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TC 02 - Análise de uma edificação executada em container - Estudo de caso para implantação de uma drogaria

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
INSTITUTO DE CIENCIAS EXATAS E TÉCNOLOGIA - ICET 
ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
RODRIGO DE SOUZA SANTOS 
RODRIGO LEITE GONÇALVES 
 
 
 
 
 
ANALISE DO CUSTO BENEFICIO DE UMA EDIFICAÇÃO EM CONTAINER 
Estudo de caso para implantação de uma drogaria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO / SP 
2020 
 
 
RODRIGO DE SOUZA SANTOS 
RODRIGO LEITE GONÇALVES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANALISE DO CUSTO BENEFICIO DE UMA EDIFICAÇÃO EM CONTAINER 
Estudo de caso para implantação de uma drogaria 
 
Trabalho de conclusão de curso 
para obtenção do título de 
graduação em Engenharia Civil 
apresentado a Universidade 
Paulista – UNIP. 
 
 
Orientadores: Prof. Especialista 
Robson Ribeiro da Costa e Prof. 
Especialista Chan Kong Fong. 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO / SP 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RODRIGO DE SOUZA SANTOS 
RODRIGO LEITE GONÇALVES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANALISE DE CUSTO BENEFICIO DE UMA EDIFICAÇÃO EM CONTAINER 
Estudo de caso para implantação de uma drogaria 
 
Trabalho de conclusão de curso 
para obtenção do título de 
graduação em Engenharia Civil 
apresentado a Universidade 
Paulista – UNIP. 
 
Aprovado em: 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
_________________________________ 23 / 11 / 2020. 
Prof. Especialista Robson Ribeiro da Costa 
 
 
_________________________________ 23 / 11 / 2020. 
Prof. Especialista Chan Kong Fong 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
Em memória de Denis Veríssimo Daré dos Santos, universitário e amigo querido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Erros são valiosos, mas nós não somos 
remunerados pelos erros que poderíamos ter 
evitado.” 
(Gustavo P. Cerbasi) 
 
 
RESUMO 
 
Diariamente, centenas de novos empreendimentos são iniciados em todo o território nacional. 
Muitos desses empreendimentos têm por objetivo a construção de comércios ou residências de 
pequeno/médio porte, que na grande maioria das vezes é executado utilizando de métodos ditos 
“convencionais”. 
É sabido a muitos anos que esses métodos “convencionais” não são benéficos ao meio 
ambiente, utilizando algo entre 40 e 70% de recursos naturais em todo o mundo, segundo 
Mendes (2017) e gerando quase 50% da massa de resíduos sólidos urbanos, segundo Santos, 
Cândida e Ferreira (2010). 
Em decorrência disso, entra no debate o chamado container. Devido a grande quantidade de 
containers que são descartados todos os anos nos portos brasileiros somado ao fato de o mesmo 
ser executado em aço corten, material extremamente resistente e longevo, cada vez mais o seu 
uso tem crescido dentro da indústria da construção civil. 
Dentro deste contexto, este trabalho tem como objetivo analisar os aspectos positivos e 
negativos de uma edificação executada em container, observando principalmente o seu custo-
benefício e desempenho com relação a outros métodos construtivos, apontando por fim se o 
mesmo é de fato uma alternativa viável. 
 
Palavras-chave: Sustentabilidade. Container. Construção civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Every day, hundreds of new real estate developments are started all over the national territory. 
Many of these projects are aimed at building small or medium-sized businesses or homes, which 
in most cases are carried out using so-called “conventional” methods. 
It has been known for many years that these “conventional” methods are not beneficial to the 
environment, using somewhere between 40 and 70% of natural resources worldwide, according 
to Mendes (2017) and generating almost 50% of the mass of solid urban waste, according to 
Santos, Cândida and Ferreira (2010). 
As a result, the so-called container comes into the debate. Because of the large quantity of 
containers that are discarded every year in Brazilian ports, in addition to the fact that it is made 
of corten steel, an extremely resistant and long-lived material, its use has increasingly grown 
within the construction industry. 
Within this context, this work aims to analyze the positive and negative aspects of a building 
carried out in a container, mainly observing its cost-benefit and performance in relation to other 
construction methods, pointing out finally whether it is in fact a viable alternative. 
 
Keywords: Sustainability. Container. Construction. 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 10 
2. REFERENCIAL TEORICO ..................................................................................... 11 
2.1 Container: Definição, história e finalidade .............................................................. 11 
2.2 Reciclagem: Introdução ao container na construção civil ...................................... 12 
2.3 Brasil: O uso do container na construção civil dentro do país ............................... 13 
2.4 Matéria prima: O container utilizado na construção civil ...................................... 15 
2.5 Obra: Execução de uma edificação em container .................................................... 16 
2.5.1 Adaptações ao container ............................................................................................... 17 
2.5.2 Fundação e preparação do terreno ................................................................................ 18 
2.5.3 Transporte e instalação ................................................................................................. 19 
2.5.4 Compartimentação e acabamento ................................................................................. 21 
2.5.5 Observações sobre o método construtivo ..................................................................... 23 
3. ESTUDO DE CASO ................................................................................................... 25 
3.1 Apresentação ............................................................................................................... 25 
3.2 Localização e permissão de uso ................................................................................. 25 
3.3 Premissas básicas de projeto e parâmetros urbanísticos ........................................ 27 
3.4 Projeto e execução da edificação em alvenaria ........................................................ 32 
3.5 Projeto e execução da edificação em container ........................................................ 34 
3.6 Custo-benefício: Comparativo de orçamento .......................................................... 38 
4. CONCLUSÃO ............................................................................................................. 40 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ...................................................................... 41 
 
 
10 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
No Brasil, é comum o uso de concreto armado na estruturação de suas edificações, sejam 
elas comerciais ou residenciais, sendo um método construtivo bem tradicional em nossa cultura, 
onde esse processo está relacionado diretamente a sensação de abrigo, segurança e durabilidade. 
Este método construtivo, embora relativamente simples, é quase sempre a primeira 
opção na hora de construir, sendo muitas vezes para alguns profissionais, a única viável. 
Nas últimas décadas, após diversos acontecimentos que vieram a afetar o mundo de 
forma geral, houve um crescimento significativo relacionado aos cuidados com o meio 
ambiente e a criação de novas tecnologias que pudessem reduzir os impactos causados pela 
construção civil ou minimizar a geração de resíduos. 
É fato, que o Brasil ainda engatinha nesse quesito, muito talvez pela abundância de 
recursos naturais que o país dispõe, tornando assim os construtores e até mesmo a população 
de forma geral despreocupada com o assunto, uma vez que não existe sequerprevisão para o 
seu esgotamento. O drywall por exemplo, que é um material utilizado em quase todas as 
construções em outros países há várias décadas, sendo uma alternativa bastante relevante a 
alvenaria cerâmica, passou a ser utilizado e aceito no Brasil somente nos últimos anos. 
Mesmo que esse assunto não esteja entre as prioridades no país, se faz necessário desde 
já o pensamento em alternativas ao concreto armado e alvenaria, tornando mais aceito o uso de 
métodos construtivos mais limpos e menos agressivos ao meio ambiente. 
Dentre muitas tecnologias que vem surgindo ou sendo importadas de outras partes do 
mundo, surge com bons resultados o container. Claro que esse método construtivo vem sendo 
utilizado em outros países desde a década de 90, porém, somente agora começaram a ser mais 
difundidas dentro do país. 
Estruturas prontas executadas em material extremamente resistente e duradouro, 
modulados na criação de edificações com um conceito mais moderno, tem ganhado certo espaço 
e relevância no mercado, principalmente devido a promessa de uma obra mais rápida e com um 
custo muito menor. 
 
