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PROCEDIMENTOS NA LICITAÇÃO

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1 
 
 
 
FACULDADE SUL AMERICANA 
CURSO DE EXTENSÃO EM LICITAÇÃO E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
Professora Mestre Paula Ramos Nora de Santis 
 
O PROCEDIMENTO LICITATÓRIO NA LEI 8.666/93 
 
A licitação não possui um procedimento uniforme. Os procedimentos variam de acordo com a 
modalidade de licitação, bem como em razão do objeto da contratação. Não obstante, algumas 
exigências são comuns a toda e qualquer licitação. O procedimento, por exemplo, é dividido em 
duas fases: fase interna (no interior da Administração) e externa (publicidade do certame com a 
convocação dos interessados). 
Cada modalidade licitatória possui um procedimento próprio. No entanto, a sequência de fases 
observa sempre o padrão empregado no procedimento da concorrência. Assim, o estudo das 
fases da concorrência permite compreender as linhas gerais de todos os procedimentos 
licitatórios. 
A fase interna compreende todos os atos anteriores à publicação do edital, envolvendo: a) 
elaboração de projeto básico para obras e serviços de engenharia; b) orçamento detalhado; c) 
previsão de recursos orçamentários e compatibilidade com o Plano Plurianual (PPA); d) abertura 
de processo administrativo para verificação da necessidade da contratação e designação de 
comissão. 
A fase externa inicia-se com a publicação do edital e inclui basicamente cinco etapas: a) 
instrumento convocatório; b) habilitação; c) classificação; d) homologação; e) adjudicação. 
 
I- ETAPA (FASE) INTERNA E CONTEÚDO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE 
LICITAÇÃO 
 
Rafael de Oliveira resume as etapas da fase interna: 
 
a) Requisição do objeto: é o ato que inicia o processo de licitação. Tendo em vista a necessidade 
de contratação (compras, serviços, obras ou alienações), o agente descreve o objeto e requisita 
a sua contratação. 
 
b) Estimativa do valor: a Administração deve verificar o preço de mercado do objeto da futura 
contratação. Não há um procedimento formal, previsto em lei, para realização da cotação de 
preços. Apesar da omissão legal, normalmente a Administração consulta, no mínimo, três 
pessoas do ramo pertinente ao objeto, fixando uma média dos preços apresentados. A 
2 
 
estimativa do valor é importante por duas razões: (i) serve como parâmetro para escolha da 
modalidade de licitação (concorrência, tomada de preços ou convite, na forma do art. 23, I e II, 
da Lei 8.666/1993), salvo nos casos em que a definição da modalidade independe do valor 
estimado do contrato; e (ii) serve como parâmetro para (des)classificação das propostas que 
serão apresentadas pelos licitantes (art. 48 da Lei 8.666/1993). 
 
c) Autorização de despesa: o ordenador de despesa verifica a existência de recursos 
orçamentários suficientes para contratação do objeto (arts. 7.º, § 2.º, III, e 14 da Lei 8.666/1993). 
 
d) Designação da comissão de licitação: em regra, a comissão de licitação, composta por, no 
mínimo, três membros, sendo pelo menos dois servidores, tem a função de receber, examinar 
e julgar todos os documentos e procedimentos relativos às licitações (arts. 6.º, XVI, e 51 da Lei 
8.666/1993). 
 
e) Elaboração das minutas do instrumento convocatório e do contrato: o instrumento 
convocatório (edital ou convite) contém as regras que deverão ser observadas pela 
Administração e pelos licitantes. A minuta do futuro contrato deve constar obrigatoriamente do 
instrumento convocatório (art. 62, § 1.º, da Lei 8.666/1993). Os requisitos do edital e do 
contrato estão previstos, respectivamente, nos arts. 40 e 55 da Lei. 
 
f) Análise jurídica das minutas do instrumento convocatório e do contrato: a assessoria jurídica 
da Administração deve examinar e aprovar as minutas dos instrumentos convocatórios e dos 
contratos 
 
Conforme o disposto na lei 8.666.93: 
 
Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo, 
devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação 
sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados 
oportunamente: 
I - edital ou convite e respectivos anexos, quando for o caso; 
II - comprovante das publicações do edital resumido, na forma do art. 21 desta Lei, ou da 
entrega do convite; 
III - ato de designação da comissão de licitação, do leiloeiro administrativo ou oficial, ou do 
responsável pelo convite; 
IV - original das propostas e dos documentos que as instruírem; 
V - atas, relatórios e deliberações da Comissão Julgadora; 
VI - pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a licitação, dispensa ou inexigibilidade; 
3 
 
VII - atos de adjudicação do objeto da licitação e da sua homologação; 
VIII - recursos eventualmente apresentados pelos licitantes e respectivas manifestações e 
decisões; 
IX - despacho de anulação ou de revogação da licitação, quando for o caso, fundamentado 
circunstanciadamente; 
X - termo de contrato ou instrumento equivalente, conforme o caso; 
XI - outros comprovantes de publicações; 
XII - demais documentos relativos à licitação. 
Parágrafo único. As minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos, 
convênios ou ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da 
Administração. 
 
II- AUDIÊNCIA PÚBLICA 
 
Art. 39. Sempre que o valor estimado para uma licitação ou para um conjunto de licitações 
simultâneas ou sucessivas for superior a 100 (cem) vezes o limite previsto no art. 23, inciso I, 
alínea "c" desta Lei (atualmente 100 x R$ 3.300.000,00), o processo licitatório será iniciado, 
obrigatoriamente, com uma audiência pública concedida pela autoridade responsável com 
antecedência mínima de 15 (quinze) dias úteis da data prevista para a publicação do edital, e 
divulgada, com a antecedência mínima de 10 (dez) dias úteis de sua realização, pelos mesmos 
meios previstos para a publicidade da licitação, à qual terão acesso e direito a todas as 
informações pertinentes e a se manifestar todos os interessados. 
Parágrafo único. Para os fins deste artigo, consideram-se licitações simultâneas aquelas com 
objetos similares e com realização prevista para intervalos não superiores a trinta dias e 
licitações sucessivas aquelas em que, também com objetos similares, o edital subsequente 
tenha uma data anterior a cento e vinte dias após o término do contrato resultante da licitação 
antecedente. 
 
