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Análise das Demonstrações Financeiras - Empresas Agricultura - B3

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1 
 
UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO 
RIO GRANDE DO SUL 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, 
CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
RITIELE MARIA HARTMANN 
 
 
 
 
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS COM BASE 
EM INDICADORES ECONÔMICOS E FINANCEIROS NAS EMPRESAS 
DO SETOR AGRICULTURA LISTADAS NA B3 
 
 
 
 
 
 
 
 
IJUÍ (RS) 
2018 
2 
 
RITIELE MARIA HARTMANN 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS COM BASE 
EM INDICADORES ECONÔMICOS E FINANCEIROS NAS EMPRESAS 
DO SETOR AGRICULTURA LISTADAS NA B3 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão do curso apresentado no 
DACEC – Departamento das Ciências 
Administrativas, Contábeis Econômicas e da 
Comunicação, no Curso de Ciências Contábeis da 
UNIJUÍ, como requisito para a conclusão e 
obtenção do título de Bacharel em Ciências 
Contábeis. 
 
 
 
 
 
Orientadora: Prof.ª MS. STELA MARIS ENDERLI 
 
 
 
 
Ijuí (RS), Novembro, 2018 
3 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Primeiramente, a Deus. Pois sem Ele nada sou, e nada seria. Me amparou 
incontáveis vezes durante minha trajetória em dias de chuva, de frio, em que eu estava 
sozinha, dias em que eu pensava em desistir, mas nunca deixei de perder a Fé que 
Nele tenho. Meu Deus, serei agradecida o resto de meus dias. 
 Eu nunca soube o que queria ser da vida, a única certeza era a de que eu 
queria me formar, em que, não sabia. Meu pai sempre me dizia antes de qualquer 
coisa: o diploma. 
Pois bem, e aqui estou. Dedico este Trabalho de Conclusão de Curso a esses 
dois seres que me deram a vida ainda tão jovens, e nunca mediram esforços para que 
eu pudesse realizar este sonho, fazendo o possível e o impossível para eu pudesse 
ter esta oportunidade, Pai Renato e Mãe Raquel serei grata a vocês enquanto eu viver. 
Ao pequeno Rian minha fonte de inspiração, e ao irmão do meio Riquiel, que 
sempre diz que não fiz mais do que a minha obrigação. Á minha Vó Maria Hartmann, 
o que dizer, me faltam palavras, obrigado pelo apoio e força ouvindo muitas vezes 
minhas lamurias, obrigado por ter aberto as portas da sua casa para que nesses dois 
últimos anos de faculdade eu pudesse ficar ai e desculpe os momentos de estresse. 
A minha prima Franciele pelas caronas na ida e na volta pra aula, muito 
obrigado! A minha prima Joeline que me socorreu quando meu notebook estragou 
emprestando o dela, obrigado! 
A minha orientadora Stela, que me acompanha desde o princípio e nunca 
desistiu de mim apesar de todos os problemas que passei durante minha trajetória 
acadêmica. Muito obrigada Mestre! 
Á grandiosa Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do 
Sul, mestres, professores e funcionários, vocês foram indispensáveis neste conquista. 
Obrigado! 
 
 
 
 
 
4 
 
RESUMO 
 
Este trabalho de pesquisa tem como foco demonstrar os indicadores econômicos e financeiros das 
empresas do setor da agricultura listados na B3. Inicialmente contando um pouco do histórico e a 
trajetória da sua evolução no país sendo como um dos principais setores do agronegócio brasileiro. 
Este trabalho de conclusão apresenta o tema, o problema em questão, e especifica os objetivos 
principais relatando da importância da análise dos indicadores para os seus usuários e a justificativa. 
Os indicadores analisados foram os de liquidez, garantia de dívidas, lucratividade, rentabilidade, analise 
operacional atividade, giro ou ciclometria e o ebitda. Apresentou-se uma pesquisa de natureza aplicada 
e quanto aos seus objetivos são descritivos e identifica, relata e compara os aspectos dos dados obtidos 
de caráter econômicos e financeiros. Os procedimentos técnicos da mesma é a análise documental, 
bibliográfica e de multicaso por se tratar de mais de uma organização. Enquadra-se na abordagem do 
problema qualitativo baseando-se nas demonstrações contábeis para obtenção dos indicadores com 
análises e gráficos comparativos. Os dados monetários foram obtidos por meio eletrônico no site da B3 
e demais informações utilizou-se de referências bibliográficas da biblioteca institucional e sites de 
pesquisa da área contábil. No estudo aplicado consta os resultados obtidos na pesquisa e, constatou-
se que a empresa SLC agrícola S.A é a mais consolidada no mercado enquanto as demais variam seus 
indicadores econômicos e financeiros gradativamente. Foi muita pesquisa, tanto bibliográfica quanto 
virtual, o site da B3 foi a principal ferramenta de pesquisa das demonstrações contábeis e os resultados 
foram todos alcançados com sucesso. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Análise das Demonstrações Contábeis, Indicadores econômicos e 
financeiros, agricultura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Lista de Figuras 
 
Figura nº 1 – Balanço Patrimonial...............................................................................21 
Figura nº 2 – Demonstração do Resultado do Exercício..............................................22 
Figura nº 3 – EBITDA..................................................................................................33 
Figura nº 5 – Desenho da Pesquisa............................................................................40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Lista de Quadros 
 
Quadro nº 1 - Indicadores de Liquidez......................................................................25 
Quadro nº 2 - Indicadores de Garantia de Dívidas....................................................27 
Quadro nº 3 - Indicadores de Lucratividade..............................................................29 
Quadro nº 4 - Indicadores de Rentabilidade..............................................................30 
Quadro nº 5 - Indicadores de Atividade, Giro ou Ciclometria....................................31 
Quadro nº 6 - Cálculo do Fator de atualização pelos índices do IGPM......................41 
Quadro nº 7 - Liquidez Corrente................................................................................43 
Quadro nº 8 - Liquidez Seca......................................................................................44 
Quadro nº 9 - Liquidez Geral.....................................................................................45 
Quadro nº 10 - Liquidez Imediata................................................................................46 
Quadro nº 11 - Capital Circulante Líquido...................................................................47 
Quadro nº 12 - Dívidas Circulantes.............................................................................49 
Quadro nº 13 - Dívidas Totais.....................................................................................50 
Quadro nº 14 - Dívidas de Longo Prazo......................................................................51 
Quadro nº 15 - Segurança Máxima.............................................................................52 
Quadro nº 16 - Margem de Lucro Operacional Bruto..................................................54 
Quadro nº 17 - Margem de Lucro Operacional Líquido...............................................55 
Quadro nº 18 - Margem de Lucro Líquido do Exercício...............................................56 
Quadro nº 19 - Rentabilidade do Capital Social..........................................................57 
Quadro nº 20 - Rentabilidade do Patrimônio Líquido..................................................58 
Quadro nº 21 - Rentabilidade do Ativo Total...............................................................59 
Quadro nº 22 - Remuneração do Investimento Operacional.......................................60 
Quadro nº 23 - Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido.......................................61 
Quadro nº 24 - Exame de Rotação dos Estoques.......................................................62 
Quadro nº 25 - Prazo Médio de Cobrança de Duplicatas............................................63Quadro nº 26 - Prazo Médio de Pagamento de Duplicatas..........................................64 
Quadro nº 27 - Ebitda Aliperti S.A................................................................................65 
Quadro nº 28 - Ebitda Pomifrutas S.A.........................................................................66 
7 
 
Quadro nº 29 - Ebitda SLC S.A....................................................................................66 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
Lista de Gráficos 
 
Gráfico nº 1 - Liquidez Corrente.................................................................................43 
Gráfico nº 2 - Liquidez Seca......................................................................................44 
Gráfico nº 3 - Liquidez Geral......................................................................................45 
Gráfico nº 4 - Liquidez Imediata.................................................................................46 
Gráfico nº 5 - Capital Circulante Líquido....................................................................47 
Gráfico nº 6 - Dívidas Circulantes..............................................................................49 
Gráfico nº 7 - Dívidas Totais......................................................................................50 
Gráfico nº 8 - Dívidas de Longo Prazo.......................................................................51 
Gráfico nº 9 - Segurança Máxima..............................................................................52 
Gráfico nº 10 - Margem de Lucro Operacional Bruto...................................................54 
Gráfico nº 11 - Margem de Lucro Operacional Líquido................................................55 
Gráfico nº 12 - Margem de Lucro Líquido do Exercício................................................56 
Gráfico nº 13 - Rentabilidade do Capital Social...........................................................57 
Gráfico nº 14 - Rentabilidade do Patrimônio Líquido...................................................58 
Gráfico nº 15 - Rentabilidade do Ativo Total................................................................59 
Gráfico nº 16 - Remuneração do Investimento Operacional........................................60 
Gráfico nº 17 - Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido........................................61 
Gráfico nº 18 - Exame de Rotação dos Estoques........................................................62 
Gráfico nº 19 - Prazo Médio de Cobrança de Duplicatas.............................................63 
Gráfico nº 20 - Prazo Médio de Pagamento de Duplicatas..........................................64 
Gráfico nº 21 - Ebitda..................................................................................................67 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Lista de Abreviaturas 
AC Ativo Circulante 
AO Ativo Operacional 
Apud. Junto a (latim) 
AT Ativo Total 
B3 Brasil, Bolsa, Balcão 
BOVESPA Bolsa de Valores do Estado de São Paulo 
CCL Capital Circulante Líquido 
CFC Conselho Federal de Contabilidade 
CMV Custo da Mercadoria Vendida 
CS Capital Social 
DRE Demonstração do Resultado do Exercício 
EBITDA Earnings Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization 
Et. al. E Outros (latim) 
EVA Economic Value Added (Valor Econômico Adicionado) 
LAJIDA Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização 
LLE Lucro Líquido do Exercício 
LOB Lucro Operacional Bruto 
LOL Lucro Operacional Líquido 
NBC TG Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas Gerais 
Nº Número 
PC Passivo Circulante 
PELP Passivo Exigível a Longo Prazo 
PIB Produto Interno Bruto 
PL Patrimônio Líquido 
PNC Passivo Não Circulante 
PT Passivo Total 
RLP Realizável a Longo Prazo 
ROL Resultado Operacional Líquido 
VDP Valor Duplicatas a Pagar 
PMRE Prazo Médio de Renovação dos Estoques 
PMRV Prazo Médio de Recebimento das Vendas 
PMPC Prazo Médio de Pagamento das Compras 
10 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO.................................................................................... 12 
1.1 ÁREA DE CONHECIMENTO CONTEMPLADA................................. 13 
1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO......................................... 13 
1.3 PROBLEMA........................................................................................ 14 
1.4 OBJETIVO.......................................................................................... 15 
1.4.1 Objetivo Geral.................................................................................... 15 
1.4.2 Objetivos Específicos....................................................................... 15 
1.5 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA........................................................ 16 
2 REFERENCIAL TEÓRICO................................................................. 17 
2.1 CONTABILIDADE............................................................................... 17 
2.2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS..................................................... 18 
2.2.1 Balanço Patrimonial.......................................................................... 19 
2.2.2 Demonstração do Resultado do Exercício...................................... 21 
2.3 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS............................. 23 
2.4 INDICADORES DA SITUAÇÃO FINANCEIRA................................... 24 
2.4.1 Análise de Liquidez........................................................................... 25 
2.4.2 Análise de Garantia de Dívidas........................................................ 26 
2.5 INDICADORES DA SITUAÇÃO ECONÔMICA................................... 28 
2.5.1 Indicadores de Lucratividade........................................................... 28 
2.5.2 Indicadores de Rentabilidade.......................................................... 30 
2.6 ANÁLISE OPERACIONAL, ATIVIDADE GIRO OU 
CICLOMETRIA................................................................................... 
31 
2.7 EBITDA............................................................................................... 33 
3 METODOLOGIA DA PESQUISA....................................................... 35 
3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA...................................................... 35 
3.1.1 Quanto a Natureza da Pesquisa....................................................... 35 
3.1.2 Quanto aos Objetivos da Pesquisa.................................................. 36 
3.1.3 Quanto aos Procedimentos Técnicos............................................. 37 
3.1.4 Quanto a Abordagem do Problema.................................................. 37 
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA (UNIVERSO E AMOSTRA) .................. 38 
3.3 COLETA DOS DADOS........................................................................ 39 
11 
 