 
11 
 
2. REFERENCIAL TEORICO 
 
2.1 Container: Definição, história e finalidade 
 
De acordo com o Artigo 4° do Decreto n° 80.145 de 15 de agosto de 1977, o contêiner 
é “um recipiente construído de material resistente destinado a propiciar o transporte de 
mercadorias com segurança, inviolabilidade e rapidez, dotado de dispositivo de segurança 
aduaneira e devendo atender às condições técnicas e de segurança previstas pela legislação 
nacional e pelas convenções internacionais ratificadas pelo Brasil”. 
Essa pode ser uma definição relativamente atual do que conhecemos como um 
container, porém, originalmente, não era exatamente desta forma. De acordo com Levison 
(2003) o container foi criado em meados de 1937 pelo empresário Malcom Purcell McLean 
(1914 – 2001), visando melhorar o sistema de transporte de fardos de algodão no porto de Nova 
York. 
Com o passar do tempo, em 1953, McLean, até então dono de uma empresa de 
transportes chamada de McLean Trucking, começou a desenvolver planos de transportar os 
caminhões da sua empresa dentro dos navios, porém, devido ao grande espaço que seria 
desperdiçado de cargas potenciais, essa ideia foi dada como ineficiente. Foi então que McLean 
modificou o conceito original de sua ideia, pensando agora não em transportar o caminhão em 
si, mas apenas o contentor com a carga. 
Em 1955, tendo em vista que a legislação dos Estados Unidos da América não permitia 
que uma empresa de transporte terrestre possuísse uma empresa de transporte marítimo, 
McLean vendeu sua companhia e adquiriu a Pan-Atlantic Steamship Company e a Gulf Florida 
Terminal Company, com a ideia de usar navios para o transporte exclusivo de containers, até 
que em 1957, surgiu o primeiro navio porta-container da história, conhecido como Gateway 
City. Desde então, esses recipientes que já eram comumente utilizados em transportes 
ferroviários, passaram a ser utilizados também dentro do transporte marítimo, crescendo cada 
vez mais a cada ano. 
A invenção do container foi uma revolução do carregamento de acordo com Kronenburg 
(2008), tendo em vista que possibilitava o transporte de cargas de um caminhão para um navio 
por meio de um guindaste em muito menos tempo. 
Em 1972, a sua configuração foi regulamentada pela Organização Inter-governamental 
Marítima Consultiva (Inter-governmental Maritime Consultative Organization), garantindo o 
seu transporte e seguro manuseio, regimentados segundo a CSC-Plate (International 
12 
 
Convention for Safe Containeres – Convenção Internacional para a Segurança dos Contêineres) 
(Occhi e Almeida, 2016). 
Estima-se que atualmente, 90% do movimento de mercadorias mundo afora é feita por 
meio de containers, de acordo com Almeida (2016), porém dados da World Shipping Council 
(2014) afirmam que atualmente existem mais de dezoito milhões de containers ISO circulando 
pelo mundo. 
Nota-se que o volume de transporte tem crescido com o passar dos anos, o que 
consequentemente aumentou o número de containers, porém, todo material ou equipamento 
tem uma vida útil, e com o container não haveria de ser diferente. Milhares de containers são 
descartados anualmente nas regiões portuárias mundo a fora, acumulando-se em extensos 
depósitos não operacionais. 
 
2.2 Reciclagem: Introdução ao container na construção civil 
 
Os containers transportam todo o tipo de carga de diversas procedências por um prazo 
de aproximadamente 10 anos, segundo Milaneze (2012), e posteriormente são descartados. 
Existem algumas divergências sobre o prazo máximo que um container pode ser 
utilizado para o transporte marítimo, variando de 10 a 15 anos, mas fato é que, mesmo posterior 
ao seu descarte, um container pode manter a sua estrutura por pelo menos mais 100 anos devido 
a enorme resistência dos materiais utilizados na sua fabricação. 
Aos poucos, principalmente posterior a segunda grande guerra, o mundo começou a se 
preocupar cada vez mais com o bem estar do planeta, buscando soluções e alternativas para 
processos necessários, porém, extremamente poluentes, tal como era praticado pela indústria 
da construção civil, que segundo Mendes (2017), até hoje é uma das atividades que mais 
consomem, utilizando algo entre 40 e 70% dos recursos naturais existentes. 
O ano de 1972 foi marcado pela primeira grande atitude mundial que visava melhorar o 
relacionamento entre o homem e o meio ambiente, onde foi feita a conferência de Estocolmo, 
que no âmbito da construção civil, atribuiu-se aos containers, até então utilizados 
exclusivamente para o transporte de cargas, outras funções, tal qual, edificações residenciais, 
comércios, escritórios, museus, dentre outros usos (Occhi, 2016; Passos, 2009). Desde então 
alguns países europeus começavam suas empreitadas em busca desta reutilização, mesmo que 
pequenas, o que só ganharia espaço de fato a partir da década de 90. 
Países como Holanda, Inglaterra e Japão foram os primeiros a incorporar containers na 
construção civil, a priori em hotéis, escritórios e habitações estudantis, posteriormente sendo 
13 
 
disseminada e adaptada como residenciais unifamiliares. Estes países, posterior a II 
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento Humano, que 
ocorreu em 1992, no Rio de Janeiro, foram os pioneiros nesse quesito, buscando atender a 
chamada agenda 21, que buscava a redução de resíduos poluentes, extração de matéria prima e 
o consumo racional da água e energia de uma maneira geral, segundo Wines (2000). 
Não podemos esquecer que mesmo durante a segunda grande guerra, containers já eram 
utilizados como abrigos temporários, porém, o mesmo somente se desenvolveu como método 
construtivo de fato posterior a esses eventos. 
Embora a ideia de utilizar esses recipientes tenha crescido ao redor do mundo com o 
passar dos anos, sua utilização ainda é relativamente baixa, pouco conhecida e aceita pelo 
mercado, principalmente quando falamos sobre o Brasil, um dos países que menos utiliza 
métodos alternativos de construção, onde a grande maioria das obras tem a sua estrutura 
executada em concreto armado e sua vedação feita com alvenaria cerâmica. 
Nos Estados Unidos, onde o transporte marítimo é mais industrializado e onde há maior 
atenção aos assuntos de cunho ambiental, pode-se encontrar estas construções em maior 
quantidade e já mais antigas. No Brasil, ainda é uma idéia relativamente nova que se possa 
habitar com qualidade antigos recipientes de carga, entretanto, a ideia vem se difundindo devido 
a qualidade de projetos baseados neste material (Occhi e Romanini, 2014). 
 
2.3 Brasil: O uso do container na construção civil dentro do país 
 
Como foi dito, contêineres eram descartados e inutilizados após seu tempo de vida útil. 
Como a construção civil, grande consumidora de recursos naturais,procurava atenuar esse 
problema, começou assim a ideia de se pensar em utilizar contêineres na construção de 
habitações (Occhi e Romanini, 2014). 
Segundo o Instituto de Logística e Supply Chain- ILOS (2013), o setor de transporte 
marítimo tende a crescer 7,4% ao ano na próxima década, o que possibilitará que o volume de 
containers no Brasil atinja o equivalente a 14,7 milhões de TEU (Twenty Foot Equivalent Unit), 
que é uma unidade de capacidade de carga equivalente a vinte pés, utilizada para descrever a 
capacidade dos containers ISO (International Organization for Standardization), ao qual vamos 
nos aprofundar mais à frente. 
O país se destaca por possuir um setor portuário composto por trinta e sete portos 
públicos distribuídos ao longo de uma costa de 8,5 mil quilômetros, onde desse total, os portos 
ao sul do Brasil se destacam em movimentação de carga, podendo atingir na próxima década o 
14 
 
equivalente a 3,2 milhões de TEU. Neste contexto, pode-se prever um aumento do número de 
contêineres descartados no país, gerando condições propícias para o desenvolvimento deste 
modo de construção, que pela grande oferta de produtos tende a baixar o seu custo (Carbonari 
e Barth, 2015). Veja abaixo a distribuição dos portos públicos pelo país. 
 
Figura 1 - Distribuição dos portos públicos pela costa brasileira. 
 
Fonte: Secretária de Portos, 2012. 
 