III- A COMISSÃO DE LICITAÇÃO 
 
A comissão de licitação, em regra, é composta por três membros, sendo dois deles dos quadros 
permanentes do órgão licitante, nomeados pela autoridade superior dentro da própria entidade 
(art. 51 da Lei n. 8.666/93)1. Existem dois tipos de comissão: especial, constituída para um 
certame específico, e permanente, que realiza todas as licitações no período de investidura. 
 
Art. 51. A habilitação preliminar, a inscrição em registro cadastral, a sua 
alteração ou cancelamento, e as propostas serão processadas e julgadas por 
 
1 EXCEÇÃO 
4 
 
comissão permanente ou especial de, no mínimo, 3 (três) membros, sendo 
pelo menos 2 (dois) deles servidores qualificados pertencentes aos quadros 
permanentes dos órgãos da Administração responsáveis pela licitação. 
 
§ 1o No caso de convite, a Comissão de licitação, excepcionalmente, nas 
pequenas unidades administrativas e em face da exigüidade de pessoal 
disponível, poderá ser substituída por servidor formalmente designado pela 
autoridade competente. 
 
§ 2o A Comissão para julgamento dos pedidos de inscrição em registro 
cadastral, sua alteração ou cancelamento, será integrada por profissionais 
legalmente habilitados no caso de obras, serviços ou aquisição de 
equipamentos. 
 
§ 3o Os membros das Comissões de licitação responderão solidariamente por 
todos os atos praticados pela Comissão, salvo se posição individual 
divergente estiver devidamente fundamentada e registradaem ata lavrada 
na reunião em que tiver sido tomada a decisão. 
 
§ 4o A investidura dos membros das Comissões permanentes não excederá 
a 1 (um) ano, vedada a recondução da totalidade de seus membros para a 
mesma comissão no período subseqüente. 
 
§ 5o No caso de concurso, o julgamento será feito por uma comissão especial 
integrada por pessoas 
 
Os membros da comissão respondem solidariamente por todos os atos a ela imputados, salvo 
se a posição individual divergente for manifestada em ata (art. 51, § 3º, da Lei n. 8.666/93). 
 
IV- PUBLICAÇÃO DO EDITAL 
 
A publicação do edital é o primeiro evento da fase externa da licitação. No edital, estão fixadas 
todas as regras do procedimento e os requisitos exigidos para participação no certame. A sua 
natureza vinculante e obrigatória faz do edital a lei da licitação. 
Em regra, o edital (CONTEÚDO- ART. 40) não pode ser alterado. Mas, se for preciso realizar 
alguma modificação, deverá ser observado o mesmo meio de divulgação do texto original, 
reabrindo o prazo para recebimento das propostas e apresentação de documentos, exceto se a 
alteração não prejudicar a elaboração das propostas. 
 
IMPUGNAÇÃO DO EDITAL 
 
Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do 
edital, ao qual se acha estritamente vinculada. 
5 
 
 
§ 1o Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por 
irregularidade na aplicação desta Lei, devendo protocolar o pedido até 5 
(cinco) dias úteis antes da data fixada para a abertura dos envelopes de 
habilitação, devendo a Administração julgar e responder à impugnação em 
até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da faculdade prevista no § 1o do art. 113. 
 
§ 2o Decairá do direito de impugnar os termos do edital de licitação perante 
a administração o licitante que não o fizer até o segundo dia útil que 
anteceder a abertura dos envelopes de habilitação em concorrência, a 
abertura dos envelopes com as propostas em convite, tomada de preços ou 
concurso, ou a realização de leilão, as falhas ou irregularidades que viciariam 
esse edital, hipótese em que tal comunicação não terá efeito de recurso. 
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) 
 
§ 3o A impugnação feita tempestivamente pelo licitante não o impedirá de 
participar do processo licitatório até o trânsito em julgado da decisão a ela 
pertinente. 
 
§ 4o A inabilitação do licitante importa preclusão do seu direito de participar 
das fases subseqüentes. 
 
 
V- HABILITAÇÃO 
 
É a fase licitatória de recebimento e abertura dos envelopes contendo a documentação exigida 
para participar do certame. 
Para preservar a mais ampla competitividade possível, as exigências de qualificação técnica e 
econômica devem ser compatíveis e proporcionais ao objeto licitado, restringindo-se ao 
estritamente indispensável para garantir o cumprimento adequado do futuro contrato. 
Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, 
exclusivamente, documentação relativa a: 
 
I - habilitação jurídica; 
 
Art. 28. A documentação relativa à habilitação jurídica, conforme o 
caso, consistirá em: 
 
I - cédula de identidade; 
 
II - registro comercial, no caso de empresa individual; 
 
III - ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, 
devidamente registrado, em se tratando de sociedades comerciais, e, 
no caso de sociedades por ações, acompanhado de documentos de 
eleição de seus administradores; 
 
6 
 
IV - inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis, 
acompanhada de prova de diretoria em exercício; 
 
V - decreto de autorização, em se tratando de empresa ou sociedade 
estrangeira em funcionamento no País, e ato de registro ou 
autorização para funcionamento expedido pelo órgão competente, 
quando a atividade assim o exigir. 
 
