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Reabilitação nas Deformidades Cervicais e Craniofaciais
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Reabilitação nas Deformidades Cervicais e Craniofaciais Aula Fissuras Lábio Palatinas – 03/08 Crianças com alterações lábio palatinas apresentarão desvio de ponto articulatório e alterações na forma de respiração. Incidência 1 a cada 750 nascidos vivos, muitos casos podem estar associados a determinadas síndromes e comorbidades. Embriogênese: 4ª semana – porção anterior do embrião com abertura denominada estomodeo, circundada por 5 processos (frontonasal, maxilar, 2 mandibulares e 2 placóides nasais). Lábio: 4ª e 6ª semana. Palato mole: 10ª a 12ª semana. Até a 12ª semana é o período crítico que pode afetar este desenvolvimento craniofacial. Principais causas: Fatores hereditários: (distúrbios hormonais, alterações morfológicas do útero, que podem gerar hipóxia tecidual, diminuição do fluxo sanguíneo; diabetes maternas, variações do liquido amniótico e hipotireoidismo) Estresse Infecções: gripe, virose, toxoplasmose, rubéola, etc. Fatores alimentares: carência protêica e vitamínica. Medicamentos: aspirina, corticoesteroires. Tabaco, álcool, irradiações (destroem células e sua capacidade de diferenciação). Classificação: SPINA (1972) Fissura pós forame incisivo completa: acomete o palato, duro e mole. Fissura pós forame incisivo incompleta: acomete o palato mole. Fissura transforame: fissuras lábiopalatinas, acomete desde o lábio até o palato. Transforame incisiva pode ser unilateral ou bilateral. Classificação de SPINA modificada: Classificação Fissura submucosa: Pode ocorrer na população sem alteração na fala em 90% dos casos. Evidente: nível ósseo e muscular. Há a Tríade Clássica: sulco na margem posterior do palato duro, diástase muscular ao longo da linha média do palato mole, úvula bífida. Avaliação: palpação e transluminação (naso). Oculta: nível muscular. Há alteração a nível dos feixes mais profundos, não exibe tríade sintomática clássica, é detectado pela visualização do palato em funcionamento pela superfície nasal. Importante avaliação: nasofibroscopia observado face nasal do palato. Aula 05/08 Função velofaríngea: Deglutição/reflexo de vômito = atividades não pneumáticas Sopro/assobio/fala = atividades pneumáticas Inadequações velofaríngeas = hipernasalidade, fraca pressão intra-oral, emissão de ar durante a fala, movimentação nasal/facial associada, desenvolvimento de Distúrbio Articulatório Compensatório (DAC). Articulação compensatória = golpe de glote, plosiva dorso médio palatal, plosiva faríngea, fricativa faríngea, fricativa velar, fricativa nasal posterior. Distúrbios articulatórios - Estalido da língua - Alterações articulatórias relacionadas a má oclusão dentária (distorções). Fatores que podem influenciar o desenvolvimento: Aspectos ambientais – atuação dos pais: atitudes inadequadas (sentimentos inadequados), baixo nível de modelos linguísticos. Aspectos emocionais: dificuldades de ajustamento social e pobre adaptação na fase escolar e mal ajustamento na adolescência. Patologias associadas – Alteração na morfogênese da arcada dentária. Respiração: obstrução nasais: desvio do septo nasal, hipertrofia de cornetos e tonsilas (faríngeas, palatinas), infecções do trato respiratório. Respiração ruidosa – incoordenação pneumofonoarticulatória. Alimentação: alterações durante a amamentação, sucção-deglutição- mastigação. Insegurança das mães em alimentar seus filhos com fissura (refluxo nasal). Importante a intervenção precoce; evitar distúrbios nutricionais e também favorecer a maturação funcional do sistema estomatognático. Distúrbios da audição > prevalência em casos com fissura (palato). Lesão do palato – Não há separação entre a cavidade oral e nasal – refluxo de alimentos para a rinofaringe. Distúrbios de voz – o indivíduo com fissura PODE apresentar rouquidão por abuso vocal (intensidade, uso da articulação glotal e tensão laríngea). Aula 10/08/20 Avaliação e Diagnóstico Fonoaudiológico – Fissuras Labiopalatinas Se o paciente for criança é