá, Peru e Japão. O elemento Polônio é um metal que não tem indícios de presença na crosta terrestre, ele é um produto do decaimento radioativo, sua obtenção atual é artificial por meio de irradiação do bismuto com nêutrons em um reator nuclear. (JOÃO CARLOS SIHVENGER,2006) Reações Nesse grupo o oxigênio é conhecido por reagir com outros elementos e formar os óxidos como: NaO, CO2, NO2, etc. E também a formação de peróxidos como H2O2. E a reação entre os dois átomos de oxigênio, muito estável e bem difícil de romper. O Enxofre realiza reações com oxigênio formandoos oxiânions que podem dar origem aos oxiácidos. Como no exemplo abaixo: Ocorreu a formação dos oxiânion sulfito e formação do ácido sulfúrico. Outra forma comum do enxofre são os sulfetos, que é a combinação de enxofre com algum elemento químico, ou um radical: XSn. Temos também sua reação entre átomos de enxofre, que formam os cristais de enxofre de fórmula S8. Figura 2: Cristal de enxofre O Selênio e o Telúrio reagem de forma semelhante, formando hidreto na forma de H2Se e H2Te. Formam também óxidos SeO2, SeO3, TeO2, TeO3. OS HALOGÊNIOS A principal característica dos componentes desse grupo é sua alta reatividade, reagindo com os não-metais e formando sais com os metais. Nesse grupo o Flúor é o elemento mais reativo e também o mais eletronegativo de toda tabela periódica. Todos os átomos apresentam a deficiência de apenas um elétron em sua última camada, em relação aos gases nobres mais próximos. Os Halogênios são muito utilizados como agentes oxidantes, recebendo elétrons e oxidando outras substâncias. O Flúor é o elemento mais reativo, reagindo com todos elementos da tabela exceto com os gases nobres mais leves, essa propriedade se dá pela sua alta eletronegatividade e seu pequeno raio atômico, que dá origem a compostos muito estáveis. Os produtos Halogenados tem alto interesse econômico e muitas aplicações, a obtenção do flúor para produção desses compostos é através de minerais da crosta terrestre como a criolita e a fluorapatita. O cloro não é encontrado de forma livre, mas suas combinações são abundantes principalmente em minerais como arnalita, silvita e halita. O bromo é obtido em grande escala da água do mar, e também pode ser obtido como subproduto da recuperação de sais de potássio em depósitos salinos. Sua maior extração se dá no Brasil e na França. Assim como o Bromo o Iodo ocorre na natureza na água do mar, na forma de iodetos, ocorre também em salmouras associadas a poços de petróleos, é produzido no Chile, EUA, Itália e Japão. O Astato ocorre em minérios de Urânio, sua meia vida é de em torno de 0,9 minutos, estima-se que exista 28 gramas de Astato na crosta terrestre, e não há registro em solo brasileiro. (JOÃO CARLOS SIHVENGER,2006) Reações O Flúor reage praticamente com toda tabela periódica e tem alto poder oxidante, a reação mais comum no grupo é a de halogenação onde um átomo da família 7ª substitui outro átomo na molécula. Temos as combinações entre os próprios halogênios: ClF, BrF3, IF7,IBr. Podemos reagir o Flúor, Bromo, Cloro E Iodo com H+, e formar ácidos. X = (Cl- Br- F- I-) H+ + X HX O Cloro forma oxiânions e consequentemente oxiácidos em reação com H+ H++ ClO3- HClO3 Os componentes desse grupo também realizam reações de oxi-redução de desproporcionamento: X = (Cl- Br- I-) X2(aq) + 2 OH- XO-(aq) + X- (aq)+ H2O(l) HÉLIO O He é o símbolo do elemento químico Hélio pertencente ao grupo dos gases nobres, conhecido por família 18A. Esse elemento é considerado o segundo mais abundante no universo, perdendo apenas para o Hidrogênio. Seu número atômico é 2, logo possui dois prótons em seu núcleo, existem 8 tipos de Isótopos. Nas CNTP é um gás incolor, sem cheiro e considerado inerte. Sua descoberta foi realizada primeiro no sol e somente depois na terra. A primeira pessoa a identificar esse elemento foi Pierre Jules C. Janssen, durante um eclipse solar na Índia, posteriormente Frankland e Lockyer confirmaram a existência do elemento e deram o nome de Hélio, que do grego quer dizer Sol. Em 1895 William Ramsay conseguiu identificar o Hélio no planeta terra, a partir de estudos com Urânio. Dentre as várias finalidades do uso do Hélio a mais comum é o uso para encher balões metrológicos, dirigíveis e recreativos. Devido suas características físico químicas como seu baixo ponto de liquefação e evaporação, é utilizado na refrigeração de reatores nucleares. (ALAN