II - qualificação técnica; 
 
Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a: 
 
I - registro ou inscrição na entidade profissional competente; 
 
II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente 
e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da 
licitação, e indicação das instalações e do aparelhamento e do pessoal 
técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da 
licitação, bem como da qualificação de cada um dos membros da 
equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos; 
 
III - comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que recebeu os 
documentos, e, quando exigido, de que tomou conhecimento de todas 
as informações e das condições locais para o cumprimento das 
obrigações objeto da licitação; 
 
IV - prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial, 
quando for o caso. 
 
§ 1o A comprovação de aptidão referida no inciso II do "caput" deste 
artigo, no caso das licitações pertinentes a obras e serviços, será feita 
por atestados fornecidos por pessoas jurídicas de direito público ou 
privado, devidamente registrados nas entidades profissionais 
competentes, limitadas as exigências a: (Redação dada pela Lei nº 
8.883, de 1994) 
 
I - capacitação técnico-profissional: comprovação do licitante de 
possuir em seu quadro permanente, na data prevista para entrega da 
proposta, profissional de nível superior ou outro devidamente 
reconhecido pela entidade competente, detentor de atestado de 
responsabilidade técnica por execução de obra ou serviço de 
características semelhantes, limitadas estas exclusivamente às 
parcelas de maior relevância e valor significativo do objeto da licitação, 
vedadas as exigências de quantidades mínimas ou prazos máximos; 
(Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) 
 
II - (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) 
 
a) (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) 
 
b) (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) 
7 
 
 
 
§ 2o As parcelas de maior relevância técnica e de valor significativo, 
mencionadas no parágrafo anterior, serão definidas no instrumento 
convocatório. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) 
 
§ 3o Será sempre admitida a comprovação de aptidão através de 
certidões ou atestados de obras ou serviços similares de complexidade 
tecnológica e operacional equivalente ou superior. 
 
§ 4o Nas licitações para fornecimento de bens, a comprovação de 
aptidão, quando for o caso, será feita através de atestados fornecidos 
por pessoa jurídica de direito público ou privado. 
 
§ 5o É vedada a exigência de comprovação de atividade ou de aptidão 
com limitações de tempo ou de época ou ainda em locais específicos, 
ou quaisquer outras não previstas nesta Lei, que inibam a participação 
na licitação. 
 
§ 6o As exigências mínimas relativas a instalações de canteiros, 
máquinas, equipamentos e pessoal técnico especializado, 
considerados essenciais para o cumprimento do objeto da licitação, 
serão atendidas mediante a apresentação de relação explícita e da 
declaração formal da sua disponibilidade, sob as penas cabíveis, 
vedada as exigências de propriedade e de localização prévia. 
 
§ 7º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) 
 
I - (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) 
 
II - (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) 
 
§ 8o No caso de obras, serviços e compras de grande vulto, de alta 
complexidade técnica, poderá a Administração exigir dos licitantes a 
metodologia de execução, cuja avaliação, para efeito de sua aceitação 
ou não, antecederá sempre à análise dos preços e será efetuada 
exclusivamente por critérios objetivos. 
 
§ 9o Entende-se por licitação de alta complexidade técnica aquela que 
envolva alta especialização, como fator de extrema relevância para 
garantir a execução do objeto a ser contratado, ou que possa 
comprometer a continuidade da prestação de serviços públicos 
essenciais. 
 
§ 10. Os profissionais indicados pelo licitante para fins de 
comprovação da capacitação técnico-operacional de que trata o inciso 
I do§ 1º deste artigo deverão participar da obra ou serviço objeto da 
licitação, admitindo-se a substituição por profissionais de experiência 
equivalente ou superior, desde que aprovada pela administração. 
(Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) 
 
§ 11. (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) 
8 
 
 
§ 12. (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) 
 
III - qualificação econômico-financeira; 
 
Art. 31. A documentação relativa à qualificação econômico-financeira 
limitar-se-á a: 
 
I - balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício 
social, já exigíveis e apresentados na forma da lei, que comprovem a 
boa situação financeira da empresa, vedada a sua substituição por 
balancetes ou balanços provisórios, podendo ser atualizados por 
índices oficiais quando encerrado há mais de 3 (três) meses da data de 
apresentação da proposta; 
 
II - certidão negativa de falência ou concordata expedida pelo 
distribuidor da sede da pessoa jurídica, ou de execução patrimonial, 
expedida no domicílio da pessoa física; 
 
III - garantia, nas mesmas modalidades e critérios previstos no "caput" 
e § 1o do art. 56 desta Lei, limitada a 1% (um por cento) do valor 
estimado do objeto da contratação. 
 
 
§ 1o A exigência de índices limitar-se-á à demonstração da capacidade 
financeira do licitante com vistas aos compromissos que terá que 
assumir caso lhe seja adjudicado o contrato, vedada a exigência de 
valores mínimos de faturamento anterior, índices de rentabilidade ou 
lucratividade. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) 
 
§ 2o A Administração, nas compras para entrega futura e na execução 
de obras e serviços, poderá estabelecer, no instrumento convocatório 
da licitação, a exigência de capital mínimo ou de patrimônio líquido 
mínimo, ou ainda as garantias previstas no § 1o do art. 56 desta Lei, 
como dado objetivo de comprovação da qualificação econômico-
financeira dos licitantes e para efeito de garantia ao adimplemento do 
contrato a ser ulteriormente celebrado. 
 
§ 3o O capital mínimo ou o valor do patrimônio líquido a que se refere 
o parágrafo anterior não poderá exceder a 10% (dez por cento) do 
valor estimado da contratação, devendo a comprovação ser feita 
relativamente à data da apresentação da proposta, na forma da lei, 
admitida a atualização para esta data através de índices oficiais. 
 
§ 4o Poderá ser exigida, ainda, a relação dos compromissos assumidos 
pelo licitante que importem diminuição da capacidade operativa ou 
absorção de disponibilidade financeira, calculada esta em função do 
patrimônio líquido atualizado e sua capacidade de rotação. 
 