Dessa forma, o Brasil acabou por se tornar um ambiente extremamente conveniente para 
a construção de edificações utilizando como matéria prima containers descartados, resolvendo 
assim dois problemas de uma só vez, o excesso de containers abandonados nos portos e a 
utilização de métodos construtivos menos agressivos ao meio ambiente. 
Além disso, diversos autores, como Schonarth (2013) e Corbas (2011), afirmam que 
comparando este método construtivo com outros métodos tidos como “convencionais” no 
Brasil, a economia pode chegar a algo entre 30 e 35%, considerando o mesmo padrão de 
acabamento, além de uma execução muito mais rápida, levando entre 60 e 90 dias para 
conclusão. 
Aparentemente, este método tem tudo para ganhar espaço no mercado e se tornar uma 
nova tendência, porém, até o momento foram ditas apenas as vantagens deste método 
15 
 
construtivo, sem mencionar suas peculiaridades. Pensando em sustentabilidade, este método é 
perfeito, porém, o mesmo não é viável economicamente em 100% dos casos. 
 
2.4 Matéria prima: O container utilizado na construção civil 
 
Mesmo que existam milhares de containers descartados pelos portos na costa brasileira, 
não são todos que podem ser reaproveitados para construção. Vale lembrar que esses recipientes 
mesmo que muito bem aproveitados em edificações não tem neste meio a sua principal 
finalidade, que é o transporte de cargas. Como diz Figuerola (2013), containers para serem 
utilizados na construção civil devem primeiramente passar por uma inspeção técnica, ao qual 
deverá avaliar o risco de contaminação (devido a carga anteriormente transportada). Além 
disso, Castilho (2012), complementa afirmando que também devem ser avaliados o estado de 
conservação do piso, a perda de alinhamento, o amassamento em seu invólucro e 
principalmente a integridade da sua estrutura. 
 
Existem diversos modelos de containers disponíveis na indústria, os quais variam em 
relação a forma, tamanho e resistência. Os principais utilizados na arquitetura são os 
da categoria Dry de 20 e 40 pés, ambos com portas nas duas laterais. As dimensões 
externas do container Dry Standard de 20 pés são: 2,438 metros de largura, 6,06 
metros de comprimento e 2,59 metros de altura, e suporta até 22,10 toneladas. O 
container de 40 pés possui as mesmas dimensões de largura e altura, diferenciando-se 
na medida de comprimento, tendo 12,92 metros e suportando a carga de até 27,30 
toneladas. Os modelos Dry High Cube de 40 pés, também muito utilizados, possuem 
as medidas de 2,44 metros de largura, 2,79 metros de altura e 12 metros de 
comprimento (Occhi e Romanini, 2014). 
 
Figura 2 - Dimensões dos containers Dry Standard (20' e 40') e Dry High Cube (40'). 
 
Fonte: Adaptado de Lotus Container (2020). 
 
Segundo informado pela Residential Shipping Container Primer (2014), essas 
tipologias de container são as mais utilizadas em construções devido à grande versatilidade do 
seu uso, sendo que quando existe a necessidade de um pé-direito um pouco maior, usa-se o Dry 
High Cube de 40 pés, que possui dimensões extremamente semelhantes com o Dry Standard, 
porém, com uma altura superior. 
16 
 
De acordo com Carbonari e Barth (2015), a estrutura do contêiner ISO é composta por 
quatro vigas inferiores e quatro superiores que se conectam por meio de pilares posicionados 
nos cantos, formando uma armação intertravada e rígida. Esses quatro montantes são providos 
de cantoneiras que auxiliam no apoio, manuseio e travamento do conjunto, enquanto a 
envoltória do contêiner é formada pelo piso, que possui um trilho de conexão intermediário 
soldado às vigas inferiores e que serve de sustentação para as placas de compensado, conforme 
podemos ver na Figura 3. 
 
Figura 3 - Componentes de um container ISO 
 
Fonte: Adaptado de Carbonari (2015) 
 
Observando estes modelos, podemos afirmar que existem muitas restrições com relação 
ao projeto, não podendo fugir muito das dimensões dos módulos, podendo apenas “encaixa-
los” entre si, uma vez que não é nada recomendável executar grandes cortes na estrutura do 
container, o que se feito sem os devidos cuidados com certeza vai fragiliza-lo, podendo levar a 
edificação a ruína. 
Embora, não seja recomendado, alguns projetos exigem ajustes, e são feitos cortes na 
estrutura do container. Quando for este o caso, deve-se adicionar reforços de aço a estrutura, 
para que a mesma se mantenha estável, sem impacto ao seu desempenho. 
 
2.5 Obra: Execução de uma edificação em container 
 
Em 1989, Philip C. Clark patenteou um manual conhecido como “Método para 
transformar um ou mais contêineres de aço em uma construção habitável em um canteiro de 
17 
 
obras e sua produção”, ao qual especifica como deveria ser feita a execução de uma obra em 
container (Sawyers, 2011). Para Clark, a ordem lógica de uma construção em containers era: 
fundações, adaptações conforme projeto, transporte até o local da obra, instalação dos módulos 
nos seus devidos lugares e acabamento. 
Essa cronologia se provou verdadeira até os dias de hoje, porém, creio que podemos nos 
aprofundar um pouco mais no assunto. Cada uma dessas etapas descritas acima envolve muitos 
outros processos dentro delas, fazendo com que a adaptação de um container seja um pouco 
mais complexa do que o título de sua obra faz parecer. 
Antes de pensar em etapas de construção, devemos ainda, logo após a seleção dos 
containers que serão utilizados na construção, jatear o aço com um abrasivo, e posteriormente, 
repinta-los com tinta não toxica, visando a não contaminação dos futuros habitantes daquele 
espaço (Metallica, 2012). 
Ainda anteriormente ao início dos processos de construção, deve-se planejar muito bem 
a sua obra e elaborar muito bem o seu projeto executivo. Obras executadas por métodos mais 
comuns dão uma boa margem para adaptações e correções durante a execução. Quando falamos 
de construção com containers, não existe margem para tal. O projeto deve estar impecável, 
tendo em vista que todas as etapas subsequentes serão pensadas e executadas com base neste 
projeto, bem como o planejamento das etapas construtivas. Um único erro pode acarretar um 
grande prejuízo para o executor além de afetar diretamente a qualidade do produto. 
 
2.5.1 Adaptações ao container 
 
De fato, não é recomendável realizar cortes na estrutura de um container, porém, para 
adequação ao projeto, são feitos recortes, principalmente nas laterais para a criação de portas e 
janelas, além de possibilitar a junção de mais de um módulo. Todoesse processo deve ser feito 
por uma empresa ou profissional especializado seguindo um projeto detalhado. 
De acordo com Bernardo (2011), o processo de adaptação é feito retirando-se 
inicialmente as portas originais e o piso compensado, onde posteriormente são feitas as 
aberturas de acordo com o projeto arquitetônico. Dependendo da complexidade da estrutura e 
de como o recipiente tenha sido cortado, pode ser necessário adicionar reforços em aço. 
Os contêineres normalmente chegam à obra parcialmente adaptados, com aberturas 
recortadas, molduras soldadas, que substituem os contramarcos, e instalações técnicas 
embutidas, pois a maioria das empresas que vendem os contêineres têm os equipamentos 
necessários para fazer essas modificações (Carbonari e Barth, 2015). 
18 
 
Toda a tubulação elétrica e hidráulica chega até o local da obra completa entre as chapas 
de aço, conforme podemos ver na Figura 4. 
Figura 4 - Instalações elétricas em container. 
 
Fonte: Guia Casa Container (2020) 
 
Para edificações térreas, pode-se manter o piso de compensado naval, além de 
acrescentar outros revestimentos para dar acabamento, porém, segundo o catálogo da empresa 
Hapag-Lloyd (2015), os pisos dos containers não são construídos para suportar pesos elevados 
em área concentrada. Se a carga é curta ou ocupa um pequeno comprimento do piso, a carga de 
piso permitida será reduzida. Para contêineres de 20 pés, a carga máxima é de 4,5 toneladas por 
metro linear e de 3 toneladas por metro linear para os contêineres de 40 pés. 
Vale ressaltar que é recomendável que toda a compartimentação dos ambientes e 
revestimentos internos sejam executados posteriormente a fixação, estabilização e nivelamento 
dos containers. 
 
