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GAAL Exerćıcios 5: Umas soluções 1. Se det(A) = −3, encontre (a) det(A2), (b) det(A3), (c) det(A−1), (d) det(At). R: (a) det(A2) = det(A ·A) = det(A)det(A) = (−3) · (−3) = 9. (b) det(A3) = det(A)3 = (−3)3 = −27. (c) det(A−1) = 1/det(A) = −1/3. (d) det(At) = det(A) = −3. 2. Calcule o determinante de cada uma das matrizes seguintes usando operações elementares para transformá-las em matrizes triangulares superiores. De- pois calcule os determinantes diretamente e confirmar que os valores são iguais. (a) 1 −2 3 1 5 −9 6 3 −1 2 −6 −2 2 8 6 1 (b) 2 1 3 1 1 0 1 1 0 2 1 0 0 1 2 3 . R: (a) Podemos reduzir a matriz pra seguinte matriz por usando só o terceiro tipo de operação elementar: 1 −2 3 1 0 1 −9 −2 0 0 −3 −1 0 0 0 −13 Já que o terceiro tipo de operação elementar não muda o determi- nante e o determinante de uma matriz com 0 abaixo do diagonal 1 principal está dado pelo produtos dos elementos do diagonal, temos det 1 −2 3 1 5 −9 6 3 −1 2 −6 −2 2 8 6 1 = det 1 −2 3 1 0 1 −9 −2 0 0 −3 −1 0 0 0 −13 = 1·1·(−3)·(−13) = 39. (b) Um jeito para reduzir esta matriz é para primeiro trocar as primei- ras duas linhas (que troca o sinal do determinante) e depois reduzir usando só operações elementares do terceiro tipo (que não muda o determinante), para obter a matriz 1 0 1 1 0 1 1 −1 0 0 −1 2 0 0 0 6 . Logo det 2 1 3 1 1 0 1 1 0 2 1 0 0 1 2 3 = −det 1 0 1 1 0 1 1 −1 0 0 −1 2 0 0 0 6 = −(−6) = 6. Cálculos direitos dos determinantes dão a mesma resposta. 3. Determine todos os valores de λ para os quais det(A− λIn) = 0, em que (a) A = 0 1 20 0 3 0 0 0 (b) A = 1 0 0−1 3 0 3 2 −1 (c) A = 2 2 31 2 1 2 −2 2 R: (a) Temos A− λIn = 0 1 20 0 3 0 0 0 − λ 0 00 λ 0 0 0 λ = −λ 1 20 −λ 3 0 0 −λ . Logo det(A−λIn) = −λ3. Segue que det(A−λIn) = 0 se, e somente se, λ = 0. (b) Temos A− λIn = 1− λ 0 0−1 3− λ 0 3 2 −1− λ , logo det(A−λIn) = (1−λ)(3−λ)(−1−λ). Segue que det(A−λIn) = 0 se, e somente se, λ = 1, 3 ou −1. 2 (c) Temos A− λIn = 2− λ 2 31 2− λ 1 2 −2 2− λ que tem determinante (precisa fazer cálculo mesmo!) det(A− λIn) = −λ3 + 6λ2 − 6λ− 6. Este polinômio possui uma raiz real (pois ele é cúbico), mas não é fácil achar ela. 4. O determinante de AB é igual ao determinante de BA? Justifique. R: Sim, pois det(AB) = det(A)det(B) = det(B)det(A) = det(BA). 5. Mostre que se An = 0 para algum n ∈ N, então det(A) = 0. R: Temos det(An) = det(A)n. Se An = 0, então det(A)n = det(An) = det(0) = 0. Logo det(A) é um número real tal que det(A)n = 0. Segue que det(A) = 0. 6. Mostre que se α ∈ R é escalar e A é uma matriz n× n, então det(αA) = αndet(A). R: Podemos obter αA de A por multiplicando toda linha (uma por uma) de A por α. Sabemos que quando B está obtida de A por multiplicando uma linha de A por α, então det(B) = αdet(A). So repitimos este processo 3 para cada linha: det(αA) = det αa11 αa12 αa1n αa21 αa22 αa2n . . . αan1 αan2 αann = αdet a11 a12 a1n αa21 αa22 αa2n . . . αan1 αan2 αann = α2det a11 a12 a1n a21 a22 a2n . . . αan1 αan2 αann = . . . = αndet a11 a12 a1n a21 a22 a2n . . . an1 an2 ann = αndet(A). 