§ 5o A comprovação de boa situação financeira da empresa será feita 
de forma objetiva, através do cálculo de índices contábeis previstos no 
9 
 
edital e devidamente justificados no processo administrativo da 
licitação que tenha dado início ao certame licitatório, vedada a 
exigência de índices e valores não usualmente adotados para correta 
avaliação de situação financeira suficiente ao cumprimento das 
obrigações decorrentes da licitação. (Redação dada pela Lei nº 
8.883, de 1994) 
 
§ 6º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) 
 
 
IV – regularidade fiscal e trabalhista; 
 
 Art. 29. A documentação relativa à regularidade fiscal e trabalhista, 
conforme o caso, consistirá em: 
 
I - prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no 
Cadastro Geral de Contribuintes (CGC); 
 
II - prova de inscrição no cadastro de contribuintes estadual ou 
municipal, se houver, relativo ao domicílio ou sede do licitante, 
pertinente ao seu ramo de atividade e compatível com o objeto 
contratual; 
 
III - prova de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e 
Municipal do domicílio ou sede do licitante, ou outra equivalente, na 
forma da lei; 
 
IV - prova de regularidade relativa à Seguridade Social e ao Fundo de 
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), demonstrando situação regular 
no cumprimento dos encargos sociais instituídos por lei. 
 
V – prova de inexistência de débitos inadimplidos perante a Justiça do 
Trabalho, mediante a apresentação de certidão negativa, nos termos 
do Título VII-A da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo 
Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943 
 
EMPRESAS EM CONSÓRCIO: 
Art. 33. Quando permitida na licitação a participação de empresas em 
consórcio, observar-se-ão as seguintes normas: 
 
I - comprovação do compromisso público ou particular de constituição de 
consórcio, subscrito pelos consorciados; 
 
II - indicação da empresa responsável pelo consórcio que deverá atender às 
condições de liderança, obrigatoriamente fixadas no edital; 
 
III - apresentação dos documentos exigidos nos arts. 28 a 31 desta Lei por 
parte de cada consorciado, admitindo-se, para efeito de qualificação técnica, 
o somatório dos quantitativos de cada consorciado, e, para efeito de 
qualificação econômico-financeira, o somatório dos valores de cada 
10 
 
consorciado, na proporção de sua respectiva participação, podendo a 
Administração estabelecer, para o consórcio, um acréscimo de até 30% 
(trinta por cento) dos valores exigidos para licitante individual, inexigível este 
acréscimo para os consórcios compostos, em sua totalidade, por micro e 
pequenas empresas assim definidas em lei; 
 
IV - impedimento de participação de empresa consorciada, na mesma 
licitação, através de mais de um consórcio ou isoladamente; 
 
V - responsabilidade solidária dos integrantes pelos atos praticados em 
consórcio, tanto na fase de licitação quanto na de execução do contrato. 
 
§ 1o No consórcio de empresas brasileiras e estrangeiras a liderança caberá, 
obrigatoriamente, à empresa brasileira, observado o disposto no inciso II 
deste artigo. 
 
§ 2o O licitante vencedor fica obrigado a promover, antes da celebração do 
contrato, a constituição e o registro do consórcio, nos termos do 
compromisso referido no inciso I deste artigo. 
 
A concorrência conta com uma fase de habilitação preliminar, anterior ao julgamento das 
propostas, para aferição da qualificação e aptidão das empresas para celebrarem contratos com 
o Poder Público. Nesta fase, como será analisado em tópico próprio, a empresa deverá 
comprovar: a) habilitação jurídica; b) qualificação técnica; c) qualificação econômico -financeira; 
d) regularidade fiscal; e e) cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7.º da CRFB (art. 27 
da Lei 8.666/1993). 
De acordo com o art. 22, § 2.º, da Lei de Licitações, podem participar da tomada de preços os 
“interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exi gidas para 
cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a 
necessária qualificação”. 
As características básicas do registro cadastral podem ser assim enumeradas: a) deve ser 
atualizado, no mínimo, anualmente e deverá estar permanentemente aberto aos interessados 
(art. 34, § 1.º, da Lei de Licitações); b) é facultado às unidades administrativas utilizarem-se de 
registros cadastrais de outros órgãos ou entidades da Administração Pública (art. 34, § 2.º); c) 
os inscritos serão classificados por categorias, tendo-se em vista sua especialização, subdivididas 
em grupos, segundo a qualificação técnica e econômica avaliada pelos elementos constantes da 
documentação relacionada nos arts. 30 e 31 da Lei de Licitações (art. 36); d) os cadastrados 
receberão certificado de cadastramento (Certificado de Registro Cadastral), renovável sempre 
que atualizarem o registro (art. 36, § 1.º). Em âmbito federal, o Decreto 3.722/2001 dispõe sobre 
o Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (SICAF). 
O cadastramento prévio corresponde à fase de habilitação. Os interessados (ainda não são 
licitantes), antes de aberto o certame, apresentam os documentos de habilitação para serem 
cadastrados perante determinado órgão ou entidade administrativa.Posteriormente, quando a 
Administração iniciar a tomada de preços, será desnecessária a fase específica de habilitação, 
tornando o procedimento mais célere. 
Em relação à TOMADA DE PREÇO e o CADASTRAMENTO prévio, duas situações polêmicas são 
destacadas por Rafael Oliveira: 
11 
 
