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Caracterização Hidrológica – Microdrenagem E Projeto Hidráulico do Sistema de Drenagem Equipe: Jéssika Bastos, Lessia Isadora, Mateus Henrique, Thais Cristina e Willian Almeida. Turma: 4° período Janaúba. Dezembro de 2020 INTRODUÇÃO O crescimento urbano desordenado e o aumento das necessidades energéticas humanas são responsáveis por grandes problemas enfrentados por inúmeras cidades brasileiras. A urbanização implica na transformação da cobertura natural do solo, sobretudo no aumento da impermeabilização que causa diversos impactos ao ciclo da água, primeiramente impedindo a infiltração da água no solo e consequentemente aumentando o volume do escoamento superficial. A diminuição do atrito da água com a superfície durante o escoamento superficial aumenta a velocidade do escoamento, reduzindo o tempo de permanência da água na bacia, elevando os picos de cheias e aumentando as áreas inundáveis. Isso é consequência da ocupação urbana, que em muitas cidades brasileiras tem como objetivo a obtenção do maior proveito econômico, através da máxima densidade de construções e consequentemente da máxima impermeabilização do solo. O conhecimento da superfície urbana é elemento essencial para o planejamento urbanístico, hidrológico e para o estabelecimento de legislações próprias para as cidades. Alguns trabalhos têm sido feitos no país com este intuito, aumentando o leque de ferramentas utilizadas nos processos decisórios no planejamento urbano, entretanto muito há por se conhecer sobre a dinâmica de vários parâmetros importantes, entre eles a impermeabilização do solo e suas características específicas. A impermeabilização do solo é um importante parâmetro que reflete o impacto da urbanização sobre os sistemas de drenagem de águas pluviais, e a conectividade hidráulica de áreas impermeáveis a esses sistemas é um importante atributo da impermeabilização urbana. Porém, a medição direta deste parâmetro, bem como a estimativa de suas características específicas, como a conectividade hidráulica é trabalhosa e complicada, e poucas análises criteriosas têm sido feitas. OBJETIVO Fazer a caracterização hidrológica de acordo com os dados obtidos da primeira etapa, determinar os parâmetros da equação IDF, coeficiente de escoamento e estimar a vazão. Para assim, elaborar um projeto hidráulico de sistema de drenagem. METODOLOGIA · Talvegues Com a planta de uso de solo pronta o próximo passo foi identificar e caracterizar os talvegues. Foram identificados dois talvegues o principal e o secundário, todos os dois passaram por áreas impermeáveis. E também foram gerados os perfis longitudinais dos dois indicando o tamanho, a declividade e os pontos mais altos e baixos da bacia. · Talvegue Principal · Talvegue Secundário · Tempo de Concentração (Tc) Para obter o Tc foi utilizado o Método Cinemático, através da primeira tabela foi encontrada a declividade, e com esse dado passou-se para a próxima tabela de estimativa de velocidade e pôr fim a estimativa do Tc em segundos, minutos e horas. · Plúviu 2.1 O Plúviu 2.1 é uma ferramenta utilizada para obter parâmetros para realizar a equação de IDF. Ao baixar o mesmo foi determinada a região e a cidade no caso Janaúba MG. Nele mostra os parâmetros K, a, b, c assim como a equação. I= 4.323,837*TR^0,224 (td+45,869) ^ 1,03 · Parâmetros Hidrológicos Além do Plúviu 2.1, foi utilizada a equação de chuvas intensas para as cidades de Janaúba e Nova Porteirinha (TEIXEIRA,2018). Essa é uma equação específica para essa região, desenvolvida especialmente com as características das cidades e por isso ela é mais precisa. Com isso foi feita uma tabela comparando as duas equações e obtendo a intensidade da precipitação, com o tempo