2.5.2 Fundação e preparação do terreno 
 
Assim como em toda e qualquer obra de engenharia, a escolha do tipo de fundação a ser 
utilizado e o seu dimensionamento depende da carga gerada pela edificação e do tipo de solo 
predominante no terreno. Ainda, segundo Velloso (1998), informações como topografia da área 
a ser construída, dados geológicos-geotécnicos, dados estruturais da edificação e dados das 
construções vizinhas são fundamentais para o desenvolvimento de um projeto de fundações. 
19 
 
Tendo em vista que a estrutura de um container é extremamente leve, em projetos 
menores podemos utilizar com segurança fundações rasas, tal como radiers, vigas baldrame ou 
sapadas isoladas. De toda forma, é importante que, nas edificações executadas em containers 
de 20 pés, todas as quatro cantoneiras devem ser apoiadas, enquanto nos empreendimentos 
executadas em containers de 40 pés, além das quatro cantoneiras, é necessário também um 
apoio central, conforme mostra a Figura 5 com um esquema de sapatas. 
 
Figura 5 - Esquema de fundação. 
 
Fonte: Adaptado de Itajaí Containers (2020). 
 
Vale ressaltar que este exemplo é apenas uma ilustração de onde devem ser apoiados os 
containers quando sua locação for iniciada, podendo ser utilizado qualquer outro tipo de 
fundação, não exclusivamente sapatas isoladas. Como dito por Madeira (2013), para execução 
da fundação de uma edificação executada em container, deve ser levado o tamanho e o porte da 
construção em consideração. 
Além da fundação, antes da chegada do container, devemos ter toda a infraestrutura da 
edificação executada, tal como instalações de esgoto, abastecimento de água e energia e, se for 
o caso, previsão para abastecimento de gás. A partir do momento que o container chega na obra, 
toda essa instalação já deve ter sido executada. 
 
2.5.3 Transporte e instalação 
 
Quando é iniciado o projeto e o planejamento de uma obra em container, um dos 
principais fatores que influenciam e podem até fazer com que o projeto se torne inviável é a 
20 
 
logística. Na utilização de containers para a construção civil, deve-se considerar o tipo de 
transporte e o equipamento disponível para sua manipulação, já que de acordo com Slawik 
(2010), os custos com o deslocamento do porto para a fábrica e da fábrica para a obra, pode 
além de encarecer a construção atrasar a montagem. 
Exemplificando, imagine que existem dois projetos extremamente semelhantes, de 
mesmo porte e padrão de acabamento, porém, um na cidade de São Paulo e o outro na cidade 
de Goiânia. Os valores gastos com transporte serão muito menores para o projeto a ser 
executado na capital paulista, tendo em vista que o município se situa extremamente próxima a 
região portuária, enquanto o outro situa-se ao centro do país, distante de toda costa brasileira. 
De toda forma, independente da distância entre o porto, o local de adequação do 
container e a obra em si, o transporte dos containers tende a ser feito por meio de caminhões 
comuns, carregados e descarregados com o auxílio de guindastes, ou por meio de caminhões 
Munck. 
 
Figura 6 - Caminhão Munck. 
 
Fonte: Omegatrans (2020). 
 
Transportados os containers para o local da obra, devemos fazer a sua ligação com a 
fundação. Seja qual for o tipo de fundação utilizado, em seu topo, nos locais indicados em 
projeto para fixação, deverá existir uma chapa de aço. Essa chapa, com parafusos de ancoragem 
fixados a fundação, será soldada ao container, impedindo assim a sua movimentação. 
21 
 
 Este processo é extremamente semelhante ao utilizado para fazer a ligação de pilares 
metálicos a sapatas isoladas ou outros tipos de fundação, conforme Figura 7. 
 
Figura 7 - Esquema de ligação entre estrutura metálica e fundação em concreto. 
 
Fonte: Interfaces aço-concreto (2006). 
 
Containers fixados a fundação, nivelados e estabilizados, pode-se então iniciar a divisão 
dos ambientes e toda a parte de acabamentos, tanto internos quanto externos. 
 
2.5.4 Compartimentação e acabamento 
 
Durante a fase de adaptação do container, é previsto também a estrutura metálica que 
servirá como guia para a instalação das paredes internas e seus revestimentos. 
Esses revestimentos podem ser feitos de muitos materiais, tais como: paredes de 
drywall, que são feitas de placas de lâminas metálicas e de gesso com alta resistência, onde sua 
principal vantagem é a rápida instalação, tendo como produto final, paredes lisas e sem 
emendas; OSB (Oriented Strend Board), que é uma placa composta por tiras de madeiras e tem 
como principal vantagem ser um material de baixo custo e de pouco impacto negativo na 
natureza, já que provém de madeiras de reflorestamento; PVC, que é fabricada com derivados 
do plástico, tendo como vantagem o fato de ser um acabamento pronto, ou seja, não precisa de 
finalização com pinturas; entre outros materiais (Rocha, Jeronimo e Camargo, 2018). 
Porém, antes de compartimentar os ambientes, devemos pensar em uma das questões 
mais delicadas em se tratando deste método construtivo. Isolamento termoacústico. 
Segundo Corbas (2011), o aço corten, material predominante na estrutura geral do 
container, é um excelente condutor de calor e um péssimo absorvente acústico, portanto, é 
22 
 
fundamental que seja despendida muita atenção ao assunto na fase de projeto, visando 
proporcionar ao consumidor final do produto o devido conforto. 
 
Existem duas formas básicas de isolamento: a interna e a externa. O isolamento 
interno é mais econômico, porém, menos eficiente já que a perda de calor é rápida, 
devido à limitação de espaço interno e da espessura do material que se mostra em 
torno de 10cm. Apesar disso, é possível manter as folhas metálicas externas aparentes. 
Quando utilizado o isolamento externo, há uma menor perda de calor, pois se pode 
utilizar um material isolante de 10 a 30cm de espessura. Entretanto, há necessidade 
de vedação mais resistente pelo fato de estar mais exposta ao meio externo, 
encarecendo relativamente o seu custo (Occhi e Almeida, 2016). 
 
Ainda, para isolamentos externos, sua instalação deverá ser feita a pelo menos 20cm do 
solo, visando evitar a umidade negativa. De acordocom Mussnich (2015), outras sugestões de 
materiais isolantes para a dissipação de calor são a fibra de vidro, a lã de rocha, o EPS 
(poliestireno expandido) e a espuma de poliuretano. Caso o interesse do projeto seja manter um 
conceito sustentável, pode-se utilizar a lã de pet, ao qual não é agressiva ao meio ambiente e é 
feita de materiais reciclados. Vale ressaltar que além do isolamento das paredes deve ser feito 
o isolamento do teto da estrutura, podendo utilizar-se isopor aparente ou revestido. 
 
Figura 8 - Detalhe do isolamento termoacústico de parede. 
 
Fonte: Adaptado de Container House (2016). 
 
Figura 9 - Detalhe do isolamento termoacústico de teto. 
 
Fonte: Adaptado de Container House (2016). 
 
23 
 
2.5.5 Observações sobre o método construtivo 
 
Concluída a parte de acabamentos, incluindo revestimento internos e externos, a 
edificação estará pronta para ser habitada, porém, vale ressaltar que, antes mesmo do início da 
concepção do projeto, deverá ser feito um Estudo de Viabilidade Técnica e Legal, buscando 
informações referente ao local pretendido para instalação do empreendimento. Questões 
relacionadas aos índices urbanísticos, permissão de uso por zona e restrições relacionadas ao 
Código de Obras, tal como dimensões mínimas dos compartimentos, pé-direito mínimo, 
aberturas para iluminação e ventilação, devem ser expostas neste documento. 
De acordo com a empresa Delta Containers (2014), para a utilização de containers na 
construção de edifícios, é necessário conhecer a legislação vigente no local, bem como as suas 
restrições, além de toda a documentação necessária para a emissão dos alvarás de aprovação e 
execução de obras junto a prefeitura local. 
Na grande maioria dos municípios, a construção de edificações com containers é 
enquadrada como construção em estrutura metálica, ou seja, utiliza das mesmas normas de 
segurança e desempenho. Segundo Bernardo (2011), todos os cálculos relacionados a estrutura 
devem ser feitos e verificados de acordo com a norma vigente para projetos de estrutura de aço 
ou mistas de aço e concreto (NBR 8800/2008), além da NBR 6122/2019, para a execução das 
fundações. 
 