EDUARDO WOLINSKI, 2013) Produção de He Todo Hélio encontrado no planeta hoje foi produzido ao longo do tempo como produto de reações químicas nucleares do átomo de Urânio. Na atmosfera terrestre o He corresponde apenas 0,0018%, sua produção se da pela extração de gás Natural. Sua ocorrência é aprisionado junto com gás natural em depósitos que tenham a presença de minerais de Urânio. O processo de separação é por meio de resfriamento da mistura gasosa a -186°C, liquefazendo todos os componentes da substância com exceção do Hélio, depois de separado diminui-se a temperatura até que o Gás atinja sua forma liquida, sendo armazenado em cilindros e comercializado. (ALAN EDUARDO WOLINSKI, 2013) NEÔNIO Pertencente a família dos gases nobres esse gás tem aspecto incolor e inerte, sua descoberta ocorreu em 1898 por Sir William Ramsay e Morris W. Travers, durante o processo de destilação do argônio líquido a primeira fração continha um novo elemento, o Neônio, que do grego quer dizer novo. O Ne é o quarto elemento mais abundante no Universo e o quinto na atmosfera terrestre. Dentre os usos desse gás, o mais comum é em lâmpadas de anúncios luminosos geralmente misturados com argônio, essas lâmpadas são conhecidas popularmente como neon. (EDUARDO MOTTA ALVES PEIXOTO, 2013) Produção Por ser muito abundante na atmosfera esse gás é produzido pela destilação fracionada do Ar, esse processo ocorre em baixas temperaturas, onde esse gás se liquefaz sendo separado pelos diferentes pontos de liquefação. (EDUARDO MOTTA ALVES PEIXOTO, 2013) ARGÔNIO Gás pertencente à família dos gases nobres, mais denso que o ar e com caráter inodoro e incolor. Em 1785, Henry Cavendish concluiu que boa parte do ar atmosférico era composto por constituintes inertes. No mesmo ano Lord Rayleigh e Sir Wialliam Ramsay, baseados nos estudos de Cavendish durante a separação do gás nitrogênio do ar, perceberam diferença de peso do mesmo obtido pela síntese da amônia, o gás pesado remanescente da separação do nitrogênio e oxigênio. Desse modo o Argônio foi o primeiro gás nobre a ser isolado na Terra, sendo o ar atmosférico sua principal fonte. O seu nome vem do grego que quer dizer inativo. Suas principais utilizações são no enchimento de lâmpadas para evitar a corrosão dos filamentos de tungstênio, e na proteção de soldas, já que evita a oxidação e é o gás utilizado para inflar Airbags. (EDUARDO MOTTA ALVES PEIXOTO, 2013) Produção Por ser muito abundante na atmosfera esse gás é produzido pela destilação fracionada do Ar, esse processo ocorre em baixas temperaturas, onde esse gás se liquefaz sendo separado pelos diferentes pontos de liquefação. (EDUARDO MOTTA ALVES PEIXOTO, 2013) CRIPTÔNIO O símbolo do Criptônio é Kr e ele também pertence ao grupo dos gases nobres, possuindo o caráter incolor e inodoro. Sua maior ocorrência se dá na atmosfera terrestre. Foi descoberto em 1898 por dois cientistas, Sir William Ramsay e Morris W. Travers, no resíduo da destilação do ar atmosférico após a retirada dos outros componentes com ponto de ebulição menor. O nome vem do grego “Kryptos” que tem o significado de escondido. Não tem muitas aplicações devido ao alto custo para sua produção, porém já foi utilizado nas lâmpadas de flash de fotografias em alta velocidade. (EDUARDO MOTTA ALVES PEIXOTO, 2013) Produção O ponto de ebulição do Criptônio é em torno de 30°C maior que dos outros componentes do ar atmosférico, logo ele se encontra na parcela menos volátil de uma destilação fracionada do ar, geralmente junto com o Xenônio, esses dois são separados por uma nova destilação e tratados com titânio aquecido para remoção de impurezas. (EDUARDO MOTTA ALVES PEIXOTO, 2013)XENÔNIO O Xenônio é um gás inerte, inodoro e sem cor pertencente a família dos gases nobres, apesar de se dizer muito sobre a não reatividade dos gases nobres, esse elemento já foi combinado com sucesso em laboratório pelo químico Neil Bartlett, que sintetizou o sal Xe(PtF6). Sua descoberta ocorreu no ano de 1898 no resíduo da evaporação do ar liquido por William Ramsay e Morris W. Travers. Está presente na atmosfera terrestre, sendo o gás mais escasso. Seu símbolo é Xe e seu nome vem do grego “xenos” que tem como significado estrangeiro. Suas principais aplicações são na radioterapia, lâmpadas de alta energia de luz ultravioleta e em displays de plasma de televisores. (EDUARDO MOTTA ALVES PEIXOTO, 2013) Reações Esse gás apesar de ser