de retorno de 2, 10, 25, 50 e 100 anos. I= 833,396*TR^0,2094 (t+12)^0,7594 · Coeficiente de Escoamento O coeficiente de escoamento é determinado utilizando uma série de tabelas que indicam os valores de coeficientes indicados de acordo com os tipos de solos da bacia. Depois é tirado uma média para obter o coeficiente final. · Taxa de Vazão de Enchente Com o coeficiente de escoamento determinado o próximo passo foi realizar os cálculos da vazão de enchente, que consiste na multiplicação do coeficiente com a intensidade e a área em km², foram realizados tanta para IDF – Teixeira (2018) e Plúviu 2.1. RESULTADOS E DICURSSÕES · Tc Na primeira tabela foi classificado o tipo de solo, no caso área impermeável pois toda a área era pavimentação asfáltica, logo em seguida a distância a ser percorrida pela água do ponto mais alto ao mais baixo (comprimento do talvegue= 300,8 metros), a cota máxima (ponto mais alto = 538 metros) e a cota mínima (ponto mais baixo = 532 metros), o DN que o desnível ou seja a diferença entre a cota min menos a cota max, e por último a declividade que se calcula da seguinte forma desnível dividido pelo comprimento do talvegue (6 / 300,8 * 100% ≅ 2). Estimativa do Tc por meio do Método Cinemático 1ª) Tabela de Declividade ID Classe de uso do solo L(m) Cota max cota min DN(m) D(%) 1 Área Impermeável 300,8 538 532 -6 1,995 Talvegue Total 300,8 -6 Na segunda tabela vamos selecionar o tipo de solo de acordo com a tabela: 5.6 velocidade de escoamento (m*s-¹) em função da declividade (%) e do tipo de cobertura, e a partir desses dados calcula-se a estimativa de velocidade, que se dá por meio da fórmula, 0,6078*(Declividade^0,4976) = 0,6078*(2^0,4976) ≅ 0,8570. 2ª) Estimativa de velocidade ID Classe de uso do solo D(%) v(m/s) 1 Área Pavimentada 1,995 0,857 Na Terceira tabela conclui-se a estimativa do TC que se dá por meio do cálculo a seguir: comprimento do talvegue dividido pela estimativa de velocidade (300,8/0,8570 ≅ 350,99). Calcula se então que a água gasta um tempo de 0,10 horas para fazer o percurso do local mais alto da bacia até o ponto mais baixo. 3ª) Estimativa do tc ID Classe de uso do solo tc (s) 1 Área Pavimentada 351 tc total 350,99 Segundos 5,85 Minutos 0,10 Horas · IDF Para calcular o IDF foi utilizado duas fórmulas, a TEIXEIRA (2018) e a Plúviu 2.1, como o tc encontrado foi baixo e a declividade era pouca, automaticamente a intensidade será maior. Equação IDF - TEIXEIRA (2018) k 833,396 a 0,2094 b 12 c 0,7594 I (mm/h) tc 5,85 244,995071 TR 100 Equação IDF - Plúvio 2.1 k 4323,837 a 0,224 b 45,869 c 1,03 I (mm/h) tc 5,85 208,3577653 TR 100 I= 833,396*TR^0,2094 (t+12)^0,7594 I= 4.323,837*TR^0,224 (td+45,869) ^ 1,03 E aqui foi possível montar uma tabela mostrando o tempo de retorno de 2, 10, 25, 50 e 100 anos. Esse TR significa que demorará essa quantidade de anos para ocorrer uma precipitação igual as encontradas a cima na região. IDF TEIXEIRA Plúvio 2.1 2 107,99 86,74 10 151,27 124,40 25 183,27 152,74 50 211,90 178,39 100 245,00 208,36 · Coeficiente de escoamento Simulação 1º Classe de Uso do solo Área (m²) (%) C Área construída 43.264 66.6 0.44 Área impermeável 12.620 19.4 0.63 Área permeável 9.118 14.0 0.06 total 65.002 100 0,42366 Q 18.13 Q 18.14 7.5 5.4 C - Médio 0.90 - 0.88 - 0.44 0.80 0.92 0.83 - 0.63 0.23 - - - 0.06 · Taxa de Vazão IDF- Teixeira (2018) IDF- PLÚVIO 2.1 A ( Km2) 0,0650 A ( Km2) 0,0650 I (mm/h) 245,0 I (mm/h) 208,4 C 0,42366 C 0,42366 Qmax (m3/s) 1,9 Qmax (m3/s) 1,6 REFERÊCIA BIBLIOGRÁFICA Garotti, Leonardo Monteiro. Caracterização urbanística e hidrológica do uso e ocupação do solo urbano da cidade de Ribeirão Preto - SP / Leonardo Monteiro Garotti. -- São Carlos : UFSCar, 2008. 160 f.
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