3.4 INTERPRETAÇÃO DOS DADOS........................................................ 40 
4 ESTUDO APLICADO.......................................................................... 41 
4.1 ORGANIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS.................. 41 
4.2 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES POR INDICADORES................ 42 
4.2.1 Indicadores Financeiros de Liquidez............................................... 42 
4.2.2 Indicadores Financeiros de Garantia de Dívidas – 
Endividamento................................................................................... 
48 
4.2.3 Indicadores de Lucratividade........................................................... 53 
4.2.4 Indicadores de Rentabilidade........................................................... 57 
4.2.5 Indicadores de Análise Operacional – Atividade, Giro ou 
Ciclometria......................................................................................... 
61 
4.2.6 Ebitda..................................................................................................65 
4.3 CONCLUSÃO DAS ANÁLISES........................................................... 68 
 CONCLUSÃO...................................................................................... 70 
 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................... 71 
 ANEXOS.............................................................................................. 74 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
1 INTRODUÇÃO 
A pesquisa é desenvolvida mediante o concurso dos conhecimentos 
disponíveis e a utilização cuidadosa de métodos e técnicas de investigação cientÍfica. 
Na realidade, a pesquisa desenvolve-se ao longo de um processo que envolve 
inúmeras fases, desde a adequada formulação do problema até a satisfatória 
apresentação dos resultados. (GIL, 2010). 
A importância da análise de indicadores econômicos e financeiros para uso 
interno e externo facilita a decisão de um gestor ou de um acionista, como é o caso 
do presente trabalho, tratando-se de empresas de capital aberto. Também não menos 
importante, teve a finalidade de aprofundar os conhecimentos na área da 
contabilidade e de análise de indicadores da autora, futura profissional do ramo. 
As empresas de capital aberto, como é o caso dessa pesquisa, além de uma 
gestão para seus controles e acompanhamentos econômicos e financeiros por parte 
de seus acionistas, estas analises também serviram como ponto de partida para um 
investidor vir a adquirir novas ações. Empresas de capital aberto possuem suas 
demonstrações contábeis disponíveis para as avaliações e estudos necessários. 
Analisar, portanto, não é suficiente, sem que ela seja complementada com a 
precisa interpretação dos elementos avaliados. Essa interpretação decorre da 
comparação entre os componentes do conjunto de que fazem parte. (FRANCO, 1992). 
O primeiro capítulo do trabalho de conclusão de curso, caracterizou-se o tema 
a ser desenvolvido, fundamentação do problema em estudo e os objetivos gerais e 
específicos da pesquisa e a justificativa da mesma. Conforme Silva (2003), para se 
fundamentar um problema deve-se ter um conhecimento pleno referente as 
informações necessárias, já que essa parte é uma visão preliminar do trabalho. 
No segundo capítulo, tratou-se do referencial teórico, evidenciando os 
conceitos de contabilidade, Demonstrações Contábeis e análise das demonstrações 
contábeis por indicadores. 
A parte metodológica da pesquisa, deu-se no terceiro capítulo. Destacando-se 
os métodos e técnicas do projeto como a classificação da pesquisa, população e 
amostra e a análise dos dados. 
Por fim, tem-se no quarto e último capítulo, a parte prática da pesquisa. Com a 
demonstração dos resultados obtidos por meio dos cálculos dos indicadores 
13 
 
apresentados em quadros e gráficos, para facilitar o estudo de comparação entre uma 
empresa e outra durante os três últimos anos de exercício das mesmas. 
1.1 ÁREA DE CONHECIMENTO CONTEMPLADA 
A contabilidade vem sendo uma importante ferramenta nos processos de 
criação e gestão de empresas. Por meio dela tomam-se decisões fundamentais e 
muitas vezes decisivas em relação ao rumo que os sócios, gestores, acionistas ou 
diretores darão para seus negócios. 
Segundo Iudícibus (2010, p. 40): “[...] as demonstrações contábeis retratam os 
efeitos patrimoniais e financeiros das transações e outros eventos, agrupando-os em 
classes de acordo com as suas características econômicas”. 
A área de conhecimento desse estudo é a análise das demonstrações 
contábeis, tendo por parâmetro a análise comparativa com base em indicadores 
econômicos e financeiros. 
1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO 
As empresas em análise, pertencem a classificação setorial não cíclico da 
Bovespa, o que significa que em épocas que a crise se instala, seus negócios são 
menos afetados e prejudiciais em suas ações em relação às empresas do setor cíclico. 
Nesse estudo, foram analisadas seis empresas do setor agricultura listadas na B3, 
com intuito de fazer uma comparação das mesmas, porem levando em consideração 
e evidenciando principalmente o setor a que pertencem. 
Segundo Brum (1985), a modernização do setor da agricultura no planalto 
Gaúcho, norte do estado do Rio Grande do Sul deu-se em meados dos anos 50, até 
então eram utilizadas ferramentas como enxada, foice, machado, máquinas para 
plantar de manuseio manual e a utilização da tração animal para as atividades mais 
pesadas. Tais ferramentas eram utilizadas nas plantações de milho, mandioca, feijão, 
arroz, cana de açúcar, dentre outras atividades, incluindo a pecuária. O uso da carroça 
ou carro de boi também foi um importante aliado para a realização dos serviços. 
O autor complementa explicando que “As técnicas de preparação do solo, 
cultivo, colheita etc. eram fruto da experiência e se transmitiam de uma geração para 
a seguinte, aperfeiçoada nesse formato”. (BRUM, 1985, p. 86) 
14 
 
Brum (1985), ainda retrata que a cultura de soja, foi uma das últimas atividades 
a ser exercidas no campo. Entre as décadas de 50 e nos anos 60, o estrangulamento 
da agricultura foi afetando as famílias gaúchas por falta de perspectivas na atividade 
agrícola, migrando assim para os estados do Paraná e de Santa Catarina pois na 
época a atividade ainda não era exercida pois eram territórios de mata virgem. A 
modernização agrícola no Planalto Gaúcho, teve início após a segunda guerra 
mundial, expandindo-se na década de 1970 com a utilização do trator, colheitadeira 
automotriz, arado de disco, terraceador, pulverizador, dentre outros que necessitavam 
da utilização da energia derivada do petróleo, devolvendo as esperanças as famílias 
que dependiam da atividade, e foi no norte do estado do Rio Grande do Sul que a 
modernização teve início no Brasil. 
1.3 PROBLEMA 
Nos dias atuais, a mecanização dos implementos está bastante avançada, e 
uso da tecnologia facilita o trabalho do produtor rural desde o preparo do solo, a 
plantação, a colheita e a entrega do produto. Diante disso, pequenos, médios e 
grandes produtores somam resultados ao produto interno bruto do país. Que segundo 
Oliveira e Mendonça (2018), o PIB brasileiro cresceu 1% devido ao alto crescimento 
do setor da agricultura do último ano de 2017 que simbolizam em valor corrente R$6,6 
trilhões. 
As pesquisadoras ainda salientam que estes dados demonstram que a 
agricultura auxiliou na queda da recessão na economia do país, só o setor da 
agropecuária representou 13 % de crescimento no seu desempenho, o que é um ótimo 
resultado para o país que vem sofrendo com as consequências da crise econômica e 
financeira. (OLIVEIRA e MENDONÇA, 2018) 
Com toda a importância que o setor agrícola tem para o desenvolvimento do 
país, quem pretende investir em empresas do setor agropecuário, ou tomar decisões 
financeiras e econômicas busca informações para análise. Estas informações são 
encontradas nas demonstrações contábeis. 
Segundo, Basso, Filipin e Enderli (2015, p. 26): 
 Denominadas de demonstrações financeiras na legislação 
societária, as demonstrações contábeis são relatórios que reúnem dados e 
informações de ordem econômica e financeira sobre determinado patrimônio, 
situado numa entidade específica, no momento de sua elaboração. 
15 
 
 
As demonstrações contábeis utilizadas pelos acionistas para o estudo dos 
indicadores econômicos e financeiros, na hora de investir, tanto no setor da agricultura 
como em outros setores, são a Demonstração do Resultado do Exercício e o Balanço 
Patrimonial. 
A clareza dos dados obtidos por meio das análises dos indicadores econômicos 
e financeiros das demonstrações contábeis, expressa-se em gráficos ou mesma 
escrita expondo os resultados derivados dos cálculos. Diante disso, a questão que 
fundamenta a presente investigação pode ser assim especificada: Como evoluiu a 
situação econômica e financeira das empresas do segmento agricultura listadas na 
B3 ao longodos últimos três anos de gestão, constatadas por meio da análise de 
indicadores? 
1.4 OBJETIVO 
 
São os fins teóricos e práticos que se propõe alcançar com a pesquisa. (SILVA, 
2003). Os objetivos devem ser bem definidos ao assunto pretendido, eles podem ser 
divididos em geral e específicos. 
 