Figura 10 - Ligação entre uma sapata e a base de um container 
 
Fonte: Adaptado de Container House (2016). 
 
Certamente, não seria viável construir arranha-céus utilizando deste método construtivo, 
porém, não necessariamente devemos pensar em edificações executadas em container 
exclusivamente como térreas. É fato que podemos construir edifícios container com mais de 
24 
 
dois pavimentos, porém, não podemos afirmar seguramente quantos pavimentos essa 
tecnologia aguenta com ou sem o auxílio de demais estruturas. 
De acordo com Sotello (2012) podemos empilhar até 12 unidades (quando vazias), tendo 
em vista que se trata de um material rígido, porém, relativamente leve. Já segundo a Residential 
Shipping Container Primer (2014), a rigidez da estrutura de um container possibilita o seu 
empilhamento em até oito unidades, sem que a sua integridade seja comprometida. A empresa 
Delta Container (2014) garante que é possível empilhar até nove containers com uma carga 
máxima de 25 toneladas por pavimento. 
Mesmo ainda não sendo clara qual a capacidade máxima de carga de uma edificação em 
container, tendo em vista que cada autor se baseou nas suas experiências com o material, 
podemos afirmar seguramente que é possível a construção de um edifício com pelo menos oito 
pavimentos, dadas as características do projeto e as condições para instalação. 
 
A estrutura dos contêineres, reforçada em aço, é capaz de suportar aproximadamente 
dez vezes o próprio peso, o que possibilita que formem agrupamentos estáticos com 
oito unidades de altura no sentido transversal e com três unidades no sentido 
longitudinal. Isto é possível porque as cargas horizontais são suportadas e transmitidas 
das vigas para os pilares e são direcionadas para os pontos de apoio da estrutura. No 
entanto, é necessário assegurar que as cantoneiras estejam posicionadas uma acima da 
outra, garantindo assim a transmissão das cargas e a eficiência do conjunto (Carbonari 
e Barth, 2015). 
 
Embora exista essa possibilidade, é extremamente raro ver edificações executadas em 
container com mais de quatro pavimentos. A grande maioria das construções executadas no 
brasil são residências com até dois pavimentos, porém, existe um crescimento deste método 
dentre grandes varejistas, principalmente no setor de restaurantes da modalidade fast-food. 
De acordo com Fossoux et Chevriot (2013), a maior dificuldade do reaproveitamento 
dos containers tem sido a sua ligação. A pintura de oxidação, que irá evitar que a estrutura seja 
corroída só pode ser feita posterior a soldagem estar completa e resfriada, além de que 
posteriormente, todos os espaços vagos entre as chapas devem ser preenchidos com espuma de 
poliuretano, visando evitar infiltrações. Vale ressaltar também que, segundo Carbonari e Barth 
(2015), os requadros das aberturas devem ser realizados com o mesmo material do contêiner, 
tendo em vista que ligas metálicas diferentes podem levar a corrosão de um dos metais 
utilizados. 
 
 
25 
 
3. ESTUDO DE CASO 
 
3.1 Apresentação 
 
O imóvel escolhido para estudo de implantação de uma drogaria, ao qual segundo o 
Anexo Único do Decreto 57.387, de 13 de outubro de 2016, classifica-se como, nR1-3 – 
comercio diversificado de âmbito local, situa-se a Rua Passo da Pátria, nº 1.101, no bairro da 
Vila Leopoldina dentro do município de São Paulo. 
Dentro do município existem diversos imóveis, tal qual o preferido, com grande 
potencial comercial, porém, com alto custo de implantação, o que faz com que o investimento 
na aquisição ou locação do terreno não seja interessante. Tendo isso em mente e com a crescente 
utilização de containers para construção de estabelecimentos comerciais, caso a implantação 
por meio deste método construtivo se mostre interessante com relação aos demais métodos 
convencionais, tais terrenos poderão ser melhor aproveitados e servir a população ao seu 
entorno. 
Para que seja feito um comparativo justo, será necessário a priori elaborar o projeto de 
uma drogaria, obedecendo todas as premissas estabelecidas dentro da legislação vigente, bem 
como o padrão de acabamento adotado pelas principais redes deste segmento dentro da capital 
paulista para posteriormente adaptar este projeto para execução em containers, com a finalidade 
de apresentar como deve ser feita a adaptação de um módulo e quais premissas devem ser 
obedecidas. 
 
3.2 Localização e permissão de uso 
 
De acordo com a Lei nº 16.402, de 22 de março de 2.016, ao qual disciplina o 
parcelamento, o uso e a ocupação do solo no Município de São Paulo e a Lei nº 16.050, de 31 
de julho de 2.014, que tange o seu Plano Diretor estratégico, o imóvel está situado a uma MUC 
(Macroárea de Urbanização Consolidada), que tem como principal objetivo otimizar as 
condições urbanísticas e o aproveitamento de terrenos urbanos com boa oferta de equipamentos, 
serviços e infraestrutura urbana, além de também ser parte integrante de uma ZC (Zona de 
Centralidade) ao qual são parcelas de toda extensão situada alheia aos eixos de estruturação da 
transformação urbana destinadas a promover atividades típicas de áreas centrais ou de 
subcentros regionais ou de bairros, em que a intenção é proporcionar preferencialmente os usos 
26 
 
não residenciais, com densidades construtiva e demográfica médias e permitir a qualificação 
paisagística e dos demais espaços públicos. 
 
Figura 11 – Mapa de zoneamento da cidade de São Paulo 
 
Fonte: Geosampa (2020) 
 
Dessa forma, conforme Quadro 4 – Usos permitidos por zona, parte do anexo integrante 
da Lei de Uso e Ocupação de Solo, a atividade de drogaria é permitida dentro do zoneamento 
em questão, tendo em vista que o grau de impacto do empreendimento é compatível com o quefoi planejado para a região. 
No mais, vale ressaltar também que o imóvel se encontra também em um área de 
tombamento ambiental, segundo consulta feita junto a CIT (Cadastro de Imóveis Tombados), 
regido pela Resolução nº 21 / CONPRESP / 2015, que resolve tombar os imóveis das áreas 
adjacentes ao perímetros tombado da City Lapa, pela resolução nº 03 / CONPRESP / 2009. 
Definida a localização do imóvel dentro do território urbano, é necessário aferir o que 
cada uma das leis ou resoluções acima citadas dizem com relação aos parâmetros construtivos, 
sendo de suma importância que seja utilizado sempre o critério mais restritivo para elaboração 
do projeto, tendo em vista que o mesmo deverá atender a todas as legislações, valendo destacar 
que não necessariamente uma única lei te dará todas as diretrizes mais restritivas, se fazendo 
necessária uma análise completa de todos os parâmetros apresentados e comparando-os com os 
demais presentes nas demais legislações. 
27 
 