7. Quais dos seguintes vetores são combinação linear de u = (5,−3, 1), v = (0, 4, 3), w = (−10, 18, 7)? (a) (10,−2, 5) (b) (10, 2, 8) (c) (−2− 1, 1) (d) (−1, 2, 3). O conjunto {u, v, w} é L.I ou L.D.? Caso que seja L.D., escreve um deles como combinação linear dos outros. R: Vamos fazer a última parte primeiro. Para achar as soluções da equação x1u + x2v + x3w = 0, queremos achar as soluções do sistema homogêneo AX = 0, onde A é a matrix com colunas os vetores u, v, w. A matriz aumentada de A é [A|0] = 5 0 −10 0−3 4 18 0 1 3 7 0 que tem forma escalonada reduzida1 0 −2 00 1 3 0 0 0 0 0 . 4 O conjunto solução (colocando a variável livre x3 = α) é 2α−3α α . Já que o sistema possui soluções não triviais, os vetores u, v, w são linear- mente independentes. A solução com α = 1 nos permite escrever w = 3u− 2v. Segue deste fato que um vetor é uma combinação linear de u, v, w se, e somente se, ele é combinação linear de u, v. Olhando pra primeira parte agora. Dado o vetor (a, b, c) (da questão), queremos saber se existem x1, x2 tais que (a, b, c) = x1(5,−3, 1) + x2(0, 4, 3) = (5x1,−3x1 + 4x2, x1 + 3x2). Já que temos x1 = a/5, segue que x2 = (c − x1)/3, conseguimos resolver as questões facilmente: (a) x1 = 2, x2 = (5− 2)/3 = 1. Temos (5x1,−3x1 + 4x2, x1 + 3x2) = (5 · 2,−6 + 4, 2 + 3) = (10,−2, 5) logo (10,−2, 5) é combinação linear dos vetores. (b) x1 = 2, x2 = (8 − 2)/3 = 2. Obtemos 2u + 2v = (10, 2, 8), logo (10, 2, 8) é combinação linear dos vetores. (c) x1 = 2/5, x2 = 1/5. Obtemos (2/5)u + (1/5)v = (2,−2/5, 1) 6= (−2,−1, 1), logo (−2,−1, 1) não é combinação linear dos vetores. (d) x1 = −1/5, x2 = 16/15. Não dá o vetor procurado. Com partes (a)− (d), também pode reduzir a matrix 5 0 −10 a−3 4 18 b 1 3 7 c onde (a, b, c) é o vetor dado na questão. 8. Quais dos seguintes conjuntos são linearmente independentes? (a) {(1,1,2), (1,0,0), (4,6,12)}, (b) {(1,-2,3), (-2,4,-6)}, (c) {(1,-2,3), (-2,4,6)}, (d) {(1,3,6), (2,1,2), (3,4,5), (0,0,1)}, (e) {(1,1,1), (2,3,1), (3,1,2)}. R: 5 (a) Já que temos 3 vetores em R3, podemos calcular o determinante da matriz A com colunas os vetores dados. Calculando, obtemos det(A) = 0, logo os vetores são L.D. (b) Temos (−2, 4,−6) = −2(1,−2, 3), logo o segundo é multiplo escalar do primeiro. Ou seja, o conjunto é L.D. (c) As únicas combinações lineares de um vetor são os múltiplos escalares deles. Já que o segundo vetor não é múltiplo escalar do primeiro, nem o primeiro múltiplo escalar do segundo, o conjunto é L.E. (d) Quatro vetores em R3 são sempre L.D. (e) Colocando os três vetores numa matriz 3 × 3, obtemos que o deter- minante dela é 0. Logo os vetores são L.D. 9. Para quais valores de λ o conjunto {(3, 1, 0), (λ2 + 2, 2, 0)} é L.D.? R: Para resolver a equação x1(3, 1, 0) + x2(λ 2 + 2, 2, 0), vamos reduzir a matrix aumentada 3 λ2 + 2 01 2 0 0 0 0 Trocando as primeiras duas linhas e depois fazendo L2 → L2− 3L1, obte- mos 1 2 00 λ2 − 4 0 0 0 0 . Logo o sistema possui solução não trivial se, e somente se, λ2− 4 = 0. Ou seja, o conjunto é L.D se, e somente se, λ = ±2. 