1.4.1 Objetivo Geral 
 
Analisar a situação econômica e financeira das empresas do segmento 
agricultura, listadas na B3 ao longo dos últimos três anos de gestão, constatadas por 
meio da análise de indicadores. 
 
1.4.2 Objetivos Específicos 
 
 Revisar e ampliar conhecimentos teóricos e técnicos sobre a análise das 
demonstrações contábeis; 
 Levantar as demonstrações contábeis das empresas objeto de estudo; 
 Gerar os indicadores que evidenciam a situação patrimonial, econômica e 
financeira das empresas, 
16 
 
 Analisar e comparar os indicadores obtidos demonstrando sua importância 
para os estudos econômicos e financeiros das empresas do setor. 
1.5 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA 
A análise de indicadores financeiros e econômicos, é uma importante 
ferramenta para a gestão dos negócios. Analisa-los criteriosamente e realiza-los com 
uma certa frequência é muito mais eficiente para o rumo da empresa, do que apenas 
analisar os demonstrativos. Esse processo nos permite uma visão mais ampla sobre 
a evolução financeira e econômica das empresas. 
Os índices financeiros revelam aspectos que dizem respeito à 
situação econômica da empresa, sendo então a sua principal característica 
fornecer uma visão ampla da estrutura, situação financeira e liquidez da 
empresa. Dependendo da profundidade da análise precisa-se de uma 
quantidade maior de índices. (GOMES; COELHO, NETO. p. 90 2015). 
 
Este trabalho de estudo e pesquisa, desafiou a autora a aprofundar seus 
conhecimentos na área de análise de indicadores e consolidar seus conhecimentos 
na estrutura das demonstrações contábeis e também no segmento agropecuário. 
Acrescenta-se, que também tem por finalidade estar disponível como material 
de apoio e pesquisa para os demais colegas de curso como estudantes, professores 
e demais interessados no assunto, dentro e fora da instituição de ensino. 
 A realização deste trabalho de pesquisa, foi viável pois as Demonstrações 
Contábeis utilizadas, encontram-se disponíveis no site da B3 para consulta, sendo 
assim possível a realização dos cálculos dos indicadores econômicos e financeiros. 
 
 
 
 
 
 
17 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
Este capítulo baseou-se no estudo de livros de diferentes autores da área 
contábil, e enfatiza os principais indicadores econômicos e financeiros que foram 
abordados na pesquisa. A caracterização dos índices e das demonstrações contábeis 
utilizadas baseando-se nos conceitos e fórmulas de aplicação. 
2.1 CONTABILIDADE 
A contabilidade vem sendo uma importante ferramenta de análise e gestão em 
pequenas, medias e grandes empresas. Por meio dela tem-se principalmente seus 
controles econômicos e financeiros para a tomada de decisões. Ela vem sendo 
executada desde a idade da pedra. 
As figuras – caras de animais – indicavam o objeto registrado, e os 
riscos horizontais a quantificação dos objetos controlados. Registro de caças, 
pescas, carregamentos de mercadorias, produtos agrícolas e pastoris, são 
provas arqueológicas encontradas por pesquisadores que comprovam a 
antiga história que se pode, com firmeza, atribuir à Contabilidade. (BASSO; 
2011, p. 24). 
 
Basso (2011, p. 26), define a contabilidade como “[...] a ciência que estuda, 
controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativos 
(monetários) e qualitativo (físico)”. Enfatiza que como um conjunto de normas, 
preceitos, regras e padrões gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e 
registrar informações de suas variações de natureza econômica e financeira. 
“Para nós, que a consideramos um conjunto sistematizado de preceitos e 
normas próprias, ela é uma ciência, do grupo das ciências econômicas e 
administrativas”. (FRANCO, 1992, p. 19). 
Assim como conceitos, objetivos, a contabilidade possui finalidades. Basso 
(2011, p. 28) explica que “[...] a finalidade básica da Contabilidade é gerar informações 
de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o 
controle e o planejamento – processo decisório”. 
A contabilidade e seus diversos ramos de atuação, tem diversas finalidades. 
Atua como uma indispensável ferramenta de gestão tanto internamente para tomada 
de decisões pelos sócios, gestores, administradores e diretores, como decisões 
externas, como por exemplo a liberação de um empréstimo ou a realização de um 
18 
 
financiamento onde o banco ou a agencia financiadora necessitam das 
demonstrações contábeis. A contabilidade além de dispor de todo controle patrimonial 
das empresas, realiza serviços muito importantes nos setores empresariais, seja na 
área fiscal, de recursos humanos, para a execução de um trabalho de perícia e 
auditoria. 
Os objetivos dessa indispensável ferramenta para administradores, sócios ou 
acionistas, bancos, fornecedores e o próprio governo – federal, estadual e municipal, 
conforme Basso (2011, p. 29) “é controlar, apurar os resultados, evidenciar a situação 
patrimonial da entidade, onde engloba as análises econômicas e financeiras da 
mesma, atentar para o rígido cumprimento das normas e demais regras e demais 
obrigações além de fornecer informações de acordo com suas necessidades 
contábeis”. 
Basso (2011, p. 29) menciona que: 
Os objetivos assim enunciados revelam noção da Contabilidade, 
entendida como o centro de controle do patrimônio da entidade, para onde 
devem ser canalizados todos os documentos comprobatórios de atos e fatos 
que tenham provocado variações nos seus elementos, a fim de serem 
identificados, analisados e avaliados do ponto de vista da legitimidade e 
legalidade do ato, para, então, serem processados contabilmente e, por fim, 
gerar informações sobre a nova posição e resultados do patrimônio. 
 
As demonstrações contábeis têm ligação direta com os lançamentos feitos na 
contabilidade da empresa, pois são através dos lançamentos diários das 
movimentações de débito e crédito que incluem pagamentos, recebimentos, compras, 
vendas, dentre outros, que são feitas e emitidas as demonstrações a serem utilizadas. 
2.2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
As Demonstrações Contábeis, segundo a NBC TG 26 (2017, pg. 5-6) são 
conceituadas da seguinte forma: 
As demonstrações contábeis são uma representação estruturada da posição 
patrimonial e financeira e do desempenho da entidade. O objetivo das 
demonstrações contábeis é o de proporcionar informação acerca da posição 
patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade 
que seja útil a um grande número de usuários em suas avaliações e tomada 
de decisões econômicas. 
 
 
A norma ainda cita que “As demonstrações contábeis também objetivam 
apresentar os resultados da atuação da administração, em face de seus deveres e 
19 
 
responsabilidades na gestão diligente dos recursos que lhe foram confiados”. (NBC 
TG 26, 2017 p. 6). Também segundo a norma, tem como objetivo proporcionar 
informações referente aos ativos, passivos patrimônio líquido, ganhos e perdas que 
caracterizam as receitas e as despesas, o fluxo de caixa, alterações no capital próprio 
das entidades que lhes compete. (NBC TG 26, 2017). 
De acordo com a NBC TG Estrutura Conceitual (2011, p. 4): 
As demonstrações contábeis são elaboradas e apresentadas para 
usuários externos em geral, tendo em vista suas finalidades distintas e 
necessidades diversas. Governos, órgãos reguladores ou autoridades 
tributárias, por exemplo, podem determinar especificamente exigências para 
atender a seus próprios interesses. 
 
Existem as Demonstrações Contábeis obrigatórias, e as não obrigatórias para 
a legislação. Especialmente nas sociedades comerciais, as duas demonstrações 
principaissão a Demonstração do Resultado do Exercício, que evidencia o lucro 
líquido do exercício, e o Balanço Patrimonial que tem a função de revelar a posição 
financeira e patrimonial da entidade em um determinado período. As duas principais, 
são complementadas pela Demonstração do Fluxo de Caixa, Demonstração dos 
Lucros e Prejuízos Acumulados ou Demonstração das Mutações do Patrimônio 
Líquido e Demonstração do Valor Adicionado. (BASSO, 2011). 
 
 Basso; Filipin e Enderli (2015, p. 25), explicam que a análise das 
demonstrações contábeis tem: 
Finalidade Interna: Atende demandas internas da entidade, especialmente 
nas tomadas de decisão nos vários níveis internos. 
Finalidade Externa: Atende a interesses de agentes externos à entidade, 
como investidores, fornecedores, acionistas minoritários e outros usuários. 
 
Para complementar as demonstrações contábeis, os demonstrativos são 
acompanhados pelas Notas Explicativas. Nelas se esclarecem os métodos, os 
resultados econômicos, financeiros e patrimoniais das entidades ao final do seu 
respectivo exercício social. (BASSO, 2011). 
 