A primeira discussão refere-se à interpretação da exigência contida no art. 22, § 2.º, da Lei de 
Licitações: “que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia 
anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação”. Existem 
dois entendimentos sobre o assunto: 
1.º entendimento: Os interessados devem obter o cadastramento efetivo até o terceiro dia 
anterior da data do recebimento das propostas. Nesse sentido: Jessé Torres Pe reira Junior. 
2.º entendimento: Os interessados devem apresentar todos os documentos exigidos para o 
cadastro até o terceiro dia anterior da data do recebimento das propostas, mas a decisão 
relativa ao cadastramento poderá ser proferida após esse prazo. Enquanto não decididos os 
cadastramentos (as habilitações), os envelopes das propostas não serão abertos. Nesse sentido: 
Marçal Justen Filho e Marcos Juruena Villela Souto. 
A segunda questão controvertida relaciona-se com o órgão responsável pela análise dos 
documentos que comprovam as “condições exigidas para cadastramento” quando existirem 
duas comissões distintas: uma comissão de cadastramento e uma comissão de licitação. 
1.º entendimento: A análise deve ser concentrada na comissão de cadastramento, tendo em 
vista a necessidade de uniformidade dos requisitos para o cadastramento. O tratamento 
dispensado por esta comissão aos cadastrados deve ser o mesmo conferido aos interessados 
que pretendem se cadastrar para determinada licitação. Nesse sentido: Marçal Justen Filho e 
Jessé Torres Pereira Junior. 
2.º entendimento: A comissão de licitação deve analisar os documentos exigidos para o 
cadastramento, pois a intenção da Lei é facilitar a participação do não interessado, e, por vezes, 
o órgão cadastral (comissão de cadastramento) está distante da sede do interessado. Nesse 
sentido: Marcos Juruena Villela Souto, Diógenes Gasparini e Maria Sylvia Zanella Di Pietro. 
Podem participar do convite (art. 22, § 3.º, da Lei de Licitações): a) convidados (cadastrados ou 
não); e b) não convidados (cadastrados) que manifestarem seu interesse com antecedência de 
até 24 horas da apresentação das propostas. 
A Administração, conforme previsão contida no art. 22, § 3.º, da Lei de Licitações, deve convidar, 
no mínimo, três interessados para participarem do convite. A interpretação literal da norma 
poderia levar à conclusão de que basta o envio de convites a três interessados para que a 
Administração prossiga validamente com a licitação. 
Tem prevalecido, no entanto, o entendimento de que não é suficiente o envio de três convites 
para validade do certame, mas, sim, a apresentação efetiva de, no mínimo, três propostas.188 
O objetivo é fomentar a competição e evitar fraudes (direcionamento da licitação), permitindo 
a participação do maior número possível de interessados, especialmente para compensar a 
menor publicidade existente no convite. 
Excepcionalmente, quando for impossível a obtenção do número mínimo de licitantes, por 
limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, a Administração apresentará 
as respectivas justificativas, hipótese em que não precisará renovar a licitação (art. 22, § 7.º). 
Nesse caso, se houver dois licitantes, a Administração selecionará a melhor proposta e 
formalizará o contrato. Caso exista apenas um licitante, a Administração efetivará a contratação 
direta. 
12 
 
Na hipótese de sucessão de convites para contratação de objeto idêntico ou assemelhado, a 
Administração não poderá repetir sempre os mesmos convidados, pois a identidade de 
convidados violaria o princípio da impessoalidade e comprometeria a seleção da melhor 
proposta. 
Por esta razão, o art. 22, § 6.º, da Lei de Licitações exige, a cada novo convite, realizado para 
objeto idêntico ou assemelhado, o “convite a, no mínimo, mais um interessado, enquanto 
existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações”. A nosso sentir, apesar da ausência 
de clareza da norma, o objetivo não é aumentar necessariamente o número de convidados a 
cada licitação, e, sim, evitar a repetição dos mesmos convidados (ex.: a Administração poderia 
substituir um dos convidados na licitação anterior por outro particular, sem a necessidade de 
convidar quatro interessados). 
A habilitação é simplificada no convite, sendo admitida a dispensa, total ou parcial, dos 
documentos comprobatórios (habilitação jurídica, qualificação técnica, qualificação econômico-
financeira e regularidade fiscal2), conforme dispõe o art. 32, § 1.º, da Lei 8.666/1993. 
Ressalte-se, ainda, a possibilidade de substituição excepcional, nas pequenas unidades 
administrativas e em face da exiquidade de pessoal disponível, da comissão de licitação por 
servidor formalmente designado pela autoridade competente (art. 51, § 1.º, da Lei 8.666/1993). 
O licitante que não atender às exigências de habilitação será excluído da competição. A 
inabilitação do licitante importa preclusão do seu direito de participar das fases subsequentes 
(art. 41, § 4º, da Lei n. 8.666/93). 
Com o encerramento da fase de habilitação, a comissão fica impossibilitada (preclusão) de 
utilizar elementos da qualificação dos licitantes para realizar o julgamento das propostas. É o 
que afirma o art. 43, § 5º, da Lei n. 8.666/93: “Ultrapassada a fase de habilitação dos 
concorrentes e abertas as propostas, não cabe desclassificá-los por motivo relacionado com a 
habilitação, salvo em razão de fatos supervenientes ou só conhecidos após o julgamento”. 
Se nenhum licitante for habilitado, deve ser aberto prazo de oito dias para complementação de 
documentos. 
RECURSO: Contra a decisão que inabilita participante, cabe recurso com efeito suspensivo no 
prazo de cinco dias úteis contados da intimação na sessão ou da publicação da decisão no Diário 
Oficial. 
 
VI- JULGAMENTO E CLASSIFICAÇÃO 
 
Classificação é a fase de análise e julgamento das propostas formuladas pelos concorrentes 
habilitados. 
 