3.3 Premissas básicas de projeto e parâmetros urbanísticos 
 
Segundo os Artigos 5º e 6º da Resolução – RDC nº 44 / 2009 ANVISA, toda farmácia 
ou drogaria deverá ser projetada de maneira a ser compossível com os serviços a serem 
desenvolvidos, dispondo de ao menos, ambientes para atividades administrativas, carga e 
descarga de produtos, dispensa de medicamentos, depósito para materiais de limpeza (DML) e 
sanitário, além da presença de local especifico e de máxima segurança para a armazenagem de 
produtos controlados. Ainda, todas as áreas devem permanecer em excelente estado de 
conservação, tanto físico quanto estrutural, de modo a conceder a higiene e a não ofertar risco 
ao usuário e aos funcionários. 
Quanto ao espaço destinado aos serviços farmacêuticos, de acordo com o Artigo 15º da 
Resolução – RDC nº 44 / 2009 ANVISA, deverão garantir atendimento individualizado, 
privacidade e conforto aos usuários, contando com dimensões, mobília e infraestrutura 
alinhadas com as atividades a serem ofertadas, e ainda deverá possuir lavatório contendo água 
corrente, não podendo o acesso ao sanitário ser feito por intermédio deste ambiente. 
Com essas informações, é possível elaborar um projeto básico pensando nos ambientes 
que uma drogaria deve possuir, porém, é necessário prever qual será o porte dessa edificação e 
qual o publico alvo da mesma, o que baseando-se nas unidades das Drogarias São Paulo e 
Pacheco, redes integrantes do Grupo DPSP, uma loja média deve contar com aproximadamente 
250,00m² de área bruta para atender a todo o fluxo de trabalho com excelência, respeitando 
inclusive os espaçamentos solicitados pelas normas de acessibilidade. 
Posterior ao levantamento das informações básicas especificadas para implantação de 
tal empreendimento, é necessário verificar se uma edificação, ainda sem seus ambientes 
dimensionados, somente com essa projeção de 250,00m², pode ser instalado do terreno objeto 
deste estudo, respeitando toda a legislação vigente. 
De acordo com o Quadro 3 – Parâmetros de ocupação, parte do anexo integrante a Lei 
nº 16.402 de 22 de março de 2016, dentro de uma Zona de Centralidade, todas as edificações 
novas a serem construídas deverão possuir um Coeficiente de Aproveitamento mínimo de 0.3, 
básico de 1.0 e máximo de 2.0. Isso quer dizer que, essa edificação poderá possuir, somando 
todas as suas áreas uteis, tendo em vista o terreno em análise com 635,00m², uma área mínima 
de 190,50m² e máxima, sem o pagamento de outorga onerosa, de 635,00m², além de respeitar 
uma Taxa de Ocupação de até 70%, ou seja, poderá possuir uma projeção máxima de 444,50m². 
Para elucidar melhor essa questão, observe as imagens abaixo. 
28 
 
Figura 12 – Ilustração do conceito de Coeficiente de Aproveitamento e Taxa de Ocupação 
 
Fonte: Zoneamento Ilustrado, Lei nº 16.402, de 22 de março de 2016 
 
Ainda segundo o Quadro 3 supracitado, essa edificação deverá respeitar 
obrigatoriamente um recuo frontal de 5,00m, e se a mesma possuir mais de 10,00m de altura, 
medidos do passeio até a parte mais alta da construção, também deverão ser atendidos recuos 
laterais e de fundos de ao menos 3,00m. 
Quanto as questões de permeabilidade, em consulta ao Mapa 3 – Perímetros e 
Qualificação Ambiental, parte integrante da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, o 
imóvel está situado em um P5, ou seja, perímetro de qualificação ambiental 5, o que significa 
que além de atender a uma área de permeabilidade maior do que os demais perímetros, também 
deverá ser atendida uma Quota Ambiental, ao qual segundo o Quadro 3A da mesma Lei, deverá 
ser de no mínimo 0,29, além de uma Taxa de Permeabilidade de pelo menos 25%. Essa quota 
poderá ser atendida por meio de uma maior área de solo natural no terreno, indo além do mínimo 
estabelecido, e também mediante o plantio de árvores, onde cada espécie e porte irá contribuir 
com uma pontuação diferente. 
Em cálculo feito por meio de um simulador disponibilizado pela Prefeitura Municipal 
de São Paulo, se for executada uma área de solo natural equivalente a 190,00m² e plantadas 9 
árvores de médio porte (ou 4 de grande porte), a pontuação atingida será a necessária para 
implantação do empreendimento, além da necessidade de implantação de um reservatório para 
controle de escoamento superficial com capacidade mínima de 4.000,50 litros. 
29 
 
Figura 13 – Ilustração do conceito de recuos mínimos e Taxa de Permeabilidade 
 
Fonte: Zoneamento Ilustrado, Lei nº 16.402, de 22 de março de 2016 
 
Outra informação importante relacionada ao plantio de árvores, é que segundo a 
Resolução nº 21 / CONPRESP / 2015, para toda edificação a ser construída ou regularizada, 
será exigida ao menos uma árvore a cada 7,00m ou fração no passeio fronteiriço a testada do 
imóvel. 
Com base nessas informações, conclui-se que uma edificação com cerca de 250,00m² 
atende ao Coeficiente de Aproveitamento e a Taxa de Ocupação mínimos exigidos pela 
legislação, desde que atendidos os recuos solicitados e respeitada a área mínima de solo natural. 
Vale ressaltar que, além do atendimento destes itens existem também as especificações 
especificas para implantação de uma atividade classificada como nR1-3. 
Segundo o Quadro 4A – Condições de Instalação por subcategoria de uso, grupos de 
atividade e usos específicos, parte integrante da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, 
é necessário para atividade de comercio de produtos farmacêuticos um mínimo de uma vaga de 
automóvel para cada 75,00m² de área construída e uma vaga de bicicleta para cada 250,00m², 
não se aplicando a necessidade de vestiários na edificação. 
30 
 
Ainda de acordo com o mesmo quadro, é necessária a presença de ao menos uma vaga 
para veículo utilitário, além das vagas especiais previstas em legislação especifica, como a 
reserva de ao menos vaga destinada a idosos, com dimensão mínima de 2,50m x 5,00m e uma 
vaga destinada a pessoas portadoras de deficiência, com dimensão mínima de 3,70m x 5,00m, 
sendo dos 3,70m, 1,20m de faixa de segurança e 2,50m para a vaga em si, valendo ressaltar que 
não se aplica vaga para carga e descarga. 
Quanto ao acesso as vagas, seguindo as premissas do Decreto 57.776, de 07 de julho de 
2017, que regulamenta a Lei nº 16.642, de 09 de maio de 2017, que aprovou o Código de Obras 
e Edificações do Município de São Paulo, deverão ser previstas, área de manobra, visando que 
para o estacionamento do veículo não seja utilizado o espaço do logradouro público, além de 
individualizar a entrada de pedestres a edificação da entrada de automóveis, ao qual deverá ser 
feito por intermédio de uma guia rebaixa com dimensão máxima equivalente a 50% da testada 
do imóvel. 
Ainda de acordo com o decreto, o pé direito para área de trabalho, reunião, circulação, 
cozinha ou copa deverá ser de no mínimo 2,50m, enquanto sanitários e vestiários poderão contar 
com um pé direito de 2,30m, além da necessidade de atender osparâmetros de iluminação e 
ventilação, seja de forma natural ou artificialmente por meio de sistemas de exaustão e afins. 
Por fim, a edificação deverá dispor de uma quantidade de sanitários calculada em função 
das atividades a serem exercidas no local, sendo o mínimo estabelecido de uma bacia e um 
lavatório para cada sexo segundo o COE, e ainda ao menos um sanitário para pessoas portadoras 
de necessidades com dimensões conforme especificado na ABNT NBR 9050/2020 – 
Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. 
 
 
31 
 
Figura 14 – Dimensões de um sanitário para pessoas portadoras de necessidades especiais 
 
Fonte: Adaptado de ABNT NBR 9050/2020 
 
Em consulta feita junto a Secretária de Municipal de Desenvolvimento Urbano foi 
atestado pelos mesmos que podemos, para uma edificação com as dimensões pretendidas de 
250,00m², é passível de aprovação a apresentação de somente um sanitário PNE para uso geral, 
sem a necessidade da implantação de mais dois sanitários comuns divididos por sexo. Dessa 
forma, podemos afirmar que essa drogaria deverá possuir: Salão de vendas, sanitário PNE para 
uso comum, sala para serviços farmacêuticos, sala da gerência com espaço para instalação de 
cofre, copa e vestiário para uso exclusivo dos funcionários, depósito de materiais de limpeza, 
área de medicamentos, estoque geral de medicamentos e estoque de medicamentos controlados, 
sendo interessante incluir também uma laje técnica para instalação das caixas d’água. 
Ainda, se faz necessário o plantio de 6 árvores de pequeno porte, seis árvores de médio 
porte e o atendimento de ao menos 200,00m² de área de solo natural, além do plantio de mais 
3 árvores no passeio frente ao imóvel. Na área externa, seguindo as premissas estabelecidas 
pela legislação, serão previstas quatro vagas de uso comum, uma vaga destinada a idosos, uma 
vaga destinada a portadores de necessidades especiais, uma vaga de carga e descarga e duas 
vagas para bicicletas. 
Para que o comparativo dos métodos construtivos seja feito de maneira transparente 
quanto aos resultados, é interessante apresentar o conceito de uma edificação, com as 
características citadas acima, projetada para ser construída em alvenaria. Dessa forma, 
adaptando o projeto original para que seja executado em container, será possível entender de 
fato se essa é uma alternativa viável para este ramo de atividade. 
 