importante pensar na sucção, deglutição, respiração, observar a morfologia. Avaliação – morfologia e função SE, linguagem, fala, voz, função velofaríngea. Anamnese: identificação, queixa, expectativas do paciente e da família, antecedentes, dados gestacionais, casamento co-sanguíneo, desenvolvimento neuropsicomotor, desenvolvimento de linguagem, histórico (alimentação/hábitos orais deletérios), aspectos psicossociais, cirurgias e tratamentos realizados, exames realizados, profissionais consultados. Análise do protocolo PROFIT. A maioria dos casos de fissura apresenta hipernasalidade, porém, se houver a presença de adenoide, a depender do dia a voz pode estar hiponasal. Ressonância vocal Teste de oclusão nasal (cul de sac) – mudança sonora: emissão de vogais Teste rinométrico ou espelho: escape de ar nasal: sopro, emissão de fonemas. Avaliação função velofaríngea (complementar) = nasofibroscopia, vídeofluoroscopia, treino fonêmico. Linguagem = pragmática/sintático-semântico/ fonético-fonológico. Aspectos cognitivos. Audição: processamento auditivo. Aula 12/08 – 14:00 / 16:00 Reabilitação Protética de Pacientes submetidos a Tratamento para Tumores de Cabeça e Pescoço Tratamento = radioterapia – ressecção cirúrgica e quimioterapia. Radioterapia = sequela funcional osteorradionecrose Ressecção Cirúrgica = sequela anatômica funcional Sequelas mais comuns: glossectomia parcial ou toal, comunicação buconasal, comunicação buco-sinusal, insuficiência velofaringeana, deflexão mandibular, incoordenação motora, incompetência velofaríngea, fibrose tecidual, necrose óssea. Insuficiência = não há tecido suficiente. Incompetência = funcional. Todas as sequelas apresentadas trazem uma limitação estética, funcional (deglutição, fala e mastigação). Exige a equipe multidisciplinar: cirurgia de cabeça e pescoço, nutricionista, psicologia, assistente social, odontologia, fonoaudiologia e cirurgia plástica. Prótese buco-facial = especialidade da odontologia que tem como finalidade o tratamento funcional e estético das lesões congênitas e adquiridas do complexo buco facial. Prótese = aparelho artificial, uma associação com a plástica. Próteses buco faciais podem ser divididas em imediatas ou tardias e definitivas ou temporárias. Internas = cranianas, maxilares, mandibulares Intra-bucais = Próteses auxiliares = próteses buco construídas para auxiliar a função não atuando diretamente na reposição de um tecido perdido, mas sim favorecendo. Próteses auxiliares mais comumente usadas = prótese rebaixadora de palato para glossectomizados totais, glossectomizados parciais, incompetência lingual. Prótese elevadora de palato = Aula 12/08 16:00 – 18:00 Fissuras labiopalatinas e insuficiência velofaríngea Malformação congênita mais frequente na face (1,8: 1000) Diversas implicações estéticas e funcionais: - equipe multidisciplinar - desde o nascimento até a vida adulta 4ª e 8ª semana de gestação Migração e fusão de processos Há uma fusão inicial das proeminências nasais mediais que geram o filtro do lábio, o palato primário, septo nasal, porção pré maxilar da maxila. A proeminência maxilar geram porções laterais do lábio superior, maior parte da maxila e palato secundário. Etiologia: sindrômicas 30% Não sindrômicas 70% - multifatorial e fatorem ambientais e genéticos Fatores ambientais: tabagismo, hipóxia, drogas, desnutrição, estresse materno. Fatores genéticos: expressividade variável, 20 – 30% de recorrência familiar, mutações de ponto nos genes FOXE1, GLI2, MSX2, SK1, SATB2 E SPRY2. Incidência: Malformação congênita mais comum na face. Brasil: 1:650 nv Incidência geral 1:600-800 Insuficiência velofaríngea Aula 17/08/20 Intervenção precoce nas fissuras lábiopalatinas: etapas cirúrgicas e fonoaudiológicas. É possível a partir da 14ª semana de gestação. Importante identificar outras malformações associadas. Cuidados: - Falta de diagnóstico preciso. - Impacto emocional gestante. Estudos mostram que mães preferem o diagnóstico pré-natal / facilita aceitação e contato. Estudos mostram que mães preferem o diagnóstico de pré-natal/ facilita aceitação e contato.