2 A comissão só pode exigir a apresentação de certidões tributárias relativas a tributos vinculados ao 
objeto do certame. Isso porque a l icitação não pode ser usada como meio indireto para obter regularidade 
fiscal da empresa. Nesse sentido, o art. 193 do Código Tributário Nacional: “Salvo quando expressamente 
autorizado por lei, nenhum departamento da administração pública da União, do s Estados, do Distrito 
Federal, ou dos Municípios, ou sua autarquia, celebrará contrato ou aceitará proposta em concorrência 
pública sem que o contratante ou proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à 
Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre”. 
13 
 
Nessa etapa procedimental, os envelopes são abertos e a comissão promove a verificação da 
conformidade de cada proposta com os requisitos do edital e com os preços correntes no 
mercado, promovendo-se a desclassificação das propostas desconformes ou incompatíveis. 
A comissão pode desclassificar três tipos de propostas: 
a) inexequível: quando o valor estiver muito abaixo do praticado no mercado; 
b) contrária à cláusula do edital; 
c) indireta ou condicionada: aquela que não apresenta um valor exato, mas vincula a oferta a 
determinada condição ou a proposta de outro concorrente. Deve ser desclassificada, por 
exemplo, a proposta que diga “meu preço é 95% da proposta mais baixa apurada”. 
 
EMPATE...............será classificada em primeiro lugar a empresa de capital nacional e, 
persistindo, ocorrerá sorteio. (LEI COMPLEMENTAR 123/06) 
 
RECURSO: Após a divulgação do resultado, caberecurso com efeito suspensivo no prazo de 
cinco dias úteis contados da intimação na sessão ou da publicação da decisão no Diário Oficial. 
 
VII- HOMOLOGAÇÃO E ADJUDICAÇÃO 
 
Após a definição da ordem classificatória, os autos sobem para a autoridade superior, que 
procederá à avaliação de todo o procedimento em busca de eventuais irregularidades. 
Inexistindo qualquer irregularidade ou acontecimento ensejador de revogação, a licitação será 
aprovada e homologada. 
 
Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do procedimento 
somente poderá revogar a licitação por razões de interesse público 
decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e 
suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de 
ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e 
devidamente fundamentado. 
 
§ 1o A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não 
gera obrigação de indenizar, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 
59 desta Lei. 
 
§ 2o A nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato, ressalvado 
o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei. 
 
§ 3o No caso de desfazimento do processo licitatório, fica assegurado o 
contraditório e a ampla defesa. 
 
§ 4o O disposto neste artigo e seus parágrafos aplica-se aos atos do 
procedimento de dispensa e de inexigibilidade de licitação. 
14 
 
 
 
A última fase do procedimento da concorrência é a adjudicação, que consiste no ato 
administrativo declaratório e vinculado de atribuição jurídica do objeto da licitação ao vencedor 
do certame. 
 
A adjudicação produz dois efeitos principais: 
 
a) atribui o direito ao vencedor de não ser preterido na celebração do contrato; 
b) provoca a liberação dos licitantes vencidos. 
 
 
A Administração convocará regularmente o interessado para assinar o termo de contrato, 
aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo e condições estabelecidos, sob 
pena de decair do direito à contratação, admitida uma prorrogação, por igual período, quando 
solicitado pela parte durante o seu transcurso e desde que ocorra motivo justificado aceito pela 
Administração. 
 
A Lei n. 8.666/93 faculta à Administração, quando o convocado não assinar o termo de contrato 
ou não aceitar ou retirar o instrumento equivalente no prazo e condições estabelecidos , a 
convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para fazê -lo em igual prazo e 
nas mesmas condições propostas pelo primeiro classificado, inclusive quanto aos preços 
atualizados de conformidade com o ato convocatório, ou revogar a licitação. 
 
Ultrapassados sessenta dias da data da entrega das propostas, sem convocação para a 
contratação, ficam os licitantes liberados dos compromissos assumidos. 
 
 
DO PROCEDIMENTO NA MODALIDADE PREGÃO 
-inversão das fases- 
 
 
Conforme disposto na Lei 10.520/02, tem-se, no pregão, na fase externa, a inversão das fases: 
 
Art. 3º A fase preparatória do pregão observará o seguinte: 
 
I - a autoridade competente justificará a necessidade de contratação e 
definirá o objeto do certame, as exigências de habilitação, os critérios de 
aceitação das propostas, as sanções por inadimplemento e as cláusulas do 
contrato, inclusive com fixação dos prazos para fornecimento; 
 
II - a definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e clara, vedadas 
especificações que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem a 
competição; 
 
III - dos autos do procedimento constarão a justificativa das definições 
referidas no inciso I deste artigo e os indispensáveis elementos técnicos 
sobre os quais estiverem apoiados, bem como o orçamento, elaborado pelo 
órgão ou entidade promotora da licitação, dos bens ou serviços a serem 
licitados; e 
 
15 
 
IV - a autoridade competente designará, dentre os servidores do órgão ou 
entidade promotora da licitação, o pregoeiro e respectiva equipe de apoio, 
cuja atribuição inclui, dentre outras, o recebimento das propostas e lances, 
a análise de sua aceitabilidade e sua classificação, bem como a habilitação e 
a adjudicação do objeto do certame ao licitante vencedor. 
 
§ 1º A equipe de apoio deverá ser integrada em sua maioria por servidores 
ocupantes de cargo efetivo ou emprego da administração, 
preferencialmente pertencentes ao quadro permanente do órgão ou 
entidade promotora do evento. 
 