2.2.1 Balanço Patrimonial 
 
O conceito desta demonstração contábil, segundo explica Basso (2011, p. 294) 
é que o Balanço Patrimonial “pode ser entendido como uma representação 
quantitativa e sintética dos elementos que compõem o patrimônio de uma entidade 
20 
 
numa determinada data, revelando sua posição financeira e patrimonial estática, isto 
é, na data do seu levantamento”. 
“Os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição 
patrimonial e financeira são os ativos, os passivos e o patrimônio líquido”. (NBC TG 
ESTRUTURA CONCEITUAL, 2011 p. 19). 
Referente a sua estrutura, de acordo com Basso (2011) no lado esquerdo do 
balanço representa-se o ativo, são mencionadas as aplicações de recursos 
determinadas pelos bens e direitos da entidade e no lado direito as origens de 
recursos de capital próprio e de terceiros. 
 O ativo é composto por dois grandes grupos: Ativo Circulante e Ativo Não 
Circulante. Conforme Iudícibus (2010, p. 28), “São todos os bens e direitos de 
propriedade e controle da empresa, que são avaliáveis em dinheiro e que representam 
benefícios presentes ou futuros para a empresa”. Ele ainda ressalta que: “Se o bem 
ou direito não for de propriedade da empresa, normalmente não constara do seu 
Ativo”. (IUDÍCIBUS, 2010, p. 28). 
Do lado direito do balanço localizam-se obrigações da empresa que são nada 
mais e nada menos do que as origens de recursos, determinadas pelo Passivo. 
“Simplificadamente, evidencia toda a obrigação (dívida) que a empresa tem com 
terceiros; contas a pagar, fornecedores de matéria-prima (a prazo), impostos a pagar, 
financiamentos, empréstimos etc”. (IUDÍCIBUS. 2010, p. 29). 
Basso (2011), conceitua o ativo circulante como aqueles bens e direitos fixados 
em até 12 meses, e o Ativo Não Circulante como aqueles além desse período, ou 
seja, após o término do exercício social. 
Ainda no lado direito do balanço patrimonial, fica localizado o patrimônio líquido. 
Nesse campo compreendem os recursos próprios da entidade, diferença entre o ativo 
e o passivo. Ou seja, conforme Basso (2011), o patrimônio líquido é positivo quando 
o ativo for maior do que o passivo, e é negativo quando o passivo supera o ativo. 
A estrutura do Balanço Patrimonial para Basso (2011) é assim constituída: 
 
 
 
 
 
 
21 
 
Figura nº 1: Balanço Patrimonial 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
 
1 – ATIVO 
 
2 – PASSIVO 
 1.1 – CIRCULANTE 2.1 – CIRCULANTE 
 1.2 – NÃO CIRCULANTE 2.2 – NÃO CIRCULANTE 
 1.2.1 – REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 2.2.1 – EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 
 1.2.2 – INVESTIMENTOS 
 1.2.3 – IMOBILIZADO 
 1.2.4 – INTANGÍVEL 
 3 – PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 3.1 – CAPITAL SOCIAL 
 3.2 – RESERVA DE CAPITAL 
 3.3 – RESERVA DE LUCROS 
 3.4 – AJUSTES DE AVALIAÇÕES 
PATRIMONIAIS 
 3.5 – (-) AÇÕES EM TESOURARIA 
 3.6 – (-) PREJUIZOS ACUMULADOS 
Fonte: Basso (2011, p.300). 
 
Iudícibus (2010, p. 29) afirma que: 
 O patrimônio líquido da entidade não é apenas representado pelos novos 
investimentos dos seus proprietários, ele também é o lugar onde o lucro 
obtido pela empresa fica aplicado, ele pertence aos proprietários ou a 
entidade, porem fica retida/acumulada ao Patrimônio Líquido. 
 
Quanto a sua estrutura, a nomenclatura das contas pode variar de entidade 
para entidade. Alterar as mesmas de acordo com a natureza de suas transações 
utilizadas na contabilidade não interfere na demonstração, desde que essas contas 
forneçam as informações relevantes ao contexto das operações financeiras e 
patrimoniais. (NBC TG 26, 2017). 
 
2.2.2 Demonstração Do Resultado Do Exercício – DRE 
 
A Demonstração do Resultado do Exercício é o relatório contábil que sintetiza 
as operações que deram origem ao resultado de um determinado período ou exercício 
social. (BASSO, 2011). 
Para Franco (1992, p. 45): 
É a mais importante demonstração da dinâmica patrimonial, pois 
mostra a receita bruta da entidade (vendas ou serviços prestados), o custo 
dessas receitas e demais despesas operacionais, evidenciando o lucro bruto 
e o lucro operacional. Demonstra, ainda, outras receitas e despesas não-
operacionais, para evidenciar o lucro líquido do exercício. 
 
22 
 
A Demonstração do Resultado segundo cita a NBC TG 26 (2017, p. 28), deve 
conter no mínimo a seguinte estrutura: 
Em atendimento à legislação societária brasileira vigente na data da emissão 
desta Norma, a demonstração do resultado deve incluir ainda as seguintes 
rubricas: 
(i) custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos; 
(ii) lucro bruto; 
(iii) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e 
receitas operacionais; 
(iv) resultado antes das receitas e despesas financeiras; 
(v) resultado antes dos tributos sobre o lucro; 
resultado líquido do período. 
 
Basso (2011, p. 308), afirma que a DRE está estruturada de forma a evidenciar 
as diversas fases do resultado, como demonstra a figura nº 2: 
 
Figura nº 2: Demonstração do Resultado do Exercício 
DISCRIMINAÇÃO A B 
1 – RECEITA (OPERACIONAL) BRUTA XXXXX XXXXX 
 Venda de Mercadoria X X 
 Venda de produtos X X 
 Prestação de Serviços X X 
2 – DEDUÇÕES DA RECEITA (OPERACIONAL) BRUTA (XXX) (XXX) 
 Impostos Faturados (X) (X) 
 Devoluções e Abatimentos (X) (X) 
3 – RECEITA (OPERACIONAL) LÍQUIDA (1-2) XXXXX XXXXX 
4 – CUSTOS (XXX) (XXX) 
 Das Mercadoria Vendidas (X) (X) 
 Dos Produtos Vendidos (X) (X) 
 Dos Serviços Prestados (X) (X) 
5 – LUCRO (OPERACIONAL) BRUTO (3-4) XXXXX XXXXX 
6 – DESPESAS (OPERACIONAIS) (XXX) (XXX) 
 De Vendas (X) (X) 
 Receitas Financeiras X X 
 Despesas Financeiras (X) (X) 
 Gerais e Administrativas (X) (X) 
7 – OUTRAS RECEITAS E DESPESAS (OPERACIONAIS) XXX XXX 
 Receitas X X 
 Despesas (X) (X) 
8 – RESULTADO (OPERACIONAL) LÍQUIDO (5-6+-7) XXXXX XXXXX 
9 – RESULTADO NÃO OPERACIONAL (opcional) (XXX) (XXX) 
23 
 
 Receitas X X 
 Despesas (X) (X) 
10 – RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA (8+-9) XXX XXX 
11 – PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA E CSLL (X) (X) 
12 – PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES (X) (X) 
 Debêntures (X) (X) 
 Administradores (X) (X) 
 Empregados (X) (X) 
 Outros Beneficiários (X) (X) 
 Outras Contribuições (X) (X) 
13 – RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (10-11-12) XXX XXX 
14 – RESULTADO LÍQUIDO POR AÇÃO X X 
Fonte: Basso (2011, p.315). 
A DRE está estruturada de forma a evidenciar as diversas fases do resultado, 
iniciando com a ROB – Receita Operacional Bruta, passando pelas deduções de 
encargos tributários, deduções e demais abatimentos necessários, custos e despesas 
relativos, para então obter o Lucro Operacional Bruto. Ainda nesse âmbito, dispõe que 
se deduzindoas despesas financeiras e somando as receitas financeiras, obtém-se o 
ROL – Resultado Operacional Liquido. (BASSO, 2011). 
Após esta fase, acrescentam-se sobre a ROL, as receitas não operacionais e 
deduzem-se as despesas também não operacionais, tendo por sequencia o resultado 
antes do imposto de renda e deduz a provisão do IR e da CSLL, logo após os valores 
relativos as participações e contribuições societárias e sociais, tendo então o resultado 
ou lucro e/ou prejuízo do exercício ou resultado líquido por ação. (BASSO, 2011). 
Para Iudícibus (2010, p. 49) “O lucro líquido é a sobra liquida à disposição dos 
proprietários da empresa. Os proprietários decidem a parcela do lucro que ficará retida 
na empresa e a parte que será distribuída aos donos do capital (Dividendos)”. 
2.3 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
Via de regra, a técnica da análise de balanços utiliza-se fundamentalmente do 
Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício e apenas 
complementarmente das demais demonstrações contábeis. (BASSO; FILIPIN; 
ENDERLI, 2015). 
 
24 
 
Benedicto e Padoveze (2014, p. 27) mencionam que: 
 A demonstração de resultado é o modelo de mensuração e 
informação de lucro, enquanto balanço patrimonial é o modelo de 
mensuração e informação do investimento. [...] a análise conjunta das 
informações desses dois modelos decisórios é que deflagra todo o processo 
de gestão econômica. 
 
As análises das demais demonstrações contábeis são na verdade decorrentes 
das duas demonstrações principais. Não sendo elas menos importantes, mas tem a 
função de gerar outras informações que o pesquisador ou analista deseja verificar. 
2.4 INDICADORES DA SITUAÇÃO FINANCEIRA 
Matarazzo (2003, p. 150) afirma que “[...]. Os índices da situação financeira, 
por sua vez, são divididos em índices de estrutura de capitais e índices de liquidez 
[...]”. 
Os indicadores da situação financeira das empresas, permite aos acionistas 
diversas finalidades. “A análise financeira permite uma visão da estratégia e dos 
planos da empresa analisada, estimar seu futuro, suas limitações e suas 
potencialidades”. (BENEDICTO e PADOVEZE, 2014, p. 91). 
Os autores ainda salientam que: 
 Os maiores interessados estão os acionistas (shareholders). Contudo, uma 
série de outros interessados, sejam empresas, pessoas ou instituições que 
se relacionam com as empresas (stakeholders), sejam entidades que tem 
interesse social, podem ou devem utilizar-se dos relatórios contábeis para 
análise financeira. (BENEDICTO, PADOVEZE, 2014, p. 91-92). 
 