10. Suponha que o conjunto {v1, v2, v3} é L.I. Decida se o conjunto {u1, u2, u3} é L.I. ou L.D., onde (a) u1 = v1 + v2, u2 = v1 + v3, u3 = v2 + v3. (b) u1 = v1, u2 = v1 + v2, u3 = v1 + v2 + v3. R: (a) Considere a equação 0 = x1u1 + x2u2 + x3u3 = x1(v1 + v2) + x2(v1 + v3) + x3(v2 + v3) = (x1 + x2)v1 + (x1 + x3)v2 + (x2 + x3)v3. Já que {v1, v1, v3} é L.I., a única solução desta última equação é x1 + x2 = 0, x1 + x3 = 0, x2 + x3 = 0. Logo x1 = −x2 da primeira igualdade, e das segundas duas obtemos x2 + x3 = 0 = x1 + x3 = −x2 + x3, logo x2 = −x2, mostrando que x2 = 0. Daqui segue que x1 = 0, x3 = 0. Logo a única solução da primeira equação é x1 = x2 = x3 = 0, mostrando que {u1, u2, u3} é L.I. 6 (b) Similar. De novo, mexendo com 0 = x1u1 + x2u2 + x3u3 para deixar os vi em evidência, obtemos (x1 + x2 + x3)v1 + (x2 + x3)v2 + x3v3, logo (pois {v1, v2, v3} é L.I.), obtemos que x3 = 0, logo x2 = 0, logo x1 = 0. Ou seja, {u1, u2, u3} é L.I. 11. Seja A uma matriz n×n. Mostre que as colunas de A são L.I. se, e somente se, as linhas de A são L.I. R: As colunas de A são L.I. se, e somente se, det(A) 6= 0. Mas det(A) = det(At), logo as colunas de A são L.I. se, e somente se, as colunas de At são L.I. Mas as colunas de At são as linhas de A. 12. Seja {v1, v2, . . . , vn} um conjunto L.I. de vetores em Rn. Seja A uma matriz invert́ıvel. Mostre que o conjunto {Av1, Av2, . . . , Avn} é L.I. R: Seja B a matrix n× n com colunas os vetores {v1, v2, . . . , vn}. Já que esteconjunto é L.I., temos que det(B) 6= 0. Mas agora a matriz [Av1Av2 . . . Avn] = A[v1v2 . . . vn] = AB. Já que AB é o produto de duas matrizes invert́ıveis, obtemos que AB é invert́ıvel. Logo as colunas de AB são L.I. Mas as colunas de AB são os vetores {Av1, Av2, . . . , Avn}. 13. Encontre uma base para o espaço solução do sistema homogêneo AX = 0, em que (a) A = 1 0 1 01 2 3 1 2 1 3 1 , (b) A = 1 1 2 −12 3 6 −2 −2 1 2 2 . Quais são as dimensões dos espaços de partes (a) e (b)? R: (a) A forma escalonada reduzida da matriz aumentada [A|0] é1 0 1 0 00 1 1 0 0 0 0 0 1 0 . Logo a variável x3 é livre. A solução geral (colocando x3 = α) é −α −α α 0 . 7 Este espaço tem dimensão 1. Uma base do espaço é qualquer vetor não nulo do espaço. Escolhendo α = 1 por exemplo, uma base do espaço é −1 −1 1 0 . (b) A forma escalonada reduzida da matriz aumentada [A|0] é1 0 0 −1 00 1 2 0 0 0 0 0 0 0 . logo as variáveis x3, x4 são livres e (colocando x3 = α, x4 = β), a solução geral é β −2α α β . Este espaço tem dimensão 2. Para achar uma base nós podemos (sempre) colocar uma variável ser 1 e o resto 0 para cada variável. Neste caso: α = 1, β = 0 : 0 −2 1 0 , α = 0, β = 1 : 1 0 0 1 . Logo nossa base é: 0 −2 1 0 , 1 0 0 1 . Pode confirmar que este conjunto é L.I. e gera o espaço solução, se quiser. 14. Encontre os valores de λ tais que o sistema homogêneo (A − λIn)X = 0 possui solução não trivial para as matrizes A seguintes. Para estes valores de λ, ache uma base para os espaços solução correspondentes: (a) A = 0 0 11 0 −3 0 1 3 , (b) A = 2 2 3 4 0 2 3 2 0 0 1 1 0 0 0 1 , 8 (c) A = 1 1 −2−1 2 1 0 1 −1 , (d) A = −1 2 2 0 −1 2 1 0 −1 1 2 0 0 0 0 1 , (e) A = 2 3 00 1 0 0 0 2 . R: (a) O sistema homogêneo (A− λIn)X = 0 possui solução não trivial se, e somente se, det(A− λIn) = 0. Temos det(A− λI) = det −λ 0 11 −λ −3 0 1 3− λ = −λ3 + 3λ2 − 3λ+ 1. Então estamos procurando λ tal que 0 = −λ3 + 3λ2 − 3λ + 1. Esta equação possui a solução óbvia λ = 1, e dáı conseguimos