§ 2º No âmbito do Ministério da Defesa, as funções de pregoeiro e de 
membro da equipe de apoio poderão ser desempenhadas por militares 
 
Art. 4º A fase externa do pregão será iniciada com a convocação dos 
interessados e observará as seguintes regras: 
 
I - a convocação dos interessados será efetuada por meio de publicação de 
aviso em diário oficial do respectivo ente federado ou, não existindo, em 
jornal de circulação local, e facultativamente, por meios eletrônicos e 
conforme o vulto da licitação, em jornal de grande circulação, nos termos 
do regulamento de que trata o art. 2º; 
 
II - do aviso constarão a definição do objeto da licitação, a indicação do local, 
dias e horários em que poderá ser lida ou obtida a íntegra do edital; 
 
III - do edital constarão todos os elementos definidos na forma do inciso I do 
art. 3º, as normas que disciplinarem o procedimento e a minuta do contrato, 
quando for o caso; 
 
IV - cópias do edital e do respectivo aviso serão colocadas à disposição de 
qualquer pessoa para consulta e divulgadas na forma da Lei no 9.755, de 16 
de dezembro de 1998; 
 
V - o prazo fixado para a apresentação das propostas, contado a partir da 
publicação do aviso, não será inferior a 8 (oito) dias úteis; 
 
VI - no dia, hora e local designados, será realizada sessão pública para 
recebimento das propostas, devendo o interessado, ou seu representante, 
identificar-se e, se for o caso, comprovar a existência dos necessários 
poderes para formulação de propostas e para a prática de todos os demais 
atos inerentes ao certame; 
 
VII - aberta a sessão, os interessados ou seus representantes, apresentarão 
declaração dando ciência de que cumprem plenamente os requisitos de 
habilitação e entregarão os envelopes contendo a indicação do objeto e do 
preço oferecidos, procedendo-se à sua imediata abertura e à verificação da 
conformidade das propostas com os requisitos estabelecidos no instrumento 
convocatório; 
 
16 
 
VIII - no curso da sessão, o autor da oferta de valor mais baixo e os das 
ofertas com preços até 10% (dez por cento) superiores àquela poderão fazer 
novos lances verbais e sucessivos, até a proclamação do vencedor; 
 
IX - não havendo pelo menos 3 (três) ofertas nas condições definidas no 
inciso anterior, poderão os autores das melhores propostas, até o máximo 
de 3 (três), oferecer novos lances verbais e sucessivos, quaisquer que sejam 
os preços oferecidos; 
 
X - para julgamento e classificação das propostas, será adotado o critério de 
menor preço, observados os prazos máximos para fornecimento, as 
especificações técnicas e parâmetros mínimos de desempenho e qualidade 
definidos no edital; 
 
XI - examinada a proposta classificada em primeiro lugar, quanto ao objeto e 
valor, caberá ao pregoeiro decidir motivadamente a respeito da sua 
aceitabilidade; 
 
XII - encerrada a etapa competitiva e ordenadas as ofertas, o pregoeiro 
procederá à abertura do invólucro contendo os documentos de habilitação 
do licitante que apresentou a melhor proposta, para verificação do 
atendimento das condições fixadas no edital; 
 
XIII - a habilitação far-se-á com a verificação de que o licitante está em 
situação regular perante a Fazenda Nacional, a Seguridade Social e o Fundo 
de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, e as Fazendas Estaduais e 
Municipais, quando for o caso, com a comprovação de que atende às 
exigências do edital quanto à habilitação jurídica e qualificações técnica e 
econômico-financeira; 
 
XIV - os licitantes poderão deixar de apresentar os documentos de 
habilitação que já constem do Sistema de Cadastramento Unificado deFornecedores – Sicaf e sistemas semelhantes mantidos por Estados, Distrito 
Federal ou Municípios, assegurado aos demais licitantes o direito de acesso 
aos dados nele constantes; 
 
XV - verificado o atendimento das exigências fixadas no edital, o licitante será 
declarado vencedor; 
 
XVI - se a oferta não for aceitável ou se o licitante desatender às exigências 
habilitatórias, o pregoeiro examinará as ofertas subseqüentes e a 
qualificação dos licitantes, na ordem de classificação, e assim 
sucessivamente, até a apuração de uma que atenda ao edital, sendo o 
respectivo licitante declarado vencedor; 
 
XVII - nas situações previstas nos incisos XI e XVI, o pregoeiro poderá negociar 
diretamente com o proponente para que seja obtido preço melhor; 
 
XVIII - declarado o vencedor, qualquer licitante poderá manifestar imediata 
e motivadamente a intenção de recorrer, quando lhe será concedido o 
prazo de 3 (três) dias para apresentação das razões do recurso, ficando os 
demais licitantes desde logo intimados para apresentar contrarrazões em 
17 
 
igual número de dias, que começarão a correr do término do prazo do 
recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos autos; 
 
XIX - o acolhimento de recurso importará a invalidação apenas dos atos 
insuscetíveis de aproveitamento; 
 
XX - a falta de manifestação imediata e motivada do licitante importará a 
decadência do direito de recurso e a adjudicação do objeto da licitação pelo 
pregoeiro ao vencedor; 
 
XXI - decididos os recursos, a autoridade competente fará a adjudicação do 
objeto da licitação ao licitante vencedor; 
 
XXII - homologada a licitação pela autoridade competente, o adjudicatário 
será convocado para assinar o contrato no prazo definido em edital; e 
 
XXIII - se o licitante vencedor, convocado dentro do prazo de validade da sua 
proposta, não celebrar o contrato, aplicar-se-á o disposto no inciso XVI. 
 
 
 
DO SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS 
 
 
O registro de preços é um sistema utilizado pelo Poder Público para aquisição de bens e serviços 
em que os interessados concordam em manter os preços registrados pelo “órgão gerenciador”. 
Estes preços são lançados em uma “ata de registro de preços” visando as contratações futuras, 
obedecendo-se as condições estipuladas no ato convocatório da licitação. 
 
O SRP é uma opção economicamente viável à Administração, portanto, preferencial em relação 
às demais. A escolha pelo SRP se dá em razão de diversos fatores: 
 
a) quando houver necessidade de compras habituais; 
b) quando a característica do bem ou serviço recomendarem contratações frequentes, como 
por exemplo: medicamentos; produtos perecíveis (como hortifrutigranjeiros); serviços de 
manutenção etc. 
c) quando a estocagem dos produtos não for recomendável quer pelo caráter perecível quer 
pela dificuldade no armazenamento; 
d) quando for viável a entrega parcelada; 
e) quando não for possível definir previamente a quantidade exata da demanda; e 
f) quando for conveniente a mais de um órgão da Administração. 
 