 
Para Iudícibus (2010, p. 92) “O uso de quocientes tem como finalidade principal 
permitir ao analista extrair tendências e comparar os quocientes com padrões 
preestabelecidos”. Ele também enfoca que essa ferramenta de análise financeira, 
além de verificar o desempenho da empresa no passado, verifica sua evolução e 
projeções para o futuro da mesma. 
Seguindo na mesma ideia, Benedicto e Padoveze (2014, p. 89) afirmam que 
“Para o gerenciamento empresarial, é necessária a informação contábil no processo 
de planejamento, controle e tomada de decisão dentro da empresa”. 
[...] a comparabilidade em vários aspectos é 
importante: 
 Comparação com períodos passados; 
 Comparação com padrão setorial; 
 Comparação com períodos orçados; 
25 
 
 Comparação com padrões internacionais; 
 Comparação com empresas concorrentes. 
(BENEDICTO e PADOVEZE, 2014, p. 89) 
 
 
Desse modo, efetuado o cálculo dos indicadores financeiros da empresa, ficou 
mais clara a ideia para elaborar o relatório de análise para a comparação dos 
resultados. Saber interpreta-los quanto ao seu grau de positividade também é um fator 
essencial para que assim os usuários dos dados possam propor alternativas ao curso 
da empresa. 
 
2.4.1 Análise de Liquidez 
 
Assaf Neto (2002, p. 171), explica que “Os indicadores de liquidez evidenciam 
a situação financeira de uma empresa frente a seus diversos compromissos 
financeiros”. Ele ainda afirma que esse estudo ainda inclui outros indicadores 
financeiros além do tradicional. 
Para Matarazzo (2003, p. 283) “Se um analista estiver analisando o balanço de 
uma empresa e se deparar com um índice de Liquidez inferior a 1,00, não deve, em 
princípio, considera-la sem condições de pagar suas dívidas em dia”. 
Os indicadores de liquidez existentes, são demonstrados no Quadro n° 1 
conforme segue abaixo: 
 
Quadro nº 1: Indicadores de Liquidez 
INDICE DESCRIÇÃO/ CONCEITO FÓRMULA 
 
Liquidez Corrente 
Mostra a capacidade de 
pagamento da empresa a curto 
prazo 
 
AC / PC 
 
Liquidez Seca 
Se a empresa sofresse uma 
total paralisação de suas 
vendas, quais seriam as 
chances de pagar suas dívidas 
 
AC – ESTOQUE / PC 
 
Liquidez Geral 
Mostra a capacidade de 
pagamento da empresa a 
Longo Prazo 
 
AC + RLP / PC + PNC 
 
Liquidez Imediata 
Mostra o quanto a empresa 
dispõe imediatamente para 
saldar as dívidas de curto prazo 
 
DISPONIBILIDADES / PC 
Fonte: adaptado de MARION (2010). 
26 
 
Legenda: 
AC: Ativo Circulante 
PC: Passivo Circulante 
RLP: Realizável a Longo Prazo 
PNC: Passivo Não Circulante 
 
Basso; Filipin e Enderli (2015), ainda citam o indicador do Capital Circulante 
Líquido, que demonstra em valores aquilo que sobra ou falta no ativo circulante caso 
liquidasse todo seu passivo circulante em um determinado momento, obtido pela 
fórmula: 
 
CCL= AC – PC 
 
Legenda: 
CCL: Capital Circulante Liquido 
AC: Ativo Circulante 
PC: Passivo Circulante 
 
2.4.2 Análise de Garantia de Dívidas 
 
“Estes quocientes relacionam as fontes de fundos entre si, procurando retratar 
a posição relativa do capital próprio com relação ao capital de terceiros”. (IUDICIBUS, 
2010, p. 97). 
Para Marion (2010, p. 94), composição do endividamento é a seguinte: 
 Endividamento a Curto Prazo, normalmente utilizado para financiar o 
Ativo Circulante; 
 Endividamento a Logo Prazo, normalmente utilizado para financiar o Ativo 
Permanente. 
 
Neste quesito, incluem-se os indicadores de Coeficientes de Dívidas Totais, 
Coeficientes de Dividas Circulantes, Coeficientes de Dívidas de Longo Prazo e 
Coeficiente de Segurança Máxima conforme mostra o Quadro n° 2: 
 
27 
 
Quadro nº 2: Indicadores de Garantia de Dívidas 
INDÍCE DESCRIÇÃO/CONCEITO FÓRMULA 
 
Dívidas Circulantes 
Compara a proporção de 
dívidas de curto prazo com o 
capital próprio da Entidade, e 
quanto menor de 1,00 melhor. 
 
PC/PL 
 
Dívidas Totais 
Compara a proporção de 
dívidas de curto e de longo 
prazos com o capital próprio da 
Entidade, e quanto menor de 
1,00 melhor. 
 
PT/PL 
 
Dívidas Longo Prazo 
Compara a proporção de 
dívidas de longo prazo com o 
capital circulante líquido da 
Entidade, e quanto menor de 
1,00 melhor. 
 
PNC (PELP)/CCL 
 
Segurança Máxima 
Compara a proporção das 
dívidas de curto e de longo 
prazo (dívidas totais – Passivo) 
com o Ativo Total da Entidade, e 
quanto menor melhor, não 
podendo ultrapassar a 0,5 (ou 
50%). 
 
PT/AT 
Fonte: adaptado de Basso, Filipin, Enderli (2015). 
Legenda: 
PC: Passivo Circulante 
PL: Patrimônio Líquido 
PT: Passivo Total 
PNC: Passivo Não Circulante 
PELP: Passivo Exigível a Longo Prazo 
CCL: Capital Circulante Líquido 
AT: Ativo Total 
 
 Estes indicadores têm como principal finalidade a transformação da 
participação dos valores dos principais grupos representativos no balanço patrimonial 
em percentuais, e diante disso mensurar percentualmente sua relação com o capital 
próprio, representado pelo patrimônio líquido. (BEDEDICTO e PADOVEZE, 2014), 
28 
 
2.5 INDICADORES DA SITUAÇÃO ECONÔMICA 
“Os indicadores econômicos buscam evidenciar a situação do desempenho dos 
negócios praticados pela empresa, sintetizado nos resultados obtidos, lucros ou 
prejuízos com as diversas unidades de medidas [...]”. (BASSO; FILIPIN e ENDERLI 
2015, p. 136). 
Para Matarazzo (2003, p. 262):Resultado econômico é sinônimo de lucro (ou prejuízo). O lucro 
aumenta o Patrimônio Líquido, mas não as disponibilidades de dinheiro. Uma 
empresa pode estar em excelente situação econômica com imóveis, 
equipamentos, investimentos em outras empresas, mas sem dinheiro para 
pagar suas dívidas. 
 
 “Diversas razões ou objetivos específicos também levam os diversos usuários 
das demonstrações contábeis a se debruçarem sobre eles para obter uma avaliação 
da situação da empresa”. (BENEDICTO e PADOVEZE, 2014, p. 91). 
Dentre as razões e objetivos da realização de análises econômico-financeiras, 
para Benedicto e Padoveze (2014, p. 91) encontram-se:” Liberação de Crédito; 
Investimentos de Capital; Fusão de Empresas; Incorporação de Empresas; 
Rentabilidade/Retorno; Saneamento Financeiro; Perspectivas da Empresa; 
Fiscalização ou Controle; Relatórios Administrativos”. 
Os indicadores da situação econômica estão divididos em lucratividade e 
rentabilidade e dentro de cada indicador destes, possuem outros subgrupos de 
indicadores para ter-se uma análise mais criteriosa e ampla. Na rentabilidade 
possuem os indicadores de Remuneração do Capital Social, Remuneração do 
Patrimônio Líquido, Remuneração do Ativo Total e a Remuneração do Investimento 
Operacional, Enquanto no indicador de lucratividade, tem-se a Margem de Lucro 
Operacional Bruta, Margem de Lucro Operacional Líquida e a Margem de Lucro 
Líquido do Exercício. (BASSO, FILIPIN, ENDERLI, 2015). 
 
2.5.1 Indicadores de Lucratividade 
 
Basso; Filipin e Enderli (2015, p. 137), explicam que: 
Estudar a lucratividade consiste em comparar os diversos estágios 
do resultado (Lucro Operacional Bruto, Lucro Operacional Liquido e Lucro 
Líquido do Exercício) da entidade com o volume monetário da Receita 
Operacional Liquida (de Vendas e/ou Serviços) no período em exame. 
29 
 
 
Basso, Filipin e Enderli (2015) afirmam que não há um indicador padrão para o 
cálculo da lucratividade. Quanto maior ela for, melhor para a empresa. Os indicadores 
que demonstram a lucratividade das entidades, são evidenciadas no quadro nº 03: 
Quadro nº 3: Indicadores de Lucratividade 
ÍNDICE DESCRIÇÃO/CONCEITO FÓRMULA 
 
Margem de Lucro 
Operacional Bruto 
Compara o indicador Lucro 
Operacional Bruto com a 
Receita Operacional Líquida, e, 
quanto maior melhor 
 
 
 LOB / ROL x 100 
 
 
Margem de Lucro 
Operacional Líquido 
Compara o indicador Lucro 
Operacional Líquido com a 
Receita Operacional Líquida, e, 
quanto maior melhor 
 
 
 LOL / ROL x 100 
 
 
 
 
 
Margem de Lucro Líquido 
do Exercício 
Compara o indicador Lucro 
Líquido do Exercício com a 
Receita Operacional Líquida, e, 
quanto maior melhor, sendo que 
nunca deve ser menor do que a 
menor opção de aplicação no 
mercado financeiro (...) 
 
 
 
 
 LLE / ROL x 100. 
Fonte: adaptado de Basso, Filipin, Enderli (2015) 
Legenda: 
LOB: Lucro Operacional Bruto 
ROL: Resultado Operacional Líquido 
LOL: Lucro Operacional Líquido 
LLE: Lucro Líquido do Exercício 
 
 Uma lucratividade negativa ou abaixo do desejado pelos gestores, merece 
atenção redobrada. Diversas podem ser as razões do resultado negativo deste 
indicador que deriva de algo chamado lucro. Quedas nas vendas, aumento das 
despesas financeiras, estoque parado ou com giro lento, gastos fixos aumentados 
gradativamente, inadimplência, dentre outros fatores, podem afetar diretamente na 
lucratividade da empresa. Este é um dos principais indicadores econômico das 
empresas, ligado diretamente com a competitividade dos negócios. (SEBRAE, 2018). 
 