escrever o polinômio como −(λ− 1)3. Segue que (A− λI)X = 0 possui solução não trivial se, e somente se, λ = 1. Vamos calcular o espaço solução correspondente. A forma escalonada reduzida da matrix aumentada [A− 1I|0] é 1 0 −10 1 2 0 0 0 Logo a variável x3 é livre, e o espaço solução tem dimensão 1. A solução geral é α−2α α e uma base (colocando α = 1) é: 1−2 1 . (b) Similar de (a). Temos det(A − λI) = (2 − λ)2(1 − λ)2. Logo temos soluções não triviais se, e somente se, λ = 1 ou λ = 2. Quando λ = 2, o espaço solução tem dimensão 1 e uma base é α 0 0 0 . 9 Quando λ = 1, o espaço solução tem dimensão 1 e uma base é 3α −3α α 0 . (c) - (e) Omitidas. 15. Dados v1 = (2, 1, 3), v2 = (−2, 1, 3) (a) Por que {v1, v2} é claramente não uma base de R3? (b) {v1, v2} é L.I ou L.D.? (c) Quais são as condições sobre um vetor v3 ∈ R3 para que {v1, v2, v3} seja uma base de R3? (d) Encontre um vetor v3 tal que {v1, v2, v3} é base de R3. R: (a) R3 tem dimensão 3, logo qualquer base de R3 tem três elementos. (b) L.I. (c) Seja v3 = (x, y, z). Estamos procurando valores de x, y, z tais que det 2 −2 x1 1 y 3 3 z 6= 0. Chama esta matrix por A. Calculando o determinante (achei mais fácil usar a terceira coluna), obtemos det(A) = −2y + 4z. Logo det(A) 6= 0 se, e somente se, z 6= 3y. (d) Então um exemplo de um vetor v3 = (x, y, z) tal que z 6= 3y é (0, 1, 1). Pode confirmar que estes três vetores são L.I. logo (já que R3) tem dimensão 3, {v1, v2, v3} é uma base de R3. 16. Seja r uma reta em R3. Mostre que r é subespaço de R3 se, e somente se, 0 ∈ r. R: Tem vários jeitos mostrar este fato. Seja W um subespaço qualquer de Rn (n qualquer). Vamos mostrar que 0 ∈ W : já que subespaços são não vazios, seja w ∈W um elemento qualquer. Já queW é subespaço e w ∈W , então (−1) · w = −w ∈ W (segunda propriedade de subespaços). Mas agora já que w,−w ∈ W , temos −w + w = 0 ∈ W (primeira propriedade de subespaços). Em particular, caso nossa reta r for subespaço, ele vai conter 0. Noutra direção, uma reta r = (a, b, c) + tw t ∈ R onde (a, b, c) ∈ r é um ponto da reta qualquer e w é vetor diretor. Mas se (0, 0, 0) ∈ r então a reta é {tw | t ∈ R} que é um subespaço de R3. 10 17. (a) Sejam W1,W2 subespaços de Rn. Mostre que W1 ∩W2 := {v ∈ Rn | v ∈W1 e v ∈W2} é subespaço de Rn. (b) Mostre que os conjuntos W1 = {(x, 0) |x ∈ R} W2 = {(0, y) | y ∈ R} são subespaços de R2 mas que W1 ∪W2 := {v ∈ R2 | v ∈W1 ou v ∈W2} não é subespaço de R2. R: (a) Sejam u, v ∈W1 ∩W2. Então u, v ∈W1 e u, v ∈W2. Agora u+ v ∈W1 pois u, v ∈W1 e W1 é subespaço, e também u+ v ∈W2 pois u, v ∈W2 e W2 é subespaço. Segue que u+ v ∈W1 +W2. Similarmente, dado v ∈ W1 ∩ W2 e α ∈ R, então αv ∈ W1 pois v ∈ W1 e W1 é subespaço, e também αv ∈ W2 pois v ∈ W2 e W2 é subespaço. Logo αv ∈ W1 ∩W2, mostrando que W1 ∩W2 satisfaz a segunda condição de subespaço. Logo W1 ∩W2 é subespaço de Rn. (b) O elemento (1, 0) ∈ W1, logo (1, 0) ∈ W1 ∪W2. O elemento (0, 1) ∈ W2, logo (0, 1) ∈W1 ∪W2. Mas o elemento (1, 0) + (0, 1) = (1, 1) e (1, 1) 6∈W1 e (1, 1) 6∈W2, logo (1, 1) 6∈W1∪W2. Já que W1∪W2 não satisfaz a primeira condição de ser subespaço, ele não é um subespaço de R2. 11
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