32 
 
3.4 Projeto e execução da edificação em alvenaria 
 
De acordo com projeto elaborado pelo Grupo DPSP, para atendimento pleno de todos 
os compartimentos pertinentes e respeitando todos os parâmetros urbanísticos relacionados no 
item anterior, chegou-se a uma drogaria com 228,30m² de área construída, 145,82m² de área de 
estacionamento e 187,25m² de área permeável em solo natural, apresentando uma Taxa de 
Ocupação de 35,95%, Coeficiente de Aproveitamento de 0,36 e Taxa de Permeabilidade de 
29,49%, conforme implantação abaixo. 
 
Figura 15 – Planta de cobertura e implantação em alvenaria 
 
Fonte: Adaptado de DSP-PASSO DA PÁTRIA-ARQ-EXE-FL07-REV01 
 
Internamente, essa área foi dividida entre: Salão de vendas (115,98m²), sanitário PNE 
(3,27m²), sala de serviços farmacêuticos (9,74m²), copa (6,40m²), sala da gerência (2,39m²), 
deposito de materiais de limpeza (2,13m²), vestiário masculino com WC (4,46m²), vestiário 
feminino com WC (4,89m²), estoque de medicamentos (9,00m²), estoque de medicamentos 
controlados (5,05m²) e área de medicamentos (27,60m²), todos dimensionados de maneira a 
atender os espaçamentos mínimos para circulação de pessoas portadoras de deficiência e de 
acordo com o que pede a legislação vigente. O layout formado por estes ambientes foi elaborado 
pensando principalmente no conforto dos usuários e dos funcionários, conforme pode-se 
observar na sequência. 
 
33 
 
Figura 16 – Planta de layout e compartimentação em alvenaria 
 
Fonte: Adaptado de DSP-PASSO DA PÁTRIA-ARQ-EXE-FL04-REV01 
 
Todas as paredes externas e as paredes imediatamente abaixo da laje técnica, que abriga 
a caixa d’água, foram projetadas para execução em alvenaria, enquanto as demais deverão ser 
executadas em drywall comum ou drywall resistente a umidade, a depender do ambiente. 
Quanto ao pé direito dos ambientes, foi adotado o mínimo de 2,60m para os WCs, estoque e 
salas da retaguarda e 3,20m para as áreas de circulação do público. 
 
Figura 17 – Corte transversal 
 
Fonte: Adaptado de DSP-PASSO DA PÁTRIA-ARQ-EXE-FL08-REV01 
 
34 
 
Ainda segundo projeto elaborado pelo Grupo DPSP, foram previstos pilares metálicos 
para estrutura da edificação, fixados sobre blocos de fundação rasa. Dessa forma, existe uma 
economia com relação aos pilares e vigas a serem executados em concreto armado, o que além 
de aumentar o tempo de obra, também gera um custo maior com materiais. 
 
Figura 18 – Malha de pilares da edificação em alvenaria 
 
Fonte: Adaptado de DSP-PASSO DA PÁTRIA-ARQ-EXE-FL03-REV01 
 
Segundo a equipe de engenharia do grupo DPSP, uma obra dentro dessas dimensões e 
especificações demora cerca de 120 dias para ser executada, da fundação até o acabamento, 
sendo de 15 a 20 dias destinados a execução da fundação, mais 15 a 25 dias destinadas a 
execução de toda estrutura metálica (incluindo cobertura), 30 a 40 dias para levante de 
alvenaria, 30 a 40 dias para instalações (elétrica, T.I., CFTV e hidráulica) e 30 dias para 
acabamentos. Vale ressaltar que não necessariamente cada serviço é iniciado ao término do 
outro, podendo alguns deles serem executados concomitantemente ou ao menos antes do seu 
término. 
 
3.5 Projeto e execução da edificação em container 
 
Com base nos projetos executivos elaborados pelo grupo DPSP, a ideia inicial para 
adaptação deste projeto para execução em container era que as dimensões são distassem tanto 
do proposto originalmente. Para tal, foram escolhidos 5 containers Dry High Cube 40’, 
dispostos de maneira a deixar um vão entre eles a ser preenchido por meio de uma cobertura 
35 
 
metálica, resolvendo assim a questão termoacústica da parte superior da lata, conforme croqui 
abaixo: 
 
Figura 19 – Planta da estrutura do telhado 
 
Fonte: Adaptado de DSP-PASSO DA PÁTRIA-ARQ-EXE-FL07-REV01 
 
No mais, a edificação adaptada ficou com 233,28m² de área construída, 145,82m² de 
área de estacionamento e acesso e 184,99m² de área permeável em solo natural, apresentando 
então uma Taxa de Ocupação de 36,74%, Coeficiente de Aproveitamento de 0,37 e Taxa de 
Permeabilidade de 29,13%, respeitando ainda as premissas estabelecidas pelo PDMSP. 
 
Figura 20 – Planta de implantação em container 
 
Fonte: Adaptado de DSP-PASSO DA PÁTRIA-ARQ-EXE-FL07-REV01 
 
Todos os ambientes possuem áreas extremamente semelhantes as previstas no projeto 
elaborado em alvenaria, possuindo assim: Salão de vendas (112,91m²), sanitário PNE (3,44m²), 
sala de serviços farmacêuticos (9,74m²), copa (6,48m²), sala da gerência (5,02m²), deposito de 
36 
 
materiais de limpeza (2,80m²), vestiário masculino com WC (5,85m²), vestiário feminino com 
WC (5,60m²), estoque de medicamentos (7,43m²), estoque de medicamentos controlados 
(4,94m²), área de medicamentos (28,81m²) e por fim sobrou espaço para uma área de 
recreação/descanso (4,81m²), mantendo ainda o espaçamento mínimo previsto nas normas de 
acessibilidade para circulação de pessoas portadoras de necessidades especiais e atendendo ao 
que pede a legislação vigente. 
Ainda que os ambientes todos tenham ficado com áreas extremamente semelhantes as 
projetadas em alvenaria, alguns deles tiverem de ser remanejados para uma outra posição dentro 
da edificação devido as limitações quanto as dimensões dos módulos, além de ter havido uma 
redução significativa dos móveis para exposição dos produtos dentro do salão de vendas, fator 
que se agrava quando existe a necessidade da colocação de reforços na estrutura dos containers 
nas partesonde os painéis laterais tiveram de ser suprimidos para criar os vãos dos ambientes. 
Outra forte alteração foi com relação ao pé direito dos ambientes, ao qual tiveram de ser 
reduzidos drasticamente, porém, ainda atendendo ao mínimo estabelecido pela municipalidade. 
 
Figura 21 – Planta de layout e compartimentação em container 
 
Fonte: Adaptado de DSP-PASSO DA PÁTRIA-ARQ-EXE-FL04-REV01 
 
De acordo com Socrates (2012), todas as peças integrantes de um container formam 
uma espécie de conjunto estrutural, que o faz autoportante, resistente e destinado a sustentar 
cargas que reivindicam mais empenho que uma resistência comum, porém, como na situação 
37 
 
presente, quando recebem muitas adequações, como aberturas, pode-se fazer necessária a 
instalação de reforços, visando manter o desempenho da estrutura. 
 
Figura 22 – Planta de estrutura (container + reforços) 
 
Fonte: Adaptado de DSP-PASSO DA PÁTRIA-ARQ-EXE-FL02-REV01 
 
Interessante deixar claro também que os blocos de fundação não serão posicionados 
imediatamente abaixo dos trechos com reforço estrutural, mas sim de acordo com a figura 5, 
apoiando as extremidades dos containers e o seu meio no trecho de maior vão. 
 