 
30 
 
2.5.2 Indicadores de Rentabilidade 
 
A análise da rentabilidade, é o estudo do retorno sobre o Investimento. Para 
Iudícibus (2010, p. 105) “O melhor conceito de dimensão poderá ser ora volume de 
vendas, ora valor do ativo total, ora valor do patrimônio líquido, ou valor do ativo 
operacional, dependendo da aplicação que fizermos”. 
Nesse estudo, tem-se os indicadores de Rentabilidade do Capital Social, do 
Patrimônio Líquido, do Ativo Total e do Retorno do Investimento Operacional, 
evidenciados no quadro nº 04: 
 
Quadro nº 4: Indicadores de Rentabilidade 
ÍNDICE DESCRIÇÃO/CONCEITO FÓRMULA 
 
Do Capital Social 
Estabelece a taxa de remuneração que o 
lucro líquido do exercício proporcionou 
ao capital social (integralizado) da 
empresa 
 
 
LLE / CS x 100 
 
Do Patrimônio Líquido 
Estabelece a taxa de remuneração que o 
lucro líquido do exercício proporcionou 
ao capital próprio da empresa. 
 
 
LLE / PL x 100 
 
Do Ativo Total 
Estabelece a taxa de remuneração que o 
lucro líquido do exercício proporcionou 
aos Ativos Totais da empresa. 
 
 
 LLE / AT x 100 
 
Remuneração do 
Investimento 
Operacional 
Estabelece a taxa de remuneração que o 
lucro operacional líquido do exercício 
proporcionou aos Ativos Operacionais da 
empresa 
 
 
 LOL / AO x 100 
Fonte: adaptado de Basso, Filipin, Enderli (2015). 
 
Legenda: 
LLE: Lucro Líquido do Exercício 
CS: Capital Social 
PL: Patrimônio Líquido 
AT: Ativo Total 
LOL: Lucro Operacional Líquido 
AO: Ativo Operacional 
 
31 
 
“As abordagens da análise da rentabilidade decorrem diretamente das 
abordagens de estrutura de capital, uma vez que o custo de capital para quem toma 
os recursos é a rentabilidade para quem cede os recursos”. (BENEDICTO e 
PADOVEZE, 2014, p. 116). 
Assim, comparando-se ao estudo da lucratividade, a rentabilidade também 
pressupõe o lucro final do exercício social das entidades. Quanto maior e de forma 
crescente for esse indicador, melhor é o resultado da rentabilidade. 
2.6 ANÁLISE OPERACIONAL – ATIVIDADE, GIRO OU CICLOMETRIA 
São importantes quocientes de análise que representam a velocidade com que 
os elementos patrimoniais da entidade de renovam durante o período de tempo, 
conforme Iudícibus (2010, p. 100): 
A importância de tais quocientes consiste em expressar 
relacionamentos dinâmicos – daí a denominação de quocientes de atividade 
(rotatividade) – que acabam direta ou indiretamente, influindo bastante a 
posição de liquidez e rentabilidade. 
Basso; Filipin e Enderli (2015, p. 151) observam que: 
 Vários outros indicadores, tanto financeiros quanto econômico e combinados 
entre si, podem ser elaborados, utilizando-se de fórmulas criadas 
especialmente para evidenciar outros aspectos da análise econômica e/ou 
financeira da entidade, como são os denominados Indicadores de Atividade 
ou de Ciclometria (giro ou rotação). 
 
Os mais comuns dos indicadores de atividade, giro ou ciclometria são o Exame 
de Rotação dos Estoques, o Exame do Prazo Médio de Cobrança de Duplicatas (ou 
clientes), Exame do Prazo Médio de Pagamento de Duplicatas, Prazo Relativo das 
Duplicatas e o Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido. No presente trabalho, são 
analisados os descritos no quadro nº 5: 
 
Quadro nº 5: Indicadores de Atividade, Giro ou Ciclometria 
ÍNDICE DESCRIÇÃO/CONCEITO FÓRMULA 
 
Grau de Imobilização do 
PL 
Procura verificar o quanto o 
capital próprio está 
comprometido com o Ativo 
Permanente. 
 
AP x 100 / PL 
 
Giro do Estoque 
Representa os bens de venda 
da empresa, verifica qual o 
 
CMV / ESTOQUE MÉDIO 
32 
 
tempo médio de sua 
permanência na empresa. 
 
Prazo Médio de Cobrança 
de Duplicatas 
Demonstra quanto tempo a 
empresa leva para receber 
seus créditos cedidos aos 
clientes. 
 
VDR MÉDIO x 365 / Valor 
Vendas a Prazo do Ano 
Prazo Médio de 
Pagamento de Duplicatas 
Demonstra quanto tempo a 
empresa leva para pagar seus 
fornecedores. 
VDP MÉDIO / Valor 
Compras a Prazo 
 
Fonte: adaptado de Basso; Filipin, Enderli (2015). 
 
Legenda: 
AP: Ativo Permanente 
PL: Patrimônio Líquido 
CMV: Custo das Mercadorias Vendidas 
VDR: Valor Duplicatas a Receber 
VDP: Valor Duplicatas a Pagar 
 
“O grau de imobilização, indica o quanto a empresa aplicou no seu Ativo 
Permanente para cada $100 de PatrimônioLíquido”. (MATARAZZO, 2003, p. 156). E 
quanto menor seu resultado, melhor. 
 Obviamente, quanto menos dias o estoque levar para em sua rotação, melhor 
é a qualidade dele na empresa. Basso, Filipin e Enderli (2015, p. 153) referente aos 
créditos, afirmam que “Quanto menos tempo levar para receber os créditos e quanto 
maior a folga entre receber e pagar, melhor é a situação das Duplicatas a Receber 
(Clientes) da empresa”. 
Para Iudicibus (2010, p. 103) “Se uma empresa demora muito para receber 
suas vendas a prazo do que para pagar suas compras a prazo, ira necessitar mais 
capital de giro adicional para sustentar suas vendas, criando-se um círculo vicioso 
difícil de romper”. 
Porem obtendo-se um EVA igual a zero, não quer dizer que a empresa vai mal. 
Nessa situação significa que houve um retorno exatamente igual ao exigido pelos 
sócios, atendendo assim as suas expectativas nos resultados. Já se o EVA for 
negativo, representa que houve perca de seus valores de capital, não gerando o 
33 
 
retorno desejado, deixando assim, um alerta para seus gestores quanto as razões 
deste desempenho. (ASSAF NETO, 2017). 
2.7 EBITDA 
O termo abreviado em inglês ebitda - earnings before interests, taxes, 
depreciation and amortization, conhecido pelos brasileiros como lajida – lucro antes 
dos juros, impostos, depreciação e amortização, conforme Iudícibus (2010, p. 247): 
O EBITDA é uma medida essencialmente operacional, desconsidera os 
efeitos dos resultados financeiros, assim revelando o potencial da empresa 
para a gestão de caixa operacional. 
 
Ele ainda salienta que este método de indicador, não representa o valor de 
caixa. O EBITDA vem sendo estudado a pouco tempo no Brasil, e salienta a 
capacidade que a entidade tem para formar o seu resultado operacional. Sua formula 
é representada da seguinte maneira: 
 
Figura nº 3: EBITDA 
EBITDA 
(+ ) Receita Bruta 
( - ) Deduções Receita Bruta 
(= ) Receita Líquida 
( - ) CMV 
(= ) Lucro Líquido 
( - ) Despesas Operacionais 
(= ) EBITDA 
Fonte: adaptado de Iudícibus (2010, p. 247) 
 
Para Silva (2008, p. 199): 
 [...] é uma medida de performance operacional, que considera as receitas 
operacionais liquidas, menos os custos e as despesas operacionais, exceto 
as depreciações e amortizações. Ou seja, é o lucro operacional I, mais as 
depreciações. 
 
Silva (2008) ainda salienta que o resultado do EBITDA, se for negativo é 
péssimo para a empresa e se for positivo é bom, mas ainda não o suficiente para 
tomar qualquer decisão, isso inclui para a compra de ações e fornecimento de 
empréstimos. 
34 
 
Para Assaf Neto (2017, p. 28) “(...) o EBITDA não pode ser entendido como a 
disponibilidade efetiva de caixa da empresa, sendo melhor interpretado como um 
indicador de capacidade (potencial) de geração de caixa de suas operações”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
3 METODOLOGIA DA PESQUISA 
Neste trabalho, a metodologia se dividiu em grandes blocos: de classificação 
da pesquisa, população e amostra, plano de coleta de dados e o plano de análise de 
dados. Esses grandes blocos contem subgrupos nos quais se explica cada caso em 
relação ao setor da pesquisa. 
A metodologia abrange os métodos e procedimentos utilizados para 
a elaboração do trabalho de conclusão de curso. Por mais qualificado que 
seja o pesquisador, não é possível ignorar certas circunstancias “extra 
científicas”. Além do tempo para dedicar-se à pesquisa, são necessários 
equipamentos, livros, instrumentos e outros materiais e, conforme o caso, 
verba para a remuneração de serviços prestados por outras pessoas. Isso 
significa que, para realizar uma pesquisa, devem ser levados em conta os 
recursos humanos e materiais, tais como disponibilidade de tempo e o 
indispensável suporte financeiro. (ANDRADE. 2003, p. 122). 
3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA 
“A realização de uma pesquisa pressupõe alguns requisitos básicos, tais como 
a qualificação do pesquisador, os recursos humanos, materiais e financeiros”. 
(ANDRADE, 2003, p. 22). O autor acrescenta que existem várias finalidades para o 
trabalho de pesquisa, e que podem ser classificadas por dois grupos no qual o primeiro 
é motivado por razões intelectuais e o segundo por razões de prática. 
Ainda segundo Andrade (2003, p. 23) “Para cumprir a finalidade de oferecer 
apenas noções introdutórias, parece o bastante limitar a classificação da pesquisa 
quanto à natureza jurídica, aos objetivos, aos procedimentos e ao objeto”. 
 