considerado inerte consegue reagir de algumas formas mais estáveis, se tornando um sal: XeF2, XeF4, XeSiF6, XeO2F2 e XeO3 A primeira forma sintetizada em um laboratório foi a Xe[PtF6]2. (EDUARDO MOTTA ALVES PEIXOTO, 2013) Produção Por ser muito abundante na atmosfera esse gás é produzido pela destilação fracionada do Ar, esse processo ocorre em baixas temperaturas, onde esse gás se liquefaz sendo separado pelos diferentes pontos de liquefação. (EDUARDO MOTTA ALVES PEIXOTO, 2013) RADÔNIO O elemento Radônio também pertence a família dos gases nobres e seu símbolo é Rn, seu nome vem do grego “radonium” que significa derivado do radio, já que ele foi descoberto emanando em uma nuvem do elemento radio, tório e actínio. Por tempos foi considerado um perigo a saúde por estar presente na atmosfera terrestre e foi considerado causa isolada do câncer de pulmão. É um elemento muito raro no nosso planeta o que acaba dificultando estudos sobre ele, sabe-se que é incolor, e inodoro, com densidade maior que a do ar, apesar de ser considerado inerte, reage formando fluoreto de radônio. Suas aplicações são na radioterapia e radiografia, também é utilizado em sismógrafos (JÚLIO CARLOS AFONSO, 2010) Produção Por ser muito abundante na atmosfera esse gás é produzido pela destilação fracionada do Ar, esse processo ocorre em baixas temperaturas, onde esse gás se liquefaz sendo separado pelos diferentes pontos de liquefação. (JÚLIO CARLOS AFONSO, 2010) CONCLUSÃO Nesse trabalho podemos concluir que a Química está presente na vida e nas condições necessárias para elas, as moléculas que estudamos às vezes mesmo sendo tão simples podem ser as mais complexas. E técnicas de 200 anos podem ser a melhor opção até em um cenário capitalista, como também novas descobertas mudam e revolucionam nosso presente. Esse presente trabalho teve um ótimo papel para agregar conhecimentos não somente sobre elementos, mas sim suas origens e seus mais importantes usos. REFERÊNCIAS PEIXOTO, Eduardo. Hidrogênio e Hélio. São Paulo, 1995. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc01/elemento.pdf>. Acesso em 30/07/2016 LAMTec. Hidrogênio. Praia da Vitória, 2009. Disponível em: <http://www.lamtec-id.com/energias/hidrogenio.php>. Acesso em 30/07/2016 O ELEMENTO HIDROGÊNIO Departamento de Química Prof. Dr. Ary da Silva Maia. Acesso em: 02/08/2016 MORA, N. D.; SIHVENGER, J. C. Apostila de Química Geral. Foz do Iguaçu, 2006. Disponível em: <http://www.foz.unioeste.br/~lamat/downquimica/capitulo1.pdf>. Acesso em 03/08/2016 FERREIRA, Ana Maria. A Química dos Não-Metais: Oxigênio, Nitrogênio, Enxofre e Fósforo. São Paulo, 2014. Disponível em: <http://www2.iq.usp.br/docente/amdcferr/disciplinas/QFL2129/Aula_7_- _Oxigenio_Nitrogenio.pdf>. Acesso em 04/08/2016 LIRA, Júlio. Halogenação. Disponível em: <http://www.infoescola.com/reacoes- quimicas/halogenacao>. Acesso em 04/08/2016 COLODEL, Cristiane. Propriedades dos Metais Alcalinos e seus Compostos. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAqMEAF/propriedades-dos-metais- alcalinos-seus-compostos >. Acesso em 06/08/2016 GIUSTO, Luana. Metais Alcalinos Terrosos. Alfenas, 2009. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAPNAAI/metais-alcalinos-terrosos>. Acesso em 07/08/2016 SHRIVER, D.F.; ATKINS, P. W. Química Inorgânica. Tradução de Maria Aparecida Gomes. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 2003. ALVES, Nilton P. Xenônio – Xe. São Paulo, 1997. Disponível em: <http://www.quimlab.com.br/guiadoselementos/xenonio.htm>. Acesso em 12/08/2016 PEIXOTO, Eduardo. Argônio. São Paulo, 2003. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc18/A13.PDF>. Acesso em 12/08/2016 PEIXOTO, Eduardo. Neônio. São Paulo, 1999. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc09/elemento.pdf >. Acesso em 12/08/2016 AFONSO, Júlio. Radônio. Rio de Janeiro, 2009. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc32_4/09-EQ10909.pdf>. Acesso em 13/08/2016 UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS. Biblioteca da UFLA. Manual de normalização e estrutura de trabalhos acadêmicos: TCC, monografias, dissertações e teses. Lavras, 2010. Disponível em: <http://www.biblioteca.ufla.br/site/index.php>. Acesso em 14/08/2016 UNIVERSIDADE FEREDAL DE LAVRAS QUÍMICA DESCRITIVA Docente: Ruy Carvalho Paulo Tadashi Bannai Campos 201520564 16 de agosto de 2016 Lavras, M.G.
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