Figura 23 – Planta de fundação 
 
Fonte: Adaptado de DSP-PASSO DA PÁTRIA-ARQ-EXE-FL02-REV01 
 
38 
 
Toda a edificação receberá acabamento externo em revestimento termoacústico, além 
da instalação dos pontos de ar condicionado, instalados próximos as estruturas do container ou 
dos reforços estruturais propostos com as condensadoras do lado de fora, nas laterais da 
edificação. Foram previstas 4 máquinas de 36 mil BTUs (Unidade Térmica Britânica) no salão 
de vendas, uma máquina de 24mil BTUs na área de medicamentos e máquinas de 9 mil BTUs 
nas salas de serviços farmacêuticos, gerência, estoque de medicamentos e estoque de 
medicamentos controlados, conforme especificação do caderno da DPSP. 
Tendo em vista também que o projeto original foi proposto para que a edificação 
possuísse quase 7,00m de altura, serão utilizados na fachada e nos primeiros 5,00m das laterais 
da edificação elementos em ACM, visando faze-la parecer maior, uma vez que o container 
adotado possui altura externa de 2,79m. 
 
3.6 Custo-benefício: Comparativo de orçamento 
 
Embora a construção de edificações utilizando containers como matéria prima tenha 
partido da ideia de sustentabilidade e redução do impacto ambiental, o aspecto que mais se 
destaca dentre todos os outros é o custo total do empreendimento. Mesmo que seja necessário 
mão de obra especializada para adequação do recipiente e o material não seja adequado quando 
o assunto é conforto termoacústico, problemas que para serem solucionados tendem a aumentar 
o custo da obra, ainda assim, conseguem bater o custo de outros métodos construtivos. 
De acordo com Sotello (2012), uma residência executada nos arredores da cidade de 
Santos / SP, com dois containers de 40’, o que chega a quase 60m², possuindo dois dormitórios, 
dois banheiros, sala de jantar / estar e cozinha, pode ser montada em cerca de sete dias com um 
valor aproximado por metro quadrado de R$ 950,00 com o acabamento, totalizando um custo 
de R$ 57.000,00 para o empreendimento. Uma construção no mesmo padrão, executada em 
alvenaria, além de levar mais tempo para ficar pronta devido aos tempos de cura do concreto, 
custaria algo próximo dos R$82.000,00 no total, cerca de 50% mais caro. 
Em contado com o setor de obras do Grupo DPSP, para essa obra ser executada em 
alvenaria, com fundação rasa e estrutura metálica, o valor total da obra seria de 
aproximadamente R$1.200.000,00 sendo estimado: R$250.000,00 para mobiliário, 
R$190.000,00 para instalações de TI e CFTV, R$170.000,00 para as demais instalações 
elétricas, R$60.000,00 para instalações hidráulicas e R$530.000,00 para fundação e 
movimentação de terra, civil e acabamentos. 
39 
 
De acordo com o simulador da empresa UP Container, considerando uma edificação 
com cerca de 240,00m² de área construída, um padrão de acabamento alto e instalações elétricas 
e hidráulicas já embutidas, chegamos a um valor R$600.000,00. Levando em consideração 
também a parte de TI e CFTV, mobiliário e telhado completo para suprir o vão entre os 
containers, deve-se acrescer a este valor respectivamente R$170.000,00, R$250.000,00 e 
R$60.000,00, totalizando assim um valor final de R$1.080.000,00. 
Quando são analisados somente os números, os valores parecem ser bem próximos um 
do outro, representando uma economia de apenas 10%, porém, quando entra nessa relação o 
fator tempo de obra o container leva alguma vantagem. De acordo com o Código de Obras e 
Edificações do Município de São Paulo, se um processo para emissão de Alvará de Execução 
de obras não for analisado ou indeferido num prazo de 120 dias corridos, as obras poderão ser 
iniciadas. Em contato com o setor de aprovações do Grupo DPSP, essa é uma pratica bem 
comum da companhia e quase todas as suas obras dentro da cidade são feitas dessa forma. 
Tendo em vista este cenário, uma obra em alvenaria somente poderá ser iniciada posterior a 
este prazo de decurso, e tende a levar mais 120 dias para ser concluída, totalizando assim 240 
dias desde o início da aprovação até a inauguração da farmácia. 
Em se tratando de uma edificação em container, este período de 120 dias até o início 
das obras poderá ser aproveitado planejando o transporte dos módulos no terreno e realizando 
todas as adequações necessárias em sua respectiva fabrica. Dessa forma, ao término dos 120 
dias, com mais 30 dias para preparação do terreno e instalação dos módulos já adequados, 
pendente apenas a sua fixação entre si, é possível que essa drogaria em container seja 
inaugurada num prazo de 150 dias corridos a contar do início da aprovação. 
Dentro do varejo existe um termo conhecido como “dia operacional”, que se refere a 
quantos dias de operação um empreendimento consegue antecipar para maximizar seus lucros 
e ter o mais brevemente possível um retorno sobre o investimento. Considerando um ganho de 
90 dias operacionais e uma estimativa de lucro do negócio de cerca de R$600.000,00 por mês 
em fase de maturação, é previsto um ganho real de R$1.800.000,00. 
 
 
 
 
 
 
40 
 
4. CONCLUSÃO 
 
Podemos definir este método construtivo como sustentável e econômico, porém, é fato 
que não existe a possibilidade deste vir a substituir métodos convencionais. Realmente, nas 
condições ideais, a construção com container é muito mais vantajosa do que uma construção 
em alvenaria por exemplo, porém, existem muitas restrições com relação ao projeto e a estrutura 
da edificação. 
Como foi explicado, são comumente utilizados containers de 20 ou 40 pés nas obras, o 
que limita muito as possibilidades de montagem, sendo um desafio criar algo diferente do seu 
formato original. Não é qualquer projeto que pode ser executado neste método. Uma construção 
em container preferencialmente deve ser pensada desde o início como tal, já ciente das 
limitações e adaptando o que for possível. Pegar um projeto que originalmente seria executado 
em alvenaria e tentar construí-lo em container será extremamente complexo e difícil de atender 
a todas as premissas estabelecidas, porém, é possível. 
Outro aspecto que faz refletir sobre a viabilidade deste método construtivo em 
detrimento dos demais é a logística. Como foi dito, nas condições ideias, a construção em 
container é mais vantajosa, porém, se sairmos um pouco da região litorânea, o custo com o 
transporte dos módulos começa a ficar bastante elevado, o que acaba por derrubar o projeto. 
Outra situação complicada é quando os terrenos não possuem fácil acesso de caminhões ou do 
guindaste, o que impossibilita a sua montagem. 
O container, ainda precisa avançar bastante no Brasil para ser utilizado da maneira 
correta. Existem poucos profissionais no país que exercem essa atividade com maestria, porém, 
dentrode alguns anos esse cenário tende a mudar, principalmente com cada vez mais grandes 
varejistas aderindo ao método construtivo. Creio que em breve, este poderá ser utilizado na 
construção de unidades residenciais de interesse popular, o que além de ter um baixo custo de 
execução, também é sustentável. 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
 
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https://www.imprensaoficial.com.br/DO/BuscaDO2001Documento_11_4.aspx?link=%2f2009%2fdiario%2520oficial%2520cidade%2520de%2520sao%2520paulo%2fabril%2f17%2fpag_0018_2N8RJJRBHOBSMe5BO8OF568E3JR.pdf&pagina=18&data=17/04/2009&caderno=Di%C3%A1rio%20Oficial%20Cidade%20de%20S%C3%A3o%20Paulo&paginaordenacao=100018
http://legislacao.prefeitura.sp.gov.br/leis/resolucao-secretaria-municipal-da-cultuura-conpre-3-de-2-de-dezembro-de-2009
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http://diariooficial.imprensaoficial.com.br/nav_v5/index.asp?c=1&e=20190207&p=1
http://legislacao.prefeitura.sp.gov.br/leis/resolucao-secretaria-municipal-da-cultuura-conpre-21-de-13-de-novembro-de-2015
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