3.1.1 Quanto a Natureza da Pesquisa 
 
Na classificação da pesquisa quanto à natureza, conforme Andrade (2003), 
esse é um tipo de pesquisa que geralmente é desenvolvido por cientistas e 
especialistas em determinada área de estudo, mas também muito utilizada por 
estudantes em seus trabalhos de graduação. Nesse caso, no trabalho abordado se 
enquadrou nesse âmbito, pois contribui para a ampliação dos conhecimentos da 
autora do projeto, utilizando de livros e artigos de autores. 
A natureza da pesquisa pode ser dividida e dois grupos segundo Gil (1999), 
apud (ZAMBERLAN et al, 2016 p. 95): 
36 
 
- Pesquisa Básica: é a que objetiva aumentar e/ou gerar 
conhecimentos novos, tentar hipóteses, construir teorias e talvez descobrir 
alguma aplicação pratica no futuro, mas muito uteis para o avanço da Ciência. 
Envolve verdades e interesses universais. 
- Pesquisa Aplicada: visa gerar conhecimentos para aplicação pratica 
voltados à solução de problemas específicos da realidade. Envolve verdades 
e interesses locais. 
 
Por meio da pesquisa aplicada, foram analisados os resultados individualmente 
por organização e comparativamente o setor. 
 
3.1.2 Quanto aos Objetivos da Pesquisa 
 
Quanto aos objetivos da pesquisa em análise, podem ser classificados em 
exploratória, descritiva e explicativa. (ANDRADE, 2003). 
 Para Beuren et al. (2004, p. 82) “Num comparativo com as pesquisas 
exploratórias e descritivas, a pesquisa explicativa integra estudos mais aprofundados 
pela necessidade de explicar os determinantes na ocorrência dos fenômenos”. 
Zamberlan et al. (2016, p. 96), afirmam que: 
A pesquisa exploratória pode ser empregada para quaisquer das 
finalidades a seguir: 
 Formular um problema ou defini-lo com maior precisão; 
 Identificar cursos alternativos de ação; 
 Desenvolver hipóteses; 
 Isolar variáveis e relações-chave para exame posterior; 
 Obter critérios para desenvolver uma abordagem do problema; 
 Estabelecer prioridades para pesquisas posteriores. 
 
A pesquisa utilizada para o trabalho é a descritiva. Pois segundo Beuren et al. 
(2004), a pesquisa identifica, relata, compara dentre outros aspectos os dados obtidos 
através dos grupos de contas do balanço patrimonial e da demonstração do resultado 
do exercício. Estes dados de caráter econômico e financeiro foram calculados e 
analisados para fundamentarem o estudo o que torna a pesquisa quanto aos objetivos 
como descritiva. 
 
 
 
37 
 
3.1.3 Quanto aos Procedimentos Técnicos 
 
Para Andrade (2003, p. 25) “Nesta modalidade incluem-se a pesquisa 
bibliográfica e a documental”. Ele ainda enfatiza que a única diferenciação está no fato 
de que a bibliográfica se utiliza de materiais secundários como livro, revistas, e a 
documental se baseia em documentos primários, de primeira mão. 
Triviños (1987, apud BEUREN et al., 2004, p. 85) explica que: 
[…] os estudos multicasos diferem do estudo comparativo de casos 
pelo falto de proporcionarem ao pesquisador a possibilidade de estudar dois 
ou mais sujeitos, organizações etc., sem a necessidade de perseguir 
objetivos de natureza comparativa. 
 
E conforme Zamberlan et al. (2016), dificilmente se usa apenas um 
procedimento para a realização do trabalho de pesquisa, na maioria das vezes se 
utiliza dois ou mais tipos. 
Os procedimentos técnicos utilizados na pesquisa, foram a análise de 
documentos (demonstraçõescontábeis), e de uso bibliográfico, e de multicaso pois 
analisou-se dados de mais de uma organização. 
 
3.1.4 Quanto a Abordagem do Problema 
 
A perspectiva quanto a forma de abordagem da pesquisa, segundo Zamberlan 
et al. (2016, p. 94) pode ser classificada em: 
- Pesquisa Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que 
significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e 
analisá-las. Requer o emprego de recursos e de técnicas estatísticas 
(percentagem, média, moda, mediana, desvio padrão, coeficiente de 
correlação, análise de regressão, etc.). 
- Pesquisa Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo 
real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a 
subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. 
 
A pesquisa se enquadrou na abordagem do problema de caráter qualitativo, 
pois baseou-se nas demonstrações contábeis do balanço patrimonial e demonstração 
do resultado do exercício para obter-se os indicadores econômicos e financeiros e 
elaborado através destes as análises e gráficos explicativos. 
38 
 
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA (UNIVERSO E AMOSTRA) 
Nesse estudo, foram amostrados a população de empresas listadas na B3, 
mais precisamente do subsetor não cíclico do segmento do ramo da agricultura. Há 
duas grandes divisões no processo de amostragem: a não-probabilística e a 
probabilística. (LAKATOS; MARCONI, 2003). 
Para Lakatos e Marconi (2003, p. 223): 
Conceituando, universo ou população é o conjunto de seres 
animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em 
comum. [...] A delimitação do universo consiste em explicitar que pessoas ou 
coisas, fenômenos etc. serão pesquisados, enumerando suas características 
comuns, como, por exemplo, sexo, faixa etária, organização a que pertencem 
comunidade onde vivem etc. 
 
As empresas que foram estudadas no projeto, conforme seleção efetuada 
no site da B3: 
 BRASIL AGRO - cia brasileira de propriedades agrícolas: A Brasil Agro é 
uma das maiores empresas brasileiras em quantidade de terras 
agricultáveis e com foco na aquisição, desenvolvimento, exploração e 
comercialização de propriedades rurais com aptidão agropecuária; 
 CTC - centro de tecnologia canavieira s.a.: Com sua atuação em 
biotecnologia e melhoramento genético o ctc busca promover o aumento da 
produtividade, a redução de custos e soluções agrícolas e industriais para 
o setor suco energético; 
 POMIFRUTAS S/A: pomicultura produção comercialização e exportação; 
 SIDERURGICA J. L. ALIPERTI S.A.: fabricação de peças e acessórios para 
o sistema de direção e suspensão de veículos automotores; 
 SLC AGRICOLA S/A: produção e comercialização de algodão, soja, milho, 
café, entre outros; 
 TERRA SANTA AGRO S/A: produção e comércio de produtos vegetais 
(soja, milho e algodão) - industrialização e comércio de biocombustíveis, 
óleo vegetal e subprodutos. 
No presente trabalho utilizou-se o método de amostra intencional, o que torna 
a pesquisa mais rica qualitativamente. Segundo Silva (2003, p. 75) “Julgamento ou 
http://bvmf.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-listadas/ResumoEmpresaPrincipal.aspx?codigoCvm=20036
http://bvmf.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-listadas/ResumoEmpresaPrincipal.aspx?codigoCvm=23981
http://bvmf.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-listadas/ResumoEmpresaPrincipal.aspx?codigoCvm=12823
39 
 
não probabilístico (amostragem intencional e por quotas). Possibilita ao pesquisador 
a escolha de determinado elemento do universo”. 
3.3 COLETA DOS DADOS 
Para a coleta dos dados de fonte documental, foram obtidos por meio eletrônico 
na página da B3. Seis empresas do segmento da agricultura, analisando-se o balanço 
patrimonial e a demonstração do resultado do exercício dos últimos três anos: 2015, 
2016 e 2017. 
Também utilizou-se de referências bibliográficas, que são obras da biblioteca 
institucional e sites de pesquisa do ramo contábil. 
Zamberlan et al. (2016, p. 5) explica que: 
O referido processo inicia-se com a fase exploratória da pesquisa, em 
que são abordados aspectos referentes ao objeto, aos pressupostos, às 
teorias pertinentes, à metodologia apropriada e às questões operacionais 
necessárias para desencadear o trabalho de campo. Esta fase culmina com 
a elaboração do projeto de pesquisa. 
 
O processo de coleta de dados é uma parte muito importante para o trabalho 
de pesquisa, pois descreve onde e como se obtém os dados em análise. Segundo 
Zamberlan et al. (2016), a fonte bibliográfica da coleta de dados abrange todo o 
referencial teórico (livros, revistas, pesquisas, teses, dentre outros), os autores 
afirmam que a parte documental refere-se a documentos sejam eles escritos ou não, 
que podem ser recolhidos no momento em que o fato ocorre, ou depois. 
Os principais dados da Demonstração do Resultado do Exercício que foram 
utilizadas são os subgrupos das contas de resultado operacional líquido, lucro 
operacional bruto, lucro operacional líquido, lucro líquido do exercício e custo da 
mercadoria vendida. 
Do Balanço Patrimonial, as principais contas que foram utilizadas nos cálculos 
dos indicadores econômicos e financeiros serão o ativo circulante, passivo circulante, 
passivo não circulante, realizável a longo prazo, patrimônio líquido, capital social, 
passivo total, ativo total, ativo permanente, estoque e as disponibilidades. 
40 
 
3.4 INTERPRETAÇÃO DOS DADOS 
Neste tópico descreve-se como foram analisados e interpretados os dados. 
Esse processo ocorre de forma sistematizada, devendo o pesquisador encontrar 
meios de organizar o material coletado com maior profundidade, entendimento da 
metodologia científica. 
Segundo Beuren et al. (2004, p. 141): 
De uma forma bem pragmática, a análise deve ser feita para atender 
aos objetivos da pesquisa e para comparar e confrontar dados e provas, no 
intuito de confirmar ou rejeitar as hipóteses ou os pressupostos da pesquisa 
monográfica. 
 