 
Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão: 
 
I - atender ao princípio da padronização, que imponha compatibilidade de 
especificações técnicas e de desempenho, observadas, quando for o caso, as 
condições de manutenção, assistência técnica e garantia oferecidas; 
 
II - ser processadas através de sistema de registro de preços; 
 
18 
 
III - submeter-se às condições de aquisição e pagamento semelhantes às do 
setor privado; 
 
IV - ser subdivididas em tantas parcelas quantas necessárias para aproveitar 
as peculiaridades do mercado, visando economicidade; 
 
V - balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos órgãos e entidades da 
Administração Pública. 
 
§ 1o O registro de preços será precedido de ampla pesquisa de mercado. 
 
§ 2o Os preços registrados serão publicados trimestralmente para orientação 
da Administração, na imprensa oficial. 
 
§ 3o O sistema de registro de preços será regulamentado por decreto, 
atendidas as peculiaridades regionais, observadas as seguintes condições: 
 
I - seleção feita mediante concorrência; 
 
II - estipulação prévia do sistema de controle e atualização dos preços 
registrados; 
 
III - validade do registro não superior a um ano. 
 
§ 4o A existência de preços registrados não obriga a Administração a firmar 
as contratações que deles poderão advir, ficando-lhe facultada a utilização 
de outros meios, respeitada a legislação relativa às licitações, sendo 
assegurado ao beneficiário do registro preferência em igualdade de 
condições. 
 
§ 5o O sistema de controle originado no quadro geral de preços, quando 
possível, deverá ser informatizado. 
 
§ 6o Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar preço constante do 
quadro geral em razão de incompatibilidade desse com o preço vigente no 
mercado. 
 
§ 7o Nas compras deverão ser observadas, ainda: 
 
I - a especificação completa do bem a ser adquirido sem indicação de marca; 
 
II - a definição das unidades e das quantidades a serem adquiridas em função 
do consumo e utilização prováveis, cuja estimativa será obtida, sempre que 
possível, mediante adequadas técnicas quantitativas de estimação; 
 
III - as condições de guarda e armazenamento que não permitam a 
deterioração do material. 
 
§ 8o O recebimento de material de valor superior ao limite estabelecido no 
art. 23 desta Lei, para a modalidade de convite, deverá ser confiado a uma 
comissão de, no mínimo, 3 (três) membros. 
 
19 
 
Art. 16. Será dada publicidade, mensalmente, em órgão de divulgação oficial 
ou em quadro de avisos de amplo acesso público, à relação de todas as 
compras feitas pela Administração Direta ou Indireta, de maneira a clarificar 
a identificação do bem comprado, seu preço unitário, a quantidade 
adquirida, o nome do vendedor e o valor total da operação, podendo ser 
aglutinadas por itens as compras feitas com dispensa e inexigibilidade de 
licitação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) 
 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos casos de dispensa 
de licitação previstos no inciso IX do art. 24. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 
1994) 
 
Conforme disposto no Decreto 7.892/2013: 
 
Art. 2º Para os efeitos deste Decreto, são adotadas as seguintes definições: 
 
I - Sistema de Registro de Preços - conjunto de procedimentos para registro 
formal de preços relativos à prestação de serviços e aquisição de bens, para 
contratações futuras; 
 
II - ata de registro de preços - documento vinculativo, obrigacional, com 
característica de compromisso para futura contratação, em que se registram 
os preços, fornecedores, órgãos participantes e condições a serem 
praticadas, conforme as disposições contidas no instrumento convocatório e 
propostas apresentadas; 
 
III - órgão gerenciador - órgão ou entidade da administração pública federal 
responsável pela condução do conjunto de procedimentos para registro de 
preços e gerenciamento da ata de registro de preços dele decorrente; 
 
IV - órgão participante - órgão ou entidade da administração pública que 
participa dos procedimentos iniciais do Sistema de Registro de Preços e 
integra a ata de registro de preços; (Redação dada pelo Decreto nº 8.250, de 
2.014) 
 
V - órgão não participante - órgão ou entidade da administração pública que, 
não tendo participado dos procedimentos iniciais da licitação, atendidos os 
requisitos desta norma, faz adesão à ata de registro de preços. 
 
VI - compra nacional - compra ou contratação de bens e serviços, em que o 
órgão gerenciador conduz os procedimentos para registro de preços 
destinado à execução descentralizada de programa ou projeto federal, 
mediante prévia indicação da demanda pelos entes federados beneficiados; 
e (Incluído pelo Decreto nº 8.250, de 2.014) 
 
VII - órgão participante de compra nacional - órgão ou entidade da 
administração pública que, em razão de participação em programa ou 
projeto federal, é contemplado no registro de preços independente de 
manifestação formal. (Incluídopelo Decreto nº 8.250, de 2.014) 
 
 
 
20 
 
 
Quando utilizar: 
 
 
Art. 3º O Sistema de Registro de Preços poderá ser adotado nas seguintes 
hipóteses: 
 
I - quando, pelas características do bem ou serviço, houver necessidade de 
contratações frequentes; 
 
II - quando for conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas 
parceladas ou contratação de serviços remunerados por unidade de medida 
ou em regime de tarefa; 
 
III - quando for conveniente a aquisição de bens ou a contratação de serviços 
para atendimento a mais de um órgão ou entidade, ou a programas de 
governo; ou 
 
IV - quando, pela natureza do objeto, não for possível definir previamente o 
quantitativo a ser demandado pela Administração.

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