O estudo e a interpretação dos dados da pesquisa, foi feito por meio de cálculos 
de indicadores econômicos e financeiros, demonstrados por meio de gráficos, 
planilhas e a partir destas elaboradas as análises. 
Figura 5: Desenho da Pesquisa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Elaborado pela autora (2018) 
PROBLEMA: Como evoluiu a situação econômica e financeira das empresas do 
segmento agricultura listadas na BM&FBOVESPA ao longo dos últimos três anos de gestão, 
constatadas por meio da análise de indicadores? 
OBJETIVO GERAL: Analisar a situação econômica e financeira das 
empresas do segmento agricultura, listadas na BM&FBOVESPA ao longo 
dos últimos três anos de gestão, constatadas por meio da análise de 
indicadores. 
BASE TEÓRICA 
 
- Princípios de 
Contabilidade 
- Analise das 
Demonstrações Contábeis 
- Sistemas de Informações 
 
COLETA DE DADOS 
 
- demonstrações 
contábeis 
- Documental 
- Bibliográfico 
ANÁLISE DOS DADOS 
 
- Apuração dos 
Indicadores 
- Elaboração de gráficos 
- Elaboração do parecer 
 
CONCLUSÕES 
 
41 
 
4 ESTUDO APLICADO 
Neste capítulo desenvolveu-se o estudo aplicado. Primeiramente a coleta dos 
dados nas demonstrações contábeis por meio do site da B3, seguido dos cálculos dos 
indicadores econômicos e financeiros por meio da Demonstração do Resultado do 
Exercício e do Balanço Patrimonial das organizações. Realizou-se após o trabalho de 
confecção dos gráficos comparativos entre os indicadores de uma empresa para a 
outra seguido de análises explicativas. 
As empresas Aliperti S.A, Pomifrutas S.A, SLC S.A e Terra Santa S.A 
participaram da pesquisa, pois estava disponibilizadas suas demonstrações contábeis 
dos três últimos anos, sendo de 2015, 2016 e 2017 para a realização da apuração dos 
indicadores econômicos e financeiros. 
As empresasBRASILAGRO – cia brasileira de propriedades agrícolas e CTC 
– centro de tecnologia canavieira s.a, não disponibilizaram de forma completa suas 
demonstrações contábeis no site da B3 para que este trabalho de análise fosse 
realizado. 
4.1 ORGANIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
As demonstrações contábeis utilizadas para o cálculo dos índices econômicos 
e financeiros, retirados da B3 dos anos de 2015, 2016 e 2017 foram devidamente 
atualizados com o índice de atualização correspondente ao IGPM, conforme o quadro 
abaixo: 
Quadro nº 6: Cálculo do fator de atualização pelos índices do IGPM 
Ano Valores do IGPM 
Fator de 
atualização 
De 2013 para 2014 1583,2308/1393,2905 1,17862 
De 2014 para 2015 1583,2308/1484,9309 1,06620 
De 2015 para 2016 1583,2308/1591,7080 0,99467 
Em 2017 1583,2308 1,00000 
Fonte: IGPM, (2018). 
 
A apuração do índice para a realização da atualização dos valores das contas 
das demonstrações contábeis, deu-se através da divisão do valor do IGPM do ano 
anterior pelo valor do ano a ser atualizado conforme demonstrado no quadro nº 6. 
Após isso, multiplicou-se o valor das contas do balanço patrimonial e demonstração 
42 
 
do resultado do exercício pelo índice de atualização de cada ano, obtendo assim as 
contas atualizadas para a apuração dos indicadores econômicos e financeiros. 
4.2 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES POR INDICADORES 
Por meio das demonstrações contábeis, apurou-se os indicadores econômicos 
e financeiros. Nos indicadores da situação financeira das empresas, utilizou-se os 
índices de liquidez que são divididos em liquidez corrente, liquidez seca, liquidez geral 
e liquidez imediata, ainda na situação financeira a análise de garantia das dívidas 
evidenciadas pelo coeficiente do endividamento tem-se as dívidas circulantes, totais, 
longo prazo e o coeficiente de segurança máxima. 
Na situação econômica das organizações, calculou-se os indicadores de 
lucratividade evidenciados pela margem de lucro operacional bruto, margem de lucro 
operacional liquido e a margem de lucro líquido do exercício. Neste mesmo âmbito de 
análise, os indicadores de rentabilidade foram calculados por meio da rentabilidade 
do capital social, do patrimônio líquido, do ativo total e a remuneração do investimento 
operacional. 
Também neste capitulo evidencia-se o grau de imobilização do patrimônio 
líquido, giro de estoque, prazo médio de cobrança de duplicatas e o prazo médio de 
pagamento de duplicatas, tais indicadores são denominados de analise operacional, 
atividade, giro ou ciclometria. 
O EBITDA das mesmas foi calculado utilizando-se os dados das 
demonstrações contábeis dos anos de 2015, 2016 e 2017, utilizou-se também a valor 
da conta Depreciação do ano de 2014, atualizado de acordo com o índice do IGPM. 
 
4.2.1 Indicadores Financeiros de Liquidez 
 
Para verificar a capacidade que as empresas tem para liquidar suas obrigações 
e compromissos financeiros durante os três períodos analisados de 2015, 2016 e 
2017, encontrou-se os indicadores do estudo de liquidez. Os principais índices 
calculados no estudo aplicado foi a liquidez corrente, seca, geral, imediata e o capital 
circulante líquido das organizações. 
No índice de Liquidez Corrente tem-se: 
43 
 
 Quadro nº 7: Liquidez Corrente 
 
 Liquidez Corrente 
 
 
Fórmula 2015 2016 2017 
ALIPERTI S.A AC/PC 6,44 4,36 2,43 
POMIFRUTAS S.A AC/PC 0,44 1,1 0,14 
SLC S.A AC/PC 1,25 1,27 1,35 
TERRA SANTA S.A AC/PC 0,51 0,96 0,91 
 Fonte: Elaborado pela autora, 2018. 
 
Gráfico nº 1: Liquidez Corrente 
 
Fonte: Elaborado pela autora, (2018). 
 
Os índices de liquidez circulante ou corrente das empresas variam entre 0,14 a 
6,44 dentre os anos de 2015, 2016 e 2017. Este indicador tem como função medir a 
capacidade de a empresa cumprir com suas obrigações no curto prazo e, quanto mais 
superior a 2 ela for, melhor é essa possibilidade. De acordo com o gráfico, verifica-se 
os índices no primeiro ano da empresa Aliperti S.A sendo 6,44 superior ao coeficiente 
desejado. As empresas Pomifrutas S.A e Terra Santa S.A tiveram seus índices em 
0,44 e 0,51 consecutivamente, ou seja, representa a não capacidade das mesmas 
para quitar suas dívidas, assim como a SLC S.A com seu indicador de 1,25. 
No segundo ano, a empresa que apresentou seu índice favorável tendo a 
capacidade de cumprir com as suas obrigações foi a Aliperti S.A com 4,36 já as 
demais Terra Santa S.A obteve um coeficiente de 0,96 a Pomifrutas S.A 1,1 e 1,27 
para a SLC S.A. 
No ano de 2017 a Pomifrutas S.A reduziu seu índice gradativamente para 0,14 
e a Terra Santa S.A de 0,96 para 0,91 valores estes inferiores ao grau adequado para 
sua segurança que é 2, inclusive a SLC S.A que mesmo elevando seu índice para 
0
2
4
6
8
Aliperti Pomifrutas SLC Terra Santa
ÍN
D
IC
E
EMPRESA
Liquidez Corrente
2015 2016 2017
44 
 
1,35 ainda está fora do parâmetro desejado. A Aliperti S.A 2,43 encontra-se dentro do 
patamar de segurança para o cumprimento de suas obrigações em curto prazo e, 
analisando de forma mais ampla durante os três anos é a única empresa que mantem-
se sólida neste coeficiente. 
No indicador de Liquidez Seca das empresas, tem-se: 
 Quadro nº 8: Liquidez Seca 
 
 Liquidez Seca 
 
 
Fórmula 2015 2016 2017 
ALIPERTI S.A AC – ESTOQUE / PC 3,73 1,83 1,22 
POMIFRUTAS S.A AC – ESTOQUE / PC 0,24 4,27 0,34 
SLC S.A AC – ESTOQUE / PC 0,82 1,0 1,01 
TERRA SANTA S.A AC – ESTOQUE / PC 0,26 0,51 0,47 
 Fonte: Elaborado pela autora, 2018. 
 
 Gráfico nº 2: Liquidez Seca 
 
 
Fonte: Elaborado pela autora, (2018). 
 
No cálculo da liquidez seca das empresas deste setor, se exclui o valor dos 
estoques e diante deste processo de análise verifica-se que variou significativamente 
os índices de uma empresa para a outra. No ano de 2015 Pomifrutas S.A, SLC S.A e 
Terra Santa S.A obtiveram índices abaixo da margem 1, sendo de 0,24, 0,82 e 0,26 
consecutivamente, que representa que elas não teriam recursos suficientes para 
quitar suas dívidas de curto prazo, ao contrário da Aliperti S.A que tem um índice de 
3,73. 
No ano de 2016 apenas a empresa Terra Santa S.A não atingiu o teto de 
segurança tendo seu indicador em 0,51 enquanto a Aliperti S.A e Pomifrutas S.A 
0
1
2
3
4
5
Aliperti Pomifrutas SLC Terra Santa
Liquidez Seca
2015 2016 2017
45 
 
acima de 1 ficando em 1,83 e 4,27 respectivamente sendo positivo e favorável a 
situação de ambas. Repara-se que a SLC S.A tem seu índice igual a 1 significando 
um empate com as contas que a mesma tem a pagar. 
No ano de 2017 Aliperti S.A reduziu seu índice para 1,22 porem apesar desta 
redução ela tem capacidade para quitar suas obrigações tranquilamente, ao contrário 
da Pomifrutas S.A que reduziu gradativamente seu indicador de 4,27 para 0,34 e da 
Terra Santa S.A que no ano anterior já não estava bom reduziu ainda mais para 0,47, 
e a SLC S.A aumentou seu coeficiente em apenas um décimo, porem continua 
garantindo a quitação de suas obrigações. 
A análise de Liquidez Geral é demonstrada conforme o quadro nº 9: 
 Quadro nº 9: Liquidez Geral 
 Liquidez Geral 
 
 
Fórmula 2015 2016 2017 
ALIPERTI S.A AC + RLP / PC + ELP 0,74 0,68 0,56 
POMIFRUTAS S.A AC + RLP / PC + ELP 0,36 0,28 0,14 
SLC S.A AC + RLP / PC + ELP 0,83 0,90 0,93 
TERRA SANTA S.A AC + RLP / PC + ELP 0,68 0,62 0,68 
 Fonte: Elaborado pela autora, 2018. 
 
Gráfico nº 3:Liquidez Geral 
 
Fonte: Elaborado pela autora, (2018). 
 
A análise de longo prazo, é representado pela liquidez geral envolvendo as 
contas de Ativo Circulante,

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